Trab. Constitucional Iii
Trab. Constitucional Iii
Trab. Constitucional Iii
SALA: 10B
Outubro de 2020
Ação Popular na sociedade brasileira
RESUMO
O presente trabalho visa discorrer sobre ação popular, buscando entender seu conceito, suas
atribuições e pontos relevantes. O método de pesquisa utilizado será por meios doutrinários,
bem como a jurisprudência. Ademais, serão analisados dois julgados do Supremo Tribunal
Federal (STF).
1. INTRODUÇÃO
A ação popular, atualmente representa um instrumento popular democrático,
garantindo aos cidadãos a participação ativa na fiscalização e também proteção do patrimônio
público.
Atualmente, a ação popular deve ser vista e aproveitada como uma ferramenta de
combate a corrupção, ou ao mau aproveitamento de dinheiro público.
Contudo, apesar da ação popular ser, integralmente, resguardada na Constituição
Federal, esta não é explorada, difundida no âmbito social da forma correta pelos próprios
cidadãos.
A ação popular se faz de grande importância no cenário social pois é através dela
que o cidadão adquiri a faculdade de provocar o provimento jurisdicional estatal, a fim de
defender seus interesses próprios, o que dá a estes muito mais autonomia.
A presente obra visa estudar a importância e necessidade da ação popular
constitucional, enquanto sendo ferramenta para fiscalizar e controlar a administração pública
como um todo.
2. DA AÇÃO POPULAR
2.1 CONCEITO
A ação popular esta descrita na Constituição, inciso LXXIII do artigo 5º, à
descrevendo como instrumento destinado à anulação de atos lesivos ao patrimônio público, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
Para que seja possível conceituar a ação popular de forma plena, é necessário que
seja levado em conta a sua origem e também sua herança histórica. Pois através daí é que foi
possível chegar aos moldes atuais.
Neste palco, é valido citar as palavras de José Afonso da Silva,(2010, p.463):
“O nome ação popular deriva do fato de atribuir-se ao povo, ou a parcela
dele, legitimidade para pleitear, por qualquer de seus membros, a tutela
jurisdicional de interesse que não lhe pertence, ut singuli, mas à
coletividade. O autor popular faz valer um interesse que só lhe cabe, ut
universis, como membro de uma comunidade, agindo pro populo. Mas a
ação popular não é mera atribuição de ius actionis a qualquer do povo, ou a
qualquer cidadão como no caso da nossa. Essa é apenas uma de suas notas
conceituais. O que lhe dá conotação essencial é a natureza impessoal do
interesse defendido por meio dela: interesse da coletividade.”
5. LEGITIMIDADE
Tem se por partes legitimas aquelas pessoas as quais são titulares de relações
jurídicas. Dessa forma é possível vislumbrar como sendo autor da ação aquele que atribui a sí
o direito que almeja; E como sendo a parte ré aquele a quem o autor atribui o dever de
satisfazer sua pretensão.
É correto que a legitimidade é uma das condições da ação. Ela se restringe a uma
análise superficial acerca da pessoa que o autor da ação aponta como devedor da satisfação de
sua pretensão.
Sendo assim, uma parte da ação é chamada autora pois se apresenta ao Estado-juiz
como sendo detentora do direito que alega, tendo legitimidade ativa para propor a ação contra
o réu, que é aquele atrelado a satisfação da pretensão indicada pelo autor, este possui
legitimidade passiva configurando no processo como aquele que deverá satisfazer o
cumprimento da obrigação a ele demandada.
Válido citar que alguns doutrinadores defendem que, com o novo Código de
Processo Civil (2015), extinguiu-se a categoria das condições da ação, e que interesse e
legitimidade passariam a integrar os pressupostos processuais, ou serem pressupostos de
admissibilidade do julgamento de mérito.
5.1 LEGITIMAÇÃO ATIVA
Apenas o cidadão, incluindo os que possuem entre 16 e 18 anos, brasileiros
naturalizados e natos, e inclusive, o português equiparado no gozo de seus direitos, possuem
legitimidade constitucional para propor a ação popular.
Para que seja comprovada essa legitimidade, deverá ocorrer a juntada do título de
eleitor, apenas para os brasileiros, ou do certificado de equiparação imposto dos direitos civis
e políticos e o titulo de eleitor, em casos de estrangeiros.
a. LEGITIMAÇÃO PASSIVA
Conforme prevê a Lei n 4717/65, em seu art. 6º, § 2º, a obrigatoriedade da citação
das pessoas jurídicas públicas, ate mesmo na administração direta ou indireta, incluindo as
empresas públicas e sociedades de economia mista ou privadas, em nome das quais foi
praticado o ato a ser anulado, e mais as autoridades funcionários ou administradores que
houverem autorizado aprovado ratificado ou praticado pessoalmente o ato ou firmado o
contrato impugnado, ou que, por omissos, tiverem dado oportunidade a lesão, como também,
os beneficiários diretos do mesmo ato ou contrato.
7. CONCLUSÃO
O enfoque principal desta obra foi evidenciar a importância da ação popular na
sociedade, além de difundir um maior entendimento acerca do tema, com intuito de utilizá-la
e difundi-la.
Também foi estudada a ação como sendo um instrumento constitucional que é
disponível para qualquer cidadão, de maneira gratuita, ou seja, livre das custas processuais, à
qualquer cidadão que esteja em pleno gozo de seus direitos políticos, que busque obter a
invalidação perante ao judiciário, de atos lesivos ao patrimônio publico, ao meio ambiente e a
moralidade administrativa ou ao patrimônio cultural e histórico.
8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
MORAES, A. Direito Constitucional. 28. Ed. São Paulo. Editora Atlas. 1997. Disponível
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc_anterior1988/emc01-
69.htm>. Acesso em: 22 de outubro de 2020.