GAMBA - 1994 Guiapratico de Tecno de Pesca

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-------------

MINISTRIO
INSTITUTO

DO MEIO AMBIENTE

DO MEIO AMBIENTE
DIRETORIA

E DA AMAZNIA

E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVVEIS

DE INCENTIVO PESQUISA

CENTRO DE PESQUISA

LEGAL ~ MMA

E EXTENSO

E DIVULGAO

PESQUEIRA

- DIRPED

DAS REGiES SUDESTE

CEPSUL

GUIA PRA-r"ICO DE TECNOLOGIA


DE P'ESCA

1'V1ANOELDA ROCHA GAMBA

Primeira Edio
Itaja / Maio /1994

- IBAMA

E SUL.

Ministro

do Meio Ambiente

e da Amaznia

Legal

Henrique Brando Cavalcanti

Presidente do IBAMA

Nilde Lago P\nhelro

Diretoria

de Incentivo

a Pesquisa e Divulgao

Jos Dias Neto

Chefe do CEPSUL

Philip Charles Conolly

Chefe da rea de Tecnologia

de Pesca do CEPSUL

Manoel da Rocha Gamba

N D I C E

2.

2.1.
2.2.
2.3.
3.
4.

4.1.
5.
6.
6.1.
6.2.
6.3.
6.4.
6.5.

6.6.
7.
8.
8.1.

8.2.
9.

9.1.
9.2.
9.3.
9.4.
~.5.

10.
10.1.
10.2.
10.3.
10.4.
lI.
11.1.
11. 1. 1.
11.1.2.
11.2.
11.2.1.
11.2.2.
11.2.3.
1l.2.4.
1l.2.5.
1l.2.6.

11.3.

11.3.1.
11.3.2.

Prefcio
.
Classificao das fibras.......
.
Sistema de numerao dos fios..
.
Sistema Internacional tex ..
.
Sistema de numerao denier
Sistema "runnage"
Toro dos fios
.
Resistncia dos f i os
Absoro de gua pelos fios
Fios tranados
Cabos
Cabos de fibra vegetal
Cabos de fibra sinttica
Material sinttico nacional
,
Cabos combinados
Cabos de ao
clculo de capacidade do tambor do guincho
panagens e ns usados em redes de pesca
Mtodos de clculos do peso da panagem no ar
Atravs da espessura do fio
Atravs de uma amostra do pano
proj eto de rede
.
Abertura da malha
Corte de panos
,
Mtodo usado pela FAO
.
Mtodo polons
.
Corte de mangas das redes de arrasto
Unio de panos
.
Encabear
.
Perf iar
...'....
......
.
Entralhar
.
Remendar
.
Aparelhos de pesca..
.
Aparelhos primitivos
... .. .... .. .
..
Arpo
............
.
Fisga
............
.
Armadilhas
Cvos
Estaqueadas
.
Cerco fixo ou curral
Cerco flutuante
.
Aviozinho
.
Potes para a captura de polvos
.
Aparelhos com anzis
......
.
Canio..........
.
Vara e isca viva..........
..

PGINA
04
05
05
05
06
07
09
10
12
12
13
13
13
14
15
15
17
18
18
18
19
19
19
21
22
22
24
25
25
26
26
26
26
26
26

27
27
27
27
28
28
28
29
29
29
29

11.3.3.
11.3.4.
11.3.5.
11.3.6.
11.3.7.
11.4.
11.4.1.
11.4.2.
11.4.3.
11.5.
11.5.1.
11.6.
11.6.1.
11.6.2.
11.6.3.
11.6.4.
11.6.5.
11.6.6.
11.6.7.
11.6.8.
11.6.9.
11.6.10.
11.7.
11.7.1.
11.7.2.
11.7.3.
12.
12.1:
12.2.

Linha de fundo ou linha de mo


Corrico ou linha de corso .....
EspinheI flutuante ou "long-line"
Espinhel fixo
.
Espinhel de fundo tipo pargueira
Redes de espera
.
Caoeiro
.
Rede de espera fina
.
Feiticeira ou tresmalho
Arte de caida
.
Tarrafa
.
Redes de arrasto
picar
.
Arrasto de praia
"Beam- trawl"
.
Geri vaI
.
.
Arrasto de portas
.
Arrasto duplo ou "double rig"
Rede de arrasto gmea
.
Arrasto de parelha
.
Arrasto com cabos ou "seine-net"
Arrasto de meia-gua
Redes de cerco
.
Traineira
.
Traineira para capcura de ~sca-vlva
Rede de bloqueio
.
Mtodos de concentrao de peixes
Atratores para peixes
Atrao luminosa
.

.
.
..

.
.......

..
..

.30
.30
.31
.. 31
.. 32
.. 32
.. 33
.. 34
34
35
35
.. 36
.. 37
.. 37
38
39
.40
.. 42
42
43
43
44
45
.45
.. 47
.. 47
.48
.48
.48

1
.1

(I

t
3

PREFCIO

A atividade pesqueira caracteriza-se por apresentar


ao longo
dos tempos uma evoluo progressiva, de acordo com a necessidade
de
obteno de protena animal em funo do aumento populacional.
Nos ltimos anos esta atividade apresentou verdadeiros
saltos
tecnolgicos, deixando de ser uma atividade extrativa para a sobrevivncia, para transformar-se em uma tcnica que envolve do mais
simples artefato, como o arpo e o anzol, aos mais sofisticados mtodos,
com a utilizao de poderosas embarcaes, e com atuao ilimitada em
todos os oceanos do planeta.
O desenvolvimento
da tecnologia de pesca, propiciou aos demais
ramos da cincia oceanogrfica, principalmente a biologia
pesqueira,
as condies necessrias
ao desenvolvimento desta cincia, tendo
em
vista a grande necessidade de estudar os efeitos destas tcnicas
sobre os recursos pesqueiros.
Aps uma fase desenvolmentista,
onde os esforos dos tecnlogos concentraram-se
em obter a mxima eficincia
no desempenho
dos
petrechos, a tecnologia de pesca hoje est
voltada
para
o bin5mio
eficincia/seletividade,
resultado de uma mudana de mentalidade
no
trato dos recursos vivos renovveis.
A pesca do arrasto por exemplo, considerada a mais predatria,
por no selecionar o objeto de sua atuao, e por ser comprovadamente
danosa, tanto para os recursos vivos, como para o substrato, a que
apresenta o maior nmero de pesquisadores concentrados
em manter
a
sua eficincia com o menor prejuzo ao meio ambiente, sendo atualmente uma das tcnicas de captura mais estudadas no mundo inteiro.
Por outro lado, o desenvolvimento de mtodos auxiliares pesca, como os equipamentos hidroacsticos, sensoriamento remoto,
navegador por satlite, entre outros, vieram contribuir significativamente para o aprimoramento das tcnicas de captura e o consequente
aumento da produo mundial de pescado.
Raro so os trabalhos que concentram de uma maneira
geral
e,
com uma linguagem acessvel, os diverssos mtodos e artes
de pesca
mais conhecidos e praticados nas diversas regies.
O presente trabalho o resultado de vrios anos
de estudos,
na evoluo da tecnologia de pesca ao longo das ltimas dcadas, sendo destinadas a todos qu , de llma maneira, ou de outra esto
ligadas
a pesca e dele podero tlrar subsdios
ao desenvolvimento
de suas
atividades.

1. CLASSIFICAO

DAS FIBRAS UTILIZADAS

EM APARELHOS

DE PESCA

As
fibras empregadas na confeco de petrechos de pesca podem
ser naturais ou artificiais.
Das primeiras,
as principais so a seda
(origem animal),
o linho,
canhamo,
sisal,
ram e o algodo (essas de
origem
vegetal).
Tais fibras se caracterizam por um comprimento e um
dimetro
limitados e, alm de apresentarem uma elevada porcentagem
de
absoro
de gua,
bem
como,
aps
algum tempo
de uso,
uma baixa
resistncia rotura,
sua maior desvantagem estarem sujeitas a rpida
deteriorao,
provocada
pela
ao de microorganismos
do ambiente
aqutico.
Essa decomposio depender do tipo de fibra,
da temperatura
da gua,
dos agentes de putrefao a presentes e do tempo de imerso.
Todavia,
para aumentar a vida til de uma rede,
convm submetla a um
banho
de tinta conservante,
como o piche,
carbolineu ou tanino
das
cascas de certos vegetais.
Alm disso,
como norma de manuteno, todos
os aparelhos de pesca devem ser lavados com gua doce e secos ao solou
ar, antes de serem guardados.
Atualmente essas fibras foram
substituidas
totalmente
pelas
artificiais,
ou seja,
de material sinttico cujos grupos qumicos mais
usuais so a poliamida (PA), o polietileno
(PE), o polipropileno
(PP) e
o poliester (PES). Com tal matria prima as fibras podem ter o comprimento que se desejar, produzidas nas formas
de filamentos contnuos (de
grande extenso e conhecidos como multifilamentos);
filamentos
cortados
(quando os
fios so montados a base de fibras cortadas, como por exemplo o "nylon" cardado, e monofilamento
(como seu nome expressa),
trata-se de filamentos nicos, com fora
suficiente para suportar
determinadas traes. (Tabela I)
As principais
caractersticas
das fibras
sintticas
so
a impermeabilidade,
resistncia

rotura e a no decomposio
por
ao de microorganismos,
especialmente as bactrias.
Quando porm,
expostas a luz solar, perdem sua resistncia, pela ao dos
raios
ultravioleta.
2. SISTEMA

DE NUMERAO

DOS FIOS SINTTICOS

Para classificao dos fios empregados na pesca, os quais variam de dimetro e peso,
foram adotados vrios padres
de medidas como
o SISTEMA INTE~NAC~ONAL TEX, o SISTEMA DE NUMERAO DENIER (Td), o SISTEMA DE NUMERAAO METRICO (Nm) e o SISTEMA
DE NUMERAO INGLS (Nec).
No Brasil, os mais
usados
so os dois
primeiros, elucidados a seguir:
2.1.

Sistema

Internacional

Tex

Por definio,
Tex a massa em grama,
em 1000 (um mil) metros da fibra primria do fio.
1 Tex = 1000 metros, que pesam 1 grama.
23 Tex
indica que a fibra primria de 1000 metros
pesa
23
gramas.
Por outro
lado, Rtex indica o peso em grama de 1000 metros do
produto final, que tem sua numerao expressa nas seguintes formas:
23 Tex
23 Tex
23 Tex

X
X
X

3
3
3

R 75 Tex.
X
X

R 320

Tex

12 = Tex 23/36

320

R Tex
R Tex.

1.000

A diferena acima observada, e~tre o nmero


motivada
pela
toro de cord6es,
o que aumenta o
de aproximadamente
5 a 15 %.

Fonte:

Curso Intensivo
2.2

Sistema

de Tecnologia
de numerao

estrutural
peso
em

de Pesca - Tamandar

e Rtex
grama,

PE

Denier

o sistema denier indica o peso em grama, da fibra primria com


(nove mil) metros de comprimento.
Por exemplo:
Td == 210,
s i qn i f i ca que a fibra primria
de
9.000 m. pesa 210 gramas.
Pode-se
ademais,
converter
Td em Tex,
multiplicando-se
o
primeiro tipo de medida (Td X 0(111).
23 Tex == 210 Td
Atualmente
fabrica-se
poliamida
(PA), com
as
seguintes
numeraes:
9.000

23
46
92
115
138
552

Tex
TEX
Tex
Tex
Tex
Tex

Td
Td
Td
Td
Td
Td

210
420
840
1050
1060
5040

(T'a bel a 11)


'"

,"

0(;'

T A B E L A
CONVERSO

DOS

SISTEMAS

II

DE NUMERAO

DOS

FIOS

PARA

TEX

denier
- Ttulo internacional
Td
Numerao
mtrica
Nm
Rtex - Sistema tex
m/Kg - Relao metro por Kg.
Td

tex

70
90
100
110
125
150
180
190
200
210
250
300
360
380
400
420
500
630
720
840
1000
1050
1080
1100
1140
1260
1680
3360

7,6
9,9
11
12
14
17
20
21
22
23
28
34
40
42
44
46
56
70
80
93
112
117
120
122
126
14 O
186
373

Nm

5
6,3
8,3
10
11
12
14
17
20
23
28
30
34
50
56
68
72
100
125

200
160
120
100
90
85
70
60
50
43
36
34
30
20
18
15
14
10
8

Fonte:

Curso

Intensivo

2 .3.

Sistema

"Runnage"

Este sistema
peso
do
comprimento
portanto,
em
outras
(um) quilograma de fio
seguinte frmula:

tex

de Tecnologia

m/Kg

Rtex

13000
10000
7000
5000
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
900
800
700
600
500
400
350
300
250
200
14 O
125
100
80
70
60
55

75
100
143
200
250
285
340
400
500
670
1000
1100
1250
1400
1700
2000
2500
2800
3400
4000
5000
7000
8000
10000
12000
14000
17000
18000

de Pesca

Tamandar

PE

amplamente usado,
quando queremos conhecer o
do fio, na forma de produto
final.
Trata-se
palavras,
da quantidade em metros contido em 1
(m/Kg). A converso para RTex obtida segundo a
1.000.000

RTex
m/Kg

A Tabela IIr e V demonstra tal converso,


em medidas usuais,
alm de outras caractersticas dos fios tranados que se usam
em artes
de pesca.
Vejamos agora o seguinte exemplo:
Temos 20 metros de um fio
de PA, e desconhecemos sua numerao e sua caracterstica estrutural.
O que devemos fazer para determin-la?
Tomamos

uma balana

de preciso

a) pesamos,

(por exemplo)

uma amostra,

b) buscamos

o valor Rtex como produto

de 20 metros

que pesa

40 gramasi
1 RTex

peso em grama/1000

peso

final:

m.

40 g
2 gim

comprimento
Assim,

20 m
metro

pesa 2 gramas,

portanto

1000

metros

so

iguais a:
2 X 1000
2000 ou R 2000 Tex.
1

c) buscamos

o valor
1

total Denier, Td:

Td
9.000

Se nossa amostra

de 1 metro

2 gramas,

temos:

9.000

9.000 m

18.000

T Td

Agora,
com
vista
a
uma determinao
mais
exata,
exemplificaremos
de
outra
manelra.
Suponhamos
que precisamos
da
caracterstica
do material primrio,
ou melhor do nmero de Tex ou Td
da
fibra
primria,
ou seu nmero
estrutural
para
determinar
a
numerao
da
fibra
primria.
Se, por exemplo, conhecemos
o nmero
estrutural, que 24 (3X8), a fibra primria se aproxima do valor:
T Td

R Tex
ou

24

24

18.000
750 Td, e a numerao

completa

24

750/24 Td

2.000
83,3 Tex, e a numerao
24

completa

83/24 Tex.

.,.,

Completando o quadro de determinao de caractersticas dos


fios, assinalamos abaixo valores de relao entre resistncia a rotura
e dimetro do fio, para diferentes fibras sintticas.

CARGA DE ROTURA
Kgf
60
80
100
120
150

3. TORO

DIMETRO

DO FIO EM MILMETROS

PA

PP

PE

1,21
1,40
1,55
1,72
1,97

1,51
1,80
2,00
2,19
2,46

1,50
1,75
2,00
2,17
2,47

PES
1,20
1,35
1,52
1,69
1,92

DOS FIOS

Os fios apresentam diferentes tores que se expressam


pela
quantidade
de espiras
em 1 metro de fio. Devemos
considerar
que
durante
o processo
de toro
o produto final afetado
por
um
encurtamento que varia de acordo com o nmero de espiras por metro
de
fio (grau de toro) .
Normalmente
usado na indstria
pesqueira o coeficiente
150.

