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ISTITUTO POLITÉCNICO ʽʽMÁRTIR CIPRIANOʼʼ DE NACUXA

Plano de Produção

Título do Modulo: Elaborar um plano de produção para uma cultura

Código:

MOAGR02508181

Tema:
Produção de Ananas usando a técnica de Mulching plástico, na província da Zambézia distrito
de Alto-Molocué no Posto Administrativo de Nauela

Autor Supervisor
Casimiro Ramos Alberto Eng: Aissa Cuncha
Código 100601789

Turma A

5o Nível, Agricultura

Local de Implantação do Plano

Posto Administrativo de Nauela

Nacuxa, Dezembro de 2022

1
Sumário
Introducao........................................................................................................................................3

Objetivos:.........................................................................................................................................4

1.2 Problema:..................................................................................................................................4

1.3 Justificativa:...............................................................................................................................4

Marco Teórico.................................................................................................................................5

2.1 Historial da cultura:...................................................................................................................5

2.2 Características edafo-Climaticas da cultura do Ananás:...........................................................8

MATERIAIS E MÉTODOS:...........................................................................................................9

3.1 Métodos:....................................................................................................................................9

3.2 Materiais..................................................................................................................................10

3.2.1 Localização do distrito onde ira se implementar o plano de produção.................................10

3.2.2 Localização da zona de produção:........................................................................................12

3.2.3 Informação sobre a produção no local:.................................................................................12

3.2.4 Potenciais inovações:............................................................................................................12

3.3 Técnicas de produção:.............................................................................................................12

3.4. Riscos ambientais:..................................................................................................................14

3.5. Medidas de HST:....................................................................................................................16

3.6. Indicadores, dados a serem coletados, altura da coleta e da monitoria de processo de


produção........................................................................................................................................16

3.7. Resultados esperados:.............................................................................................................17

Referencia bibliografica.................................................................................................................18

Apendices......................................................................................................................................19

Cronograma de atividades.............................................................................................................20

Calculo de custos...........................................................................................................................22

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Selecciona e quantifica práticas culturais, os meios e insumos de produção, com base em certas
tecnologias e guias de produção, correspondentes a um nível de produtividade que se pretende
atingir (rendimento por hectare e outro)........................................................................................24

Selecionar práticas culturais:.........................................................................................................24

Quantificar as práticas culturais:...................................................................................................24

4.4.3Selecionar os meios de produção:..........................................................................................25

Quantificar os meios de produção:................................................................................................25

Selecionar insumos de produção...................................................................................................26

Quantificar os insumos de produção..............................................................................................26

Auto-avaliacao...............................................................................................................................27

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1. Introdução

Segundo Souza et all (2017), o abacaxi foi levado para o velho continente por Cristóvão
Colombo, que descobriu o fruto na ilha de Guadalupe no final do século XV, a fruta conquistou
o paladar dos Europeus, tendo-se expandido para o resto do mundo até o final do século XVII,
tornando-se um símbolo das regiões tropicais.
A origem do nome científico do abacaxi (Ananas comosus (L.) Merril.) vem da palavra guarani
Iinana, que significava fragrante, cheiroso. No entanto, o nome popular abacaxi é oriundo de
outra denominação indígena iuakati que significa fruta cheirosa, característica realmente
marcante do fruto maduro (Souza et al., 2012).
Para os espanhóis, que encontraram no seu formato, similaridade com a pinha, a denominação
que perdurou foi piña enquanto os ingleses fizeram uma fusão da similaridade com o formato da
pinha e a suculência da maçã, chegando ao nome atual pineapple (Souza et al., 2012).
A espécie Ananas comosus (L) Merr. É a mais importante economicamente e mais amplamente
cultivada da família Bromeliaceae (Manetti et al., 2009, Souza et al., 2012). O gênero Ananas
possui ampla diversidade genética, principalmente no Brasil, um dos centros de origem e
dispersão dessas bromeliáceas.
A cobertura do solo com filme plástico ou mulching tem sido amplamente utilizada na
agricultura desde a década de 1950 principalmente em países asiáticos, que são referências na
produção agrícola moderna com esse tipo de cobertura (HE et al., 2018).

