Apostila de Geoprocessamento
Apostila de Geoprocessamento
Apostila de Geoprocessamento
Engenharia de Transportes
2019
Sumário
INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 01
Objetivos da disciplina.............................................................................. 01
Tecnologias aplicadas ao geoprocessamento ......................................... 01
Aplicações do Geoprocessamento para Engenharia de Transportes ...... 04
UNIDADE I – INTRODUÇÃO A TOPOGRAFIA, CARTOGRAFIA E GEODÉSIA ... 05
1ª Atividade Prática – Uso das Tecnologias: Excel e AutoCad ................ 07
2ª Atividade Prática – Pesquisa sobre coordenadas Geográficas e UTM 16
UNIDADE II – GOOGLE EARTH.............................................................................. 17
3ª Atividade Prática – Explorando os comandos do Google Earth ........... 19
UNIDADE III – SENSORIAMENTO REMOTO ......................................................... 20
4ª Atividade Prática – Utilização do esterescópio de bolso para análise de
aerofotos .................................................................................................. 24
UNIDADE IV – MDT - MODELO DIGITAL DO TERRENO ...................................... 25
5ª Atividade Prática – Geração de MDT e interpolação de curvas de nível
a partir de pontos cotados......................................................................... 30
6ª Atividade Prática – Geração de MDT e interpolação de curvas de nível
a partir de pontos coletados no Google Earth .......................................... 33
UNIDADE V – GPS - SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL ....................... 37
7ª Atividade Prática – Utilização do gps de navegação para coleta de
pontos em campo ..................................................................................... 39
UNIDADE VI – SIG – SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS .................. 43
8ª Atividade Prática – Introdução ao uso do software QGIS .................... 48
9ª Atividade Prática – Criação de Mapas Temáticos no software QGIS .. 53
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Abordar os aspectos de entrada, manipulação e saída de dados gráficos e alfanuméricos. Apresentar as principais
tecnologias utilizadas no Geoprocessamento:
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Figura 3 – Cartografia
Conjunto de técnicas que possibilita a obtenção de informações sobre alvos na superfície terrestre (objetos, áreas,
fenômenos).
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É um sistema de hardware, software, informação espacial, procedimentos computacionais e recursos humanos que
permite e facilita a análise, gestão ou representação do espaço e dos fenômenos que nele ocorrem.
Figura 7 – SIG
O planejamento do sistema de transporte está fundamentado na análise de dados relativos à sua demanda e oferta,
onde a oferta abrange todas as características da infraestrutura que dá suporte ao sistema. Esta infraestrutura é
representada não só pelos veículos, mas principalmente pela rede de transportes com todas as suas características
físicas e operacionais. O geoprocessamento tem demonstrado ser uma ferramenta de integração de bancos de dados
informatizados e de visualização de informações.
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Duas são as ciências que tem por objetivo a determinação e a fixação da posição relativa de pontos da superfície
terrestre: a GEODÉSIA e a TOPOGRAFIA Ambas se referem a levantamentos para representação de porções sobre a
superfície da terra.
No entanto, a Topografia estuda o particular (áreas reduzidas, geralmente para implantação de obras de engenharia)
e a Geodésia estuda o geral determinando a forma geométrica e o tamanho da terra.
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TOPOGRAFIA
Topografia é a ciência, capaz de definir a forma, a dimensão e os acidentes naturais e artificiais de uma porção
limitada do terreno.
São realizados levantamentos para representar porções sobre a superfície da Terra.
Levantamento Topográfico = Conjunto de métodos e processos que objetiva fornecer exata representação do
terreno.
Planta Topográfica: Representação fiel da área em estudo. Principal objetivo da execução dos levantamentos
topográficos
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Elaboração de uma Planta Topográfica para estudo de posicionamento, através de dados organizados numa planilha
do Excel.
X Y Cota
10137.78 19988.67 797.113
9978.9 20.000.563 799.947
10174.31 19953.824 797.084
10148.55 19902.51 797.47
10020.54 19992.917 799.776
10160.81 19914.121 797.192
PASSO-A-PASSO DA ATIVIDADE:
Baixar a planilha do Excel com os dados de coordenadas que está no Sistema Acadêmico.
