01 A Comunicação - Conceito
01 A Comunicação - Conceito
01 A Comunicação - Conceito
A Comunicação Organizacional I
Sónia Rodrigues
Os fundamentos da comunicação empresarial
A empresa na era global – interculturalidade e comunicação
A comunicação e a empresa na era digital
Comunicação ................................................................................................................................. 3
Etimologia da palavra .................................................................................................................... 3
Diferentes conceitos de comunicação .......................................................................................... 4
A comunicação organizacional ...................................................................................................... 6
A comunicação, os indivíduos e a organização ........................................................................... 12
A rede de comunicação interna .................................................................................................. 13
Importância da comunicação para o indivíduo ........................................................................... 21
Objetivos da comunicação .......................................................................................................... 22
As Funções da Comunicação ....................................................................................................... 25
As funções linguísticas para todos os modos de comunicação .................................................. 25
Formas básicas da comunicação ................................................................................................. 27
Classificação Geral da comunicação............................................................................................ 31
Classificação da comunicação quanto aos seus instrumentos ................................................... 31
Padrões de Comunicação na Empresa (Fluxos de comunicação) ............................................... 32
A comunicação eficaz .................................................................................................................. 33
O processo de comunicação ....................................................................................................... 36
A função dos intervenientes na comunicação ............................................................................ 45
Tipos de comunicação ................................................................................................................. 45
Mensagem oral ou escrita? – o que usar? .................................................................................. 46
Os problemas inerentes à comunicação ..................................................................................... 51
Os problemas da comunicação empresarial ............................................................................... 53
A comunicação Intercultural ....................................................................................................... 56
Regras fundamentais da comunicação ....................................................................................... 57
A criação de uma mensagem ...................................................................................................... 57
Analisar o recetor no seu ponto de vista (YOU point of view) .................................................... 58
Finalidades da utilização do ponto de vista do recetor (you point of view) ............................... 60
A comunicação e a tecnologia..................................................................................................... 61
A etiqueta na internet ................................................................................................................. 71
Anexos à sebenta – a consultar:.................................................................................................. 75
MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Comunicação
Etimologia da palavra
A comunicação nas empresas é o processo pelo qual se põe em comum interesses associados
ao ambiente de negócios.
1
Caetano, J., Monteiro, A., Marques, H., Lourenço, J. (2012). Fundamentos da comunicação. Edições Sílabo.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
O conceito etimológico
A comunicação também pode derivar do latim communis que significa pôr em comum, dando a ideia de
comunidade. Comunicar significa participar, trocar impressões, tornar comum aos outros ideias,
convicções, e estados de alma.
Este conceito preza o facto de as pessoas poderem entender-se umas com as outras, expressando
pensamentos e até mesmo unindo o que está isolado, o que está longe da comunidade.
O conceito biológico
Neste conceito a comunicação é relacionada com a atividade sensorial do ser humano. É através da
linguagem que é exprimido o que se passa com o sistema nervoso.
Algumas espécies têm a necessidade de trocar informações apenas para se reproduzirem, enquanto a
espécie humana procura comunicar intensamente com outros porque necessita de participar
Segundo Schramm2 a comunicação segue a seguinte ordem: primeiro a recolha de informações pela
atividade sensorial, a armazenagem, a disposição da informação, a circulação da mesma pelos centros
de ação e a preparação de instruções que resultam no envio da mensagem.
Existe, por exemplo, o lado emocional que contribui para a formulação de ideias. A inteligência
emocional é parte biológica do ser humano, uma vez que sentimentos com ira ou alegria alteram
batimentos cardíacos, influenciando pensamentos e reformulando informações.
O conceito pedagógico
A comunicação é uma atividade educativa que envolve troca de experiencias entre pessoas de gerações
diferentes, evitando-se assim que grupos sociais recuem para a era primitiva.
Entre os que se comunicam, há transmissão de ensinamentos, onde se modifica a disposição mental das
partes envolvidas.
Pedagogicamente, é essencial que a educação faça parte de uma comunidade, para que os jovens se
adaptem à vida social.
2
Wilbour Schramm avança com a ideia de que é necessária a existência de vivências comuns entre os participantes do ato comunicativo e
propõe, de forma claramente inovadora, a ideia de feedback.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Conceito histórico
Não fossem os meios de comunicação a ampliar as possibilidades de coexistência mais pacífica entre os
homens, estes já teriam sucumbido às disputas de poder.
E não menos importante que os conceitos anteriores, a comunicação atua na forma de sobrevivência
social e no fundamento da existência humana3.
Conceito sociológico
Os homens têm a necessidade de estar em constante relação com o mundo e, para isso, usam a
Além deste aspeto, os sociólogos entendem a comunicação como fundamental nos dias de hoje para o
bom entendimento da sociedade e na construção social do mundo.
Quanto mais complicada se tona a convivência humana, mais se torna necessário o uso adequado e
pleno das possibilidades de comunicação.
O conceito antropológico
Este é um assunto de grande importância, tendo em vista o surgimento da cultura de massa neste
século XXI, transformando as formas de convivência do homem moderno. Tanto que, de entre as
principais teorias da comunicação de massa encontramos a teoria culturológica, desenvolvida por Edgar
Morin4.
3 Idem
4
Morin, Edgar: a sua filosofia procura dar resposta às grandes questões do nosso tempo, no quadro de uma visão integrada e multidisciplinar
do conhecimento.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Communicação ou comunicação, s5
Ato efeito ou meio de comunicar. Transmissão. Convivência. Trat. Lugar, por onde se passa de um ponto
para outro. (Lat.Communicatio).
Substantivo feminino
- Comunhão
- Transmissão
- Mútua atribuição das propriedades da natureza divina à natureza humana de Cristo, em virtude da
- Informação
- Aviso
- Passagem
A comunicação organizacional
Nas últimas 3 décadas os estudos em comunicação organizacional têm recaído sobre as formas como as
práticas da comunicação podiam ser usadas para ajudar a coordenar e controlar as atividades dos
colaboradores e as relações com outras instâncias externas.
Hoje em dia, a complexidade do mundo atual e dos ambientes de trabalho está a colocar uma grande
pressão nos investigadores que continuamente tentam desenvolver estudos e conceitos que sejam
adequados às novas realidades sociais e organizacionais.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Este estudo serve para mostrar como diferentes autores constroem o conhecimento, e justificar as
práticas nas organizações, valores, expectativas e grupos de interesses.
