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Geoprocessamento
Sumário
CAPÍTULO 1 – O que é Geoprocessamento?.....................................................................05
Introdução.....................................................................................................................05
Síntese...........................................................................................................................23
Referências Bibliográficas.................................................................................................24
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Capítulo 1 O que é
Geoprocessamento?
Introdução
Entender a dinâmica da paisagem, seja ela no âmbito natural ou socioeconômico, necessita de
uma série de estudos e ferramentas. Mas você já parou para pensar como é possível entender tal
dinâmica no tempo e no espaço? Para entender determinado fenômeno de modo especializado,
é que se desenvolveu o geoprocessamento, que consiste, simplesmente, em um conjunto de téc-
nicas matemáticas e computacionais, para tratar de dados georreferenciados, transformando-os
em geoinformação (XAVIER-DA-SILVA, 2001).
Mas você pode estar se perguntando: o que é uma geoinformação? Um dos possíveis significa-
dos de informação, segundo o Dicionário Michaelis (2015), seria a transmissão de conhecimen-
tos. Já o prefixo “geo” significa que tal informação (ou conhecimento a ser transmitido) tem uma
posição no espaço, além de carregar valores e atributos.
No entanto, para ter pleno domínio do geoprocessamento se faz necessário fundamentar alguns
conceitos-chave de cartografia. Mas por que aprender conceitos de cartografia se vamos estudar
geoprocessamento? Ora, iremos tratar de informações com determinada localização no espaço,
para isso precisaremos saber suas coordenadas; na hora de representar os dados em formato de
mapas, deveremos saber qual projeção e em que escala essa informação será mais bem visuali-
zada pelo usuário final, entre outros.
Agora que você já sabe os fundamentos necessários para entender melhor o geoprocessamento,
vamos aprender sobre como trabalhar com a geoinformação? Então, siga em frente e bom estudo!
Mas existem plataformas para ser feito, hoje em dia, para auxiliar nesse geoprocessamento?
Lógico! Com o advento da tecnologia nos últimos anos, as plataformas utilizadas no geoproces-
samento para tratar os dados estão cada vez mais sofisticadas. No entanto, os fundamentos que
regem tais plataformas estão pautados em conceitos básicos de cartografia.
Por isso, a seguir você conhecerá os principais conceitos que ajudarão a contextualizar o termo
geoprocessamento. Além disso, você verá que tipos de dados são trabalhados nessa temática,
com o intuito perceber sua importância e relevância na hora de se representar informações e
fenômenos espaciais.
Continue em frente!
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Geoprocessamento
No entanto, esses itens estão ligados à geração e qualidade de dados. Por exemplo: no senso-
riamento remoto, a partir de sensores orbitais, são adquiridas informações de um objeto ou
fenômeno de modo remoto; e através de um GPS, pode ser feito o levantamento da distribuição
de uma espécie endêmica da Mata Atlântica, com o fim de marcar as coordenadas em que essa
espécie aparece na sua área de estudo.
Nesses casos, é possível perceber que o dado não está se transformando em informação, é ape-
nas um dado. Já o geoprocessamento é a ferramenta que irá tratar desses dados adquiridos, seja
por cartografia digital, GPS ou sensoriamento remoto, a fim de transformá-los em uma informa-
ção relevante (XAVIER-DA-SILVA, 2009), ou o que se chamamos de geoinformação.
A partir desse tratamento de dados, podem-se construir mapas confiáveis e visualizar a distribui-
ção espacial de entidades e eventos.
VOCÊ SABIA?
Os sensores orbitais são dispositivos capazes de detectar e registrar a radiação ele-
tromagnética sem que haja conto físico com o alvo. Os sensores passivos registram a
radiação que é refletida ou emitida pelo terreno; já os sensores ativos cobrem o terreno
com energia gerada pelo próprio equipamento e depois registram a quantidade de
fluxo radiante espalhado de volta em direção ao sensor.
Outro ponto importante a ser entendido diz respeito aos atributos espaciais dos fenômenos
analisados, tais como: a localização, se sistêmica ou eventual; a extensão da ocorrência e seus
níveis de intensidades; as formas e os padrões da distribuição; os relacionamentos hierárquicos
etc. (XAVIER-DA-SILVA, 2009).
