DOQ Cgcre 90 - 00
DOQ Cgcre 90 - 00
DOQ Cgcre 90 - 00
DOQ-CGCRE-090
(Revisão 00 – Junho/2018)
DOQ-CGCRE-090 – Revisão 00 – Jun/2018 Página 1/28
SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Campo de aplicação
3 Responsabilidade
4 Histórico das revisões
5 Documentos de referência
6 Documentos complementares
7 Siglas
8 Terminologia
9 Condições gerais
10 Exemplos de fontes de incerteza de medição na calibração de medidores na área de vazão
e velocidade de fluidos e em ensaios de hidrômetros
1 OBJETIVO
Este documento foi elaborado de acordo com as normativas nacionais e internacionais e contém
aplicações sobre os requisitos da acreditação. Caso o laboratório siga estas orientações, o laboratório
atenderá aos respectivos requisitos; caso contrário, o laboratório deve demonstrar como é assegurado
o seu atendimento. As não conformidades constatadas em uma avaliação são registradas em relação
ao requisito da acreditação e não em relação a este documento orientativo, porém, as diretrizes deste
documento serão consideradas pelos avaliadores e especialistas.
2 CAMPO DE APLICAÇÃO
3 RESPONSABILIDADE
5 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Para referências, devem ser utilizadas as últimas edições dos documentos a seguir, incluindo
eventuais emendas:
6 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Para referências, devem ser utilizadas as últimas edições dos documentos a seguir, incluindo
eventuais emendas:
ABNT NBR ISO 4185:2009 Medição de vazão de líquidos em dutos fechados – Método
gravimétrico
ABNT NBR ISO/IEC 17025 Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e
calibração
DOQ-Cgcre-020 Definições de termos utilizados nos documentos relacionados à
acreditação de laboratórios, produtores de materiais de referência e
provedores de ensaios de proficiência
DOQ-Cgcre-057 Orientações para a apresentação e expressão de resultados de
calibração de medidores de vazão e totalizadores de fluidos.
EA-4/02 M: 2013 Evaluation of the Uncertainty of Measurement in Calibration.
ISO 4267-2, 1988 Petroleum and Liquid Petroleum Products – Calculation of Oil
Quantities – Part 2: Dynamic Measurement, 1st ed., International
Organization for Standardization, Switzerland.
NIE-Dimel-043 Procedimento para cálculo da incerteza de medição na calibração de
medidas materializadas de volume pelo método gravimétrico.
NIE-Dimel-045 Calibração de medidas materializadas de volume pelo método
gravimétrico.
NIT-Dicla-012 Relação padronizada de serviços acreditados para laboratórios de
calibração.
NIT-Dicla-021 Expressão da incerteza de medição por laboratórios de calibração.
OIML R120:2010
Regulamento Técnico Metrológico a que se refere a Portaria Inmetro Nº 246, de 17 de outubro de 2000.
7 SIGLAS
8 TERMINOLOGIA
9 CONDIÇÕES GERAIS
Os requisitos gerais para a incerteza de medição estão estabelecidos nas seções 7.2.2.1, 7,6 e 7.8 da
norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017. A Cgcre também estabelece requisitos gerais a respeito da
incerteza de medição e da capacidade de medição e calibração na norma NIT-Dicla-021 aplicável a
laboratórios de calibração.
É importante ressaltar que, conforme estabelecido na NIT-Dicla-021, a incerteza de medição deve ser
sempre expressa na unidade de medida do mensurando ou como um termo relativo ao valor declarado
do mensurando. Por exemplo:
Como os exemplos apresentados não contemplam todos os tipos de serviços realizados pelos
laboratórios, as particularidades inerentes ao tipo de medidor (medidor de vazão volumétrica, de vazão
mássica ou totalizador de volume ou de massa de fluidos) e as especificidades do método de
calibração ou ensaio utilizado deveriam ser consideradas na análise das incertezas, caso a caso.
