Contabilidade Gerencial
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Gerencial
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Contabilidade Gerencial
Diretor Geral
Nildo Ferreira
Diretora Acadêmica
Beatriz Christo Gobbi
Coordenadora do Núcleo de Educação a Distância
Beatriz Christo Gobbi
Coordenadora do Curso de Administração EAD
Rosemary Riguetti
Coordenador do Curso de Pedagogia EAD
Claudio David Cari
Coordenador do Curso de Sistemas de Informação EAD
David Gomes Barboza
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Coqueiral de Itaparica - Vila Velha, ES
CEP 29102-040
Apresentação
Caro estudante,
Bom estudo!
Objetivo
Compreender os fundamentos da contabilidade gerencial, diferenciando-a da
contabilidade financeira.
Habilidades e competências
• Identificar o que é contabilidade gerencial.
• Interpretar os demonstrativos financeiros das organizações.
• Analisar a situação econômico-financeira das organizações através dos diversos
índices.
• Compreender a estrutura das demonstrações econômicas e financeiras.
• Entender a consolidação das demonstrações econômicas e financeiras.
• Entender os índices de avaliação de empresa.
Ementa
Contabilidade gerencial. Estrutura das demonstrações econômicas e financeiras.
Preparação e consolidação das demonstrações. Análise vertical e horizontal. Saldo
de tesouraria. Efeito tesoura. Análise e controle financeiro. Liquidez. Rentabilidade.
Sumário
1. Entendendo a contabilidade gerencial.............................................................................7
2. A contabilidade gerencial como sistema de informação contábil...................................14
3. Monitoramento da estratégia: Balanced Scorecard e Gestão de Riscos............................22
4. Revisando as principais contas do Balanço Patrimonial..................................................29
5. Revisando as principais contas da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)........36
6. Revisando as principais contas da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)..................40
7. Consolidação das demonstrações financeiras.................................................................46
8. Procedimentos para consolidação das demonstrações financeiras.................................51
9. Principais ajustes na consolidação das demonstrações financeiras................................55
10. Exercícios resolvidos.......................................................................................................63
11. Objetivos da análise das demonstrações financeiras......................................................70
12. Padronização das demonstrações financeiras................................................................75
13. Modelo de padronização das demonstrações financeiras...............................................81
14. Análise vertical – parte I................................................................................................88
15. Análise vertical – parte II...............................................................................................92
16. Análise horizontal – parte I............................................................................................96
17. Análise horizontal – parte II.........................................................................................101
18. Relação entre análise vertical e análise horizontal.......................................................107
19. Exercícios resolvidos.....................................................................................................114
20. Análise referencial.......................................................................................................126
21. Análise através de índices............................................................................................131
22. Análise financeira básica..............................................................................................137
23. Tesouraria líquida.........................................................................................................146
24. Ativo e Passivo de tesouraria........................................................................................151
25. Saldo de tesouraria......................................................................................................155
26. Efeito tesoura...............................................................................................................160
27. Efeito tesoura como indicador de tendências...............................................................164
28. Overtrade ou overtrading..............................................................................................169
29. O papel dos índices de balanço....................................................................................173
30. Descrição detalhada dos índices...................................................................................178
31. Conceito de necessidade de capital de giro..................................................................185
32. Causas da modificação da necessidade de capital de giro............................................191
33. Análise da necessidade de capital de giro....................................................................199
34. Administração do capital de giro..................................................................................206
35. Exercícios resolvidos.....................................................................................................211
36. Indicadores de liquidez................................................................................................220
37. Liquidez geral..............................................................................................................226
38. Liquidez corrente.........................................................................................................231
39. Liquidez seca...............................................................................................................236
40. Liquidez imediata........................................................................................................243
41. Exercícios resolvidos.....................................................................................................248
42. Índice de solvência.......................................................................................................255
43. Indicadores de rentabilidade........................................................................................261
44. Giro do Ativo e Margem Líquida...................................................................................265
45. Rentabilidade do Ativo (ROA ou ROI)............................................................................272
46. Rentabilidade do Patrimônio Líquido (ROE).................................................................278
47. Alavancagem financeira...............................................................................................284
48. Exercícios resolvidos.....................................................................................................290
Glossário.............................................................................................................................298
Referências.........................................................................................................................305
Entendendo a contabilidade
1 gerencial
Objetivo
Compreender o que é contabilidade gerencial.
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Os demonstrativos obrigatórios, conforme a Lei nº 6.404/76, são:
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Cada um desses usuários terá necessidades específicas de informação
contábil gerencial para a execução de seu trabalho. O frentista precisa
saber diariamente como está sua meta de vendas, quantas unidades
do óleo lubrificante e de palhetas ele vendeu no dia anterior e se está
no caminho para atingir seus objetivos de venda do mês e alcançar a
comissão a ser recebida com o próximo salário. Ou seja, um relatório
simples de unidades vendidas atende as suas demandas de informação.
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Conforme a Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos,
como descrito por Padoveze (2010, p. 33) e por Atkinson et al. (2010,
p. 67), citando o Institute of Management Accounting (Instituto de
Contadores Gerenciais), a contabilidade gerencial é definida como:
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A principal função da contabilidade gerencial é auxiliar a gerência na tomada de
decisões. Identificar e quantificar os fatos contábeis para delimitar as ações dos
administradores deve ser o dia a dia do contador gerencial.
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1.2 Contabilidade financeira x contabilidade gerencial
É difícil saber ao certo quando a contabilidade gerencial nasceu. No
entanto, no início do século XX, a necessidade maior de controle das
indústrias fez nascer a contabilidade de custos, que pode ser considerada
a mãe da contabilidade gerencial, pois a partir dela as necessidades de
informação foram aumentando e lapidando os sistemas informacionais.
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No quadro anterior conhecemos as diferenças entre as características
básicas das contabilidades financeira e gerencial, quanto a sua clientela e
suas necessidades.
Estudo complementar
Caro estudante, clique aqui para realizar a leitura
do artigo “Diferenciação entre a contabilidade
financeira e a contabilidade gerencial: uma
pesquisa empírica a partir de pesquisadores de
vários países”, e conheça mais sobre as principais
diferenças entre a Contabilidade Gerencial e a
Contabilidade Financeira.
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A contabilidade gerencial como
2 sistema de informação contábil
Objetivos
Entender como a contabilidade gerencial pode ser reconhecida como
sistema de informação contábil.
Se o proprietário não está preocupado em atingir os objetivos, por que ele iria cobrar
mais informações ao gerente-geral?
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Na sequência, o gerente-geral não teria interesse em informações mais
detalhadas sobre a operação de cada unidade, e assim sucessivamente,
chegando até o frentista, que neste exemplo não teria nenhuma meta de
venda a ser cumprida e não teria a mínima noção de quantos produtos
automotivos vende por dia. Isso porque a empresa não tem foco na
excelência da administração e muito menos num sistema de informação
em funcionamento.
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Estágio 1
Antes de 1950
O foco estava presente na determinação do custo e controle
financeiro, por meio do uso das tecnologias de orçamento e
contabilidade de custos.
Estágio 2
Por volta de 1965
O foco passou a ser o fornecimento de informações para o controle e
planejamento gerencial, por meio do uso de tecnologias, como
análise de decisão e contabilidade por responsabilidade.
Estágio 3
Por volta de 1985
A atenção foi focada na redução do desperdício de recursos usados
nos processos de negócios, por meio do uso das tecnologias de análise
do processo e administração estratégica de custos.
Estágio 4
Por volta de 1995
A ênfase foi atribuída à geração ou criação de valor por meio do uso
efetivo dos recursos e das tecnologias, tais como exame dos
direcionadores de valor ao cliente, valor para o acionista e inovação
organizacional.
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2.1 Fundamentos de um sistema de informação
contábil
Para que um sistema de informação contábil consiga atingir seus
objetivos dentro de uma entidade, são necessários três pontos
fundamentais: operacionalidade, integração e custo da informação
(PADOVEZE, 2010).
Operacionalidade
• concisos;
• elaborados de acordo com as necessidades dos usuários;
• formados a partir de informações objetivas e de imediato
entendimento pelo usuário;
• que não permitam uma dúvida sequer, ou que possibilitem pergunta
indicando falta de alguma informação sobre o objeto do relatório;
• que possuam apresentação visual e manipulação adequadas.
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Para que possamos caracterizar um sistema de informação contábil
integrado, é necessário que o mesmo dado circule ou navegue por todos
os sistemas. Ou seja, a partir da inserção de um determinado dado,
torna-se desnecessário que cada sistema faça individualmente a sua
inserção. Os demais sistemas aproveitam o dado cadastrado, mantendo
fiéis suas características e a classificação contábil aplicada a ele. Hoje,
devido ao poder computacional, temos à disposição vários sistemas
integrados que atendem a esse ponto fundamental.
Custo da informação
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Veja na Figura 1 como os dados navegam em um sistema de informação
contábil integrado com sistemas operacionais da entidade.
Acompanhamento de negócio
Balanced scarecard e gestão de risco
(Dados físicos concorrentes)
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A contabilidade gerencial trata a informação como um produto ou
serviço da organização e considera seu maior cliente o público interno,
independentemente da posição hierárquica, para que ele possa ter
informações úteis às tomadas de decisão.
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• conhecimento do mercado financeiro e do seu comportamento;
• capacidade de adaptação a novos ambientes e novas situações;
• disposição para o aprendizado contínuo;
• habilidades interpessoais, inteligência emocional e capacidade de
trabalhar em equipe.
Diante disso, percebemos que a competência do profissional está
vinculada ao saber (conhecimento), à habilidade (saber fazer) e à atitude
(querer fazer). Lembre-se de que administrar é agir (atitude)!
Estudo complementar
Caro estudante, clique aqui e acesse um artigo da
Revista Científica Eletrônica de Ciências Contábeis,
intitulado “Contabilidade Gerencial como
Ferramenta no Processo de Tomada de Decisão”.
Esse artigo discute como a Contabilidade Gerencial
pode auxiliar os profissionais de Administração
com o fornecimento de informações para tomada
de decisão.
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Monitoramento da estratégia:
3 Balanced Scorecard e Gestão de
Riscos
Objetivos
Apresentar o sistema de monitoramento da estratégia e os seus
benefícios para as empresas.
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Assim, o Balanced Scorecard, ou simplesmente BSC, como é também
conhecido, tem como objetivo traduzir a estratégia da entidade em
diversos indicadores, para que possa haver o acompanhamento da
execução da estratégia pelas diversas partes interessadas e responsáveis
pela implementação dos objetivos e metas traçados.
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• perspectiva financeira: avalia a rentabilidade da estratégia,
avaliando custos, lucro operacional, retorno sobre o capital;
• perspectiva do cliente: identifica os segmentos de mercado
almejados e mede a participação e o sucesso nesses segmentos;
verifica a retenção e a satisfação dos clientes;
• perspectiva do processo interno do negócio: é voltada às operações
internas que contribuem para criar valor para os clientes e aumentar
o valor para os acionistas. Segundo Horngren, Data, Foster (2004),
a perspectiva do processo interno do negócio é composta de três
subprocessos:
• o processo de inovação: voltado para a criação de produtos,
de serviços e de processos que irão atender as necessidades dos
clientes;
• o processo das operações: voltado para a produção e a entrega de
produtos e serviços existentes que irão atender as necessidades dos
clientes;
• o processo de pós-venda: dedicado a proporcionar serviço e apoio
ao cliente após a venda de um produto ou serviço.
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Desempenho- Desempenho
Objetivos Medidas Iniciativas
meta real
Perspectiva financeira
Lucro
Aumetar o valor operacional Gerenciar custos e
$ 2 000 000 $ 2 1000 000
do acionista de ganhos da capacidade
produtividade
Lucro
Construir fortes laços
operacional do $ 3 000 000 $ 3 420 000
com os clientes
crescimento
Crescimento das Construir fortes laços
6% 6,48%
receitas com os clientes
Desempenho- Desempenho
Objetivos Medidas Iniciativas
meta real
Perspectiva do cliente
Participação
Identificar
Aumentar a no mercado
necessidades
participação no no segmento 6% 7%
futuras de
mercado de redes de
clientes
comunicação
Aumentar a Identificar novos
satisfação do Clientes novos segmentos de 1 1b
cliente cliente-alvo
90% dos clientes 87% dos clientes
Pesquisa de Aumentar o foco
estão na duas estão nas duas
satisfação do no cliente na
classificações classificações
cliente organização
mais altas mais altas
Desempenho- Desempenho
Objetivos Medidas Iniciativas
meta real
Perspectiva dos processos internos
Melhorar
Identificar causas
qualidade de
Produtividade de problemas e 78% 79,3%
produção e
melhorar a qualidade
produtividade
Reduzir tempo Tempo de Reengenharia do
de entrega aos entrega do precesso de entrega 30 dias 30 dias
clientes pedido do pedido
Cumprir as datas Reengenharia do
Entregas
de entrega precesso de entrega 92% 90%
pontuais
especificadas do pedido
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Números de
Organizar equipes
melhorias
de P&D/ produção
Melhorar significativas
e vendas para 5 5
processos nos processos
modificar os
de produção e
processos
de negócios
Organizar equipes
Porcentagem
Melhorar de P&D/ produção
de processos
capacidade de e vendas para 75% 75%
com controles
produção implementar os
avançados
processos
Desempenho- Desempenho
Objetivos Medidas Iniciativas
meta real
Perspectiva da aprendizagem e crescimento
Programa de
80% dos 88% dos
Alinhar sugestão e
Pesquisa de funcionários funcionários
metas de participação
satisfação do estão na duas estão nas duas
funcionários e dos funcionários
funcionário classificações classificações
da organização para desenvolver
mais altas mais altas
trabalho em equipe
Porcentagem
de funcionários
Desenvolver Programas de
treinados nos
habilidades nos treinamento para 90% 92%
processos e
processos funcionários
na gestão da
qualidade
Porcentagem de
Outorgar Ter supervisores
funcionários de
autoridade agindo como coaches
linha outorgados 85% 90%
à equipe de em vez de tomadores
a gerenciar
trabalho de decisão
processos
Porcentagem
Realçar
de processos
capacidades Melhorar a coleta de
de produção 80% 80%
do sistema de dados on e off-line
com feedback em
informações
tempo real
Agora, faça uma análise das setas indicativas na Figura 2. Veja que o
sentido das setas inicia na perspectiva da aprendizagem e crescimento
terminando na perspectiva financeira, ou seja, uma relação de causa
e efeito: o aprendizado contínuo e o crescimento dos colaboradores
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levam à melhoria dos processos internos, o que transparece num melhor
relacionamento com o cliente (satisfação com produtos e serviços),
levando um desempenho financeiro superior para a entidade.
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• risco com oportunidade: vale aquela máxima de que quanto maior
o risco, maior o retorno; porém, se não houver sucesso, a perda será
proporcional, ou seja, grande;
• risco como perigo ou ameaça: envolve eventos potencialmente
negativos, tais como: perdas financeiras, fraudes, danos à reputação,
roubo ou furto, morte ou injúria, falha de sistemas ou processos
judiciais;
• risco como incerteza: procura diminuir a diferença entre os resultados
propostos e os resultados reais, gerindo cenários positivos ou negativos.
Em uma correta Gestão de Riscos é preciso efetuar a identificação e
a avaliação desses riscos. Para cada risco identificado, deve-se fazer a
avaliação do possível impacto e da probabilidade de ocorrência, como
indica Padoveze (2010).
Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem da Instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá?
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Revisando as principais contas do
4 Balanço Patrimonial
Objetivos
Revisar a estrutura de contas do Balanço Patrimonial e suas relações.
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ATIVO PASSIVO
• Bens
• Obrigações
• Direitos
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4.1 Conceitos de curto e longo prazo (circulante e não
circulante)
Outra classificação dos elementos de um Balanço Patrimonial diz
respeito ao seu grau de realização. Entende-se por realização o ato de
baixar algum item do Balanço Patrimonial, seja pelo recebimento de
algum direito, pelo pagamento de alguma obrigação ou pela venda de
bens ou direitos.
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Veja no Quadro 3 o esquema de circulante e não circulante, em que estão
destacados também os graus de liquidez e de exigibilidade.
Ativo Passivo
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4.2 Origens e aplicações de recursos
Na condição de administrador de uma entidade, é importante que você
tenha os conceitos de origem e de aplicação de recursos delineados, pois é
fato que alguém sempre financia as operações de uma entidade. Pode ser:
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Ativo Passivo
Ativo circulante Passivo circulante
Aplicação de recursos Origem de recursos
Ativo Passivo
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No quadro anterior, localizamos o capital de terceiros no Passivo
Circulante e no Passivo Não Circulante. Já no Patrimônio Líquido
localizamos o capital próprio. A seguir, veja no Quadro 6 um modelo de
Balanço Patrimonial.
ATIVO PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
Disponibilidades Empréstimos e financiamentos
Clientes Debêntures
Outros créditos Fornecedores
Investimentos temporários Obrigações fiscais
Estoques Outras obrigações
Despesas do exercício seguinte pagas
Outras provisões
antecipadamente
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo Exigível a longo prazo
Investimentos Receitas diferidas
Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Intangível Capital social
Reservas de capital
Ajustes de avaliação patrimonial
Reservas de lucros
Ações em tesouraria
Prejuízos acumulados
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Revisando as principais contas da
5 Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE)
Objetivos
Revisar a estrutura de contas da Demonstração do Resultado do
Exercício.
Se a lei exige que a apresentação seja anual, nada impede que um bom
administrador acompanhe mensalmente o desempenho da entidade
através da apresentação da DRE mensal.
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DRE, o registro da receita foi efetivado no valor total da transação (fluxo
econômico). Na contabilidade, essa forma de registro das operações de
uma entidade é chamada de Princípio da Competência.
