Campo Eletrico
Campo Eletrico
Campo Eletrico
Importância da cerâmica
Peças de cerâmica têm papel importante muito além da cozinha e das louças sanitárias.
Isoladores elétricos de alta tensão, velas de ignição, células a combustível, escudos à prova de
bala, turbinas a gás, varetas de reatores nucleares e rolamentos de alta temperatura são
alguns exemplos de outras utilidades onde esses materiais alcançam alto valor agregado.
Campo elétrico
Agora, pesquisadores descobriram como utilizar um campo elétrico para moldar peças de
cerâmica, o que torna o processo muito mais eficiente energeticamente.
O campo elétrico transforma a cerâmica em um material superplástico, que pode ser moldado
com uma força que essencialmente tende a zero.
Material cristalino
A cerâmica é um material cristalino. E uma das características dos materiais cristalinos está nos
defeitos que se formam entre os minúsculos grânulos que os formam.
"Um desses defeitos é chamado de contorno do grânulo, que é onde os cristais com átomos
alinhados em diferentes direções se encontram no material," explica o Dr. Hans Conrad, da
Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, coordenador da pesquisa.
"Nós descobrimos que, se aplicarmos um campo elétrico ao material, esse campo elétrico
interage com as cargas nas fronteiras dos grânulos e torna mais fácil para os cristais deslizarem
uns sobre os outros ao longo desses limites. Isso torna muito mais fácil de deformar o
material," diz Conrad.
Cerâmica superplástica
O campo elétrico necessário também é bastante reduzido. "Nós estamos falando entre 25 e
200 volts por centímetro, de modo que a eletricidade de uma tomada comum seria adequada
para algumas aplicações," diz o pesquisador.
Estes resultados significam que os fabricantes de cerâmica poderão passar a fazer suas peças
usando muito menos energia - a energia do campo elétrico necessário para tornar a cerâmica
superplástica é mais do que compensada pela energia quase desprezível que passa a ser
necessária para moldar as peças.
"Isso vai tornar os processos de produção mais rentáveis e diminuir a poluição," diz Conrad.
Conrad e seus colegas planejam agora utilizar a técnica para fabricar coletes à prova de bala de
cerâmica que serão mais baratos e mais resistentes.
” das cargas positivas e “dentro” das cargas negativas
Campo elétrico é uma grandeza física vetorial que mede o módulo da força elétrica exercida
sobre cada unidade de carga elétrica colocada em uma região do espaço sobre a influência de
uma carga geradora de campo elétrico.
Em outras palavras, o campo elétrico mede a influência que uma certa carga produz em seus
arredores. Quanto mais próximas estiverem duas cargas, maior será a força elétrica entre elas
por causa do módulo do campo elétrico naquela região.
Para calcularmos o campo elétrico produzido por cargas pontuais (cujas dimensões são
desprezíveis), dispostas no vácuo, podemos utilizar a seguinte equação:
Para que a unidade do campo elétrico (E) esteja definida no Sistema Internacional de
Unidades, é necessário que as outras grandezas da equação também estejam. As legendas
abaixo mostram quais são os termos da equação do campo elétrico e as suas unidades no SI:
Legenda:
Toda carga elétrica apresenta seu próprio campo elétrico. No entanto, para que surja a força
elétrica, é necessário que o campo elétrico de pelo menos duas cargas interajam. A resultante
vetorial dos campos elétricos de cada uma das cargas dita, nesse caso, para qual direção e
sentido surgirá a força sobre as cargas. Em posições nas quais o campo elétrico resultante é
nulo, por exemplo, não é possível que haja força elétrica.
A relação que pode ser estabelecida entre o campo elétrico e a força elétrica é dada pela
seguinte equação:
Legenda
Na equação mostrada acima, F é o módulo da força elétrica e pode ser calculado com base na
Lei de Coulomb.
O campo elétrico das cargas positivas sempre deve apontar para “fora” das cargas, na direção
do seu raio, enquanto o campo elétrico das cargas negativas deve apontar para “dentro” delas.
Para facilitar a visualização do campo elétrico, desenhamos linhas cujas direções tangentes
sempre indicam a direção e o sentido do campo elétrico. Essas linhas são chamadas de linhas
de força:
A atração e a repulsão elétrica dependem do sinal das cargas elétricas envolvidas. As cargas de
mesmo sinal sofrem repulsão elétrica ao passo que as cargas de sinais diferentes sofrem
atração. Observe as figuras que mostram as linhas de força entre cargas elétricas:
Entre cargas de sinal diferente, a resultante do campo elétrico aponta sempre em direção à
outra carga. Com isso, surge a força de atração elétrica.