10.1.1 Aplicação
O volume de água coletado no vaso padrão durante a medição é igual ao seu volume de base, corrigido
pelo efeito de expansão ou contração térmica do vaso se a sua temperatura for diferente da
temperatura de base ou de referência. Como o recipiente constitui um volume, esta correção é
equivalente à expansão ou contração cúbica do material utilizado, sendo que, para esse caso, assume-
se que seja igual a três vezes a expansão térmica linear do material. Dessa forma, a correção pode
ser dada pela seguinte expressão:
Vp Vb 1 3 p Tp Tb
onde Vp é o volume de água contido no vaso padrão, Vb é o volume do vaso padrão referido à
temperatura de base (normalmente adotada como 20 °C), p é o coeficiente de dilatação linear do
Para se determinar o valor do volume de referência de água que passou através do totalizador em
calibração antes de fluir para o vaso padrão, é necessário corrigir o volume de água contido no vaso
levando-se em conta a expansão ou contração volumétrica do líquido devido à diferença de
temperaturas. Assim:
Vref Vp 1 a Tm Tap
DOQ-CGCRE-090 – Revisão 00 – Jun/2018 Página 5/28
onde Vref é o volume de referência da água que passou pelo medidor, referido à sua temperatura no
medidor, a é o coeficiente de dilatação volumétrica da água, Tm é a temperatura da água no medidor
Com a determinação do valor do volume de água de referência que fluiu através do medidor sob
calibração, é possível determinar o seu erro relativo porcentual de medida para a vazão de operação
específica. Ou seja:
Vind Vref
100 %
Vref
onde é o erro relativo da medida obtida com o medidor sob calibração na vazão específica de
operação, expresso em termos porcentuais, e Vind é o volume de água medido e indicado pelo medidor
sob calibração.
As principais fontes de incerteza que afetam a confiabilidade dos resultados neste método volumétrico
de calibração são apresentadas a seguir:
propriedades de materiais;
o incerteza decorrente da utilização do padrão sob condições de uso diferentes das de sua
calibração. Pode ser importante considerar os efeitos decorrentes de mudanças no tipo de
fluido, da sua viscosidade, mudanças de instalação e de operador etc.;
o incerteza oriunda dos equipamentos ou acessórios auxiliares utilizados no sistema de medição.
DOQ-CGCRE-090 – Revisão 00 – Jun/2018 Página 6/28
10.2.1 Aplicação
De acordo com a NIT-Dicla-012, o exemplo a seguir aplica-se ao serviço de código 2436 Totalizador
de Volume de Água ou de Outros Líquidos, Exceto Hidrocarbonetos.
mref m f mi 1 ar / 1 ar
peso H 2O
onde mi é a massa de água medida ao início da coleta, mf é a massa de água medida ao final da
coleta, ar é a massa específica do ar ambiente durante a pesagem da água, peso é a massa específica
do material de fabricação dos pesos padrão utilizados na calibração da balança e H2O é a massa
específica da água na condição de pesagem.
DOQ-CGCRE-090 – Revisão 00 – Jun/2018 Página 8/28
O volume de referência (Vref ) de água que passou através do totalizador pode, então, ser determinado
por meio da seguinte expressão:
mref
Vref
H 2O_totalizador
Com a determinação do valor do volume de água de referência que fluiu através do medidor sob
calibração, é possível determinar o seu erro relativo porcentual de medição para a vazão de operação
específica. Ou seja:
Vind Vref
100 %
Vref
onde é o erro relativo da medida obtida com o medidor sob calibração na vazão específica de
operação, expresso em termos porcentuais, e Vind é o volume de água medido e indicado pelo medidor
sob calibração.
As principais fontes de incerteza que afetam a confiabilidade dos resultados neste método gravimétrico
de calibração são apresentadas a seguir:
Nota: Para informações adicionais sobre o cálculo do volume a partir da massa de água medida, consultar o item
9 da NIE-Dimel-045. Para informações referentes ao procedimento para o cálculo da incerteza de medição,
consultar a NIE-Dimel-043.