Abrir o bloco de notas e copiar o arquivo de Excel para .txt
o Ao abrir o bloco de notas, e copiar as coordenadas do Excel, deve-se inserir antes dos valores de
coordenadas, a palavra “point”, dar um espaço comum e separar as coordenadas X, Y, Z por vírgulas.
Figura 9 – Bloco de Notas – sem formatação Figura 10 – Bloco de Notas – com formatação
o Após fazer a configuração do texto no bloco de notas, deve-se salvar o arquivo na extensão: .scr
para que consigamos abrir o arquivo no AutoCad
Abrir o software AutoCad. Figura 11 – Interface AutoCad
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Com os pontos carregados no software Autocad, é possível executar o desenho da Planta Topográfica,
representando desta forma, o espaço geográfico em estudo.
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SUPERFÍCIE TOPOGRÁFICA
GEOIDE
ELIPSOIDE
a = semieixo maior
b = semieixo menor
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DATUM
• SAD-69
• Córrego Alegre
ESFÉRICO
Projeções Cartográficas.
Após definir a melhor forma pra Terra, buscou-se definir a melhor forma que a representasse.
SISTEMAS DE COORDENADAS
Após definir a melhor forma pra Terra, buscou-se definir a melhor forma que a representasse.
Os sistemas de Coordenadas foram concebidos pelo ITRS - Sistema de Referência Terrestre Ideal
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z
y
Geralmente este sistema é arbitrário, ou seja, são sugeridas coordenadas para o primeiro vértice da poligonal
(X, Y e cota), de forma que as demais tenham esta como referência para o levantamento.
Deve-se evitar valores no qual ocorram coordenadas negativas para os vértices da poligonal e irradiações.
As coordenadas topográficas são calculadas no escritório em função das medidas de campo, ou seja, avaliação
dos ângulos e distâncias entre os pontos topográficos.
MERIDIANOS:
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PARALELOS:
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FUSOS UTM
FUSOS MERIDIANO
CENTRAL
18 -75°
19 -69°
20 -63°
21 -57°
22 -51°
23 -45°
24 -39°
25 -33°
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• N (ordenadas) E (abscissas)
N=10.000.000,000
E=500.000,000
CONVERGÊNCIA MERIDIANA
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA
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OBJETIVO DA ATIVIDADE: Realizar uma pesquisa sobre as coordenadas geográficas e UTM de pontos importantes do
nosso país, estado e cidade.
• ETAPA 2 – Informar as coordenadas Geográficas dos pontos extremos do Brasil, Minas Gerais e de BH
ESTRUTURA DO RELATÓRIO
• INTRODUÇÃO
• Objetivos do Trabalho e Conceitos (Etapa 1)
• METODOLOGIA DE PESQUISA
• RESULTADOS (Etapas 2 e 3)
• CONCLUSÃO
• ANEXOS (Mapas / Imagens)
• BIBLIOGRAFIA
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A opção “Visualizar – Grade”: Nos permite ativar ou desativar as grades de coordenadas UTM e Geográficas, mostradas
no Google Earth:
Ferramentas: permite alterar as configurações do Google Earth e acessar recursos adicionais. A alteração entre os
sistemas de coordenadas representadas, pode ser realizada através deste menu, seguindo os passos: Ferramentas –
Opções:
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Adicionar: este menu permite a adição de marcadores às localizações encontradas no Google Earth. Assim, é possível
acessar rapidamente as imagens de seus locais preferidos (sua casa, seu local de trabalho, seu clube favorito, um ponto
turístico, etc.). Note que este menu está diretamente ligado a caixa Lugares.
1ª ETAPA:
2ª ETAPA:
a) Criar um caminho do prédio de Engenharia (Campus II) à portaria da Av. Amazonas do Campus I,
determinando a distância e o perfil de elevação.
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O Sensoriamento Remoto é um termo utilizado na área das ciências aplicadas que se refere à obtenção de dados de
alvos à distância.
É a tecnologia que permite obter imagens e outros dados da superfície terrestre por meio da captação e do registro
da energia refletida ou emitida pela superfície.