Entre cargas de sinal igual, a resultante do campo elétrico aponta na direção oposta à posição
das cargas, promovendo uma força elétrica de repulsão entre elas.
Os efeitos elétricos que ocorrem nas proximidades de cargas elétricas são associados à
existência de um campo elétrico no local, este interage com a carga de prova.
Um exemplo típico é a interação do cabelo de uma pessoa com a tela de uma televisão
convencional, pois as cargas elétricas da televisão interagem com os cabelos deixando-os
eriçados.
É importante perceber que um campo elétrico só pode ser detectado a partir da interação do
mesmo com uma carga de prova, se não existir interação com a carga significa que o campo
não existe naquele local.
Campo elétrico é um vetor assim vamos estudar a direção sentido e intensidade do campo.
Quando o campo elétrico é criado em uma carga positiva ele, por convenção, terá um sentido
de afastamento.
Quando o campo elétrico é criado em uma carga negativa ele, por convenção, terá um sentido
de aproximação.
Que fique claro que o sentido do campo elétrico depende exclusivamente do sinal da carga
elétrica.
[E]=[F][q]=N(Newton)C(Coulomb)
Partindo de que:
sendo que q2 é a carga que gera o campo elétrico, d a distância entre as cargas e k a constante
elétrica do meio ( 9,0 . 109 unidades do SI).
Março/2014
indústria do petróleo, devido a sua alta eficiência. Nesta dissertação, foram produzidas
Na medicina, temos como exemplo o eletrocardiograma. Nós sabemos que o nosso corpo é
capaz de gerar correntes elétricas que percorrem o tecido muscular do coração, o que o faz
funcionar. Toda corrente elétrica gera campo elétrico que pode ser captado por aparelhos
específicos. É o caso do eletrocardiograma.
Outro exemplo é na área de pesquisa científica. Um processo muito importante para medicina
e para pesquisa biológica é a eletroforese, capaz de separar partículas minúsculas ao submetê-
las a um campo elétrico.
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Outra aplicação tecnológica está no vasto uso de capacitores. Os capacitores são dispositivos
capazes de armazenar cargas elétricas. O capacitor plano é feito por duas placas planas
paralelas com dois terminais. O fato das duas placas serem paralelas faz com que se forme,
entre elas, um CEU (Campo Elétrico Uniforme). Uma aplicação prática dos capacitores é o
FLASH de uma máquina fotográfica. Os capacitores, nesse caso, acumulam energia em campo
elétrico para fazer o FLASH disparar. Outras aplicações práticas do campo elétrico são as foto-
copiadoras, os dispositivos de despoluição do ar e os para-raios.
A observação de que o corpo elétrico humano é capaz de gerar campos elétricos permite o
desenvolvimento de uma tecnologia que poderá permitir nosso corpo de fazer parte
integrante de uma rede de informática: a Human Area Network, que, através da tecnologia
chamada de ‘’RedTacton’’, utiliza o campo elétrico formado no corpo humano como um ‘meio’
de transmissão rápida e segura, utilizando-se de um dispositivo transmissor/receptor
RedTacton. Assim, 2 corpos e 2 computadores poderiam trocar informações através do campo
elétrico do corpo dos usuários
Muitos equipamentos tecnológicos utilizam o campo elétrico na atividade médica. Uma das
mais recentes aplicações é o aparelho de ressonância magnética, que usa campos
eletromagnéticos na produção de imagens para o diagnóstico de várias doenças. Outros tipos
de equipamentos, como os de análises sanguíneas, também fazem uso de campos elétricos e
são amplamente utilizados
O Campo Elétrico (E) pode ser entendido como uma região ao redor das cargas elétricas, que
transmite as interações, como a Força Elétrica, a outras cargas, atraindo-as ou repelindo-as. A
intensidade do vetor campo elétrico está relacionada ao valor da carga e à distância onde se
quer medir.
Como as cabeças de leitura ficam muitíssimo próximas ao disco, foi suficiente a aplicação de
uma tensão de 3 volts, o que criou um campo elétrico forte o bastante para interceptar uma
média de 0,15 elétron por átomo de cobalto nas interfaces entre os grânulos da mídia.