Pelo coeficiente

de encurtamento

obtem-se

os seguintes

tipos

de fios:
COEFICIENTE

TIPOS DE FIOS
Suave
Mdio
Duro
Extra duro

Forma

DE ENCURTAMENTO

1,03
1,07
1,15
1,20

experimental

de clculo

1,07
1,15
1,20
+

de encurtamento:

L
Ec

(encurtamento)

em %

L 1

-----------

100

Sendo
L
L 1

comprimento
comprimento

Exemplo:L
L 1

Ec

da amostra
da amostra

1,40

destorcida
torcida

- 1,25
X 100
1,40

Temos como resultado


A figura

um fio de toro mdio.

mostra as ::.oresem "S"

e "2".

1,14

T A B E L A
RESISTNCIA

ROTURA

(kgf)

Denier

0,43
0,56
0,68
0,78
0,89
0,94
1,06
1,17
1,29
1,47
1,65
1,85
1,98
2,16
2,55
2,61
2,72
2,84
3,12
3,35
3,77
3,81
4,12
4,40
4,93
5,50
6,03

210/6
210/9
210/12
210/15
210/18
210/21
210/24
210/30
210/36
210/48
210/60
210/72
210/84
210/96
210/108
210/132
210/144
210/168
210/192
210/222
210/282
210/288
210/336
210/384
210/480
210/600
210/720

Fonte: Curso Intensivo


4 . RESISTNCIA

DOS FIOS TRANADOS


e Rtex.
Total
Denier

em mm.

Denier

COM VALORES

Carga
de rotura

Rtex

1260
1890
2520
3150
3780
4410
5040
6300
7560
10080
12600
15120
17640
20160
22680
27720
30240
35280
40320
46620
59220
60480
70560
80640
100800
126000
151200

140
210
280
350
420
490
560
700
84 O
1120
1400
1680
1960
2240
2521
3080
3360
3920
4480
5180
6580
6720
7840
8960
11200
14000
16800

de Tecnologia

de Pesca

13 Kgf
18
21
25
29
35
45
54
65
82
96
119
140
146
160
165
195
225
280
325
335
375

Tamandar

PE

DOS FIOS

A
qualidade
do produto
final
depende
da resistncia
expressa
em grama/Denier.
Os valores
mdios
de grama/Denier dos
fios
empregados
na confeco de redes pela
indstria pesqueira so as
seguintes:

FIBRAS

PRIMRIAS

Polipropileno
Poliamida
Polietileno
Poliester
Algodo

RESISTNCIA
(SECO)
PP
PA
PE
PES

8,0
7,
4,5
6,
1,2

10

8 ,5
8, 5
6,0

GRAMA/DENIER
(MIDO)

7 , C)

8,0
6,0
4,5
6,0

2,0

1,8

8,5
7,8
6,0
7,0
2,4

T A B E L A
FIOS TORCIDOS

DE FILAMENTOS

I V

CONTNUOS

DE POLIAMIDA

(PA)

--------------------------------------------------------- ------------Carga

No

1
2
3

4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Fonte:

grau

84 Kgf.

Rtex

Descrio

23
23
23
23
23
23
23
23
23
23
23
23
23
23
23
23
23
23
23

x
x
x

tex
tex
tex
tex
tex
tex
tex
tex
tex
tex
tex
tex
tex
tex
tex
tex
tex
tex
tex

Curso

50
75
100
155
230
310
390
470
54 O
620
700
780
860
950
1030
1200
1280
1430
1570
1690
2000
2600
3180
3400
4000
5000
6000
8000
11000

2
3

4
6
9
12
15
18
21
24
27
30
33
36
39
45
48
54
x 60

x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x

Intensivo

.13

Relao
M/Kg

mm

20.000
13.300
10.000
6.460
4.350
3.230
2.560
2.130
1.850
1.620
1.430
1.280
1.160
1.050
970
830
780
700
640
590
500
385
315
294
250
200
175
125
91

0,24
0,30
0,33
0,40
0,50
0,60
0,65
0,73
0,80
0,85
0,92
1,05
1,13
1,16
1,20
1,33
1,37
1,40
1,43
1,50
1,60
1,90
2,00
2,20
2,40
2,75
2,85
3,35
3,80

de Tecnologia

de Pesca

de Rotura
Seco
S/ns

3,1
4,6
6,2
9,0
14,0
18,0
22,0
26,0
30,0
34,0
39,0
43,0
47,0
51,0
55,0
64,0
67,0
75,0
82,0
91,0
110,0
138,0
165,0
178,0
210,0
260,0
320,0
420,0
560,0

- Tamandar

(Kgf)
mido
C/ns

3,6
5,4
7,2
11,0
17,0
22,0
27,0
32,0
36,0
42,0
44,0
48,0
52,0
56,0
58,0
67,0
70,0
79,0
86,0
94,0
112,0
145,0
167,0
179,0
208,0
250,0
300,0
380,0
500,0
PE

Para se determinar
a resistncia
da fibra primria,
toma-se
de rotura obtida em laboratrio
e divide-se
por RTex ou
Ttd.
Ex:
O fio 210/60 Ttd ou R 1570 tex,
tem uma resistncia
de
(ver Tabela IV)
Resistncia

da fibra
84.000

R.f.p.

6,66 g/denier
12.600

primria:

Ttd

84.000

R.f.p.

56 g/tex
1.500

Rtex

11

T A B E L A
CARACTERSTICAS
Sistema
U.S.A

3
4
5
6
7
8
9
12
15
18
21
24
30
36
42
48
60
72
84
96
108
120
132
168
210

Fonte:

Sistema
Rtex

46
69
104
139
208
277
346
420
490
560
670
840
1120
1400
1680
1960
2239
2519
3079
4199
4479
5599
6439
6999
8049
9240
10919
13485

Curso Intensivo
4.1. Absoro

DOS FIOS TRANADOS


Sistema
Denier

210/2
210/3
210/4
210/6
210/9
210/12
210/15
210/18
210/21
210/24
210/30
210/36
210/48
210/60
210/72
210/84
210/96
210/108
210/132
210/180
210/192
210/240
210/276
210/300
210/345
210/396
210/468
210/578

USADOS

Total
Denier

Dimetro
Poleg.

420
630
840
1260
1890
2520
3150
3780
4410
5040
6300
7560
10080
12600
15120
17640
20160
22680
27720
37800
40320
50400
57960
63000
72450
83160
98280
121380

de Tecnologia
de gua pelos

EM ARTES DE PESCA

de Pesca

0,017
0,022
0,027
0,031
0,035
0,037
0,042
0,046
0,051
0,058
0,065
0,073
0,078
0,085
0,093
0,103

0,43
0,56
0,68
0,78
0,89
0,94
1,07
1,17
1,29
1,47
1,65
1,85
1,98
2,16
2,36
2,60

0,125

3,17

0,158
0,166

4,0
4,2
4,9
5,3
5,8
6,4

Runnage
m/Kg

mm

Tamandar

7142,8
4761,9
3571,4
2857,1
2380,9
2040,8
1785,7
1492,S
1190,S
892,8
714,3
595,2
510,2
446,4
396,8
324,7
238,1
223,2
178,6
155,3
143,1
124,2
108,2
91,6
74,2

t'

PE

fios

Os dados obtidos em laboratrio


Linho, sisal e manilha
Algodo
Poliamida
(PA)
Pol iester
(PES)
Polipropileno
(PP) '"
Polietileno .. (PE)

so os seguintes:
12,0

"
"
"

9o

8 ,5

9-

4,5

9-

O:

4
1

0,05

9o

9o

5. FIOS TRANADOS
Os fios
tranados,
em geral,
tm a forma
tubular,
sendo
constitudos
de vrios fios tranados que envolvem um outro cordo
que
serve de madre (alma).
Este
tipo
de fio muito empregado na
redes de arrasto e no entralhe de redes de espera,
Fig. 2 e Tabelas rrr e V)

12

confeco de grandes
arrasto e cerco. (Ver

6. CABOS
Os cabos so amplamente usados nas operaes de pesca,
tambem so imprescindveis na montagem de redes. (Figura 3)
Podem ser de fibras vegetais,
sintticas,
combinados
ao.
6.1.

Cabos

de

fibra

como
e

de

vegetal

sisal
ou
cnhamo,
que
Atualmente
os cabos
de manilha,
frota pesqueira,
foram
substitu
tradicionalmente
eram
usados
pela
por
oferecerem
dos pelos
de
fibras
sintticas,
maior resistncia
e durabilidade.
(Tabela VI)
T A B E L A
CARACTERSTICAS

V I

DOS CABOS DE 3 CORDES DE POLIAMIDA


P A

O
mm

il

10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
:30
32
36
40
44
48
50
53
56
60
64

24,0
20,0
17,2
15,0
13,4
12,0
11,0
10,0
9,2
8,5
8,0
7,5
6,7
6,0
5,5
5,0
4,8
4,6
4,3
4,0
3,7

Fonte: Curso
6.2.
.l

Peso
gim

No
de
Torolm

Intensivo
Cabos

de

S I S A L

Resistncia
rotura Kgf

77
109
148
139
240
300
365
435
511
592
680
774
980
1.210
1.464
1.742
1.890
2.112
2.370
2.722
3.096

Peso
gim

1.260
1.800
2.500
3.300
4.100
5.100
6.850
7.200
8.000
9.800
11.100
13.000
16.300
20.000
24.000
29.000
31.000
35.000
39.000
45.000
52.000

de Tecnologia
fibra

E SISAL

de Pesca

Resistncia
rotura Kgf

114
188
237
293
355
423

1.160
1.600
1.940
2.370
2.940
3.530

575

4.680

751
950
1.175

5.960
7.330
9.100

1.690

12.470

2.300

16.430

3.010

22.550

Tamandar

PE

sinttica

As fibras mais empregadas


- poliamida
PA
- Polietileno
PE
- Polipropileno
PP
PES - Poliester
13

na confeco

de cabos so:

elasticidade
prolongado

Estes
cabos
so recoffiendados
pela
a~ta
resistncia
e durabilidade.
(Tabela
VII
As desvantagens
so a deformao
por cargas
pesadas
e a baixa
resistncia
abraso.
6.3.

Material

sinttico

fabricado

pela

indstria

a rotura,
em

tempo

nacional

PA - Monof i lamento
- (f ias e panos)
PA - Mul t i f i lamento
- (f ias torc idos
e tranados)
PA - Cabos - (torc idos
e tranados)
PE - Mul t i f i lamen tos
- (f ias torcidos
e tranados)
PE - Multifilamentos
- (panos)
PE - Cabos - torcidos
e tranados)
PP - Mul t i f i lamentos
- (f ias torcidos
e tranados)
PP - Cabos - (torcidos
e tranados)
PES - Multi filamentos
- (f ias torc idos
e tranados)
PES - Cabos - (torcidos
e tranados)
PVC - Flutuadores
(vrios
tamanhos)
Isopor
- Flutuadores
(vrios
tamanhos)

T A B E L A
PESO

E RESISTNCIA

DOS

4
6
8

10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
32
36
40

44
48
52
56
60
Fonte:

Kg/100m

DE

FIBRAS

P E S

P A
~' mm

CABOS

V I I

R-Kgf

1,1
2,4
4,2
5,6
9,4
12,8
16,6
21,0
26,0
31,5
37,5
44,0
51,0
58,5
66,5
89,0
104,0
126,0
150,0
175,0
203,0
233,0

320
750
1350
2080
3000
4100
5300
6700
8300
10000
12000
14000
15800
17800
20000
24800
30000
35800
42000
48800
56000
63800

Curso

Intensivo

Kg/100m

1,46
3, O

5,1
8,1
11,6
15,7
20,5
26,0
32,0
38,4
46,0
53,7
63,0
71,9
82,0
104,0
128, O
155,0
185,0
215,0
251,0
288,0

P P

R-Kgf

Kg/100m

295
565
1020
1590
2270
3180
4060
5080
6350
7620
9140
10700
12200
13700
15700
19300
23900
28400
33500
39100
44700
49800

de Tecnologia

14

SINTTICAS

1,7
3,0
4,5
6,5
9,0
11,5
14,8
18,0
22,0
26,0
30,5
35,5
40,5
96, O
58,S
72,0
88,0
104,0
122,0
142,0
163, O
d

Pesca

P E
R-Kgf

550
960
1425
2030
2790
3500
4450
5370
6500
7600
8900
10100
10500
12800
16100
19400
23400
27200
31500
36000
41200

Kg/100

1,7
3,0
4,7
5,7
9,1
12,0
15,0
18,6
22,5
27,0
31,S
36,5
42,0
47,6
6 O, O

74,S

Tamanda:r-

PE

R-KGf

400
6895
1010
1450
1950
2520
3020
3720
4500
5250
6130
7080
8050
9150
11400
14000

6.4. Cabos combinados


Na montagem
de
redes de arrasto muito
empregado
como
tralha,
cabos
combinados
tipo "HERCULES".
Em cada cordo componente
existem diferentes quantidades de arames de ao. (Tabela VIII)
A denominao
4 X 12 X 5, indica que o cabo se compe de 4
cordes
de fibra vegetal ou sinttica, nas quais existem 12 arames e 5
almas (uma no centro do cabo) .
6 X 12 X 7

6 cordes,

12 arames e 7 almas.
V I I I

T A B E L A
CARACTERSTICAS

Construo

13

0,9
10,0
12,0
10,0
12,0
14,0
14,0
16,0
18,0
20,0
21,0
24,0
26,0
28,0
30,0
33,0
40,0

7 + 5

"

4 x 10 + 5
4 x 12 + 5

"

"

6 x 12 + 7

"
"

"
"
"
"

6 x 15 + 7

"
"

6 x 18 + 7
Fonte: Curso
Ex:

mm

0,45
0,50
0,50
0,40
0,45
0,50
0,50
0,55
0,60
0,65
0,75
0,85
0,90
0,85
1,00
1,10
1,10

mm

"

mm
mm

Intensivo

de

Kg/m

Resistncia
rotura

1 arame

Total
4 x

DOS CABOS COMBINADOS

mm
"
mm
mm

mm

"
"
"

"
mm

"
mm

de Tecnologia

4 cordes,

0,085
0,110
0,135
0,115
0,130
0,280
0,270
0,310
0,350
0,430
0,620
0,700
0,900
1,150
1.300
1,350
1,600

590
920
1.300
1.000
1.300
2.300
2.400
2.900
3.400
4.000
5.300
6.800
7.700
8.600
11.800
14.300
17.200

de Pesca - Tamandar

7 arames em cada

cordo

Kgf

"

PE
e

almas.

6.5. Cabos de ao

qualidades
e XI) .