Existem diversas definições referentes à tecnologia de sensoriamento remoto. Algumas são mais apropriadas que
outras quando se olha do ponto de vista do usuário de imagens de satélite. É interessante reparar, que seguindo a
definição proposta, o olho humano também pode ser considerado um sensor remoto. Entretanto, deseja-se vincular
o termo sensoriamento remoto à aquisição de medidas nas quais o ser humano não é parte essencial do processo de
detecção e registro dos dados.
“Tecnologia que permite a aquisição de informações sobre objetos, sem contato físico com eles”
Uso Militar
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TIPOS DE SENSORES
FOTOGRAMETRIA
A fotogrametria é a ciência que permite executar medições precisas utilizando fotografias e tendo por
finalidade determinar a forma, dimensões e posição de uma superfície ou objeto.
A aerofotogrametria é um ramo da fotogrametria, na qual há é utilizada uma câmera embarcada em uma
aeronave para a coleta de imagens.
Tal ciência tornou-se a base para o sensoriamento remoto.
A Aerofotogrametria tem por finalidade a determinação da forma e dimensões de objetos por meio de medidas
obtidas em fotografias aéreas
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A Aerofotogrametria tem inúmeras aplicações, podendo citar o auxílio a projetos de estradas, cadastro urbano e rural,
dimensionamento de bacias hidrográficas, projetos urbanísticos, localização e dimensionamento de jazidas,
reconhecimento de áreas de risco, reflorestamentos.
Na fotogrametria, pode-se interpretar aerofotos, obtendo uma visão tridimensional de uma determinada área, por
meio de um equipamento denominado ESTEREOSCÓPIO (ESTEREOSCOPIA). Logo, é necessário trabalhar com pares de
aerofotos sequentemente numeradas juntamente com o ESTEREOSCÓPIO.
ESTEREOSCÓPIO
ESTEREOSCÓPIO DE BOLSO
Olho Humano
Câmeras RGB
Câmeras NVDI / Multispectrais
Câmeras Termais
Satélites
Em cada situação é indicado um modelo de sensor que possa atender a precisão necessária no trabalho.
Satélites são capazes de cobrir maiores áreas da superfície em menos tempo, mas devido a distância existente
entre eles a precisão é na casa de 10 metros.
No caso de Câmeras embarcadas em VANT’s ou aviões é possível se chegar a precisão de centímetros.
Portanto é necessário avaliar caso a caso
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Apartir de 2010 os drones invadiram o Mercado com uma grande velocidade, podendo ser empregados em muitas
áreas, inclusive na Aerofotogrametria.
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OBJETIVO DA ATIVIDADE: Conhecer o método utilizado com o estereoscópio para a análise de aerofotos
Para que seja efetuada a estereoscopia em determinada área de um par de aerofotos, será necessário que o
paralelismo dos eixos óticos sobrecaiam nas duas aerofotos, o que conduzirá à PERCEPÇÃO TRIDIMENSIONAL do
mesmo.
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Para a representação de uma superfície real no computador é indispensável a criação de um modelo digital, podendo
ser por equações analíticas ou por uma rede de pontos na forma de uma grade de pontos regulares e ou irregulares.
A partir dos modelos pode-se calcular volumes, áreas, desenhar perfis e seções transversais, gerar imagens
sombreadas ou em níveis de cinza, gerar mapas de declividade e exposição, gerar fatiamentos em intervalos desejados
e perspectivas tridimensionais.
No processo de modelagem numérica de terreno podemos distinguir três fases: aquisição dos dados, geração de
grades e elaboração de produtos representando as informações obtidas.
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MDS – Modelo Digital de Superfície: Representação altimétrica da superfície do terreno, acrescida de prédios,
árvores, etc...
MDS X MDT
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O produto básico gerado através da coleta dos dados é o MDS e para gerar o MDT necessário um processo
chamado de filtragem.
Filtragem nada mais é que um processo onde você filtra (exclui) os objetos acima do solo, esse
procedimento pode ser realizado de forma automática por meio de algoritmos e de forma manual onde o
operador delimita os objetos a serem filtrados.
