A Noção de Arque
A Noção de Arque
A Noção de Arque
(1) ARISTÓTELES, Meteorologia, II, 1, 353b 6 - (DK 12 A 27) - in DIELS, H. & KRANZ, W. Die
Fragmente der Vorsokratiker. l8ª ed., <Unveränderter Nachdruck der 6. Auflage 1951>, Zürich-
Hildesheim, Weidmann, l989).
(2) ARISTÓTELES, Metafísica, I, 3, 983b 20-27 (DK 11 A 12)
(3) HOMERO, Ilíada. XIV, v.246. Sobre os sentidos de Ôkeanós, confira TORRANO, J. O Sentido
de Zeus. São Paulo: Iluminuras, p. 74-75.
(4) ARISTOTELES, Metafísica, I, 3, 983b 20-27 (DK 11 A 12)
Sobre o ápeíron?
E sobre o ar de Anaxímenes?
33 ARISTÓTELESs, Física, I, 6, 189b 5-8 (seguimos aqui a tradução de Henri Carteron, Paris, Les Belles
Lettres, 1952). Cf. Tb. Metafísica, I, 8, 989a 1-5
34 Sobre esse aspecto assim se manifestou HEGEL: “Donde Anaximandro colocaba la materia
c’est l’air, et cet air est en outre infini, de sorte que le principe d’Anaximandre se trouve ainsi réintégré
dans l’expérience. Pourquoi l’air? (...) plutôt sans doute parce que, au contraire de l’eau qui retombe faute
de support, l’air à cet égard se suffit à lui-même et qu’en outre il semble posséder une diffusion illimitée.
C’est peut-être aussi parce qu’Anaximène veut que le monde soit un vivant, sujet à la naissance et à la
mort, et, par suite, qu’il respire; l’indication de ce raisonnement analogique résulterait du fragment (*):
Notre âme, parce qu’elle est de l’air, est en chacun de nous un principe d’union [elle fait l’unité de
l’individu]; de même, le souffle ou l’air contient le monde dans son ensemble [et en fait l’unité]” (ROBIN, L.,
op.cit., p. 66). (*) Ele atribui esse “raciocínio” a John BURNET, Early Greek Philosophy, op. cit. p. 75, §
28. O fragmento, obviamente, se refere ao B II, único tido como autêntico.
36 oOEon ¹ yuc», fhs…n, ¹ ¹metšra ¢¾r âsa sugkrate‹ ¹m©j, kaˆ Ólon tÕn kÒsmon pneàma kaˆ ¢¾r perišcei
acompanhamos a de Albert Rivaud (edição bilingüe, Paris: Les Belles Lettres, 1985): “le feu ou chacun de
ces corps, nous les appelons les principes et nous supposons que ce sont les ‘éléments’ du Tout”. A
indecisão de Carlos Alberto Nunes em traduzir stoice‹a (elementos “ou” letras) e a de A. Rivaud
(“elements” entre aspas) deve-se à ligação, feita por Platão, entre stoice‹a (que tanto pode designar o
caráter da escrita, a letra ou o elemento, o princípio de uma coisa) e, na seqüência do texto, sullabÁj
(sílabas); ele faz uma analogia entre os sinais gráficos da língua escrita (na constituição do discurso) e os
quatro elementos da constituição do cosmos.
38 Hegel limita a significação da filosofia de Tales em dois momentos: “a) en la abstracción que consiste en
“Chama-se phýsis em um sentido, a geração das coisas que crescem; (...), em outro sentido, aquilo
primeiro e imanente a partir do qual cresce o que cresce. Além disso, aquilo do qual procede em
cada um dos entes naturais o primeiro movimento... E se chama também phýsis o elemento
primeiro, informe e imutável desde a sua própria potência...”.47
51 ™x ïn d• ¹ gšnes…j ™sti to‹j oâsi, kaˆ t¾n fqor¦n e„j taàta g…nesqai kat¦ tÕ creèn: didÒnai g¦r aÙt¦
d…khn kaˆ t…sin ¢ll»loij tÁj ¢dik…aj kat¦ t¾n toà crÒnou t£xin (SIMPLICIO, Comentário sobre a Física
de Aristóteles, 24, 13 (DK 12 B 1).
52 Anaximandri autem opinio est nativos esse deos longis intervallis... sed nos deum nisi sempiternum
intellegere qui possumus? (CÍCERO. Sobre a Natureza dos Deuses, I, 10, 25; DK 12 A 17,14-16). Pelo
ponto de vista de Jean-Pierre Vernant: “Os deuses gregos não são exteriores ao mundo. São parte
integrante do cosmo. Zeus e os olímpicos não criaram o universo físico, nem os seres vivos, nem os
homens. Foram eles próprios criados por potências primordiais que continuaram a existir como moldura e
substrato do universo: Cháos, Gaía, Éros, Núx, Ourános, Okeanós. Os deuses do culto emergiram então
num dado momento do tempo; não existiram sempre. (...). Os deuses não são, portanto, eternos. São
apenas imortais. Sua imortalidade os define em contraste com a pobre mortalidade dos homens... Os
deuses têm mais consistência. Seus aión, sua vitalidade inesgotável não cessará de se estender através
dos tempos numa permanente juventude” (VERNANT, J.P. Mito e Sociedade na Grécia Antiga, trad. de
Myriam Campello, Rio de Janeiro/Brasília: José Olympio/UnB, 1992, p. 97).