Disjuntores
Disjuntores
Disjuntores
Eltrica Eletrotcnica
Trabalho Disjuntores
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Disciplina: Professor:
INTRODUO Em instalaes eltricas, os disjuntores esto presentes em quase todas as reas, sejam elas prediais, industriais ou mesmo no sistema eltrico, de gerao, transmisso e distribuio. Tambm fato indiscutvel que os disjuntores esto entre os equipamentos que maior complexidade apresentam dentre aqueles em uso, sobretudo em sistemas de potncia. Este trabalho visa mostrar as caractersticas tcnicas, a classificao e cuidados a se tomar com disjuntores, sejam eles para quaisquer tipos de instalao eltrica.
1. SIMBOLOGIA Segundo a norma NBR 5444-1989, a simbologia grfica para instalaes eltricas prediais para disjuntores :
Abaixo, temos a simbologia utilizada para os disjuntores, para desenhos referentes a diagramas de comando, segundo a ABNT, DIN, ANSI, JIS e IEC:
2. DEFINIO Os disjuntores, segundo a norma NBR 5459/1987, so dispositivos de manobra (mecnico) e de proteo capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes em condies normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir por tempo especificado e interromper correntes em condies anormais especificadas do circuito, tais como as de curto-circuito. Uma definio interessante tambm a de disjuntor ideal, que aquele, segundo COLOMBO, em que a impedncia entre seus contatos passa instantaneamente de zero para infinito no instante da interrupo de corrente
no seu zero natural. Em outras palavras, um disjuntor onde se despreza a resistncia e portanto, a tenso do arco (condutncia infinita) e a partir do instante da interrupo da corrente a condutncia passa a ser zero, desprezando-se o perodo de trocas trmicas durante a condutividade e conseqente corrente ps-arco nos primeiros microssegundos aps o zero de corrente. Esta definio importante no estudo dos disjuntores, principalmente no projeto dos mesmos, em que deve se prever o comportamento de um disjuntor, frente a alguns parmetros e equaes do arco voltaico que este disjuntor ter que suportar. 3. FUNO Segundo MAMEDE, os disjuntores podem acumular vrias funes, de acordo com sua forma construtiva. Eles podem realizar proteo contra sobrecarga e curto-circuitos, comando funcional, seccionamento, seccionamento de emergncia, proteo contra contatos indiretos e contra quedas e ausncia de tenso. A proteo proporcionada pelo disjunto realizada pela interrupo do circuito via desligamento de maneira mecnica, direta ou indiretamente em condies normais ou automaticamente em condies anormais. 4. APLICAES Em geral, os disjuntores so empregados na proteo de circuitos eltricos em geral, tais como os encontrados em quadros, subestaes e painis, etc. Fazendo uma abordagem do sistema eltrico, pode-se dizer que os disjuntores so encontrados na gerao, em possveis quadros, na transmisso e distribuio, em subestaes e em consumidores industriais e residenciais.
5. TERMINOLOGIA 5.1 ARCO VOLTAICO: resultante de uma ruptura dieltrica de um gs a qual produz uma descarga de plasma, similar a uma fagulha instantnea, resultante de um fluxo de corrente em meio normalmente isolante tal como o ar. 5.2 TRAVA DE SEGURANA Dispositivo mecnico que permite o travamento do disjuntor na posio fechada. 5.3 ISOLADORES Dispositivo utilizado para isolar o equipamento da terra. 5.4 TERMINAIS Parte da seccionadora que conecta o disjuntor ao circuito. 5.5 MANOBRA
Mudana na configurao eltrica de um circuito, feita manual ou automaticamente por um dispositivo adequado e destinado a esta finalidade. 5.6 CORRENTE NOMINAL a corrente que pode circular permanentemente no disjuntor 5.7 CAPACIDADE NOMINAL a mxima corrente presumida de interrupo, de valor eficaz, que o disjuntor pode interromper, operando dentro de suas caractersticas nominais de tenso e frequncia 5.8 SOBRECORRENTES So correntes cujos valores excedem aos valores da corrente nominal, as sobrecorrentes tm origem numa solicitao de corrente que ultrapassa aos valores determinados no projeto eltrico 5.9 CORRENTE DE CURTO CIRCUITO uma sobrecorrente de alta intensidade, proveniente de falhas graves, que produzem correntes elevadssimas 5.10 CORRENTE DE RUPTURA o valor da corrente de interrupo presumida que o dispositivo de proteo capaz de interromper, sob uma tenso dada em condies estabelecidas pela norma, ou seja o maior valor de curto circuito que o dispositivo capaz de interromper sem que o sistema seja danificado 6. CLASSIFICAO Existem vrios tipos de disjuntores, com diferentes formas construtivas, caractersticas funcionais e parmetros eltricos. Existem diversas formas de classificao como pode ser estudado a seguir. 6.1DISJUNTORES DE BAIXA TENSO 6.1.1 CLASSIFICAO QUANTO AO TIPO DE OPERAO:
6.1.1.1 DISJUNTORES TRMICOS Utilizam a deformao de placas bimetlicas causada pelo seu aquecimento. Quando uma sobrecarga de corrente atravessa a placa bimetlica existente num disjuntor trmico ou quando atravessa uma bobina situada prxima dessa placa, aquece-a, por efeito Joule causando a sua deformao que desencadeia mecanicamente a interrupo de um contacto que abre o circuito eltrico protegido. Um disjuntor trmico um sistema eletromecnico simples e robusto. Em contrapartida, no muito preciso e dispe de um tempo de reao relativamente lento. 6.1.1.2 DISJUNTORES MAGNETICOS A forte variao de intensidade da corrente que atravessa as espiras de uma bobina produz, segundo as leis do eletromagnetismo, uma forte variao do campo magntico, este desencadeia o deslocamento de um ncleo de ferro que vai abrir mecanicamente o circuito e proteger a fonte e uma parte da instalao eltrica, nomeadamente os condutores eltricos entre a fonte e o curto-circuito. A interrupo instantnea no caso de uma bobina rpida ou controlada por um fluido no caso de uma bobina que permite disparos controlados. Geralmente, est associado a um interruptor de alta qualidade projetado para efetuar milhares de manobras. 6.1.1.3 DISJUNTOR TERMOMAGNTICO Atualmente muito utilizado em instalaes eltricas residenciais e comerciais o disjuntor magnetotrmico ou termomagntico. A funao de proteger contra curto-circuito eh desempenhada por uma solenoide e a proteao contra sobrecarga realizada atraves de um atuador bimetalico. 6.1.1.4 DISJUNTOR LIMITADOR DE CORRENTE Limitam proporcionando eletrodinamicos. 6.1.2 CLASSIFICAO QUANDO AO TIPO DE CONSTRUO DO ELEMENTO TERMINCO 6.1.2.1 DISJUNTOR SEM COMPENSAO TRMICA Esses disjutores so calibrados a uma termperatura de 25, assim quando utilizados em temperaturas acima da calibrada necessitam que sua o valor e durao das correntes dos de curto-circuito, trmicos e uma reduo substancial esforos
corrente nominal seja corrigida de tal modo que fique reduzida 70% de seu valor. 6.1.2.2 DISJUNTOR TROPICALIZADO Esses disjutores so calibrados em mdia a uma temperatura de 50, quando utilizados em ambientes cuja temperatura igual ou iniferior ao limite anteriormente mencionado, podem ser carregados at uma corrente correspondente ao seu valor nominal. Para temperaturas superiores, o que pode ocorrer em paineis industriais, a corrente nominal deve ser corrigida de modo a ficar reduzida 80% do seu valor. 6.1.3 CLASSIFICAO QUANTO AO TIPO DE CONSTRUAO 6.1.3.1 DISJUNTOR EM CAIXA MOLDADA para uso industrial, possui uma ampla faixa de corrente de 10A a 3200A. Como sua aplicao bem diversificada, podem ser utilizados para a proteo de um quadro geral at a proteo de uma nica carga. Possuem diversos acessrios como bobina de abertura, motorizao, intertravamento, que podem ser utilizados nas mais diferentes aplicaes. No possui acessos ao usurio para fazer verificaes. Este equipamento seria como uma caixa lacrada onde todos os requisitos de segurana e proteo ficam internos ao equipamento; 6.1.3.2 de curto-circuito. DISJUNTOR ABERTO Caracterizam-se por possuir uma carcaa aberta, utilizado normalmente para altas corrente nominais, e altas correntes possibilitando a manuteno em todos os seus componentes. So prprios para instalaes industriais. 6.2 DISJUNTORES DE ALTA TENSO 6.2.1 CLASSIFICAO QUANTO AO SISTEMA DE ACIONAMENTO 6.2.1.1 ACIONAMENTO POR SOLENIDE Neste sistema, uma bobina solenide, que na maioria dos tipos usada somente para disparo, utilizada para acionar os contatos na operao de fechamento e tambm para carregar a mola de abertura 6.2.1.2 ACIONAMENTO A MOLA
