FINANÇAS II Resumos
FINANÇAS II Resumos
FINANÇAS II Resumos
ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
= PROGRAMA DE AULA =
1. INTRODUÇÃO.
3. O PLANO ORÇAMENTÁRIO
4. O SISTEMA ORÇAMENTÁRIO
5. ORÇAMENTO EMPRESARIAL
6. ORÇAMENTO DE VENDAS
= BIBLIOGRAFIA =
INTRODUÇÃO
1. A CULTURA ORÇAMENTÁRIA
As dificuldades que grande parte da população brasileira (85%) tem para cobrir todas as suas contas,
está relacionada à falta de uma cultura de poupança, um hábito para o controle de gastos, como ocorre
na Europa e nos Estados Unidos, cuja população tem uma maior cultura orçamentária.
Estas mesmas dificuldades e as mesmas causas também podem ser encontradas nas empresas. Para
ambos os casos, guardadas as devidas proporções, as soluções passam pelos mesmos processos.
As técnicas e ferramentas de planejamento, organização e controle das finanças pessoais, guardadas
as devidas proporções, são as que as empresas utilizam na administração de suas finanças,
notadamente o fluxo de caixa e indicadores financeiros, que resultam do processo orçamentário.
O Controle é por si só uma função, mas inicialmente aqui, é tomado como o quinto e último
elemento das funções administrativas.
O Controle é o processo administrativo que consiste em verificar se tudo está sendo feito de acordo
com o que foi planejado e as ordens (direção) dadas, bem como, assinalar as faltas e os erros, a fim de
repará-los e evitar sua repetição.
Objetivos: São planos globais e de longo alcance, que orientam e governam toda a estrutura
e operações da empresa. Os objetivos caracterizam-se pela sua natureza qualitativa, não
estabelecendo delineamentos claros.
Exemplo: ampliação de sua participação no mercado.
Metas: São planos detalhados de curto e médio prazo, orientados para o alcance dos
objetivos. As metas se caracterizam pela natureza quantitativa, ou seja: estabelecem clara
delimitação de resultados esperados ou buscados nos limites de horizonte temporal
estabelecidos. As metas quantificam e delimitam os objetivos.
Exemplo: Aumento das vendas em 10%.
Políticas ou diretrizes: São planos de orientação geral para lidar com várias situações.
Constituem os parâmetros dentro dos quais a ação administrativa pode se desenvolver.
Representam princípios e atitudes, ou pontos de vista, que a empresa procura constantemente
manter em todas as suas operações.
Exemplo: Captação de empréstimos para capital de giro a um limite específico da taxa de
juros.
Estratégias: São planos para tratar de problemas ou programas específicos de curto prazo,
normalmente para complementar os objetivos (longo prazo), dentro dos limites das políticas ou
diretrizes. Constituem os passos para a execução das metas ou realização dos objetivos.
Exemplo: Abertura de filiais para aumentar a participação no mercado; Concessão de prazos
para alcançar as metas de aumento de vendas.
Procedimentos: São planos que orientam as ações, segundo limites e métodos, visando a realização
de atividades relacionadas à consecução dos planos anteriores.
5. ORÇAMENTO
1. A FUNÇÃO DE PLANEJAMENTO
É o processo Administrativo que determina antecipadamente o que um grupo de pessoas deve fazer e
quais as metas que devem ser alcançadas.
“Planejar é quase uma necessidade intrínseca, como alimentar-se para o ser humano. Não se alimentar
significa enfraquecimento e o mesmo ocorre com a organização, caso o planejamento não afete o seu
dia-a-dia dentro do seu horizonte mais de longo prazo”. FREZATTI (2000). Por isso que devemos
efetuar um planejamento que contemple as expectativas geradas pela empresa, obedecendo as
estratégias estipuladas para que sirvam de premissa para a confecção e definição do planejamento
orçamentário.
Segundo Sanvicente (1983), “Planejar é estabelecer com antecedência as ações a serem executadas,
estimar os recursos a serem empregados e definir as correspondentes atribuições de responsabilidades
em relação a um período futuro determinado, para que sejam alcançados satisfatoriamente os objetivos
porventura fixados para uma empresa e suas diversas unidades”.
3. O PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Finalidades: Desenvolvimento de processos, mecanismos e atitudes que tornem possível:
Avaliar as implicações futuras de decisões presentes, em função dos objetivos da organização;
A tomada de decisões no futuro, de modo mais rápido e eficiente.