HISTÓRICO
O uso do MDT iniciou com a necessidade de elaborar projetos de rodovias através do uso do computador
utilizando dados do terreno adquiridos através de um restituidor utilizando imagens obtidas por
aerofotogrametria
Aerofotogrametria
Malha Triangular
3. Abrangência
Local (Cotas)
Global (Altitudes)
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Topologia: As práticas de Nivelamento executadas em campo, após calculadas, devem ser representadas
graficamente, a fim de proporcionar um maior entendimento do relevo do terreno.
Após o cálculo das alturas de todos os pontos de interesse do terreno, os mesmos são lançados em planta
através de suas coordenadas topográficas (X;Y) ou UTM (N;E) registrando-se ao lado do ponto, o número
correspondente a sua altura relativa (cota) ou absoluta (altitude).
101,500
100,300
100,000
100,000
100,000
100,700 100,000
100,000
101,300
100,700
Curvas de Nível: Caracterizam-se como linhas curvas imaginárias que unem todos os pontos de igual altitude de uma
região representada. É chamada de "curva" pois normalmente a linha que resulta do estudo das altitudes de um
terreno são em geral manifestadas por curvas.
101,500
100,300
100,000
100,000
100,000
100,700 100,000
100,000
101,300
100,700
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101,500
100,300
100,000
100,000
100,000
100,700 100,000
100,000
101,300
100,700
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OBJETIVO DA ATIVIDADE: Criar um Modelo Digital do Terreno a partir dos pontos cotados e fazer a interpolação das
Curvas de Nível.
O Espaço de Trabalho Planning and Analysis do Civil 3D, oferece aos usuários as ferramentas para a criação de
mapas com facilidade. Devido a isso, a sua biblioteca de sistema de coordenadas é um pouco diferente da do espaço
de trabalho Civil 3D
4. Acessar o Menu Create para criar um Sistema de elevação a partir dos pontos carregados no desenho: Create
from points – “+” – “points in drawing”
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8. Clicar com botão direito na camada e selecionar: “Create contour layer”, para gerar as Curvas de Nível.
9. Abrirá uma caixa de texto, onde deve ser inserido a o intervalo vertical de 1 metro entre as curvas de nível na
opção: “Countour elevation interval” e deve-se ativar a opção “Label the elevation”, para que o valor das
curvas de nível seja escrito nas curvas.
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Após este processo, as curvas de Nível serão desenhadas, mostrando o comportamento do relevo do terreno.
10. No canto esquerdo da tela, clique no Menu Table. Aparecerá uma nova janela com as informações sobre as
Curvas de Nível. Clique na opção Elevation para que apareça todas as Curvas de Nível do desenho.
Observe que ao clicar em cima dos números, as curvas de nível são selecionadas no desenho.
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OBJETIVO DA ATIVIDADE: Esta aula prática visa criar um Modelo Digital de Elevação
(MDE) e gerar curvas de nível a partir de dados coletados no Google Earth.
O Espaço de Trabalho Planning and Analysis do Civil 3D, oferece aos usuários as ferramentas para a criação de
mapas com facilidade. Devido a isso, a sua biblioteca de sistema de coordenadas é um pouco diferente da do espaço
de trabalho Civil 3D
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c) Clique no menu Insert – Map Import e selecione o arquivo de texto (extensão .txt) que contém as
coordenadas dos pontos topográficos e suas respectivas altitudes.
e) Acessar o Menu Create para criar um Sistema de elevação a partir dos pontos carregados no desenho:
Create from points – “+” – “points in drawing”
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Após a seleção desta opção, será criada a base do Modelo Digital do Terreno.
i) Clicar com botão direito na camada e selecionar: “Create contour layer”, para gerar as Curvas de Nível.
j) Abrirá uma caixa de texto, onde deve ser inserido a o intervalo vertical de 1 metro entre as curvas de
nível na opção: “Countour elevation interval” e deve-se ativar a opção “Label the elevation”, para que
o valor das curvas de nível seja escrito nas curvas.
k) Antes de fechar esta caixa de diálogo, salve os pontos de extensão SDF na área de trabalho e por fim,
clique em OK.