A energia para o fechamento acumulada em uma mola, que pode ser carregada manualmente ou atravs de um motor. Quando o mecanismo de disparo acionado, a mola destravada, acionando os contatos do disjuntor fechando-o, acontecendo nesta operao o carregamento simultneo da mola de abertura
6.2.1.3
ACIONAMENTO A AR COMPRIMIDO
A energia necessria operao do disjuntor armazenada em recipientes de ar comprimido e liberada atravs de disparadores atuando sobre vlvulas, que acionam os mecanismos dos contatos via mbolos solidrios ou atravs de conexes pneumticas. 6.2.1.4 ACIONAMENTO HIDRULICO A energia necessria para a operao do disjuntor armazenada em um acumulador hidrulico que vem a ser um cilindro com um mbolo estanque tendo de um lado leo ligado aos circuitos de alta e baixa presso atravs da bomba hidrulica e do outro lado uma quantidade prefixada de N 2. 6.2.2 CLASSIFICAO QUANTO A UNIDADE INTERRUPTORA 6.2.2.1 DISJUNTOR A SOPRO MAGNTICO Neste tipo de disjuntor os contatos abrem-se no ar, empurrando o arco voltaico para dentro das cmaras de extino, onde ocorre a interrupo, devido a um aumento na resistncia do arco e conseqentemente na sua tenso. As foras que impelem o arco para dentro das fendas da cmara so produzidas pelo campo magntico da prpria corrente, passando por uma ou mais bobinas, dai o nome de sopro magntico, eventualmente, por um sopro pneumtico auxiliar produzido pelo mecanismo de acionamento. Este sopro pneumtico muito importante no caso de interrupo de pequenas correntes, cujo campo magntico insuficiente para impelir o arco para dentro da cmara, o que ocasionaria tempos de arco muito longos. So utilizados em baixas e medias tenses. 6.2.2.2 DISJUNTOR A LEO Nestes equipamentos os dispositivos de interrupo so imersos em leo isolante, nestes disjuntores a extino do arco se d atravs da gerao
de gases, principalmente hidrognio, em virtude da decomposio das molculas de leo devida s altas temperaturas desenvolvidas na regio do arco. O aumento da presso interna das cmaras de interrupo cria um fluxo de leo que ira disionar o dieltrico, resfriar e alongar o arco. So utilizados dois tipos de cmaras de extino nos disjuntores a leo: cmara de sopro transversal e cmara de sopro axial. 6.2.2.2.1 GRANDE VOLUME DE LEO (GVO)
Tem uma grande capacidade de interrupo em curto-circuito, porem necessita de grande quantidade de leo, pouco adaptvel para manobrar reatores e capacitores em certas faixas de corrente, tem risco de incndio e a manuteno muito dispendiosa. 6.2.2.2.2 PEQUENO VOLUME DE LEO Sua manuteno simples, de grande confiabilidade, mas no muito adaptado ao uso em sistemas de extra-alta tenso, quando aumenta a tenso, aumenta o numero de pontos de corte por plo, pouco adaptvel para manobrar reatores e capacitores em certas faixas de corrente. 6.2.2.3 DISJUNTORES A VCUO A tcnica de interrupo da corrente no vcuo consiste na separao de um contato mvel de um contato fixo, dentro de um recipiente com vcuo. O objetivo do processo de interrupo como nos demais tipos de disjuntores, extinguir o arco na passagem da corrente por zero. O arco ser extinto se a energia do sistema for menor que a dissipada no processo de desionizao, e assim permanecer se o estabelecimento da suportabilidade dieltrica entre os contatos for suficientemente rpido para suportar a tenso de restabelecimento transitria. Nos disjuntores a vcuo a ionizao do dieltrico caracterizada por um vapor metlico proveniente dos contatos. A eficincia do processo de interrupo determinada pela rapidez da condensao deste vapor metlico nas superfcies dos contatos e barreiras de proteo. 6.2.2.4 DISJUNTORES A AR COMPRIMIDO Estes disjuntores utilizam o ar comprimido como meio de extino do arco eltrico e na maioria das vezes, para isolamento e acionamento dos contatos moveis. As boas caractersticas dieltricas do ar comprimido, e a possibilidade de aproveitamento de outras caractersticas que favorecem a