5.1 Receitas
Segundo Müller (2009, p. 36), “Receita pode ser explicada como um
fluxo de elementos para o Ativo, sem correspondente aumento de
Passivo, na forma de dinheiro, Títulos a Receber ou outros tipos de bens
e dinheiro provenientes de terceiros [...]”.
• receitas de serviços;
• receitas de aluguel;
• receitas de vendas;
• receitas financeiras etc.
Ainda segundo Müller (2009), os termos a seguir podem ser utilizados
como sinônimos de receita.
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5.2 Despesas
Ao contrário das receitas, as despesas representam diminuição nos Ativos
ou aumento nos Passivos; são reconhecidas de acordo com os Princípios de
Contabilidade, em virtude do resultado das atividades da entidade, e podem
alterar a posição do Patrimônio Líquido (MÜLLER, 2009).
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Receita Bruta das Vendas e Serviços
(-) Devoluções
(-) Abatimentos
(-) Impostos
(=) Receita Líquida das Vendas e Serviços
(-) Custos das mercadorias e serviços vendidos
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas com vendas
(-) Despesas financeiras (deduzidas das receitas financeiras)
(-) Despesas gerais e administrativas
(-) Outras despesas operacionais
(+) Outras receitas operacionais
Lucro ou Prejuízo Operacional
(-) Outras despesas
(+) Outras receitas
(=) Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social
(=) Lucro Líquido do Exercício
(-) Participações
(-) Contribuições
(=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício
Lucro ou Prejuízo por Ação
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Revisando as principais contas da
6 Demonstração dos Fluxos de Caixa
(DFC)
Objetivos
Revisar a estrutura de contas da Demonstração dos Fluxos de Caixa.
Dica
Você lembra o conceito de liquidez para a
classificação das contas do Ativo? Se não lembra,
revisite a unidade 4!
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Os usuários da DFC podem extrair informações importantes da gestão
de uma entidade, dentre elas:
Para que você tenha uma melhor visualização dos dois métodos que
a entidade pode adotar, apresentaremos a seguir o Quadro 8, com o
método direto, e o Quadro 9, com o método indireto.
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Exemplo numérico - Método direto
Quadro 2.4 - Fluxo de caixa em moeda corrente
Período 1 ($) Período 2 ($) Período 3 ($)
I - Das atividades operacionais
Entradas 13.829.429 17.561.023 31.390.452
Recebimento de clientes 13.829.429 17.561.023 31.390.452
Saídas 12.409.652 16.841.550 29.251.202
Pagamentos e fornecedores 4.293.281 6.550.685 10.843.966
Impostos recolhidos 1.435.200 1.836.348 3.271.548
Pagamentos ao pessoal 4.791.829 5.826.767 10.618.596
Despesas gerais 1.659.342 2.000.524 3.659.866
Impostos sobre o lucro 230,000 627.226 857.226
Saldo das atividades operacionais 1.419.777 719.473 2.139.250
II - Das atividades de investimento
Saídas 460,000 1.104.000 1.564.000
Investimentos no permanente 460,00 1.104.000 1.564.000
Investimento no realizável a longo prazo 0 0 0
Entradas 0 0 0
Valor de venda de permanentes 0 0
Saldo das atividades de investimento (460.00) (1.104.000) (1.564.000)
III - Atividades de financiamento
Entradas 575.000 1.000.000 1.575.000
Novos empréstimos 0 1.000.000 1.000.000
Integrações de capital 575.000 0 575.000
Saídas 805.700 1.061.159 1.866.859
Amortizações de empréstimos 724.500 832.140 1.556.640
Despesas (-) receitas financeiras (68.800) (260.462) (329.262)
Resultados distribuídos 150.000 489.481 639.481
Saldos das atividades de financiamento (230.700) (61.159) (291.859)
Saldo do período 729.077 (445.686) 283.391
(+) Saldo inicial Caixa/Bancos/Aplic.
400.000 1.129.077 400.000
financeiras
= Saldo final Caixa/Bancos/Aplic. financeiras 1.129.077 683.391 683.391
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Não é necessário utilizar o método direto e o método indireto
simultaneamente. Nenhum método é superior (melhor) em relação ao
outro, apenas são formas diferentes de apresentar a movimentação nas
contas de caixa e equivalentes de caixa. Apresentamos agora o Quadro 9.
Quadro 2.4 - Fluxo de caixa em moeda corrente - Método indireto (FAS 95)
Período 1 ($) Período 2 ($) Período 3 ($)
Das atividades operacionais
Lucro líquido (antes da distribuição de
652.641 581.217 1.233.858
resultados)
Ajustes para reconciliar o lucro líquido
para fluxo de caixa líquido oriundo das
operações
Depreciações e amortizações 891.250 1.179.900 2.071.150
(+/-) Correção monetária de balanço (102.630) 43.884 (58.746)
(+/-) Equivalência patrimonial (13.800) (27.600) (41.400)
Despesas financeiras - Exigível longo prazo 850.500 1.080.540 1.931.040
(+/-) Resultado não operacional 0 0 0
Variações nos ativos e passivos circulantes
Aumento em clientes (437.943) (1.097.884) (1.535.827)
Aumento nos estoques (1.529.731) (1.916.547) (3.446.278)
Aumentos de fornecedores 2.336 451.014 453.350
Aumento de impostos a recolher 401.148 231.811 632.959
Aumento de salários/encargos a pagar 439.751 451.129 890.880
Aumento de outras contas a pagar 12.367 72.200 84.567
Aumento de impostos s/ lucros a pagar 322.688 0 322.688
Diminuição de impostos s/ lucros a pagar 0 (69.729) (69.729)
Total dos ajustes 835.936 398.718 1.234.654
Fluxo de caixa líquido das operações 1.488.577 979.935 2.468.512
Das atividades de investimentos
Investimentos no ativo permanente (460.000) (1.104.000) (1.564.000)
Resultados não operacionais 0 0 0
Aplicações no realizável a longo prazo 0 0 0
Fluxo de caixa utilizado para investimentos (460.000) (1.104.000) (1.564.000)
Das atividades de financiamentos
Novos empréstimos 0 1.000.000 1.000.000
Amortizações de empréstimos (724.500) (832.140) (1.556.640)
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Integralizações de capital 575.000 0 575.000
Resultados distribuídos (150.000) (489.481) (639.481)
Fluxo de caixa líquido de financiamentos (299.500) (321.621) (621.121)
Aumento (diminuição) de caixa e equivalentes
729.077 (445.686) 283.391
de caixa no período
Caixa e equivalentes de caixa - Início do
400.000 1.129.077 400.000
periodo
Caixa e equivalentes de caixa - Fim do
1.129.077 683.391 683.391
período
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Resumo
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Consolidação das demonstrações
7 financeiras
Objetivo
Entender o processo de consolidação das demonstrações financeiras.
Se você analisar as empresas que estão ao seu redor, verá que muitas delas
pertencem a um determinado grupo empresarial. Alguns desses grupos
são do ramo metal-metalúrgico, outros do ramo de produtos eletrônicos,
de exploração de petróleo e gás, além daqueles grupos do ramo de
alimentos e do ramo da construção civil. Alguns ultrapassam a marca de
50 empresas que os compõem, inclusive atuando em segmentos diversos.
Cada uma das empresas que compõe um grupo, individualmente, tem
a sua personalidade jurídica devidamente constituída e publica suas
demonstrações financeiras de acordo com a legislação vigente.
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Agora, imagine-se administrando um desses grupos empresariais. Como
você consegue administrar e saber a situação econômico-financeira
do grupo? Individualmente, cada empresa prepara e publica as suas
demonstrações. Porém, se você quiser visualizar as informações sobre todas
as empresas em um único documento, deverá utilizar o procedimento
contábil denominado consolidação das demonstrações financeiras. Ele
tem como objetivo revelar a posição econômico-financeira da empresa
controladora e de suas controladas, como se o grupo fosse uma única
empresa, ou seja, como se as controladas fossem filiais da controladora.
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Matelúrgica Gerdau S.A.
40.7%
Gerdau S.A.
Corporacion
Centroamericana 30.0% 100,0% Gerdau Laisa S.A. 100,0% 94,7%
Del Acero S.A. Uruguai Sidenor Kalyani
Guatemala Industrial S.A. Gerdau Steel LTD.
Espanha Índia
Diaco S.A. 99,3% 100,0% Gerdau Aza S.A.
Colômbia Chile
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Veja que a controladora está no topo e é dona de todas as demais
empresas. Em algumas dessas empresas, ela detém 100% de participação
societária e, em outras, uma participação menor.
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• patrimônio do grupo empresarial;
• receita operacional do grupo empresarial;
• lucro líquido e rentabilidade do grupo empresarial;
• ajustes nos saldos de vendas intercompanhias, apresentando a receita
operacional vinda exclusivamente de terceiros etc.
Já um grupo empresarial que possua alguma empresa com ações negociadas
em bolsa de valores obrigatoriamente deverá consolidar suas demonstrações
financeiras para publicação (voltada para o público externo). Assim exige a
Lei nº 6.404/76, em seus artigos 249 e 275, no caso de:
Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre o mercado de
ações, clique aqui e navegue no site da Comissão
de Valores Mobiliários (CVM), e visite o site da
BM&F Bovespa clicando aqui.
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Procedimentos para consolidação
8 das demonstrações financeiras
Objetivos
Compreender as etapas para elaboração de demonstrações
financeiras consolidadas.
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Normalmente, um grupo empresarial possui transações entre suas
empresas, que podem ser de fornecimento de mercadorias e serviços, de
transações de empréstimos, entre outras. Essas movimentações, quando
da consolidação, devem ser eliminadas para que se possa chegar a um
número que reflita o todo, e não somente a visão de uma ou outra
empresa do grupo.
Saiba mais
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC),
criado por meio da Resolução CFC nº 1.055/05,
tem como objetivo o estudo, o preparo e a emissão
de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos
de contabilidade e a divulgação de informações
dessa natureza. Conheça um pouco mais sobre o
CPC clicando aqui.
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8.2 Eliminação dos investimentos em controladas
A participação da investidora nas empresas investidas do grupo deverá ser
eliminada na consolidação, porque os patrimônios líquidos de todas as
empresas serão agrupados em uma única demonstração.
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8.6 Outras eliminações
Segundo Padoveze (2010), outras eliminações e tratamentos devem
ser realizados em um trabalho completo de consolidação de balanços.
Dentre eles, destacamos os seguintes exemplos, não nos limitando a eles:
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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Principais ajustes na consolidação
9 das demonstrações financeiras
Objetivos
Identificar quais os ajustes necessários na elaboração de
demonstrações financeiras consolidadas.
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9.2 A uniformidade de critérios contábeis
As empresas do grupo empresarial devem manter um padrão contábil
para proceder à consolidação, destacando:
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Empresa A Empresa B
Balanço patrimonial
controladora controlada
Ativo $ $
Disponibilidade 84.000 10.000
Contas a receber
- de terceiros 220.000 30.000
- de empresas do grupo (a) 5.000 (b) 20.000
Estoques 145.000 30.000
Investimentos em controladas
- Participação 80% empresa B 80.000 -
Imobilizado 570.000 70.000
Ativo Total 1.104.000 160.000
Passivo
Contas a pagar
- a terceiros 284.000 55.000
- a empresas do grupo (b) 20.000 (a) 5.000
Patrimônio líquido
Capital social 500.000 80.000
Reservas 100.000 -
Lucros acumulados 200.000 20.000
Passivo total 1.104.000 160.000
Empresa A
Demosntração do resultado do exercício
controladora
$ $
Vendas 1.200.000 200.000
(-) Custos das vendas 700.000 120.000
(-) Despesas 300.000 60.000
Lucro líquido 200.000 20.000
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Eliminação dos saldos a pagar e a receber intercompanhias
Débito $ Crédito $
Contas a pagar (fornecedores) Empresa A (b) 20.000
a Contas a receber (clientes) Empresa B (b) 20.000
Contas a pagar (outras) Empresa B (a) 5.000
a Contas a receber (outras) Empresa A (a) 5.000
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Empresa A Empresa B Eliminações Saldos
Balanço patrimonial
controladora controladora Débito Crédito consolidados
Ativo $ $ $ $ $
Disponibilidade 84.000 10.000 94.000
Contas a receber
- de terceiros 220.000 30.000 250.000
(a+b)
- de empresas do grupo 5.000 20.000 -
25.000
Estoques 145.000 30.000 175.000
Investimentos em
controladas
- participação 80% empresa B (c) 80.000 - 80.000
Imobilizado 570.000 70.000 640.000
Ativo total 1.104.000 160.000 - 25.000 1.239.000
Passivo
Contas a pagar
- a terceiros 284.000 55.000 339.000
25.000
- a empresas do grupo 20.000 5.000 -
(a+b)
Patrimônio líquido
Capital social 500.000 (c) 80.000 580.000
Reservas 100.000 - 100.000
Lucros acumulados 200.000 (c) 20.000 220.000
Passivo total 1.104.000 160.000 25.000 - 1.239.000
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A empresa A, quando adquiriu 80% da empresa B, reconheceu em seu
balanço esse investimento. Isso quer dizer que, do total do Patrimônio
Líquido da empresa B, 80% pertencem à empresa A e o saldo de 20%
pertence a sócios minoritários.
Os valores são:
Débito Crédito
$ $
Capital social (c) 64.000
Lucros acumulados (c) 16.000
Investimentos Empresa A (c) 80.000
Dica
Note que no quadro 13 há uma letra “a” antes do
“Investimentos Empresa A”. Isso é uma convenção
contábil: na frente de uma conta contábil,
significa que a conta em questão está sofrendo um
crédito.
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Com esses lançamentos efetuados no Quadro 13, chegamos ao final da
consolidação do nosso exemplo conceitual. Se o Ativo das duas empresas
fosse somado, desconsiderando os ajustes da consolidação, chegaríamos
ao valor total de $ 1.264.000 ($ 1.104.000,00 + $160.000).
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Porém, ao apresentar o balanço patrimonial consolidado, conforme o
Quadro 14, o valor do Ativo corresponde a $ 1.159.000. A diferença
de $ 105.000 diz respeito às eliminações de saldos intercompanhias, no
qual, a diferença de menor valor $ 25.000 é referente a Contas a Pagar
e Contas a Receber, e o valor de $ 80.000 é referente à Investimento em
Controladas.
Dica
A partir da Lei nº 11.941/09, que alterou diversos
artigos da Lei nº 6.404/76, a conta denominada
Lucros Acumulados não pode mais ser utilizada
em publicação de Balanço Patrimonial. Passou
a ser considerada uma conta transitória até que
a decisão da destinação dos lucros do exercício
seja tomada. O saldo dessa conta deve ser
destinado para pagamento de dividendos, para a
criação ou aumento de reservas de lucro, ou para
integralização do capital social.
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 1 a 9. Para isso, acesse
o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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10 Exercícios resolvidos
Objetivos
Exercícios comentados sobre as unidades 1 a 9.
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3. A Cia. Revolução apresentava em 31/12/2011 o seguinte conjunto de
bens, direitos e obrigações:
Pede-se:
a. o total de bens;
b. o total de direitos;
c. o total de obrigações;
d. o Patrimônio Líquido;
e. o total dos bens tangíveis;
f. o total dos bens intangíveis;
g. o total dos bens móveis;
h. o total dos bens imóveis.
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• Os bens imateriais (ou intangíveis) correspondem àqueles que,
embora considerados bens, não possuem corpo ou matéria.
Marcas, patentes de invenção e fundo de comércio são exemplos
de bens intangíveis.
• Bens imóveis: são aqueles vinculados ao solo, que não podem ser
retirados sem destruição ou danos: terrenos, edifícios, construções
etc.;
• Bens móveis: são aqueles que podem ser removidos do seu lugar:
mesas, veículos, computadores, dinheiro, mercadorias etc.
a. O total de bens
b. O total de direitos
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c. O total de obrigações
d. O Patrimônio Líquido
Imóveis 800.000,00
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4. O que é consolidação de balanços e qual seu objetivo básico, de
acordo com Padoveze (2010)?
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Resposta: Quando uma empresa do grupo vende à outra com lucro
e esse produto ainda não foi vendido para terceiros, existe um lucro
embutido na transferência que está estocado na recebedora desse
produto. Deve-se eliminar esse lucro porque o que vale é o lucro de
venda para terceiros, sob pena de se avaliar incorretamente o lucro do
grupo empresarial.
ATIVO
Circulante 8.000 7.000
Investimento em Controlada 18.000 0
Imobilizado 25.000 25.000
Total 51.000 32.000
PASSIVO
Circulante 6.000 8.000
Patrimônio Líquido
Capital Social 40.000 22.000
Reservas e Lucros 5.000 2.000
Total 51.000 32.000
Resposta:
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e o Patrimônio Líquido, chamada de Participação de Minoritários. O
total do Patrimônio Líquido (a+b) da empresa Y foi ajustado com estes
lançamentos.
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Objetivos da análise das
11 demonstrações financeiras
Objetivos
Analisar as informações contábeis para fins de interpretação e
avaliação da situação financeiro-econômica da organização.
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É importante entender os conceitos de dados e de informações. Dados são números
que isoladamente não contribuem para a formação de uma opinião. Já informações
são dados que foram analisados, tratados e apresentados de forma tal que permitem
a formação de opiniões para a tomada de decisões.
Fatos ou eventos
econômico-financeiros
Processo
contábil
Demonstrações
financeiras = dados
Técnicas de análise
de balanços
Informações
financeiras para a
tomada de decisões
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O trabalho de análise começa após o término do trabalho efetuado
pelo contador. O contador finaliza sua parte com a publicação das
demonstrações financeiras. O analista de balanços começa o seu trabalho
a partir dessa publicação.