FINANÇAS II Resumos 4 AUGUSTO FISCHER
UNIVERSIDADE DO ALTO VALE DO RIO DO PEIXE - UNIARP
CAMPUS DE CAÇADOR E FRAIBURGO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Finanças II
Princípios Gerais:
Princípios Específicos:
Premissas Básicas:
• Fixação de objetivos gerais da empresa (estratégicos).
• Determinação dos objetivos de cada setor da empresa, em função dos objetivos gerais (ou
estratégicos).
• Estabelecimento de um sistema de informações, que permita avaliar a execução dos planos em
confronto com as previsões.
Quanto ao Prazo
De Longo Prazo (estratégico)
De Curto Prazo (tático e operacional) = Orçamento Operacional
PLANO ORÇAMENTÁRIO
1. INTRODUÇÃO
O plano orçamentário, como qualquer outra ferramenta, é um exercício de aprendizagem permanente e,
portanto, qualquer tentativa de desenvolvimento no sentido de reduzir suas imperfeições será
conseqüência da prática assim como é, a implantação dos programas de qualidade total, o just in time,
o kanban, entre outras ferramentas de melhoria contínua (PADOVESE, 2003).
O planejamento busca a finalidade de antecipar os fatos através de planos e orçamentos. Segundo
Welsch (1978, pp 171-265), “Orçamento é um meio de coordenar os esforços individuais num plano de
ação que se baseia em dados de desempenhos anteriores, guiado por julgamentos racionais dos
fatores que influenciarão o rumo dos negócios no futuro.” Assim, orçar é processar o sistema de
informações contábeis atual, introduzir as alterações pretendidas, e organizar os dados de acordo com
as demonstrações regulamentares.
Seja orientado para tendências futuras, com base zero, estático ou flexível, o orçamento, embora não
tenha uma única maneira de ser estruturado poderá ser considerado como a única ferramenta capaz de
predizer, ainda que com margens de erro, qual será a expectativa de lucro e, quais áreas deverão
apresentar melhorias para que os objetivos sejam alcançados.
Há um conjunto de propósitos que podem estar, seja de forma implícita ou explícita, associados à
adoção de um plano orçamentário. Segundo Padovese (2003) podem ser citados:
• Orçamento como um sistema de autorização: o orçamento aprovado não deixa de ser um meio
de liberação de recursos para todos os setores da empresa, minimizando o processo de controle.
• Orçamento como um meio para projeções e planejamento: o conjunto das peças orçamentárias
será utilizado para o processo de projeções e planejamento, permitindo, inclusive, estudos para
períodos posteriores.
• Orçamento como um canal de comunicação e coordenação: incorporando os dados do cenário
aprovado e das premissas orçamentárias, é instrumento para comunicar e coordenar os objetivos
corporativos e setoriais.
• Orçamento como um instrumento de motivações: na linha de que o orçamento é um sistema de
autorização, ele permite um grau de liberdade de atuação dentro das linhas aprovadas, sendo
instrumento importante para o processo motivacional dos gestores operacionais.
• Orçamento como um instrumento de avaliação e controle: considerando também os aspectos
de motivação e autorização, é lógica a utilização do orçamento como instrumento de avaliação de
desempenho dos gestores e controle dos objetivos setoriais e corporativos.
• Orçamento como uma fonte de informação para tomada de decisão: contendo os dados
previstos e esperados, bem como os objetivos setoriais e corporativos, é uma ferramenta essencial
para decisões diárias sobre os eventos econômicos de responsabilidade dos gestores operacionais.
4. FUNÇÃO DO ORÇAMENTO
O orçamento é o instrumento utilizado para elaboração, de forma eficaz e eficiente, do planejamento e
dos controles financeiros das atividades operacionais e de capital dentro da empresa, auxiliando na
tomada de decisão da alta gerência. Este instrumento deve apresentar flexibilidade na sua aplicação,
permitindo corrigir quaisquer desvios surgidos, bem como utilizá-lo no processo de retro-alimentação do
sistema de planejamento global da empresa.
O orçamento constitui-se em um mecanismo eficiente de planejamento e controle financeiros, no
contexto presente, pois analisa as situações econômico-financeiras e patrimoniais passadas, projetando
as perspectivas operacionais e de capital da empresa.