O plano AGRO-RAMOS, se dedicara na produção do Ananas no Posto Administrativo de


Nauela, alem da produção de Ananas este plano traz uma inovação, uma nova pratica usada na
produção de ananas chamada Mulching plástico, que consiste na cobertura do solo usando
plástico, especificamente a parte radicular da cultura.

O plano tem como objetivo geral produzir ananas na província da Zambézia, distrito de Alto-
Molocué no Posto Administrativo de Nauela. Nessa produção o solo será coberto com plástico
com finalidade de proteger o solo, e muito mais conservar a humidade do solo.
O Plano contara com um trabalhador de dupla função (técnico e gestor), 3 sazonais, que ajudarão
na implementação deste plano. Numa primeira será usada uma área de 1.5ha, onde serão
construídos os canteiros e os canteiros serão revestidos do plástico e por cima abertos os
covachos por onde serão plantadas as mudas de ananas.

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1.1 Objetivos:
1.1.1 Geral:

 Produzir Ananás usando a técnica de cobertura do solo( Mulching plástico).


1.1.2 Específicos:

 Selecionar mudas sadias para a producao:


 Realizar a producao em canteiros de 1m de comprimento e 40cm de altura;
 Aplicar Mulching plástico na cobertura do solo.

1.2 Problema:
No nosso país, principalmente na província da Zambézia, o Ananás é produzido de forma
tradicional, sem nenhuma cobertura do solo, ocasionando maior perda de humidade no solo,
facilidade de ataque de infestantes, dai que origina frutos mal formados, azedos, e limitando o
desenvolvimento da própria planta, muitas vezes o ananas que consumimos não tem tido bom
sabor e forma, isso tem sido por causa da humidade que tanto se perde no solo, as infestantes que
consomem tanto os nutrientes que a planta poderia aproveitar. Daí que se verifica, a baixa
produção do Ananás na província da Zambézia e no país todo.

1.3 Justificativa:
Com base no problema a cima apresentado, deu-se a necessidade de se implementar o presente
plano de produção de ananas com uma cobertura do solo usando o Mulching plástico.
A técnica de Mulching plástico permite a conservação de humidade no solo, combate as
infestantes, melhora a absorção de nutrientes do solo, melhora o desenvolvimento radicular e da
própria planta. Usando esta nova técnica de coberto do solo, facilmente vai melhorar a
produtividade da cultura do ananas na província da Zambézia incluindo o pais todo.

Ananás, como outras frutas, contém vitaminas benéficas para o desenvolvimento do organismo
humano, como o fortalecimento dos ossos, proteção da pele, proteção dos olhos, fornece
carbohidratos e grande quantidade de vitaminas A, B, C, Zinco, Cálcio, e muito mais.

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2. Marco Teórico

2.1 Historial da cultura:


CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Lilipsida

Ordem: Poales

Família: Bromeliaceae

Gênero: Ananas

Espécies: Ananas comosus (L.) Merrill e Ananas macrodontes Morren

Nomes comuns: abacaxi, pina, pineapple, ananás, nanás. (Souza et all., 2017).

O Ananás, símbolo de regiões tropicais e subtropicais, tem grande aceitação em todo o mundo
tanto na forma natural, quanto industrializado, agradando aos olhos, ao paladar e ao olfato. Por
essas razões e por ter uma coroa, coube-lhe o título de Rei dos Frutos Coloniais, conferido pelos
exploradores europeus, que, no Novo Mundo, encontraram tão exuberante fruta. (Crestani et all.,
2010)

Métodos de reprodução

A possibilidade de multiplicar-se por meio de mudas faz que a cultura do abacaxizeiro se


diferencie de muitas outras também exploradas economicamente. Boa parte do sucesso de
produção dele depende da qualidade das mudas utilizadas em seu plantio. Assim como toda
semente, a muda é a portadora do potencial genético do vegetal, e, portanto, a sanidade dela é
fundamental. ( Pereira F. et al, 2006).

