FINANÇAS II Resumos

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UNIVERSIDADE DO ALTO VALE DO RIO DO PEIXE - UNIARP

CAMPUS DE CAÇADOR E FRAIBURGO


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Finanças II

ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

= PROGRAMA DE AULA =

1. INTRODUÇÃO.

2. PLANEJAMENTO E CONTROLE VERSUS ORÇAMENTO

3. O PLANO ORÇAMENTÁRIO

4. O SISTEMA ORÇAMENTÁRIO

5. ORÇAMENTO EMPRESARIAL

6. ORÇAMENTO DE VENDAS

7. ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO, COMPRAS, MÃO-DE-OBRA E CUSTOS INDIRETOS

8. ORÇAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS

9. ACOMPANHAMENTO E ANÁLISE DE VARIAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

= BIBLIOGRAFIA =

1. FREZATTI, F. Orçamento empresarial: Planejamento e Controle Gerencial. 2.ed., São Paulo :


Atlas, 2000.
2. GITMAN, Laurence. Princípios de administração financeira. 3 Ed. São Paulo: Harbra, 1987.
3. JOHNSON, Robert W. Administração financeira. São Paulo: Pioneira, 1973.
4. SALOMON, Ezra. Teorias da administração financeira. 2 Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
5. MARTINS, Eliseu, e NETO, Alexandre Assaf. Administração financeira: as finanças das
empresas sob condições inflacionárias. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1986. (*)
6. SANVICENTE, Antônio Zoratto. Administração financeira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1983. (*)
7. VAN HORNE, James C. Fundamentos de administração financeira. Rio de Janeiro:
Prentice-Hall do Brasil, 1984. (*)
8. VAN HORNE, James C. Política da administração financeira. 2 Ed. Rio de Janeiro: Prentice-
Hall do Brasil, 1975.
9. ZDANOWICZ, J. E., Planejamento Financeiro e Orçamento, 4.ed., Porto Alegre : Editora
Sagra Luzzatto, 2001.

FINANÇAS II Resumos 1 AUGUSTO FISCHER


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INTRODUÇÃO

1. A CULTURA ORÇAMENTÁRIA

As dificuldades que grande parte da população brasileira (85%) tem para cobrir todas as suas contas,
está relacionada à falta de uma cultura de poupança, um hábito para o controle de gastos, como ocorre
na Europa e nos Estados Unidos, cuja população tem uma maior cultura orçamentária.
Estas mesmas dificuldades e as mesmas causas também podem ser encontradas nas empresas. Para
ambos os casos, guardadas as devidas proporções, as soluções passam pelos mesmos processos.
As técnicas e ferramentas de planejamento, organização e controle das finanças pessoais, guardadas
as devidas proporções, são as que as empresas utilizam na administração de suas finanças,
notadamente o fluxo de caixa e indicadores financeiros, que resultam do processo orçamentário.

2. A ADMINISTRAÇÃO PLANEJADA E A ADMINISTRAÇÃO IMPROVISADA


Há, basicamente, dois estilos predominantes de administração:
A administração predominantemente improvisada, em cujo estilo, as ações
desempenhadas são reações a ocorrências anteriores ou em curso. É o estilo “apagar
incêndio”
As decisões – quando não são reações – são tipicamente improvisadas ou tomadas com base
em intuições. Seus raros e eventuais sucessos resultam de pura sorte ou por acaso.
A administração predominantemente planejada. Nesse estilo de administração, as ações
são orientadas por planos previamente estabelecidos e mais ou menos estruturados, conforme
objetivos visados.
Suas decisões são tomadas em conformidade com os planos estabelecidos, sendo, em muitos
casos, adequadas diante de variações ou fatos fortuitos também previstos.
Daí resulta que, quanto mais predominantemente planejado for o processo administrativo de uma
empresa, maiores serão suas possibilidades de sucesso.

3. AS FUNÇÕES DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIROS

O Planejamento compreende o primeiro elemento das funções administrativas, para qualquer


entidade ou organização e empresa. Embora se desenvolva de forma simultânea com as
demais funções, o Planejamento constitui o fundamento para o desempenho eficiente das
demais funções.

O Planejamento é o processo administrativo que determina antecipadamente o que um grupo


de pessoas deve fazer e quais as metas que devem ser atingidas.

O Controle é por si só uma função, mas inicialmente aqui, é tomado como o quinto e último
elemento das funções administrativas.

O Controle é o processo administrativo que consiste em verificar se tudo está sendo feito de acordo
com o que foi planejado e as ordens (direção) dadas, bem como, assinalar as faltas e os erros, a fim de
repará-los e evitar sua repetição.

O Planejamento e o Controle Financeiros são funções e processos especialmente


ocupados com os recursos financeiros das empresas.

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4. OS PLANOS ADMINISTRATIVOS E O ORÇAMENTO

Antes de tratar do Orçamento Empresarial, é oportuno resgatar ou rememorar os diversos


tipos ou classes de planos administrativos. Embora possam variar, os planos apresentam
certa hierarquia. A seguir destacam-se os principais planos:

Objetivos: São planos globais e de longo alcance, que orientam e governam toda a estrutura
e operações da empresa. Os objetivos caracterizam-se pela sua natureza qualitativa, não
estabelecendo delineamentos claros.
Exemplo: ampliação de sua participação no mercado.

Metas: São planos detalhados de curto e médio prazo, orientados para o alcance dos
objetivos. As metas se caracterizam pela natureza quantitativa, ou seja: estabelecem clara
delimitação de resultados esperados ou buscados nos limites de horizonte temporal
estabelecidos. As metas quantificam e delimitam os objetivos.
Exemplo: Aumento das vendas em 10%.

Políticas ou diretrizes: São planos de orientação geral para lidar com várias situações.
Constituem os parâmetros dentro dos quais a ação administrativa pode se desenvolver.
Representam princípios e atitudes, ou pontos de vista, que a empresa procura constantemente
manter em todas as suas operações.
Exemplo: Captação de empréstimos para capital de giro a um limite específico da taxa de
juros.

Estratégias: São planos para tratar de problemas ou programas específicos de curto prazo,
normalmente para complementar os objetivos (longo prazo), dentro dos limites das políticas ou
diretrizes. Constituem os passos para a execução das metas ou realização dos objetivos.
Exemplo: Abertura de filiais para aumentar a participação no mercado; Concessão de prazos
para alcançar as metas de aumento de vendas.

Procedimentos: São planos que orientam as ações, segundo limites e métodos, visando a realização
de atividades relacionadas à consecução dos planos anteriores.

5. ORÇAMENTO

Orçamento é a expressão quantitativa de um plano de ação futuro da administração para um


determinado período. Podem-se abranger aspectos financeiros e não-financeiros desses planos e
funciona como um projeto para a empresa seguir no período vindouro.
É uma atividade de natureza econômico-financeira que parte da determinação e da análise dos eventos
relevantes do passado e das condições empresariais presentes, para realizar uma projeção das
responsabilidades futuras de desempenho da empresa como um todo.

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PLANEJAMENTO E CONTROLE VERSUS ORÇAMENTO

1. A FUNÇÃO DE PLANEJAMENTO

É o processo Administrativo que determina antecipadamente o que um grupo de pessoas deve fazer e
quais as metas que devem ser alcançadas.

Consiste em estabelecer com antecedência as ações a serem executadas dentro de cenários e


condições preestabelecidos, estimando os recursos a serem utilizados e atribuindo as
responsabilidades, para atingir os objetivos fixados.

“Planejar é quase uma necessidade intrínseca, como alimentar-se para o ser humano. Não se alimentar
significa enfraquecimento e o mesmo ocorre com a organização, caso o planejamento não afete o seu
dia-a-dia dentro do seu horizonte mais de longo prazo”. FREZATTI (2000). Por isso que devemos
efetuar um planejamento que contemple as expectativas geradas pela empresa, obedecendo as
estratégias estipuladas para que sirvam de premissa para a confecção e definição do planejamento
orçamentário.

Assim, “a técnica orçamentária fundamenta-se em prévia formulação de um plano geral de ação à


empresa, de acordo com os objetivos, as metas e as políticas a curto e longos prazos, tendo como
princípio a otimização no emprego dos recursos físicos, materiais e monetários disponíveis no período
projetado.” ZDANOWICZ (2001).

Segundo Sanvicente (1983), “Planejar é estabelecer com antecedência as ações a serem executadas,
estimar os recursos a serem empregados e definir as correspondentes atribuições de responsabilidades
em relação a um período futuro determinado, para que sejam alcançados satisfatoriamente os objetivos
porventura fixados para uma empresa e suas diversas unidades”.