Mas que equipamentos e recursos humanos são estes? Os equipamentos são divididos em três
categorias: de entrada (aquisição de dados), de armazenamento e de processamento de dados e
de saída (intercâmbio de informações). Já os recursos humanos são os técnicos e analistas, além
dos usuários comuns, podendo estar em um laboratório ou não. (CONCEIÇÃO; COSTA, 2011).
Segundo Câmara et al. (2001), os tipos de dados que compõem o geoprocessamento são:
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Geoprocessamento
VOCÊ SABIA?
Que uma estação total é um equipamento para medir ângulos verticais e horizontais
de distâncias lineares? É, basicamente, a junção de um teodolito eletrônico com um
distanciômetro eletrônico. Afinal, esse equipamento armazena os dados recolhidos em
campo e faz sozinho os cálculos trigonométricos. Por meio desses cálculos, é possível
calcular as coordenadas das posições dos pontos coletados.
As descrições dos fenômenos relacionados ao mundo real podem ser arquivadas ora como
dados, ora como informações. A diferença fundamental entre dado e informação é que
o primeiro corresponde a um conjunto de valores numéricos ou não a que corresponde à
descrição de fatos do mundo real, enquanto a informação é um conjunto de dados que possui
um determinado significado para um uso ou aplicação em particular, ou seja, foi agregado ao
dado um componente adicional, a interpretação” (SILVA, 2003, p. 29).
Mais uma vez vale relembrar que os dados geográficos são diferentes dos demais por possuir
uma localização no espaço, além de ter características e atributos distintos. E vale ressaltar, ain-
da, que todos esses dados são executados por sistemas específicos, conhecidos como Sistemas
de Informação Geográfica (SIG), os quais podem ser entendidos como plataformas de trabalho
destinadas ao processamento de dados georreferenciados.
Do ponto de vista cartográfico, a escala será definida como “a relação ou a proporção existente
entre as distâncias lineares representadas em um mapa e aquelas existentes no terreno” (FITZ,
2010; p. 19). Por isso, vamos ver a seguir os tipos de escala que são utilizados nos mapas e os
tipos de usos. Acompanhe-nos!
Vamos a um exemplo prático: 1: 100.000 ou 1/100.000, onde se lê um para cem mil. Nesse
caso, 1 (um) centímetro medido no mapa corresponderá a 100 (cem) mil centímetros, ou 1 (um)
quilômetro na superfície real.
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0 50 100 150
metros
0 50 100 150
Perceba que cada talão representa a relação do comprimento no mapa com o valor correspon-
dente à superfície real, indicado de forma numérica (parte inferior ou superior) (FITZ, 2010).
Em geral, os valores contidos na escala gráfica são compostos por números inteiros. Em outras
palavras, essa escala é utilizada de forma direta, como se fosse uma régua.
D=N×d
Onde:
Dessa forma, a primeira preocupação ao utilizar ou elaborar um mapeamento deve ser a escala
(FITZ, 2010). E isto se deve aos seguintes fatores:
VOCÊ SABIA?
Que um mapa em pequena escala tem o denominador maior e representa uma área
grande e com poucos detalhes. Exemplo: um mapa na escala 1:100.000.000. Enquan-
to um mapa em grande escala tem o denominador menor e representa uma área menor
e mais detalhada. Exemplo: um mapa na escala 1:10.000.
Outro ponto a ser levado em consideração é o erro gráfico, sendo definido como “o aparente
deslocamento existente entre a posição real teórica de um objeto e sua posição no mapa final”,
desenvolvido ao longo da produção do mapa, não podendo ser inferior a 0,1 mm (FITZ, 2010;
p. 25).
Além da precisão nas coordenadas, que permitirão ao usuário do mapa localizar a feição ou
fenômeno na superfície real, a maneira de sua representação também é importante, levando em
consideração que se coloca num plano uma feição quase esférica.
Vamos em frente!