interrupo dos disjuntores a ar comprimido, a velocidade, a intensidade do sopro, tornam estes disjuntores adequados a grande capacidade de interrupo. Exigem uma superviso permanente da presso no interior do disjuntor, para assegurar que os mesmos s operem com segurana. Uma eventual queda de presso nominal acionar chaves de presso, pressostatos, de superviso conectadas ao circuito pneumtico do disjuntor, que acionaro os bloqueios, alarmes e comandos inerentes a esses pressostatos. 6.2.2.5 DISJUNTORES SF6 O SF6 um gs incolor, inodoro e no combustvel. Em condies normais, quimicamente estvel e inerte. No seu estado puro, absolutamente no txico e no causa corroso. utilizado em equipamentos de alta tenso, pois um excelente meio isolante e possui caractersticas favorveis a interrupo da corrente eltrica. Apresenta ainda as caractersticas de ser auto-regenervel e de no formar depsitos de material condutor, aps a extino do arco. 7. CONSTITUIO
Os disjuntores possuem uma larga aplicao, sendo assim, elas possuem vrias formas, tipos, e at mesmo so constitudas de materiais diferentes, dependendo da sua aplicao, formato, etc. A seguir, relacionaremos as partes e os materiais mais comuns deles. 7.1 ALAVANCA Utilizada para desligar ou resetar manualmente o disjuntor. Tambm indica o estado do disjuntor (Ligado/Desligado ou desarmado). A maioria dos disjuntores so projetados de forma que o disjuntor desarme mesmo que o a alavanca seja segurada ou travada na posio "liga". 7.2 CONTATOS So constitudos por cobre eletroltico ou alumnio. Sua funo bem importante, j que os contatos so todas as partes em que h a conexo de duas ou mais partes, permitindo assim a continuidade eltrica do circuito quando o disjuntor esta ligado. 7.3 TERMINAIS
Geralmente so constitudos de cobre ou bronze estanhados. Eles so as partes condutoras que ligam o disjuntor ao circuito em que est montado. 7.4 ATUADOR BIMETALICO Sua funo de proteo contra sobrecarga, sensvel ao calor, e efetua a abertura do disjuntor quando a corrente permanece, por um determinado perodo, acima da corrente nominal do disjuntor.
7.5 PARAFUSO CALIBRADOR Permite que o fabricante ajuste precisamente a corrente de trip do dispositivo aps montagem. 7.6 SOLENIDE Sua funo de proteo contra curto-circuito, efetua a abertura do disjuntor com o aumento instantneo da corrente eltrica no circuito. 7.7 CMARA DE EXTINO Interrompe o arco voltaico gerado no momento da abertura dos contatos. 7.8 CAIXA ISOLANTE Poliamida, suas caractersticas proporcionam resistncia a temperatura e a choques mecnicos. 7.9 BOBINA Responsvel pelo disparo instantneo magntico 8. FUNCIONAMENTO Para explicar o funcionamento genrico, podemos dividir em dois grupos de utilizao do equipamento 8.1 MANOBRA Para realizar a abertura ou fechamento do circuito, o operador poder interagir diretamente com o equipamento ou realizar o comando remoto. Os disjuntores que dotam de mecanismos de acionamento manuais so os que necessitam interao com o operador, ou seja, ser necessrio ativar uma
alavanca. Nos disjuntores que dotam de mecanismos de acionamento automtico, pode-se efetuar a abertura ou fechamento mediante a um comando de botoeira podendo estar presente no equipamento ou (e) painel de controle. 8.2 PROTEO No desligamento devido anomalia no circuito, temos que a atuao independente do operador. Para explicar o processo de funcionamento pode-se relatar os seguintes passos: - Ocorrncia da anomalia no circuito; - Rels detectam a anomalia, ou painel de controle mediante aos transformadores de proteo; - Comando enviado aos disparadores; - Disparadores ativam o mecanismo de acionamento. Obs.: mecanismo de acionamento deve estar com as molas pr carregadas; - Ocorre a abertura dos contatos internos; - Desligamento do circuito e proteo realizada. Diagnosticada e reparada a anomalia no circuito, o disjuntor pode novamente realizar o fechamento do circuito. 9. ESPECIFICAO Ao especificar um disjuntor, necessrio conhecer alguns parmetros relacionados instalao e tambm se atende s necessidades desejveis. 9.1 EM FUNO DOS PARMETROS ELTRICOS So os parmetros da rede necessrios a se conhecer para dimensionar o disjuntor 9.1.1 Tenso nominal e frequncia da rede a tenso em valor eficaz e entre fase e fase (tenso de linha) na qual o equipamento ira atuar. Tambm necessrio conhecer a frequncia da rede, pois podem ocorrer alteraes de funcionamento em rels e disparadores se esta no for definida.