A produo de cabo de ao bastante


ampla,
de diferentes
de ao,
dimetro e flexibilidade.
(Figura 4 e T ab e 1as IX, X

As
caractersticas
para a pesca so:

dos arames usados


2

110
140
190

14 O
190
210

Kg/mm
"

ao semi duro
ao duro
ao extra duro

15

na construo

de

cabos

T A B E L A
CARACTERSTICAS
CONSTRUO
Dimetro
poleg.
mm
5/32
3/16
1/4
5/16
3/8
7/16
1/2
9/16
5/8
3/4
7/8

4
5
6
8
9,5
11
12,7
14
16
19
22
25,4
28
32
36
38
42

Fonte:

1
1
1
1
1
1

1/8
1/4
7/16
1/2
5/8

DOS CABOS DE AO
6 X 19 C/ ALMA TXTIL

COMUM

Resistncia

Peso aprox.
Kg/m
+ ou - %

140/160
Kg/mm 2
750
1060
1690
3000
4250
5790
7570
9200
12000
17000
22700
30300
36800
48000
60800
67700
82700

0,058
0,090
0,140
0,235
0,340
0,450
0,590
0,710
0,930
1,340
1,800
2,380
2,950
3,720
4,850
5,360
6,400

Curso Intensivo

I X

de Tecnologia

a rotutra

em Kg
176/190

161/175
Kg/mm 2

930
1320
2100
3730
5280
7200
9390
11410
14900
21100
28200
37600
45700
59600
75500
84100
102700

850
1210
1920
3420
4840
6590
8610
10500
13700
19400
25800
34400
41800
54700
69200
77100
94200

de Pesca - Tamandar

JJ

Kg/mm 2

PE

A resistncia trao de um cabo de ao menor que a soma


das
resistncias
dos arames que a compe. Com o aumento do dimetro do
cabo,
diminui
a resistncia calculada teoricamente,
desde 10 % (cabo
fino) at 25 % (cabo grosso) .
Os fatores
que determinam a flexibilidade nos cabos de ao
so:
Caractersticas
fsicas,
nmero de arames, dimetro e disposio
dos mesmos.
A medida que aumentamos o nmero de arames e diminuimos seu
dimetro,
aumenta
sua flexibilidade.
Por outro lado
a diminuio
excessiva
do dimetro do arame com o consequente aumento do nmero destes,
fica limitado ao rpido desgaste pela frico dos arames
que trabalham em roldanas e tambores.
Para evitar
a acelerada corroso provocada pela ao da gua
salgada,
os
cabos
empregados
pela
frota pesqueira
so em geral
galvanizados.
Os tipos mais empregados na pesca so:
6 X 19 + 1 - cabo meio
6 X 24 + 1
6 X 24 + 7
6 X 36 + 7 -

trabalho,

11
11

11

duro com alma txtil


mais flexivel com alma txtil
flexivel com 7 almas txteis
muito flexvel com 7 almas txteis

Para evitar
desgaste
e deformao
do cabo
as roldanas devem ter os seguintes dimetros:
Cabos flexveis
Cabos mais duros

- 24 a 30 vezes + que o ~ do cabo.


- 30 a 35 vezes + que o 0 do cabo.

16

durante

T A B E L A

CABOS DE AO - CONSTRUO
6 x 37 c/ alma
Peso
Kg/m

Dimetro
Poleg
mm

(Jaretas)

COMUM
textil

Resistncia
a rotura
140/160
160/175
175/190
Kg/mm 2
Kg/mm 2
Kg/mm 2

aprox.
+ ou -

!~

1
1
1
1
1
1
1
2

1630
2890
4100
5580
7290
8860
11600
16400
21900
29200
35500
46300
58600
65300
79800
87600
113000

0,150
0,235
0,320
0,450
0,580
0,710
0,910
1,340
1,770
2,310
2,900
3,720
4,760
5,190
6,200
7,000
9,200

1/4
5/16
3/8
7/16
1/2
9/16
5/8
3/4
7/8

6
8
9,5
11
12,7
14
16
19
22
25
28
32
36
38
42
44
50

1/8
1/4
7/16
1/2
5/8
3/4

T A B E L A

Dimetro
mm

Fonte:

110/125
Kg/mm 2
4640
5220
6320
8250
10700
11800
13100
16100
18900
21200
22100
25600

0,480
0,540
0,655
0,855
1,100
1,200
1,350
1,650
1,950
2,200
2,300
2,650

12,00
12,70
14,29
15,87
18,00
19,05
20,00
22,22
24,00
25,40
26,00
28,00
.,,

Peso
aprox.
Kg/m

Curso

Intensivo

6.6. Clculo

do guincho

Carga
125/140
Kg/mm 2
5250
5900
7140
9330
12100
13300
14900
18200
21300
24000
25000
29000

de Tecnologia

para determinar

Almas

txteis

a rotura em Kg
140/160
160/175
Kg/mm 2
Kg/mm 2
5850
6580
7970
10400
13400
14800
16600
20300
23800
26700
27900
32300

de Pesca

6660
7500
9070
11800
15300
16900
18900
23100
27100
30400
31700
36800

- Tamandar

a capacidade

175/190
Kg/mm 2
7270
8180
9900
12900
16700
18400
20600
25300
29500
33200
34600
40100

PE

do tambor do guincho

Para se obter o comprimento do cabo a ser


de arrasto, aplicamos a seguinte frmula:

17

2020
3590
5090
6950
9050
11000
14400
20400
27200
36200
44000
57500
72800
81000
99000
108700
140300

X I

6 x 24 + 7

Construo

CABOS DE AO

1850
3890
4660
6350
8300
10090
13200
18700
25000
33200
40300
52700
66700
74300
90800
99600
128700

enrolado

no tambor

2
"--'

II

. B
2

seguintes

4 dc
comprimento
do cabo em metros
L
Sendo
largura
do
tambor
B =
dimetro total do tambor
D
"
da bobina
d
"
do cabo
dc
com
Ex: Calcular quantos metros de cabo caber num tambor
dimenses:
2
2
D
0,80 m
0,80 - 0,25
B
0,60 m
------------------=
(0,60)=
(3,1416)
dO,25
m
2
dc
0,018 m
4
(0,018)
0,64
0,0625
1,88496
0,001296
0,5775
1,88496 ----------0,001296
1,88496 . (445,6)
839,9 metros.
7. PANAGENS

E NS

USADOS

EM REDES

DE

as

PESCA

As panagens empregadas na confeco de redes, formada por um


conjunto
de fios tecidos com ou sem ns, na bitola da malha
desejada,
podendo
ser tecida manualmente ou em teares apropriados para esse
fim.
Atualmente as panagens empregadas nos diversos petrechos so quase todas
tecidas em mquinas.
Nos panos sem ns as malhas so confeccionadas simultneamente
com a toro dos fios,
fazendo com que estes sejam substituidos por um
entrelaamento das "pernadas" do prprio fio.
Essas
panagens
podem
ser fabricadas com
fios
torcidos
ou
tranados.
As experlencias
de laboratrio mostram que a resistncia

abraso nos panos sem ns superior aos com ns,


alm
de
manterem
constantes a forma da malha, quando sujeitos a grandes esforos.
Por serem
mais
leves e menos volumosos, atualmente este tipo
de panagem mais empregado nas redes de cerco.
Quanto
ao tipo
de n empregado na construo
das malhas,
podemos encontrar o n direito, esquerdo, duplo ou sem n.
(Figura 5) .
8. CLCULOS
8.1.

Atravs

DO
da

PESO

DA

PANAGEM

espessura

do

NO AR
fio

Sabendo-se
a numerao do fio, pode-se obter o peso
de
um
pano de rede, conforme mostra o exemplo abaixo:
Dimenso do pano: No de malhas na altura
.
100
No de malhas na largura
.
200
Tamanho da malha est.= (2a)
60 mm.
Caracterst.
do fio ....
R 1500 tex
Cada
carreira
de malha
constituda
por dois
fios
laterais,
portanto:

18

200 malhas X 60 mm. = 12.000 mm. X 2


Altura do pano = 100 malhas X 24 metros

24 metros
= 2.400 metros.

final
O fio R 1500 tex, significa que 1000 metros.do
prod~to
1500 gramas. Assim o peso aproxlmado sera:
pesam aproximadamente
2.400 X 1.500
Peso =
------------+ ~ gasto com ns
1.000
2.400 X 1.500
3.600 + % dos ns
Peso = - - - - - - - - - - - - - - - 1.000
Os ns
consomem aproximadamente 34 % do fio com ~
1,7
e
malhas de 60 mm. (ver Tabela XII) .
Assim
o peso total do pano = 3.600 g.+1224 g.= 4/824
Kg.
8.2. Atravs

de uma amostra do pano

tomamos uma balana


de
Para obtermos o peso de uma panagem,
quadrado,
falso
que
de 1 metro
preclsao e pesamos
uma amostra
de
largura
(malhas
por um metro
representa 1 metro
de altura
estiradas) .
Chamamos
1
metro
quadrado falso,
porque na realidade
com
malhas
abertas
no representa 1 metro.
Calculamos o nmero de metros
quadrados falsos que tem a panagem e multiplicamos pelo peso da amostra.
Ex: Pano de 200 malhas de largura, 500 de altura,
com malhas
de 0,07 m. e com o coeficiente de abertura (u eu)
/ por exemplo de 0/5
e 0,87 respectivamente.
1
2
Superfcie real
200 X 0/07 X 0,5 X 500 X 0/07 X 0/87
= 213/15 m2.
Superfcie falsa = 200 X 0,07 X 500 X 0,07 = 490 m2.
9. PROJETO

DE REDE

O desenho
detalhado
de uma rede, em escalai
nos permite
imaginar
sua
forma
e tamanho quando
em operao.
Para
tanto
h
necessidade
de
calcularmos
as aberturas horizontal e vertical
das
malhas,
que
sero
responsveis
pela conformao da rede durante
a
operao de pesca.
Nas redes
de arrasto esta abertura est relacionada a vrios
fatores
como:
desenho,
tipo de entralhe, forma de trabalho (abertura
horizontal e vertical) / velocidade de arrasto etc.
9.1. Abertura

da malha

A malha formada
por 4 lados de igual dimenso;
a cada um
de "a" (Figura
6).
Expressaremos
o valor do eixo horizontal da malha com "X" e o
vertical
com
"Y".
Quando X igual a Y, a malha
tomar a forma quadrada,
e em caso
da malha totalmente
estirada
no sentido
de trabalho nos indicar que 2 a = Y.
Em
qualquer
situao
que
permita
abrir
a
malha
longitudinalmente
ou transversalmente existir
uma
relao
constante
entre X e Y (Tabela XIII)
.
chamaremos

.'

Coeficiente

de abertura

horizontal

19

2 a

T A B E L A

PORCENTAGEM

DE AUMENTO

DE

PESO DAS

X I I

PANAGENS

PELO

FIO

GASTO

COM OS NOS

+ __ ._______ + ______ + _____ + _____ + _____ + _____ + _____ + _____ +-----t-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+


'8.,DO

FIO

mm
1.0

0.8

0.5

1.8

1.6

1.4

1.2

2.4

2.2

2.0

2.8

2.6

3.0

DA MALHA

mm

I
I
I
I
I
I

4.0

I
I
I
I
I
I

5.0

I
I
I
I
I
I

+----------+------+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

15 mm

20 mm

25 mm

30 mm

40 mm

50 mm

60 mm

10 mm

8~ mm
100 mm

120 mm

240 mm

].80 mm

I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

40 %

30 %

24 %

20 %

15 %

12 %

10 %

8.5%

7.5%

4.2%

3.3%

200 mm

1 3

400 mm

I
I
I

I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

64

48

38

32

24

I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

19.21

I
I
I

16

13.71

60

48

57.61

40

48

30

36

24

28.81

9.61

12

I
I
I

10

6.81

I
I
I
I
I
I
I

I
6

4.81

I
I
I
I
I

42

28

24

I
I
I

18

14.41

21

I
I
I

14

12

I
I
I

9.3

7.21

8.4

I
I
I
I
I
I
I

32

I
I
I

16

I
I
I

I
I
I
I
I

9.6

I
I
I

36

27

40

I
I
I

18

I
I
I
I
I
I

30

12

20

I
I
I

I
I
I
I
I
I
I

I
I
I

33

I
I
I

22

I
I
I

I
13.21

I
I
I

I
I
I

26

I
I
I

42

28

I
17.31

I
I
I
I
I

18.61

I
15.61

I
8.41

I
I
I
I
I
I
I
+--- ... ----+------+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+-----+

3.61

4.2

4.8

5.41

20

6.61

51.41

45

30

I
I
I
I
I
I
I

25.71

48

I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

I
I
I

34.21

50

18

1 24

1 30

I
I
I

I
I
I

26.61

I
33.31

12

I
I
I
I
I
I

42.81

I
I
I

I
I
I
I

60

38.41

40

20

I
16.81

2.41

I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

36

33.61

24

22.31

I
I
I

14.41

48

31. 21

20.51

16

39

56

I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

7.81

1. 5%

24

I
l4.61

I
I
I
I
I

36

52

I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

44.51

28.81

26.41

18.81

13.31

48

I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

41.11

12

10.81

44

I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

37.71

17.11

15.41

I
I
I
I
I
I
I

I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

34.31

21. 61 24

13.71

110.6

30.81

19.21

I
I
I
I
I

I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

43.21

27.41

24

48

38.41

16.81

12

64

I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

7.21

I
I
I

24

I
6.61

56

I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

33.61

10.31

8.51

I
5.31

I
I
I
I
I

20.61

17.11

15

I
I
I

20

I
I
I

12

I
I
I
I
I

15

I
I
I
I
I

'.

Coeficiente

de abertura

vertical

2 a
abertura

de

Denominamos

de

o coeficiente

horizontal

o coeficiente

da malha e de u

vertical

desta.

A malha aberta
u

50 % (horizontalmente)
2 a
e
----= a = 0,5

ter a relao:
ser 2 a

0,87

122

A relao

e u
1

poder

(Tabela XIII) ou clculos.

6) ,

V~U2

2
u

~.

Ex: Temos uma malha estirada


horizontal X = 48, procuramos
diagonal
u
que igual a :
u

1
u
2

V'l

2 a

atravs

se obter

de grfico, (figura

1
FO,36

2
0,6

80 mm.=

1
2 a.

coeficiente
48 mm.

---------80 mm.

medida
abertura
de

Se a

da
de

0,6

\{O:64=

0,8

2
y

80 mm.

64

0,8

mm.