No caso da muda do abacaxizeiro, esse fator assume importância ainda maior, porque é pelo uso
de mudas sem saúde que se espalham doenças e pragas graves, como por exemplo a fusariose
(Fusarium subglutinans), responsável por perdas de plantas e de frutos em todas as regiões

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produtoras do Brasil, e a cochonilha (Dysmicoccus brevipes). Por isso, o conhecimento e o uso
adequado do processo de propagação e de manejo da muda são fatores relevantes para a
obtenção de produções e rendimentos superiores de abacaxi. ( Pereira F. et al, 2006).

Tipos de mudas

Coroa: brotação do ápice (ponteiro) do fruto: é o tipo de muda menos usado para plantio, pelo
fato de acompanhar o fruto quando esse é levado ao mercado para ser vendido in natura
(principal forma de comercialização praticada no Brasil). O uso da coroa como material de
plantio fica limitado, portanto, às regiões onde o fruto é industrializado. ( Pereira F. et al, 2006).

Filhote: a brotação do pedúnculo (haste que sustenta o fruto origina-se de gemas axilares (axila é
o local em que a folha se fixa no caule) existentes nas bainhas das brácteas (folhinhas atrofiadas)
do pedúnculo, e apresenta crescimento sincronizado com o da inflorescência, o qual se detém,
porém, com o desenvolvimento do fruto. Assim, da mesma forma que a coroa o filhote não
produz enquanto estiver ligado à planta-mãe, e pode ser usado somente como material para novo
plantio. ( Pereira F. et al, 2006).

Filhote-rebentão: brotação da região de inserção do pedúnculo no caule com características


intermediárias de filhote e de rebentão, que pode ser usada indistintamente como filhote ou
rebentão, o qual não tem, porém, muita expressão como muda, uma vez que sua produção é
limitada por planta. ( Pereira F. et al, 2006).

Rebentão (aéreo e subterrâneo): brotação que se origina de gemas axilares localizadas nas
bainhas das folhas do caule. Distingue-se dos outros tipos de muda pelo aspecto de bico-de-pato
da sua base; por seu desenvolvimento menos uniforme, o que dificulta a formação de culturas
homogênea e faz aumentar o risco do florescimento precoce; e por poder produzir ainda na
planta-mãe dando origem assim, à soca (segunda safra). ( Pereira F. et al, 2006).

Mulching plástico

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A cobertura do solo com filme plástico ou mulching tem sido amplamente utilizada na
agricultura desde a década de 1950 principalmente em países asiáticos, que são referências na
produção agrícola moderna com esse tipo de cobertura (HE et al., 2018).

Muito utilizado no cultivo de morangos, o mulching tem sido a nova aposta de produtores de
abacaxi da região do Triângulo Mineiro. Este modelo de cultivo cobre o solo com um filme
plástico de espessura fina, protegendo a terra e o sistema radicular das plantas. É usado para
fazer o revestimento da área de plantio, ou seja, as linhas de cultivo da produção ou os canteiros
ficam protegidos, conforme orientação da Empresa de Assistência Técnica Rural do Estado de
Minas Gerais (Emater-MG), ( SNA 2016).

Segundo o extensionista Antônio Carlos Andrielli, que presta seus serviços no município de
Canápolis, este método carrega várias vantagens em comparação ao convencional, entre elas:
redução de mão de obra, maior produtividade, queda da aplicação de herbicidas, maior retenção
de umidade, controle da temperatura e diminuição de pragas e doenças.( SNA 2016).

O sistema mulching é mais viável economicamente, porque produz mais com maior rapidez.
Neste modelo, o fruto ganha mais peso, não perdemos mudas, não gastamos herbicidas e ainda
ganhamos em qualidade”, afirma o agricultor Celismar Gouveia Moura, que há quase cinco anos
decidiu investir neste novo método, embora ainda mantenha o plantio convencional.( SNA
2016).

VANTAGENS

A Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais, em divulgação sobre o sistema mulching na


revista da própria entidade, detalha os resultados e a viabilidade econômica deste método.( SNA
2016).