Para começar vejamos como o termo comunicação organizacional é usado, o que o delimita e organiza.
As diferenças mais interessantes, segundo Haynes (2001), recaem na investigação social que aborda o
tipo de interação particular que os investigadores partilham em relação a outros grupos, caracterizados
como emergentes versus conceções a priori.
Conforme a autora, uma definição deixaria clara as suas fronteiras, mas poderia ser arbitrária e poderia
O que é que nós conseguimos observar ou o que é que estamos a ser capazes de fazer quando pensamos em comunicação
organizacional de forma versus outras formas?
Uma definição aqui não é possível, o que se pretende é compreender que escolhas existem e não dizer o
que é certo.
Existem muitos estudos que se ocupam destes aspetos: Krone,Jablin et Putnam, Meyers, Seibert & Allen,
Putnam & Cheney, Redding & Tompkins, Richetto, Wert-Gray por exemplo.
A segunda, vê a comunicação organizacional como um fenómeno que ocorre nas organizações. Se tal
objeto pode ser definido, então qualquer pessoa que observe ou fale acerca desse objeto está a estudar
a ‘comunicação organizacional’. Nesta lógica existe um número de indivíduos de diferentes correntes
que estudam este ‘fenómeno’. Nesse caso, espera-se que exista interdisciplinaridade. Assim podemos
6
Haynes, J. (2001). The new handbook of organizational communication –advances in theory, research and methods. Edited by I. Jablin,
Frederick M. II, Putnam, L. Sage Publications.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
perguntar o que é a ‘comunicação organizacional’ na organização e o que são as ‘outras coisas’ de que
modo é que o fenómeno pode ser subdividido de forma útil, quais as variáveis que o afetam ou são
afetadas por ele, e que teorias é que conseguem explicar esse fenómeno. Assume-se que existe um
fenómeno único, mas este pode ser subdividido em partes ou podemos dizer que o enfoque recai na
variedade de formas que o mesmo fenómeno (que é a comunicação organizacional) pode ser estudado,
descrito e explicado. Infelizmente a maior parte das teorias mais contemporâneas negam a existência de
um ‘fenómeno unificado’. A comunicação organizacional não é um fenómeno com várias explicações.
Cada explicação concetualiza ou explica um fenómeno diferente da comunicação organizacional.
Neste campo de estudo quando uma teoria é privilegiada em relação a outras não discutidas estamos
perante o perspetivismo metodológico.
A terceira e última conceção diz que a comunicação organizacional é uma forma de explicar as
organizações. A comunicação organizacional é vista de forma que a teoria da comunicação é usada para
explicar a produção de estruturar sociais, estados psicológicos, categorias, conhecimento,… a
comunicação não é concetualizada como um fenómeno. O foco recai na organização através das
interações simbólicas mais do que na organização.
Abordagens psicológicas, socioculturais têm sido muitas vezes usadas como explicação; gradualmente
desde os anos ’80 o enfoque tem sido na organização como prática discursiva complexa onde a prática
Na perspetiva de Deetz tanto as conceções das organizações como os processos nelas, no ponto de vista
da investigação, e membros da organização podem eles mesmos ser vistos ‘comunicacionalmente’.
Deve ter-se atenção que quem estuda e quem participa ‘na’ organização produz fenómenos como
‘organização’, ‘comunicação’, ‘motivação’, ‘informação’, ‘lucros’ assim como outras divisões pessoais e
sociais, tais como ‘homens’, ‘mulheres’, ‘trabalhadores’, ‘gestão’. É sobre estas divisões, sobre as quais
recaem os estudos teóricos.
No discurso das teorias modernas a linguagem a designação ou caracterização dos objetos existentes,
deriva do ato mais fundamental da constituição dos objetos pela linguagem. Esta concetualização
permite produzir distinções entre as coisas e ‘vê-las’ como diferentes ou semelhantes.
Assim a comunicação organizacional constitui uma panóplia imensa de objetos de estudo que implica
diferentes abordagens.
Estas abordagens têm a ver como se organiza ou criam esquemas que tentam explicar o que ocorre na
organização.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Muitos estudos apresentam-se a partir da comparação ou distinção entre estudos existentes. E criam
esquemas tendo em conta por exemplo as diferenças das teorias, as preferências metodológicas, os
valores.. Estes esquemas apresentam-se com subdivisões do fenómeno da comunicação organizacional
u diferenças no método de investigação.
Canais formais
Comunicação entre superiores/subordinados
Canais informais
Medição e recolha de dades (measuring)
Nos canais
Allen, Gotcher; Seibert sugerem 17 áreas de estudo em que envolviam a comunicação organizacional
Relações interpessoais
Competências comunicacionais
Cultura e simbolismo
Canais e fluxos de informação
Poder e influência
Tomada de decisão e resolução de problemas
Redes de comunicação
Estilos comunicacionais e de gestão
Interface organização-ambiente/envolvente
Tecnologia
Linguagem e mensagens
Estrutura
Adequação da informação e incerteza
Grupos
Ética
Interculturalidade
Clima organizacional
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Este tipo de classificação não é neutra, ela e induz a uma determinada posição ou forma de pensar a
comunicação e as organizações. É uma forma atomística de ver o mundo, em que existem modelos.
Uma visão holística revê-se nos estudos orientados para o clima e a cultura – como os estudos de
abordagem etnográfica.
É importante reter que a comunicação organizacional é um universo vasto e cada autor circunscreve
esse universo de forma a poder estudá-lo e explica-lo.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
perfeição, os diretores confiam que os seus subordinados lhe forneçam dados relevantes e
os interpretem e transmitam, criando uma troca constante de informação.
Nos negócios é necessário que exista um sistema de comunicações interno e externo eficaz
de forma que a empresa/organização possa ter sucesso.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
As ordens podem tomar a forma oral ou escrita e pode ser dirigida a um único indivíduo ou a
vários indivíduos ao mesmo tempo.
Ex: reuniões, workshops, newsletters, boletins informativos, memorandos, ordens de serviço
A maior parte da informação que flui do topo para a base consiste em informação que serve
para ajudar os indivíduos nas suas rotinas diárias. Podem ser briefings, instruções de
trabalho, estratégias a tomar, explicações sobre as políticas da organização, ou até feedback
sobre a performance (desempenho) dos trabalhadores.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
As comunicações informais
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
colocadas no papel não impedem as pessoas de trocar impressões umas com as outras fora
dos canais formais estipulados.