2. DECISÕES COM BASE NO PLANEJAMENTO

Cabe às empresas tomar três tipos de decisões distintas:


• Decisões Estratégicas: voltadas para problemas externos, mais especificamente relacionados com
a escolha do composto de produtos e dos mercados em que tais produtos (e/ou serviços) serão
colocados. O conceito de estratégico diz respeito “a tudo o que se refere às relações entre a
empresa e o seu ambiente”.
As decisões são de natureza político-administrativa e estão geralmente voltadas para o
ambiente externo da empresa.
• Decisões Administrativas: preocupam-se com a estruturação dos recursos da empresa de modo a
criar possibilidade de execução com os melhores resultados. De maneira simplificada, o seu grande
problema consiste em estruturar os recursos da empresa para obter desempenho otimizado.
Decisões sobre organização, estrutura de conversão de recursos, obtenção e desenvolvimento de
recursos, conflitos entre estratégias e operações, conflitos entre objetivos pessoais e institucionais e
interações entre variáveis econômicas e sociais fazem parte dessa categoria de decisão.
O foco é a administração interna da empresa, seus procedimentos e distribuição de recursos
humanos.
• Decisões Operacionais: “Estão ligadas à obtenção dos indicadores desejados”. Objetivos e metas
em nível operacional, níveis de preços e produção, níveis de operação, políticas e estratégias de
marketing, políticas e estratégias de pesquisa e desenvolvimento, controle etc. são exemplos.
São os procedimentos de curto prazo, buscando a máxima eficiência no que foi programado.

3. O PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Finalidades: Desenvolvimento de processos, mecanismos e atitudes que tornem possível:
Avaliar as implicações futuras de decisões presentes, em função dos objetivos da organização;
A tomada de decisões no futuro, de modo mais rápido e eficiente.
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Princípios Gerais:

Contribuição aos objetivos: Deve-se viabilizar os objetivos máximos da empresa pela


hierarquização dos objetivos estabelecidos, considerando a interligação entre eles;

Precedência: Ordem da função administrativa (organização – direção – controle);

Maior penetração e abrangência: O planejamento pode provocar várias modificações nas


características e atividades da empresa;

Maior eficiência, eficácia e efetividade: O planejamento deve maximizar os resultados e minimizar


as deficiências;

Princípios Específicos:

Planejamento Participativo: O responsável pelo planejamento desempenha o papel de facilitador do


processo de elaboração do planejamento pelas áreas envolvidas;
Planejamento Coordenado: Deve se considerar que a maioria dos aspectos envolvidos no
planejamento é interdependente;
Planejamento Integrado: Geralmente, os objetivos são escolhidos pelos escalões superiores e os
meios para atingi-los são fornecidos pelos escalões médios e inferiores;
Planejamento Permanente: Os planos devem ser revisados permanentemente.

Premissas Básicas:
• Fixação de objetivos gerais da empresa (estratégicos).
• Determinação dos objetivos de cada setor da empresa, em função dos objetivos gerais (ou
estratégicos).
• Estabelecimento de um sistema de informações, que permita avaliar a execução dos planos em
confronto com as previsões.

Níveis de Decisão e Tipos de Planejamento Financeiro


Estratégico;
Tático;
Operacional.

Quanto ao Prazo
De Longo Prazo (estratégico)
De Curto Prazo (tático e operacional) = Orçamento Operacional

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PLANO ORÇAMENTÁRIO

1. INTRODUÇÃO
O plano orçamentário, como qualquer outra ferramenta, é um exercício de aprendizagem permanente e,
portanto, qualquer tentativa de desenvolvimento no sentido de reduzir suas imperfeições será
conseqüência da prática assim como é, a implantação dos programas de qualidade total, o just in time,
o kanban, entre outras ferramentas de melhoria contínua (PADOVESE, 2003).
O planejamento busca a finalidade de antecipar os fatos através de planos e orçamentos. Segundo
Welsch (1978, pp 171-265), “Orçamento é um meio de coordenar os esforços individuais num plano de
ação que se baseia em dados de desempenhos anteriores, guiado por julgamentos racionais dos
fatores que influenciarão o rumo dos negócios no futuro.” Assim, orçar é processar o sistema de
informações contábeis atual, introduzir as alterações pretendidas, e organizar os dados de acordo com
as demonstrações regulamentares.
Seja orientado para tendências futuras, com base zero, estático ou flexível, o orçamento, embora não
tenha uma única maneira de ser estruturado poderá ser considerado como a única ferramenta capaz de
predizer, ainda que com margens de erro, qual será a expectativa de lucro e, quais áreas deverão
apresentar melhorias para que os objetivos sejam alcançados.

2. PROPÓSITOS DE UM PLANO ORÇAMENTÁRIO

Há um conjunto de propósitos que podem estar, seja de forma implícita ou explícita, associados à
adoção de um plano orçamentário. Segundo Padovese (2003) podem ser citados:
• Orçamento como um sistema de autorização: o orçamento aprovado não deixa de ser um meio
de liberação de recursos para todos os setores da empresa, minimizando o processo de controle.
• Orçamento como um meio para projeções e planejamento: o conjunto das peças orçamentárias
será utilizado para o processo de projeções e planejamento, permitindo, inclusive, estudos para
períodos posteriores.
• Orçamento como um canal de comunicação e coordenação: incorporando os dados do cenário
aprovado e das premissas orçamentárias, é instrumento para comunicar e coordenar os objetivos
corporativos e setoriais.
• Orçamento como um instrumento de motivações: na linha de que o orçamento é um sistema de
autorização, ele permite um grau de liberdade de atuação dentro das linhas aprovadas, sendo
instrumento importante para o processo motivacional dos gestores operacionais.
• Orçamento como um instrumento de avaliação e controle: considerando também os aspectos
de motivação e autorização, é lógica a utilização do orçamento como instrumento de avaliação de
desempenho dos gestores e controle dos objetivos setoriais e corporativos.
• Orçamento como uma fonte de informação para tomada de decisão: contendo os dados
previstos e esperados, bem como os objetivos setoriais e corporativos, é uma ferramenta essencial
para decisões diárias sobre os eventos econômicos de responsabilidade dos gestores operacionais.

3. OBJETIVOS DE UM PLANO ORÇAMENTÁRIO


O orçamento tem como principais objetivos:
• Estabelecer e coordenar metas;
• Planejar o futuro;
• Facilitar o entendimento dos propósitos da política da empresa;
• Gerar dados para tomada de decisões;
• Servir de guia para avaliação dos programas.
Para consecução destes objetivos se torna necessária uma orientação para objetivos reais,
envolvimento dos participantes com bons índices motivacionais e flexibilidade no processo de
implantação e acompanhamento.

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4. FUNÇÃO DO ORÇAMENTO
O orçamento é o instrumento utilizado para elaboração, de forma eficaz e eficiente, do planejamento e
dos controles financeiros das atividades operacionais e de capital dentro da empresa, auxiliando na
tomada de decisão da alta gerência. Este instrumento deve apresentar flexibilidade na sua aplicação,
permitindo corrigir quaisquer desvios surgidos, bem como utilizá-lo no processo de retro-alimentação do
sistema de planejamento global da empresa.
O orçamento constitui-se em um mecanismo eficiente de planejamento e controle financeiros, no
contexto presente, pois analisa as situações econômico-financeiras e patrimoniais passadas, projetando
as perspectivas operacionais e de capital da empresa.
Após a elaboração, análise, aprovação e divulgação do orçamento, o acompanhamento orçamentário
deve desenvolver-se, pois é a melhor forma de se monitorar o plano estratégico da organização com
relação ao que está proposto para um curto prazo.

5. OS MANDAMENTOS DO ORÇAMENTO
Para que se possa colocar em prática o acompanhamento orçamentário, faz-se uma breve referência
aos “Dez Mandamentos do Controle Orçamentário”. São eles:
1. A direção da empresa deverá considerar o orçamento como essencial.
2. Os executivos responsáveis deverão sentir entusiasmo pelo controle orçamentário.
3. O controle orçamentário será, em grande parte, um problema psicológico.
4. Uma análise crítica da empresa deverá ser realizada, antecipadamente, pois será essencial à
implantação do controle orçamentário.
5. Deverá haver um gerente responsável para cada peça orçamentária da empresa.
6. A tarefa determinada no orçamento deverá ter uma relação causal com as estimativas da
empresa.
7. O controle orçamentário deverá ser integral, isto é, deverá abranger todas as atividades da
empresa.
8. O controle orçamentário será essencial, quando se quiser proporcionar à Direção da empresa uma
base para descentralizar a autoridade e a responsabilidade.
9. Sozinho, o orçamento será estéril, mas junto com o controle orçamentário alcançará sempre o
objetivo colimado, ou seja, a administração eficiente, eficaz e efetiva da empresa.
10. O controle orçamentário necessitará a utilização da estatística.” ZDANOWICZ (2001).

Para que o planejamento orçamentário funcione, é extremamente importante o seu acompanhamento.