O índice de endividamento é de 220%; isto significa que para cada $ 100 de capital
próprio existem $ 220 de terceiros. Esse índice mostra um crescimento de 10% em
relação ao ano anterior, que, por sua vez, já crescera 18%. Os recursos de terceiros
são predominantemente de curto prazo (85%). Já os índices de liquidez encontrados
foram respectivamente: liquidez geral – 1,25; liquidez corrente – 1,40; e liquidez seca
– 1,01, o que mostra que a empresa tem mais cruzeiros realizáveis do que dívidas de
curto prazo.
• situação financeira;
• situação econômica;
• desempenho;
• eficiência na utilização dos recursos;
• pontos fortes e fracos;
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• tendências e perspectivas;
• quadro evolutivo;
• adequação das fontes às aplicações de recursos;
• causas das alterações na situação financeira;
• causas das alterações na rentabilidade;
• evidência de erros na administração;
• providências que deveriam ser tomadas e não foram;
• avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras.
O processo de análise utiliza-se de raciocínio científico para elaborar
suas informações, da mesma forma que um médico utiliza índices
de referência para diagnosticar doenças, por exemplo, ao medir a
temperatura de um paciente cujo resultado apresentou 39ºC de
temperatura corporal. Ao comparar com um índice padrão (no caso a
temperatura do corpo humano, que é de 36ºC), o médico tem condições
de chegar a um diagnóstico: febre. Ele também consegue tomar uma
decisão, que é receitar um antitérmico para esse paciente. Na figura a
seguir, você pode visualizar esse fluxo do processo de tomada de decisão:
Etapas: 1 2 3 4
Escolha de Comparação Diagnóstico ou
Decisões
indicadores com padrões conclusões
Análise
Figura 5 – Processo de tomada de decisão.
Fonte: Adaptada de Matarazzo (2010).
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Ainda conforme Matarazzo (2010), assim como o médico utilizou um
processo racional de análise de informações, o analista de balanços utiliza
o mesmo raciocínio para analisar as demonstrações financeiras. Vejamos
os passos a seguir.
www.esab.edu.br 74
Padronização das demonstrações
12 financeiras
Objetivos
Entender as técnicas para elaboração da padronização para análise
das demonstrações financeiras.
www.esab.edu.br 75
Em 1968 foi criada no Brasil a Serasa, cuja atividade era operar como
central de Análise de Balanços de bancos comerciais, tendo como
organizador Dante Carmine Matarazzo. Até essa data, no Brasil a análise
de demonstrações financeiras era uma ferramenta pouco conhecida e
pouco utilizada (MATARAZZO, 2010).
www.esab.edu.br 76
Os índices são classificados basicamente em índices de estrutura de
capital, de liquidez e de rentabilidade.
Análise de rentabilidade
www.esab.edu.br 77
Sistema DuPont
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Análise série-temporal
Estudo complementar
Caro estudante, acesse a Análise Financeira e
Demonstrações Contábeis de 2012 da empresa
Petrobrás, disponível aqui. Não se preocupe
em entender todos os detalhes desse relatório,
o objetivo é que você entre em contato e se
familiarize à estrutura apresentada.
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Resumo
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Modelo de padronização das
13 demonstrações financeiras
Objetivo
Preparar o papel de trabalho para a realização da padronização das
demonstrações financeiras.
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Ao voltarmos à essência da contabilidade gerencial – que é fornecer
informações úteis para tomada de decisão –, essa análise deve ser
estendida também para uso interno, ou seja, para o autoconhecimento
da empresa, para ver como está o seu desempenho, comparando-o com
outras empresas do setor, e como esse desempenho tem se comportado
com o passar dos anos.
Simplificação
Comparabilidade
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Precisão nas classificações de contas
Descoberta de erros
www.esab.edu.br 83
Perceba que o modelo de padronização apresentado por Matarazzo
(2010) apresenta características que visam atender o trabalho de análise
do BP e da DRE. Dentre essas características, destacamos:
MODELO DE PADRONIZAÇÃO
BALANÇOS EM:
31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3
VA AV AH VA AV AH VA AV AH
ATIVO
CIRCULANTE
FINANCEIRO
Disponível
Aplicações Financeiras
SOMA
OPERACIONAL
Clientes
Estoques
SOMA
Total do Ativo Circulante
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
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PERMANENTE
Investimentos
Imobilizado
Diferido
Total do Ativo Permanente
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
OPERACIONAL
Fornecedores
Outras obrigações
SOMA
FINANCEIRO
Empréstimos Bancários
Duplicatas Descontadas
SOMA
Total de Passivo Circulante
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Empréstimos
Financiamentos
Total do Exigível a Longo Prazo
CAPITAIS DE TERCEIROS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital e Reservas
Lucros Acumulados
Total do Patrimônio Líquido
TOTAL DO PASSIVO
Simbologia: VA = Valores Absolutos; AV = Análise Vertical; AH = Análise Horizontal
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gestor tenha conhecimento do desempenho de cada conta do Balanço
Patrimonial e da DRE.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO X1 X2 X3
EXERCÍCIO FINDO EM VA AV AH VA AV AH VA AV AH
RECEITA LÍQUIDA
(-) Custo dos Produtos Vendidos
= Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
(±) Outras Rec./Desp. Operacionais
= LUCRO OPERACIONAL (antes dos
Resultados Financeiros)
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras
= LUCRO OPERACIONAL
(-) Resultado não Operacional
LUCRO ANTES DO I. R. E CONTRIB. SOCIAL
LUCRO LÍQUIDO
Simbologia: VA = Valores Absolutos; AV = Análise Vertical; AH = Análise Horizontal
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Nesta unidade, você já entendeu como funciona a padronização das
demonstrações financeiras e como ela contribui para a geração de
informações da empresa analisada.
Saiba mais
O plano de contas contábil tem como finalidade
atender às necessidades informacionais, através
da classificação de cada ato ou fato contábil,
direcionando a informação para a conta contábil
correta, podendo ser ela de Resultado (despesa
ou receita) ou Patrimonial (Ativo ou Passivo). Um
plano de contas elaborado corretamente contribui
para uma boa gestão. Clique aqui e veja no link do
CRC-SP (Conselho Regional de Contabilidade de
São Paulo) uma explicação e um modelo de plano
de contas.
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14 Análise vertical – parte I
Objetivo
Compreender como é elaborada a análise vertical e quais informações
pode-se extrair para a análise do desempenho da organização.
Como todo instrumento de avaliação, saiba que essa análise deve ser
usada com cautela e em conjunto com os demais índices de mensuração
do desempenho econômico-financeiro da empresa (PADOVEZE, 2010).
O cálculo para apurar a participação de cada conta é feito por meio da
divisão do valor da conta pelo valor do Ativo total do exercício analisado.
www.esab.edu.br 88
A análise vertical pode ser usada para um rápido reconhecimento da
composição patrimonial por parte do usuário da informação contábil.
Ao receber uma análise vertical, conforme o exemplo do Quadro 17, o
administrador rapidamente consegue identificar onde está aplicada a maior
parte dos recursos da empresa, quais são as fontes dos recursos e quais foram
as alterações sofridas nessa composição durante os períodos em análise.
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Usando o exemplo do Quadro 17, cujo Ativo Total do exercício 2009 é
de $2.609.984, e cuja conta Disponível apresenta saldo no exercício no
valor de $39.400, temos a seguinte memória de cálculo para verificarmos
a participação da conta no total do Ativo:
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Atenção: o Balanço Patrimonial utilizado como exemplo no Quadro 17
já passou pelo processo de padronização, conforme estudado na unidade
13. Veja que as informações estão consolidadas em poucas contas.
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15 Análise vertical – parte II
Objetivo
Compreender como é elaborada a análise vertical e quais informações
pode-se extrair para a análise do desempenho da organização.
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Quadro 18 – Análise Vertical da Demonstração do Resultado do Exercício.
Fonte: Adaptado de Matarazzo (2010).
A memória de cálculo para apuração dos índices terá como base 100 ou 1, a
linha da Receita Líquida. Veja o índice apurado para 2010 do Lucro Bruto:
www.esab.edu.br 93
Isso quer dizer que em cada $1,00 de venda líquida, a empresa teve um
lucro bruto de $0,26. Analisando os três períodos, percebe-se que os
valores nominais cresceram, como o Custo dos Produtos Vendidos, que
em 2009 era de $2.616.555, representando 75,56% da receita líquida,
e em 2011 chegou em $4.640.538, porém representando 72,09% da
receita líquida, ou seja, melhorando seu desempenho. O mix de produtos
vendidos pode ter influenciado nessa redução.
www.esab.edu.br 94
Imagine-se como administrador da Cia. Modelo S/A. Você gostaria que
o contador lhe apresentasse as despesas financeiras por tipo, por banco,
pelas taxas de juros e prazo contratado. Será que seria possível efetuar
uma análise vertical somente dessa conta? Claro que sim! A base 100, que
na análise da DRE completa é a linha da Receita Líquida, neste caso será
a linha da Despesa Financeira. Abaixo dela estariam todas as despesas
detalhadas. Dessa forma, você saberá quais são os maiores credores, quais
os menores, entre outras informações.
www.esab.edu.br 95
16 Análise horizontal – parte I
Objetivo
Compreender como é elaborada a análise horizontal e quais
informações pode-se extrair para a análise do desempenho da
organização.
www.esab.edu.br 96
A análise horizontal pode ser efetuada de duas maneiras: encadeada
ou anual. Vamos entendê-las melhor? Matarazzo (2010) leciona que a
análise horizontal encadeada é aquela que usa um determinado exercício
como ano-base para a análise das variações ocorridas nos próximos anos;
e anual a análise horizontal que utiliza o ano anterior como referência
para o cálculo da variação ocorrida.
www.esab.edu.br 97
Utilizando a mesma base de dados, vamos calcular a análise horizontal
anual. Perceba que, neste caso, a base é sempre o ano anterior e não um
determinado ano.
Esse resultado pode levar a certa euforia por parte de quem recebe a
informação, pois representa um aumento de 19% de um ano para
outro. Porém, ao utilizar a análise horizontal encadeada, a informação
apresentada levará em consideração o ano-base de 2008, o que
evidenciará que não houve redução ou acréscimo na conta analisada.
www.esab.edu.br 98
Um dos cuidados necessários é a escolha da base a ser utilizada, seja um
ano ou um mês. O cuidado reside no fato de que a base escolhida pode
ser de um período atípico da empresa, com baixo movimento, ou com
elevado movimento, fora da normalidade das operações. Dessa maneira,
as comparações com um período anormal não representarão um retrato
próximo da realidade. Saiba que outro fator que tem forte influência na
análise horizontal é a inflação (PADOVEZE, 2010).
Aqui vale destacar que a inflação pode ser definida como a diminuição
do poder de compra da moeda com o decorrer do tempo. O Brasil
historicamente já sofreu muito com a inflação, inclusive atravessando
períodos com hiperinflação, e nesses períodos era normal atingir 200%
em um ano.
www.esab.edu.br 99
Estudo complementar
Para aprofundar o conhecimento sobre a influência
da inflação nos demonstrativos contábeis, faça
uma leitura do artigo apresentado em 2012 no
12º Congresso de Controladoria e Contabilidade
da Universidade de São Paulo (USP). Na
fundamentação teórica, o artigo apresenta o
histórico do relacionamento da inflação com a
contabilidade no Brasil. Acesse o link (clicando aqui)
e boa leitura!
www.esab.edu.br 100
17 Análise horizontal – parte II
Objetivo
Compreender como é elaborada a análise horizontal e quais
informações pode-se extrair para a análise do desempenho da
organização.
www.esab.edu.br 101
Quadro 21 – Análise Horizontal do Balanço Patrimonial.
Fonte: Adaptado de Matarazzo (2010).
www.esab.edu.br 102
A variação ocorrida entre os exercícios 2009 e 2011 do Total Financeiro
do Ativo Circulante é:
www.esab.edu.br 103
Outras duas fontes foram utilizadas para captar recursos: o Exigível
a Longo Prazo (como o próprio nome diz, são empréstimos cujo
pagamento é diluído em longo período) e a conta Capital Social +
Reservas, que recebe recursos dos sócios ou acionistas, e também da
própria operação da empresa (lucros).
www.esab.edu.br 104
A Receita Líquida teve uma variação positiva de 185,87% no período
2011/2009. Acompanhe a memória de cálculo:
www.esab.edu.br 105
Ou seja, na sua operação, seja comprando e vendendo, ou
industrializando e vendendo, a empresa é saudável. Porém, ao descarregar
a despesa financeira na DRE, a lucratividade sofre brusca redução em
virtude do alto custo de capital.
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
www.esab.edu.br 106
Relação entre análise vertical e
18 análise horizontal
Objetivo
Identificar a correlação entre a análise vertical e a análise horizontal
para a determinação das causas dos desvios encontrados nas análises.
www.esab.edu.br 107
CIA MODELO S/A
ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL DOS BALANÇOS
ATIVO
CIRCULANTE
Financeiro
Disponível 39.400 1,51% 100,00% 27.098 0,63% 68,78% 44.300 0,68% 112,44%
Aplicações Financeiras 109.623 4,20% 100,00% 83.342 1,94% 76,03% 122.000 1,87% 111,29%
Total Financeiro 149.023 5,71% 100,00% 110.440 2,57% 74,11% 166.300 2,55% 111,59%
Operacional
Clientes 888.794 34,05% 100,00% 1.156.187 26,89% 130,08% 1.681.967 25,79% 189,24%
Estoques 638.525 24,47% 100,00% 1.070.618 24,90% 167,67% 1.449.265 22,23% 226,97%
Outros 32.450 1,24% 100,00% 39.500 0,92% 121,73% 53.325 0,82% 164,33%
Total Operacional 1.559.769 59,76% 100,00% 2.266.305 52,71% 145,30% 3.184.557 48,84% 204,17%
TOTAL CIRCULANTE 1.708.792 65,47% 100,00% 2.376.745 55,28% 139,09% 3.350.857 51,39% 196,10%
REALIZ. LP E PERM.
Realizável a Longo Prazo 250.350 9,59% 100,00% 198.255 4,61% 79,19% 277.369 4,25% 110,79%
Permanente
Investimentos 61.412 2,36% 100,00% 161.169 3,75% 262,44% 250.882 3,85% 408,52%
Imobilizado 589.430 22,58% 100,00% 1.563.033 36,36% 265,18% 2.641.812 40,51% 448,20%
Diferido 0 0,00% 100,00% 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00%
TOTAL REALIZ. LP E PERM. 901.192 34,53% 100,00% 1.922.457 44,72% 213,32% 3.170.063 48,61% 351,76%
TOTAL ATIVO 2.609.984 100,00% 100,00% 4.299.202 100,00% 164,72% 6.520.920 100,00% 249,85%
PASSIVO
CIRCULANTE
Financeiro
Empréstimos Bancários 56.240 2,15% 100,00% 85.931 2,00% 152,79% 173.848 2,66% 309,12%
Duplicatas Descontadas 247.038 9,47% 100,00% 405.701 9,44% 164,23% 744.368 11,42% 301,32%
Total Financeiro 303.278 11,62% 100,00% 491.632 11,44% 162,11% 918.216 14,08% 302,76%
Operacional
Fornecedores 602.255 23,08% 100,00% 658.236 15,31% 109,30% 757.670 11,62% 125,81%
Outros 234.279 8,97% 100,00% 298.388 6,94% 127,36% 477.117 7,32% 203,65%
Total Operacional 836.534 32,05% 100,00% 956.624 22,25% 114,36% 1.234.787 18,94% 147,61%
TOTAL PASSIVO CIRCULANTE 1.139.812 43,67% 100,00% 1.448.256 33,69% 127,06% 2.153.003 33,02% 188,89%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital + Reservas 558.520 21,40% 100,00% 1.229.981 28,61% 220,22% 1.485.913 22,79% 266,04%
Lucros Acumulados 351.711 13,47% 100,00% 219.421 5,10% 62,39% 348.697 5,34% 99,14%
TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO 910.231 34,87% 100,00% 1.449.402 33,71% 159,23% 1.834.610 28,13% 201,55%
TOTAL PASSIVO 2.609.984 100,00% 100,00% 4.299.202 100,00% 164,72% 6.520.920 100,00% 249,85%
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Veja a conta Estoques. Em 2011, a análise horizontal apresenta
expressivos 226,97% de variação positiva no período 2011/2009. Porém,
ao fazer a análise vertical, percebe-se que sua participação dentro do
Ativo tem diminuído no decorrer dos três anos: em 2009, representava
24,46%; em 2010, aumentou para 24,90%; e em 2011, reduziu para
22,22% do total do Ativo, apesar do crescimento na análise horizontal.
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comércio, cujo Ativo Circulante terá maior participação que o Ativo Não
Circulante. Já uma empresa industrial tem uma maior participação no
Ativo Não Circulante, em virtude do parque fabril. Utilizar padrões de
comportamento permite ao analista de balanços identificar quando há
alguma anormalidade nos demonstrativos de uma empresa, requerendo
estudo aprofundado para entender o motivo da anormalidade.
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Também no plano orçamentário daquelas empresas que o adotam,
podem ter critérios definidos de participação máxima de cada despesa
comparada com as receitas, por exemplo, as despesas administrativas não
podem ultrapassar a marca de 10% das vendas.