 Diminui a competição com plantas daninhas;


 Economia na irrigação de até 50%;
 Economia com fertilizantes;
 Evita a lixiviação de nutrientes;
 Manutenção da umidade e temperatura do solo, melhorando enraizamento e precocidade
no ciclo;

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 Melhor enraizamento das mudas, precocidade e uniformidade no pegamento;
 Menor perda de mudas que resulta em menor replantio;
 Redução de 60% no uso de herbicidas e evita a fitotoxicidade;
 Redução do ciclo de produção, menor impacto ambiental, menor custo;
 Redução de mão de obra de capina: 60% de economia;
 Reflexão de luz: melhor aproveitamento pela planta e repelência a insetos;

2.2 Características edafo-Climaticas da cultura do Ananás:

Clima
O abacaxizeiro é uma planta de clima tropical,apresentando crescimento opimo e melhor
qualidade de fruto na faixa de temperatura de 21 a 32°C, sendo que temperatura acima de 40°C e
abaixo de 5°C, causam distubios fisiologicos na planta. A planta é exigente em luz, necessitando
de 2.500 3.000 horas de luz por ano, ou seja 6,8 a 8,2 horas de luz diaria e precisa de 1200 a
1500 mm de chuvaas bem distribuidas durante o ciclo de cultivo. Em locais com periodos
secosprolongados, recomenda-se o uso de irrigacao. (Souza et all., 2017)

Solo

Os solos para o abacaxizeiro devem ser de textura média ou arenosa, bem drenados, de
preferência planos ou com pouca declividade, profundidade do lençol freático superior a 90 cm e
pH na faixa de 4,5 a 5,5. O abacaxizeiro é muito sensível ao encharcamento do solo, que pode
prejudicar o seu crescimento e produção. Solos argilosos também podem ser utilizados desde que
apresentem boa aeração e drenagem. (Souza et all., 2017)

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3. MATERIAIS E MÉTODOS:

3.1 Métodos:
A produção de Ananás será realizada na localidade de Nauela, na zona de Mugema. Onde na
primeira fase terá uma área total de 3ha, mas a área útil na primeira fase será de 1,5ha onde será
implementada a produção do Ananás usando a técnica de cobertura do solo ( Mulching plástico).

Primeiramente será feita a preparação da área de forma mecanizada, usando arados para lavrar o
solo, depois serão construídos canteiros de 1m de comprimento, 50m de largura e 40cm de
altura, após o preparo dos canteiros serão adubados e alinhados.

Depois do preparo dos canteiros será aplicado o Mulching plástico, será levado o plástico cobrir
todos os canteiros e nas extremidades do canteiro tapar o plástico com solo para evitar a remoção
pela Acão do vento. De seguida será furado o plástico por cima usando o compasso de 90cm
entre linhas e 40cm entre plantas. Cada canteiro terá duas linhas de plantas. Para o plantio serão
usadas mudas de rebentos que serão extraídos da planta mãe, a seleção será feita de acordo a
qualidade produtiva de cada planta e serão selecionadas as plantas mais produtoras e melhoradas.

Para a irrigação nesta produção será instalado um sistema de rega por gota-a-gota, que garantirá
a humidade do solo. Porque a cultura de Ananás apesar de ser resistente a seca por algum tempo,
necessita também de humidade regular para garantir a reprodução fácil desta cultura e a
formação de frutos grandes e suculentos, este sistema de rega por gota-a-gota será instalado para
garantir a humidade regular no solo.

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3.2 Materiais
Para a implementação deste plano de produção Agro-Ramos, precisará de alguns materiais tais como:

Materiais de escritório Materiais de HST Materiais de produção

Mesa Fato macaco Enxadas

Cadeiras Botas Fita-métrica

Papéis A4 Luvas Cordas

Canetas Bonés Plástico

Máquina de calcular Luvas Tubos de água

Motobomba

3.2.1 Localização do distrito onde ira se implementar o plano de produção


O distrito de AltoMolocue esta situado na região da Alta Zambezia a 362km da capital de
Quelimane, o distrito de Alto Molocue tem uma superfície de 6.75km² e esta
adiministrativamente dividida em 2 postos administrativos, Alto Molocue e sede Nauela, por sua
vez subdivididas em dez localidades, nomeadamente: Vila sede do distrito de Alto
Molocue ,Malua,Calaia,Chapala,Ecole,Mutala,Nacuaca,Nimala,Nivava,Novanana no posto
adimnistrativo de Molocue sede ,e Nauela e Mahiua no posto admnistrativo de Nauela.O rio
Ligonha separa, a Norte ,o distrito de Alto Molocue da província de Nampula, concretamente
nos distritos de Malema e Ribaue. A Sul o distrito faz limite com o distrito de Ile, A este,com
distrito de Gile e a oeste ,com o distrito de Gurue (INE,2013).

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CLIMA

A humidade relativa varia na época das chuvas, de 90-100% no clima tropical húmido e75 a90%
no clima tropical de altitude. As temperaturas médias anuais variam conforme as regiões
topográficas, entre os 26°C na planície e planalto e cerca de 20°C nas terras altas das montanhas.
(Murima, D. 2012)

Ambos os climas possuem duas estações, nomeadamente, a estação quente e de chuvas, de


Outubro a Abril (período em que sopram, do Índico para a faixa do litoral, os ventos alísios
carregados de humidade) e a estação seca e fresca que vai de Maio a Setembro. A pluviosidade
varia entre1,000 mm, no clima tropical húmido e1,300 mm, na zona montanhosa. (Murima, D.
2012)

SOLOS

O distrito possui quatro tipos de solos que se classificam de acordo com as seguintes
características: (Murima, D. 2012)

 Solos Argilosos, localizados na região montanhosa e do planalto, de textura fina, muito


férteis e propícios para o cultivo de café, batata, soja, milho, mexoeira, fruteiras de climas
temperados e para pastagens;
 Solos riolíticos (líticos), de textura grossa e pouco férteis, localizados nos declives das
montanhas. No geral, por possuírem pouco húmus, estes solos são apenas aconselháveis
para a prática da pecuária;
 Solo Areno-Argilosos, de textura média e argilosa, situados na maior parte do interior do
distrito. Estes solos são pouco desenvolvidos, geralmente pouco profundos, com reduzido
teor de matéria orgânica e susceptíveis à erosão nos declives, sendo por isso aptos para o
cultivo de oleaginosa, tubérculos e para pastagem de gado;

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 Solos metamórficos, com origem nos aluviões dos principais rios que atravessam o
distrito, apresentando nalguns deles manchas dispersas de solos arenosos e franco
arenoso, têm textura muito fina e são bastante férteis, sendo para isso muito favoráveis
para a cultura do arroz, tubérculos, cereais, leguminosas e hortícolas.

3.2.2 Localização da zona de produção:


Posto administrativo de Nauela, é localizado a norte do distrito de Alto-Molocue, Composto por
localidade de Mahiwa e Nauela. A sua demanda populacional é vasta, a população tendo como
fonte de sustento a agricultura (INE 2013).

3.2.3 Informação sobre a produção no local:


A comercialização de produtos agrícolas atingiu cerca de 122577 toneladas de produtos diversos
de um plano de 148735 toneladas, o que corresponde a uma execução de 82,4% e foram
arrecadados cerca de 1.683.062 meticais; (INAGE 2018)

Os principais produtos que contribuíram para balança da comercialização foram: milho,


mandioca, feijões manteiga. O feijão bóer grande parte encontra se na posse dos produtores
devido ao baixo preço praticado nesta campanha. (INAGE 2018)

3.2.4 Potenciais inovações:


A inovação que este plano trará para o distrito de Alto Molocué incluindo o país todo é a prática
de cobertura do solo (Mulching plástico), esta prática consiste no uso de plástico para cobrir o
solo. Contém muitas vantagens quando aplicado na produção de Ananás, tais como:

 Promove maior qualidade nutricional do ananás;


 Garante o aumento do tamanho do próprio fruto;
 O fruto torna-se mais soculentos, pela maior conservação de nutrientes no solo.
A produção sem o mulching plástico, origina fruto mal formado e pequeno, por causa do solo
perder muita humidade pela radiação solar, mas com uso do mulching plástico a qualidade dos
frutos são melhorados por conservar a humidade e combater as infestantes.