Para todas as formas de acompanhamento orçamentário é muito importante que todos dentro da
empresa tenham conhecimento e se envolvam no processo.

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O SISTEMA ORÇAMENTÁRIO

1. DEFINIÇÃO
O Sistema Orçamentário é o conjunto de planos e políticas que, formalmente estabelecidos em valores
financeiros, permite à administração conhecer os resultados operacionais da empresa e executar os
acompanhamentos para que esses resultados sejam alcançados e os possíveis desvios analisados,
avaliados e corrigidos.

É um instrumento de planejamento e controle de resultados econômicos e financeiros. É um modelo de


mensuração que avalia e demonstra, por meio de projeções, os desempenhos econômicos da
empresa, bem como das unidades que a compõem.

2. ELEMENTOS BÁSICOS DO SISTEMA ORÇAMENTÁRIO


O sistema orçamentário apóia-se preliminarmente, em três elementos básicos, a saber:

Previsões: Constituídas de estimativas da mais provável evolução de certas condições internas e


externas à empresa.

Orçamento: São atribuições a partir das previsões, e constituem a expressão formal e detalhada dos
objetivos e planos da empresa, e dos meios através dos quais se pretende atingir os objetivos.

Controle: É a comparação do desempenho real da empresa com os padrões fixados no orçamento,


bem como a avaliação de variações e desvios, cuja análise visa estabelecer medidas de correção
e compensação dos desvios.

3. PRINCIPAIS TIPOS DE ORÇAMENTO

Os principais tipos de orçamento comumente usados pelas empresas são:

Orçamento global: É composto por dois grandes grupos de orçamentos parciais: Orçamentos
Operacionais e Orçamentos Financeiros.

Orçamentos Operacionais: Abrangem objetivos e previsões relacionados às operações normais das


atividades principais da empresa e as operações eventuais da empresa, como imobilizações e/ou
desmobilizações, etc.
São constituídos dos orçamentos parciais de: Vendas, Produção, Despesas Comerciais,
Administrativas e Financeiras, Receitas e Despesas Eventuais.
A partir desse grupo de orçamentos parciais compõe-se o Orçamento de Resultados.

Orçamentos Financeiros: Esse grupo depende dos valores definidos pelos orçamentos operacionais.É
constituído do Fluxo Financeiro, da Projeção de Depreciações, do Orçamento de Acréscimos de
Capital.
A partir desse grupo de orçamento elabora-se o Orçamento do Balanço Patrimonial.

Orçamentos de Curto e Longo Prazo: São de Curto Prazo quando se referem a períodos de um ano
ou menos. São de Longo Prazo quando se referem a períodos superiores a um ano.

Orçamentos Periódicos e Contínuos: Os Orçamentos Periódicos são preparados uma vez a cada
período coberto, permanecendo praticamente inalterados até o fim do período para o qual foram
originalmente elaborados. Os Orçamentos Contínuos se diferenciam dos anteriores, pelo fato de
serem revisados a cada mês que passa, com o abandono do mês encerrado e o acréscimo de
mais um mês no período coberto pelo orçamento.

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Orçamento Flexível: também conhecido como orçamento variável, é ajustado pelas mudanças no
volume, e baseia-se no conhecimento de como receitas e despesas deverão variar em
determinado nível de atividade.

Orçamento Estático: tipo de orçamento que se elabora com base em um único nível de produção, não
sendo alterado ou ajustado após ter sido estabelecido, mesmo ocorrendo divergência com o nível
de produção real.

Orçamento Participativo: é um método orçamentário em que os indivíduos envolvidos participam da


fixação do orçamento global.

Orçamento Autoritário: metodologia orçamentária em que a alta administração impõe o orçamento a


todos os gerentes, sem sua participação nas definições e aprovação.

Orçamento Incremental: esse orçamento baseia-se na experiência anterior, tomando-se como base
dados de períodos passados, ajustados conforme mudanças esperadas em preços, custos e
níveis de atividade econômica.

Orçamento Base Zero (OBZ): orçamento que ignora experiências anteriores e começa do zero.

Orçamento de Caixa: programação de entradas e saídas de recursos monetários.

Orçamento de Capital: proposta de gastos com bens e direitos permanentes e as suas fontes de
recursos.

Orçamento Kaizen: orçamento que incorpora esforços de melhorias contínuas, por meio de
aprimoramentos futuros, a serem implantados, em vez de meramente orçar com base em práticas
e métodos atuais.

4. VANTAGENS E LIMITAÇÕES DO SISTEMA ORÇAMENTÁRIO

Como qualquer planejamento, o Sistema Orçamentário apresenta vantagens e limitações. A seguir são
destacadas algumas vantagens e limitações.

Vantagens:
• Introduz o hábito do exame prévio e minucioso de informações antes da tomada de decisão;
• Contribui para tomada de decisões mais rápidas e acertadas (eficiência e efetividade);
• Estimula a participação de todos os membros da administração na fixação dos objetivos;
• Exige quantificação das previsões;
• Facilita a delegação de poderes;
• Exige informações confiáveis da contabilidade e das operações;
• Permite a identificação de áreas com desempenhos eficientes e deficientes;
• Permite a melhoria da utilização dos recursos disponíveis, assim como ajusta-los às
necessidades.

Limitações:
• Baseia-se em estimativas, sujeitando-se a erros.
• Deve ser continuamente monitorado e adaptado às circunstâncias;
• Nem todas as empresas possuem recursos para implementar um sistema adequado;
• Atrasos na emissão dos dados comprometem a implementação de ações corretivas em tempo
hábil;
• As dificuldades de ajustes geram desconfianças em relação aos resultados projetados; e
• É apenas uma ferramenta de apoio à decisão, não podendo tomar o lugar da administração.

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5. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO SISTEMA ORÇAMENTÁRIO


Para um efetivo cumprimento de seus papeis, o sistema orçamentário deve seguir alguns princípios
importantes, como segue:
Envolvimento administrativo: Todos os níveis administrativos, especialmente a alta administração,
devem estar envolvidos, subentendendo-se o apoio, a confiança, a participação e a orientação da
administração.
Adaptação organizacional: O sistema orçamentário deve apoiar-se numa sólida estrutura
organizacional e num conjunto bem definido de autoridade e responsabilidade.
Orientação para objetivos: Envolve a aceitação por parte da administração, dos benefícios
proporcionados pela fixação de objetivos e padrões de desempenho para a empresa.
Comunicação integral: Exige-se que tanto o superior quanto o subordinado tenham a mesma noção
de responsabilidades e objetivos.
Expectativas realistas: Deve se evitar, tanto um conservadorismo exagerado, quanto um otimismo
irracional, devendo as metas orçamentárias representar expectativas realistas.
Contabilidade por áreas de responsabilidade: O sistema contábil deve ser organizado de acordo com
a estrutura de responsabilidade da empresa.
Oportunidade: Deve haver um calendário definido para o planejamento formal, os relatórios de
desempenho e outras atividades relacionadas ao sistema orçamentário.
Aplicação flexível: O sistema orçamentário não pode se constituir em uma camisa de força, mas deve
permitir o aproveitamento de oportunidades favoráveis, mesmo que não estejam contempladas no
orçamento.
Reconhecimento do esforço individual e do grupo: Partindo do pressuposto que o elemento humano
constitui o aspecto fundamental do planejamento e controle administrativo eficaz, deve se
reconhecer a capacidade e o desempenho de cada indivíduo e do grupo.
Acompanhamento: Tanto o desempenho favorável quanto o desempenho desfavorável devem ser
cuidadosamente analisados com vistas a: dar início imediato de ações corretivas de sentido
construtivo quando necessário; reconhecer desempenhos favoráveis, permitindo transferir
conhecimentos a áreas semelhantes; e criar condições de melhoria do planejamento e controle
futuros.

6. FATORES DO SISTEMA ORÇAMENTÁRIO


Na preparação de um orçamento devem ser considerados alguns fatores, tanto externos como internos.
Tais fatores influenciam as condições e os resultados das empresas. São eles:

Fatores Externos:

As condições gerais:

Políticas:
Estabilidade política e social;
Tendência do nível de atividades do governo (estado vs setor privado);
Políticas governamentais de preços;
Política salarial e de financiamento;
Demais políticas de governo.
Economia:
Índices de preços;
Renda nacional, Produto Interno Bruto, etc;
Fatores Internacionais;
Utilização da mão-de-obra disponível;
Utilização da capacidade de produção instalada.

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O setor (a indústria):

Quanto ao consumo:
Alterações do orçamento familiar;
Fatores psico-sociológicos;
Mudanças tecnológicas;
Mercado externo (exportações e importações);
Fatores demográficos.

Concorrência:
Novos competidores;
Novos produtos concorrentes;
Planos de exportação;
Outras informações – estratégias de preços dos competidores, etc.