RECEITA LÍQUIDA 3.463.031 100,00% 100,00% 4.647.159 100,00% 134,19% 6.436.744 100,00% 185,87%
(-) Custo dos Produtos Vendidos 2.616.555 75,56% 100,00% 3.437.206 73,96% 131,36% 4.640.538 72,09% 177,35%
(=) LUCRO BRUTO 846.476 24,44% 100,00% 1.209.953 26,04% 142,94% 1.796.206 27,91% 212,20%
(-) Despesas Operacionais 421.594 12,17% 100,00% 448.586 9,65% 106,40% 547.827 8,51% 129,94%
(+/-) Outras Rec. Desp. Oper. 7.134 0,21% 100,00% 18.460 0,40% 258,76% 30.554 0,47% 428,29%
(=) LUCRO OPER. (sem Resultado Financeiro) 417.748 12,06% 100,00% 742.907 15,99% 177,84% 1.217.825 18,92% 291,52%
(+) Receitas Financeiras 9.231 0,27% 100,00% 7.940 0,17% 86,01% 6.528 0,10% 70,72%
(-) Despesas Financeiras 241.661 6,98% 100,00% 464.956 10,01% 192,40% 949.627 14,75% 392,96%
(=) LUCRO OPERACIONAL (com Resultado Financ.) 185.318 5,35% 100,00% 285.891 6,15% 154,27% 274.726 4,27% 148,25%
(+/-) Resultado Não Operacional 0 0,00% 100,00% 1.230 0,03% 0,00% 0 0,00% 0,00%
(=) LUCRO ANTES DO I.R. 185.318 5,35% 100,00% 284.661 6,13% 153,61% 274.726 4,27% 148,25%
(-) Imposto de Renda e CSLL 84.583 2,44% 100,00% 129.926 2,80% 153,61% 125.392 1,95% 148,25%
LUCRO LÍQUIDO 100.735 2,91% 100,00% 154.735 3,33% 153,61% 149.334 2,32% 148,24%
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Agora, vamos efetuar a análise vertical do Lucro Líquido? Para a análise
vertical a base é sempre a Receita Líquida. A fórmula é:
Ou seja, para cada $ 1,00 de receita líquida, essa empresa teve $ 0,03 de
lucro líquido.
Com essa análise, podemos seguir para a próxima unidade, que trará
diversos exercícios resolvidos. Esperamos que possam lhe auxiliar a
melhor refletir sobre os conceitos tratados até aqui.
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 10 a 18. Para isso, dirija-
se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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Resumo
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19 Exercícios resolvidos
Objetivo
Exercícios comentados sobre as unidades 11 a 19.
Exercício 1
• situação financeira;
• situação econômica;
• desempenho;
• tendências e perspectivas;
• evidências de erros da administração;
• causas da alteração na rentabilidade.
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Exercício 2
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Exercício 3
Exercício 4
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Esses índices-padrão são encontrados em empresas especializadas em
coletar e divulgar informações econômico-financeiras. Nos Estados
Unidos, a partir de 1931, a empresa Dun & Bradstreet começou a
elaboração e divulgação de índices-padrão. No Brasil, em 1968, foi
fundada a empresa Serasa, cuja atividade também é a de coletar e
divulgar diversas informações e índices (MATARAZZO, 2010).
Saiba mais
A Dun & Bradstreet fornece o chamado número
D-U-N-S (Data Universal Numbering System),
que é comparado a um CNPJ global, válido para
transações internacionais entre empresas. Para
saber mais, clique aqui:
Exercício 5
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• dirigentes: as informações extraídas podem (e devem) ser utilizadas
pelos gestores, a fim de melhorar continuamente a operação
da empresa sob seu comando. Inclusive, em nível gerencial, as
informações podem ser ainda mais analíticas do que aquelas que
constam nas demonstrações financeiras obrigatórias. É mais uma
ferramenta que contribui para a gestão.
Exercício 6
Exercício 7
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Padronização das demonstrações financeiras
Exercício 8
Exercício 9
Exercício 10
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as demonstrações financeiras da empresa analisada (vistas na questão
anterior). Agora, vamos efetuar uma padronização? Começamos
preparando o documento de trabalho para que as análises possam ser
efetuadas. No Quadro 25, veja os dados extraídos do balanço patrimonial
da empresa Petrobrás, em sua apresentação original, conforme divulgado
pela própria empresa:
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Quadro 25 − Balanço Patrimonial.
Fonte: Adaptado de Petrobrás (2013).
Solução:
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3. no Ativo Circulante Financeiro, as contas são classificadas em
Disponível e Aplicações Financeiras;
4. no Ativo Circulante Operacional, as contas foram reclassificadas em
Clientes, Estoques e Outros;
5. o Passivo Circulante também é reclassificado em dois grupos –
Financeiro e Operacional;
6. no Passivo Circulante Financeiro, as contas apresentadas são
Empréstimos Bancários e Duplicatas Descontadas (nesse balanço
não há duplicatas descontadas);
7. no Passivo Circulante Operacional, as demais contas são classificadas
em Fornecedores e Outros.
Análise Vertical:
Análise Horizontal:
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Quadro 26 − Balanço Patrimonial Consolidado.
Fonte: Adaptado de Petrobrás (2013).
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Análise vertical
Análise horizontal
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Caro estudante, vimos nesta unidade uma breve revisão de importantes
conceitos. Vamos avançar um pouco mais? Até breve.
Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem da Instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá?
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20 Análise referencial
Objetivo
Compreender o conceito de análise referencial dentro do contexto das
análises vertical e horizontal.
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A análise referencial diferencia-se da análise vertical e da horizontal
por conservar uma única base para todas as demonstrações contábeis
estudadas, em qualquer data ou época. Mas atenção: o valor do ativo
total mais recente funciona como base única de comparação. O
autor cita como vantagem para a utilização dessa análise a facilidade de
visualização por parte do tomador de decisão.
Exemplos
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BALANÇO PATRIMONIAL, EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO
Ativo 2008 2009 2010 2011 2012
Ativo Circulante 3.572.429 4.871.493 7.339.717 9.994.183 12.670.542
Ativo Não Circulante 7.051.943 9.616.286 14.488.537 18.605.965 33.015.865
TOTAL ATIVO 10.624.372 14.487.779 21.828.254 28.600.148 45.686.407
Passivo 2008 2009 2010 2011 2012
Passivo Circulante 3.532.383 4.816.886 7.257.441 7.786.838 15.333.134
Passivo Não Circulante 2.649.737 3.613.278 5.444.006 9.062.764 13.062.259
Patrimônio Líquido 4.442.252 6.057.615 9.126.807 11.750.546 17.291.014
TOTAL PASSIVO 10.624.372 14.487.779 21.828.254 28.600.148 45.686.407
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ANÁLISE REFERENCIAL - BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
BALANÇO PATRIMONIAL, EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO
Ativo 2008 2009 2010 2011 2012
Ativo Circulante 7,81% 10,66% 16,07% 21,88% 27,73%
Ativo Não Circulante 15,44% 21,05% 31,71% 40,72% 72,27%
TOTAL ATIVO 23,25% 31,71% 47,78% 62,60% 100,00%
Passivo 2008 2009 2010 2011 2012
Passivo Circulante 7,73% 10,54% 15,89% 17,04% 33,56%
Passivo Não Circulante 5,80% 7,91% 11,91% 19,84% 28,59%
Patrimônio Líquido 9,72% 13,26% 19,98% 25,72% 37,85%
TOTAL PASSIVO 23,25% 31,71% 47,78% 62,60% 100,00%
Aplicando a fórmula:
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Ou seja: em 2008, o Ativo Total da empresa modelo equivalia a 23,25%
do Ativo Total de 2012. Aplicando a fórmula da análise referencial a
todas as contas, é possível ver a evolução da empresa, o quanto ela cresceu
no período. Quanto menor for o resultado da fórmula, maior será o
crescimento. Veja a última linha da DRE – do Resultado do Exercício –
passou de 0,86% em 2008 para 4,68% do Ativo Total em 2012.
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21 Análise através de índices
Objetivo
Entender como uma organização pode ser avaliada através dos
diversos índices
Olá! Nesta unidade, você irá conhecer como uma empresa pode ter seu
desempenho avaliado através do acompanhamento de indicadores, que
também são chamados de índices. Vários autores escreveram sobre o
assunto e, por isso, a oferta de literatura é ampla, o que ocasiona pequenas
diferenças entre os conceitos apresentados pelos especialistas. Neste curso,
utilizaremos os trabalhos de Matarazzo (2010) e Padoveze (2010).
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aprofundar o conhecimento sobre o quadro clínico do seu paciente.
Nas empresas não é diferente; nesse caso, o analista das demonstrações
financeiras poderá requerer outras informações complementares e
específicas com a clara intenção de formar sua opinião a respeito do
comportamento econômico-financeiro da empresa analisada, sem
limitar-se aos índices genéricos.
Estrutura
Situação
Financeira
Liquidez
Situação
Rentabilidade
Econômica
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Com base na divisão apresentada no Quadro 29, Matarazzo (2010)
elaborou o quadro-resumo dos índices de análise das demonstrações
financeiras. Faça uma pausa e reflita, analisando calmamente o Quadro
30, apresentado a seguir, procurando identificar como os índices são
elaborados. Mentalmente, procure montar a fórmula de cada índice,
tentando identificar onde estão as informações necessárias para calcular
o índice − se elas estão localizadas no balanço patrimonial, ou se estão
localizadas na demonstração do resultado do exercício.
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Liquidez
5. LG
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11. LL/PL
Quanto a empresa
obtém de lucro
Rentabilidade Lucro Líquido
× 100 para cada $ 100 Quanto maior,
do Patrimônio
Patrimônio Líquido Médio de capital próprio melhor.
Líquido
investido, em
média, no exercício.
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• análise da rentabilidade – Método Dupont;
• análise de valor da ação.
Isto não quer dizer que o modelo de um autor é melhor que o modelo de
outro autor. Basicamente, as informações extraídas pelos diversos modelos
são as mesmas. Alguns modelos podem trazer um número maior ou
menor de informação do que o outro. O importante é que as informações
extraídas sejam confiáveis e úteis para tomada de decisão por parte do
usuário. A informação que não agrega valor e, principalmente, se para
obtê-la houve um custo elevado (às vezes maior do que o benefício gerado
pela disponibilidade de referida informação), ela não terá utilidade.
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22 Análise financeira básica
Objetivo
Analisar a situação de uma organização através da aplicação de
índices básicos de avaliação.
Como visto na unidade 21, uma empresa pode ter sua situação
econômico-financeira avaliada através de índices extraídos das suas
demonstrações financeiras, para que o analista consiga emitir uma
opinião sobre a situação atual e também possa, com base no histórico da
empresa analisada, predizer qual será seu comportamento futuro, desde
que mantidas as condições apresentadas na análise.
Estrutura de Capitais
Esses indicadores (índices) apresentam o estado em que se encontra
a estrutura de origens e aplicações de recursos, e a movimentação
ocorrida de um exercício para outro. Em relação às origens, apresenta a
participação de capitais de terceiros sobre o capital próprio. Já quanto às
aplicações, evidencia onde a empresa está alocando seus recursos: em ativos
imobilizados, em financiamento de clientes ou em estoques. São eles:
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Participação de Capitais de Terceiros: CT/PL
Capitais de Terceiros
Fórmula: ×100
Patrimônio Líquido
Exemplo:
31/12/2012 31/12/2011
Capitais de terceiros $ 1.720.540 $ 1.045.980
Patrimônio líquido $ 820.000 $ 700.000
Índice de participação de capitais de terceiros: 209,82% 149,43%
31/12/2012 31/12/2011
Passivo circulante $ 625.350 $ 453.650
Capitais de terceiros $ 1.720.540 $ 1.045.980
Índice de composição do endividamento 36,35% 43,37%
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No exemplo, percebe-se que houve uma melhora no período 2011-
2012: sendo que para cada $ 100,00 de endividamento, tinha $ 43,37
de dívidas de curto prazo em 2011; e, em 2012, para cada $ 100,00 de
endividamento, tinha $ 36,35.
31/12/2012 31/12/2011
Ativo permanente $ 798.360 $ 539.400
Patrimônio líquido $ 820.000 $ 700.000
Índice de imobilização do patrimônio líquido 97,36% 77,06%
www.esab.edu.br 139
Exemplo:
31/12/2012 31/12/2011
Ativo permanente $ 798.360 $ 539.400
Exigível a Longo Prazo $ 1.095.190 $ 592.330
Patrimônio líquido $ 820.000 $ 700.000
Índice de imobilização de recursos não correntes 41,69% 41,74%
Liquidez
Os índices de liquidez apresentam o confronto das dívidas (passivo
circulante) com o ativo circulante, para medir as condições de pagamento
de uma empresa. Quanto maior forem os índices de liquidez, melhor é
para a empresa analisada, visto que apresenta um ativo circulante maior
comparado ao seu passivo. São eles:
• liquidez geral;
• liquidez corrente;
• liquidez seca.
Veja em detalhes os índices:
Liquidez Geral: LG
Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
Fórmula:
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
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Exemplo:
31/12/2012 31/12/2011
Ativo Circulante $ 1.320.980 $ 788.850
Realizável a Longo Prazo $ 421.200 $ 417.730
Passivo Circulante $ 625.350 $ 453.650
Exigível a Longo Prazo $ 1.095.190 $ 592.330
Liquidez Geral 1,01 1,15
Liquidez Corrente: LC
Ativo Circulante
Fórmula:
Passivo Circulante
Exemplo:
31/12/2012 31/12/2011
Ativo Circulante $ 1.320.980 $ 788.850
Passivo Circulante $ 625.350 $ 453.650
Liquidez Corrente 2,11 1,74
Esse índice indica quanto a empresa possui no ativo circulante para cada
$ 1,00 de dívida do passivo circulante. A empresa analisada está com
bons índices de liquidez corrente, visto que em 2012 para cada $ 1,00 de
dívida, ela apresentou $ 2,11 de ativo circulante. Em 2011, o resultado
não foi tão bom quanto o de 2012, porém também era expressivo. Pois
para cada $ 1,00 de dívida, havia $ 1,74 de ativo circulante.
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Liquidez Seca: LS
Disponível + Aplicações Financeiras
Fórmula:
Passivo Circulante
Exemplo:
31/12/2012 31/12/2011
Disponível + aplicações financeiras $ 451.310 $ 217.780
Passivo Circulante $ 625.350 $ 453.650
Liquidez Seca 0,72 0,48
Rentabilidade
Os índices de rentabilidade apresentam o desempenho da empresa em
relação ao faturamento e à lucratividade das operações comparadas com
o ativo e com o patrimônio líquido. São eles:
• giro do ativo;
• margem líquida;
• rentabilidade do ativo;
• rentabilidade do patrimônio líquido.
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Veja em detalhes os índices:
Vendas líquidas
Fórmula:
Ativo
Exemplo:
31/12/2012 31/12/2011
Vendas líquidas $ 4.448.000 $ 3.682.000
Ativo $ 2.540.540 $ 1.745.980
Giro do Ativo 1,75 2,11
Quanto maior for o índice de giro do ativo, melhor. Em 2011, para cada $
1,00 de ativo, a empresa teve $ 2,11 de faturamento. Para 2012 houve uma
redução nesse índice: para cada $ 1,00 de ativo a empresa faturou $ 1,75.
31/12/2012 31/12/2011
Vendas líquidas $ 4.448.000 $ 3.682.000
Lucro líquido $ 1.590.350 $ 1.260.000
Margem líquida 35,75% 34,22%
www.esab.edu.br 143
Rentabilidade do Ativo: LL/AT
Lucro líquido
Fórmula: ×100
Ativo
Exemplo:
31/12/2012 31/12/2011
Ativo $ 2.540.540 $ 1.745.980
Lucro líquido $ 1.590.350 $ 1.260.000
Rentabilidade do Ativo 62,60% 72,17%
31/12/2012 31/12/2011
Lucro líquido $ 1.590.350 $ 1.260.000
Patrimônio Líquido Inicial $ 700.000 $ 620.000
Patrimônio Líquido Final $ 820.000 $ 700.000
Patrimônio Líquido Médio $ 760.000 $ 660.000
Rentabilidade do Patrimônio Líquido 209,26% 190,91%
www.esab.edu.br 144
Estamos finalizando a unidade 22. Vimos que é possível enriquecer
a análise de uma empresa ao utilizar os conceitos apresentados por
Matarazzo, através da aplicação de diversos índices fundamentados nas
demonstrações financeiras (balanço patrimonial e demonstração do
resultado do exercício). Esses índices (ou indicadores) apresentam a
estrutura de capital, a liquidez e a rentabilidade, informações úteis para a
tomada de decisão.
www.esab.edu.br 145
23 Tesouraria líquida
Objetivo
Entender o conceito de tesouraria líquida e como é formada.
www.esab.edu.br 146
Chairman
Board de diretores
Chief Executive Officer (CEO)
Presidente
Chief Operating Officer
(COO)
Chief Financial Officer (CFO)
www.esab.edu.br 147
Diretor Presidente
(CEO)
www.esab.edu.br
Diretor de Diretor
Diretor de Diretor de Diretor de
recursos financeiro
produção marketing informações
humanos (CFO)
Tesoureiro Controller
148
Veja no Figura 7 que as responsabilidades do tesoureiro envolvem
desembolsos com despesas de capital, análise de crédito para os clientes,
operações cambiais, captação de recursos e planejamento financeiro,
gerenciamento de caixa e de fundos de pensão. Já as responsabilidades
do controller envolvem a gestão de impostos, da contabilidade, das boas
práticas de contabilidade financeira e da contabilidade corporativa.
www.esab.edu.br 149
Ativo
Contas que envolvem os recursos
Contas vinculadas às operações da empresa:
financeiros:
estoque, clientes, impostos a recuperar,
caixa, bancos, aplicações financeiras de
antecipação das despesas do exercício seguinte,
liquidez imediata e outras contas a receber.
entre outras.
Já para o passivo:
Passivo
Contas vinculadas às operações da empresa: Contas que envolvem os recursos financeiros:
empréstimos a pagar, em que os
fornecedores, adiantamento a fornecedores,
financiamentos obtidos junto às instituições
salários, encargos a pagar e impostos a pagar.
financeiras estão contabilizados.