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3.3 Técnicas de produção:
As técnicas de produção que serão adotadas na produção de Ananás serão:

Capina da área:

Com o uso da enxada será removida toda cobertura vegetal que terá na área identificada
incluindo arbustos, com fins de deixar a área limpa e com facilidade de prosseguir realizando
outras actividades.

Lavoura:

Usando alfaias agrícolas para lavrar o solo de modo a deixar o solo com facilidade do
desenvolvimento do sistema radicular da cultura.

Gradagem:

Com uso de grades mecânicas, serão destruídos todos os torrões existentes no solo logo após a
prática da lavoura.

Construção de canteiros:

Com o uso da enxada manual serão construídos os canteiros por onde serão plantadas as mudas
de Ananás, os canteiros serão de 1m de comprimento, 50m de largura e 40cm de altura. Os
canteiros serão bem preparados e nivelados.

Aplicação do Mulching plástico:

Usando plástico polietileno, logo depois de fazer os canteiros, será levado o plástico e depois
cobrir os canteiros construídos, os canteiros serão todos cobertos fixamente, nas pontas dos
canteiros serão tapados os plásticos usando solo para impedir a ação do vento fazendo voar o
plástico.

Abertura dos covachos:

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Com uso da faca será furado o plástico por cima do canteiros, usando o compasso de 90cm entre
linhas e 40cm entre plantas, em cada canteiro terão duas linhas de plantas.

Instalação de um sistema de rega:

Com uso da motobomba, tubos condutores de água, será instalado um sistema de rega por gota-
a-gota, terá o tubo principal subterrâneo saindo directo da motobomba e terão tubos secundários
que serão instalados nos próprios canteiros para distribuir a água às plantas. Com uso da
motobomba sera destribuida a água nos canteiros, a motobomba vai chupar a água do depósito
passará do tubo principal e se destribuira aos tubos secundários e chegará às plantas.

Plantação:

Com uso de rebentos da planta mãe será realizada a plantação, será levado cada rebento e
colocado em cada covacho aberto no canteiro.

3.4. Riscos ambientais:


São vários os riscos que serão enfrentados durante esta produção que afetarão o meio ambiente, esses
riscos podem ter consequenciais desastrosas para o meio ambiente e os seres vivos. Os riscos são:

Riscos ambientais Causas

Poluição do ar  Pulverizações;
 Queimada de resíduos de materiais e
restolhos vegetais.
Poluição da água  Lavagem de equipamentos de proteção
e materiais nas margens dos rios;
 Deitar resíduos na água dos rios, lagos
e mares.
Poluição do solo  Uso de adubos /fertilizantes;
 Acúmulo de resíduos no solo
Erosão  Uso de máquinas agrícolas pesadas;
 Excesso de água de rega e /ou chuva.

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Riscos de produção

Riscos de produção Causas

Intoxicação Pulverizar sem equipamentos de proteção


individual.

Doenças da pele Manejo inadequado de pesticidas, sem


proteção.

Picada de animais no campo Não uso de botas ao realizar actividades no


campo.

Gestão dos resíduos:

Os resíduos são todos restos que podem direta ou indiretamente contaminar o meio ambiente,
que podem ser restolhos das culturas no campo e resíduos de produtos químicos utilizados
(embalagens de adubos, pesticidas e outros produtos químicos que serão usados). Esses resíduos
serão geridos da seguinte forma:

 Além de queimar os restolhos vegetais, serão reutilizados na fábrica de fertilizantes ou


adubos orgânicos que ajudarão na produção;
 Os resíduos devem ser insinerados em covas abertas no solo, para evitar a poluição do
meio ambiente.
 No caso de serem vidros devem ser partidos e enterrados ao sub-solos;
 Os restos alimentares devem ser decompostos para formação de adubos.