Após a elaboração, análise, aprovação e divulgação do orçamento, o acompanhamento orçamentário
deve desenvolver-se, pois é a melhor forma de se monitorar o plano estratégico da organização com
relação ao que está proposto para um curto prazo.
5. OS MANDAMENTOS DO ORÇAMENTO
Para que se possa colocar em prática o acompanhamento orçamentário, faz-se uma breve referência
aos “Dez Mandamentos do Controle Orçamentário”. São eles:
1. A direção da empresa deverá considerar o orçamento como essencial.
2. Os executivos responsáveis deverão sentir entusiasmo pelo controle orçamentário.
3. O controle orçamentário será, em grande parte, um problema psicológico.
4. Uma análise crítica da empresa deverá ser realizada, antecipadamente, pois será essencial à
implantação do controle orçamentário.
5. Deverá haver um gerente responsável para cada peça orçamentária da empresa.
6. A tarefa determinada no orçamento deverá ter uma relação causal com as estimativas da
empresa.
7. O controle orçamentário deverá ser integral, isto é, deverá abranger todas as atividades da
empresa.
8. O controle orçamentário será essencial, quando se quiser proporcionar à Direção da empresa uma
base para descentralizar a autoridade e a responsabilidade.
9. Sozinho, o orçamento será estéril, mas junto com o controle orçamentário alcançará sempre o
objetivo colimado, ou seja, a administração eficiente, eficaz e efetiva da empresa.
10. O controle orçamentário necessitará a utilização da estatística.” ZDANOWICZ (2001).
O SISTEMA ORÇAMENTÁRIO
1. DEFINIÇÃO
O Sistema Orçamentário é o conjunto de planos e políticas que, formalmente estabelecidos em valores
financeiros, permite à administração conhecer os resultados operacionais da empresa e executar os
acompanhamentos para que esses resultados sejam alcançados e os possíveis desvios analisados,
avaliados e corrigidos.
Orçamento: São atribuições a partir das previsões, e constituem a expressão formal e detalhada dos
objetivos e planos da empresa, e dos meios através dos quais se pretende atingir os objetivos.
Orçamento global: É composto por dois grandes grupos de orçamentos parciais: Orçamentos
Operacionais e Orçamentos Financeiros.
Orçamentos Financeiros: Esse grupo depende dos valores definidos pelos orçamentos operacionais.É
constituído do Fluxo Financeiro, da Projeção de Depreciações, do Orçamento de Acréscimos de
Capital.
A partir desse grupo de orçamento elabora-se o Orçamento do Balanço Patrimonial.
Orçamentos de Curto e Longo Prazo: São de Curto Prazo quando se referem a períodos de um ano
ou menos. São de Longo Prazo quando se referem a períodos superiores a um ano.
Orçamentos Periódicos e Contínuos: Os Orçamentos Periódicos são preparados uma vez a cada
período coberto, permanecendo praticamente inalterados até o fim do período para o qual foram
originalmente elaborados. Os Orçamentos Contínuos se diferenciam dos anteriores, pelo fato de
serem revisados a cada mês que passa, com o abandono do mês encerrado e o acréscimo de
mais um mês no período coberto pelo orçamento.
Orçamento Flexível: também conhecido como orçamento variável, é ajustado pelas mudanças no
volume, e baseia-se no conhecimento de como receitas e despesas deverão variar em
determinado nível de atividade.
Orçamento Estático: tipo de orçamento que se elabora com base em um único nível de produção, não
sendo alterado ou ajustado após ter sido estabelecido, mesmo ocorrendo divergência com o nível
de produção real.
Orçamento Incremental: esse orçamento baseia-se na experiência anterior, tomando-se como base
dados de períodos passados, ajustados conforme mudanças esperadas em preços, custos e
níveis de atividade econômica.
Orçamento Base Zero (OBZ): orçamento que ignora experiências anteriores e começa do zero.
Orçamento de Capital: proposta de gastos com bens e direitos permanentes e as suas fontes de
recursos.
Orçamento Kaizen: orçamento que incorpora esforços de melhorias contínuas, por meio de
aprimoramentos futuros, a serem implantados, em vez de meramente orçar com base em práticas
e métodos atuais.
Como qualquer planejamento, o Sistema Orçamentário apresenta vantagens e limitações. A seguir são
destacadas algumas vantagens e limitações.