As cargas elétricas aprisionadas pelo campo reduzem em 26% a energia necessária para alterar
os bits magnéticos na mídia de gravação, o que corresponde a uma redução de 13% no campo
magnético necessário e uma melhor relação sinal/ruído quando os dados são lidos de volta.
A simplicidade da técnica poderá permitir sua aplicação também nas memórias magnéticas de
acesso aleatório.
Outra possibilidade, que abriria as fronteiras para a criação de uma nova geração de discos
rígidos, seria o uso da gravação assistida por campo elétrico em sistemas que usam outros
materiais, como filmes finos de ferro-platina, que não podem ser gravados com as tecnologias
atualmente disponíveis de cabeças de gravação.
Bibliografia:
Zhou, T., Leong, S.H., Yuan, Z.M., Hu, S.B., Ong, C.L. & Liu, B.
DOI: 10.1063/1.3276553
Um campo elétrico aplicado na cabeça de gravação de um disco rígido (amarelo) induz cargas
(vermelho) na superfície dos grânulos metálicos (azul claro) na mídia de gravação (cinza)
ajudando a gravar dados em materiais magnéticos duros
WEST LAFAYETTE, Ind., EUA: Enquanto inerentemente forte, a maioria das cerâmicas tendem a
fraturar de repente quando um pouco tensionadas sob uma carga, a menos que isso seja feito
sob temperaturasaltas.Componentes cerâmicos estruturais também requerem altas
temperaturas para formar através de um longo processo chamado sinterização, em que um
material em pó se transforma em uma massa sólida.Pesquisadores da PurdueUniversity, em
West Lafayette descobriram que a natureza frágil das cerâmicas como elas sustentam cargas
pesadas podem ser superadas, resultando em estruturas mais resistentes que poderiam ser
usadas para muitas aplicações, incluindo implantes dentários.
O que permite que os metais sejam resistentes a fratura e moldáveis, é a presença de defeitos,
ou localização — posições extras de átomos que se misturam durante a deformação para fazer
um material simplesmente se deformar ao invés de quebra sob carga. “Estes deslocamentos se
moverão sob compressão ou tensão, tal que o material não falhe”,disse o autor principal
Jaehun Cho, um estudante de graduação na universidade.
16 a 19 de Julho de 2017
TOMATES-CEREJA
M. F. HERMETO e M. C. FERREIRA
não tratados. As variáveis avaliadas foram: peso do fruto, firmeza, teor de sólidos
resultados encontrados, ainda não foi possível confirmar uma influência positiva
da aplicação do campo.
Michael Faraday (1791 – 1867), inglês, foi um dos maiores físicos que já existiram. Iniciou seus
trabalhos científicos em Química, onde fez muitas descobertas. Dedicou-se depois à Física,
interessando-se por Ótica, Acústica e Eletricidade. As idéias fundamentais que temos hoje em
Eletricidade e Magnetismo foram introduzidas por Faraday. Assim, foi ele quem fez a
importantíssima descoberta da existência do campo elétrico. Descoberta essa fundamental,
porque todas as ações de uma carga elétrica se fazem através de seu campo, desde um
simples caso de atração de outra carga, até as ondas de rádio e de radar. Antes de Faraday os
físicos pensavam que as forças eletrostáticas se exercessem diretamente entre as cargas, “à
distância”, sem considerarem o meio interposto. Fez descobertas em dielétricos,
condensadores, indução eletrostática, condução de eletricidade pelos líquidos e em
eletromagnetismo. Inventou o primeiro motor elétrico.
Michael Faraday
Figura 39
, ou
Essa expressão nos mostra que a força que atua numa massa m depende de dois fatores: um,
é a própria massa m; o outro é a aceleração da gravidade , que não depende da massa m, mas
depende unicamente do ponto A no qual a massa m é colocada.
Figura 41
Essa grandeza vetorial é chamada vetor campo elétrico, ou vetor campo, ou simplesmente o
campo no ponto A. Isolando uma igualdade, teremos:
, ou
Dizer que o quociente da força pela carga q e uma grandeza constante , significa que essa
grandeza não depende de q nem de . Para um mesmo campo, ela depende exclusivamente do
ponto A escolhido dentro desse campo. A propriedade fundamental consiste na existência
dessa grandeza vetorial perfeitamente determinada para cada ponto do campo elétrico.
Na equação , representa o vetor campo no ponto A do campo elétrico produzido pela carga
Q, e a força que atua sobre uma carga q colocada nesse ponto A. Portanto, a força que atua
sobre a carga q depende da carga q e de um fator que não depende da carga, mas do ponto
em que ela é colocada.