Tesouraria líquida
Esse saldo tem sua atualização diária, visto que uma empresa, no decorrer
de um dia normal de atividade, possui diversos lançamentos nessas
contas, seja recebendo valores e/ou efetuando pagamentos.
www.esab.edu.br 150
24 Ativo e Passivo de tesouraria
Objetivo
Reconhecer os principais Ativos e Passivos utilizados no processo de
gestão de tesouraria.
www.esab.edu.br 151
Vamos utilizar o balanço patrimonial do Quadro 33 para visualizarmos
como se dá o reconhecimento dos principais ativos e passivos utilizados
na gestão da tesouraria.
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE 851.186 CIRCULANTE 314.979
Caixa e equivalentes de caixa 193.470 Empréstimos e financiamentos 24.555
Contas a receber de clientes 429.482 Fornecedores 154.688
Estoques 210.996 Salários e encargos sociais 36.191
Impostos a recuperar 13.241 Parcelamento tributário e previd. 7.527
Outras contas a receber 3.574 IR e CSLL a pagar 29.876
Despesas antecipadas 423 Obrigações tributárias 20.683
Provisões para riscos 22.033
NÃO CIRCULANTE 331.148 Obrigações por incentivos fiscais 11.614
Aplicações financeiras restritas 1.016 Dividendos e juros cap própria a pagar 443
Impostos a recuperar 9.189 Outras contas a pagar 7.369
Impostos diferidos 18.491
Outras contas a receber 6.798 NÃO CIRCULANTE 83.355
Imobilizado 256.486 Empréstimos e financiamentos 152
Intangivel 39.168 Parcelamento tributário e previd. 14.772
Provisões para riscos 11.747
Benefícios a empregados 19.121
Obrigações por incentivos fiscais 37.241
Outras contas a pagar 322
www.esab.edu.br 152
qual é o valor deficitário (tesouraria líquida negativa), para que o gestor
financeiro (tesoureiro) possa fazer algo a respeito. Para tanto, será
necessário identificar quais são as contas localizadas no ativo circulante e
no passivo circulante que registram essas movimentações financeiras.
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Resumo
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25 Saldo de tesouraria
Objetivo
Compreender o conceito de saldo de tesouraria e como ele influencia
o desempenho.
Caixa mínimo
www.esab.edu.br 155
Claro que esta necessidade de caixa mínimo (em valores absolutos)
oscila de acordo com cada empresa e também de acordo com o ramo
da empresa. Aquela empresa que possui ciclos curtos de compra e
venda tem uma necessidade diferente de caixa daquela cujo ciclo é mais
longo. Naturalmente, o gestor financeiro estará alinhado com a política
estabelecida pela empresa para efetuar a gestão de caixa de forma que
atenda às necessidades financeiras e aos objetivos definidos.
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Contas erráticas 2.013.800,00 Contas erráticas 2.276.260,00
Caixa/bancos 200,00 Títulos descontados -
Impostos a recolher sobre
Aplicações financeiras 2.010.000,00 825.360,00
lucros
Impostos a recuperar (sobre
3.600,00 Empréstimos 1.250.000,00
lucros)
Dividendos a pagar 200.900,00
Contas cíclicas 9.366.553,00 Contas cíclicas 4.282.442,00
Contas a receber 3.298.000,00 Fornecedores 2.444.250,00
Salários e encargos a
Provisão devedores duvidosos (64.500,00) 390.000,00
pagar
Estoques 6.000.753,00 Contas a pagar 79.852,00
Impostos a recolher s/
Adiantamentos a fornecedores 120.300,00 1.002.440,00
mercadorias
Despesas do exercício
12.000,00 Adiantamento de clientes 365.900,00
seguinte
Realizável a longo prazo 365.000,00 Exigível a longo prazo 8.966.456,00
Investimento, imobilizado e
10.025.950,00 Patrimônio líquido 6.246.145,00
intangível
Ativo total 21.771.303,00 Passivo total 21.771.303,00
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Transformando em números:
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Para sua reflexão
Caro estudante, pare um instante as suas
atividades e visualize as atividades que
um gestor financeiro tem que desenvolver
durante sua atividade profissional. É ele
quem deve providenciar o bom andamento
dos pagamentos das contas (e isso envolve o
pagamento dos funcionários, dos impostos
e dos fornecedores), envolve a gestão dos
recebimentos dos clientes (a análise de crédito
requer métodos e procedimentos estruturados,
para diminuir a inadimplência), envolve também
o relacionamento com os bancos.
Além destas atividades, o gestor financeiro
também deve atender às expectativas dos
empresários, donos do capital.
As respostas a essas reflexões formam parte de sua
aprendizagem e são individuais, não precisando
ser comunicadas ou enviadas aos tutores.
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26 Efeito tesoura
Objetivo
Compreender o conceito de efeito tesoura e como ele é elaborado.
Mas antes, é necessário que você compreenda outros dois conceitos que
utilizam informações disponibilizadas pelo Balanço Patrimonial e que
influenciam o efeito tesoura: a Necessidade de Capital de Giro (NCG) e
o Capital de Giro (CDG).
www.esab.edu.br 160
A NCG tem a finalidade de apresentar quanto a empresa precisa de
capital de giro para financiar suas atividades operacionais (processo de
compra/produção/estocagem/venda/ entrega/recebimento). Matarazzo
(2010) afirma que a fonte de financiamento da NCG é formada
normalmente por três tipos:
www.esab.edu.br 161
O Balanço Patrimonial apresentado já está com suas contas patrimoniais
classificadas em contas erráticas, contas cíclicas, ativo fixo e patrimônio
líquido. As informações apresentadas são dos últimos quatro exercícios
da empresa modelo.
www.esab.edu.br 162
O efeito contrário acontece com o Capital de Giro e é perceptível que ele
está diminuindo a cada exercício, e também está associado ao fato de o
patrimônio líquido não financiar a evolução dessa empresa. Veja o gráfico
apresentado na Figura 8:
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
2009 2010 2011 2012
CDG (capital de giro) NCG (necessidade de capital de giro)
Agora que você viu como o efeito tesoura é formado e aprendeu novos
conceitos, vamos avançar até a próxima unidade para aprofundarmos o
conhecimento sobre ele.
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
www.esab.edu.br 163
Efeito tesoura como indicador de
27 tendências
Objetivo
Utilizar o conceito de efeito tesoura para a identificação de tendências
de uma organização.
www.esab.edu.br 164
O efeito tesoura, de acordo com Padoveze (2012), tem como causadores
as seguintes situações:
www.esab.edu.br 165
Exercícios 2009 2010 2011 2012
Ativo
Contas erráticas 21.100 29.025 28.320 33.033
Contas cíclicas 20.848 18.200 19.025 20.000
Ativo fixo 28.200 31.048 37.245 51.174
Total Ativo 70.148 78.273 84.590 104.207
Passivo
Contas erráticas 20.058 24.003 23.840 29.320
Contas cíclicas 21.000 20.010 21.750 22.800
Patrimônio líquido 29.090 34.260 39.000 52.087
Total Ativo 70.148 78.273 84.590 104.207
ST (Saldo de tesouraria) 1.042 5.022 4.480 3.713
NCG (Necessidade de Capital de Giro) -152 -1.810 -2.725 -2.800
CDG (Capital de Giro) 890 3.212 1.755 913
www.esab.edu.br 166
4.000
3.000
2.000
1.000
0
-1.000 2009 2010 2011 2012
-2.000
-3.000
-4.000
CDG (capital de giro) NCG (necessidade de capital de giro)
Figura 9 – Acompanhamento do CDG x NCG – empresa modelo.
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
www.esab.edu.br 167
Vimos nesta unidade que o efeito tesoura é um indicador que pode
contribuir para a gestão da empresa, sinalizando tendências e, dessa
forma, permitindo que ações sejam tomadas para manter o rumo
saudável. Aguardamos você na próxima unidade para vermos os conceitos
de overtrade e overtrading!
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 19 a 27. Para isso, dirija-
se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
www.esab.edu.br 168
28 Overtrade ou overtrading
Objetivo
Compreender os conceitos de como uma organização pode ser levada
ao overtrade.
Dois são os caminhos principais que levam à crise e são conhecidos nos
meios empresariais americanos: overtrading e undertrading. Overtrading
refere-se às negociações excessivas e undertrading refere-se às negociações
insuficientes. A razão mais comum para as organizações praticarem
o overtrading reside na busca por economias de escala no processo de
produção, viabilizadas pela existência de capacidade ociosa na empresa.
www.esab.edu.br 169
Assim como o ser humano, as empresas apresentam um ciclo de vida,
ou seja, constituem-se (nascem), alicerçam-se no mercado (vivem) e,
consequentemente, “morrem” – e essa morte nada mais é que a falência.
Diversos fatores contribuem para essa “morte”, e isso ocorre quando o
volume de operações da empresa cresce muito e fica desproporcional com
seu capital de giro, ou seja, quando crescem com relação um ao outro
de uma forma desigual. Isso acontece geralmente quando uma empresa
tenta comercializar uma produção bastante superior a sua real capacidade
de atuação mercadológica.
www.esab.edu.br 170
alto nível de endividamento pode implicar a não quitação de dívidas,
isto é, tornar-se inadimplente.
www.esab.edu.br 171
no Ativo Circulante obviamente poderá significar a inadimplência de
clientes, empatando novamente o capital de giro, fazendo a empresa
enfrentar sérios problemas de liquidez. Por isso, é indispensável que
haja uma compatibilidade entre recebimentos e pagamentos.
• Fornecedores a pagar: a conta Fornecedores merece atenção por
parte do gestor, pois pode ficar seriamente comprometida por causa
da inadimplência de terceiros para com a empresa. A empresa deve
evitar operar com a conta fornecedores, pois refletirá um maior grau
de endividamento e, caso não honre esses compromissos, um maior
nível de descrédito perante o mercado.
Outro fator importante é caso o endividamento do Ativo Circulante
cresça na mesma ou em menor proporção que o volume de vendas.
Isso pelo fato de que, se ocorrer o inverso, a empresa teoricamente não
auferirá receita suficiente para saldar seus compromissos inteiramente a
contento. É importante que a empresa procure operar menos com vendas
a prazo em virtude de o risco ser menor quando se trabalha com vendas
à vista. O departamento de marketing pode contribuir nessa questão,
estudando formas para incentivar vendas à vista ou em prazos curtos.
www.esab.edu.br 172
29 O papel dos índices de balanço
Objetivo
Compreender a importância dos índices de análise a partir dos
demonstrativos financeiros para o acompanhamento do desempenho
da organização.
www.esab.edu.br 173
• PMPC: Prazo médio de pagamento de compras;
• PMRE: Prazo médio de renovação de estoques.
Vamos entender um pouco mais sobre cada índice de prazo médio?
Em que:
www.esab.edu.br 174
Acompanhe a memória de cálculo para o ano de 2009.
Em que:
www.esab.edu.br 175
o saldo final da conta estoque (BP) e, por fim, subtraindo o saldo
inicial da conta estoque (BP).
• 360: é o número de dias considerado para o ano comercial.
Em que:
www.esab.edu.br 176
• CMV: é o valor do custo das mercadorias vendidas, informação
encontrada na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
• 360: é o número de dias considerado para o ano comercial.
Vejamos o exemplo ilustrativo:
www.esab.edu.br 177
30 Descrição detalhada dos índices
Objetivo
Identificar os índices para avaliação do desempenho da organização.
Ciclo operacional
PMRE PMRV
www.esab.edu.br 178
O ciclo operacional compreende os dois extremos: em uma ponta
encontramos a compra da mercadoria (ou matéria-prima), e na outra
ponta encontramos o recebimento da venda efetuada.
Ciclo operacional
PMRE PMRV
www.esab.edu.br 179
O ciclo de caixa (ciclo financeiro) está compreendido entre o pagamento
feito para o fornecedor e o recebimento do valor devido pelo cliente.
No exemplo da Figura 11, a venda ocorreu antes do pagamento ao
fornecedor, o que diminui o ciclo de caixa.
Ciclo operacional
PMRE PMRV
www.esab.edu.br 180
Calculando o ciclo operacional e o ciclo de caixa
www.esab.edu.br 181
Vamos calcular o ciclo operacional? Para o exercício de 2009, a memória
de cálculo é:
www.esab.edu.br 182
de estoques sofreu alteração, permitindo manter maiores volumes de
mercadorias estocadas. Também pode ser associado a este aumento de
estoques um baixo desempenho nas vendas, contribuindo para que o
saldo de estoque permaneça elevado.
www.esab.edu.br 183
Resumo
Caro aluno, nestas últimas seis unidades, você aprendeu sobre saldo de
tesouraria e sua influência, assim como compreendeu o efeito tesoura,
o qual é constituído a partir da análise do Capital de Giro (CDG) e
da Necessidade de Capital de Giro (NCG) de uma empresa. A sua
utilização como um indicador e como forma preditiva de tendências
de uma organização contribui para o julgamento a respeito da situação
econômico-financeira.
www.esab.edu.br 184
Conceito de necessidade de capital
31 de giro
Objetivo
Compreender como é identificada a necessidade de capital de giro da
organização.
www.esab.edu.br 185
Necessidade de Capital de Giro (NCG)
Determinando a NCG
www.esab.edu.br 186
cenário deve ser financiada de forma apropriada para a manutenção
financeira saudável.
• ACO = PCO: nesse cenário, o ativo circulante operacional é igual
ao passivo circulante operacional e, sendo assim, não há necessidade
de capital de giro.
• ACO < PCO: aqui, o ativo circulante operacional é menor que
o passivo circulante operacional. Significa que está sobrando
financiamento (captação de recursos). Essa sobra pode ser investida
em aplicações financeiras ou em imobilizados, como o aumento de
uma unidade de produção.
www.esab.edu.br 187
Provavelmente, uma alteração na política de vendas a prazo, como
redução na quantidade de dias ofertada ao cliente, tenha afetado a NCG
nesse período.
Financiamento da NCG
Duplicatas descont.
Empréstimos bancários Fontes de
Financiamentos bancários financiamento
de longo prazo da NCG
www.esab.edu.br 188
financiamento, Matarazzo (2010) apresenta o esquema do financiamento
da NCG, independentemente da configuração. Veja na Figura 14:
PL
CCP menos
EBCP
www.esab.edu.br 189
Dessa forma, finalizamos a unidade 31, na qual vimos o conceito da
NCG, a forma de apurá-la e seu financiamento.
Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem da Instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá?
www.esab.edu.br 190
Causas da modificação da
32 necessidade de capital de giro
Objetivo
Compreender as movimentações que modificam a necessidade de
capital de giro.
www.esab.edu.br 191
NCG = CC x Vd + A
Sendo que:
PMRE: 74 PMRV: 63
www.esab.edu.br 192
Analisando o ciclo operacional da Figura 15, podemos observar que
ele tem a duração de 137 dias, período que compreende o tempo
entre a compra da mercadoria e a data do recebimento da venda dessa
mercadoria. O período do CC (ciclo de caixa) apresentado é de 52
dias, o que quer dizer que a empresa precisa de financiamento para
suprir suas necessidades financeiras nesse período. Esse financiamento
pode ser através de capital próprio (patrimônio líquido) ou de capital
de terceiros (desconto de duplicatas, empréstimos bancários de curto
prazo, entre outros).
www.esab.edu.br 193
US$
Ciclo operacional: 137 dias
fase 4
fase 3
fase 2
fase 1
Investimento
Ciclo de caixa:
PMPC: 85 dias
52 dias
Financiamento
0 74 85
www.esab.edu.br 194
qual a linha é dupla, é aquele período em que os fornecedores financiam
parcialmente a NCG dessa empresa.
Resumindo:
Fase 1: totalmente financiada pelos fornecedores;
Fase 2: parcialmente financiada pelos fornecedores;
Fase 3: parcialmente financiada pelos fornecedores;
Fase 4: totalmente financiada pela empresa.
www.esab.edu.br 195
Dessa forma, fica claro que a empresa financia uma determinada
quantidade de dias (x) da fase 2 e outra quantidade de dias (y) da fase 3.
O desafio é descobrir qual o número de dias que estão sendo financiados
pela empresa nessas 2 fases.
Ciclo de caixa = ax + by + 52
Em que:
Supondo, “[...] que a fase 2 durasse 40 dias, nos quais a empresa tivesse
que financiar 15% dos investimentos, e que a fase 3 durasse 20 dias, em
que a empresa financiasse 35% dos investimentos”. Logo:
www.esab.edu.br 196
Ciclo de Caixa Equivalente
A base utilizada é o valor das vendas, sendo que o PMRV não precisa de
conversão, pois já utiliza as vendas como base.