Vantagens:
• Introduz o hábito do exame prévio e minucioso de informações antes da tomada de decisão;
• Contribui para tomada de decisões mais rápidas e acertadas (eficiência e efetividade);
• Estimula a participação de todos os membros da administração na fixação dos objetivos;
• Exige quantificação das previsões;
• Facilita a delegação de poderes;
• Exige informações confiáveis da contabilidade e das operações;
• Permite a identificação de áreas com desempenhos eficientes e deficientes;
• Permite a melhoria da utilização dos recursos disponíveis, assim como ajusta-los às
necessidades.
Limitações:
• Baseia-se em estimativas, sujeitando-se a erros.
• Deve ser continuamente monitorado e adaptado às circunstâncias;
• Nem todas as empresas possuem recursos para implementar um sistema adequado;
• Atrasos na emissão dos dados comprometem a implementação de ações corretivas em tempo
hábil;
• As dificuldades de ajustes geram desconfianças em relação aos resultados projetados; e
• É apenas uma ferramenta de apoio à decisão, não podendo tomar o lugar da administração.
Fatores Externos:
As condições gerais:
Políticas:
Estabilidade política e social;
Tendência do nível de atividades do governo (estado vs setor privado);
Políticas governamentais de preços;
Política salarial e de financiamento;
Demais políticas de governo.
Economia:
Índices de preços;
Renda nacional, Produto Interno Bruto, etc;
Fatores Internacionais;
Utilização da mão-de-obra disponível;
Utilização da capacidade de produção instalada.
O setor (a indústria):
Quanto ao consumo:
Alterações do orçamento familiar;
Fatores psico-sociológicos;
Mudanças tecnológicas;
Mercado externo (exportações e importações);
Fatores demográficos.
Concorrência:
Novos competidores;
Novos produtos concorrentes;
Planos de exportação;
Outras informações – estratégias de preços dos competidores, etc.
A empresa:
Objetivos gerais da empresa
Planos de expansão;
Política de Produtos;
Política de preços;
Participação da empresa no mercado.
ORÇAMENTO EMPRESARIAL
1. INTRODUÇÃO
ORÇAMENTO OPERACIONAL
Orçamento de Mat.
Prima e Materiais
Orçamento de
Secundários
Produção
Orçamento de Orçamento de
Vendas M. O. D.
Orçamento de Orçamento de
Compras Orçamento de
Custos Indiretos
Despesas
Administrativas
Orçamento de
Estoques
Orçamento de
Investimentos
ORÇAMENTO FINANCEIRO
ORÇAMENTO DE VENDAS
1. INTRODUÇÃO
Um processo orçamentário, em geral, inicia-se pelas vendas e receitas. Em um orçamento de vendas
pode haver restrições internas pela capacidade limitada de produção, e restrições externas por
limitações de mercado, ou por fatores que dificultam a chegada de matéria prima, ou ainda pelas
condições de expedição de mercadorias (distâncias).
É importante conhecer as condições tributárias incidentes sobre as vendas. No Brasil a tributação pode
ser federal estadual e/ou municipal. Conhecer estas alíquotas significa conhecer seu real retorno
financeiro.
Portanto, o retorno financeiro, pode ser previsto, por um orçamento baseado no que é normalmente
vendido no período. Conhecendo as possíveis receitas é possível mobilizar sua estrutura e força de
trabalho, de modo que no encerramento das atividades, descontando todos os dispêndios, você pode
ainda obter algum lucro.
• Orçamento de Vendas: primeiro orçamento, que consiste na determinação das quantidades vendidas;
• Orçamento de Receitas: devem-se apresentar os preços por produto;
• Identificação dos impostos sobre as vendas: ICMS (alíquota: depende do estado para qual está
sendo vendido); PIS (1,65%); COFINS (?%) e IPI (?%). Estas alíquotas serão aplicadas sobre a
receita bruta de vendas.
1. APRESENTAÇÃO
A seguir desenvolve-se o Exemplo da Empresa ALPHA:
A Empresa ALPHA vende os produtos A e B e tem levantamentos trimestrais. As vendas serão
realizadas na região do Centro-oeste, não havendo diferenciação de preços. Os valores são
calculados com base no histórico de vendas da empresa e nas projeções de seu departamento de
vendas. Devem-se levar em consideração também as projeções da economia, evolução dos
concorrentes e o comportamento dos atuais clientes. As projeções de crédito também devem ser
analisadas, assim como a capacidade de produção, armazenamento, tempo de atendimento,
disponibilidade de matérias-primas etc.