Em qualquer organização, para além das comunicações formais (previstas e desejáveis)
existem outros tipos de trocas que se processam à margem do que foi previamente
instituído - trata-se de redes de comunicação informais, que complementam as redes de
comunicação formal.
A estratégia que as grandes empresas utilizam para minimizar a importância destas redes
informais de comunicação, é por exemplo, a certificação de que a versão oficial dos
acontecimentos chega a todos de forma eficaz e no timing certo. Outras, simplesmente
optam por fazerem parte da mesma, integrando-se, conseguindo assim saber mais sobre o
que realmente se passa na organização.
As conversas com os colaboradores dos diferentes níveis da pirâmide organizacional
permitem um conhecimento global da realidade da empresa/organização, tornando-se
também de enorme utilidade para medir o clima organizacional.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
A informação flui dentro da organização, mas também para o seu exterior e do exterior para
o interior da organização. As empresas/organizações trocam frequentemente mensagens
com clientes, fornecedores, concorrentes, jornalistas, investidores, com entidades
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Objetivos da comunicação
Para que a comunicação seja eficaz é preciso que o emissor tenha em conta:
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Ex.:
3. Relações favoráveis
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Para isso:
Ex.:
Assim conseguiu ter uma abordagem positiva a fazer mais do que seria esperado.
4. A boa vontade
O 4.º e último objetivo da comunicação nas empresas, tem a ver com os benefícios para
a organização. A boa vontade de clientes e fornecedores é essencial para a organização.
Quem envia as mensagens deve ter este aspeto em consideração manter e até aumentar
o nível de confiança entre as empresas.
Ex.:
Imagine que a política da empresa em relação a devoluções, não implica que o cliente
tenha de apresentar recibo. O que o colaborador deverá dizer é: “Prefere ser reembolso
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
As Funções da Comunicação
INFORMAR
– Satisfazer o desejo de saber
Roman Jakobson7 definiu seis funções linguísticas que, com as devidas adaptações são válidas para
todos os modos de comunicação. Ao problema das funções está ligado o meio de comunicação, o
veículo da mensagem (o médium).
7
Roman Jakobson (1896-1982) - Linguista Russo-Americano foi autoridade em línguas Slavic e fundador da
principal escola de linguística e fonologia estrutural de Praga.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
- FUNÇÃO INJUNTIVA
É uma função de incitamento, já que toda a comunicação tem por objetivo obter uma reação do
recetor. É sempre uma forma de interpretação (ex: anda depressa!). a fonte tenta influenciar a
opinião/ação do recetor, fazendo-lhe apelos. A injunção tanto pode dirigir-se à inteligência como à
afetividade do recetor. Esta função adquiriu importância com a publicidade. O conteúdo referencial
da mensagem desaparece perante os signos que visam motivar o consumidor, quer pela repetição
quer pela motivação.
É a relação da mensagem com ela própria. O referente é a própria mensagem que se torna objeto da
comunicação. As artes e a literatura criam mensagens-objeto através de representações simbólicas
com recurso a metáforas, associações visuais e auditivas, a jogos de palavras, etc. o emissor
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
manipula as palavras, jogando com o significante e significado. É a função própria dos poetas e
escritores.
- FUNÇÃO FÁTICA
Afirma, mantém ou corta a comunicação. Inclui todos os signos que servem para estabelecer.
Prolongar ou interromper a comunicação, para verificar se o circuito funciona (está lá?) ou para
chamar a atenção (estás a ouvir?).
O papel da função fática é muito importante em todos os modos da comunicação: ritos, solenidades,
cerimónias, sermões, conversas familiares, etc. isto é, em todas as situações participantes em que o
conteúdo da comunicação é menos importante que o facto de estar ali e de afirmar a pertença ao
grupo. Os gestos e as palavras são repetidos vezes sem fim.
Em quase todas as organizações o que faz é mais importante do que se diz. A ação é a derradeira
forma de comunicação. Ela fala uma linguagem que não erra nem engana. Por vezes, uma certa
inconsistência entre o que se diz e o que se faz pode surgir, já que, a vida é feita de ambiguidade e
muitos de nós temos sentimentos ambíguos em relação a algumas coisas. Por exemplo, nem sempre
dizemos o que realmente queremos dizer. Nestas circunstâncias, não admira que por vezes
tenhamos dificuldade em compreender o significado (profundo) de uma mensagem. Os mistérios da
comunicação escondem-se sob o véu que exige perceção, concentração e apreciação durante todo o
processo comunicacional.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Quando se candidata a um emprego, cruza as portas da empresa pela primeira vez e senta-se à
espera que o chamem para a entrevista. Durante todo este tempo pode apreciar (ver e ouvir) coisas
que lhe dão pistas sobre a cultura organizacional. Durante a entrevista irá certamente descobrir
coisas que lhe serão ditas, outras que consegue analisar, o entrevistador ao mesmo tempo está
igualmente a medi-lo(a), nem mesmo que tenha passado quase todo o tempo calado. Os
antropologistas defendem a ideia de que o homem antes de articular palavras comunicava com o seu
corpo. Rangiam os dentes com raiva, e sorriam e tocavam-se para demonstrar afeição. Apesar de
afastados desse tempo primitivo, ainda continuamos a usar a linguagem não-verbal, para expressar
superioridade, dependência, respeito amor, e outros sentimentos. A comunicação não-verbal difere
da comunicação verbal em muitos aspetos, é menos estruturada o que a torna mais difícil de
estudar. Ainda não se sabe bem como é que aprendemos a comunicação não-verbal (por exemplo:
não se ensina um bebé a sorrir) no entanto, este tipo de comunicação é universal.
Existem vários tipos de comunicação não-verbal: o significado das cores, dos gestos, mas estes
podem variar de cultura para cultura. A comunicação não-verbal também é diferente no que se
refere à intenção e espontaneidade. Normalmente medimos as palavras. Por exemplo: quando
Embora não planeada, a comunicação não-verbal, tem maior impacto do que a comunicação
verbal. A comunicação não-verbal é especialmente importante para interpretar sentimentos
(representa 93% do significado emocional que é trocado em qualquer interação). Uma razão
que confere poder à comunicação não-verbal é o grau de confiança que confere. A maior
parte das pessoas enganam-nos mais com a suas palavras do que com a linguagem corporal.