A empresa:
Objetivos gerais da empresa
Planos de expansão;
Política de Produtos;
Política de preços;
Participação da empresa no mercado.

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ORÇAMENTO EMPRESARIAL

1. INTRODUÇÃO

Um orçamento em contabilidade e finanças é a expressão das receitas e despesas de um indivíduo ou


organização, dentro de um período limitado (geralmente, mensal ou anual). O orçamento deriva do
processo de planejamento organizacional; ou seja, a organização (pública ou privada com ou sem fins
lucrativos) deve estabelecer objetivos e metas, materlizados em um Plano. Este deverá conter valores
em moeda para o devido acompanhamento e avaliação da gestão.
É o plano financeiro para implementar a estratégia da empresa para determinado exercício.
A maioria das empresas de grande porte tem entre suas responsabilidades, o desenvolvimento de
orçamentos para seus períodos de operação. Um orçamento empresarial deve detalhar quais serão as
receitas e despesas da companhia dentro de períodos futuros.
Os períodos mais comuns para o processo orçamentário são: Próximos 12 meses (Orçamento Anual),
orçando totais para cada mês, totalizações por trimestre, e Business Plan ou Orçamento Plurianual ou
de Capital, que corresponde ao orçamento dos próximos 5 anos.

2. CONTEXTO DO ORÇAMENTO EMPRESARIAL


No orçamento empresarial, visamos ter uma imagem futura da empresa com o planejamento inserido
no contexto. Se uma empresa quiser saber quanto gastará com compras para compor o seu produto no
próximo período, poderá (e deverá) desenvolver o seu orçamento.
Mas, evidentemente, um orçamento empresarial é muito mais complexo. Ele compreende uma
seqüência de outros orçamentos, que culminam com a projeção do Demonstrativo de Resultados e do
Balanço Patrimonial.
O orçamento empresarial e composto pelo orçamento operacional e pelo orçamento financeiro.
Entre outros possíveis, a seguir relacionam-se os principais orçamentos parciais, que são também as
peças principais do processo do orçamento operacional:
• Orçamento de Vendas
• Orçamento de Produção, contendo suas principais peças:
o Orçamento de Consumo de Matérias-primas
o Orçamento de Compras
o Orçamento de Mão-de-obra Direta
o Orçamento de Custos Indiretos de Fabricação
o Orçamento de Estoques Finais
o Orçamento de Custo das Mercadorias Vendidas
• Orçamento de Despesas Operacionais
• Orçamento de Investimentos
Por sua vez, o orçamento financeiro é constituído pelos seguintes orçamentos:l:
• Orçamento do Fluxo de Caixa;
• Projeção do Demonstrativo de Resultados;
• Projeção do Balanço Patrimonial.
Graficamente, pode se representar o orçamento empresarial pela figura a seguir:

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ORÇAMENTO OPERACIONAL

Orçamento de Mat.
Prima e Materiais
Orçamento de
Secundários
Produção
Orçamento de Orçamento de
Vendas M. O. D.

Orçamento de Orçamento de
Compras Orçamento de
Custos Indiretos
Despesas
Administrativas
Orçamento de
Estoques
Orçamento de
Investimentos

ORÇAMENTO FINANCEIRO

Orçamento do Projeção do Projeção do


Fluxo de Caixa DRE Balanço
Patrimonial

3. PREPARAÇÃO DOS ORÇAMENTOS


Na preparação dos orçamentos deve-se se seguir um fluxo de procedimentos:
• Estabelecer os objetivos
o Participação No mercado
o Lucro líquido sobre vendas
o Retribuição do investimento
o Possibilidade de ampliação das instalações
o Novos produtos
• Determinar o volume e condições de vendas
• Elaborar os demais orçamentos em função do orçamento de vendas
• Revisar os procedimentos
• Acompanhar os resultados, analisando-os.
Os orçamentos devem seguir um roteiro, pelo qual, primeiramente se elaboram as premissas, para em
seguida serem feitas as projeções.
O primeiro orçamento a se elaborar é o operacional. Nele estão contidas as vendas, custos e despesas
operacionais.
Suas principais peças são os orçamentos de:
• Vendas
• Produção
• Compras de materiais e estoques
• Despesas indiretas, incluindo mão-de-obra e materiais indiretos.
Na seqüência devem ser elaborados os orçamentos de investimentos, financiamentos e despesas
financeiras. Depois de elaborados todos os orçamentos, são feitas as projeções financeiras, que podem
ser subdivididas conforme abaixo:
• Receitas e despesas não-operacionais
• Receitas e despesas financeiras
• Demonstração dos resultados projetada
• Balanço Patrimonial projetado
• Fluxo de caixa ou Demonstração de Origens e Recursos Projetada.
Depois dessas providências é hora do acompanhamento e análise dos dados.

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4. ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO EMPRESARIAL


Para começar seu processo de orçamentação, usualmente parte-se do Balanço Patrimonial de abertura.
Para desenvolvimento de práticas de orçamentação nas aulas seguintes, parte-se dos exemplos da
empresa ALPHA S/A. Assim, suponha-se que uma empresa queira elaborar seu orçamento empresarial
anual. A empresa publica seus demonstrativos financeiros, como o Demonstrativo de Resultados do
Exercício e o Balanço Patrimonial, que seguem transcritos a abaixo:

Quadro 01: Demonstrativo de Resultados do Exercício


Vendas 135.000
(-) Custo dos Prod. Vendidos 80.000
(=) Resultado Bruto 55.000
(-) Desp. Operacionais 25.000
(=) Lucro Operacional (LAIR) 30.000
(-) Imposto de Renda (40%) 12.000
(=) Lucro Líquido 18.000

Quadro 02: Balanço Patrimonial Inicial


ATIVO 253.000 PASSIVO 253.000
Circulante 33.000 Circulante 17.000
Disponibilidades 5.325 Fornecedores 5.000
Contas a Receber 20.000 Impostos a pagar 12.000
Estoques 7.675 Patrimônio Líquido 236.000
Matérias-Primas 1.650 Capital 150.000
Produtos Acabados 6.025 Reservas 60.000
Permanente 220.000 Lucros Acumulados 26.000
Imobilizado 250.000
(-)Depreciação Acumulada 30.000

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ORÇAMENTO DE VENDAS

1. INTRODUÇÃO
Um processo orçamentário, em geral, inicia-se pelas vendas e receitas. Em um orçamento de vendas
pode haver restrições internas pela capacidade limitada de produção, e restrições externas por
limitações de mercado, ou por fatores que dificultam a chegada de matéria prima, ou ainda pelas
condições de expedição de mercadorias (distâncias).
É importante conhecer as condições tributárias incidentes sobre as vendas. No Brasil a tributação pode
ser federal estadual e/ou municipal. Conhecer estas alíquotas significa conhecer seu real retorno
financeiro.
Portanto, o retorno financeiro, pode ser previsto, por um orçamento baseado no que é normalmente
vendido no período. Conhecendo as possíveis receitas é possível mobilizar sua estrutura e força de
trabalho, de modo que no encerramento das atividades, descontando todos os dispêndios, você pode
ainda obter algum lucro.

2. BASES PARA O ORÇAMENTO DE VENDAS


O Orçamento de Vendas deve ser – preferivelmente - elaborado com base no estudo das duas forças
que o compõe: O mercado do produto oferecido e a capacidade instalada da empresa. Em outras
palavras não se pode projetar o que não se consegue produzir nem o que o mercado não tem
condições de absorver.

O Orçamento de vendas é, portanto, o ponto de partida do orçamento geral da empresa. Dentre as


características mais importantes estão as seguintes:
- Estimativa de preços e quantidades de cada produto e de cada mercado que a empresa pretende
atender;
- Determinação da receita total a ser obtida;
- Determinação das condições de pagamentos;
- Base para todas as outras peças orçamentárias.
Constam desse orçamento as seguintes previsões e providências:
• Quantidades do produto.
• Preços esperados
• Política de concessão de créditos
• Política de descontos
• Impacto tributário sobre vendas
• Inadimplência
• Variação dos clientes
• Pesquisa de mercado

3. IMPORTÂNCIA DO ORÇAMENTO DE VENDAS


O orçamento de vendas é o inicio do processo orçamentário, com quantidades especificidade e itens
que impactaram no orçamento da empresa. Um orçamento de vendas deficiente compromete os demais
orçamentos, pois não adianta ter produtos, e na hora de vender, fazê-lo acima ou abaixo do que foi
previsto.
Na falta de estimativas, todos os demais setores da empresa ficarão impossibilitados de desenvolverem
coerentemente os programas de suas atividades futuras. Não sabendo – pelo menos aproximadamente
- o quanto vai se vender, não se poderão estabelecer planos ou programas de produção, de aquisições
para produção, de administração de compras, e de administração de estoques, gerando outros
impactos em termos financeiros, econômicos e operacionais na empresa.