9.2. CORTE DE PANOS


ijt]

tamanho
Nas redes, em geral, os fatores mais importantes so:
As malhas podem ser medidas de n a
de trabalho das malhas.
e direo
que a forma mais usada na pesca.
n ou entre ns opostos (estirada)
observar
o sentido dos ns da panagem
importante
muito
panos,
principalmente nas redes
o corte dos
de
iniciarmos
de
antes
arrasto que sofrem uma forte tenso durante as operaes de pesca. (ver
figura 7)
T A B E L A
X I I I
E N T R E
U
E
U
R E L A O
1
2
I

~'

2
U

1
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90

0,00

0,01

0,02

0,03

0,04

0,05

0,06

0,07

0,08

0,09

0,99
0,98
0,95
0,92
0,87
0,80
0,71
0,60
0,44

0,99
0,98
0,95
0,91
0,86
0,79
0,70
0,59
0,42

0,99
0,98
0,95
0,91
0,85
0,78
0,69
0,57
0,39

0,99
0,97
0,95
0,90
0,85
0,77
0,68
0,56
0,37

0,99
0,97
0,94
0,90
0,84
0,76
0,67
0,54
0,34

0,99
0,97
0,93
0,89
0,84
0,76
0,66
0,53
0,31

0,99
0,97
0,93
0,89
0,83
0,75
0,65
0,51
0,28

0,99
0,96
0,93
0,88
0,82
0,74
0,64
0,49
0,24

0,99
0,96
0,92
0,88
0,82
0,73
0,63
0,47
0,20

0,99
0,96
0,92
0,87
0,81
0,72
0,61
0,46
0,14

21

T A B E L A
CORTES DE PANAGENS

DE REDES PARA REDUO DE MALHAS

Nmero de malhas

2
3
4
5

6
7

8
9

10
11

12
13
14
15
16
17
18
19
Fonte:

A-B
lN-2B
lN-lB
3N-2B
2N-1B
5N-2B
3N-1B
7N-2B
4N-1B
9N-2B
5N-1B
llN2B
6N-1B
13N2B
7N-1B
lSN2B
8N-1B
17N2B
9N-1B

1T-2B
A-B
1N-4B
1N-2B
3N-4B
1N-1B
5N-4B
3N-2B
7N-4B
2N-1B
9N-4B
5N-2B
11N4B
3N-IB
13N4B
7N-2B
15N4B
4N-1B
17N4B

1T-1B
1T-4B
A-B
lN-6B
1N-3B
1N-2B
2N-3B
5N-6B
1N-1B
7N-6B
4N-3B
3N-2B
5N-3B
11N6B
2N-1B
13N6B
7N-3B
5N-2B
8N-3B

Curso Intensivo
9.3.

aumentadas

X I V

ou diminudas
6

3T-IB
3T-2B
2T-IB
5T-2B
7T-2B
lT-lB
5T-4B
1T-2B
3T-4B
3T-2B
IT-3B
lT-2B 2T-3B
IT-6B
6T-6B
A-B
1T-8B
IT-4B
3T-8B
IT-2B
lTlOB
1N-8B
A-B
IT-5B
3TIOB
1N-4B
IN10B
A-B
lT12B
lT-6B
3N-8B
1N12B
1N-5B
A-B
1T14B
1N-2B
3NIOB
lN-6B
lN14B
A-B
2N-5B
lN-4B
5N-8B
lN-7B
lN16B
3N-4B
lN-2B
IN-3B
3N14B
IN-8B
7N-8B
3N-5B
5N12B
2N-7B
3N16B
IN-IB
7NIOB
IN-2B
5N14B
IN-4B
9N-8B
4N-5B
7N12B
3N-7B
5N16B
5N-4B
9NIOB
2N-3B
IN-2B
3N-8B
IlN8B
lN-lB
3N-4B
4N-7B
7N16B
3N-2B llNlOB
5N-6B
9N14B
IN-2B
13N8B
6N-5B llN12B
5N-7B
9N16B
7N-4B 13NIOB
lN-lB llN14B
5N-8B
I5N8B
7N-5B I3N12B
6N-7B IlN16B
de Tecnologia

Mtodo

de Pesca - Tamandar

usado pela FAO

(fig.7

10

4T-IB
7T-4B
IT-IB
5T-8B
2T-SB
lT-4B
lT-7B
lT16B
A-B
IN18B
IN-9B
IN-6B
2N-9B
5N18B
IN-3B
7N18B
4N-9B
lN-2B
5N-9B

9T-2B
2T-IB
7T-6B
3T-4B
IT-2B
IT-3B
3T14B
IT-8B
lT18B
A-B
IN20B
INIOB
3N20B
IN-5B
IN-4B
3NIOB
7N20B
2N-5B
9N20B

Tabela

PE
XIV)

1 - Corte longitudinal - N = perpendicular direo do pano


(corte de 2 fios) .
2 - Corte
transversal
- T = paralelo direo da carreira
da malha (corte de 2 fios).
3
Corte
denominado barra - B = corte de um fio
(de um
lado) .
4 - Corte de todos os lados - obliquamente = AB
5 - Corte de malhas inteiras - horizontalmente
AT
6 - Corte de malhas inteiras - verticalmente
= AN
9.4. Mtodo

polons

(Tabela XV)

Os principios bsicos so:


1 corte de um fio representa o valor 1 (um), o corte de um
lado, ou (B - sistema FAO) .
2
O corte de 2 (dois) fios (ponto e n) r
representa
o
valor 2 (dois) .
Qualquer
tipo
de corte aplica-se a frao
do corte,
na
frmula seguinte:
L
L
lado
(1 fio)
Frao de corte
P
ponto (dois fios)
L + P
Ex: O corte

1 P 2 L

(1 N 2 B ) se expressa:

22

2
2 + 2
4
indica a quantidade de malhas que estamos
Esta
frao 1/2,
reduzimos
reduzindo; se temos na altura de um pano quadrado 90 malhas,
em cada lado do corte:
90
1
45 malhas
90 x
-----2

o corte 1 P 4 L (1 N 4 B)
,

4 + 2
6
3
Resultaria na frao 2/3 que nos daria uma reduo de:
2
180
90 X ----- = -----60 malhas
3

Tambm
aplicam-se
formas
segundo a forma do pano.
Para formas trapezoidais:
L
------L + P
L
------L + P

~.

T I P O S

a - b
--------

p~~

Fonte: Curso

1 P 2 L (lN

T A B E L A
C O R T E S

Intensivo

de

cortes

2B FAO)

200

Todos os lados
4 P 1 L
3 P 1 L
2 P 1 L
1 P 1 L + 1 P 1
1 P 1 L
2 (1 P 1 L) + 1
1 P 1 L + 1 P 2
1 P 2 L
1 P 2 L + 1 P 3
1 P 3 L
1 P 3 L + 1 P 4
1 P 4 L
1 P 4 L + 1 P 5
1 P 5 L
1 P 6 L
1 P 7 L
1 P 8 L
1 P 9 L
1 P 10 L
1 P 11 L
1 P 12 L

sistemas

-----------

Smbolo
~

de

Ex: a = 200 malhas


b = 100 malhas
h
100 malhas

2 h
200 - 100

D E

gerais

X V

(mtodo polons)
Frao

P 1 L
L
L
L
L

1/1
1/9
1/7
1/5
1/4
1/3
2/5
3/7
1/2
5/9
3/5
7/11
2/3
9/13
5/7
3/4
7/9
4/5
9/11
5/6
11/13
6/7

de Tecnologia
23

valores do corte
decimal
1,000
0,111
0,142
0,200
0,250
0,333
0,400
0,428
0,500
0,555
0,600
0,636
0,666
0,692
0,714
0,750
0,777
0,800
0,818
0,833
0,846
0,857
de Pesca - Tamandar

PE

'.:"

A vantagem deste sistema,


que se pode usar
dimenses
mtricas, calculadas sobre
a quantidade de malhas e sua medida
em forma
estirada.
A malha mede 80 mm. = 0,08
Ex: anterior:
16 metros
a
200 malhas
8 metros
b
100 malhas
h
8 metros
100 malhas
L
------L +

a - b

1 P

2 L

porque:

16

L
-----L + P

..

-----

-------

2 + 2

1 N

2 B

(FAO)

9.5. Corte de mangas

-------

2 h

16 - 8
---

-------

de redes de arrasto

Forma triangular:

(L +

1)

L + P
~

Ex: a
1 malha
b = 60 malhas
h
60 malhas
(60 + 1) - 1

60

1 corte de 1 fio ou AB

altura

Significa corte por todos os lados ou AB segundo a FAO.


Forma tpica
de mangas de "trawl" , que significa corte AB na
interior.
Desejamos

encontrar

o tipo de corte da banda oposta:

a + h - b

L + P

Ex: a
20 malhas
b = 140 malhas
h
180 malhas
L
-------

L + P

20 + 180 - 140

----------------180

60

-----

180

que se expressa

em

cortes 1 P 1 L (1 N 1 B FAO),
que aumenta pela banda
oposta ao corte
AB. O acrscimo de 1/3 do nmero de malhas da altura do pano.
Podemos
tambm
expressar o corte em frao
decimal,
como
0,33
0,25
- 0,5 etc.
Para
isso usamos
uma tabela
de cortes.
(tab.XV)

24

10. Unio de panos


A unlao
de panos pode ser realizada por meio
(encabear) ou simplesmente atravs de um perfil (perfiar).

de

malhas

10.1. Encabear
Quando unimos
dois panos com malhas de diferentes tamanhos,
consequentemente
vamos encontrar nmero de
malhas
diferentes.
Para
tanto, torna-se
necessrio
calcularmos a distribuio
uniforme
das
malhas de menor bitla na panagem de malhas maiores. (Figura 08)
primeiro

caso:

Ex: Unir uma panagem


160
2

de 160 malhas

a outra de 240

240
3
Neste
caso temos uma unio de duas malhas
com trs malhas do segundo.
Segundo

do primeiro

pano

caso:
frao mnima como anteriormente:

Reduzimos
150

malhas.

210
7
Sabemos
que 5 malhas de um pano sero unidas a 7 do outro.
mais indicado que se una 2 com 3 e 3 com
4
respectivamente.
Assim
chegaremos a unio de 5 com 7 malhas.
7
Outro exemplo:

podemos

unir: 3 com 4 e 4 com 5

9
9

"

12
Terceiro

4 com 6 e 5 com 6

caso:

O processo
Se sobrar

um pouco mais complicado :


um determinado nmero de malhas de um dos panos

unir:
Divide-se
a quantidade
de malhas das ourelas
dos
dois
panos pela diferena de malhas destes.
Os nmeros
inteiros
indicam
o
tipo de unio dos panos,
e a parte fracionria restante
temos que dividir por dois,
que nos indicar a quantidade de malhas a serem unidas uma a uma, nas duas extremidades.
Ex: Unir um pano de 190 malhas a outro de 140 malhas.
190
190 - 140

50

140

-------50

3,8

2,8
50

Este
resultado
nos mostra que os panos
sero unidos
da
seguinte
forma:
2 malhas com 3 e nas duas extremidades 4 com 4 malhas
que o resultado da parte fracionria 8 que dividida por 2 = 4.
'
25

10.2. Perfiar
Geralmente,
quando unimos dois panos no sentido
longitudinal da panagem, juntamos as duas ltimas malhas de seus bordo~ por meio
de um simples perfil,
cuja operao denominamos de perfiar. E o processo empregado para unir a panagem superior com a inferior do corpo
das
redes de arrasto. (Figura 09)
10.3. Entralhar.

entralhe a operao de unir as panagens s tralhas.


Do tipo de entralhe resulta a abertura que se deseja dar as
malhas
da rede,
em funo da maior ou menor metragem de panagem
a ser
presa a um determinado comprimento de tralha.
No entralhe,
em
geral,
as malhas so
fixadas
s tralhas atravs
de arcalas (Figura 10). O nmero de malhas em cada arcala e a bitola destas determina a matao do pano e consequentemente a
porcentagem de panagem em relao ao cabo a servir de tralha.
duas
Ex: Se entralharmos
uma rede de espera,
colocando
uma
malhas em cada arcala que tenha o mesmo tamanho da malha,
teremos
matao de 50 % ou seja:
2 metros de panagem esticada para
cada metro
de tralha. (u
= 0,5
e u
= 0,87)
1
2
Nas mangas dos arrastes,
onde o corte das malhas AB,
as
s tralhas,
dispensando
a
malhas
podem
ser
entralhadas
unidas
confeco de arcalas, ou usando-se arcalas como mostra a figura 11.
10.4. Remendar
A panagem
dos petrechos de pesca,
quando em operao,
esto constantementes sujeitas roturas,
provocadas por pedras,
enroscos em objetos
existentes
no fundo ou mesmo por peixes vorazes,
que
cortam-na com seus dentes afiados.
Para
realizar o remendo,
devemos estender a panagem de forma a nos dar uma viso geral da parte danificada, e posteriormente executar o corte
de maneira
a permitir que o reparo
seja
confeccionado sem interrupo do comeo ao fim.
O corte feito com PONTO (corte de duas pernadas da malha),
e BAR (corte de uma nica pernada da malha)
que serve para
incio
e
trmino do remendo, conforme ilustra a figura 12.
I

11. APARELHOS

DE PESCA

11.1. Aparelhos
11.1.1. Arpo

primitivos
(Figura 13)

um aparelho bastante primitivo, constitudo de uma


pequena
pea de ferro ponteaguda,
com uma ou duas farpas
laterais
(fixas
ou
articuladas) que evita o escape do peixe.
A parte posterior

dotada
de um pequeno
tubo onde se introduz
uma haste
de
madeira,
para
manuseio.
usado
para arpoar espcies que se encontram
prximas

superfcie. As
primeiras
capturas
de baleias
eram
realizadas manualmente com este tipo de instrumento.
Atualmente
os arpes
empregados
pelos
baleeiros,
so

26

arremessados por pequenos


canhes
de ar comprimido,
e pesam aproximadamente 70 Kg. Estes arpes so presos a um cabo para evitar a perda no caso de um erro do alvo, bem co~o para aprisionar o animal.
11.1.2.

Fisga

(Figura

14)

instrumento
semelhante ao arpo,
um pouco mais
fino,
trs
ou
mais
pontas
com
farpas,
usado
na
captura
de
pedotado de duas,
quenos peixes.
A exemplo do arpo,
fixada a extremidade de uma vara
de
dois ou trs metros para manuseio. muito empregada na pesca
noturna
com facho ou outro tipo de atrao luminosa.
um

11.2.
11.2.1.

Armadilhas
Covos

(Figura

15)

So pequenas
armadilhas transportveis,
que contam com uma
ou mais
aberturas (funil de entrada), para a entrada do pescado, sendo
muito
eficaz
na
captura de espcies de pouco
movimento
que vivem
prximas ao fundo.
Os
covos
que
se destinam
a pesca
da
lagosta,
ou
caranguejos,
podem
ser
cilndricos,
semi-cilndricos,
ou retangulares, e medem aproximadamente 1 m x 0,7 m x 0,45 m. de altura.
A boca
de entrada,
de forma afunilada, mede em seu dimetro
menor
20 a 15 cm.,
podendo ainda serem colocadas duas vlvulas
numa
nica
entrada.
Estes
funs podem ser feitos
de madeira,
taquara,
arame
ou tela de rede que so presos parede da armadilha e esticadas
com tirantes no interior destas.
Na
face
superlor
ou lateral do cvo existe
uma abertura
(janela de visita), para se retirar o pescado capturado.
As armadilhas
podem ser arriadas ao fundo individualmente ou
em srie, com o auxlio de uma linha mestra, de um ou mais arinques com
poita e bia.
Em geral so lanadas baterias de 10 ou mais armadilhas a
uma distncia de 10 a 20 metros uma da outra.
As armadilhas
de maior porte so empregadas na captura de
peixes como o cherne, mero, pargo ou caranguejos, com resultados
satisfatrios.
As
iscas
podem ser naturais como o ventre
do cao,
ou
artificiais
como a loua branca. Uma isca que d excelente resultado
um frasco
plstico
de cor branca com pequenos
orifcios ou sacos de
redes, onde so colocados pequenos peixes como a sardinha.
11.2.2.

Estaqueadas

(figura

16)

So armadilhas
muito usadas em rios, instaladas em corredeiras de peixes.
Podem ser mistas com caminhos (espia) de taquara (bamb)
e o saco
de
rede,
ou totalmente de panagem que so estendidas
em
estacas (cales) de madeira, presas ao fundo.
Os peixes
ao encontrar
o obstculo
(caminho),
procuram contorn-lo e acabam
por adentrarem no saco da armadilha.
Existem
vrios
modelos de estaqueadas,
que
so largamente usadas
na captura de peixes em rios, lagos e represas conforme
mostra a Figura 17.

27

11.2.3. Cerco Fixo ou Curral

(Figura 18)

um
engenho de pesca muito eficiente na captura
de peixes dentro de canais, rios ou lagoas.
Sua construo
de esteira de taquara e estacas de madeira que se fixam ao fundo.
constituido de uma par~de (esp~a~ que serve
de guia ao peixe,
e um cercado onde~o .pescado
flca
aprlslonado.
N~
juno da espia
com o cercado,
es~a.sltuada a boca de ent~ada, que e
uma abertura construda de forma a dlflcultar o retorno do pelxe.
A despesca realizada por dois pescadores, com o auxilio
de
uma rede de forma retangular disposta na extremidade de duas
varas
de
bamb (Figura 19), que arrastam-na dentro do cercad? ~ depoi~ fecham~na
atravs
de um cordo que passa por dentro
de varlas
anllhas eXlStentes na tralha inferior da rede.
Este tipo de arte pode constituir um perigo navegao, uma
vez que quando abandonado as estacas permanecem enterradas ao fundo porlongo
perodo,
alm
de provocar
acmulo de detritos junto ao cercado, formando "coroas", prximo as margens do rio.
11.2.4.