Isto porque as palavras são mais fáceis de controlar do que a expressão facial, a linguagem
corporal e as características vocais. Prestando atenção a alguns indícios de comunicação
não-verbal, podemos detetar sinais de honestidade ou de desonestidade. Se um indivíduo
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
diz algo que não coincide com a sua expressão corporal, temos a tendência de crer mais nos
sinais não-verbais. A crença é de que se conseguirmos ler bem as mensagens não-verbais,
podemos interpretar melhor as intenções, e atitudes dos outros, e assim responder em
conformidade. A comunicação não-verbal é eficaz tanto quanto diz respeito ao emissor
quanto ao que diz respeito ao recetor. As mensagens não-verbais são enviadas mesmo
inconscientemente. Quem as recebe regista o seu significado também de forma
inconsciente. A consciência pode intervir no envio de mensagens não-verbais, aproveitando-
se assim deste princípio, i.e., podemos transmitir mensagens de forma económica
recorrendo a um gesto, expressão em vez de usar palavras. Um aceno, uma palmada nas
costas ou um piscar de olhos são indubitavelmente expressões do pensamento que não
necessitam de palavras para as complementar. A função da comunicação verbal é a de
complemento o discurso, tornando-a mais expressiva, reforçando-a e clarificando-a. Existem
cerca de 70 000 formas de comunicar não verbalmente, que podem ser agrupadas em
A comunicação verbal
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
A figura 2 mostra que a maior parte das pessoas preferem os canais de comunicação oral
aos escritos. Esta preferência reflete a eficiência deste meio de comunicação. É
geralmente mais rápido conversar e mais conveniente do que escrever um memorando
ou uma carta, para não falar da vantagem que tem em podermos avaliar a linguagem
não-verbal que acrescenta elementos (informações) adicionais à comunicação,
permitindo um feedback imediato. Por outro lado, confiar demasiado na comunicação
oral pode causar problemas. Quando as organizações crescem demasiado torna-se muito
difícil manter todos igualmente informados sobre o que se passa, apenas com conversas
e pessoalmente. Outro facto é que as pessoas passam mais tempo a receber informação
do que a produzi-la. Por isso, ler e ouvir tornam-se tão importantes quanto falar ou
escrever. Infelizmente, a maior parte das pessoas não são boas ouvintes. Tipicamente,
depois de um discurso de 10 minutos, os indivíduos só se recordam de metade do que
ouviram. Uma semana depois, já se esqueceram de ¾ da mensagem. E o mais grave é
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Formais
– Relacionadas com o trabalho são previstas i.e.: planeadas
– Podem fluir em todas as direções
– São essenciais para a empresa pois são determinantes para o cumprimento
das tarefas quotidianas dos indivíduos na empresa
Informais
– Não são planeadas
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Seriais
– É uma cadeia de transmissão que excede o número de três indivíduos
– Estabelecem-se tanto horizontal como verticalmente
– A mensagem sofre distorções ao longo da cadeia de comunicação
– É necessário adotar precauções especiais (como escrever em vez de transmitir
oralmente a mensagem)
A comunicação eficaz
Uma boa gestão depende de comunicações eficazes, o que pressupõe que seja obrigatória a
construção de redes de comunicação interna e externa igualmente eficazes e eficientes.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
A teoria Z
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Apesar das estruturas achatadas não serem melhores em todas as circunstâncias, cada vez
mais as empresas optam por este tipo de estrutura organizacional. Para além da distorção, a
cadeia de comando tem outro potencial problema: a informação torna-se fragmentada, a
menos que possa existir uma comunicação e cooperação interdepartamental.
Se se fomenta a prática da comunicação de cima para baixo (vertical descendente) só os
topos conseguem ter uma perspetiva geral, enquanto os trabalhadores na base da pirâmide
continuarão a ter uma visão parcial em que apenas obtêm informação suficiente para
desempenharem as suas tarefas diárias. Não tendo conhecimento do que se passa na
organização não podem dar sugestões que ultrapassem as barreiras organizacionais, pois a
sua flexibilidade está limitada pela sua falta de informação.
Sempre que falamos, escrevemos, ouvimos ou lemos, a comunicação mostra-nos algo mais
do que um simples ato. Em vez disso, ela é uma cadeia de acontecimentos que pode ser
dividida em cinco fases:
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Criar uma mensagem eficaz é difícil se não se conhecer as condições em que a mensagem
será recebida e tratada. A falta de conhecimento sobre o destinatário é um handicap sério. É
necessário ter um conhecimento, mesmo que superficial, acerca da educação, idade, status,
e estilo do recetor, de forma a facilitar a criação de uma mensagem eficaz. Se estiver a
escrever para um especialista, pode recorrer a uma linguagem mais técnica ou a termos que
serão totalmente estranhos às pessoas comuns. Se se estiver a dirigir a um empregado, a
abordagem dependerá do nível cultural dos indivíduos. Se estiver a dirigir-se a um superior
deve moderar a linguagem e a atitude. Se não conhecer a audiência/destinatário(s), decisões
como: o conteúdo, a organização, o estilo, e o tom da mensagem serão tomadas de forma
aleatória. Como consequência temos a ineficácia da mensagem. Outro potencial problema é
a conflitualidade de emoções que o indivíduo pode experimentar em determinada
circunstância relacionadas com a audiência ou a mensagem em si.
A falta de experiência na redação ou na oralidade pode igualmente constituir um problema,
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Grande quantidade de
Poucas experiências partilhadas Algumas experiências partilhadas
experiências partilhadas
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Por exemplo: nada na palavra «bolacha» nos liga fisicamente ao que ela representa na
realidade. Mas podemos apelidar de «bolacha» o nosso animal de estimação.
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Por exemplo: é sempre difícil fazer pedidos ou dizer algo a alguém quando a pessoa se
encontra aborrecida ou é contrariada. Qualquer pessoa nestas condições tende a ignorar ou
a distorcer o que os outros lhe dizem e muitas vezes torna-se incapaz de expressar os seus
sentimentos ou ideias de forma clara e objetiva. Isto não quer dizer que se pare de
comunicar quando a emoção toma conta dos indivíduos, mas serve para alertar para o facto
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
mensagem recebida, o recetor deve descodificar a mensagem, i.e., traduzir o que recebeu
em ideias de forma a poder ser utilizada. Para que tal se verifique é necessário que este
conheça o código. O conhecimento do código é essencial para que haja comunicação. Para
que a comunicação o seja efetivamente, é necessário que ambos (emissor e recetor)
intercalem os seus papéis, i.e., que haja o que denominamos de feedback.