9.1.2 Corrente nominal Refere-se ao valor de corrente eficaz de funcionamento que a carga a ser protegida est absorvendo. Nesse valor de corrente, o disjuntor deve conduzir a corrente normalmente. 9.1.3 Capacidade de interrupo Esta ligada com a corrente de curto circuito que o disjuntor dever ser capaz de interromper. Para especificar o valor da capacidade de interrupo, deve-se conhecer o valor da tenso nominal e potencia da fonte. 9.1.4 Nvel de impulso atmosfrico Ao instalar um disjuntor na rede, deve-se conhecer o nvel de impulso atmosfrico (NBI) que indica o valor de tenso em um espao pequeno de tempo em uma linha quando esta atingida por descargas atmosfricas. Tal conhecimento do NBI associado ao sistema de proteo de descargas na linha. 9.2 EM FUNO DAS CONDIOES DA CARGA 9.2.1 Curva de disparo Curva que define intervalos de tempo relacionado s condies anmalas de circuito. Esta relacionado com o retardo ou rapidez no disparo, pois em diferentes sistemas de carga, como partidas diretas de motores, necessitamos que o equipamento esteja no atuante na proteo devido aos transitrios ocorridos na linha. Abaixo temos duas figuras, uma representa a curva de disparo de um mini-disjuntor domestico, na qual a anlise das grandezas envolve qualquer disjuntor e a outra representa as curvas de disparo referentes s classes dos disjuntores.
9.2.2 Manobra e proteo de cargas Esse critrio avalia as cargas na qual os disjuntores iro realizar suas funes. Para dimensionar corretamente um disjuntor necessrio conhecer a carga. Em cargas indutivas a exemplo, necessitamos uma maior capacidade de interrupo, enquanto para realizar um chaveamento de banco de capacitores, o disjuntor deve suportar maiores tenses de transitrio. O chaveamento de linhas de transmisso ou distribuio levando em conta se estas esto a vazio, em sobre tenso, em oposio de fases so parmetros que a classificam o tipo de carga. Podemos tambm encontrar cargas especiais como fornos a arco em que a corrente nominal muito alta, alem da capacidade de interrupo necessitar ser elevada. 9.3 EM FUNO DAS CONDIES DE UTILIZAO Est relacionado com os parmetros exigveis ao equipamento. 9.3.1 Solicitaes em servio nominal
Define o nmero mximo de manobras intencionais em servio normal que o disjuntor suporta, sem haver prejuzo de suas caractersticas nominais. 9.3.2 Modo de proteo Basicamente, a funo principal do disjuntor realizar o desligamento do circuito em situao de curto circuito, entretanto, podemos obter outras protees. Vale ressaltar que essas protees dependem de dispositivos especficos que indicam alteraes no circuito, ou seja, os rels ou informaes programadas em painis de controle. Podemos ter: - Proteo contra sobrecarga; - Proteo contra subtenso; - Proteo contra falta de fase; 9.3.3 Funes complementares Ao especificar um disjuntor, necessrio conhecer se este equipado com entrada de comandos extras. Um exemplo para a conexo de geradores; quando estes esto sincronizados em tenso, freqncia e ngulo de fase, o painel de controle envia um comando para poder fechar o disjuntor. 9.4 EM FUNO DA FORMA DE CONSTRUO Esta associada aos parmetros do meio, parmetros eltricos e tambm a cargas. Disjuntores mais potentes utilizam cmara de extino com maior poder de interrupo do arco. Tambm quanto forma construo, devese conhecer a aplicao do equipamento, se este for operar em cubculos, ptio aberto ou em quadro de distribuio, pois o grau de proteo (IP) do equipamento deve ser levado em considerao de acordo com a aplicao. 9.5 EM FUNO DAS CONDIES DO MEIO So os fatores fsicos que devem ser levados em considerao no projeto e que podem alterar o modo de funcionamento do disjuntor, so eles: - Temperatura do ar; - Umidade do ar; - Qualidade do ar (atmosfera industrial, poluentes, meio martimo); - Presso do vento;