Cerco Flutuante

(Figura 20)

Aparelho bastante similar ao cerco fixo no que diz respeito a


forma e funo. inteiramente confeccionado de panagem com malhas de 26
a 30 mm., preferencialmente
de PA sem ns.
O caminho (espia) constituido de uma panagem
retangular,
entralhada
de maneira a conservar as malhas abertas
(u = 0,7 e u
1

0,71), e malhas de 70 mm.


Esta panagem se estende do costo at a entrada do peixe no cercado, e tem a funo de barrar a passagem do cardume e orient-lo para a boca da armadilha.
O cercado
tem a forma elptica,
fechado na parte
inferior
(fundo),
tendo
em
uma
das paredes
laterais
um pano
quadrado
confeccionado com fio mais resistente, perfiado em forma de losango, com
bastante brandura, que serve de ensacador.
Na juno do caminho com o cercado existe uma pequena abertura
(boca) de entrada do peixe.
A rede
sustentada na superfcie por vrios flutuadores
de
feixes de bamb ou tubos de PVC, e presos ao fundo por inmeras
poitas
ao redor do cercado que a mantem convenientemente armada.
A despesca
realizada por pescadores em duas
canoas,
e
consiste
em levantar inicialmente a parede lateral, e posteriormente a
panagem
do
fundo
a partir de um lado do cercado,
orientando
dessa
forma
o
pescado
a se localizar no outro lado onde
se encontra
o
ensacador, para ser recolhido embarcao.
Podemos
construir cercos flutuantes com dois caminhos ou com
apenas
um, que possibilite
a entrada do peixe por
ambos
os lados,
conforme podemos observar na figura correspondente.
11.2.5.

Aviozinho

(Figura 21)

Armadilha fixa,
muito
usada pela pesca artesanal no litoral
sul,
em lagoas a pequenas profundidades
(1,5 a 2,5 metros), na captura
do camaro rosa e legtimo, utilizando atrao luminosa.
A rede tem o formato de um arrasto "trawl",
com duas mangas
de mais ou menos 7 metros cada,
e um corpo
medindo
aproximadamente
4 metros, confeccionado com panagem sem ns de PA multifilamento
No
28

210/9 ou 210/12 e malhas de 20 ou 26 mm.


No
interior do corpo da rede so colocadas 2
vlvulas
(funs) com dois aros de arame nos dimetros 60 e 15 em. respectivamente,
os quais servem para
manter
o corpo, da rede
total~ente
~berto.
As
extremidades das mangas
so presas as estacas
(caloes)
flxadas
ao
fundo. O saco preso a estaca central onde se encontra
pendurado
um
lampio
a gs (liquinho),
que serve de fonte de luz para a atrao dos
camares.
ou
6
Para maior
aproveitamento
da luz,
so colocados 5
destas armadilhas ao redor da estaca que se encontra o lampio.
11.2.6.

Potes

para

captura

de polvo

(Figura

22)

Um processo
de captura
muito empregado para polvos,
so os
potes
de barro cilndricos com 300 mm de altura por 150 mm de dimetro,
com uma boca de entrada de 110 mm de dimetro.
No fundo do pote existe
um orificio de 3/4" para forar a sada do polvo.
Os potes
so
largados
ao fundo em baterias de 50 a 100
unidades,
que
so presos a uma linha mestra a distncias de 15 a 20
com
metros
um dos outros.
Em uma das extremidades preso um arinque
poita e bia, para a localizao do aparelho.
A despesca
realizada a cada 24 horas,
quando os potes so
recolhidos
e lanados novamente. Para retirar o polvo do pote, bate-se
com violncia
a palma
da mo no orificio do fundo,
provocando dessa
forma a sada do molusco.
Podemos empregar tambm nesse processo de pesca,
pedaos
de
pneus costurados em suas bordas e em uma
das extremidades,
deixando
apenas uma entrada para o polvo. (Figura 23)
11.3.
11.3.1.

Aparelhos
Canio

com

anzis

(Figura

24)

um

instrumento
de pesca
usado por pescadores do litoral,
a captura de espcies costeira bem como na pesca interior.
O nosso
caiara usa-o para pescar em pedras costeiras ou em
pequenas embarcaes, em bancos de corais e recifes naturais.
Esquematicamente
o canio ou vara, divide-se
em 4
partes
denominadas: vara, linha ala e anzol.
Vara: geralmente
usa-se
o bamb do reino com 3 a 5 metros de
comprimento. Atualmente
so encontrados
no mercado
canios
mais sofisticados, de fibra de vidro, equipados com molinete que facilita
bastante as operaes de lanamento e recolhimento.
Linha:
em geral
de nylon monifilamento, com 3 a 6 metros de
comprimento
e
dimetro
proporcional
as espcies
que se deseja
capturar.
Ala:

uma pequena volta de arame de ao inox


fixada
na
extremidade superior da vara, onde se prende a linha.
Anzol: Emprega-se
o tipo e tamanho de acordo com as espcies
que se desej a pescar. (Figura 25)
destinado

11.3.2.

(Vara

e isca

viva

Fig.

26)

Apesar
de
ser um mtodo de pesca
bastante
antigo,
sendo
usado
com muito sucesso pelos japoneses na captura de atuns,
cavala e
principalmente o bonito de barriga listrada,
somente em 1972 iniciou-se
29

este tipo de pesca no litoral braslleiro.


Este processo bastante simples,
uma vez que
encontrado
o
cardume, o barco pra e lana alguns peixes vivos na gua
(isca-viva
composta de peixes jovens de sardinha,
manjuba
xixarro
etc.) para
atrair o cardume.
Em toda a extenso no costado
de popa,
a embarcao deve ter uma sada de gua semelhante a um chuveiro
para simular a
concentrao
de pequenos peixes na superfcie.
O pescador encarregado
das
iscas lana vez ou outra alguns peixes vivos,
para manter o cardume junto ao bordo do barco.
Na borda
do barco,
vrios pescadores munidos de vara
com
linha
e anzol, lanam-nas em cima do cardume e puxam-na para bordo
com
o peixe "ferrado".
Esses anzis
so cobertos
por
uma
imitao
de
penas de aves,
fabricadas de fibra
sintticas
com
a finalidade
de
simular um pequeno peixe quando atirados na gua
e no possuem
farpas
facilitando
assim o escape do peixe
quando
cai no convs da embarcao.
Os barcos que destinam-se a este tipo de pesca,
dispem
de
viveiros de forma preferencialmente
oval ou circular,
com
circulao
contnua de gua,
para
manter uma baixa taxa de
mortalidade
das
iscas, uma vez que peixes como a sardinha, cavalinha,
xixarro
etc. ,no
suportam
cativeiro por tempo prolongado.
11.3.3. Linha de fundo ou linha de mo

(Figura 27)

~ um aparelho
de pesca muito usado na captura de peixes
de
fundo, mormente em parcis, bancos e bordos da plataforma continental.
Compem-se das seguintes partes:
Linha,
ala, chumbada e anzol.
Linha:
O
tipo mais usado o nylon monofilamento de 1 a 2
mm.
de
dimetro
ou multifilamento de 2 a 3 mm. Serve
para
dar a
necessria profundidade ao aparelho, variando de 50 a 300 metros.
Ala: Pode ser de nylon monofilamento ou preferencialmente
de
arame de ao inox No 24 ou 26, com comprimento de 30 a 60 cm.
Chumbada: Em geral
empregado o chumbo ou ferro com peso de
300 a 2000 gramas,
de acordo com a profundidade e corrente da gua no
pesqueiro.
Anzol:
Existe
uma variedade de modelos e tamanhos,
sendo
empregado o tipo e tamanho de acordo com a pesca a que se destina.
As
iscas
mais
usadas so a sardinha,
agulha
preta, lula,
camaro, etc.
Quando
uma
linha
de fundo dotada
de vrios
anzis
denominamos de pargueira. Este nome em funo da pesca do pargo, que
uma
espcie
que
vive
em
cardumes,
possibilitando
ao pescador
Esta linha possui de 5
a
aprisionar vrios peixes numa s "ferrada".
15 anzis, sendo muito empregada na pesca junto ao talude e no
Norte
e
Nordeste na captura do pargo.
11.3.4. Corri co ou linha de corso

(Figura 28)

~ um aparelho
usado a reboque da embarcao,
para a
de peixes
pelgicos como a cavala,
xaru,
enchova,
carapau,
dourado, albacoras etc.
As embarcaes que se destinam a pesca do corrico, so
de
longos
tangones
de espessura delgada,
onde operam
vrias
simultaneamente.
Esquematicamente
o aparelho constituido
de:
linha
30

captura
olhete
dotadas
linhas
(100

<)

destorcedor,
ala (arame de ao inox de 1 a 2 m),
300 m),
(metlicas, sintticas,
penas
emprego de iscas artificiais
aves ou palha de milho). (Figura 29)
11.3.5

Espinhel

flutuante

ou

"Long-line"

(Figura

anzol
e o
brancas
de

30)

o "long-line" um engenho de pesca destinado a captura de


peixes pelgicos
de grande
porte,
principalmente
os tundeos, espadartes, caes etc.
composto por vrias seces de 300 a
350
metros,
ligadas
uma a outra. Normalmente compe-se de 200 a 300
sees
(60.000
a
90.000 metros).
Cada seco formada por:
a)- Linha mestra (principal ou madre) de 300 metros;
b) - Linha secundria de 13 metros (bur);
c) - Destorcedor;
d)- Arame revestido de 8 a 10 metros (sekyama)
e)Ala de arame 27 x 3 x 3 (2,5 metros);
f)- Anzol (mustad 07 ou 08)
Da unio
das diversas seces partem os estropos
com
15
metros aproximadamente,
em cujas extremidades
prendem-se
bias
de
plstico com 300 mm. de dimetro (flutuabilidade de 15 Kgf).
Nas duas
extremidades do aparelho so colocadas bias luminosas, sendo que em uma
delas
fixada uma bia
rdio para
facilitar
sua localizao,
uma vez que tanto o barco como o aparelho ficam a deriva durante toda a
operao de pesca,
sujeitos a correntes
martimas
e ventos.
Operao:
A largada
do espinheI realizada pela popa a uma
velocidade
de 6 ns, o que torna a operao bastante perigosa exigindo
um trabalho sincronizado por parte da tripulao.
Iscas: As mais usadas so a sardinha, cavalinha e lula.
Despesca:
O
recolhimento
realizado com o auxlio de um
guincho especial
(line-hauler),
que recolhe
a
linha
principal,
possibilitando livremente a passagem da linha secundria. Os peixes,
ao
chegarem a bordo da embarcao, so recolhidos por dois pescadores
com
o auxlio de um bicheiro (fig. 31). Quando se trata de
peixes
de
grande porte usada uma talha para o embarque.
11.3.6.

Espinhel

fixo

(Figura

32)

Trata-se
de
um
aparelho dotado de muitos
anZOlS,
que
mantido
fundeado
por meio de poitas e sustentado por bias que tambm
servem para sua localizao.
Consta de uma linha principal (madre), da qual partem
vrias
linhas secundrias
(estropos) que se prolongam por alas de arame
de
ao ou lato, trazendo na sua extremidade livre o anzol.
As
extremidades
da linha mestra so presas aos cabos
que
1igam
as bias
s poi tas (arinques).
O nmero de anzis
bastante
varivel, dependendo do local da pesca. No caso de espinhis com mais de
50 anzis,
deve-se colocar
arinques intermedirios, para sustentao
do aparelho.
Para
operar
com esta arte,
necessita-se de uma pequena embarcao como a canoa, caque ou bote motorizado.
Isca:
Pode-se
usar a sardinha,
lula ou peixes de pequeno
valor comercial.

um
aparelho
bastante eficiente na captura de caes
e
espcies de fundo.

31

11.3.7. EspinheI

de fundo tipo pargueira

(FIGURA 33)

Esta arte de pesca bastante eficiente na captura de espcies


como o batata, cherne e caes,
que se encontram em profundidades superiores a 150 metros.
constituido por uma linha mestra de PE ou PP de
300 metros
de comprimento com dimetro de 6 a 8 mm., em cuja extremidade
fixado
uma linha secundria de PA monofilamento de 3 a 4 mm. com 50 metros, onde so presos 20 a 25 alas de PA monofilamento de 3 mm com 500 mm. de
comprimento, em cuja extremidade so fixados anzis nmeros 6 ou 8.
A linha mestra fica presa em sua parte superior a uma bia de
isopor com um poder de flutuabilidade de 10 Kgf., dotada de uma bandeira
e refletor de radar para facilitar sua localizao no mar, uma vez que o
aparelho fica a deriva arrastado pelas correntes marinhas. Na extremidade inferior da linha de monofilamento presa uma pedra
de aproximadamente 10 Kg., e na juno da linha mestra com a linha secundria colocada uma outra pedra com 5 Kg. de peso a fim de manter os anzis
proximos ao fundo.
Para operar com este tipo de espinheI a embarcao deve dispor
de um pequeno guincho com velocidade razoavel, para realizar o recolhimento da linha principal.
O nmero de espinhis
a ser empregado depende da forma de recolhimento das linhas (manual ou atravs de guincho) e do nmero de tripulantes disponveis. Normalmente pode-se operar com 8 a 10 unidades.
No caso da pesca noturna necessrio o uso de bias luminosas
para facilitar a localizao do aparelho no mar.
11.4. Redes de espera
Acredita-se que este tipo de rede foi .inicialmente usada pelos
dinamarqueses
para
a captura do arenque,
e posteriormente
empregada
pelos demais paises europeus.
Atualmente
esta rede largamente usada em todas as partes do
mundo na captura de espcies pelgicas e demersais, sendo bastante seletiva quando projetada para um determinado tamanho de peixe.
So redes
de
forma retangular que se estendem
ao mar nos
pontos de passagem de cardumes (Figura 34) .
Podem
operar
fixas
ao fundo
ou meia-gua,
quando
ficam
fundeadas e sinalizadas por bias,
ou de caceio quando so deixadas
a
deriva, com uma das extremidades presa embarcao.
As malhas
nestas redes deve ter um permetro equivalente a 80
% ao do peixe que se deseja capturar.
Com respeito
a cor da panagem na eficincia da rede, no parece
haver uma uniformidade nas opinies de qual a melhor.
Todavia fotos com redes
de diferentes cores em guas de variadas tonalidades de
turbidz
e iluminao,
mostram que o contraste da panagem importante
com relao a sua visibilidade.
Uma rede que opera na superficie durante o dia,
dependendo da
pen~trao da luz solar, poder ser mais eficiente com cor prpura, laranJa, verde ou azul.
Pela mesma razo a que opera no fundo ou durante
a,noite, dever ser escura, a fim de se tornar imperceptivel
s espCles.

O fio empregado, em geral, o monofilamento,


podendo
ser
o multifilamento com toro suave.
As redes
de caceio devem oferecer um poder de flutuabilidade
de 2 a 5 vezes o seu peso na gua.
empregado

32

Seu
entralhe
deve ser de forma a manter
uma
abertura
de
de 40 a 45 %, ou seja u
= 0,66 a 0,75.
Atualmente
encontra-se
no
comrcio
especializado
cordes
chumbados,
com pesos de 40,
80
e
120 gramas/metro,
que
servem
como
tralha de chumbo
para
redes de espera,
bem como tralhas
em cordes de
nylon com poder de flutuabilidade
de 12, 32 e 320 gramas/metro.
malha

11.4.1.