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Por isso, o geoide, superfície coincidente com o nível médio do mar, é a melhor representação
da forma terrestre. Observe na Figura 2.
superfície da Terra
Terra
Mar
Geoide
Elipsoide
Como é difícil trabalhar apenas com o geoide, usa-se o elipsoide de revolução, que seria fruto
das suas aproximações (FITZ, 2010). Ou seja, as formas da superfície terrestre, geoide e elipsoi-
de, são levadas em conta, principalmente a primeira, para a formulação dos sistemas geodésicos
de referência, que darão origem às coordenadas geográficas.
Vale enfatizar que cada país tem seu próprio sistema geodésico de referência, baseado em pa-
râmetros especificados em normas. No Brasil, temos o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), com
redes de altimetria, gravimetria e planimetria, podendo ser dividida em duas fases: anterior e
posterior à tecnologia de satélites artificiais (IBGE, 2015). Afinal, com o incremento da tecno-
logia, possibilitou-se a expansão da rede SGB para lugares de difícil acesso, por exemplo, na
região amazônica.
VOCÊ SABIA?
O IBGE é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, uma entidade federal vincu-
lada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que tem como função for-
necer dados e informações do país para os mais diversos órgãos em diferentes instân-
cias. Dentre os dados gerados e fornecidos pelo IBGE estão: informações estatísticas,
informações geográficas, informações ambientais etc. Vale a pena conferir: <http://
www.ibge.gov.br/>.
No SGB, o referencial de altimetria está vinculado ao geoide, que nesse caso é o marco zero do
marégrafo de Imbituba (estado de Santa Catarina). O referencial de gravimetria está associado
às milhares de estações espalhadas pelo país, enquanto que o referencial de planimetria fornece
a definição da superfície, origem e orientação do sistema de coordenadas, o SIRGAS 2000 (FITZ,
2010).
Pensando que para confeccionar qualquer produto cartográfico, deve-se levar em consideração
a forma da superfície da Terra. Inclusive, ter conhecimento sobre esse modelado permitirá fazer
escolhas mais acertadas em relação aos sistemas de coordenadas e às projeções cartográficas,
gerando dados com formas e/ou valores mais próximos da realidade.
Pólo Norte
Meridiano de Greenwich
Latitude (φ)
or
Longitude (λ) uad
Eq
Pólo Sul
Outros dois conceitos importantes são o de latitude e longitude. O primeiro é a distância angular
entre um ponto na superfície terrestre e a Linha do Equador; o segundo é o ângulo formado entre
um ponto na superfície e o Meridiano de Greenwich (FITZ, 2010).
Mas para que toda essa divisão? Se esta pergunta passou pela sua cabeça, entenda que toda
essa divisão do globo terrestre é utilizada para se localizar na superfície terrestre, a fim de com-
por um sistema de coordenadas, que pode ser elaborado em valores angulares (coordenadas
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esféricas) ou unidades lineares (coordenadas planas). Os sistemas mais utilizados são os de co-
ordenadas geográficas, os quais se baseiam em coordenadas geodésicas, e o sistema UTM, que
se baseia em coordenadas plano-retangulares (FITZ, 2010).
Para se determinar um ponto em coordenadas geográficas, em uma carta topográfica, por exem-
plo, uma regra de três simples é suficiente. Veja essa representação na Figura 4.
Analise que, por meio das coordenadas geográficas, você terá a proporção entre a distância
medida do ponto paralelo (ou meridiano) até a longitude (ou latitude) conhecida, bem como a
distância que há entre as duas longitudes (ou latitudes) próximas conhecidas (FITZ, 2008).
Tomemos como exemplo o município de São Bernardo do Campo, no Estado de São Paulo. Esse
município situa-se nas coordenadas 23°41′38″ S e 46°33′54″ W (leia-se: vinte e três graus, qua-
renta e um minutos e trinte e oito segundos de latitude sul e quarenta e seis graus, trinta e três
minutos e cinquenta e quatro segundos de longitude oeste) ou em graus decimais -23,6938900
S e -46,5650000 W.
Com esses dados, veja que podemos localizar o município em um mapa e verificar ainda quais
outros municípios fazem limite com ele, bem como em quantos graus, minutos e segundos estes
estão distantes dele.