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4. DIFICULDADES NA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DE VENDAS


Na elaboração do Orçamento de Vendas podem se verificar alguns problemas, como:
• Falta de estatísticas adequadas e conseqüentemente erros no cálculo de vendas nas
estimativas regionais. São poucas as estatísticas confiáveis sobre as vendas das
indústrias;
• Flutuações de mercado: o mercado consumidor nem sempre comporta-se como o
esperado;
• Sazonalidade;
• Falta de informações detalhadas sobre os planos de competição;
• Diversidade de produtos: as empresas normalmente operam com uma variedade
considerável de produtos;
• Outros fatores: erro nas precificações de produtos e serviços, plano de propaganda,
promoção de vendas, atuação da concorrência.

5. FATORES INTERNOS E EXTERNOS


Ao iniciar o processo de Orçamento de Vendas deve se considerar alguns fatores internos, que podem
comprometer as previsões ou a efetivação do orçamento. Dentre eles são indicados alguns fatores
potenciais:
• Condições Gerais da Empresa: Capacidade produtiva insuficiente, estrutura administrativa com
pessoal não capacitado dificuldade de créditos.
• Base de dados: Conhecimento das vendas de períodos anteriores, ou seja, do histórico de vendas do
produto.
• Estratégia da empresa: O orçamento deve respeitar a política de interesses da empresa.
• Fixações preliminares dos níveis de preços a serem praticados: Os níveis de preços geralmente são
estabelecidos de acordo com volume de vendas.
Da mesma forma, deve se considerar alguns fatores externos, tais como:
• Matérias primas de fontes confiáveis são importantes componentes, o custo da mão de obra, sempre
relacionado com sua disponibilidade.
• Sazonalidade, ou seja, certos períodos proporcionam variações de vendas de determinados produtos.
• Condições gerais da indústria, ou seja, capacidade produtiva, estado de conservação dos
equipamentos de produção.
• Vendas atuais e crescimento demográfico ou variação do PIB, ou outros indicadores econômico-
sociais.
• Estudos da capacidade de mercado sempre são importantes na elaboração de um orçamento de
vendas.

6. MÉTODOS INDIRETOS E DIRETOS DE ORÇAMENTAÇÃO DE VENDAS


Como métodos indiretos na preparação do orçamento de vendas, são reunidos os principais:
• Análise dos dados históricos referentes à indústria;
• Participação da empresa na indústria;
• Indicadores econômicos nacionais e mundiais e correlação com desenvolvimento da indústria;
• Ajustes da produção básica;
• Determinação de participação futura da empresa na indústria.

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Os métodos diretos compreendem:


• Projeção da equipe de vendas: projeções históricas, versos projeção futura da equipe, considerando
possível otimismo exagerado dos vendedores, ou citação de baixos percentuais para facilitar o
cumprimento de metas.
• Se a empresa vende matéria prima, pode fazer a projeção do uso do produto na confecção de
materiais, como também a projeção de vendas dos materiais que tem como componente a matéria
prima da empresa.
• A projeção dos executivos também é um fator importante.

7. PRINCIPAIS PEÇAS DO ORÇAMENTO DE VENDAS


O Orçamento de Vendas compreende, geralmente, os seguintes sub-orçamentos:

• Orçamento de Vendas: primeiro orçamento, que consiste na determinação das quantidades vendidas;
• Orçamento de Receitas: devem-se apresentar os preços por produto;
• Identificação dos impostos sobre as vendas: ICMS (alíquota: depende do estado para qual está
sendo vendido); PIS (1,65%); COFINS (?%) e IPI (?%). Estas alíquotas serão aplicadas sobre a
receita bruta de vendas.

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EXEMPLO 01: ORÇAMENTO DE VENDAS

1. APRESENTAÇÃO
A seguir desenvolve-se o Exemplo da Empresa ALPHA:
A Empresa ALPHA vende os produtos A e B e tem levantamentos trimestrais. As vendas serão
realizadas na região do Centro-oeste, não havendo diferenciação de preços. Os valores são
calculados com base no histórico de vendas da empresa e nas projeções de seu departamento de
vendas. Devem-se levar em consideração também as projeções da economia, evolução dos
concorrentes e o comportamento dos atuais clientes. As projeções de crédito também devem ser
analisadas, assim como a capacidade de produção, armazenamento, tempo de atendimento,
disponibilidade de matérias-primas etc.
O levantamento de vendas foi orçado em unidades, conforme quadro 3. Os preços unitários de
venda de A e B são respectivamente R$ 11,00 e R$ 14,00.

Quadro 3: Orçamento de Vendas


Produto 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total 1º trim.
A 1.500 1.000 1.000 1.500 5.000 11,00
B 2.000 2.000 2.000 2.000 8.000 14,00

Após elaborar o orçamento de vendas em unidades deve-se elaborar o orçamento de vendas em


valores, onde é necessário apenas multiplicar as unidades vendidas pelo seu preço unitário de
vendas. Desta forma teremos:
Quadro 4: Vendas em R$ (ou Orçamento de Receitas Brutas)
Produto 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
A 16.500,00 11.000,00 11.000,00 16.500,00 55.000,00
B 28.000,00 28.000,00 28.000,00 28.000,00 112.000,00
Total 44.500,00 39.000,00 39.000,00 44.500,00 167.000,00

Calculadas as receitas brutas, calculam-se, em seguida, as deduções de receitas, representadas


pelos Impostos e Contribuições sobre Vendas (IPI, ICMS, PIS, COFINS, ISS), pelos descontos e
pelas devoluções.

2. EXERCÍCIO 01: ORÇAMENTAÇÃO DE VENDAS

Com base no Quadro 03 do EXEMPLO 01, faça o orçamento de vendas considerando um aumento
de 20% nos volumes, e os preços unitários de venda de A e B sendo respectivamente R$ 10,50 e
R$ 13,50.

Quadro A.3: Orçamento de Vendas


Produto 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total 1º trim.
A 10,50
B 13,50

Quadro A.4: Orçamento de Receitas Brutas em R$


Produto 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
A
B
Total

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Para calcular as deduções sobre vendas, as bases são:


• IPI: 5,0%;
• ICMS: 8,5%;
• PIS/COFINS: 2,75%;
• Descontos estimados: 1,5%;
• Devoluções: não há.

Quadro A.4a: Orçamento de Deduções de Vendas em R$


Tributo 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
IPI
ICMS
PIS/COFINS
Descontos
Total

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ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO, COMPRAS,


MÃO DE OBRA E CUSTOS INDIRETOS

1. INTRODUÇÃO
O orçamento de produção nada mais é do que a quantidade de bens que serão fabricados durante o
período orçamentário.
O orçamento de produção é o primeiro passo do planejamento de operações de fabricação. Além do
orçamento de produção, há três outros orçamentos importantes relacionados ao processo de
fabricação:
• o orçamento de matérias-primas, que envolve as estimativas das exigências de matérias-primas;
• o orçamento de mão-de-obra, que indica a quantidade e o custo da mão-de-obra direta;
• o orçamento dos custos indiretos de produção, que inclui as estimativas de todos os custos de
produção além da matéria-prima direta ou da mão-de-obra direta. (WELSCH, 1992, p.129).

2. OBJETIVOS DO ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO


O Orçamento de Produção pode apresentar inúmeros objetivos. Os principais são:
• Estabelecimento dos níveis de estoques (matérias-primas; produtos em elaboração; produtos
acabados; materiais auxiliares);
• Suporte informacional ao orçamento de compras e, consequentemente, ao fluxo financeiro
(caixa) da empresa;
• Suporte informacional aos custos de produtos vendidos;
• Estabelecimento de quantidades e momentos produção, com base no orçamento de vendas e
dos níveis de estoques desejados;
• Possibilidade de redução de custos, de forma racional, sem causar problemas no processo
produtivo.

3. A POLÍTICA DE ESTOQUES
Na definição da política de estoques e dos níveis de estoques desejados, deve se considerar, além dos
aspectos econômicos considerados na elaboração do Orçamento de Vendas, os seguintes aspectos:
• A existência de sazonalidade;
• A capacidade financeira ou de crédito para aquisição de matéria-prima e materiais auxiliares;
• Disponibilidade de mão-de-obra capacitada e suficiente para produção de volumes desejados;
• A capacidade física e técnica instalada.
Além disso, por questões de segurança, deve se estabelecer um estoque mínimo, proporcionando
dessa forma, o dimensionamento da necessidade de capital de giro da empresa.

4. ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO


O Orçamento de Produção é elaborado a partir de dados extraídos do Orçamento de Vendas, das
políticas de compras, das políticas de recursos humanos, e da definição dos níveis de estoques.
Geralmente, o Orçamento de Produção se compõe dos seguintes orçamentos parciais:
o Orçamento de Consumo de Matérias-primas
o Orçamento de Compras
o Orçamento de Mão-de-obra Direta
o Orçamento de Custos Indiretos de Fabricação
o Orçamento de Estoques Finais
o Orçamento de Custo das Mercadorias Vendidas

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A determinação das quantidades necessárias à produção deve ser feita individualmente por produto.
Fórmula: Qp = Qv – Ei + Ef
Qp: Quantidade a produzir
Qv: Quantidade necessária para atender o Orçamento de Vendas
Ei: Estoque inicial de produtos acabados
Ef: Estoque final de produtos acabados

5. ORÇAMENTO DE CONSUMO E COMPRAS: Materias-Primas e Materiais


Secundários
O Orçamento de Consumo e de Compras das Matérias-Primas e dos Materiais Secundários está
intimamente relacionado às quantidades estimadas de produção no período considerado, tomando por
base a composição do produto.
É necessário ainda considerar as mesmas condições das políticas de estoques e dos níveis de
estoques considerados para o orçamento de produção.
A elaboração deste orçamento requer o cumprimento das seguintes fases:

a) Determinação das quantidades de matérias-primas exigidas para o atendimento da produção


• Essa determinação se baseia no orçamento de produção e em dados históricos da composição de
matérias-primas de cada produto.
Por exemplo: para cada item de um dado produto, deve se considerar sua composição em termos de
matéria-prima e materiais secundários, além de mão-de-obra direta.
Exemplo: QUADRO DE COMPOSIÇÃO FÍSICA DE PRODUÇÃO
.
PROD. MP “W” MP “X” MP “Y” MP “Z” M.O.D (h)
A 2,0 0,9 1,6 2,0 1,5
B 1,2 2,1 1,6 0,9
C 1,2 1,1 2,6 0,8
D 1,3 2,7 0,2

• A determinação das quantidades de matérias-primas necessárias a produção é usualmente


responsabilidade do departamento de programação e controle da produção.
• O orçamento de produção, bem como a quantidade por tipo de produto a ser fabricada e as
informações técnicas ou estatísticas sobre o consumo passado constituem as informações básicas
para a determinação das quantidades de matérias-primas à produção.

b) Estabelecimento políticas de estocagem de matérias-primas


• A política de estoques é constituída de um conjunto de regras de decisão que permitem atender às
necessidades de consumo a um custo mínimo em termos de investimento em estoques.
• A política de estoques é fixada em função das necessidades de materiais estimados, e em
consonância com as conveniências de compras, a capacidade de estocagem da empresa, a
facilidade de obtenção do produto no mercado, os custos de estocagem e a natureza do item (em
termos de obsolescência física ou técnica).

c) Determinação do custo estimado das matérias-primas necessárias á produção.


• Estabelecido o orçamento de compras em quantidades, o passo seguinte consiste na sua
valorização, utilizando-se para isso dos preços estimados até o início do período atingido pelo
orçamento, corrigindo-se os mesmos com índices que são normalmente estabelecidos pelo
departamento de orçamentos e aprovados pela diretoria.
• Os custos de matérias-primas incluem o preço da matéria-prima menos os descontos obtidos e mais
as despesas de fretes e taxas de desembaraço alfandegário, quando for o caso.
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6. ORÇAMENTO DE MÃO DE OBRA DIRETA


Orçar a mão-de-obra direta significa:
• Estimar a quantidade de mão-de-obra direta que será necessária para cumprir o programa de
produção;
• Projetar a taxa horária que será utilizada;
• Calcular o custo total de mão-de-obra.
Este orçamento pode ser apresentado detalhando-se as quantidades e os valores de mão-de-obra
direta por produto, centro de custo e período de tempo.
Os custos com a MOD são representados pelos salários e encargos pagos aos trabalhadores ocupados
em operações produtivas.
Para a elaboração do Orçamento de MOD são utilizadas basicamente três informações:
• Número de unidades a serem produzidas (extraído do Orçamento de Produção);
• Número de horas de MOD que devem ser utilizadas na fabricação de uma unidade de cada produto;
• Taxa por hora: custo do salário médio acrescido dos encargos.

7. ORÇAMENTO DE CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO (CIF)


É um dos orçamentos mais complexos devido à dificuldade para correlacionar o montante de custos
indiretos aos volumes de produção.
Os custos indiretos de fabricação abrangem todos os custos fabris que não podem ser classificados
como Mão-de-Obra Direta e Matéria-Prima, e incorrem em nível de departamento ou de fábrica como
um todo.
Os CIFs compreendem os custos incorridos indiretamente, tais como materiais indiretos (combustíveis,
materiais de limpeza, etc.), mão-de-obra indireta empregada, depreciação, material de escritório e
assim por diante, e são alocados ao produto através de critérios de rateio do sistema de contabilidade
de custos da empresa.

8. ORÇAMENTO DE CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS


Os orçamentos discutidos anteriormente reúnem vários aspectos do processo produtivo, em termos de
unidades e valores. Com base naqueles orçamentos e no Orçamento da Movimentação dos Estoques
de Produtos Acabados, pode se elaborar o Orçamento dos Custos dos Produtos Vendidos.
O objetivo desse orçamento é, portanto, reunir todos os orçamentos da área de produção para se
chegar a uma estimativa do custo dos produtos vendidos. Esta estimativa será usada na Demonstração
do Resultado do Exercício.

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EXEMPLO 02:
ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO, COMPRAS,
MÃO DE OBRA E CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO

1. APRESENTAÇÃO
A seguir desenvolve-se o Exemplo da Empresa ALPHA, já iniciado no Orçamento de Vendas, ao qual
se referencia:

De posse do que se vai vender, é, então, necessário apurar o que se vai produzir. Para tanto é
necessário ter também as informações sobre os estoques. A Empresa ALPHA determinou que os
estoques finais de cada trimestre devessem ser iguais à metade das vendas do trimestre seguinte. Para
o último trimestre, determinou que fosse igual ao trimestre anterior.
O estoque inicial do produto A é de 750 unidades e do produto B é de 1.000 unidades.
Desta forma pode se orçar a produção em unidades.

Quadro 5: Orçamento de Produção em unidades


Produto A 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Estoque Final 500 500 750 750 750
(+)Vendas 1.500 1.000 1.000 1.500 5.000
(-)Estoque Inicial 750 500 500 750 750
(=)Produção 1.250 1.000 1.250 1.500 5.000

Produto B 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


Estoque Final 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000
(+)Vendas 2.000 2.000 2.000 2.000 8.000
(-)Estoque Inicial 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000
(=)Produção 2.000 2.000 2.000 2.000 8.000

Com o orçamento acima, já se sabe o quanto produzir por trimestre e por ano de cada produto. Deve-
se, agora, apurar os gastos de matérias-primas na produção. É necessário, portanto, conhecer o quanto
cada produto usa de matéria-prima na sua confecção.
Para fabricar A se gasta duas unidades da matéria-prima X e para fabricar B se gasta 3 unidades da
matéria-prima Y. Agora se pode orçar o consumo de matéria-prima multiplicando a produção pelas
quantidades componentes. Sabe-se também que o custo unitário de X é R$ 0,50 e de Y é R$ 0,30.
Assim tem-se:

Quadro 6: Composição de Matéria Prima


Matéria-prima Prod. A Prod. B Custo Unit.
X 2 0 0,50
Y 0 3 0,30

Quadro 7: Orçamento de Consumo de Matéria Prima (em unidades)


Matéria-prima 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
X 2.500 2.000 2.500 3.000 10.000
Y 6.000 6.000 6.000 6.000 24.000

De posse dos dados do consumo de matérias-primas, é necessário saber seu preço (já informado) e a
situação de seus estoques. No presente caso sabe-se que os estoques finais correspondem à metade
do consumo do trimestre seguinte e que o último trimestre é igual ao anterior, e ainda que o estoque
inicial de X é de 1.500 unidades e de Y é de 3.000 unidades, pode-se começar a orçar as compras.
Desta forma tem-se:

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Quadro 8: Orçamento de Compras de Matérias-Primas (unidades)
Matéria-prima X 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Estoque Final 1.000 1.250 1.500 1.500 1.500
(+) Consumo 2.500 2.000 2.500 3.000 10.000
(-) Estoque Inicial 1.500 1.000 1.250 1.500 1.500
(=) Compras 2.000 2.250 2.750 3.000 10.000
Custo unitário 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50
Compras em R$ 1.000 1.125 1.375 1.500 5.000

Matéria-prima Y 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


Estoque Final 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000
(+) Consumo 6.000 6.000 6.000 6.000 24.000
(-) Estoque Inicial 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000
(=) Compras 6.000 6.000 6.000 6.000 24.000
Custo unitário 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
Compras em R$ 1.800 1.800 1.800 1.800 7.200