- Altitude; - Existncia de terremotos. Sabendo as condies do meio, o fabricante deve ser consultado. 10. ENSAIOS 10.1 ENSAIOS DE TIPO Os ensaios de tipo descritos a seguir tm a finalidade de verificar as caractersticas dos disjuntores, dos seus dispositivos de manobra e de seus equipamentos auxiliares. Em princpio, cada ensaio de tipo deve ser efetuado sobre um disjuntor novo e limpo, e os diversos ensaios de tipo podem se efetuados em ocasio e lugares diferentes. 10.1.1 Ensaios mecnicos e climticos Nestes ensaios algumas caractersticas e ajustes devem ser registrados: tempo de abertura, tempo de fechamento, simultaneidade de operao dos contatos das cmaras de extino de um plo, simultaneidade de operao entre plos, tempo de recarga do mecanismo de operao, consumo do circuito de comando, consumo dos dispositivos de disparo, durao do sinal de comando na abertura e no fechamento, estanqueidade, densidade ou presso do fluido do mecanismo de operao e do meio de extino, resistncia do circuito principal, diagrama percurso-tempo, velocidade de fechamento, velocidade de abertura e outras caractersticas importantes ou ajustes de funcionamento especificados pelo fabricante. So realizados ensaios de funcionamento mecnico em baixa temperatura, em temperatura ambiente e em alta temperatura, sob condies de umidade e com esforos estticos nos terminais. 10.1.2 Ensaio de medio de resistncia hmica do circuito principal A medio da resistncia deve ser realizada antes do ensaio de elevao de temperatura, com o disjuntor na temperatura ambiente, e aps o ensaio de elevao de temperatura, quando o disjuntor j tiver retornado temperatura ambiente. Estas duas medies no devem diferir mais de 20%.
10.1.3 Ensaio de elevao de temperatura A elevao da temperatura das vrias partes do disjuntor no deve exceder os valores definidos nas normas especficas, estes ensaios so feitos em todas as partes do disjuntor e de maneira especfica nas bobinas. 10.1.4 Ensaios dieltricos Todos os ensaios de verificao dos nveis de isolamento devem ser realizados sobre os disjuntores completamente montados como para funcionamento. As superfcies externas das partes isolantes devem ser cuidadosamente limpas. Os disjuntores devem ser montados para o ensaio, com as distancias de isolamento e altura sobre o solo mnimas como especificadas pelo fabricante.
10.1.5 Ensaios de estabelecimento e interrupo de correntes Disjuntores a serem utilizados com todos os plos operando simultaneamente devem ser capazes de estabelecer e interromper todas as
correntes simtricas e assimtricas, at inclusive as correspondentes s capacidades de interrupo nominal em curto-circuito. Essas condies so satisfeitas se o disjuntor estabelece e interrompe correntes trifsicas especificadas simtricas e assimtrica, entre 10 % e 100 % da capacidade de interrupo nominal em curto-circuito tenso nominal. Alm disso, os disjuntores a serem utilizados em sistema neutro aterrado para operao unipolar, devem estabelecer ou interromper curtos-circuitos monofsicos entre 10 % e 100% da capacidade de interrupo nominal em curtos-circuitos tenso fase-terra. 10.2 ENSAIOS DE ROTINA Os ensaios descritos a seguir tm por objetivo revelar os defeitos do material ou da fabricao do equipamento. Eles no prejudicam as propriedades e a qualidade do equipamento convencional submetido aos ensaios. Estes ensaios so de recebimento e devem ser feitos sobre um nmero de unidades a ser determinado pelo usurio na especificao tcnica. 10.2.1 Ensaios de tenso suportvel freqncia industrial a seco do circuito principal A tenso de ensaio deve ser elevada at a tenso suportvel especificada e mantida durante 1 minuto de acordo. O disjuntor deve ser considerado aprovado nos ensaios, se no ocorrer descarga disruptiva durante os ensaios. 10.2.2 Medio das resistncias hmicas do circuito principal A resistncia de cada um dos plos do circuito principal deve ser medida em condies to prximas quanto possvel quelas em que foi realizado o ensaio de tipo correspondente. A resistncia medida na posio fechada no deve ser superior a 1,2 vezes a resistncia medida durante o ensaio de tipo correspondente. 10.2.3 Ensaios de funcionamento mecnico Esses ensaios, efetuados com o circuito principal no energizado, devem compreender: cinco operaes de fechamento e cinco operaes de