Caoeiro

(Figura 35)

Rede
de
forma
retangular
de 20 a 60 metros por
de altura,
confeccionada
com fio de nylon grosso,
podendo
multifilamento
210/108,
ou tranado
de 1,5 a 2 mm.

clculo

para a construo

Caractersticas:

"

de um caoeiro.

Comprimento
Altura
Malha
(estirada)
Abertura
da malha

"

3 a 5 metros
ser
o
PA

"

=
=
=

(u )
1
(u ) ...

20 metros
3
"
200 mm.
0,6

0,8
2
Fio (PA multifilamento)
210/108
Peso especfico
do fio
386 m/Kg
Tralha do flutuadores
= PA 12 mm.
Tralha do chumbo
= PA 14 mm.
Flutuadores
= PL 0,105 Kgf.
Em primeiro
lugar, devemos calcular
quantos
metros de
panagem
esticada
necessita-se
para
entralhar
20
metros
de tralha
(comprimento da rede), com o
coeficiente
de
abertura
da
malha
(u
= 0,6), e
(u
= 0,8).
1
2
Medida da malha 200 mm. x 0,6 = 120 mm.
Medida da malha 200 mm
x 0,8 = 160 mm.
20.000 mm.
Comprimento
da tralha = - - - - - - - - - - - - - 167 malhas
120 mm.
3.000
Altura da rede
= 19 malhas
160 mm.

Fio gasto
167 x 200
Total de
Total de
Total de
Total de
Peso

da

Peso

da

Peso
Peso
Peso

da
da
da

"

na confeco
da panagem:
mm. x 2 x 19 = 1.269,2 metros
fio
fio da malha mais % de ns
fio
1.270 metros + 14,4 %
fio
1.270 + 183 metros
fio
1.453 metros
fio/m
panagem
= ------m/Kg
1.453 m.
---------panagem
3,765 Kg
386 m/Kg
panagem
...........
3,765 Kg
tralha superior
..... - 2,200 Kg
tralha inferior
.....
= 2,950
Kg

33

Peso total da rede no ar


= 8,915 Kg
Peso da rede na gua
= 8,915 x 0,13
1,160 Kg.
Chumbo = 5 Kg ou 250 grama/metro.
Peso do chumbo na gua = 4,5 Kg.
Bias de PVC O = 0,75 e 0,105 Kgf
31 ou seja: uma a cada
cm. de tralha aproximadamente.
11.4.2. Rede de espera
tamanho

fina

66

(figura 36)

Com forma
semelhante
ao caoeiro,
diferenciando apenas
o
da malha e espessura do fio.
A abertura da malha (u ) mais aconselhada
de 0,6 a 0,57 e
1

o fio usado o PA multifilamento ou preferencialmente


o monofilamento.
O dimetro do fio (espessura) est relacionado com o tamanho das malhas
e consequentemente
com as espcies a serem
capturadas.
Para peixes
como a corvina, enchova
pescada, bagre etc., podemos empregar o monofilamento 0,30 a 0,50 e malhas de 60 a 150 mm, com bastante sucesso.
As redes
de espera podem ser projetadas para a pesca de fundo
ou superfcie (caceio). Adicionando flutuadores em espaos regulares na
tralha superior de uma rede de emalhe de fundo,
podemos us-la na pesca
de superfcie,
bastando para isso, fazermos o clculo de flutuabilidade da rede em questo, e adicionarmos o nmero de bias que se fizer necessrio para ter uma flutuabilidade de duas a cinco vezes seu peso na
gua.
11.4.3. Feiticeira

ou tresmalho

(Figura 37)

uma rede de espera constituda de 3 panos


superpostos:
2
alvitanas (panos externos)
confeccionados com
fio
mais
grosso
e
malhas maiores
(de 200 a 400 mm.) e um mido (pano interno) com linha
mais fina e malhas menores (50 a 100 mm.) .
bastante
eficiente,
capturando
peixes
de todos
os
tamanhos,
uma
vez
que existem
malhas de medidas
diferentes
e 3
panagens, o que dificulta a presa
a se desvencilhar do petrecho.
Os panos externos (alvitanas) podem ser entralhados com u =

=0,65

ou 0,7 e a panagem

interna

(mido) com u

0,55 ou 0,6

1
o

que

torna-o

com maior brandura (mais morto) e com maior altura.


Para a
armao
da rede usamos o processo descrito
caoeiro.
Clculo para construo
Caractersticas:
Comprimento
Altura

de uma feiticeira
.
.

Alvitanas:
Nmero do fio (monofilamento)
Peso do fio m/Kg
.
Tamanho da malha
.
Coefifiente de abertura (u )

30 metros
3 metros
0,70
2.250 m/Kg
200 mm.
0,70

Coeficiente

de abertura

(u )
2

34

0,71

para

Mido:
0,40
6.900 m/Kg
75 mm.
0,55

Nmero do fio (monofilam.) ..


Peso do fio m/Kg
.
Tamanho da malha
.
Coeficiente de abertura (u )
1

Coeficiente

de abertura

0,84

(u )
2

Quantidade

de malhas da alvitana:

200 mm x 0,7

140 mm

200 mm x 0,71

142 mm

1
2
30.000 mm
214 malhas de comprimento

Tralha
140 mm
30.000 mm

21 malhas de altura

Altura
142 mnm

Fio gasto na confeco das duas alvitanas:


214 x 200 mm x 2 x 21 x 2 = 3.595,2 metros
3.595,2 + 4 % de ns = 3.595,2 + 143,8 = 3.739 metros.
fio m
3.739 m
Peso das alvitanas : ----------1.662 Kg.
m/Kg
2.250 m/Kg
Quantidade de malhas do mido: 75 mm x 0,55
41,3 mm
u
1

75 mm x 0,84

63 mm

u
2

30.000 mm
Tralha

726 malhas de comprimento


41,3 mm
30.000 mm

Altura

48 malhas
63 mm

Fio gasto na confeco do mido:


726 x 75 mm x 2 x 48 = 5.227,2 metros
5.227,2 + 8 % de ns = 5.227,2 + 418,2
5.645,4
-----------=
0,818
Kg.
Peso do mido
6.900 m/Kg
Tralha superior
PP de 6 mm.
Tralha inferior
PA de 6 mm.
Bias .. ,
.
PL 60 unido
Chumbo .. (5O g) .= 60 unido
11.5.
11.5.1.

captura

Arte

5.645,4 metros.

de caida

Tarrafa

(Figura

38)

uma
rede
muito usada em baas,
portos,
rios e canais, na
de diversas espcies de peixes e camares.
A tarrafa
tem a forma circular com um raio de 3 a 4 metros,

35

que variam de acordo com a espcie a que se


:onfeccionada
com malhas
externo
provido de tralha guarnecida com pesos de
destina, cujo bordo
chumbo.
Do centro da rede,
parte uma retinida (fiel) com 5 ou mais
metros de comprimento, que serve para o iamento do petrecho.
Esta rede quase sempre tecida manualmente,
uma vez
que h
necessidade de ser acrescido o nmero de malhas nas diversas
carreiras,
a fim de dar a forma circular.
adicionando-se
a
Inicia-se sua confeco com 30 a 50 malhas,
cada carreira (correspondente a uma malha) 10 a 12 acrscimos. O ultimo
tero da rede junto as tralhas so tecidas sem acrscimos, e entralhadas
em um cordel bem macio (tralha),
onde so colocados os pesos de chumbo
num total de aproximadamente
3,5 a 4 Kg.
s
Da tralha
partem
pequenos fios (rufos) que so presos
25
cm. aproximamalhas pela parte interna da panagem
altura
de
damente, a fim de formar uma bolsa,
onde ficam
os peixes aprisionados.
Quando o pescador avista um cardume na superfcie,
mantendo o
fiel preso a sua mo esquerda,
lana para o alto a sua
frente
a rede, imprimindo ao mesmo tempo um impulso de giro, calculando a fora para que caia totalmente aberta sobre os peixes.
Como consequncia do giro imprimido,
as chumbadas pela fora centrfuga fazem
com que a rede
se abra formando um crculo.
Quando a tralha toca na gua, cessa o movimento de giro e por gravidade a tralha com s pesos de chumbo
descem
rapidamente para se juntarem,
fechando a rede sobre os peixes.
Em seguida o pescador puxando lentamente o fiel, recolhe a rede para
a despesca.
Para a pesca do camaro podemos usar dois modelos de tarrafas:
Com "carapua" (Figura 39) ou sem "carapua" tambm conhecida como
tarrafa de argola (Figura 40) .
No primeiro caso o petrecho tecido de forma a deixar uma pequena bolsa (carapua) no centro da rede, junto ao fiel
Os camares
ao pressentirem
a rede, reagem subindo e acabam
por adentrarem na carapua.
No segundo caso a tarrafa semelhante a utilizada para peixe,
mas dispe de rufus corredios que partem da tralha e sobem internamente
at a parte superior da rede, junto ao fiel. Quando o pescador ia o petrecho,
puxa
simultneamente os rufos, formando uma grande bolsa, evitando assim o escape dos camares.
11.6.

Redes

de arrasto

So redes que pescam quando rebocadas por embarcaes ou puxadas na praia por meio de trao humana,
junta de animais ou guinchos.
Ao dimensionar uma arte de arrasto, para ser
tracionada
por
barco, deve-se procurar obter um equilbrio perfeito
entre
a rede e a
embarcao, pois
esta
harmonia redundar em melhor
eficincia do mtodo de captura.
Uma rede bem dimensionada permite uma
eco nomia
na
sua construo,
perfeita
operao
e diminuio
no consumo de combustvel.
No Brasil,
com raras excees, as redes de arrasto ao serem
projetadas
para
um determinado barco no seguem uma escolha com bases
em estudos
prvios,
mas sim na experincia de outras embarcaes
da
frota.
Muitas
vezes
este mtodo pode dar bons resultados, mas pode-se
conseguir
uma melhor eficincia,
tanto do ponto de vista tcnico como
econmico,' se houver um estudo mais apurado.
36

11.6.1.

Picar

(Figura

41)

a
que arrastada paralelamente
Rede
de
forma
retangular,
praia por dois ou quatro homens.
Este
tipo
de pesca
empregado
apenas
por pescadores
amadores, para a captura de pequenos peixes e camares que se encontram
muito prximos das praia.
Seu comprimento varia de 10 a 20 metros, e a altura de 1,5 a 2
metros com malhas de 26 a 30 mm., estiradas.
provida
de duas
tralhas
(cortia e chumbo), e o entralhe
das malhas (u ) de
feito de modo a nos dar um coeficiente de abertura
1

0,6.
Em cada extremidade da rede (manga) colocado
pegam-na para arrast-la.
deira, onde os pescadores
Clculo

para

a construo

um calo de ma-

do picar

Cactersticas:
Comprimento
.
Altura
.
Malha (estirada)
Abertura da malha (u )

20 metros
2 metros
30 mm
0,6

Abertura

da malha

0,8

(u )
2

Fio PA multifilamento
Peso especfico do fio
Tralha de bias
Tralha do chumbo
Bias PL O 45 mm
Chumbo em placas

.,

Especif.

11.6.2.

210/12
3571,4 m/Kg
PA 6 mm
PA 8 mm
0,038 Kgf
0,10 Kg

Unido Caracterst.

panagem
1
1
Tralha super.
1
infer.
Bias
41
41
Chumbo
-------- ------ ----- --Totais
li

.
.
.
.
.

Peso no
ar Kg.

PA O 0,68 mm
PA O 6,0 mm
PA O 8,0 mm
PL O 45,0 mm
placas 0,1 Kg
---

Arrasto

- -

- -

1,962
0,480
0,840

0,225
0,062
0,109

4,100

3,690

Flutuabil.

1,558

------

--

----------------------------

7,382
de praia

Peso na
gua Kg.

(Figura

4,086

1,558

42)

Rede
muito
usada
por pescadores praianos,
que lanam-na ao
mar
com o auxlio de uma canoa,
para posteriormente pux-la na praia
atravs de cabos, por homens, junta de bois ou guinchos.
O tamanho
da rede bastante varivel, mas em mdia
mede de
100 a 600 metros de comprimento,
com uma altura no centro (cpio) que
oscila
entre 6 a 20 metros; as extremidades da rede (mangas) atingem
2
a 10 metros de altura aproximadamente. Essa diferena de altura entre o
centro e as mangas esto diretamente relacionadas com o declive da praia
onde
se opera. Quanto maior for o declive da rea, maior ser' essa diferena.

37

A tralha superior guarnecida de flutuadores para


manter
a
rede em posio vertical quando dentro dgua. O nmero de bias deve ser
calculado,
a fim de no suportar o peso
total
da rede,
evitando-se
assim que a tralha do chumbo perca o contato com o fundo. A inferior

guarnecida de pesos de chumbo, para


mant-la
constantemente
junto ao
fundo durante o arrasto.
A malha
usada
no centro da rede pode ser de 50mm, aumentando
sua bitla
nos panos mais prximos das mangas, onde pode-se usar panos
com malhas de 70 a 150 mm.
O entralhe das panagens s tralhas feito de modo a dar u =
1

0,6 ou 0,66 ou seja,


uma diminuio de aproximadamente
1/3 dos
panos
em relao s tralhas.
A tralha inferior deve
ser ligeiramente
maior
que a dos flutuadores (1 a 1,5 m a mais) para que trabalhe atrasada.
Nas duas
extremidades
das mangas,
so colocados dois cales
de madeira,
interligando
as tralhas,
para
ajudar
a mant-las
afastadas.
Clculo

para

a construo

de um

arrasto

de praia

Caractersticas:
Comprimento
.
Altura da manga
Altura do cpio (centro)
Abertura da malha (u )

100 metros
2 metros
8 metros
0,6

Abertura

da malha

(u )

0,8

Tralha dos flutuadores PA


Tralha do chumbo Nylon cardado
Bias PL Flut. 0,105 Kgf
Chumbadas em placas
.

12
16
0,12075

mm
mm
mm
Kg.

------- ---------------------------------- ----------------------------Especific.

Unido

Caracter.

Total
fio/m

---------- - -- ------ - ---- -- -- -- --- - - - - ---Pano "A"


1
Pano "B"
2
Pano "C"
2
Tralha sup.
1
Tralha inf.
1
Bias
250
Chumbadas
300
-

PA
0,68
PA
0,89
PA
1,07
PA O
12
N/card.16
PVC 0,105
Placa 0,2

mm
mm
mm
mm
mm
Kgf
kg

27.855
20.700
13 . 784
100
101

Peso no
Peso na
Flut.
ar Kg .
gua
Kgf.
----------------------------7,800
1,014
8,694
1,130
7,119
0,925
9,400
1,222
19,280
3,085
26,0
40,000
36,000

-- ------------------ - -- -- ---- -- -- --- - - -- - - - -- - - - -- -- ---- ---- ---Totais

92,293
11.6.3.

"Beam-trawl"

(Figura

43,376

26,0

43)

Esta foi a prlmeira rede de arrasto,


tracionada por barcos,
usada pelos ingleses.
Era constituda
por um saco de rede formado por
4
panos
triangulares. Recebia o nome de "costa" o pano
superior i
"barriga"
o
inferior e "asas" os dois laterais.