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Após este processo, as curvas de Nível serão desenhadas, mostrando o comportamento do relevo do terreno.
l) No canto esquerdo da tela, clique no Menu Table. Aparecerá uma nova janela com as informações
sobre as Curvas de Nível. Clique na opção Elevation para que apareça todas as Curvas de Nível do
desenho.
Observe que ao clicar em cima dos números, as curvas de nível são selecionadas no desenho.
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UNIDADE V – GPS
Global Position System (GPS) ou Sistema de Posicionamento Global é um sistema de localização geográfica e geodésica
originado durante a guerra fria para uso militar e posteriormente aberto para o meio público. O GPS teve início no ano
de 1957 quando foi lançado pelos soviéticos o primeiro satélite artificial da história, SPUTNIK 1, sendo então o ponto
inicial para que essa tecnologia pudesse ser utilizada para a obtenção da localização de pontos sobre a superfície
terrestre.
Tem como função básica identificar a localização de um receptor, na superfície terrestre, que capte sinais emitidos
por satélites. Ou seja, trata-se de um sistema de posicionamento geográfico que nos dá as coordenadas de
determinado lugar na Terra, desde que tenhamos um receptor de sinais de GPS.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
Funcionando a partir da comunicação com 24 satélites distribuídos em seis planos que orbitam a Terra, o sistema de
posicionamento global interpreta sinais que são capazes
de fornecer a localização exata no determinado
momento. Os satélites que estão em orbita possuem um
relógio atômico que marca as horas com a precisão de
um nano segundo. Ao emitir um pulso de sinal, que
indica a localização do satélite, o mesmo registra o
horário e envia essa informação juntamente ao
receptor. O sinal de rádio enviado ao receptor viaja por
velocidades constantes, portanto cabe ao receptor
calcular quanto tempo o sinal demorou para chegar ao
mesmo e então determinar a que distância ele está do
satélite em questão. Através de um processo de
triangulação, o receptor consegue determinar a qual
distância ele está de três satélites respectivamente e
assim determinar com precisão o local em que o
receptor está na superfície terrestre.
CURIOSIDADES:
No Brasil, o primeiro receptor GPS foi utilizado em 1992. Inicialmente ele era usado para rastrear caminhões com
cargas valiosas; - Apenas em 2000 o sinal dos satélites de GPS foi liberado ao uso civil. Antes, os EUA impunham uma
“disponibilidade seletiva” que impossibilitava o uso civil do sinal com uma precisão menor que 90 metros; - No interior
dos satélites, há relógios atômicos de alta precisão, os quais atrasam 1 segundo a cada 100 mil anos; - Apesar do sinal
dos satélites funcionarem em todo o globo terrestre, há dois países que não permitem a utilização do seu sinal em
seus territórios: Coreia do Norte e a Síria;
Tratando-se de uma área em que saber a localização exata de um objeto é uma informação primordial, o sistema de
posicionamento global torna-se de extrema relevância para o Geoprocessamento de dados. Os dados obtidos por
meio do GPS podem ser aplicados em diversas situações de estudo como o caso de monitoramento de trafego e frota,
georreferenciamento de propriedades, planejamento urbano, estudos de fluxo, estudos de viabilidade técnica,
mapeamento aéreo e entre outros.
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OBJETIVO DA ATIVIDADE: coletar pontos de coordenadas em campo e processá-los no computador, com o uso do
GPS de navegação.
O eTrex Garmin é um receptor de GPS portátil de mão com 12 canais que pesa 172
gramas. Possui uma antena interna de GPS e somente cinco botões para o usuário.
Todos os botões estão localizados em ambos os lados do aparelho, permitindo que ele
seja operado com uma das mãos, não obstruindo assim, a visão do display. O aparelho
pode funcionar durante 22 horas com duas pilhas AA no modo econômico (battery save
mode).
Além de determinar a sua posição, o eTrex pode criar, nomear e salvar uma posição
(como um waypoint eletrônico) na memória, permitindo, assim, que você possa navegar
novamente de volta a este ponto quando desejar.