TOTAL COMPRAS 2.800 2.925 3.175 3.300 12.200

Após orçar as matérias-primas, elabora-se o orçamento da mão-de-obra direta, que é o segundo


componente dos custos dos produtos vendidos. Para orçá-la é necessário calcular a quantidade de
hora/homens alocada diretamente na produção para confeccionar a quantidade de produtos projetados,
ou seja, é necessário apurar o tempo necessário para produzir cada peça.
Na linha de produção da empresa existem dois departamentos: Corte e Montagem. Tem-se que
determinar quanto se gasta de horas-homens (H/H) em cada departamento, para depois levantar o
custo. Inicialmente levantou-se que para produzir A no Departamento de Corte levar-se-ia 12 minutos
(0,20 da hora) e para produzir B levar-se-ia 30 minutos (0,5 da hora). No departamento de montagem
se gastaria 30 minutos para produzir cada produto. Apurado o custo do salário/hora encontra-se a R$
2,00 para cada produto em cada departamento. Agora pode se fazer o seguinte quadro:

Quadro 9: Composição de Mão de Obra Direta


Departamento MOD - Tempo Salário/H MOD R$
A B R$ A B
Corte 0,20 0,50 2,00 0,40 1,00
Montagem 0,50 0,50 2,00 1,00 1,00
Total 1,40 2,00

Em seguida faz-se o orçamento de mão-de-obra direta, primeiro elaborando o quadro de consumo de


horas trabalhadas e após o custo destas horas.
O primeiro quadro é o orçamento físico, obtido pela multiplicação do consumo de tempo pelas unidades
produzidas e então se tem:

Quadro 10: Orçamento Físico de Mão de Obra Direta (horas/homem)


Depto. Corte 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Produto A 250 200 250 300 1.000
Produto B 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000
Total 1.250 1.200 1.250 1.300 5.000

Depto. Montagem 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


Produto A 625 500 625 750 2.500
Produto B 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000
Total 1.625 1.500 1.625 1.750 6.500

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O segundo quadro é o orçamento do custo da Mão-de-obra:

Quadro 11: Orçamento Financeiro de Mão de Obra Direta (R$)


Depto. Corte 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Horas trabalhadas 1.250 1.200 1.250 1.300 5.000
Custo unitário 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
Custo Total 2.500 2.400 2.500 2.600 10.000

Depto. Montagem 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


Horas trabalhadas 1.625 1.500 1.625 1.750 6.500
Custo unitário 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
Custo Total 3.250 3.000 3.250 3.500 13.000

Total MOD 5.750 5.400 5.750 6.100 23.000

Parte-se então para o terceiro componente dos custos de produção, que são os custos indiretos de
fabricação. Estes custos são divididos em duas partes: Os custos fixos e os custos variáveis. Portanto,
para fazer este orçamento tem-se que conhecer o custo variável unitário, para multiplicá-lo pelas
unidades produzidas e obter-se a parte variável.
Sabe-se que este custo foi rateado pelos dois produtos, resultando R$ 0,50 para A e R$ 1,00 para B. A
parte fixa é considerada constante, de sorte que a previsão anual será dividida pelo número de
trimestres. Desta forma teremos:

Quadro 12: Orçamento de Custos Indiretos de Fabricação


Custos Variáveis 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Produto A 625 500 625 750 2.500
Produto B 2.000 2.000 2.000 2.000 8.000
Total Custos Variáveis 2.625 2.500 2.625 2.750 10.500

Custo Fixo 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


Depreciação 2.500 2.500 2.500 2.500 10.000
Taxas e seguros 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000
Salário de supervisores 1.500 1.500 1.500 1.500 6.000
Custo Fixo Total 5.000 5.000 5.000 5.000 20.000

Custo Indireto Total 7.625 7.500 7.625 7.750 30.500

Na maioria dos casos, o total dos custos fixos é informado. O trabalho é dividi-los pelos quatro
trimestres. Em seguida monta-se o orçamento de estoques finais, com as informações já existentes.

Quadro 13: Orçamento de Estoques Finais


MATÉRIA PRIMA
Descrição X Y Total Obs.
Estoque Final (unid) 1.500 3.000 (Quadro 8)
Custo unitário (R$) 0,50 0,30 (Quadro 6)
Estoque Final (R$) 750 900 1.650
PRODUTOS ACABADOS
Descrição A B Total Obs.
Estoque Final (unid) 750 1.000 (Quadro 5)
Custo unitário (R$) 2,90 3,90 (Quadro 14)
Estoque Final (R$) 2.175 3.900 6.075

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Quadro 14: Composição do Custo Unitário


Descrição Prod. A Prod. B Obs.
Matéria-Prima 1,00 0,90 A = 0,50 x 2 e B = 0,30 x 3
Mão-de-obra Direta 1,40 2,00 Quadro 9
Custos Variáveis Indiretos 0,50 1,00 Informação após quadro 11
Custo Variável Unitário 2,90 3,90

Com base nas apurações até aqui, se dispõe de dados para elaborar o orçamento dos custos dos
produtos vendidos. Isso se fará a seguir com os dados disponíveis no quadro auto-explicativo seguinte:

Quadro 15: Orçamento dos Custos dos Produtos Vendidos


Descrição R$ Obs.
Estoque Inicial de MP 1.650 (Balanço Patrimonial)
(+) Compras 12.200 (Quadro 8)
(=) MP disponível 13.850
(-) Estoque Final de MP 1.650 (Quadro 13)
(=) MP consumida na Prod. 12.200
(+) Custo da MOD 23.000 (Quadro 11)
(+) CIF Fixos 20.000 (Quadro 12)
(=) Custo de Produção Orçado 55.200
(+) Estoque Inicial Produtos Acabados 6.025 (Balanço Patrimonial)
(-) Estoque Final produtos acabados 6.075 (Quadro 13)
(=) Custo dos produtos vendidos 55.150

2. EXERCÍCIO 02: ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO, COMPRAS E ESTOQUES


Apoiado no Orçamento de Vendas do EXERCÍCIO 01 - ORÇAMENTO DE VENDAS, nos dados do
Exemplo 02, e considerando as orientações a seguir, desenvolva o Orçamento da Produção e suas
peças complementares.
Para fazer o Orçamento de Produção, considere o estoque inicial do produto A, de 850 unidades, e do
produto B de 1.100 unidades.

Quadro A.5: Orçamento de Produção em unidades


Produto A 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Estoque Final
(+) Vendas
(-) Estoque Inicial 850 850
(=) Produção

Produto B 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


Estoque Final
(+) Vendas
(-) Estoque Inicial 1.100 1.100
(=) Produção

Considere a composição dos produtos, segundo o Quadro A.4, no qual também já se destacam os
custos de cada matéria-prima. A seguir, pode se fazer o orçamento de consumo no Quadro A.5.

Quadro A.6: Composição de Matéria Prima


Matéria-prima Prod. A Prod. B Custo Unit.
X 2 0 0,55
Y 0 3 0,32

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Quadro A.7: Orçamento de Consumo de Matéria Prima (em unidades)


Matéria-prima 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
X
Y

Com base nos dados de consumo de matérias-primas e dos seus preços estimados, considerando que
os estoques finais devem corresponder à metade do consumo do trimestre seguinte e que o último
trimestre é igual ao anterior, e ainda considerando que o estoque inicial de X é de 1.650 unidades e de
Y é de 2.950 unidades, pede-se para orçar as compras:

Quadro A.8: Orçamento de Compras de Matérias-Primas (unidades)


Matéria-prima X 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Estoque Final
(+) Consumo
(-) Estoque Inicial 1.650 1.650
(=) Compras
Custo unitário
Compras em R$

Matéria-prima Y 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


Estoque Final
(+) Consumo
(-) Estoque Inicial 2.950 2.950
(=) Compras
Custo unitário
Compras em R$

TOTAL COMPRAS

No passo seguinte, deve se orçar a Mão de Obra Direta (MOD). Para isso, considere os dois
departamentos da linha de produção, ou seja: Corte e Montagem. No Departamento de Corte gastam-
se 15 minutos (0,25 da hora) para produzir A e 24 minutos (0,40 da hora) para produzir B. No
Departamento de Montagem são gastos 27 minutos para produzir cada um de ambos os produtos.O
custo do salário-hora é de R$ 2,25 para cada departamento.

Quadro A.9: Composição de Mão de Obra Direta


Departamento MOD - Tempo Salário/H MOD R$
A B R$ A B
Corte
Montagem
Total

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Quadro A.10: Orçamento Físico de Mão de Obra Direta (horas/homem)


Depto. Corte 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Produto A
Produto B
Total

Depto. Montagem 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


Produto A
Produto B
Total

Quadro A.11: Orçamento Financeiro de Mão de Obra Direta (R$)


Depto. Corte 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Horas trabalhadas
Custo unitário
Custo Total

Depto. Montagem 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


Horas trabalhadas
Custo unitário
Custo Total

Total MOD

O próximo orçamento a fazer, é o Orçamento dos Custos Indiretos de Fabricação. Para este orçamento,
considere os custos variáveis de R$ 0,55 para A e de R$ 1,10 para B. Para os custos fixos, considere a
acréscimo de 10% sobre os valores respectivos constantes do Quadro 12 do EXEMPLO 02.