– No seu processo natural, para além dos códigos ou sinais, poderão existir outros intrusos
que não permitem que a comunicação se realize eficazmente.
– Estamos a falar do ruído que distorce, interfere ou até anula a comunicação (associado ao
canal e ao meio como a mensagem é transmitida).
– Para além do ruído, existem as barreiras à comunicação que podem afetar ou impedir que
a comunicação se cumpra.
Redundância e entropia8
8
Fonte: Fiske, John. Introdução ao estudo da comunicação.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Assim pode dizer-se que uma mensagem de baixa previsibilidade é entrópica e com muita
informação. Inversamente, uma mensagem de elevada previsibilidade é redundante e com pouca
informação.
Por exemplo: se eu encontrar um amigo na rua e disser “olá”, tenho uma mensagem altamente
previsível e altamente redundante. Pois era esperado que o que dissesse fosse exatamente aquilo
que foi dito.
Mas na comunicação, as mensagens de alta previsibilidade não são desperdício de esforço, porque
na comunicação a redundância não só é útil como vital. Teoricamente, a comunicação pode verificar-
se sem redundância, mas na prática, as situações em que isso é possível são tao raras que podemos
considerar não existirem. Um certo grau de redundância é essencial para a comunicação pratica. A
língua inglesa tem uma redundância de 50 por cento. Quer isto dizer que se eliminarmos 50 por
cento das palavras continuamos a ter uma língua utilizável, capaz de transmitir mensagens
inteligíveis.
Ela desempenha dois tipos de funções: uma função técnica, e uma dimensão social.
A função técnica foi definida por Shannon e Weaver, que mostram como a redundância facilita a
Estamos sempre a testar a exatidão das mensagens que recebemos em relação ao que é provável; e
o que é provável é determinado pela nossa experiência do código, do contexto e do tipo de
mensagem – por outras palavras, pela nossa experiência da convenção e do costume. A convenção é
uma fonte importante de redundância, e como tal, de fácil descodificação. Um escritor que quebra a
convenção não quer ser facilmente compreendido: os escritores que desejam uma comunicação fácil
com os seus leitores usam convenções adequadas. A redundância ajuda a superar as deficiências de
um canal com ruído. Quando há interferências na linha telefónica nós repetimo-nos; quando
soletramos as palavras, no rádio ou no telefone, e dizemos A de António ou S de Susana estamos a
recorrer a formas de tornar a mensagem mais compreensível.
Um anunciante cuja mensagem disputa com muitas outras a nossa atenção (isto é tem de usar um
canal com ruído) planeará uma mensagem simples, repetitiva, previsível. Um outro que possa contar
com a nossa atenção como acontecerá, por exemplo, como um anúncio técnico de um jornal
especializado, poderá criar uma mensagem mais entrópica, contendo mais informação.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Uma surpresa é por definição uma coisa com a qual a pessoa não está a contar…
A redundância ajuda também a resolver problemas associados à audiência. Se desejamos atingir uma
audiência heterogénea, maior, precisamos de produzir uma mensagem com elevado grau de
redundância. Por outro lado, uma audiência pequena, especializada e homogénea, pode ser
conquistada com uma mensagem mais entrópica. Assim, a arte popular é mais redundante do que a
arte de elite. Um anúncio de sabão em pó é mais redundante que outro a um computador de
escritório.
A escolha do canal pode afetar a necessidade de redundância na mensagem. A fala necessita de ser
mais redundante do que a escrita, pois o ouvinte não pode introduzir a sua própria redundância, o
que o leitor pode fazer, ao ler algo duas vezes.
A redundância é usada nas relações sociais. Dizer “olá” na rua é enviar uma mensagem altamente
redundante, sem contudo haver problemas de comunicação a resolver. Não há ruido; não desejo
introduzir um conteúdo entrópico; a audiência é recetiva. Estou a falar daquilo a Jakobson chama de
comunicação fática. Com isso ele refere-se a atos de comunicação que não contêm nada de novo,
nenhuma informação, mas que utilizam os canais existentes apenas para os manter abertos e
utilizáveis. Claro que na realidade o que se passa não é tão simples como isso. O que faço quando
digo “olá”, é manter e fortalecer uma relação existente. As relações só podem existir através de uma
comunicação constante. O meu “olá” pode não alterar ou desenvolver a relação mas não dizer “olá”
iria decerto enfraquecê-la.
Os psicólogos falam em impulso do ego, uma necessidade de fazer com que a nossa presença seja
notada, reconhecida e aceite. Não dizer “olá”, ou seja cortar relações com alguém ou ignorá-lo, é
frustrar essa necessidade. Socialmente é necessário dizer “olá”. A comunicação fática, por manter e
reafirmar as relações, é crucial para manter a coesão de uma comunidade ou sociedade. E a
comunicação fática é altamente redundante. E tem que o ser, pois diz respeito a relações existentes,
não a informação nova. Os comportamentos e as palavras convencionais, em situações interpessoais
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
como as saudações, são comunicações fáticas e redundantes que reafirmam e fortalecem as relações
sociais. Chamamos-lhes boas maneiras, e é isso que é esperado.
Isto aponta para semelhanças entre as duas funções da redundância. A pessoa educada, que pratica
a comunicação fática, está centrada na audiência ou no recetor, da mesma maneira que o
comunicador que constrói redundância o está no seu trabalho e a quem ele se destina. Não é por
coincidência que a palavra convenção se refere tanto ao comportamento da pessoa educada como
ao estilo do artista popular. Podemos levar esta semelhança mais longe. Não nada mais redundante
que o refrão duma canção folclórica, mas cantá-lo é reafirmar a nossa pertença a esse grupo ou
subcultura específico. De facto, as subculturas definem-se em parte, se não mesmo na sua maior
parte, por um gosto comum. As subculturas adolescentes na nossa sociedade identificam-se pelo
tipo de música que apreciam ou pelos passos de dança que executam. A música ou dança são
convencionais: as convenções comuns unem os adeptos de uma subcultura. As outras formas de
música ou de dança são excluídas já que se desviam das convenções aceites pelo grupo. Assim é o
uso dos aspetos redundantes e convencionais da música que determina e afirma a pertença a um
grupo. As variações individuais apenas são permitidas dentro dos limites das convenções. A forma de
pensar também pode estar convencionada, e está identifica-nos como uma comunidade que partilha
das mesmas atitudes, dos mesmos significados socias. Vemos as coisas de forma semelhante. Isso
tanto reafirma os nossos laços sociais com os outros como o nosso sentido de justiça e visão do
O emissor
Seleciona a mensagem
Analisa o recetor
Centra-se na posição do recetor
Assegura-se da possibilidade de feedback
Trata de remover as barreiras de comunicação
O recetor
Tipos de comunicação
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Observação: As mensagens não-verbais são suportadas por pessoas ou objetos (podem ser meios
muito poderosos).