Significa que o módulo do campo elétrico num ponto é igual ao módulo da força que atua
sobre a unidade de carga elétrica colocada nesse ponto.
Vemos então que o campo gravitacional e o elétrico tem essa propriedade em comum. E que a
equação é análoga à equação . O campo corresponde, em eletricidade, à aceleração da
gravidade na mecânica, e a carga elétrica q à massa mecânica
A explicação da força entre partículas através da existência de um campo vem desde a época
em que foi desenvolvida a teoria da gravitação universal. A dificuldade em aceitar que uma
partícula possa afetar outra partícula distante, sem existir nenhum contato entre elas, foi
ultrapassada na física clássica com o conceito do campo de força. No caso da força
eletrostática, o campo mediador que transmite a força eletrostática foi designado por éter; a
luz seria uma onda que se propaga nesse éter lumínico. No século XIX foram realizadas
inúmeras experiências para detectar a presença do éter, sem nenhum sucesso.
No fim do século chegou-se à conclusão de que não existe tal éter. No entanto, o campo
elétrico tem existência física, no sentido de que transporta energia e que pode subsistir até
após desaparecerem as cargas que o produzem. Na física quântica a interação elétrica é
explicada como uma troca de partículas mediadoras da força, que são as mesmas partículas da
luz, os fotões. Cada carga lança alguns fotões que são absorvidos pela outra carga; no entanto,
neste artigo falaremos sobre a teoria clássica do campo, onde o campo é como um fluido
invisível que arrasta as cargas elétricas.
{\displaystyle {\vec {E}}={\frac {\vec {F}}{q}}} {\vec {E}}={\frac {{\vec {F}}}{q}} onde, caso a
carga seja puntiforme, {\displaystyle |{\vec {F}}|={\frac {k.|Q|.|q|}{d^{2}}}} |{\vec {F}}|={\frac
{k.|Q|.|q|}{d^{2}}} (lei de Coulomb)
Nota-se, por essa expressão, que o campo elétrico gerado por uma carga em um ponto é
diretamente proporcional ao seu valor e inversamente proporcional ao quadrado da distância.
O campo elétrico sempre "nasce" nas cargas positivas (vetor) e "morre" nas cargas negativas.
Isso explica o sentido do vetor mencionado acima. Quando duas cargas positivas são colocadas
próximas uma da outra, o campo elétrico é de afastamento, gerando uma região entre as duas
cargas isenta de campo elétrico. O mesmo ocorre para cargas negativas, com a diferença de o
campo elétrico ser de aproximação. Já quando são colocadas próximas uma carga positiva e
uma negativa, o campo "nasce" na primeira, e "morre" na segunda.
Na equação: F = K.Q.q/d² , K é a constante eletrostática do meio e não a constante dielétrica.
É definido como uma região em que todos os pontos possuem o mesmo vetor campo elétrico
em módulo, direção e sentido. Sendo assim, as linhas de força são paralelas e equidistantes.
Para produzir um campo com essas características, basta utilizar duas placas planas e paralelas
eletrizadas com cargas de mesmo módulo e sinais opostos. Um capacitor pode ser citado como
exemplo de criador de um campo elétrico uniforme.
Linhas de força
Quando uma esfera está eletrizada, as cargas em excesso repelem-se mutuamente e por isso
migram para a superfície externa da esfera, atingindo o equilíbrio eletrostático. Assim, o
campo elétrico dentro da esfera (em equilíbrio eletrostático) é nulo.
Gr12.jpg
A equação para o módulo do campo produzido por uma carga pontual pode ser escrita de
forma vetorial.[3] Se a carga Q estiver na origem, o resultado obtido é:
sendo r a distância até a origem, e {\displaystyle {\vec {e}}_{r}} {\vec {e}}_{r} o vetor unitário
que aponta na direção radial, afastando-se da carga.
Se a carga for negativa, a equação anterior continua válida, dando um vetor que aponta no
sentido oposto de {\displaystyle {\vec {e}}_{r}} {\vec {e}}_{r} (campo atrativo).
O vetor unitário {\displaystyle {\vec {e}}_{r}} {\vec {e}}_{r} calcula-se dividindo o vetor posição
{\displaystyle {\vec {r}}} \vec{r} pelo seu módulo, r.