38

Sua boca, de forma retangular, conservava-se aberta


por meio
de uma longa viga de madeira,
disposta em posio horizontal,
tendo em
suas extremidades dois estribos de ferro com um metro de altura, adaptados de maneira a formar um ngulo reto com a viga.
Pela parte
inferior, os dois
estribos eram unidos por uma corrente ou cabo
de ao,
de modo
a formar uma curva ou "seio", que roava
no
fundo. As costas eram presas viga;
a barriga ao cabo de ao e as asas
aos estribos.
Suas
dimenses
variavam
de conformidade com as do barco,
girando
em torno de 5 a 10 metros de largura (comprimento da viga), um
de altura
(altura do estribo) e 15 a 25 metros de comprimento
(medida
entre a boca e o saco) .
Dados

para

a confeco

Caractersticas:

de um

"beam

trawl"

Largura da boca

4 metros

Altura da boca .
Comprimento aproximado.:
Fio PA multifilam .....
Malha (estirada)
Abertura da malha (u )

0,4
6,1

metros
metros

210/9
28 mm.
0,46

Abertura

da malha

(u )

0,89

Sacador fio multif.


Malha (estirada)
11.6.4.

.,

Gerival

(Figura

==

210/18
28 mm.

44)

o gerival um aparelho de pesca empregado na reglao SEIs do


Brasil
na
captura
do camaro,
por pescadores artesanais,
em guas
estuarinas onde ha forte correnteza de mars.
Basicamente
este
aparelho
uma adaptao de uma tarrafa
para
camaro
(malhas de 20 a 28 mm.), para operar como rede de arrasto
pela impulso da fora da mar. A rede trabalha na posio
vertical,
com parte
da tralha
do chumbo elevada por uma trave (barra de PVC ou
bamb),
com 3 metros de comprimento a uma altura de 30 a 40 cm. do fundo, assemelhando-se
a boca
de um beam-trawl,
a qual proporciona uma
abertura para a entrada dos camares.
Na parte
superior
da rede (entrada da carapua)
preso
internamente
um
aro metlico
que conserva-a constantemente
aberta.
Deste
aro
partem
4 cordes que se fixam
a um pequeno
flutuador
circular que fica no interior da bolsa (carapua) e serve para
manter o
aro na posio horizontal quando em operao.
No centro da trave de PVC
fixado um cordo (fiel) que passa posteriormente por dentro
do aro e
do flutuador, e vai at a mo do pescador.
Este aparelho
operado por um pescador embarcado numa canoa
ou bateira,
que
larga-o at tocar ao fundo,
mantendo o travesso de
PVC altura de 30 cm. deste,
e arrastado ao sabor da corrente. Quando
o camaro
coberto pela panagem,
sua reao
subir,
e passando
pelo
aro metlico fica aprisionado na carapua
da rede.
O arrasto
realizado durante 15 a 20 minutos, aps o qual iado para a despesca.
A grande
vantagem
do gerival a no captura de peixes,
mas
apenas
camares,
sendo
desta forma bastante seletiva e ideal para
reas estuarinas, onde a preservao da ictiofauna importantssima.
39

11.6.5. Arrasto

de Portas

(Figura 45)

Esta rede
tem o corpo de forma cnica, com dois panos que se
prolongam
lateralmente em sua parte dianteira,
denominadas
"asas" ou
mangas.
Nas extremidades destas, so dispostas duas fortes pranchas de
madeira (portas), que variam de tamanho e peso segundo as dimenses
da
rede e potncia do motor propulsor da embarcao.
Na parte
dianteira
e superior da rede a panagem entralhada
em um
cabo
de ao de 3/8" ou combinado
de 1/2"
(tralha dos
flutuadores) guarnecido com algumas bias esfricas de aluminio ou plstico. A parte inferior
entralhada em um cabo de ao de 1/2" (tralha
do chumbo),
guarnecido de pesos de chumbo ou corrente e revestido com
um cabo mais delgado de fibra vegetal, com a finalidade
de proteger a
tralha do atrito com o fundo durante o arrasto.
A bitla
das malhas empregadas na sua confeco
varia
de
tamanho
segundo
a espcie a ser capturada.
Nas asas,
as malhas
so
maiores,
diminuindo
de tamanho a medida que se aproxima do ensacador
onde
so menores
e tecido com fio dobrado,
para suportar o peso do
peixe capturado.
Quando projetamos uma rede de arrasto, necessitamos conhecer o
nmero
de HP e tipo de hlice do barco
que vai oper-la,
para calcular a fora disponivel de reboque da embarcao.
Conhecendo-se o "tiro" do barco
(fora disponivel de reboque), podemos projetar a rede e
as portas
de forma
a utilizar o mximo
de sua potncia sem sobrecarregar o motor propulsor.
Conhecendo-se
a fora disponvel de reboque
da
embarcao,
elaboramos a planta de rede,
de forma a evitar desperdcio
de panagem
durante o corte das diversas partes do aparelho.
As
figuras
46 e 47, mostram as vrias sees de uma rede
tipo
"trawl",
com os diferentes cortes e unies de panos que podemos
utilizar
para
dar sua forma estrutural,
aproveitando-se o mximo
as
panagens empregadas.
Esta
rede
aberta horizontalmente por meio de duas
fortes
pranchas
de madeira denominadas portas.
(Fig. 48) Essas hidroportas
so reforadas
com ferragens que lhe do resistncia e conservam-na na
posio
correta
quando
dentro da gua. O ngulo de ataque
dado
atravs
de regulagem do "p-de-galinha" existente em sua face frontal,
onde fixado o cabo de reboque (cabo real) do aparelho.
Os cabos de reboque em geral so de ao de 1/2" ou 5/8",
com
um comprimento de 3 a 5 vezes mais que a profundidade
do
pesqueiro,
dependendo tambm da natureza do fundo.
Clculo para construo

arrasto
fatores:

Para calcularmos
podemos
aplicar

de um "trawl" de portas

a potncia necessria para os aparelhos de


a frmula de HAMURO,
baseado nos seguintes

Potncia do motor principal - HP;


Rotao do motor - RPM ;
Tipo do hlice;
Potncia empregada na operao de arrasto (estimada em 85 %)
Condies de mar.
O coeficiente
de propulso,
depende do tipo do hlice (fixo
ou varivel) e da R.P.M.
Um hlice de passo fixo com R.P.M.
menor
de 300,
ter um
coeficiente de 0,25 a 0,28. Quando de 300 R.P.M. ser de 0,22 e acima
40

de 300 ser igual a 0,20.


Nos hlices de passo varivel o coeficiente
Os coeficientes de mar so;
Mar calmo
.......... ..1, O
"

2 - 3 Bf

"

ser: 0,25

a 0,28.

0,9
0,8

4"

4 - 6"

0,7

Frmula
PS = HP x Coefic.

utilidade

x Coef. de propulso

x coef. de mar

Embarcao com 100 HP com menos de 300 RPM.


Hlice de passo fixo e velocidade de arrasto de 2,5 ns.
PS
HP x Coef. utilid. x coef. prop. x coef. de mar.
PS = 100 x 0,85 x 0,22 x 0,85 = 15,9
PS x 75
15,90 x 75
Tiro = T
932 Kgf.
V
1,28 m/s
Potncia de arrasto == T = 932 Kgf.
Para
estimarmos
as dimenses da porta,
devemos
levar
considerao os seguintes fatores:
Portas retangulares
e tipo V.. . . .. .
25 %
Portas

ovais

em

20 %

Portas hidrodinmicas
suberkrub...
15 %
Para tanto aplicamos a seguinte frmula:
2

CD x [ x V
Rx

==

x S

----------------

Sendo:
Rx
= Resistncia da porta
CD == Coeficiente da resistncia
hidrodinmica,
grfico I (ngulo de ataque mais indicado para
portas
retangulares
400) Figura 48.
2
104 Kg
Segundo
Densidade da gua
4

m
V
S

Velocidade
Superfcie

em metro/segundo
da porta

2 Rx

233

233

1,58

CD x '{ x V
Dimenso

0,86

aproximada

x 104 x 1,64

da porta

1,9

147

m x 0,82 m
T x 25

Resistncia

das portas

2 Rx

==

----

--

100
932

x 25

2 Rx

2 Rx
100

41

==

233

Kgf.

do
de

Tabela para clculo


-

----------

da rede na gua

------------ ---------------- -------- --------- - ---------------

Na + Nb

Pano

de resistncia

Nh

-------

4 a

Total
m

St

mm

a mm

2
----------------------------------------------------------------------0,87
18,792
36
0,04
0,5
2
37,584
A
30
1,47
100
0,87
17,609
46
0,04
0,5
2
22
35,218
B
1,47
100
0,04
0,87
16,878
97
10
0,5
1
16,878
C
1,47
100
18,207
15
0,0256
0,5
0,87
2
D
109
36,414
1,47
80
25
0,014
0,5
0,87
18,727
2
123
E
37,454
1,29
60
0,87
16,147
145
40
0,0064
0,5
2
F
32,294
1,17
40
0,0016
0,87
18,270
2
175
150
0,5
36,540
G
1,17
20
-----------------------------------------------------------------------Totais
232,4
1,36
71,4
d

1,36
------=
71,4

a
Rr
Rr

0,0190476

(resistncia

da rede) =

191

1,64

.232,4.

Resistncia

. St

191

. 0,0190476

2
d
. V . ----a

0,24

do cabo de 1/2

332,7

. Sen o
Kgf.

= Rc

li

2 Rc = Cx
2 Rc = 0,1

't . V

. 104

d.
1
1,64.

0,0127

. 200

43,3

Resistncia

total do aparelho:

Resistncia
Resistncia
Resistncia

das portas
da rede
dos cabos

.
.
.

233 Kgf.
332 Kgf.
43 Kgf.

Resistncia

total

608 Kgf.

11.6.6. Arrasto

duplo ou "doub1e rig"

(Figura 49)

Atualmente
os barcos camaroeiros em sua totalidade usam dois
arrastes
de portas
menores ("double rig"),
que
so
arrastados
simultaneamente
nos dois
bordos
da embarcao,
com
o auxlio
de
tangones,
o que
tornam
mais eficiente alm de facilitar a faina de
pesca.
Estas
redes
apresentam
maior abertura de boca e menor comprimento de mangas, com uma altura de no mximo 0,90 m.
As pequenas embarcaes que operam de sol a sol,
na captura
do camaro
7 barbas,
empregam este petrecho, confeccionado com malhas
de 26 a 28 mm. e fio PA 210/12 a 210/18, conforme mostra a figura 50.
11.6.7. Rede de arrasto

gmea

(Figura 51)

Em 1971,
no Mar do Norte, foram feitos experimentos com redes
gmeas,
para a captura de linguado. O resultado desses testes despertou
muito interesse pela indstria camaroeira do Golfo do Mxico, que nestes
42

ltimos anos vem utilizando este mtodo com sucesso.


A arte de arrasto
gmea
constituida por duas redes que operam lado a lado,
com as duas
mangas"
internas ligadas a uma sapata de ferro (patim,
Fig.
52) e as
duas externas presas as portas. Das duas portas e do patim, partem cabos
(brincos)
de 50 a 60 metros de comprimento,
que se unem ao cabo real
formando um "p-de-galinha".
O arrasto com 4 destas redes
requer um estudo preciso sobre
seu dimensionamento,
que deve
ser proporcional
ao comprimento
dos
tangones
e boca da embarcao,
evitando-se desta forma que as portas
internas
venham a se tocar quando o barco manobra durante a operao de
pesca.
Um barco
com 6 metros de boca e tangones com 10 metros
de
comprimento
fora da borda,
nos dar a medida de 26 metros de ponta
a
ponta dos tangones, o que nos permite operar com 4 redes de 11 metros de
tralha.
As
duas
redes
que
trabalham
internamente
totalizam
aproximadamente uma faixa de arrasto de 16 metros,
quando a largura
da
rea
interna
de 26 metros,
ficando
portanto urna distncia
de 10
metros entre as portas internas, sabendo-se que cada rede abre no mximo
72 % da largura da boca, quando em operao.
Este
tipo de rede foi testado em 1985 no CEPSUL/SUDEPE, pelo N/Pq DIADORIM, na captura do camaro rosa
com resultados
satisfatrios, e transferido

frota
camaroeira
de
Itaja,
que no momento
vem empregando com sucesso na pesca do camaro e do cao anjo no litoral do Rio Grande.
Podemos tambm
operar com trs redes gmeas, usando-se apenas
um par de portas e dois patins.
Neste caso as redes so recolhidas uma
em cada bordo e a terceira pela popa. (Ver Figura 53)
11.6.8.

"Trawl"

de parelha

(Figura

54)

O arrasto
de parelha
foi introduzido
no Brasil,
mais
especificamente no Estado de So Paulo pelos japoneses por volta do fim
da dcada de 30, e era realizada por embarcaes de pequena potncia (8
a 10 HP), gue operavam de sol a sol nas imediaes da barra de Santos.
E um
aparelho
arrastado por duas embarcaes
muito
usado
pela frota
comercial,
que se destina a captura de peixes demersais ao
longo
da costa.

bastante similar ao "trawl de portas, provida


de
asas
mais
longas
e com maior abertura vertical (altura da boca).
A
maioria
destas
redes
possuem uma vlvula (lngua), que uma panagem
coloc<i!;~~.!i~mC?
interior
do corpo da rede em posio oblqua, com a finalidad"",N;:B.'""vi
tar o escape do pescado quando as embarcaes param de arrastar, para se processar o recolhimento do aparelho.
Durante
a operao,
os dois barcos devem manter velocidade
uniforme
e uma distancia constante entre si, para realizar um perfeito
arrasto.
Os clculos
para
a confeco desta rede so semelhantes aos
empregados no
trawl
de portas.
11

11.6.9.

11

"Seine-net"

ou arrasto

com cabos

(Figura

55)

O
"seine-net"
ou arrasto com cabos um aparelho
empregado
na captura
de
peixes demersais,
bastante
utilizado
pelos
Pases
Escandinavos
e Esccia.
Caracteriza-se como uma modalidade de captura
que oferece
maiores
vantagens
sobre os mtodos
convencionais
de
arrasto utilizados em todo o mundo.
Como
principais
vantagens desta
arte
de pesca,
podemos
43

destacar o menor consumo de combustvel,


maior
seletividade
e qualidade do pescado, alm
de causar menor danos ao substrato, devido
a ausncia de portas.
A operao
de
pesca assemelha-se ao arrasto
de praia,
porm
realizado
em alto mar. O barco inicia a operao lanando ao mar
uma b6ia
onde
fixado o cabo
real,
de fibra sinttica com alma de
chumbo de 1" de dimetro,
seguindo-se a largada
deste
em linha reta. Quando completar a marca de 1000 metros,
muda-se
o rumo
com uma
guinada de 60 o, e continua-se
soltando
o cabo,
posteriormente
os
brincos (Cabo combinado 1/2 - 45 metros) e finalmente a rede.
Aps
a
largada da rede e seus respectivos brincos,
continuando-se
no
mesmo
rumo largando o outro cabo at completar 500 metros, quando
volta-se
a
guinar mais 60 o, dirigindo-se para a bia. Ao completar o cerco, a bia
recolhida para bordo e as duas extremidades dos cabos
puxados
simultneamente a mesma velocidade pelos dois cabeas do guincho
e enrrolados ao "rape reels" (carretel) , com o barco engatado avante a uma velocidade de 2 ns. Ao chegar os brincos
a bordo, a rede desconectada dos
cabos e recolhida na popa com o auxlio de um "power block"
adaptado
a
um guincho munk,
e o saco iado por um pau
de carga para a despesca.
O recolhimento do aparelho realizado de forma
a
deix-lo
em condies para a pr6xima largada.
Fundamentalmente
a direo da mar ou
deslocamento
da
gua que determina a operao de pesca. Em funo disto, e da direo do
vento
podem
ser feitos lances
seguros
nas
proximidades
de parceis,
pegadores
etc.,
locais
estes
inacessveis
as atuais
embarcaes de arrasto.
11.6.10. Arrasto

de meia-gua

(Figura 56)

A partir da dcada de 40, aps vrios ensaios


com redes de
meia-gua, surgiram as portas de seo curva, que solucionaram
os problemas de estabilidade e manobra da rede, originado-se a expanso
deste
mtodo de captura.
Os melhoramentos introduzidos nos desenhos das redes, o estudo
sistemtico
das espcies
pelgicas,
susceptveis
de serem
capturadas e o advento dos aparelhos hidroacsticos
(sonda, r.et-sonda, sanar
etc.), possibilitaram a ampliao das pescarias de meia-gua.
Apesar de j estar sendo usada com sucesso em vrios pases,
este
tipo
de arte de pesca s foi utilizado no Brasil por barcos
de
pesquisa na captura de anchoita, no litoral do Rio Grande do Sul.
um
aparelho
muito eficaz na captura de peixes
pelgicos,
em diferentes profundidades na coluna dgua.
A operao
de pesca,
est condicionada a dois
instrumentos
hidroacsticos:
Ecobatmetro
e net-sonda.
O primeiro para detectar e
determinar
a
profundidade
do cardume,
e o segundo para verificar
a
profundidade
exata
da boca da rede,
isto : uma vez detectado
o
cardume
determinada profundidade
da superficie,
compete ao mestre,
atravs do net-sonda verificar a altura em que a rede est sendo rebocada,
e por meio de duas alternativas
(comprimento do cabo de reboque
e velocidade
do barco),
baixar ou levantar
a
rede
para
coincidir
com a profundidade em que se encontra o cardume, a fim de captur-lo.
Com a prtica,
atravs das imagens
enviadas pelo net-sonda,
pode-se avaliar
aproximadamente o total de pescado existente no ensacador da rede, e proceder seu recolhimento, a fim de evitar o rompimento
da panagem por excesso de peso.