Já alguma vez usou a indumentária inapropriada numa festa? Aí está: de calções e sandálias, a
circular entre os outros convidados, todos de trajos de gala. Os calções são bonitos e as sandálias
novas, mas está perfeitamente consciente de que este não é o local certo nem a ocasião para os
trazer vestidos.
As mensagens de negócios também têm «roupagens» e as roupas têm de estar adequadas ou a
mensagem será ineficaz. Pode «vestir» as suas ideias sob duas «roupagens»: oral ou escrita. Estas
formas de comunicar podem assumir diferentes características, variando na dimensão, formato,
estilo e tom, numa infinidade de modos para criar o veículo perfeito para a sua mensagem.
A escolha básica entre falar e escrever depende do objetivo da comunicação, da audiência e das
características próprias dos canais e meios de comunicação.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
A comunicação escrita
As mensagens escritas podem assumir diferentes formas. Temos os rascunhos que normalmente são
usados para apontar ideias soltas ou para planear mensagens mais elaboradas, e no outro extremo, e
mais elaborados os relatórios formais. Aparte da sua forma, as mensagens escritas apresentam uma
grande vantagem: dão ao redator a oportunidade de planear e controlar o seu conteúdo e forma.
A mensagem escrita é normalmente usada quando as mensagens são complexas, quando é
necessário o registo permanente ou quando uma abordagem direta com a audiência seja indesejada,
inconveniente, desnecessária ou inoportuna.
Apesar de existirem muitas formas especializadas para apresentar e criar documentos escritos, os
mais comuns nas organizações são os memorandos, as cartas, os faxes e os relatórios.
As mensagens são escritas sobre papel, à mão, dactilografadas ou impressas, qualquer delas podem
ser entregues pessoalmente, através de um mensageiro, por correio interno ou pelo correio
tradicional, por um serviço de entregas, ou por fax... A maior parte delas podem ser enviadas em
anexo via correio eletrónico.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
de ter lido ou ouvido a sua mensagem. Ao definir esta ideia, terá imediatamente uma pista de como
compor a mensagem. (2) A organização da mensagem deverá ser escolhida de forma apropriada ao
tipo de mensagem: oral ou escrito. Oral – dá a oportunidade de obter feedback imediato, Escrita – dá
a oportunidade de melhor planear e controlar o conteúdo e a forma da mensagem.
A escolha entre uma destas formas consiste em ter de decidir entre um discurso ou uma
apresentação (comunicação oral), uma carta ou relatório (comunicação escrita).
Ainda há a questão da estruturação da mensagem (plano organizacional) que abordaremos mais
tarde e que depende do tipo de mensagem e do impacto que terá no destinatário. Os emissores
devem ter em consideração uma série de aspetos, antes mesmo de escolher a forma de qualquer
mensagem.
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
O RUÍDO pode ser tudo aquilo que interfere com a comunicação de alguma forma: o barulho, a
temperatura, a luz, o cheiro, uma cópia ilegível, a acústica do local, o mobiliário desconfortável, a dor
de cabeça a distração.
As BARREIRAS À COMUNICAÇÃO podem ser internas ou externas e são obstáculos que reduzem as
hipóteses de estabelecer uma comunicação eficiente e eficaz.
Pense na palavra carro, de alguma forma o que imaginaram é diferente daquilo que a vossa colega
imaginou)
– Tendência para complicar - usar discursos complicados para expressar ideias simples.
A LINGUAGEM
Como surgem barreiras devido à linguagem?
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
Outros:
até impedi-la.
Filtros que se entrepõem entre o emissor e o recetor – que podem ser pessoas ou não –
comunicações cujo conteúdo contraria a sua maneira de ser, os seus princípios e valores
intrínsecos. O indivíduo tem que assumir o seu papel de representante da organização e tem
de por de parte, por vezes, as crenças individuais que entrem em conflito com as
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
As mensagens de negócios são muitas vezes difíceis de formular. Elas representam a organização, no
entanto são formuladas por indivíduos, e por isso, é necessário ajustar as ideias, e o estilo pessoal,
àquilo que a empresa/organização acredita e é.
Até em situações não emotivas pode ver-se que se torna complicado abordar determinados
assuntos. Novas estratégias da empresa para redução de custos, a redução de lucros, o
despedimento de pessoas… acima de tudo, é necessário conhecer bem a audiência/recetor(es) da
Partindo do princípio que teve sucesso na preparação da mensagem, ainda tem de conseguir chegar
até ao seu público.
Nos negócios os filtros institucionais existentes são mais que muitos: secretárias, assistentes,
rececionistas, atendedores de chamadas interpõem-se entre o emissor e o destinatário. Só uma
chamada pode demorar mais do que uma semana a ser conseguida, se tiver a proteção de
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
As diferenças entre os indivíduos é um dos problemas mais comuns na comunicação. Na maior parte
das vezes produzem-se mensagens que são dirigidas a indivíduos de quem não sabemos nada,
tornando-se difícil planear uma mensagem eficaz. Ao escrever uma carta ou ao fazer um telefonema
ou até num encontro ou reunião, o primeiro passo é fazer com que o recetor confie em si. Construir
relações de confiança é difícil e leva o seu tempo e nem sempre a abordagem que funciona com um
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MÓDULO 1 – Os fundamentos da comunicação organizacional
tentando procurar todas as potenciais fontes de interferência e eliminando-as sempre que possível.
Tome medidas que permitam facilitar o feedback. Ajuste o feedback ao objetivo da comunicação e ao
contexto. Se necessitar de uma resposta rápida o melhor é selecionar um meio de transmissão que
permita tanto a rapidez como a flexibilidade (telefone ou fax dependendo da necessidade de escrita
da mensagem). Marque uma reunião se necessitar de trocar impressões e ter feedback imediato. Se
o feedback for menos importante opte por escrever ou prepare um discurso oral. O mais importante
é certificar-se de que o destinatário recebe e compreende bem a mensagem, pois é meio caminho
para que a resposta seja a que pretende.