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UTILIZANDO O GPS
boas-vindas será exibida por alguns segundos enquanto o eTrex executa um auto
teste, seguido pela página de satélite.
O eTrex necessita de no mínimo três fortes sinais de satélite para encontrar a
sua posição.
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*O eTrex não é uma bússola. Você deve estar se deslocando para que ele
acompanhe seu movimento
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Vamos dividir a turma em 4 grupos de trabalho e cada grupo deverá seguir o roteiro para coletar dados com o uso do
GPS de Navegação.
Segue abaixo, uma Planilha para facilitar o preenchimento das informações coletadas e um Croqui que ajudará na
identificação dos dados coletados.
ROTEIRO – GRUPO
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SIG é um sistema que processa dados gráficos e não gráficos (alfanuméricos) com ênfase a análises espaciais e
modelagens de superfícies.
Espaço geográfico: uma coleção de localizações na superfície da Terra, sobre a qual ocorrem os fenômenos
geográficos;
Informação espacial: está relacionada à existência de objetos com propriedades, as quais incluem a sua localização
no espaço e a sua relação com outros objetos.
Integrar, numa única base de dados, as informações espaciais provenientes de dados cartográficos, dados de censo e
cadastro urbano e rural, imagens de satélite, etc.
Oferecer mecanismos para combinar as várias informações, através de algoritmos de manipulação e análise, bem
como consultar, recuperar, visualizar e plotar o conteúdo da base de dados georreferenciados.
Como um banco de dados geográficos, com funções de armazenamento e recuperação de informação espacial.
Visualização e plotagem;
ANÁLISE ESPACIAL
de 20%?
BH?
MAPAS
Mapas temáticos
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IMAGENS
Obtidas por meio de satélites, fotografias aéreas ou "scanners" aerotransportados, as imagens são armazenadas
como matrizes, onde cada elemento de imagem (denominado "pixel") tem um valor proporcional à reflectância do
solo para a área imageada.
É uma representação quantitativa de uma grandeza que varia continuamente no espaço. Entre os usos podemos
citar:
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Representações vetoriais: neste caso qualquer entidade do mapa é reduzido a três formas básicas: pontos, linhas e
áreas ou polígonos.
Representações matriciais: cada célula possui um número de coluna, um número de linha e um valor correspondente
ao atributo estudado, onde cada célula é individualmente acessada pelas suas coordenadas.
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Scanners;
GPS;
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SOFTWARE QGIS
É um software utilizado na manipulação dos dados do sistema de informação geográfica (SIG) que permite a
visualização, edição e análise de dados georreferenciados.
AQUISIÇÃO DOS DADOS UTILIZADOS: Os dados de entrada podem ser adquiridos através de medições in
loco e em bases de dados.
Site do IBGE:
Geociências – Downloads – Cartas e Mapas
Baixar os Shapefiles = Shapes: arquivo que contém informações geoespaciais e contém as formas vetoriais.
Armazenam dados geográficos no formato vetorial, podendo ser do tipo ponto, linha ou polígono.
ATIVIDADE PRÁTICA:
CAMADAS VETORIAIS
Sistemas de Referência
Quando passamos o mouse em cima delas, podemos perceber na base inferior.
Criação de Simbologias
Clicar duas vezes na Camada que se deseja fazer alterações
Ir no Menu Simbologias e alterar: Cores de Preenchimento
Atributos dos Polígonos: dados que descrevem a distribuição especial
Clicar com o Botão direito na Camada e clicar em Tabela de Atributos
Linhas: cada um dos polígonos Colunas: atributos dos polígonos
Como trocar as simbologias baseando-se nos atributos:
Botão direito do Mouse – Propriedades – Simbologia
Trocar o Símbolo Simples para o Categorizado (Dados Qualitativos)
Selecionar os dados da Coluna e Classificar.
Configuração do Mapa
Projeto – Novo layout de Impressão
Definir Formato (Botão direito – Propriedades da Página)
Adicionar novo mapa no layout
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O QGIS, assim como a grande maioria dos softwares de geoprocessamento e processamento digital de
imagens (PDI), admite basicamente três tipos de arquivos, a saber: vetoriais, matriciais e tabulares.