10.3 Calibração de medidor de vazão volumétrica de água por meio do método gravimétrico
10.3.1 Aplicação
Considerando que a vazão de água de referência é determinada a partir da totalização de uma massa
de água ao longo de um intervalo de tempo, é fundamental que a vazão do líquido no sistema de
calibração durante o intervalo de amostragem permaneça estável, ou seja, a vazão deve ser mantida
o mais constante possível no valor ajustado para o ponto de calibração do medidor.
Por permitir uma alta exatidão de medição, este método é frequentemente utilizado como método
primário de calibração de medidores utilizados como padrão em outros métodos ou dispositivos de
medição de vazão mássica ou volumétrica, contanto que a vazão durante a calibração possa ser
mantida estável e a massa específica do líquido seja determinada com exatidão.
DOQ-CGCRE-090 – Revisão 00 – Jun/2018 Página 11/28
De acordo com a norma ABNT NBR ISO 4185:2009, a princípio, este método pode ser aplicado a
qualquer tipo de líquido, desde que a sua viscosidade seja baixa e a pressão de vapor seja tal que
qualquer escape de líquido do tanque de pesagem por vaporização não seja significativo a ponto de
afetar a exatidão requerida da medida. Porém, neste documento orientativo, o tratamento será feito
utilizando-se água como fluido de calibração.
A fórmula geral para o cálculo da vazão volumétrica de água por meio do método gravimétrico é dada
por:
𝑉20𝑛 1 𝜌𝑎𝑟𝑛
𝑞= = 𝑚𝑛 ( ) (1 − ) [1 − 𝛾 (𝑇𝑛 − 20)]
𝑡 𝜌𝑎𝑛 − 𝜌𝑎𝑟𝑛 𝜌𝑎𝑛
onde:
q : vazão volumétrica de água calculada
𝑉20𝑛 : volume de água coletada referida à temperatura de 20 °C
𝑚𝑛 : massa de água coletada na balança
𝜌𝑎𝑛 : massa específica da água
𝜌𝑎𝑟𝑛 : massa específica do ar
𝛾 : coeficiente de expansão volumétrica do material da medida
𝑇𝑛 : temperatura da água
10.4.1 Aplicação
Conforme a NIT-Dicla-012, o exemplo a seguir aplica-se aos serviços de códigos 2496 (Anemômetro
de copos) e 2497 (Anemômetro de pás rotativas).
10.4.2 Método
O método de calibração mais comum é o da comparação em um túnel de vento por meio do qual a
velocidade do ar medida pelo anemômetro é comparada com a velocidade de referência. A velocidade
de referência pode ser determinada por meio de um instrumento medidor de velocidade de ar
previamente calibrado, de desempenho metrológico adequado e que pode ser, entre outros, um
anemômetro por princípio térmico, ultrassônico, a laser Doppler, de pás ou por pressão diferencial,
como o tubo de Pitot.
Para cada velocidade de calibração, a correção de calibração é calculada como a diferença entre a
velocidade de referência e a velocidade indicada pelo anemômetro em calibração:
𝐶 = 𝑉𝑟𝑒𝑓 − 𝑉𝑖𝑛𝑑
Onde:
C : correção de calibração
Vref : média das velocidades de referência
Vind : média das velocidades indicadas pelo anemômetro em calibração
Onde:
𝛿𝐻 : histerese
𝛿𝐶 : desvio padrão das medidas
A velocidade de referência deve ser obtida a partir da velocidade medida pelo padrão, com as devidas
correções pertinentes:
Onde:
Para anemômetros ultrassônicos, que medem mais de uma componente, a velocidade da componente
em calibração pode ser comparada diretamente com a referência. Para anemômetros mecânicos, há
casos em que o instrumento em calibração mede a resultante de duas componentes (axial e
horizontal), sendo necessário calcular a velocidade composta:
Para pequenos ângulos de desalinhamento, a velocidade pode ser corrigida aplicando-se as matrizes
de rotação à velocidade de referência, considerando o ângulo formado pelos eixos dos dois
anemômetros:
𝐶𝑜𝑠(𝜃𝑧 ) −𝑆𝑖𝑛(𝜃𝑧 ) 0 0
𝑅𝜃𝑧 = [ 𝑆𝑖𝑛(𝜃𝑧 ) 𝐶𝑜𝑠(𝜃𝑧 ) 0 0]
0 0 1 0
0 0 0 1
1 0 0 0
0 𝐶𝑜𝑠(𝜃𝑥 ) −𝑆𝑖𝑛(𝜃𝑥 ) 0
𝑅𝜃𝑥 =[ ]
0 𝑆𝑖𝑛(𝜃𝑥 ) 𝐶𝑜𝑠(𝜃𝑥 ) 0
0 0 0 1
𝐶𝑜𝑠(𝜃𝑦 ) 0 𝑆𝑖𝑛(𝜃𝑦 ) 0
𝑅𝜃𝑦 = 0 1 0 0
−𝑆𝑖𝑛(𝜃𝑦 ) 0 𝐶𝑜𝑠(𝜃𝑦 ) 0
[ 0 0 0 1]
As velocidades corrigidas ficam:
DOQ-CGCRE-090 – Revisão 00 – Jun/2018 Página 14/28
Nota: As velocidades do padrão devem ser consideradas com as devidas correções apresentadas no
certificado de calibração. Caso haja interpolação, a incerteza do polinômio deve ser considerada.