44

Esta
rede constituida de 4 faces.
Quando rebocada
toma a
forma cnica,
conservando
a boca
quadrada.
Os
panos
dianteiros
(prximos boca) so confeccionadas com malhas grandes (300 a
16.000
mm), diminuindo gradativamente medida que se aproxima do saco (copo),
onde podem ser de 30 a 50 mm, dependendo da espcie a que se destina.
A tralha
superior
(cabo de ao ou combinado
de 3/S")
guarnecida
de
flutuadores
esfricos de material
plstico;
em seu
centro
fixado
o transdutor do net-sonda,
que remete ao aparelho os
sinais
de retorno.
A conduo desses impulsos pode ser feito por meio
de condutor eltrico ou pela prpria gua.
Para
uma
embarcao
com 385 HP,
com um tiro
(trao de
reboque)
de 2.730 Kgf,
velocidade de 3,5 ns, pode-se usar uma rede
com
17
metros
de largura por 17 de altura de boca e um comprimento
total (da boca ao saco) de 43 metros. (Figura 57) .
Confeccionado
com
panagem
de nylon
(PA), dependendo
da
grossura do fio,
ter-se- um peso de panagem de aproximadamente 15 Kg e
uma resistncia ao reboque de 1.267 Kgf.
As porta
que
abrem
a rede so de ao,
curvas
do tipo
"SUBERKRUB"
(Figura 58) i medem aproximadamente 2,17 m de altura por 1,2
m de largura,
com um peso de 240 Kg cada,
oferecendo uma resistncia
ao reboque de 219 Kgf.
A rede ligada s portas
por dois cabos de ao de 1/2"
de
dimetro (brincos) de cada lado, que devem
medir
aproximadamente
50
metros de comprimento.
Nos brincos inferiores junto a boca da rede, so
colocados pesos de 50 a 70 Kg, para forar a abertura vertical da rede.
Os cabos
de
reboque,
em geral so de ao com 5/S" de
dimetro,
e variam de comprimento segundo a profundidade que se deseja
operar com a rede.
Quando se opera
a 60 metros de profundidade,
deve-se lanar
na gua,
120 metros de cabo aproximadamente,
uma vez que a proporo
cabo/profundidade
de 2:1. Nessa profundidade,
o aparelho oferecer
uma resistncia total de 1.550 Kgf.
Para
determinar a eficincia tcnica da rede (produtividade),
torna-se
necessrio
levar
em considerao vrios fatores,
dentre os
quais: rea da boca, velocidade
de arrasto e espcie que se deseja capturar
(uma vez que cada peixe tem comportamento prprio,
com velocidade, ponto de fadiga e distncia de percepo da rede) .
A rea
de produtividade para uma rede com as dimenses acima
cuja
rea
total
da boca de 176,7 m2, arrastada a uma velocidade de
3,5 ns, ter uma rea produtiva para a manjuba
de 113 m2, 7S m2 para
a sardinha e apenas 23,4 m2 para a cavalinha. (Figura 59)
11.7. Redes de cerco
Aparelhos
destinados
a captura de peixes pelgicos
como a
sardinha,
olhete,
cavalinha,
bonitos, atuns etc., que so largados em
volta do cardume
quando
estes
so observados
visualmente
pelo pescador, ou detectado atravs do sonar.
11.7.1.Traineira

(Figura 60)

uma
rede
de
grandes
dimenses,
(SOO
metros
aproximadamente)
pesando
de
6 a 7 toneladas,
prpria
para
cercar
cardumes
de peixes pelgicos como a sardinha,
cavalinha,
tainha etc.
em alto mar.
Possui
forma retangular na proporo 10 a 8 x 1
e

guarnecida
por
duas
tralhas:
de chumbo e de boia. A sardinheira (Fi

45

gura 61) em sua maior parte confeccionada com panagem sem n, malha de
24 mm. (estirada), fio 210/9 ou 210/12 e uma matao de no mnimo 25 %.
Para
se
evitar
um possvel
rompimento
da rede,
quando
submetido
a
excesso
de peso,
costuma-se colocar em toda
a sua
extenso
no 8entido
horizontal e vertical faixas de rede com 3 malhas
apenas de largura,
tecidas com fio PA 210/48 sem ns ("ziper") que so
dispostas
a cada seo de trs panos horizontalmente e a cada 100 metros de tralha no sentido vertical. Esses "ziper" so encabeados em cada uma das malha no sentido do comprimento e 10 malhas de panagem
para
11 do "ziper" verticalmente
afim de no provocar uma deformao da rede
quando recolhida pelo "power block".
Em uma das
extremidades
fica
localizado o ensacador ou matador junto a cuba de proa, que o local
onde vai se acumular o pescado quando a rede recolhida. Esta seo da
rede confeccionada com linha mais grossa (210/24 ou 210/36 sem ns ou
210/48 com ns), para suportar o peso do peixe. A seo localizada abaixo do ensacador denominada
pr-matador, que tambm tecido
com fio
de maior dimetro (210/16 ou 210/18),
uma vez que quando
capturamos
grandes cardumes,
parte do peixe
fica nele acumulado.
Entre a tralha de bias e a panagem fina, em toda
a extenso
da rede existe
uma panagem estreita com 20 a 30 malhas
de altura, tecida com fio 210/24 ou 210/36,
que serve de reforo devido o atrito dos
flutuadores com a panagem, que conhecida como calo de bias. Da mesma
forma, junto a tralha do chumbo existe o calo do chumbo com
30
malhas
de altura e fio 210/72. Esta parte
sofre maior
desgaste
provocado pelo atrito com as chumbadas e mesmo o fundo, quando operamos em reas
de
pouca profundidade.
As tralhas em geral so de PA ou PP, de 14 a 16 mm de dimetro
e as bias so preferencialmente
cilndricas, colocadas
muito
prximas
umas das outras, mormente
junto ao ensacador,
para sustentar a rede na
superficie e com uma reserva de flutuabilidade de 2,5 a 3 vezes mais que
seu peso na gua.
A tralha
do chumbo
em geral
tem aproximadamente
1.000 Kg
de chumbo
de onde partem inmeros estropos em espaos regulares, tendo
nas
extremidades
argolas
de metal
com dimetro de 80 mm (anilhas),
em nmero aproximado de 60 a 70, por onde passa a carregadeira
(cabo de
PA de 35 a 38 mm) que serve para fechar o fundo da rede, quando cercado o cardume.
Atualmente
Ja se confeccionam traineiras com tralhas duplas
de flutuadores e chumbo,
(Figura 62) as quais so colocadas lado a lado
e presas
com fio tranado
de PA 1,5 mm, aps ser entralhada a rede.
Neste caso, os cabos paralelos possuem toro contrria "8" e "2".
Nos pases
sul americanos como o per e Chile,
as redes
de
cerco possuem dois calos de chumbo, sendo um anterior primeira tralha
com 15 malhas e outro abaixo desta tambm com 15 malhas
entralhado
com
10 % a mais que a primeira tralha.
(Figura 63) Os estropos das anilhas
so presas na primeira
tralha
e a segunda
apenas
leva
as chumbadas, trabalhando livremente.
Em outros
paises
usam-se traineiras de grandes
dimenses,
tecidas
com fio mais grosso,
malhas maiores e carregadeira de cabo de
ao, para a captura do atum, bonitos, jureI etc.
Na operao de pesca, o barco transporta a rede junto a popa e
um caique (panga) embarcado sobre a rede.
Localizado o cardume,
a panga
lanada ao mar com um pescador,
mantendo
consigo
uma das extremidades da rede
(cuba de proa).
O barco
realiza
um crculo completo em torno do cardume,
soltando a rede na gua.
Terminado o cerco
a panga passa para o barco a ponta da rede e inicia-se a faina de
fe46

char o aparelho
por baixo,
puxando-se
a
carregadeira.
Posteriormente a rede recolhida para bordo por uma das extremidades,
por
intermdio do
"Power
block"
ou manualmente, diminuindo gradativamente o crculo,
at ficar somente o ensacador na gua,
de onde os peixes
so transportados para bordo por meio de um sarico (Figura 64) .
Os navios
fbricas de farinha de peixe que operam
na costa
dos Estados
Unidos,
costumam capturar a matria
prima
com
nordeste
traineiras,
utilizando duas pequenas embarcaes que levam
a
pequenas
reboque.
Localizado o peixe, estas embarcaes cercam o cardume e o navio recolhe o peixe diretamente do ensacador da rede, atravs
de bomba
de suco.
Neste caso o ensacador localizado no centro da rede, uma vez
que a traineira recolhida simultaneamente pelas duas embarcaes.
11.7.2.Traineira

para

captura

de

isca-viva

(Figura

65)

As pequenas
traineiras empregadas na captura
de peixes jovens
de sardinha, e manjuba para iscas de atuneiros, medem de 250 a 280
metros
de comprimento
por 25 a 30 metros de altura,
tecidas
com fio
210/08 e malhas de 16 mm (esticadas).
O ensacador
com
30 a 35 metros de comprimento
e altura
total da rede, confeccionado com fio 210/06 e malhas de 10 mm.
As
tralhas
so de cabo tranado de 5 a 8
mm de
dimetro, utiliza-se flutuadores nmero 30 de 247 g/f.,
colocados a distncia de 200 mm, um dos outros, aumentando-se o nmero destes no ensacador
onde deve ser de 120 mm o espao entre as bias.
A tralha
inferior

guarnecida de chumbadas de 50 gramas, dispostas na proporo de 5 arcalas com chumbo e uma livre.
Os estropos
das anilhas so presos distncia de 10 a 12
metros um dos outros. A carregadeira mais usada o PP 16 mm de dimetro.
Esta rede operada por pequenas embarcaes,
em enseadas
e
baas, para abastecer os barcos atuneiros que se destinam
a pesca
do
bonito listrado (Katswonus Relamis) e albacoras.
A operao
de pesca idntica a descrita para a traineira
convencional e o pescado
aprisionado
no ensacador
saricado diretamente para
os tanques de iscas dos barcos atuneiros,
ou para viveiros existentes prximos do local de pesca.
11.7.3.

Rede

de bloqueio

(Figura

66)

um
petrecho
de pesca muito utilizado na bacia hidrogrfica
do baixo e mdio Tocantins - PA, na pesca do mapar (Hipophthalmus sp.).
A rede
tem a forma retangular, medindo de 200 a 400 metros de
comprimento
e altura de 12 a 16 metros, inteiramente confeccionado com
malhas de 36 a 44 mm. E fio PA 210/24.
A operao de pesca comandada pelo "taleiro", que o pescador responsvel pela deteco e quantificao do cardume. A "tala" usada
pelo taleiro uma vara delgada e de grande resistncia, com aproximadamente
5 a 6 metros, a qual introduzida na gua. Quando o peixe bate
nesta,
a mesma transmite uma vibrao ao taleiro, e este pela experincia determina a densidade e tamanho do peixe, e assim comanda a operao
da rede.
No lanamento
da rede so utilizadas duas embarcaes a remo/as quais vo soltando a rede em forma de circulo, contornando o cardume. Completado o cerco, o centro da rede fixada ao fundo atravs
de

47

uma ncora, cujo cabo preso na tralha dos flutuadores, para que com o
auxlio da corrente da mar haja uma aproximao das tralhas e assim facilitar o trabalho dos mergulhadores, que so encarregados
de cruzarem
as tralhas do chumbo, passando uma sob outra, e amarrando vrias
cordas
distncia de 20 metros uma das outras para o iamento desta superfcie. Esta faina
realizada por vrias embarcaes
de pequeno
porte,
que se distribuem ao longo de toda a extenso da rede.
Aps o iamento
de toda a tralha inferior, parte da rede que
ficou
internamente

retirada e a outra recolhida de forma a juntar o


pescado capturado para processar a despesca.
12. MTODOS

DE CONCENTRAO

DE PEIXES

Os peixes
pelgicos como os tundeos,
dourados
etc.,
so
frequentemente
encontrados
sob objetos flutuantes como bias,
troncos
de arvores, ramagens
de palmeiras,
aglomerados de algas
ou qualquer
corpo deriva, que provoque sombra na gua. Em vrios paises como o Japo e Filipinas so
muito
empregadas jangadas de bamb a fim de provocar a concentrao de tundeos, para a captura com cerco ou
isca viva.
O sucesso
deste
tipo de atrator deve-se a vastas reas
de
pesca protegidas, onde o mar excepcionalmente calmo.
12.1. Atratores

de peixes

(FIGURA 67)

Estes
flutuantes
podem
ser confeccionados
de
bamb
ou
tambores, fundeados com cabo de PP ou PA de 3/4, com comprimento de 1,5
a 2 vezes a profundidade do local.
Presos bia,
colocamos
pneus
velhos, panagens
de redes e cabos desfiados,
a fim de
servir
como
substrato a moluscos que se incrustam, provocando um ecossistema
com a
concentrao de pequenos
peixes, o que
consequentemente
provoca
a
atrao de cardumes de bonitos, dourados atuns etc.
um
mtodo
de se evitar o tempo
gasto
na procura
de
cardumes
por
barcos
atuneiros
de isca viva,
que
dirigem-se
aos
atratores, onde provavelmente encontram concentrao de peixes.
12.2. Atrao

luminosa

Vrias espcies de peixes como o xixarro, bonito etc.,e a lula


so taxi-positivo, portanto atradas pela luz.
Principalmente para a pesca da lula realizada durante a noite
com rede elevadia (Figura 68), torna-se necessrio o emprego da luz para a concentrao da espcie junto ao barco,
para
posteriormente
ser
apanhada durante a subida da rede.
Os barcos de cerco durante a noite, usando
atrao
luminosa,
podem concentrar os peixes quando se encontram espalhados ou, retirar
o
cardume das proximidades do atrator por meio de um caique com uma lmpada submersa, para posteriormente cerc-lo.

48

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49

industrial

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