Se a carga não estiver na origem mas numa posição {\displaystyle {\vec {r}}_{1}} {\vec {r}}_{1}
a equação acima pode ser generalizada facilmente, dando o resultado[3]:
A equação anterior pode ser generalizada para um sistema de n cargas pontuais. Vamos
escrever a equação explicitamente, em função das coordenadas cartesianas no plano xy (a
generalização para o espaço xyz será evidente).
O fluxo elétrico produzido por várias cargas pontuais, através de uma superfície fechada, é
igual à soma dos fluxos produzidos por cada uma das cargas. O fluxo das cargas pontuais que
estejam fora da superfície fechada será nulo, e o fluxo das cargas que estejam dentro da
superfície será {\displaystyle 4\,\pi \,k} 4\,\pi \,k vezes o valor da carga. Por exemplo, no caso
da figura abaixo, unicamente as duas cargas {\displaystyle q_{1}} q_{1} e {\displaystyle q_{2}}
q_{2} produzem fluxo, porque a carga {\displaystyle q_{3}} q_{3} encontra-se fora da
superfície.
O fluxo total é:
O resultado do exemplo da figura acima pode ser generalizado para qualquer sistema de
cargas e qualquer superfície fechada, e é designado de Lei de Gauss:
O fluxo através de qualquer superfície fechada é igual à carga total no interior da superfície,
multiplicada por {\displaystyle 4\,\pi \,k} 4\,\pi \,k
Em termos matemáticos, a lei de Gauss determina que o fluxo elétrico através de qualquer
superfície fechada é:
Se a carga total no interior for positiva, o fluxo será positivo, indicando que há linhas de campo
a saírem da superfície. Se a carga interna total for negativa, o fluxo é negativo porque há linhas
de campo a entrar na superfície.
O fluxo elétrico total à volta de uma carga pontual é diretamente proporcional à carga. Em
alguns casos é possível desenhar um número de linhas de campo proporcional à carga, para
dar uma ideia mais aproximada do valor do fluxo em diferentes regiões; por exemplo, na figura
anterior foram desenhadas 8 linhas de campo a saírem da carga de 4 nC, e 18 linhas a saírem
da carga de 9 nC.
A lei de Gauss é muito útil para calcular campos elétricos de sistemas com simetria.
Campo de um plano
Consideremos um plano, com carga distribuída uniformemente. Visto de lado, o plano aparece
como um segmento de reta, e as linhas de campo serão semelhantes às linhas representadas
no lado direito da figura ao lado.[3]
Nas regiões perto do centro do plano, as linhas de campo são aproximadamente paralelas
entre si. Quanto maior for o plano, maior será a região onde as linhas são aproximadamente
paralelas. [3]
Para calcular o campo elétrico usando a lei de Gauss, imaginamos um cilindro com as tampas
paralelas ao plano, como se mostra na figura.
Nas paredes laterais do cilindro não existe fluxo elétrico, porque o campo é paralelo à
superfície. Em cada uma das tampas circulares do cilindro, o campo é perpendicular e, com
módulo constante, devido a que todos os pontos na tampa estão à mesma distância do plano.
Assim, o fluxo em cada uma das tampas do cilindro é , {\displaystyle A\,E} A\,E , em que A é a
área da tampa, e o fluxo total através do cilindro é[3]:
De acordo com a lei de Gauss, esse fluxo também deverá ser igual a:
{\displaystyle \Phi _{\mathrm {e} }=4\,\pi \,k\,Q} \Phi _{{\mathrm {e}}}=4\,\pi \,k\,Q
Onde Q é a carga na parte do plano que está dentro do cilindro. Igualando as duas últimas
equações obtemos o módulo do campo:
Em que {\displaystyle \sigma } \sigma é a carga superficial; nomeadamente, carga por unidade
de área:
{\displaystyle \sigma ={\frac {Q}{A}}} \sigma ={\frac {Q}{A}}
Linhas de campo de um cilindro com carga distribuída uniformemente, e superfície usada para
calcular o campo.