𝑉𝑖𝑛𝑑 − 𝑉𝑟𝑒𝑓
= 100 %
𝑉𝑟𝑒𝑓
Onde:
é o erro relativo da medida obtida com o anemômetro em calibração na velocidade específica de
operação, expresso em termos porcentuais, e Vind é a velocidade medida e indicada pelo anemômetro
em calibração.
As principais fontes de incerteza consideradas neste método de calibração são apresentadas a seguir:
Exemplo:
10.5 Calibração de provador de líquido do tipo pistão ou compacto pelo método volumétrico
10.5.1 Aplicação
T w TLt
Vt L Lt 1 T Tq Trt
T T
L Lp
V p Vv Ve
w Lp
Vp
1 T T 1 T T 1 P D 1
p b rp p p rp
E e 1 P F TLp
Onde:
As principais fontes de incerteza que afetam a confiabilidade dos resultados neste método de
calibração são apresentadas a seguir:
10.6.1 Aplicação
O volume de referência, ou seja, o volume de hidrocarboneto líquido medido pelo padrão e referido às
condições do escoamento presentes no totalizador em calibração é dado pela seguinte expressão:
p CPLp
Vref V p CTS p
m CPLm
Onde:
Np
Vp : volume de hidrocarboneto líquido medido pelo padrão, determinado a partir do número de
kf p
pulsos totalizados (Np) e o fator kfp do padrão, dado em número de pulsos por metro cúbico;
CTS p 1 p (Tp 20) : fator de correção devido à expansão térmica do medidor padrão;
1
CPLm : correção devido à compressibilidade do líquido no medidor em calibração;
1 Pm Fm
0,87096 0,0042092 T
F 0,000000001 e 1,6208 0,00021592 T
15 / 1000 15 / 10002
2
: fator de compressibilidade do
líquido.
Ou seja:
1
0,87096 0,0042092 T p
1 Pp 0,000000001 e 1,6208 0,00021592 T p
15 / 10002 15 / 10002
p
Vref
Np
kf p
1 p T p 20
m
1
0,87096 0,0042092 Tm
1 Pm 0,000000001 e 1,6208 0,00021592 Tm
15 / 10002 15 / 10002
DOQ-CGCRE-090 – Revisão 00 – Jun/2018 Página 19/28
Onde:
Além das variáveis diretas da equação, consideram-se fontes de incerteza porque seu valor no erro é
igual a zero, porém, na incerteza não é.
p CPLp
Vref V p CTS p pp med rep cv
m CPLm
Onde:
As principais fontes de incerteza que afetam a confiabilidade dos resultados neste método de
calibração são apresentadas a seguir:
o incerteza referente à possibilidade de perda de pulsos pelo medidor padrão, estimada a partir
da suposição do número de pulsos que podem ser perdidos ao início e ao final da medição.