3.5. Medidas de HST:


As medidas de HST serão adoptadas para garantir a saúde e segurança de todos colaboradores
deste plano. As medidas são:

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 Uso adequado de equipamentos de proteção individuais;
 Armazenamento de insumos num local seguro e limpo;
 Armazenar os pesticidas, adubos e outros produtos químicos em separados de outros
produtos para evitar a contaminação;
 Lavar as mãos e o corpo todo logo depois de manusear os produtos químicos;
 Adotar medidas de segurança colectiva ( extintores de incêndios);

3.6. Indicadores, dados a serem coletados, altura da coleta e da monitoria de processo de


produção
Indicadores Dados por coletar Altura da coleta e monitoria

Crescimento da planta  Espessura do caule Essa atividade será realizada


um mês depois da plantação
 Número de rebentos
da cultura
por planta

 Altura da planta

Ataque de pragas e  Número de pragas Essa prática será realizada


doenças existentes em cada dois meses depois da
planta plantação

 Número de folhas
atacadas por doenças

Número de folhas atacadas por


pragas

Floração da planta  Número de flores por Essa prática será feita no


planta momento da floração da planta

 Quantas flores se
perdem por dia

Frutificação  Número de plantas Essa actividade será realizada

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com frutos no momento da frutificação da
cultura.
 Número de frutos
atacados

 Número de plantas
com frutos prontos

 Número de plantas
com frutos atacados

 Número de plantas
com fruto ainda
pequenos.

3.7. Resultados esperados:


Com a implementação deste plano no distrito de Alto Molocue no posto administrativo de
Nauela, espera-se que haja melhoria da agricultura na região incluindo o país todo,
principalmente na técnica de cobertura de solo por Mulching plástico.

Na cultura de Ananás essa prática beneficiará na redução do ciclo de produção normal, frutos
bem formados e com alta qualidade, em comparação com produção sem o Mulching plástico. Os
resdimentos por hectare são:80% de produção em relação a produção sem Mulching.

O Mulching permite a proteção do solo contra a perda de nutrientes, por lixiviação. Os produtos
aproveitam o máximo possível dos nutrientes, e por essa ação os frutos ficam mais grandes, mais
soculentos, e muito nutritivos.

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4. Referencia bibliografica
Souza, V. F; Souza, E. H; - Abacaxieiros (Ananas spp.) cultivados e silvestres 2017

Cristani, M.; Barbieri, R.; Hawerroth, F.; Carvalho, F.; Oliveira, A.; - Origem, domesticacao e
dispersao do abacaxizeiro 2010

Pereira, A. F; Carneiro, R. M; Andrade, M. L; - A PROPAGACAO DO ABACAXIZEIRO


Embrapa informacao tecnologica 2006

SNA – Produtores apostam na nova tecnica de cobertura do solo com o Mulching plastico
2016

Henriques. E. - Cobertura do solo com filme plástico, 2018.

INE - Perfis distritais Moçambique 2013.

Murima, D. - Solos, temperatura e erosão no distrito de Alto-molocue, 2012

INAGE - Produtividades e comercialização de produtos agrícolas, 2018

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4.1. Apêndices

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4.2. Cronograma de atividades
Designação Materiais Período Responsável Intervenientes
necessários

Identificar a área Documentos Mês de Agosto Técnico .......................

Demarcar a area Fita-metrica Agosto Técnico ......................

Estacas

Destroncar Machado Duas semanas de Técnico Sazonais


Setembro
Enxada

Capinar Enxada Uma semana de Técnico Sazonais


Setembro

Lavrar Tractor e charrua Uma semana de Técnico Sazonais


setembro

Gradar e Nivelar Tractor e grades Uma semana de Técnico Sazonais


stembro
Enxada

Construir os Enxada Mês de outubro Técnico Sazonais


canteiros

Adubar Adubo Mês de outubro Técnico Sazonais

Adubadores

Aplicar o Enxada Mês de Técnico Sazonais


plástico nos Novembro
Plástico
canteiros
(Mulching), e
Abrir os
covachos

21
Instalar sistema Motobombas Mês de Técnico Sazonais
de rega dezembro
Tubos

Gotejadores

Reguladores de
pressão

Junções e
assessórios de
ligação

Plantar as mudas Mudas Janeiro Técnico Sazonais

Enxadas

Práticas culturais Enxadas A partir de Técnico Sazonais


Janeiro até
Pesticidas,
Dezembro
pulverizadores

Colheita Sacos, cestos Dezembro e Técnico Sazonais


Fevereiro

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4.3. Cálculo de custos
Tabela de custos fixos