Os dados vetoriais cumprem a função de representar os elementos do espaço geográfico (mundo real)
através das feições geométricas ponto, linha ou polígono. Os dados matriciais, por sua vez, representam
modelos contínuos (imagens georreferenciadas ou rasters).
Funcionalidade: Inserir dados geográficos do tipo vetorial (pontos, linhas e polígonos) no QGIS.
Procedimento:
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A tabela de atributos é a responsável por exibir os conteúdos quantitativos e/ou qualitativos de cada feição
de um shapefile. A extensão .dbf (um dos arquivos que compõem o shapefile) é a responsável por guardar
tais informações tabulares.
Ao abrir a tabela, ela exibirá uma linha de registro para cada feição do shapefile. A partir daí é possível fazer
uma série de seleções, consultas e edições através do ferramental da tabela de atributos. Cada linha
selecionada na tabela de atributos, destaca uma feição na área de projeto e vice-versa.
Procedimentos:
Clique com o botão direito na camada vetorial e selecione “Abrir tabela de atributos” ou clique no ícone de
mesmo nome na interface de ferramentas do QGIS ;
Clique no ícone de “lápis” para colocar a tabela em forma de edição, assim é possível, por exemplo, reescrever
uma célula, acrescentar ou deletar linhas e campos/colunas;
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APLICAÇÃO DE FILTROS
Todo arquivo pode ser filtrado através de parâmetros registrados em um determinado campo. Para isso, o
QGIS conta com uma ferramenta de consulta, onde é possível realizar desde operações simples até a
montagem de expressões mais complexas para obtenção da visualização de tais consultas.
Procedimentos:
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É possível agregar planilhas de dados externas a um shapefile, importando, assim, novos conjuntos de
informações a uma tabela de atributos já existente, procedimento conhecido como “join”.
Esse processo só é realizado se existir ao menos uma “coluna chave” nas tabelas, ou seja, é preciso que a
tabela a ser importada contenha uma coluna idêntica a outra já existente na tabela de atributos do shapefile.
Essa será a fonte de ligação entre os dados.
Procedimentos:
Importe a tabela externa para o QGIS. Para esse processo, é importante que as tabelas estejam nos formatos
.xls, .xlsx ou .csv;
Clique com o botão direito na camada na qual pretende-se agregar os dados e abra as “propriedades”;
Clique na aba “Uniões” e posteriormente clique no sinal de positivo “+”;
Na opção “Unir camadas”, selecione a tabela externa;
Nas opções “Unir campos” e “Campo alvo”, selecione as colunas chaves das tabelas externas e a de atributos
do shapefile;
Escolha os campos que serão unidos;
Habilite a opção “Prefixo do nome do campo personalizado” e exclua o termo sugerido, caso contrário a
nomenclatura original das colunas da sua tabela de atributos não será mantida (figura 9).
Clique em “OK”.
Obs.: Nesse momento a união terá sido feita e os novos atributos podem ser consultados. No entanto, essa união ainda
está guardada em arquivo temporário. Caso precise que o resultado seja permanente, dê um “Salvar como” no
arquivo e salve-o em formato “shapefile”.
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Além das funcionalidades de geoprocessamento vistas até o momento, também é possível trabalhar o viés
cartográfico por meio do QGIS, através da elaboração de mapas temáticos. Os produtos gerados na área de
trabalho principal podem ser utilizados para produção de layouts de impressão, onde são manipulados os
elementos básicos para composição de uma carta, a saber: título, legenda, escala, orientação, grade de
coordenada, ficha técnica e encarte de localização.