Deve ser considerada apenas para instrumentos com saída de sinal pulsada;
o incerteza associada ao valor do coeficiente de dilatação térmica do material de fabricação do
padrão. Pode ser obtida no manual do fabricante do padrão ou de tabelas de propriedades de
materiais;
o incerteza decorrente da utilização do padrão sob condições de uso diferentes das de sua
calibração. Pode ser importante considerar os efeitos decorrentes de mudanças no tipo de
fluido, da sua viscosidade, mudanças de instalação e de operador etc.;
o incerteza oriunda dos equipamentos ou acessórios auxiliares utilizados no sistema de medição.
Nota da NIT-Dicla-012: O laboratório deverá informar em seu escopo, além das faixas de vazões de medição, os tipos de
fluidos e a faixa de viscosidade cinemática ou as viscosidades cinemáticas dos fluidos com os quais é capaz de realizar a
calibração, na grandeza volume totalizado. A informação sobre o fluido e a viscosidade cinemática pode ser apresentada de
forma geral para todas as faixas de vazão, não havendo a necessidade de especificá-la para cada faixa de vazão. A CMC
deverá ser expressa para a melhor situação de calibração com qualquer dos fluidos e qualquer das viscosidades. Alterações
no fluido de calibração e na viscosidade são consideradas “atualização do escopo”.
DOQ-CGCRE-090 – Revisão 00 – Jun/2018 Página 22/28
10.7.1 Aplicação
O volume de referência de gás é o volume de gás totalizado no medidor padrão durante o intervalo de
medição, convertido para as condições de pressão, temperatura e fator de compressibilidade do gás
presentes no medidor em calibração. Essa conversão é feita por meio da aplicação das relações de
pressão, de temperatura e de fator de compressibilidade do gás de calibração entre os dois medidores,
uma vez que os valores desses parâmetros no medidor padrão podem ser diferentes dos valores no
medidor em calibração.
Há medidores padrão que indicam diretamente o volume de gás totalizado no medidor padrão, mas há
outros tipos (por exemplo: turbinas, rotativos etc.), com saída de sinal na forma de pulsos, nos quais é
necessário totalizar o número de pulsos durante o intervalo de medição e dividi-lo pelo fator K e pelo
erro de medição do padrão para a vazão específica de operação. Nesse caso, o volume de referência
de gás é calculado por meio da seguinte expressão:
N Pp Tm Z m
Vref
K (1 E / 100) Pm Tp Z p
onde:
Vref : volume de referência de gás [m³]
N : nº total de pulsos medidos pelo padrão durante o intervalo de totalização [pulsos]
K : fator K (constante física do medidor padrão) [pulsos/m³]
E : erro de medição do medidor padrão na vazão específica de calibração [%]
Pp : pressão absoluta do gás no medidor padrão [Pa]
Pm : pressão absoluta do gás no medidor em calibração [Pa]
Tm : temperatura absoluta do gás no medidor em calibração [K]
Tp : temperatura absoluta do gás no medidor padrão [K]
Zm : fator de compressibilidade do gás no medidor em calibração
Zp : fator de compressibilidade do gás no medidor padrão
DOQ-CGCRE-090 – Revisão 00 – Jun/2018 Página 23/28
Dessa forma, as principais fontes de incerteza que afetam a confiabilidade dos resultados neste
método de calibração são apresentadas a seguir:
Nota da NIT-Dicla-012: O laboratório deverá informar em seu escopo, além da faixa de vazões de medição, os tipos de gases
e a faixa de pressão na qual é capaz de realizar a calibração na grandeza volume totalizado. A informação sobre o tipo de
gás e pressão pode ser apresentada de forma geral para todas as faixas de vazão, não havendo a necessidade de especificá-
la para cada faixa de vazão. A CMC deverá ser expressa para a melhor situação de calibração com qualquer dos gases e
qualquer das pressões.