NCG = CCeq x Vd + A
www.esab.edu.br 197
Em que:
www.esab.edu.br 198
Análise da necessidade de capital
33 de giro
Objetivo
Mapear a necessidade de capital de giro da organização.
www.esab.edu.br 199
PMRV
+
CMV / V
CCeq PMREeq x
PMRE
x -
x
+
V PMPC
A
/
360
www.esab.edu.br 200
Para apurarmos o prazo médio de renovação de estoques equivalentes
(PMREeq), é necessário multiplicarmos o percentual da divisão do custo
da mercadoria vendida (CMV) sobre o total de vendas pelo prazo médio
de renovação de estoque (PMRE).
www.esab.edu.br 201
PMRV
Exerc 2010 2011 2012
Dias 63 67 70
www.esab.edu.br
% CMV / V
AH 100% 106% 111% Exerc 2010 2011 2012
+
CCeq PMRV % 61 54 54
Exerc 2010 2011 2012 Exerc 2010 2011 2012 AH 100% 89% 89%
Dias 66 91 99 Dias 45 62 60 x
PMRE
AH 100% 138% 150% AH 100% 138% 133% Exerc 2010 2011 2012
-
PMPCeq Dias 74 114 112
NCG
Exerc 2010 2011 2012 AH 100% 154% 151%
Exerc 2010 2011 2012
x Dias 42 38 31
R$ 820 1239 1714
AH 100% 90% 74% %C/V
AH 100% 151% 209% Exerc 2010 2011 2012
Vd Vendas realizadas % 50 46 43
202
AH 100% 105% 157%
Analisando a Figura 18, é possível, através da análise horizontal da NCG,
identificar que esta sofreu aumento expressivo entre os exercícios 2010
– 2012, representando 209% do valor original, saltando de R$ 820 para
R$ 1.714.
www.esab.edu.br 203
PL
Exerc 2010 2011 2012
R$ 1079 1412 1660
www.esab.edu.br
CCP
Exerc 2010 2011 2012 AH 100% 131% 154%
R$ 313 -302 -1060 -
CCL AP
Exerc 2010 2011 2012 AH - - - Exerc 2010 2011 2012
R$ 627 869 966 AV 38% -24% -62% R$ 766 1714 2720
AH 100% 139% 154% + AH 100% 224% 355%
AV 76% 70% 56% ELP
+ Exerc 2010 2011 2012
NCG PCF R$ 314 1171 2026
Exerc 2010 2011 2012 Exerc 2010 2011 2012 AH 100% 373% 645%
R$ 820 1239 1714 R$ 357 477 835 AV 38% 96% 118%
AH 100% 151% 209% AH 100% 134% 234%
204
Analisando o financiamento da NCG através do esquema apresentado,
fica muito claro que a empresa incorreu em imobilização (AP) durante
os três anos, de forma agressiva perante a sua estrutura de capital. No
primeiro exercício, ela tinha Capital Circulante Próprio (CCP) positivo,
porém nos exercícios seguintes o valor apresentado é negativo. Isso
significa que ela não aumentou o patrimônio líquido (capital próprio) na
mesma proporção que aumentou o seu ativo permanente.
www.esab.edu.br 205
34 Administração do capital de giro
Objetivo
Entender como administrar o capital de giro de uma organização.
www.esab.edu.br 206
Tabela 1 – Variáveis vendas estáveis
Início do exercício Fim do exercício
VA 1.200 1.200
NCG 200 200
CCP 50 86
EB 150 114
PL 230 266
AP 180 180
LC - 36
www.esab.edu.br 207
Cenário B: grande crescimento de vendas
Analise com calma e perceba o quanto foi danoso para essa empresa
crescer suas vendas em 50% no exercício. Ela precisou recorrer a
financiamentos bancários, aumentando o índice de endividamento
de 65% para 101%. Devido ao crescimento de vendas, foi necessário
investir em estrutura, aumentando a imobilização do PL, cujo índice
evoluiu de 78% para 95%. E, assim, sobraram somente 5% do PL para
financiar com recursos próprios a sua necessidade de capital de giro.
www.esab.edu.br 208
Qual a solução? Uma solução viável seria o aumento de capital próprio,
através da integralização de novos sócios ou do aumento da participação
dos sócios atuais.
www.esab.edu.br 209
Perceba como os índices foram influenciados pelo crescimento constante
de 50% em 2 exercícios. O endividamento bancário que era de
apenas 65% no início do exercício 1, chega ao final do exercício 2 em
expressivos 134% sobre o valor do PL. A NCG, que tinha participação
de capital próprio em seu financiamento da ordem de 25%, passou
ao final para uma participação negativa de 9%, ou seja, a empresa não
financia nada da sua necessidade de capital de giro. Ela é financiada na
totalidade por capitais de terceiros.
Estudo complementar
Caro estudante, leia o artigo intitulado “Gestão do
Capital de Giro em Micro e Pequenas Empresas:
Estudo de casos em empresas do comércio
varejista de Passos - MG”. Este artigo aborda a
administração do capital de giro em 15 empresas
de pequeno porte do comércio varejista.
Disponível aqui.
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35 Exercícios resolvidos
Objetivo
Exercícios comentados sobre as unidades 31 a 34.
Atividade:
www.esab.edu.br 211
Informações:
www.esab.edu.br 212
Tabela 5 – Demonstração do Resultado do Exercício – Empresa Modelo
EMPRESA MODELO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
31/12/2010 31/12/2011 31/12/2012
Receita Líquida de Vendas 19.509.870 20.405.820 21.909.753
(-) Custo Mercadoria Vendida -14.734.012 -15.132.162 -16.174.333
(=) Resultado Bruto 4.775.858 5.273.658 5.735.420
(-) Despesas Operacionais -3.664.305 -3.805.988 -3.790.135
Despesas com vendas -2.731.306 -2.924.787 -3.217.977
Despesas gerais e administrativas -614.605 -685.815 -740.407
Outras despesas operacionais -486.795 -626.274 -526.012
Resultado de equivalência patrimonial 168.401 430.888 694.261
(=) Resultado antes Resultado Financeiro 1.111.553 1.467.670 1.945.285
(+/-) Resultado financeiro líquido -356.977 -543.875 -523.297
(=) Resultado antes impostos 754.576 923.795 1.420.988
(-) IR/CSLL -43.303 -97.842 -212.130
(=) Resultado do exercício 711.273 825.953 1.208.858
Pede-se:
www.esab.edu.br 213
Resolução:
www.esab.edu.br 214
PMRV
Exerc 2010 2011 2012
Dias
www.esab.edu.br
% CMV / V
AH Exerc 2010 2011 2012
+
CCeq PMRV %
Exerc 2010 2011 2012 Exerc 2010 2011 2012 AH
Dias Dias x
PMRE
AH AH Exerc 2010 2011 2012
-
PMPCeq Dias
NCG
Exerc 2010 2011 2012 AH
Exerc 2010 2011 2012
x Dias
R$
AH %C/V
AH Exerc 2010 2011 2012
Vd Vendas realizadas %
215
AH
PL
Exerc 2010 2011 2012
R$
www.esab.edu.br
CCP
Exerc 2010 2011 2012 AH
R$ -
CCL AP
Exerc 2010 2011 2012 AH Exerc 2010 2011 2012
R$ AV R$
AH + AH
AV ELP
+ Exerc 2010 2011 2012
NCG PCF R$
Exerc 2010 2011 2012 Exerc 2010 2011 2012 AH
R$ R$ AV
AH AH
216
PMRV
Exerc 2010 2011 2012
Dias 40 36 18
www.esab.edu.br
% CMV / V
AH 100% 89% 45% Exerc 2010 2011 2012
NCG +
Exerc 2010 2011 2012 PMREeq % 76 74 74
R$ 432.832 713.293 -3.196.491 Exerc 2010 2011 2012 AH 100% 98% 98%
Dias 33 39 40 x
AH 100% 165% -739% PMRE
AH 100% 116% 121% Exerc 2010 2011 2012
-
CCeq PMPCeq Dias 44 52 55
Exerc 2010 2011 2012 Exerc 2010 2011 2012 AH 100% 119% 123%
Dias 26 23 5 Dias 47 51 53
AH 100% 88% 21% AH 100% 109% 112% %C/V
x Exerc 2010 2011 2012
Vd Vendas realizadas % 77 76 75
Exerc 2010 2011 2012 Exerc 2010 2011 2012 AH 100% 99% 98%
x
R$ 54.194 56.683 60.860 R$ 19.509.870 20.405.820 21.909.753 PMPC
AH 100% 105% 112% AH 100% 101% 131% Exerc 2010 2011 2012
- / Dias 61 67 70
217
AH 100% 61% 353%
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PL
Exerc 2010 2011 2012
CCP R$ 8.076.820 8.769.064 9.768.934
Exerc 2010 2011 2012 AH 100% 109% 121%
CCL R$ -4.744.894 -5.115.984 -8.884.097 -
AP + RLP
Exerc 2010 2011 2012 AH - - - Exerc 2010 2011 2012
R$ 72.810 1.647.273 -1.504.290 AV -1096% -717% -278% R$ 12.821.715 13.885.048 18.653.031
AH 100% 2262% -2066% + AH 100% 108% 145%
AV 17% 231% 47% ELP
+ Exerc 2010 2011 2012
NCG PCF R$ 4.817.704 6.763.257 7.379.808
Exerc 2010 2011 2012 Exerc 2010 2011 2012 AH 100% 140% 153%
R$ 432.832 713.293 -3.196.491 R$ 2.381.235 1.744.121 1.631.680 AV 1113% 948% -231%
AH 100% 165% -739% AH 100% 73% 69%
AV 100% 100% 100% AV 550% 245% -51%
218
Caro aluno, o exercício apresentado nesta unidade tinha como finalidade
fixar o conhecimento sobre a origem e o financiamento da Necessidade
de Capital de Giro. Na próxima unidade, você verá como os índices de
liquidez, em conjunto com outros indicadores, contribuem na gestão de
uma empresa. Até breve!
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
www.esab.edu.br 219
36 Indicadores de liquidez
Objetivo
Compreender como os indicadores de liquidez são utilizados para a
avaliação da capacidade de pagamento da organização.
Não são índices extraídos do fluxo de caixa que comparam as entradas com as saídas
de dinheiro. Os índices de liquidez são índices que a partir do confronto dos Ativos
Circulantes com as Dívidas procuram medir quão sólida é a base financeira da empresa.
Uma empresa que apresenta bons índices de liquidez tem condições de ter boa
capacidade de pagar suas dívidas, mas não estará, obrigatoriamente, pagando suas
dívidas em dia em função de outras variáveis como prazo, renovação de dívidas etc.
www.esab.edu.br 220
é eficaz quando os meios de pagamento suprem tempestivamente as
necessidades de pagamentos, ou seja, quando esses meios podem ser
convertidos rapidamente em dinheiro a tempo de cobrir as obrigações
que a empresa possui.
www.esab.edu.br 221
A finalidade dos índices é evidenciar a relação entre contas ou grupo de
contas das demonstrações contábeis, com o objetivo de determinar os
aspectos da situação econômica e financeira para que se possa chegar
a um parecer sobre a empresa analisada. Na literatura, encontramos
diferentes autores com alguns pontos em comum quanto aos principais
grupos de índices e nota-se que existem algumas diferenças em suas
classificações. Cada autor apresenta um agrupamento de índices que
difere dos demais e, conforme Matarazzo (2010), mesmo com relação aos
índices que constam em praticamente todas as obras e trabalhos, sempre
há algumas pequenas diferenças, inclusive de fórmulas. Porém, essas
diferenças não chegam a afetar propriamente a análise.
A fórmula é:
www.esab.edu.br 222
Liquidez Corrente (LC)
A fórmula é:
A fórmula é:
www.esab.edu.br 223
Liquidez Imediata (LI)
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 28 a 36. Para isso, dirija-
se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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Resumo
www.esab.edu.br 225
37 Liquidez geral
Objetivo
Entender como é feita a elaboração do Índice de Liquidez Geral da
organização através das informações disponibilizadas no Balanço
Patrimonial.
www.esab.edu.br 226
Vejamos, segundo Matarazzo (2010), qual é a fórmula para calcular o
Índice de Liquidez Geral (ILG). Observe:
Quociente Fórmula
www.esab.edu.br 227
Veja um exemplo de cálculo do Índice de Liquidez Geral da Empresa da
Turma (Quadro 47).
EMPRESA DA TURMA
BALANÇO PATRIMONIAL EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO
Ativo 2010 2011 2012
Ativo Circulante 5.650.933 6.787.095 9.889.131
Caixa e Equivalentes de Caixa 1.758.455 2.437.071 3.077.296
Contas a Receber 1.892.514 1.841.729 3.311.899
Estoques 1.574.041 2.003.983 2.754.571
Tributos a recuperar 363.944 432.959 636.902
Despesas Antecipadas 58.818 52.748 102.932
Outros Ativos Circulantes 3.161 18.605 5.531
Ativo Não Circulante 11.154.892 12.635.394 20.389.095
Realizável a Longo Prazo 1.684.328 1.944.155 3.815.608
Contas a Receber 1.010.597 1.166.493 1.768.544
Empréstimo a coligadas 673.731 777.662 2.047.064
Investimentos 3.986.170 4.501.140 6.975.798
Imobilizado 4.804.399 5.310.583 8.407.698
Intangível 679.995 879.516 1.189.991
TOTAL ATIVO 16.805.825 19.422.489 30.278.226
Passivo 2010 2011 2012
Passivo Circulante 5.587.587 5.288.076 10.646.312
Obrigações Sociais e Trabalhistas 258.364 311.124 452.137
Fornecedores 2.220.809 2.644.413 4.250.520
Obrigações Fiscais 143.958 72.315 251.926
Empréstimos e Financiamentos 2.071.674 1.587.150 4.129.360
Outras Obrigações 886.407 659.514 1.551.212
Provisões 6.375 13.560 11.157
Passivo Não Circulante 4.191.403 6.154.564 7.334.955
Empréstimos e Financiamentos 3.143.552 4.615.923 5.501.216
Outras Obrigações 1.047.851 1.538.641 1.833.739
Patrimônio Líquido 7.026.835 7.979.849 12.296.959
TOTAL PASSIVO 16.805.825 19.422.489 30.278.226
www.esab.edu.br 228
A partir das informações presentes no Quadro 47 referentes aos
exercícios de 2010, 2011 e 2012, podemos calcular o Índice de Liquidez
Geral (ILG) da Empresa da Turma.
5.650.933 + 1.684.328
ILG=
5.587.587 + 4.191.403
7.335.261
=
9.778.990
= 0,75
6.787.095 + 1.944.155
ILG =
5.288.076 + 6.154.564
8.731.250
=
11.442.640
= 0,76
9.889.131 + 3.815.608
ILG =
10.646.312 + 7.334.955
13.704.739
=
17.981.267
= 0,76
www.esab.edu.br 229
Resumindo os resultados apurados, teremos o seguinte quadro de Índice
de Liquidez Geral da Empresa da Turma:
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38 Liquidez corrente
Objetivo
Entender como é feita a elaboração do Índice de Liquidez Corrente
da organização através das informações disponibilizadas no Balanço
Patrimonial.
www.esab.edu.br 231
Até porque, para transformar todos os ativos circulantes em dinheiro
(estoques, duplicatas a receber, adiantamento a funcionários), seria
necessário um grande esforço por parte da empresa. No dia a dia é difícil
vender todo o estoque que uma empresa possui, assim como também é
difícil, ou até impossível, antecipar todos os valores que tem a receber
futuramente de seus clientes, para uma data presente.
Quociente Fórmula
Ativo Circulante
Liquidez Corrente = ILC
Passivo Circulante
www.esab.edu.br 232
EMPRESA DA TURMA
BALANÇO PATRIMONIAL EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO
Ativo 2010 2011 2012
Ativo Circulante 5.650.933 6.787.095 9.889.131
Caixa e Equivalentes de Caixa 1.758.455 2.437.071 3.077.296
Contas a Receber 1.892.514 1.841.729 3.311.899
Estoques 1.574.041 2.003.983 2.754.571
Tributos a recuperar 363.944 432.959 636.902
Despesas Antecipadas 58.818 52.748 102.932
Outros Ativos Circulantes 3.161 18.605 5.531
Ativo Não Circulante 11.154.892 12.635.394 20.389.095
Realizável a Longo Prazo 1.684.328 1.944.155 3.815.608
Contas a Receber 1.010.597 1.166.493 1.768.544
Empréstimo a coligadas 673.731 777.662 2.047.064
Investimentos 3.986.170 4.501.140 6.975.798
Imobilizado 4.804.399 5.310.583 8.407.698
Intangível 679.995 879.516 1.189.991
TOTAL ATIVO 16.805.825 19.422.489 30.278.226
Passivo 2010 2011 2012
Passivo Circulante 5.587.587 5.288.076 10.646.312
Obrigações Sociais e Trabalhistas 258.364 311.124 452.137
Fornecedores 2.220.809 2.644.413 4.250.520
Obrigações Fiscais 143.958 72.315 251.926
Empréstimos e Financiamentos 2.071.674 1.587.150 4.129.360
Outras Obrigações 886.407 659.514 1.551.212
Provisões 6.375 13.560 11.157
Passivo Não Circulante 4.191.403 6.154.564 7.334.955
Empréstimos e Financiamentos 3.143.552 4.615.923 5.501.216
Outras Obrigações 1.047.851 1.538.641 1.833.739
Patrimônio Líquido 7.026.835 7.979.849 12.296.959
TOTAL PASSIVO 16.805.825 19.422.489 30.278.226
www.esab.edu.br 233
Para calcular o Índice de Liquidez Corrente (ILC) da Empresa da Turma,
vamos utilizar a fórmula do Quadro 49: ILC: Ativo Circulante / Passivo
Circulante. No Balanço Patrimonial do Quadro 50, localize as linhas em
destaque cuja representação são os valores necessários para efetuarmos o
cálculo.
Exercício de 2010:
5.650.933
=ILC = 1,01
5.587.587
Exercício de 2011:
6.787.095
=ILC = 1,28
5.288.076
9.889.131
=ILC = 0,93
10.646.312
www.esab.edu.br 234
Você percebe que o Índice de Liquidez Corrente da Empresa da Turma
é maior e, portanto, melhor que o índice geral apresentado na unidade
37, ou seja, o índice de curto prazo apresenta um desempenho melhor
que o índice de longo prazo. Também é possível perceber que houve
uma melhora no período 2010-2011 e depois o índice recuou, sofrendo
redução no período de 2011-2012. Algumas justificativas para esse
comportamento econômico-financeiro podem ser plausíveis, entre elas
o aumento de financiamento no curto prazo em 2012 ou, ainda, a baixa
de estoques e de clientes a receber, o que pode denotar que a empresa
imobilizou uma parte maior do seu ativo.
www.esab.edu.br 235
39 Liquidez seca
Objetivo
Entender como é feita a elaboração do Índice de Liquidez Seca da
organização através das informações disponibilizadas no Balanço
Patrimonial.
www.esab.edu.br 236
Liquidez Liquidez Corrente
Nível Alta Baixa
Situação financeira em princípio
insatisfatória, mas atenuada pela boa
Alta Situação financeira boa
liquidez seca. Em certos casos pode até
ser considerada razoável
Quociente Fórmula
www.esab.edu.br 237
Agora analise a fórmula para o cálculo do Índice de Liquidez Seca (ILS)
adotada pelo autor Padoveze (2010) e apresentada no Quadro 54.
