Tecnologia de Estaleiro - 1 PDF
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TECNOLOGIA DE ESTALEIRO
Textos de Apoio
Coligidos pelo Prof. Gonçalves de Brito
2002/2003
Tecnologia de Estaleiro
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4. Construção integrada
Os trabalhos de construção estrutural, aprestamento e pintura progridem em
simultâneo, segundo as possibilidades de realização local.
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Estrutura 90 99
Casa de Máquinas 30 92
Redes de encanamentos 30 93
Condutas 30 97
Habitabilidade 10 64
Cabos eléctricos 5 40
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B. Instalações de máquinas
A prática normal dos estaleiros é a aquisição do equipamento de propulsão principal e
máquinas auxiliares, havendo também casos em que estes equipamentos são fornecidos
pelo armador. O estaleiro é responsável pela instalação de todo o equipamento,
incluindo a construção e instalação dos respectivos suportes e fixes, a manufactura e
montagem das redes de encanamentos e condutas e das necessárias instalações
eléctricas, posicionamento, alinhamento e fixação e ensaios de funcionalidade.
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C. Encanamentos e condutas
A manufactura e montagem de sistemas de encanamentos em navios representa uma
das parcelas mais significativas da fase de aprestamento, não só qualitativamente como
quantitativamente. As quarteladas de encanamentos são manufacturadas nas oficinas
de tubos a partir dos troços fornecidos pelas fábricas, normalmente com seis metros de
comprimento. Os processos< de fabrico dos encanamentos, envolvem a traçagem, o
corte e preparação de superfícies para soldadura, a enformação e a ligação com uniões
mecânicas (pratos de união, braçadeiras metálicas ou uniões roscadas) ou soldadas. Os
procedimentos específicos dependem dos requisitos funcionais relativos à aplicação; de
qualquer forma é importante salientar que existem tolerâncias dimensionais para a
ovalização dos tubos (derivada dos processos de fabrico com deformação plástica),
cuidados especiais quanto à qualidade das soldaduras e brazagens efectuadas,
requisitos exigentes quanto a defeitos no interior dos tubos (excesso de resíduos de
soldadura, faltas de material- mossas e rincões) e exigências quanto à limpeza interna
dos tubos, nomeadamente em secções reduzidas e em tubos destinados a fluídos
gasosos.
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D. Instalações eléctricas
O padrão normal de construção de instalações eléctricas a bordo de navios envolve a
montagem de cabos eléctricos, a instalação de quadros, caixas com órgãos de comando,
protecção e medida, aparelhagem diversa, conversores, transformadores, etc.; envolve
igualmente a execução de terminais na cablagem eléctrica, a identificação dos
respectivos circuitos e a correspondente ligação aos equipamentos, quer para
alimentação eléctrica, -quer para transmissão de sinais electrónicos (neste último caso
envolve igualmente os circuitos de fibra óptica que começam a ter aplicação em navios
tal com têm tido em aplicações terrestres e aeronáuticas).
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estético nas zonas de acomodação são muito importantes, bem como os aspectos
ergonómicos nas zonas predominantemente funcionais (as preocupações ergonómicas
não se cingem a aspectos dimensionais e físicos, devendo ser englobados num espectro
mais amplo que envolva as condições ambientais (ruído, temperatura e humidade,
iluminação e renovação do ar.
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B. Oficinas de aprestamento
Sectores oficinais dotados de máquinas ferramentas e de outros acessórios destinados a
permitir o aprestamento (serralharia, carpintaria, pintura, mecânica, electricidade,
caldeiraria de tubos, etc.)
Nota: deve-se ter presente que estas oficinas também prestam apoio aos trabalhos
realizados no cais acostável
D. Sector administrativo
• Administração
• Sector comercial
• Sector de aquisições
• Gestão de pessoal
• Contabilidade, etc.
• Instalações previstas para inspectores e tripulações do armador
1Este e os outros sistemas eléctricos existentes na nave onde se existem contactores ou outros Órgãos
onde podem ocorrer faíscas será preferível o accionamento (a motorização) com ar comprimido.
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H. Meios de elevação
Guindastes
Gruas móveis
J. lnfrastrutura de alagem
Plataforma elevatória, doca flutuante, doca seca, plano inclinado de alagem, etc.
Embora não seja obrigatório, é vantajoso que exista um meio para colocar a embarcação
em seco, caso seja necessário, durante o período do aprontamento final ou durante o
período de garantia. No caso de não existir, se for necessário há que contratar o serviço
de carenagem a um estaleiro que tenha esses meios.
K. Cais de atracação
Preferivelmente permitindo a atracação de dois navios da maior dimensão que possa
ser construído no estaleiro
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o Projecto de produção
o Entrega
o Garantia
2 De notar que as fases enunciadas não são estanques entre si, isto é, existe alguma sobreposição entre
elas, variável caso a caso.
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Existem outras operações com menor valor acrescentado, relacionadas com a instalação
de máquinas, equipamentos e componentes diversos, fabricados por outras indústrias
que em parte se designam por indústrias auxiliares.
Enquanto nas operações típicas de fabrico existe uma repartição de actividade entre as
operações de transformação e as de instalação e montagem, nas segundas prevalece a
instalação e montagem. No que se refere à reparação de navios, as actividades têm uma
maior componente de prestação de serviços; grande parte dos trabalhos realizam-se no
navio, com uma maior incidência de mão-de-obra.
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Outras especialidades:
Montadores de andaimes
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Ferramenteiros/reparadores de ferramentas
- Na construção em madeira:
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Uma última nota para referir que algumas das especialidades profissionais referidas
têm um grau de afinidade e são frequentemente exercidas em regime de polivalência
sobretudo em estaleiros de pequena dimensão dedicados à reparação naval.
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Esta montagem tem lugar normalmente em zonas distintas organizadas em função das
necessidades operacionais, pelo que poderão existir as seguintes:
• de blocos direitos;
• de blocos curvos;
• de superestruturas.
5º Nível - Montagem do casco.
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pode também ter interesse nos coferdames e na quilha em caixão (Figura 10). Consegue-
se deste modo ter tanques ou outros espaços fechados prontos antes da montagem do
casco na carreira ou na doca (Figura 11).
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A ligação dos blocos entre si pode envolver várias alternativas. Na solução a adoptar
devem ser tomados em conta os seguintes pontos:
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Nas anteparas, em que a espessura da chapa varia com a altura, pode ser vantajoso usar
os reforços paralelos às fiadas de chapas. E mesmo com o prejuízo do aumento de peso,
é muitas vezes preferível usar chapas de espessura constante nas fiadas e dispô-las na
vertical (Figura 13).
A ligação dos blocos deve fazer-se pelas bainhas e topos das chapas e deve
corresponder ao trabalho de montagem mínimo. Nos navios de estrutura longitudinal é
preferível ter os blocos compridos, enquanto nos navios de estrutura transversal os
blocos devem ser mais largos a fim de se reduzir o comprimento de soldadura entre
reforços, na ligação dos blocos (fig. 15, 16 e 17).
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C. SOLUÇÕES ESTRUTURAIS
A quantidade de hHs dispendida na construção da estrutura de um navio pode ser
reduzida grandemente se for dada a devida atenção às soluções estruturais.
a) Chapas do forro.
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Muitos blocos requerem um berço de apoio para a sua montagem o que se traduz num
trabalho adicional. Com uma solução estrutural adequada podem ser eliminados
muitos berços usando planos de apoio que servem também de planos de referência,
como sejam os pavimentos e as anteparas (Figura 19).
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c) Acessos
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e) Fixes
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Figura 22 Fixes
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