O levantamento de vendas foi orçado em unidades, conforme quadro 3. Os preços unitários de
venda de A e B são respectivamente R$ 11,00 e R$ 14,00.
Com base no Quadro 03 do EXEMPLO 01, faça o orçamento de vendas considerando um aumento
de 20% nos volumes, e os preços unitários de venda de A e B sendo respectivamente R$ 10,50 e
R$ 13,50.
1. INTRODUÇÃO
O orçamento de produção nada mais é do que a quantidade de bens que serão fabricados durante o
período orçamentário.
O orçamento de produção é o primeiro passo do planejamento de operações de fabricação. Além do
orçamento de produção, há três outros orçamentos importantes relacionados ao processo de
fabricação:
• o orçamento de matérias-primas, que envolve as estimativas das exigências de matérias-primas;
• o orçamento de mão-de-obra, que indica a quantidade e o custo da mão-de-obra direta;
• o orçamento dos custos indiretos de produção, que inclui as estimativas de todos os custos de
produção além da matéria-prima direta ou da mão-de-obra direta. (WELSCH, 1992, p.129).
3. A POLÍTICA DE ESTOQUES
Na definição da política de estoques e dos níveis de estoques desejados, deve se considerar, além dos
aspectos econômicos considerados na elaboração do Orçamento de Vendas, os seguintes aspectos:
• A existência de sazonalidade;
• A capacidade financeira ou de crédito para aquisição de matéria-prima e materiais auxiliares;
• Disponibilidade de mão-de-obra capacitada e suficiente para produção de volumes desejados;
• A capacidade física e técnica instalada.
Além disso, por questões de segurança, deve se estabelecer um estoque mínimo, proporcionando
dessa forma, o dimensionamento da necessidade de capital de giro da empresa.
A determinação das quantidades necessárias à produção deve ser feita individualmente por produto.
Fórmula: Qp = Qv – Ei + Ef
Qp: Quantidade a produzir
Qv: Quantidade necessária para atender o Orçamento de Vendas
Ei: Estoque inicial de produtos acabados
Ef: Estoque final de produtos acabados
EXEMPLO 02:
ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO, COMPRAS,
MÃO DE OBRA E CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
1. APRESENTAÇÃO
A seguir desenvolve-se o Exemplo da Empresa ALPHA, já iniciado no Orçamento de Vendas, ao qual
se referencia:
De posse do que se vai vender, é, então, necessário apurar o que se vai produzir. Para tanto é
necessário ter também as informações sobre os estoques. A Empresa ALPHA determinou que os
estoques finais de cada trimestre devessem ser iguais à metade das vendas do trimestre seguinte. Para
o último trimestre, determinou que fosse igual ao trimestre anterior.
O estoque inicial do produto A é de 750 unidades e do produto B é de 1.000 unidades.
Desta forma pode se orçar a produção em unidades.
Com o orçamento acima, já se sabe o quanto produzir por trimestre e por ano de cada produto. Deve-
se, agora, apurar os gastos de matérias-primas na produção. É necessário, portanto, conhecer o quanto
cada produto usa de matéria-prima na sua confecção.
Para fabricar A se gasta duas unidades da matéria-prima X e para fabricar B se gasta 3 unidades da
matéria-prima Y. Agora se pode orçar o consumo de matéria-prima multiplicando a produção pelas
quantidades componentes. Sabe-se também que o custo unitário de X é R$ 0,50 e de Y é R$ 0,30.
Assim tem-se:
De posse dos dados do consumo de matérias-primas, é necessário saber seu preço (já informado) e a
situação de seus estoques. No presente caso sabe-se que os estoques finais correspondem à metade
do consumo do trimestre seguinte e que o último trimestre é igual ao anterior, e ainda que o estoque
inicial de X é de 1.500 unidades e de Y é de 3.000 unidades, pode-se começar a orçar as compras.
Desta forma tem-se:
Parte-se então para o terceiro componente dos custos de produção, que são os custos indiretos de
fabricação. Estes custos são divididos em duas partes: Os custos fixos e os custos variáveis. Portanto,
para fazer este orçamento tem-se que conhecer o custo variável unitário, para multiplicá-lo pelas
unidades produzidas e obter-se a parte variável.