abertura com valores mnimos mximos para a tenso e para a presso de alimentao. 11. INSTALAO Os disjuntores devem ser instalados de acordo com as normas e especificaes do fabricante. Cabe ao fabricante fornecer as informaes necessrias e especificaes sobre as condies normais de instalao e operao, como: condies do meio, classe de tenso, corrente nominal, capacidade de interrupo nominal, meio de extino, vida til, etc. 12. MANUTENO A manuteno dos disjuntores se deve a principalmente o desgaste mecnico e do meio extintor. No caso do desgaste mecnico a ao adotada a substituio do componente ou do equipamento, sempre os submetendo a seus respectivos ensaios. A manuteno efetiva ento fica a encargo dos meios extintores de arco-eltrico, sendo mais usual o de leo isolante. 12.1 DISJUNTORES A LEO A manuteno dos disjuntores de pequeno volume de leo requer, fundamentalmente, cuidados com os seguintes componentes: leo isolante, contatos, buchas, atuador mecnico e circuitos auxiliares. Os cuidados com o leo so idnticos, em grande parte, aos que so realizados na manuteno de transformadores. Devem ser adotadas, por exemplo, as prticas: - Extrao do leo para ensaios de umidade e de rigidez dieltrica; - Tcnica de ensaio de rigidez dieltrica; - Enchimento com leo. H, porm, diferenas no que concerne s caractersticas admissveis para o leo de enchimento de disjuntores, como se indicar. Tambm a
degradao do leo num disjuntor, aps um certo nmero de atuaes, muito rpida, devido s decomposies e carbonizaes produzidas pelo arco eltrico. Os ensaios de verificao e os tratamentos de leo sero muito mais freqentes. A parte mecnica requer cuidados especiais pois dela depende o bom desempenho do disjuntor. Deve ser verificada, no teste de recepo e aps manutenes, ou mesmo preventivamente, a simultaneidade dos plos. Tambm deve-se proceder, quando necessrio, testes de medio dos tempos de abertura e fechamento. Outras verificaes muito importantes para a manuteno so: - Verificao da resistncia hmica dos contatos principais; - Verificao dos contatos auxiliares; - Verificao dos resistores de fechamento (se existirem); Nos disjuntores de corrente alternada de alta e extra tenso necessrio proceder a ensaios mais elaborados que a manuteno deve dominar. Estes ensaios so executados no s na recepo como tambm aps trabalhos de reviso mecnica e eltrica ou de manuteno corretiva. Estes ensaios so normalmente designados como: ensaios sintticos com mtodos de injeo. Pela sua complexidade, s podem ser, normalmente, feitos no fabricante. 12. NORMAS - NBR IEC 60947-2; set 98: Dispositivos de manobra e comando de baixa tenso. - NBR 60898; 2004: Disjuntores para proteo de sobrecorrentes para instalaes domsticas e similares. - NBR 7038; 1981: Guia para ensaios de disjuntores em condies de discordncia de fases. - NBR 7102; 1981: Ensaios sintticos em disjuntores de alta tenso.
- NBR IEC 62271-100; 2006: Disjuntores de alta tenso de corrente alternada. 13. PREOS Disjuntor automotivo 100A; R$: 49,00 Disjuntor bipolar 30A, 240V, 60Hz; R$ 49,90 Disjuntor GE 400A; R$ 698,00 Disjuntor abb 17,5KV (SF6); R$ 16.000,00 15. FONTES DE CONSULTA FRANCHI, Claiton Moro. Acionamentos Eltricos. So Paulo: rica, 2007 COLOMBO, Roberto. Disjuntores de alta tenso. So Paulo: Nobel, 1988. MAMEDE FILHO, Joo. Instalaes eltricas industriais. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. http://www.abntcatalogo.com.br, Acesso em 23/05/11. http://www.eletromercantil.com , acesso em 23/05/11. http://www.dw.com.br, acesso em 23/05/11 http://pt.scribd.com/doc/51733808/ABNT-NBR-5459, 18/05/11 images.google.com, acesso em 18/05/11 16. ANEXOS acesso em
Fonte: Eletromercantil
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