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MÓDULO 1 – A interculturalidade e a comunicação
A comunicação Intercultural
(problemática da diversidade nas relações comunicacionais e negociais numa sociedade global)
Como atores sociais, os indivíduos no mundo de negócios terão oportunidade de lidar com pessoas
provenientes de outros países ou de outras culturas. Podem ter de fazer viagens, ou negócios com
estrangeiros que estão em Portugal, ou podem até ter de trabalhar numa empresa multinacional ou
estrangeira que mantém relações comerciais com os mais diversos países, tão diferentes dos seus.
Hoje em dia, a internacionalização das empresas leva a que cada vez seja mais vulgar o contato com
uma grande diversidade de pessoas e cria a necessidade de desenvolver habilidades comunicacionais
que permitam lidar com esta nova realidade.
As barreiras da comunicação intercultural incluem as diferenças culturais, problemas linguísticos e
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MÓDULO 1 – A interculturalidade e a comunicação
mesma forma. Só assim conseguirá assegurar boas comunicações com indivíduos provenientes de
outras culturas.
Na comunicação oral
• Comunicação oral direta:
- A alternância de papéis, empatia, boa presença
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MÓDULO 1 – A interculturalidade e a comunicação
– Analise a audiência
Diga à audiência o que pode esperar
Diga-lhes qual o objetivo da sua comunicação (isto permite-lhes reconhecer as relações
entre as ideias que pretende transmitir)
– Facilite o retorno
– Proporcione ao recetor possibilidades de este dar feedback
– Peça uma resposta
– Transmita empatia e cortesia – aborde os outros como gostaria que o abordassem a si.
As comunicações bem-sucedidas são as que no momento da sua criação, partem do ponto de vista
do “outro” (recetor/destinatário). Assim, será necessário lembrar-se que é importante:
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MÓDULO 1 – A interculturalidade e a comunicação
1. OS CONHECIMENTOS DO RECETOR
– Educação e experiência de vida
– Grau académico
– Conhecimentos que terá acerca do que vai dizer
– Que experiência terá acerca do assunto que vai tratar
2. INTERESSES
3. A ATITUDE
4. ESTATUTO
5. REAÇÕES EMOCIONAIS
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MÓDULO 1 – A interculturalidade e a comunicação
GARANTIR O FEEDBACK
O feedback é importante, pois este é a única garantia de que a mensagem foi recebida e
descodificada.
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
A comunicação e a tecnologia
Para resolver questões como abuso na utilização das ferramentas e aplicações Internet, algumas
empresas criaram políticas e regulamentos internos para o uso do computador, que esperam que os
trabalhadores respeitem. Também foi criada uma indústria em redor da segurança de dados, por
exemplo uma Firewall previne o acesso do exterior para o interior da rede. O antivírus permitem
deteção de infeções, ferramentas de spyware despistam os hackers e outros sistemas estão a ser
desenvolvidos para tornar os computadores menos suscetíveis e a informação menos acessível a
ataques e fraudes.
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
A Internet é uma rede de computadores a nível mundial, que liga os indivíduos. Esta rede leva a que
deixe de importar o local onde os indivíduos se encontram, facilitando a expansão e o controlo
organizacional e a produtividade de empresas que se encontram espalhadas pelos quatro cantos do
mundo.
Em 1960 a sua criação serviu como ferramenta de comunicação entre cientistas e investigadores.
A WWW teve origem na Europa. Tornou a Internet mais acessível, é navegável através de um
browser, acede-se a partir de localizadores de recursos (URL) que assentam sobre hiperligações para
se navegar entre sítios. Os sítios podem incluir texto, imagem, som, vídeos e imagens. Cada site ou
sítio possui um URL próprio que usualmente inicia em http (hypertext transfer protocol) comandos
que descrevem ficheiros para browsers. A Internet inclui jargão próprio – navegar, ... mais
recentemente os protocolos exigidos são mais seguros – surgem URL’s que têm por início ligações
https:
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
Software gráfico
Software de apresentações
Videoconferência
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
da forma como pronuncia as palavras, pelo que levará algum tempo a configurar o software (Dragon
Naturally Speaking ou IBM via voice)
SCANNERS
DESKTOP PUBLISHING
São ferramentas que permitem fazer publicações eletrónicas: newsletters, publicações internas da
empresa, desdobráveis, folhetos, brochuras, catálogos, convites, cartões de visita, postais entre
outros documentos de forma profissional. O Publisher é um desses programas.
Permitem uma organização mais eficaz dos dados que a empresa tem disponíveis (nomes de clientes,
endereços, preços, produtos, entre outros).
Facilitam a busca de dados através da sua filtragem.
Reduzem custos de tempo facilitando a elaboração e envio de documentos.
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
conteúdo das células, i.e. as fórmulas inseridas. As folhas de cálculo podem ser importadas de, ou
exportados para outras aplicações. Permitem com grande facilidade a criação de ajudas visuais de
dados a apresentar através de gráficos.
MEMORANDO
________________________________________________
Para:
De:
C/c:
Data:
_________________________________________________
Assunto:
_________________________________________________
(ASSINATURA)
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
- Emoticons (emojis)
- Códigos das cores
- Abreviaturas e escrita abreviada
- Nettiquete
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
Para algumas pessoas estas características são positivas, mas não para todas. Por isso, sempre que
escrever uma mensagem de correio eletrónico lembre-se:
- Este tipo de comunicação continua a ser uma comunicação escrita.
- O tom, o timbre da voz não estão presentes o que pode levar a que seja mal interpretado.
- Para evitar estes possíveis mal-entendidos insira sempre uma frase cortês na sua mensagem.
Lembre-se que o recetor vai avaliar a sua mensagem, mas também o vai avaliar a si e à organização
que representa.
Por estas razões:
- Mantenha uma linguagem cuidada e mais formal do que a que utiliza nos seus e-mails pessoais.
- Tente manter os padrões de qualidade que utiliza noutras mensagens escritas (em suporte de
papel).
SOFTWARE COLABORATIVO
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
- Este tipo de aplicações de software facilita o trabalho realizado em grupo que implique a
elaboração e revisão de um documento por várias pessoas em simultâneo.
VOICE MAIL
* Claras e breves
* Completas
* Direcionadas para o ponto de vista do recetor
- Não enviam ou recebem mensagens orais, mas podem servir para alertar para a necessidade de
uma chamada telefónica.
- Uma chamada telefónica é feita para o pager, assim que a ligação fique estabelecida, quem
realizou a chamada insere o nº de telefone para o qual pretende que seja efetuada a chamada.