Designação Quantidades Preço unitário Preço total

Aluguer de tractor 1 vezes 2000mt 2 000mt

Pagamento ao técnico/ 1 15 000mt/12meses 18 000mt


gestor

Sazonais 3 1200mt/5 meses 6 000mt

Sub-total 26 000mt

Imprevistos 5% 1 300mt

Total 27 300mt

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Tabela de custos variáveis

Designação Quantidade Preço unitário Preço total

Compra de terreno 1 30 000mt 30 000mt

Enxadas 3 200mt 600mt

Catanas 3 150mt 450mt

Cordas 3 rolos 200mt 600mt

Propagulos( mudas) 1000 10mt 10 000mt

Fato-macaco 3 800mt 2 400mt

Botas 3 200mt 600mt

Adubos 2 sacos de 50kg 1500mt 3 000mt

Motobomba 1 10 000mt 10 000mt

Pulverizador 1 500mt 500mt

Plastico polietileno 1000 metros 50mt 50 000mt

Tubos Um quite necessário 2 000mt 2 000mt

Sub-total 115 550mt

Imprevistos 5% 5 777,5mt

Total 121 327,5mt

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Demostracao de cálculos:

CV=Custos variáveis CT= CV + CF

CF= Custos fixos CT= 121 327,5mt + 27 000mt

CT=Custos totais CT= 148 627,5mt

4.4 Selecciona e quantifica práticas culturais, os meios e insumos de produção, com base em
certas tecnologias e guias de produção, correspondentes a um nível de produtividade que se
pretende atingir (rendimento por hectare e outro)

4.4.1 Selecionar práticas culturais:


 Sacha;
 Adubação;
 Rega;
 Pulverização;
 Indução floral;
 Aplicar o Mulching;
 Diminuição de rebentos da planta mãe.

4.4.2 Quantificar as práticas culturais:


Práticas culturais Quantidade

Sacha 1 por ciclo da cultura

Adubação 2 por ciclo da cultura

Rega 2 por dia

Pulverização 3 por ciclo da cultura

Indução floral 1 em todo ciclo

Aplicar o Mulching 1 em todo ciclo

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Diminuição de rebentos Sempre que necessário

4.4.3 Selecionar os meios de produção:


 Enxadas
 Machados
 Mão de obra
 Facas;
 Cordas
 Fita métrica
 Catanas

4.4.4 Quantificar os meios de produção:


Meios de produção Quantidade

Enxadas 5

Machados 5

Mão de obra 5

Facas 5

Cordas 2 rolos

Fita métrica 2

Catanas 5

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4.4.5 Selecionar insumos de produção
 Sementes(propagulos);
 Adubos;
 Pesticidas;

4.4.6 Quantificar os insumos de produção


Insumos Quantidade

Sementes( propagulos) 1000 plantas

Adubos 5 sacos de 50kg

Pesticidas 5 frascos

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Autoavaliação
A elaboração do presente plano de produção da cultura de Ananas, foi possível concluir gracas
aos conhecimentos adquiridos nos módulos estudados nas sessões e níveis anteriores. Foi usado
o modulo de Experiencia de trabalho para a identificação das técnicas de preparacao do solo e as
suas respectivas praticas culturais, foi usado o modulo de Higiene e seguranca no trabalho para a
identificacao das medidas de proteção pessoal e do meio ambiente, foi usado o modulo de Rega e
drenagem para a instlacao de um sistema de rega por gota a gota, foi usado o modulo de
Matematica para facilitar os cálculos dos custos, foi usado o modulo de PDI para identificar os
métodos de controlo a pragas doenças e infestantes.

Assinatura:

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