10.8 Ensaio de determinação dos erros de indicação de hidrômetro para água fria utilizando
bancada volumétrica
10.8.1 Aplicação
10.8.2 Método
O volume de água coletado na MMV durante a medição é igual ao seu volume de base, corrigido pelo
efeito de expansão ou contração térmica da MMV se a sua temperatura for diferente da temperatura
de base ou de referência. Como o recipiente constitui um volume, esta correção é equivalente à
expansão ou contração cúbica do material utilizado, sendo que, para esse caso, assume-se que seja
DOQ-CGCRE-090 – Revisão 00 – Jun/2018 Página 26/28
igual a três vezes a expansão térmica linear do material. Dessa forma, a correção é dada pela seguinte
expressão:
Vp Vb 1 3 p Tp Tb
onde Vp é o volume de água contido na MMV, Vb é o volume da MMV referido à temperatura de base
(normalmente adotada como 20 °C), p é o coeficiente de expansão térmica linear do material de
construção da MMV, Tp é a temperatura da água na MMV e Tb é a temperatura de base.
Para se determinar o valor do volume de referência de água que passou através do hidrômetro, antes
de fluir para a MMV, é necessário corrigir o volume de água contido na MMV levando-se em conta a
expansão volumétrica do líquido devido à diferença de temperaturas. Assim:
Vref Vp 1 a Tm Tap
onde Vref é o volume de referência de água que passou pelo hidrômetro referido à sua temperatura no
hidrômetro, a é o coeficiente de expansão térmica volumétrica da água, Tm é a temperatura da água
Com a determinação do valor do volume de referência de água que fluiu através do hidrômetro, é
possível se determinar o seu erro porcentual de medição. Ou seja:
Vind Vref
100 %
Vref
onde é o erro relativo da medida obtida com o hidrômetro na vazão específica de operação, expresso
em termos porcentuais, e Vind é o volume de água medido e indicado pelo hidrômetro sob ensaio.
As principais fontes de incerteza que afetam a confiabilidade dos resultados neste método volumétrico
de ensaio são apresentadas a seguir:
incerteza associada ao valor da medida materializada de volume utilizada (vaso padrão), obtida do
seu certificado de calibração e normalmente expressa na forma de uma incerteza expandida, com
distribuição normal, fator de abrangência k e nível da confiança de aproximadamente 95 %;
incerteza decorrente da dispersão dos valores medidos em cada vazão de operação calibrada do
medidor e que pode ser avaliada por meio do desvio padrão das medidas ou do desvio padrão da
média; aplicado aos casos de ensaios com mais de uma medição por vazão. Para o caso de
ensaios com apenas uma medição, essa incerteza pode ser estimada a partir da aplicação do
método do tipo B de estimativa de incertezas;
incerteza decorrente da limitação de resolução do dispositivo mostrador da medida materializada
de volume utilizada como referência na calibração;
incerteza devida à limitação de resolução do dispositivo mostrador do hidrômetro sob ensaio.
Normalmente, esta incerteza deve ser considerada duas vezes no cálculo dado que, no ensaio do
hidrômetro, a referida incerteza afeta as leituras dos volumes inicial e final;
incerteza associada à correção imperfeita da dilatação volumétrica da medida materializada de
volume sob condição de temperatura de medição diferente da condição base de 20 °C;
incerteza associada à correção imperfeita do volume de água sob condição de temperatura de
medição diferente da condição de base de 20 °C;
DOQ-CGCRE-090 – Revisão 00 – Jun/2018 Página 27/28
incertezas associadas às medidas das temperaturas do material da MMV (Tp), da água na MMV
(Tap) e da água no medidor (Tm);
incertezas associadas às grandezas de influência que podem afetar as medidas no processo de
ensaio (exemplos: erro de paralaxe na leitura do nível de água na escala da MMV, esgotamento
imperfeito da água da MMV entre medições, desnivelamento da MMV, eventual presença de bolhas
de ar ou vapor d'água na linha, gradientes de temperatura na MMV e na água, variação de pressão
manométrica quando de ensaios de hidrômetros em série, etc.);
incerteza decorrente da incapacidade do modelo matemático utilizado representar com perfeição
o modelo físico da medição.
Notas:
1. Para informações adicionais consultar o exemplo S12 do EA-4/02 M:2013.
2. Para informações adicionais sobre a construção da MMV consultar a OIML R120:2010.