Sabe-se que este custo foi rateado pelos dois produtos, resultando R$ 0,50 para A e R$ 1,00 para B. A
parte fixa é considerada constante, de sorte que a previsão anual será dividida pelo número de
trimestres. Desta forma teremos:
Na maioria dos casos, o total dos custos fixos é informado. O trabalho é dividi-los pelos quatro
trimestres. Em seguida monta-se o orçamento de estoques finais, com as informações já existentes.
Com base nas apurações até aqui, se dispõe de dados para elaborar o orçamento dos custos dos
produtos vendidos. Isso se fará a seguir com os dados disponíveis no quadro auto-explicativo seguinte:
Considere a composição dos produtos, segundo o Quadro A.4, no qual também já se destacam os
custos de cada matéria-prima. A seguir, pode se fazer o orçamento de consumo no Quadro A.5.
Com base nos dados de consumo de matérias-primas e dos seus preços estimados, considerando que
os estoques finais devem corresponder à metade do consumo do trimestre seguinte e que o último
trimestre é igual ao anterior, e ainda considerando que o estoque inicial de X é de 1.650 unidades e de
Y é de 2.950 unidades, pede-se para orçar as compras:
TOTAL COMPRAS
No passo seguinte, deve se orçar a Mão de Obra Direta (MOD). Para isso, considere os dois
departamentos da linha de produção, ou seja: Corte e Montagem. No Departamento de Corte gastam-
se 15 minutos (0,25 da hora) para produzir A e 24 minutos (0,40 da hora) para produzir B. No
Departamento de Montagem são gastos 27 minutos para produzir cada um de ambos os produtos.O
custo do salário-hora é de R$ 2,25 para cada departamento.
Total MOD
O próximo orçamento a fazer, é o Orçamento dos Custos Indiretos de Fabricação. Para este orçamento,
considere os custos variáveis de R$ 0,55 para A e de R$ 1,10 para B. Para os custos fixos, considere a
acréscimo de 10% sobre os valores respectivos constantes do Quadro 12 do EXEMPLO 02.
Agora pode se orçar os Estoques Finais, com base nos quadros anteriores indicados.
Finalmente passa-se ao Orçamento dos Custos dos Produtos Vendidos, última peça dos orçamentos
de produção:
1. INTRODUÇÃO
O Orçamento de Despesas Operacionais é a peça do Orçamento Empresarial em que são orçadas
todas as despesas (e receitas) necessárias ao desenvolvimento das atividades operacionais e
acessórias da empresa, em um dado período.
Compreende os orçamentos das Despesas Comerciais ou Despesas com Vendas, das Despesas
Administrativas, de Despesas e Receitas Financeiras, e de Tributos.
O objetivo do Orçamento de Despesas Operacionais é prever as despesas necessárias para dar
suporte às operações e ao gerenciamento da empresa, especialmente no tocante à minimização de
gastos. Também visa fornecer informações para o Orçamento de Demonstração de Resultados e para o
Orçamento do Fluxo de Caixa.
1. APRESENTAÇÃO
Continuando com a Empresa ALPHA, iniciada com as Demonstrações do Balanço Inicial, do Orçamento
de Vendas (EXEMPLO 01) e do Orçamento de Produção (EXEMPLO 02), elabora-se o Orçamento de
Despesas Operacionais, como mostra o Quadro 16.
Nesse exemplo da Empresa ALPHA, como se pode notar, não há Despesas Financeiras e Tributárias,
por razões de simplificação.
Total
1. INTRODUÇÃO
Neste orçamento se consideram os desembolsos previstos com aquisições de máquinas ou veículos,
construções, modificações e transformações que tenham caráter de melhoria ou reposição da
capacidade produtiva ou de prestação de serviços.
O orçamento anual de investimentos ou de capital deve ser visto, entretanto, como uma parte do
orçamento de capital de longo prazo. A proposta do orçamento anual de investimentos ou de capital é
fazer uma provisão, no orçamento corrente, para as despesas de capital planejadas para o um dado
período.
O orçamento de investimentos é estratégico para a empresa. Investimentos de curto prazo são
atividades operacionais para a empresa, como investimentos em manutenção, reformas internas,
pequenas obras, trocas de equipamentos de máquinas, etc. Quando há previsão de vendas de parte do
parque industrial, pode-se prever um orçamento de desinvestimento.