Quociente Fórmula
www.esab.edu.br 238
EMPRESA DA TURMA
BALANÇO PATRIMONIAL EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO
Ativo 2010 2011 2012
Ativo Circulante 5.650.933 6.787.095 9.889.131
Caixa e Equivalentes de Caixa 1.758.455 2.437.071 3.077.296
Contas a Receber 1.892.514 1.841.729 3.311.899
Estoques 1.574.041 2.003.983 2.754.571
Tributos a recuperar 363.944 432.959 636.902
Despesas Antecipadas 58.818 52.748 102.932
Outros Ativos Circulantes 3.161 18.605 5.531
Ativo Não Circulante 11.154.892 12.635.394 20.389.095
Realizável a Longo Prazo 1.684.328 1.944.155 3.815.608
Contas a Receber 1.010.597 1.166.493 1.768.544
Empréstimo a coligadas 673.731 777.662 2.047.064
Investimentos 3.986.170 4.501.140 6.975.798
Imobilizado 4.804.399 5.310.583 8.407.698
Intangível 679.995 879.516 1.189.991
TOTAL ATIVO 16.805.825 19.422.489 30.278.226
Passivo 2010 2011 2012
Passivo Circulante 5.587.587 5.288.076 10.646.312
Obrigações Sociais e Trabalhistas 258.364 311.124 452.137
Fornecedores 2.220.809 2.644.413 4.250.520
Obrigações Fiscais 143.958 72.315 251.926
Empréstimos e Financiamentos 2.071.674 1.587.150 4.129.360
Outras Obrigações 886.407 659.514 1.551.212
Provisões 6.375 13.560 11.157
Passivo Não Circulante 4.191.403 6.154.564 7.334.955
Empréstimos e Financiamentos 3.143.552 4.615.923 5.501.216
Outras Obrigações 1.047.851 1.538.641 1.833.739
Patrimônio Líquido 7.026.835 7.979.849 12.296.959
TOTAL PASSIVO 16.805.825 19.422.489 30.278.226
www.esab.edu.br 239
Para o cálculo do Índice de Liquidez Seca da Empresa da Turma,
iniciaremos com a fórmula adotada por Matarazzo (2010): ILS:
Disponível + Aplicações Financeiras + Clientes de Rápida
Conversibilidade em Dinheiro / Passivo Circulante. No Balanço
Patrimonial (Quadro 55), localize as linhas em destaque em vermelho
(caixa e equivalentes de caixa + contas a receber). Nesse contexto, foi
considerado que o total de contas a receber é passível de rápida conversão
em dinheiro. Então, teremos os seguintes valores para os Índices de
Liquidez Seca:
1.758.455 + 1.892.514
ILS =
5.587.587
3.650.969
=
5.587.587
= 0,65
2.437.071+1.841.729
ILS=
5.288.076
4.278.800
=
5.288.076
=0,81
3.077.296 + 3.311.899
ILS =
10.646.312
6.389.195
=
10.646.312
= 0,60
www.esab.edu.br 240
Já para Padoveze (2010), a fórmula adotada para o cálculo de liquidez
seca é: ILS: Ativo Circulante - Estoques / Passivo Circulante. Para
aplicarmos essa fórmula, é necessário utilizar o valor do Ativo Circulante
menos o valor da conta estoques. Veja no Quadro 55 os destaques em cor
azul. Vejamos o resultado da aplicação dessa fórmula para a Empresa da
Turma, considerando o período de 2010-2012:
5.650.933 − 1.574.041
ILS =
5.587.587
4.076.892
=
5.587.587
= 0,73
6.787.095 − 2.003.983
ILS =
5.288.076
4.783.112
=
5.288.076
= 0,90
9.889.131 − 2.754.671
ILS =
10.646.312
7.134.560
=
10.646.312
= 0,67
www.esab.edu.br 241
Índice de Liquidez Seca - Autor 2010 2011 2012
ILS – Matarazzo (2010) 0,65 0,81 0,60
ILS – Padoveze (2010) 0,73 0,90 0,67
www.esab.edu.br 242
40 Liquidez imediata
Objetivo
Entender como é feita a elaboração do Índice de Liquidez Imediata
da organização através das informações disponibilizadas no Balanço
Patrimonial.
www.esab.edu.br 243
Quociente Fórmula
www.esab.edu.br 244
EMPRESA DA TURMA
BALANÇO PATRIMONIAL EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO
Ativo 2010 2011 2012
Ativo Circulante 5.650.933 6.787.095 9.889.131
Caixa e Equivalentes de Caixa 1.758.455 2.437.071 3.077.296
Contas a Receber 1.892.514 1.841.729 3.311.899
Estoques 1.574.041 2.003.983 2.754.571
Tributos a recuperar 363.944 432.959 636.902
Despesas Antecipadas 58.818 52.748 102.932
Outros Ativos Circulantes 3.161 18.605 5.531
Ativo Não Circulante 11.154.892 12.635.394 20.389.095
Realizável a Longo Prazo 1.684.328 1.944.155 3.815.608
Contas a Receber 1.010.597 1.166.493 1.768.544
Empréstimo a coligadas 673.731 777.662 2.047.064
Investimentos 3.986.170 4.501.140 6.975.798
Imobilizado 4.804.399 5.310.583 8.407.698
Intangível 679.995 879.516 1.189.991
TOTAL ATIVO 16.805.825 19.422.489 30.278.226
Passivo 2010 2011 2012
Passivo Circulante 5.587.587 5.288.076 10.646.312
Obrigações Sociais e Trabalhistas 258.364 311.124 452.137
Fornecedores 2.220.809 2.644.413 4.250.520
Obrigações Fiscais 143.958 72.315 251.926
Empréstimos e Financiamentos 2.071.674 1.587.150 4.129.360
Outras Obrigações 886.407 659.514 1.551.212
Provisões 6.375 13.560 11.157
Passivo Não Circulante 4.191.403 6.154.564 7.334.955
Empréstimos e Financiamentos 3.143.552 4.615.923 5.501.216
Outras Obrigações 1.047.851 1.538.641 1.833.739
Patrimônio Líquido 7.026.835 7.979.849 12.296.959
TOTAL PASSIVO 16.805.825 19.422.489 30.278.226
www.esab.edu.br 245
Como vimos anteriormente, a fórmula adotada para o cálculo do
Índice de Liquidez Imediata é: ILI: Disponibilidades (Caixa/Banco/
Aplicações Financeiras) / Passivo Circulante. Vejamos o resultado da
aplicação dessa fórmula na Empresa da Turma, considerando o período
de 2010-2012:
1.758.455
=ILI = 0,31
5.587.587
2.437.071
=ILI = 0, 46
5.288.076
3.077.296
=ILI = 0,29
10.646.312
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Índice 2010 2011 2012
Índice de Liquidez Geral (ILG) 0,75 0,76 0,76
Índice de Liquidez Corrente (ILC) 1,01 1,28 0,93
Índice de Liquidez Seca (ILS) - Matarazzo (2010) 0,65 0,81 0,60
Índice de Liquidez Seca (ILS) – Padoveze (2010) 0,73 0,90 0,67
Índice de Liquidez Imediata (ILI) 0,31 0,46 0,29
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41 Exercícios resolvidos
Objetivo
Exercícios comentados sobre as unidades 36 a 40.
Exercício 1
Solução:
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Circulante e o Exigível a Longo Prazo, o que é representado pela fórmula
= AC + RLP / PC + ELP. Quanto maior for o resultado, melhor. É
esperado que o resultado fosse maior que 1, significando que para cada $
1,00 de dívida, a empresa possui no mínimo $ 1,00 de ativo.
Exercício 2
Exercício 3
Solução:
Neste cenário a empresa está vendendo boa parte dos seus estoques e não
está repondo novas mercadorias. O Índice de Liquidez Seca será diretamente
afetado para melhor, pois o valor que constava na conta Estoques migrou
para as contas Caixa, Bancos ou Clientes a Receber (vendas a prazo).
De outro lado, como a empresa não comprou novas mercadorias, não
aumentou o seu Passivo Circulante – Fornecedores a Pagar.
www.esab.edu.br 249
Exercício 4
Solução:
Exercício 5
www.esab.edu.br 250
Solução:
Exercício 6
Solução:
Exercício 7
a. Estoques altos.
b. Estoques inexistentes.
c. Ativos maiores do que passivos.
d. Estoques baixos.
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Solução:
Exercício 8
A Empresa da Turma Ltda. possui ILC = 1,40 e ILS = 1,15. Sabendo que
o Passivo Circulante da empresa é igual a $ 80.000 calcule:
Solução:
Para o ILS, corresponde dizer que para cada $ 1,00 de dívida a empresa
detém $ 1,15 de Ativo Circulante deduzido dos estoques. Desta forma
você deve:
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Estoques: Ativo Circulante – Disponibilidades
Estoques: $ 112.000 – $ 92.000
Estoques: $ 20.000
Exercício 9
Solução:
www.esab.edu.br 253
b. calcule os Índices de Liquidez Geral, de Liquidez Corrente, de
Liquidez Seca e de Liquidez Imediata.
Solução:
ILC: AC / PC
$4.000 + $6.400 + $12.000
$6.000 + $3.000
ILC = 2,49
ILS: AC – ESTOQUES / PC
$4.000 + $6.400
$6.000 + $3.000
ILS = 1,16
ILI: DISPONIBILIDADES / PC
$ 4.000
$ 6.000 + $3.000
ILI = 0,44
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42 Índice de solvência
Objetivo
Compreender como a análise de longo prazo de uma organização
pode ser elaborada com base na solvência.
www.esab.edu.br 255
Sob o ponto de vista econômico-financeiro da empresa deve haver certa
coerência entre a natureza dos investimentos e a origem dos recursos
financeiros. A prudência e a lógica aconselham que os investimentos de
longo prazo sejam financiados por capitais permanentes (capital social
+ reserva de lucros + passivos de longo prazo). Tenha em mente que uma
dívida de curto prazo nunca deve financiar um bem imobilizado.
www.esab.edu.br 256
Todos os índices são importantes, no entanto, um deles atrai maior atenção,
pois denuncia a capacidade de pagamento da empresa, evidenciando o
grau de solvência em caso de término total das atividades. Esse índice é o
indicador de solvência. O Índice de Solvência oferece a melhor informação
sobre a potencial insolvência, isto é, apresenta correlação mais forte com os
eventos de insolvência e com antecipação, pois de nada adianta verificar tais
índices depois de ocorrida a insolvência legal.
Uma empresa solvente indica que está sendo bem gerenciada, indica que
as ações gerenciais estão sendo desenvolvidas de modo acertado, pois o
efeito financeiro está sendo positivo. Estar solvente não significa uma
garantia às partes interessadas, pois existem vários fatores que podem
influenciar o desempenho da empresa, entre eles a própria questão da
política monetária do País, pois já houve confisco dos valores depositados
em contas bancárias, e uma ação como essa pode mudar drasticamente o
cenário da empresa. Porém, é dever do gestor manter o controle. É dele
a responsabilidade de garantir que o desempenho da empresa seja bom e
atrativo aos investidores.
www.esab.edu.br 257
Matarazzo (2010) apresenta cinco modelos de previsão de solvência,
sintetizados no Quadro 61. Esses modelos podem contribuir para a
emissão de julgamento sobre o longo prazo da empresa analisada. Os
modelos utilizam estatística para analisar as informações extraídas dos
demonstrativos financeiros. Segundo Matarazzo (2010), alguns estudiosos
efetuaram, no Brasil, testes utilizando a técnica de análise discriminante,
cujos resultados encontram-se, resumidamente, na tabela a seguir:
www.esab.edu.br 258
Estudo complementar
Aprofunde seus conhecimentos sobre solvência
e conheça alguns dos métodos utilizados para
realizar a sua previsão, entre eles os Modelos de
Elizabetsky e Kanitz, clicando aqui.
www.esab.edu.br 259
Resumo
www.esab.edu.br 260
43 Indicadores de rentabilidade
Objetivo
Avaliar os resultados de rentabilidade alcançados por uma
organização por meio de informações extraídas das demonstrações
financeiras.
www.esab.edu.br 261
Os índices de rentabilidade também são do tipo “quanto maior, melhor”.
Padoveze (2010) apresenta quatro indicadores de rentabilidade:
Quociente Fórmula
www.esab.edu.br 262
Quociente Fórmula
Quociente Fórmula
www.esab.edu.br 263
Rentabilidade do patrimônio líquido
Quociente Fórmula
www.esab.edu.br 264
44 Giro do Ativo e Margem Líquida
Objetivo
Identificar como é calculado o Giro do Ativo e a Margem Líquida
através das informações disponibilizadas na Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE) e no Balanço Patrimonial.
Quociente Fórmula
www.esab.edu.br 265
O índice da Margem Líquida apresenta o percentual do lucro auferido
pela empresa no decorrer de um exercício.
Giro do Ativo
Quociente Fórmula
Giro do Ativo
Quociente Fórmula
Ativo Líquido Ativo Total – Passivo Operacional
www.esab.edu.br 266
Com os índices de Giro do Ativo e Margem Líquida, é possível apurar a
taxa de Retorno sobre o Ativo Líquido (RsAL), por meio da fórmula
apresentada no Quadro 69.
Quociente Fórmula
Taxa de retorno sobre o ativo líquido (RsAL) Giro do Ativo x Margem Líquida
www.esab.edu.br 267
Ativo Circulante
+
Ativo realizável
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Ativo Total
a Longo Prazo
Vendas
+
Giro / – Ativo Permante
Ativo
Resultado Líquido Fornecedores
sobre Ativo Passivo +
Líquido Operacional
Outras
Obrigações
RsAL ×
CMV
+
De Vendas
Vendas Despesas
+
268
Comece pelo canto direito superior, com a formação do Ativo Total,
o qual é representado pela soma do Ativo circulante, Ativo realizável
a longo prazo e Ativo Permanente. Já o Passivo Operacional é a soma
da conta Fornecedores e das demais obrigações. Dividindo o valor
das vendas pelo Ativo Líquido, teremos o índice do Giro do Ativo no
exercício analisado. Para acompanhar a elaboração do índice da Margem
Líquida, comece analisando do canto inferior direito, onde as despesas
operacionais (vendas, administrativas, gerais) são adicionadas ao imposto
de renda, às outras despesas e ao Custo da Mercadoria Vendida (CMV).
Esse total (despesas + custos) é diminuído do total de vendas, apurando
o valor dos lucros do período em questão. Com o valor dos lucros
apurados, basta dividi-lo pelo valor das vendas, apurando o índice da
Margem Líquida.
www.esab.edu.br 269
Vendas Ativo Total Ativo Circulante
2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012
R$ 4.793 R$ 4.425 R$ 5.851 R$ 2.400 R$ 3.353 R$ 4.817 Fornecedores R$ 1.648 R$ 2.114 R$ 2.601
Giro
100%
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2010 2011 2012 92% 122% 100% 140% 201% 2010 2011 2012 100% 128% 158%
/ – R$ 639 R$ 673 R$ 663 +
3,22 1,83 1,54 Ativo realizável a Longo Prazo
Ativo Líquido Passivo Operacional
100% 57% 48% 100% 105% 104%
2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012
+
R$ 1.489 R$ 2.418 R$ 3.793 R$ 911 R$ 935 R$ 1.024 Outras Obrigações R$ - R$ - R$ -
100% 162% 255% 100% 103% 112% 2010 2011 2012
R$ 272 R$ 262 R$ 361 +
Ativo Permanente
100% 96% 133%
2010 2011 2012
R$ 752 R$ 1.239 R$ 2.216
× CMV 100% 165% 295%
RsAL 2010 2011 2012
2010 2011 2012 R$ 3.621 R$ 3.273 R$ 4.218
23% 15% 16% 100% 90% 116%
100% 65% 68% +
Vendas Despesas Operacionais De Vendas
2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012
Lucro dos Ativos R$ 4.793 R$ 4.425 R$ 5.851 R$ 496 R$ 427 R$ 478 R$ 270 R$ 225 R$ 264
Figura 25 – Esquema de desdobro da Taxa de retorno sobre o ativo líquido (RsAL) – Empresa Modelo.
100% 125% 165% 100% 105% 105%
270
Localize no esquema o Giro do Ativo e faça uma análise. Perceba que
no decorrer de três exercícios, a empresa apresentou uma redução de
mais de 50%. Em 2010, o Giro do Ativo apresentava índice de 3,22 e
em 2012 apresentou somente 1,54. Agora localize a Margem Líquida.
Ao contrário do giro do ativo, ela apresentou uma evolução no período,
representando em 2012 142% do que representava em 2010. Veja que
o esquema também apresenta a análise horizontal de cada índice, o que
nos facilita identificar a evolução no decorrer dos três exercícios de cada
informação disponibilizada.
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Rentabilidade do Ativo
45 (ROA ou ROI)
Objetivo
Compreender a elaboração do índice de Rentabilidade do Ativo
através das informações disponibilizadas no Balanço Patrimonial e na
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
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Quanto maior for o retorno sobre o ativo total da empresa, melhor. O
ROA é um indicador muito útil para o acompanhamento da evolução
da empresa ao longo do tempo. A porcentagem resultante mostra a
eficiência da aplicação dos ativos e quanto lucro eles estão gerando – e
quanto for maior a porcentagem, melhor.