Procedimentos:
Acesse o compositor de impressão do QGIS na barra superior e adicione um novo layout de mapa,
através do ícone “Novo layout de impressão”, também acessível pelo menu “Projeto”;
Dê um título ao seu layout de impressão e clique em “OK”. Note que este não é o título do seu mapa,
mas o nome do projeto em que ele será elaborado;
Todas as ferramentas para inserção dos elementos básicos componentes de um mapa são
encontradas na barra lateral esquerda do compositor de impressão. Para adicionar o mapa principal,
clique sobre o ícone “Adicionar um novo mapa ao layout” (“Adds a new map to layout”) e arraste o
cursor para delimitar o tamanho da folha que deseja ocupar com o mapa. Lembre-se de deixar espaço
suficiente para a inserção dos demais elementos obrigatórios de um mapa;
Para alterar propriedades referentes à página (como tamanho da folha, orientação e resolução de
saída), clique com o botão direito sobre a área de layout e acesse a opção “Propriedades da página”
(“Page properties”);
Ao clicar sobre o mapa principal com a ferramenta “Selecionar/mover item”, a aba lateral direita,
intitulada “Propriedades do item”, estará habilitada para edição deste elemento selecionado;
Nela, é possível inicialmente ajustar o zoom de exibição do mapa na opção “Escala”;
Em “Grades”, nas propriedades do item selecionado (mapa principal), clique no botão “+” para criar
sua grade de coordenadas (“Grade 1”);
Clique em “Modificar grade...” para acionar suas propriedades específicas;
Nesta opção deverá ser selecionado o tipo de grade entre “Sólido”, “Cruz” ou “Apenas molduras e
anotações”;
Também deverá ser especificado o “Intervalo” entre uma notação e outra de latitude e longitude da
grade. Para isso, atente-se para o Sistema de Coordenadas que está sendo utilizado no projeto.
Sistemas de Coordenadas Geográficas requisitarão valores em graus. Sugere-se utilizar Sistema
Projetado para informar valores métricos. Informe os valores de intervalo X e Y desejados e tecle
“Enter”;
Em “Estilo da moldura”, escolha o padrão gráfico desejado para compor sua grade. Para mapas com
caráter profissional, recomenda-se o uso do estilo “Zebra”;
Em seguida, habilite a opção “Desenhar coordenadas” (“Draw coordinates”) e escolha o “Formato” e
as opções de posicionamento de interesse. A figura 29 ilustra os passos realizados até aqui.
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Ao “Adicionar nova barra de escala”, no menu lateral esquerdo, deve-se atentar para o campo
“Segmentos”. Alterando o número à direita e esquerda são modificados os intervalos gráficos de
divisão;
O campo “Espessura fixa” é o que deverá ser alterado caso deseje intervalo maior ou menor. A
unidade de medida será sempre a definida pelo Sistema de Coordenadas do projeto. O campo “Rótulo
do multiplicador da unidade” não deve ser alterado;
Em “Adicionar novo rótulo ao layout” é possível inserir e configurar qualquer elemento textual da
carta, como o título e a ficha técnica. Note que o título deverá contemplar os fenômenos
representados na carta (o quê), sua localização no espaço geográfico (onde) e o período de ocorrência
(quando), se aplicáveis. Na ficha técnica deverá constar o nome do autor, os parâmetros de referência
espacial utilizados, a fonte dos dados geoespaciais e a data de produção da carta;
Clique no ícone “Adicionar legenda ao layout”, na barra lateral esquerda, e depois posicione o
elemento dentro da folha. Ao desabilitar a opção “Auto update” é possível editar individualmente a
nomenclatura e a ordem de exibição dos conteúdos da legenda;
A orientação (seta norte ou rosa-dos-ventos) é inserida através do ícone “Adicionar nova imagem ao
layout”, pesquisando-a na opção “Buscar diretórios” (“Search directories”);
Por fim, para inserir um encarte de localização é necessário desabilitar a opção “Desenhar itens da
tela do mapa”, além de “Travar camadas” e “Travas estilos para as camadas”, de modo que qualquer
intervenção realizada no mapa na área de trabalho principal do QGIS não seja reproduzida no
compositor de impressão (figura 30);
Ao realizar este procedimento, retorne à área de trabalho principal e mantenha apenas a camada a
ser utilizada como encarte de localização selecionada;
Clique novamente em “Adicionar novo mapa” e posicione seu encarte preferencialmente nas
extremidades superiores da página.
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Ao término de todas as etapas, clique no ícone “Exportar como imagem” e indique um título, formato
e local para salvar o arquivo gerado. A figura 31 apresenta o mapa deste exemplo finalizado, com
todos os elementos inseridos.
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