Total
ORÇAMENTO FINANCEIRO
1. INTRODUÇÃO
Este orçamento é a conclusão do processo orçamentário, onde todas as peças orçamentárias são
reunidas dentro do formato das demonstrações contábeis básicas. Suas projeções são feitas em
grande parte, com a utilização de informações já elaboradas nas peças orçamentárias do Orçamento
Operacional.
O Orçamento Financeiro compreende as projeções das Demonstrações Contábeis. Essas
demonstrações permitem a análise e a avaliação dos impactos, que as metas planejadas pela
administração causarão sobre a situação patrimonial futura da empresa.
O Orçamento Financeiro é composto pelos Orçamentos de Caixa (Fluxo de Caixa), Projeção de
Resultados, e Projeção do Balanço Patrimonial. A seguir serão discutidos esses orçamentos.
3. PROJEÇÃO DE RESULTADOS
A projeção da Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) sintetiza e integra todos os orçamentos
operacionais, para, finalmente, apurar o resultado final (lucro ou prejuízo) da empresa. É uma das
projeções mais importantes, pois permite a avaliação de todo planejamento realizado, e decidir
antecipadamente por estratégias e medidas relacionadas para assegurar melhores resultados. Por meio
da DRE projetada pode se evitar ações que reduzam os resultados futuros, adiar outras decisões, etc.
1. APRESENTAÇÃO
Desenvolvidos os demais orçamentos operacionais e de investimentos, passa-se ao Orçamento
Financeiro da Empresa, compreendendo os Orçamentos de Fluxo de Caixa, Projeção de Resultados e
Projeção de Balanço.
Tomando por base o Balanço de Abertura da Empresa ALPHA, coletar-se-ão os dados dos Orçamentos
de Vendas (EXEMPLO 01), do Orçamento de Produção (EXEMPLO 02), do Orçamento das Despesas
Operacionais (EXEMPLO 03), do Orçamento de Investimentos (EXEMPLO 04), inicia-se o Orçamento
de Caixa.
Para elaborar o orçamento de caixa é necessário se ter em mãos algumas informações fundamentais.
No nosso caso, têm-se as seguintes informações:
• As vendas são recebidas 50% no trimestre e 50% no trimestre seguinte.
• Os custos de matéria-prima, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação são pagos no mês.
• Os custos fixos indiretos são pagos trimestralmente em parcelas iguais.
• As taxas não pagas, no montante de R$ 12.000,00 serão pagas trimestralmente em parcelas iguais
durante o ano.
• O saldo de fornecedores constante do Balanço não será quitado.
• As despesas de capital serão quitadas no mês.
De posse das informações acima, monta-se o quadro a seguir:
1. APRESENTAÇÃO
Baseado no Balanço de Abertura da Empresa ALPHA, nos dados dos Orçamentos de Vendas
(EXERCÍCIO 01), do Orçamento de Produção (EXERCÍCIO 02), do Orçamento das Despesas
Operacionais (EXERCÍCIO 03), do Orçamento de Investimentos (EXERCÍCIO 04), elaborar o
Orçamento de Caixa, considerando as seguintes informações:
• As vendas (deduzidos os descontos) são recebidas 55% no trimestre e 45% no trimestre seguinte.
• Os custos de matéria-prima, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação são pagos 67% no
trimestre e 33% no trimestre seguinte.
• As taxas não pagas, no montante de R$ 13.200,00 serão pagas trimestralmente em parcelas iguais
durante o ano.
• Os investimentos serão pagos no mês.
De posse das informações acima, monta-se o quadro a seguir:
Saídas
Impostos sobre Vendas Q. A.4a
Saldo de Fornecedores B.P.
Compras Q. A.8
Mão-de-Obra direta Q. A.11
Custos Indiretos Fabricação Q. A.12
(-) Depreciação Q. A.12
Desp. Adm e de Vendas Q. A.16
Investimentos Q. 17
Despesas Financeiras Totais Q. A.16
Instr. +
Taxas e Impostos + Desp.Trib. Q.A.16
Total de Saídas
Saldo final de caixa
CONTROLE ORÇAMENTÁRIO
5. CONTROLE ORÇAMENTÁRIO
De nada adiantariam os esforços de orçamentação, se eles não fossem acompanhados e controlados.
Cada empresa verifica qual a melhor maneira de fazer os acompanhamentos e controles. Algumas
optam por periodicidade mensal, outras por bimestral, etc. Algumas dão ênfase aos custos de produção,
outras aos fatores de comercialização, e assim por diante.
Receitas
Despesas