Agora no Sistema Universal Transversal de Mercator (UTM), elaborado pelo holandês Gerhard
Kremer (o Mercator), em 1569, é possível trabalhar com paralelos retos e meridianos retos e
equidistantes, os quais são amplamente utilizados até hoje. Devido a essa característica, esse
sistema adota coordenadas métricas planas ou plano-retangulares (FITZ, 2010).
Em outras palavras, o sistema UTM é originado pela interceptação da Linha do Equador com um
meridiano padrão específico, denominado Meridiano Central (MC).
Mas como se calcula uma coordenada UTM? Simples! Utiliza-se o mesmo princípio em que são
calculadas as coordenadas geográficas. Porém, deve-se dar atenção a tais coordenadas, pois
elas “representam distâncias planimétricas em relação ao ponto de origem dado pelo cruzamen-
to do MC referente e da linha representativa do plano do Equador” (FITZ, 2008; p. 39).
VOCÊ O CONHECE?
Já ouviu falar em Mercator? Pois bem, Gerhard Kremer, também conhecido com Mer-
cator, foi quem desenvolveu a projeção UTM. Ele foi um cartógrafo e matemático
holandês, nascido em 5 de março de 1512, logo, viveu durante o período do Renasci-
mento, pano de fundo para suas obras cartográficas, afinal essa era a visão de mundo
que seria retratada. A grande sacada de Mercator, em diferença aos mapas produzidos
anteriormente, está no fato dele conceber a Terra como uma esfera e não como uma
superfície. A projeção definida por ele foi elaborada visando às Grandes Navegações,
quando os europeus resolveram sair do seu continente e buscar novas Terras.
Quer saber mais sobre esse grande cartógrafo? Então leia este artigo: <http://www.
mercator.ufc.br/index.php/mercator/article/viewFile/159/127>.
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Lembra-se do elipsoide de revolução? Que é a superfície com que trabalhamos por ser a mais
próxima da superfície terrestre? Então, ela também é a utilizada nas projeções cartográficas, por
ser o transporte de pontos constantes do elipsoide para um plano. Tal “transporte” se dá devido
a funções matemáticas, em que se utilizam diferentes figuras geométricas como superfície de
projeção (FITZ, 2010).
χ = f (ϕ,λ)
γ = g (ϕ,λ)
ϕ = h (χ,γ)
λ = i (χ,γ)
Ao analisar as funções descritas, veja que elas possuem soluções infinitas, em que um sistema
de quadrículas tenta localizar todos os pontos que devem ser representados. Esse transporte da
realidade para o plano cartográfico traz consigo algumas imperfeições, que são denominadas
de deformações (FITZ, 2010). Estas, por sua vez, podem ser percebidas na forma, na área, na
distância ou na direção (CONCEIÇÃO; COSTA, 2011).
Vale ressaltar que as projeções cartográficas são classificadas de diversas formas, sempre bus-
cando o melhor ajuste para o mapeamento a ser realizado. Os tipos de superfície de projeção
são o cilindro, o cone e o plano, logo os mapas produzidos sobre essas superfícies terão uma
projeção cilíndrica, cônica ou plana/azimutal, o que pode ser observado na Figura 5.
Tipo de Superfície
Orientação
• Em relação ao método:
»» geométricas: baseadas em princípios geométricos projetivos;
• Em relação às propriedades:
»» equidistantes: não apresenta deformações lineares;
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A seguir, listamos as projeções mais utilizadas segundo Conceição e Costa (2011), as quais po-
dem ser observadas na Figura 6.
• Projeção de Peters: preocupa-se com o tamanho fiel das áreas, porém distorce as
formas; pois se preocupa com a proporção (tamanho relativo).
• Projeção Cônica Conforme de Lambert: possibilita ter uma área maior com baixa
deformação, por ser uma projeção conforme, sendo utilizada por regiões de grandes
extensões Leste-Oeste.
Também merece um destaque especial a projeção UTM, pois permite a representação de grandes
áreas em um plano, contendo poucas deformações. Essa projeção contém um sistema de coor-
denadas retangulares e é uma projeção cilíndrica conforme, a qual pode ser vista também na
Figura 6 a seguir. O cilindro é secante à superfície e o eixo do cilindro está no plano do Equador,
criando duas linhas de interseção, as quais são denominadas como fuso ou zona (CONCEIÇÃO;
COSTA, 2011).