Nas tampas circulares do cilindro o fluxo é nulo, porque o campo é paralelo à superfície; na
parede lateral do cilindro, o campo é perpendicular e com módulo constante.[3] Assim, o fluxo
total será:
{\displaystyle \Phi _{\mathrm {e} }=2\,\pi \,R\,L\,E} \Phi _{{\mathrm {e}}}=2\,\pi \,R\,L\,E
onde E é o módulo do campo à distância R do fio. De acordo com a lei de Gauss, esse fluxo
deverá ser também igual a:
{\displaystyle \Phi _{\mathrm {e} }=4\,\pi \,k\,Q} \Phi _{{\mathrm {e}}}=4\,\pi \,k\,Q
onde Q é a carga do fio que está dentro do cilindro S. Igualando as duas equações anteriores,
obtemos o módulo do campo:
em que {\displaystyle \lambda } \lambda é a carga linear (carga por unidade de comprimento):
{\displaystyle \lambda =Q/L} \lambda =Q/L
Campo de uma esfera condutora
Numa esfera condutora, com carga Q e raio a, a força repulsiva entre as cargas do mesmo
sinal, faz com que as cargas se distribuam em forma uniforme, na superfície da esfera. Existe
assim simetria esférica, e as linhas de campo deverão apontar na direção radial.[3]
Para calcular o campo, imaginamos uma esfera de raio r,concêntrica com a esfera condutora.
[3]Na superfície dessa esfera, o campo será perpendicular, e com módulo constante E ;
consequentemente o fluxo será:
{\displaystyle \Phi _{\mathrm {e} }=4\,\pi \,r^{2}\,E} \Phi _{{\mathrm {e}}}=4\,\pi \,r^{2}\,E
Segundo a lei de Gauss, o fluxo através da esfera de raio r será nulo, se {\displaystyle r<a} r<a,
ou igual a {\displaystyle 4\,\pi \,k\,Q} 4\,\pi \,k\,Q se {\displaystyle r>a} r>a. Portanto, o campo
elétrico é nulo, no interior da esfera.
Que é idêntico ao campo produzido por uma carga Q concentrada no centro da esfera.[3]
A figura ao lado mostra o campo elétrico induzido por um campo magnético uniforme mas
variável, e o campo magnético induzido por um campo elétrico uniforme e variável. No
primeiro caso, devido ao sinal negativo , o campo elétrico induzido é no sentido oposto ao
obtido com a regra da mão direita em relação à derivada do campo magnético; como o campo
magnético está a diminuir, a derivada do campo aponta para baixo e a regra da mão direita
indica rotação no sentido horário; portanto, as linhas do campo induzido estão orientadas no
sentido anti-horário.
O sinal positivo do último termo implica que as linhas do campo magnético induzido seguem a
regra da mão direita em relação ao aumento do campo elétrico. No caso do campo elétrico
variável no lado direito da figura , como o campo está a diminuir, a derivada do campo elétrico
aponta para baixo, e a regra da mão direita indica que o campo magnético induzido é no
sentido horário.[3]
Linhas de campo elétrico perto de uma carga negativa (esquerda) e de uma carga positiva
(direita).
O campo elétrico pode ser representado por vetores que indicam o valor do campo em vários
pontos do espaço, como foi feito na figura acima. O problema com essa representação é que o
campo varia rapidamente com a distância, o que faz com que o vetor seja muito grande em
alguns pontos e muito pequeno em outros pontos.
Perto de uma carga pontual positiva há linhas a sair em todas as direções e perto de uma carga
negativa há linhas a entrarem em todas as direções .
Duas linhas de campo nunca se podem cruzar; no ponto de cruzamento o campo teria duas
direções diferentes, que não é possível.
A matriz jacobiana correspondente ao campo elétrico é sempre simétrica. Isso implica que os
valores próprios dessa matriz serão sempre reais e nunca complexos. Assim, os únicos pontos
de equilíbrio que podem existir num campo elétrico são nós e pontos de sela.
Campo elétrico criado por um dipolo (esquerda) e por um sistema de 7 cargas no segmento de
reta entre x = - 3 e x = 3.
Um nó pode ser atrativo ou repulsivo. Se for atrativo, será um ponto onde existe uma carga
pontual negativa; se for repulsivo, será um ponto onde existe uma carga pontual positiva. Os
pontos de sela são pontos onde o campo é nulo, mas não existe nenhuma carga nesse ponto.
Outro exemplo são as linhas de campo de um dipolo elétrico, formado por duas cargas iguais
mas de sinais opostos. Se admitirmos que as duas cargas estão localizadas nos pontos ( 1, 0) e
(1, 0), o campo desenha-se assim:
Uma distribuição contínua de cargas pode ser aproximada por uma série de cargas pontuais.
Por exemplo, se existirem cargas distribuídas uniformemente no segmento do eixo dos x entre
x = - 3 e x = 3, podemos admitir um sistema de cargas pontuais, equidistantes, sobre o
segmento entre x = - 3 e x = 3.
Com 7 cargas pontuais, o gráfico obtido é apresentado no lado direito da figura ao lado.