Quociente Fórmula
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Tabela 7 – Balanço Patrimonial (BP)
BALANÇO PATRIMONIAL, EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO
Ativo 2008 2009 2010 2011 2012
Ativo Circulante 1.732.270 2.036.783 4.648.526 4.189.726 2.553.380
Caixa e Equivalentes de
494.900 640.472 1.278.778 1.516.207 1.191.362
Caixa
Contas a Receber 636.061 689.299 1.756.143 1.145.819 390.673
Estoques 487.591 573.304 1.308.444 1.246.763 879.074
Tributos a recuperar 112.739 132.557 302.534 269.362 79.074
Outros Ativos
979 1.151 2.627 11.575 12.424
Circulantes
Ativo Não Circulante 3.244.809 3.815.210 8.707.409 7.313.835 6.228.961
Realizável a Longo
521.754 613.473 1.400.122 1.209.542 1.054.639
Prazo
Investimentos 1.234.796 1.451.859 3.313.561 2.800.352 2.776.721
Imobilizado 1.488.259 1.749.878 3.993.726 3.303.941 2.397.601
TOTAL ATIVO 4.977.079 5.851.993 13.355.935 11.503.561 8.782.341
Passivo 2008 2009 2010 2011 2012
Passivo Circulante 1.730.867 2.035.134 4.644.762 3.289.939 3.104.959
Obrigações Sociais e
80.033 94.102 214.769 193.564 136.387
Trabalhistas
Fornecedores 687.940 808.872 1.846.079 1.645.203 1.150.582
Obrigações Fiscais 44.594 52.433 119.667 44.990 41.840
Empréstimos e
641.743 754.554 1.722.109 987.434 584.835
Financiamentos
Outras Obrigações 274.582 322.851 736.839 410.312 1.181.196
Provisões 1.975 2.322 5.299 8.436 10.119
Passivo Não Circulante (ELP) 1.854.816 2.348.631 6.690.971 5.028.250 1.827.379
Patrimônio Líquido 1.391.396 1.468.228 2.020.202 3.185.372 3.850.003
TOTAL PASSIVO 4.977.079 5.851.993 13.355.935 11.503.561 8.782.341
www.esab.edu.br 274
Tabela 8 – Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO,
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO
2008 2009 2010 2011 2012
Receita Líquida de
8.047.821 10.974.302 16.975.538 16.406.279 19.390.131
Vendas
(-) Custo Mercadoria
-6.077.780 -8.287.882 -12.820.063 -12.166.258 -14.314.284
Vendida
(=) Resultado Bruto 1.970.041 2.686.420 4.155.475 4.240.021 5.075.847
(-) Despesas
-1.509.151 -2.240.066 -3.286.222 -3.452..398 -3.968.691
Operacionais
Despesas com vendas -1.081.597 -1.638.784 -2.376.510 -2.351.529 -2.847.910
Despesas gerais e
-253.525 -345.715 -486.152 -597.345 -655.260
administrativas
Outras despesas
-174.029 -255.567 -423.560 -503.524 -465.521
operacionais
(=) Resultado antes
460.890 446.354 869.253 787.623 1.107.156
Resultado Financeiro
(+/-) Resultado
-141.363 -200.800 -310.606 -437.276 -464.002
financeiro líquido
(=) Resultado antes
319.527 245.554 558.647 350.347 643.154
impostos
(-) IR/CSLL -17.863 -24.358 -37.678 -78.665 -187.735
(=) Resultado do exercício 301.664 221.196 520.969 271.682 455.419
Exemplo:
www.esab.edu.br 275
Utilizando a mesma fórmula para todos os exercícios, podemos elaborar
o Quadro 71.
ROA
7,00%
6,00%
5,00%
4,00%
3,00%
2,00%
2008 2009 2010 2011 2012
Figura 26 – Gráfico do comportamento do Retorno sobre o Ativo Total (ROA).
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
www.esab.edu.br 276
Como exemplo disso, Padoveze (2010) cita que, no Brasil, os juros
pagos aos credores de empréstimos e financiamentos são considerados
como despesa, e não como remuneração de cedentes de capital. Por esse
motivo, o lucro sobre o ativo total perde um pouco o significado de ser
analisado de forma simplista.
www.esab.edu.br 277
Rentabilidade do Patrimônio
46 Líquido (ROE)
Objetivo
Compreender a elaboração do índice de Rentabilidade do Patrimônio
Líquido através das informações disponibilizadas no Balanço
Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
Quociente Fórmula
www.esab.edu.br 278
Segundo Matarazzo (2010), esse índice indica quanto a empresa obteve
de lucro para cada $ 1,00 de Capital Próprio investido. Em última
análise, quanto maior melhor.
www.esab.edu.br 279
Tabela 9 – Balanço Patrimonial (BP)
BALANÇO PATRIMONIAL, EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO
Ativo 2008 2009 2010 2011 2012
Ativo Circulante 1.732.270 2.036.783 4.648.526 4.189.726 2.553.380.
Caixa e Equivalentes
494.900 640.472 1.278.778 1.516.207 1.191.362
de Caixa
Contas a Receber 636.061 689.299 1.756.143 1.145.819 390.673
Estoques 487.591 573.304 1.308.444 1.246.763 879.074
Tributos a recuperar 112.739 132.557 302.534 269.362 79.847
Outros Ativos
979 1.151 2.627 11.575 12.424
Circulantes
Ativo Não Circulante 3.244.809 3.815.210 8.707.409 7.313.835 6.228.961
Realizável a Longo
521.754 613.473 1.400.122 1.209.542 1.054.639
Prazo
Investimentos 1.234.796 1.451.859 3.313.561 2.800.352 2.776.721
Imobilizado 1.488.259 1.749.878 3.993.726 3.303.941 2.397.601
TOTAL ATIVO 4.977.079 5.851.993 13.355.935 11.503.561 8.782.341
Passivo 2008 2009 2010 2011 2012
Passivo Circulante 1.730.867 2.035.134 4.644.762 3.289.939 3.104.959
Obrigações Sociais e
80.033 94.102 214.769 193.564 136.387
Trabalhistas
Fornecedores 687.940 808.872 1.846.079 1.645.203 1.150.582
Obrigações Fiscais 44.594 52.433 119.667 44.990 41.840
Empréstimos e
641.743 754.554 1.722.109 987.434 584.835
Financiamentos
Outras Obrigações 274.582 322.851 736.839 410.312 1.181.196
Provisões 1.975 2.322 5.299 8.436 10.119
Passivo Não Circulante (ELP) 1.854.816 2.348.631 6.690.971 5.028.250 1.827.379
Patrimônio Líquido 1.391.396 1.468.228 2.020.202 3.185.372 3.850.003
TOTAL PASSIVO 4.977.079 5.851.993 13.355.935 11.503.561 8.782.341
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Tabela 10 – Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO,
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO
2008 2009 2010 2011 2012
Receita Líquida de
8.047.821 10.974.302 16.975.538 16.406.279 19.390.131
Vendas
(-) Custo Mercadoria
-6.077.780 -8.287.882 -12.820.063 -12.166.258 -14.314.284
Vendida
(=) Resultado Bruto 1.970.041 2.686.420 4.155.475 4.240.021 5.075.847
(-) Despesas
-1.509.151 -2.240.066 -3.286.222 -3.452..398 -3.968.691
Operacionais
Despesas com vendas -1.081.597 -1.638.784 -2.376.510 -2.351.529 -2.847.910
Despesas gerais e
-253.525 -345.715 -486.152 -597.345 -655.260
administrativas
Outras despesas
-174.029 -255.567 -423.560 -503.524 -465.521
operacionais
(=) Resultado antes
460.890 446.354 869.253 787.623 1.107.156
Resultado Financeiro
(+/-) Resultado
-141.363 -200.800 -310.606 -437.276 -464.002
financeiro líquido
(=) Resultado antes
319.527 245.554 558.647 350.347 643.154
impostos
(-) IR/CSLL -17.863 -24.358 -37.678 -78.665 -187.735
(=) Resultado do exercício 301.664 221.196 520.969 271.682 455.419
Exemplo:
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2008 2009 2010 2011 2012
ROE 21,68% 15,07% 25,79% 8,53% 11,83%
ROE
28,00%
23,00%
18,00%
13,00%
8,00%
2008 2009 2010 2011 2012
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Estudo complementar
Caro estudante, leia o artigo “Relação dos modelos
DuPont com o retorno das ações no mercado
brasileiro”, sobre o comportamento do ROA e do
ROE nas empresas brasileiras listadas na Bolsa de
Valores. Acesse o link e veja na íntegra o texto.
Não se preocupe em entender todos os detalhes
desse artigo, o objetivo é que você entre
em contato e se familiarize com o conteúdo
apresentado.
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47 Alavancagem financeira
Objetivo
Identificar como é elaborado o grau de alavancagem financeira de
uma organização.
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influenciam no lucro (margem sobre o patrimônio líquido). Ela pode ser
classificada em:
Em que:
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Tabela 11 – Balanço Patrimonial (BP) e Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
Balanço Patrimonial 2011 2012
ATIVO TOTAL 1.000 1.220
Empréstimos bancários 400 400
Patrimônio Líquido 600 820
PASSIVO TOTAL 1.000 1.220
Demonstração Resultado Exercício 2012
Vendas Líquidas 2.500
CMV -1.500
Lucro Bruto 1.000
Despesas Operacionais (menos financeiras) -200
Lucro antes despesas financeiras 800
Despesas financeiras -80
Lucro líquido 720
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Agora vamos proceder com o cálculo do GAF para 2012:
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Taxa de Endividamento traz
Custo da Diz-se que a Alavancagem é
Retorno do Versus benefício?
Dívida
Ativo Sim Não Favorável Desfavorável
RsA > CD X X
RsA < CD X X
RsA = CD Neutro Neutra
Podemos concluir que uma empresa não gera lucro somente com sua
atividade-fim, mas também pode gerar lucros por meio de uma boa
gestão financeira, a partir de informações úteis fornecidas pelo sistema
de contabilidade gerencial, devidamente configurado para atender aos
interesses dos administradores.
Estudo complementar
Caro estudante, faça a leitura desta apresentação
que aborda o início da fase moderna dos estudos
de alavancagem financeira, e posiciona o Brasil
neste contexto. Clique aqui para acessar o artigo e
boa leitura!
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Na próxima, e última, unidade faremos exercícios comentados e
resolvidos para fixar o conhecimento. Até mais!
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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48 Exercícios resolvidos
Objetivo
Exercícios comentados sobre as unidades 42 a 47.
Exercício 1
Resposta:
Exercício 2
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Resposta:
Exercício 3
a. Liquidez corrente
b. Endividamento
c. Giro do ativo
d. Rentabilidade do ativo
e. Rentabilidade do PL
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Resposta:
a. Liquidez corrente
= ativo circulante / passivo circulante
= $ 42.000 / $ 28.000
= 1,5 – bom
b. Endividamento
= capital de terceiros (passivo circulante e exigível longo prazo) / capital próprio
(patrimônio líquido)
= ($ 28.000 + $ 12.000) / $ 60.000
= 0,67 – bom
c. Giro do ativo
= vendas / total ativo
= $ 120.000 / $ 100.000
= 1,2 – segundo o autor, se for indústria é razoável, se for comércio ou
serviços é considerado fraco.
d. Rentabilidade do ativo
= lucro líquido / ativo total x 100
= $ 9.000 / $ 100.000
=0,09 x 100
= 9,00% - razoável
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e. Rentabilidade do PL
= lucro líquido / patrimônio líquido x 100
= $ 9.000 / $ 60.000
= 0,15 x 100
= 15,00% - boa
Exercício 4
Pede-se:
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Resposta:
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Exercício 5
Pede-se:
Resposta:
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Portanto, o valor do ativo não circulante é de $ 40.320 e a rentabilidade
é de 19,10%, considerada ótima.
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 37 a 48. Para isso, dirija-
se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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Resumo
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Glossário
Acuradas
Feitas com cuidado, esmeradas. R
Ágio
É a diferença positiva entre o valor contábil de uma empresa e o valor
efetivamente pago por ela; é um prêmio pago para quem vende; o valor
pago é maior que o valor contábil. R
Analogia
Os conceitos de associação, comparação, correspondência, metáfora,
semelhança e similitude estão relacionados à analogia. R
ANEEL
Agência Nacional de Energia Elétrica, responsável pela regulação do
mercado de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Tem
legislação específica, a qual as empresas atuantes no setor são obrigadas a
seguir. R
Apreciação
Do verbo apreciar; analisar, contemplar, refletir, julgar, avaliar. R
Ativo Cíclico
São as contas do Ativo Circulante que registram as movimentações
operacionais da empresa, tais como estoques e clientes a receber. R
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Auferindo
Do verbo auferir, que significa: colher, obter, ter, receber ou oferecer
vantagem, auferir vantagens; auferir lucros de um empréstimo. R
Benchmarking
É um processo contínuo de comparação de produtos, serviços e práticas
empresariais entre os mais fortes concorrentes ou empresas reconhecidas
como líderes. R
Capital de giro
É o capital disponível em caixa e em bancos necessário para manter a
operação normal da empresa. R
CDB
Certificado de Depósito Bancário. São títulos negociados pelos bancos
para captação de recursos. O investidor compra o CDB e recebe
remuneração sobre o capital. Pode ser negociado (comprado e vendido) a
qualquer instante. R
Concordata
É um ato jurídico em que é estendido o benefício legal à empresa para
que ela possa pagar suas dívidas de acordo com a sua capacidade sem
entrar em falência. R
Confisco
Retirar, apreender. R
Contas cíclicas
São aquelas contas do Ativo Circulante e do Passivo Circulante
relacionadas com o nível de atividade operacional da empresa. R
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Contas erráticas
São aquelas contas do Ativo Circulante e do Passivo Circulante
relacionadas com a parte financeira, não estando ligadas à parte
operacional da empresa. R
Debêntures
É uma forma de captar recursos financeiros para financiar as operações
ou novos investimentos. Normalmente são títulos de longo prazo. Uma
das vantagens é que podem ser convertidas em ações da companhia ao
final do prazo, transformando o credor em acionista. R
Deságio
Diferença negativa entre o valor contábil de uma empresa e o valor pago
efetivamente por ela. Ou seja, é quando o valor da empresa negociada é
menor do que o seu valor contábil. R
Disparidade
Qualidade do que é díspar; diferença entre dois seres, duas coisas;
desigualdade; dessemelhança. R
Dividendos
É a parte do lucro destinado para pagamento aos sócios ou acionistas.
R
Duplicatas descontadas
É uma forma de captação de recursos financeiros de curto prazo. A
empresa antecipa os valores de suas vendas a prazo através da entrega dos
títulos que tem a receber de seus clientes para o seu banco, recebendo no
ato o valor líquido (subtraídos os juros cobrados). R
Emanados
Proveniente de; emitido por; originado por. R
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Equivalente
É ficar no mesmo peso ou na mesma proporção. R
Estrutura organizacional
Apresenta a hierarquia dentro de uma empresa. R
Evidenciação
Colocar em evidência. Em contabilidade, significa divulgar com clareza.
R
IFRS
International Financial Reporting Standard. Traduzido para o português,
esse termo significa Padrões de Relatórios Financeiros Internacionais. É a
harmonização dos relatórios financeiro-contábeis em todo o mundo. O
Brasil iniciou a convergência em 2007. R
Imobilização
Dentro do contexto contábil, significa que novos investimentos estão
sendo feitos em máquinas, equipamentos, imóveis, planta fabril, entre
outros, aumentando o Ativo Imobilizado. R
Injúria
Fazer falsa acusação. R
Insolvência
Impossibilidade de pagar uma dívida. R
Método Dupont
É uma técnica de avaliação de empresas. Foi desenvolvida por Pierre
DuPont a partir de 1921 dentro das indústrias Dupont e General
Motors. R
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Mix
Composição de diversos itens, como produtos (mix de produtos) ou
serviços (mix de serviços). R
Mix de produtos
É um conjunto de mercadorias ou produtos para venda. Também pode
ser mix de serviços. Quanto mais conhecimento sobre o seu público-alvo,
melhor poderá ser a oferta de diferentes produtos (mix de produtos),
gerando novos negócios. R
Obsoleto
Que é antigo, defasado, fora de uso, ultrapassado. R
Omitir
Deixar de fazer ou dizer; falhar em uma enumeração. Deixar de lado,
passar em silêncio. R
Oscilação
Do verbo oscilar, que significa: mover-se altamente em sentidos opostos.
Movimento de vaivém. Estado de incerteza. R
Overtrading
Partes interessadas
Também conhecidas como stakeholders, compreendem todos os
envolvidos com uma empresa, como acionistas, gerentes, funcionários,
governo, fornecedores, credores em geral, bancos, sindicatos,
comunidade. R
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Passivo Cíclico
São as contas do Passivo Circulante que registram as movimentações
operacionais da empresa, tais como fornecedores a pagar, salários a pagar,
entre outras. R
Pessoa física
É a pessoa que o estado garante direitos e institui obrigações. É a pessoa
natural, ou seja, todo homem ou mulher, desde o nascimento até a
morte. R
Preditivo
Capacidade de predizer com base em informações passadas. R
Predizer
Dizer antecipadamente o que vai acontecer, seja por meio de regras
certas, seja por pretensa adivinhação, seja por conjectura. R
Simplista
Uso de meios ou processos demasiadamente simples. R
Sócios minoritários
São aqueles sócios que detêm uma participação (menor) na sociedade,
que não lhes dá poderes de decisão. É o contrário de sócio majoritário,
que detém uma participação (maioria das ações ou quotas) na sociedade,
que lhe dá poderes de decisão. R
Stakeholders
Partes interessadas. R
Subsidia
Do verbo subsidiar – ajudar, apoiar, incentivar, patrocinar. R
www.esab.edu.br 303
Tabulação
Do verbo tabular – organizar dados. R
Tempestividade
Está associada ao tempo, ou seja, ocorre dentro do prazo, no momento
certo. Por exemplo, se a informação não for tempestiva, não terá
utilidade, visto que foi fornecida fora do prazo desejado. R
Tendência
Inclinação, vocação, propensão; aproximar-se. R
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Referências
www.esab.edu.br 305