Superfícies achatadas
Mapas planos
Antes de encerrar este tópico, é importante compreender bem os prós e contras de cada projeção
cartográfica, pois assim você terá elementos suficientes para escolher aquela que se adequará
melhor aos objetivos do seu estudo. Pensando também na utilização dos dados geográficos den-
tro de um ambiente SIG, é fundamental alinhar todos os dados dentro de uma mesma projeção,
pois isto evitará incongruências, certo?
Essa possibilidade só se tornou possível graças aos avanços tecnológicos, principalmente aos
avanços na tecnologia espacial, com o advento dos satélites artificiais. Mas o GPS não é utiliza-
do só para receber e transmitir localizações, não. Ele pode ser utilizado, inclusive, para fins de
navegação, coletando pontos de interesse em campo.
Agora que você já foi reapresentado ao GPS, vamos entender um pouco mais sobre seu funcio-
namento e aplicações. Acompanhe-nos!
Após conhecer seu contexto, vamos ver como o GPS funciona? Então, sabendo que existem 28
satélites desse sistema, precisamos entender sua órbita. Ela se dá em seis planos, partindo do
Equador em direção aos polos. Cada satélite circula a Terra duas vezes ao dia. Eles são muni-
dos de relógios atômicos para uma marcação do tempo precisa, enviando a localização exata
aos aparelhos receptores de GPS e às estações remotas espalhas pelo planeta (CONCEIÇÃO;
COSTA, 2011).
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Esse sistema, inclusive, possui três segmentos, segundo Albuquerque e Santos (2003):
1º) Segmento espacial: consiste nos 24 satélites distribuídos em seis planos orbitais, com quatro
satélites em cada plano, a uma altitude de 20200 km, de acordo com a Figura 7. Sua inclinação
dos planos é de 55° em relação ao Equador, com um período orbital de aproximadamente 12
horas siderais, garantido ao menos quatro satélites visíveis para a superfície terrestre.
2º) Segmento de controle: são estações de controle (Figura 8) que visam a monitorar e a con-
trolar continuamente os satélites, além de determinar o tempo do GPS, prever efemérides dos
satélites, calcular correções para os relógios e atualizar as mensagens de navegação dos satéli-
tes. As estações de controle se localizam no Havaí, Kwajalien, Ilha de Ascención, Diego Garcia
e Colorado (Estados Unidos).
Eles ainda podem ser classificados em quatro categorias, conforme sua precisão e características
(FITZ, 2010):
• de navegação;
• métricos;
• submétricos;
• geodésicos.
O usuário do GPS que entender esses três segmentos terá mais chances de compreender as po-
tencialidades e limitações do sistema. Assim, seus resultados serão mais fidedignos e poderão ser
melhor explorados dentro do rol de ferramentas do geoprocessamento.
Partindo desse pressuposto, se forem incluídas medidas de distâncias de mais satélites, é possível
triangular uma posição. Por exemplo, com pelo menos três satélites, o GPS determina a latitude
e longitude; já com quatro satélites, ele determina, além da latitude e longitude, a altitude. Em
outras palavras, são necessários “quatro satélites ou mais para ser possível [...] determinar a
posição geocêntrica e o erro de sincronização não acontecer” (CONCEIÇÃO; COSTA, 2011; p.
107), inclusive para mostrar o posicionamento absoluto, como mostra a Figura 9.
S2 S3
r2 r3
S1 P
r1 r4
S4
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Agora para um posicionamento relativo, é preciso apenas utilizar duas estações de trabalho, a
fim de fazer leituras simultâneas dos mesmos satélites. Ou seja, um receptor deve estar em uma
estação de referência (coordenadas conhecidas), enquanto o outro é utilizado para realizar lei-
turas do levantamento (FITZ, 2010).
• ter noção que os sistemas de coordenadas são compostos por valores angulares ou
lineares, e que as coordenadas podem ser geográficas ou plano-retangulares.
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Referências Bibliográficas
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