Os sistemas mais avançados permitem o envio de curtas mensagens de texto. Assim que é efetuado
o envio, o recetor recebe um aviso sonoro ou um sinal vibratório. O sinal vibratório tornou-se muito
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
popular pois permite chamar a atenção do recetor sem interferir com os que se encontram à sua
volta.
Estes aparelhos são muitas vezes usados por colaboradores que se encontram de prevenção, operam
por turnos ou necessitam de se ausentar várias vezes do seu posto de trabalho, podendo assim ser
chamados a qualquer momento onde quer que se encontrem.
Estes aparelhos permitem receber chamadas, mensagens orais e escritas. São muito populares, e
possibilitam áudio e vídeo, videoconferência e teleconferência. Muitos destes aparelhos já permitem
a consulta de e-mail, edição de documentos e envio de ficheiros de imagem, som ou texto.
Como podemos verificar os custos associados a deslocações passam a estar mais reduzidas dadas as
AUDIOCONFERÊNCIA:
VIDEOCONFERÊNCIA:
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
- Permite som e imagem dos que participam de uma reunião conferência ou debate.
- Permite o envio de notas via chat ou ficheiros em anexo.
- Reduz custos de tempo e encargos relacionados com deslocações e alojamento.
- Melhora a qualidade das reuniões pois têm de ser preparadas convenientemente e sem atrasos, o
número de participantes pode ser elevado.
- Certifique-se de não é interrompido durante o encontro.
Software gráfico
Embora tenha sido vaticinado por alguns autores, a tecnologia não vai levar ao escritório sem papéis.
As tecnologias pela sua rapidez e eficácia fazem com que exista um considerável aumento de
informação disponível, tornando-se urgente o desenvolvimento de estilos de escrita e de sumário
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
que permitam transmitir informação sem a deturpar e permitam o cumprimento dos objetivos da
comunicação.
A tendência para um tipo de escrita mais informal não deve deixá-lo(a) pôr em risco a sua imagem
pessoal nem a da organização que representa (a facilidade com que é disseminada a informação,
pode levar a que um erro ou mal-entendido seja difundido em pouco tempo para muitos
destinatários. Não será apenas uma pessoa a ter conhecimento dos seus erros mas muitas).
Por isso, cuide das comunicações que produz da melhor forma possível. Produza-as cuidadosamente
e escrupulosamente, não descure que por vezes aquilo que escreveu ou disse é a única forma que
o(s) seu(s) recetor(es) tem/têm de tirar elações sobre si e a empresa/organização a que pertence.
Não ponha em risco a boa impressão que pode causar em quem o vê, ouve ou recebe o que
produziu.
A etiqueta na internet
Como qualquer sociedade organizada, a Internet tem também um conjunto de regras de etiqueta e
boas maneiras que, embora não formais, é de bom tom seguir. As regras de etiqueta na rede
(conhecidas como Netiquette) são basicamente as mesmas da vida social, ou seja, um conjunto de
regras, escritas e não escritas, que nos permitem conviver e partilhar máquinas (tal como
convivemos em locais públicos) sem prejudicar os outros.
Princípios gerais
Respeite os outros (pessoas e máquinas). O facto de poder fazer qualquer coisa não implica que deva
ou seja correto fazê-lo. Lembre-se que o acesso às máquinas de outras pessoas é algo que elas
permitem, não um direito seu.
No correio eletrónico
A não ser que use sistemas de encriptação, assuma que o correio na Internet não é seguro.
Nunca ponha numa mensagem nada que não pusesse num postal.
Respeite os direitos de autor dos materiais que reproduz usando citações e transcrições das
fontes.
PALAVRAS EM MAIÚSCULAS SIGNIFICAM QUE ESTÁ A GRITAR. Não as use.
Inclua umas linhas finais nas suas mensagens indicando quem é (mais de 4 linhas é
considerado excessivo). A maior parte dos programas atuais permitem a introdução
automática destas linhas (chamadas sig ou signatures).
Não utilize caracteres acentuados nem cedilhados sem se certificar de que o seu interlocutor
os pode descodificar.
Quando responder a uma mensagem inclua apenas as linhas originais necessárias ao
entendimento da resposta. Nunca inclua toda a mensagem original.
As mensagens devem ter sempre um Assunto que reflita o conteúdo da mensagem.
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
Nos Newsgroups
Respeite o assunto do grupo para onde escreve: comece só pela leitura das mensagens até
entrar no espírito do grupo.
Se a sua resposta a uma mensagem vai responder a uma questão pessoal, faça-o por mail e
não no newsgroup.
Se enviou uma mensagem para o grupo errado, envie outra a pedir desculpa.
Nunca envie mensagens publicitárias ou comerciais (nas news ou no mail), exceto se forem
explicitamente pedidas pelo destinatário.
Se tem problemas, verifique as suas configurações antes de assumir que o problema está do
outro lado.
(** Informação extraída do NETPAC, CD-ROM de software de acesso ao serviço Internet da Telepac)
1 - Nunca escreva nada numa mensagem de correio eletrónico que não deseje que caia nas bocas do
mundo no segundo seguinte ao envio
2 - Não envie correio eletrónico à toa, não faça marketing de olhos fechados, não encha de lixo os
destinatários
3 - Lembre-se que do outro lado está sempre alguém que está a pagar o tempo de estar «online»,
por isso não abuse do tempo do utilizador
6 - Mantenha o correio eletrónico interno à sua firma ou rede abaixo dos 50 por cento e o externo
sempre acima dos outros 50 por cento
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
7 - Organize a sua «homepage» de acordo com a regra máxima dos três «cliques», não obrigando o
utilizador a mais de três operações dessas para atingir o conteúdo que interessa
8 - Evite o calão para entendidos, expresse sempre as suas ideias de um modo claro, simples e com
uma linguagem precisa
9 - Procure que a sua «homepage» não abuse do tempo e da paciência dos seus utilizadores, não
carregue cada página com informação e imagens em excesso
10 - Dê em troca algo à Net. Não seja egoísta. Você também faz parte dela
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MÓDULO 1 – A comunicação e a tecnologia
EMOTICONS
Exemplos de comandos atalho que pode usar e que, sempre que possível, são compatíveis com
os comandos do MSN sapo...
Estrela (*)
Sério :| ou :-|
Triste :(
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MÓDULO 1 – Anexos
Anexo D – o e-mail
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