Quadro A.12: Orçamento de Custos Indiretos de Fabricação


Custos Variáveis 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Produto A
Produto B
Total Custos Variáveis

Custo Fixo 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


Depreciação
Taxas e seguros
Salário de supervisores
Custo Fixo Total

Custo Indireto Total

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Agora pode se orçar os Estoques Finais, com base nos quadros anteriores indicados.

Quadro A.13: Orçamento de Estoques Finais


MATÉRIA PRIMA
Descrição X Y Total Obs.
Estoque Final (unid) (Quadro A.8)
Custo unitário (R$) (Quadro A.6)
Estoque Final (R$)
PRODUTOS ACABADOS
Descrição A B Total Obs.
Estoque Final (unid) (Quadro A.5)
Custo unitário (R$) (Quadro A.14)
Estoque Final (R$)

Quadro A.14: Composição do Custo Unitário


Descrição Prod. A Prod. B Obs.
Matéria-Prima A = 0,55 x 2 e B = 0,32 x 3
Mão-de-obra Direta Quadro A.9
Custos Variáveis Indiretos Quadro A.11
Custo Variável Unitário

Finalmente passa-se ao Orçamento dos Custos dos Produtos Vendidos, última peça dos orçamentos
de produção:

Quadro A.15: Orçamento dos Custos dos Produtos Vendidos


Descrição R$ Obs.
Estoque Inicial de MP (Balanço Patrimonial)
(+) Compras (Quadro A.8)
(=) MP disponível
(-) Estoque Final de MP (Quadro A.13)
(=) MP consumida na Prod.
(+) Custo da MOD (Quadro A.11)
(+) CIF Fixos (Quadro A.12)
(=) Custo de Produção Orçado
(+) Estoque Inicial Produtos Acabados (Balanço Patrimonial)
(-) Estoque Final produtos acabados (Quadro A.13)
(=) Custo dos produtos vendidos

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ORÇAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS

1. INTRODUÇÃO
O Orçamento de Despesas Operacionais é a peça do Orçamento Empresarial em que são orçadas
todas as despesas (e receitas) necessárias ao desenvolvimento das atividades operacionais e
acessórias da empresa, em um dado período.
Compreende os orçamentos das Despesas Comerciais ou Despesas com Vendas, das Despesas
Administrativas, de Despesas e Receitas Financeiras, e de Tributos.
O objetivo do Orçamento de Despesas Operacionais é prever as despesas necessárias para dar
suporte às operações e ao gerenciamento da empresa, especialmente no tocante à minimização de
gastos. Também visa fornecer informações para o Orçamento de Demonstração de Resultados e para o
Orçamento do Fluxo de Caixa.

2. ORÇAMENTO DE DESPESAS COMERCIAIS ou DE VENDAS


O Orçamento de Despesas Comerciais ou de Vendas compreende todos os gastos efetuados com
vendas e distribuição de produtos. Seus valores são formados, basicamente, pelas despesas com
pessoal, material de expediente, comissões sobre vendas, promoções e publicidades, despesas com
expedição, fretes e carretos, viagens, representações, etc.
Os valores serão influenciados pelo esforço de vendas. Isto é, serão maiores ou menores em função
dos esforços necessários para que as vendas previstas sejam realizadas.

3. ORÇAMENTO DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS


O Orçamento de Despesas Administrativas relaciona os gastos que incorrerão no plano geral de
operações, e de atividades relacionadas a todas as fases do negócio ou objeto social de uma empresa.
Inclui, portanto, as despesas necessárias à gestão das operações de uma empresa, como relativas ao
pessoal burocrático, viagens, telefone, fax, materiais de escritório, depreciações, seguros gerais, taxas,
energia elétrica geral, serviços prestados por terceiros, etc.

4. ORÇAMENTO DE DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS


As despesas financeiras decorrem das dívidas existentes, e dos contratos de empréstimos e
financiamentos assinados quando estas foram criadas. Sua projeção está sujeita às condições
percentuais de juros contratadas quando da assinatura dos contratos.
As despesas financeiras podem ser divididas em dois grupos, a saber:
Despesas Financeiras de Funcionamento: compreendem despesas de descontos, de cobranças, de
taxas de cadastros de contas bancárias, etc.;
Despesas Financeiras de Financiamento: decorrem de operações de financiamento para aquisição
de ativos fixos, e para reforço de capital de giro.
No orçamento das Receitas Financeiras são relacionadas todas as receitas decorrentes das aplicações
financeiras da empresa no mercado financeiro e de capitais, que são apuradas no Orçamento de Caixa.

5. ORÇAMENTO DE DESPESAS TRIBUTÁRIAS


Este orçamento compreende, além dos tributos incidentes sobre vendas estimados geralmente quando
do Orçamento de Vendas, outros impostos e taxas decorrentes dos resultados e de outras naturezas.
Esses outros impostos e taxas são:
IRPJ: Imposto de Renda de Pessoa Jurídica;
CSSL: Contribuição Social Sobre o Lucro;
IPTU: Imposto Predial e Territorial Urbano;
ITR: Imposto Territorial Rural;
IPVA: Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores;
Imposto Sindical;
Outros Impostos e Taxas.

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EXEMPLO 03: ORÇAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS

1. APRESENTAÇÃO
Continuando com a Empresa ALPHA, iniciada com as Demonstrações do Balanço Inicial, do Orçamento
de Vendas (EXEMPLO 01) e do Orçamento de Produção (EXEMPLO 02), elabora-se o Orçamento de
Despesas Operacionais, como mostra o Quadro 16.

Quadro 16: Orçamento de Despesas Administrativas e de Vendas


Despesas com vendas 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Salários 3.750 3.750 3.750 3.750 15.000
Propaganda 1.250 1.250 1.250 1.250 5.000
Total 5.000 5.000 5.000 5.000 20.000

Despesas Administrativas 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


Salários da Administração 4.500 4.500 4.500 4.500 18.000
Despesas fixas 250 250 250 250 1.000
Outras despesas 250 250 250 250 1.000
Total 5.000 5.000 5.000 5.000 20.000

Total das despesas 10.000 10.000 10.000 10.000 40.000

Nesse exemplo da Empresa ALPHA, como se pode notar, não há Despesas Financeiras e Tributárias,
por razões de simplificação.

2. EXERCÍCIO 03: ORÇAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS


Partindo do Quadro 14 (EXEMPLO O3), e das informações adicionais a seguir apresentadas, elabore o
Orçamento de Despesas Operacionais.
As informações adicionais a serem utilizadas na elaboração do orçamento, são:
Salários: previsão de acréscimo de 10%;
Propaganda: previsão de aumento de 8%;
Despesas Fixas e Outras Despesas: previsão de acréscimo de 12%;
Despesas Financeiras de Funcionamento: a estimativa é de 0,8% do valor das Vendas Totais;
Despesas Financeiras de Financiamento: estimar com base nas captações apuradas no Orçamento
do Fluxo de Caixa;
Despesas Tributárias Diversas: projetar esses tributos e taxas, usando a estimativa de 1,2% do
orçamento das vendas;
Para o IRPJ e a CSSL, orçar somente na Projeção do DRE.

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Quadro A.16: Orçamento de Despesas Administrativas e de Vendas


Despesas com Vendas 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Salários
Propaganda
Total

Despesas Administrativas 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


Salários da Administração
Despesas fixas
Outras despesas
Total

Despesas Financeiras 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


De Funcionamento
De Financiamento
Total

Despesas Tributárias 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total


Impostos e Taxas Diversas

Total

Total Desp. Operacionais

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ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS ou DE CAPITAL

1. INTRODUÇÃO
Neste orçamento se consideram os desembolsos previstos com aquisições de máquinas ou veículos,
construções, modificações e transformações que tenham caráter de melhoria ou reposição da
capacidade produtiva ou de prestação de serviços.
O orçamento anual de investimentos ou de capital deve ser visto, entretanto, como uma parte do
orçamento de capital de longo prazo. A proposta do orçamento anual de investimentos ou de capital é
fazer uma provisão, no orçamento corrente, para as despesas de capital planejadas para o um dado
período.
O orçamento de investimentos é estratégico para a empresa. Investimentos de curto prazo são
atividades operacionais para a empresa, como investimentos em manutenção, reformas internas,
pequenas obras, trocas de equipamentos de máquinas, etc. Quando há previsão de vendas de parte do
parque industrial, pode-se prever um orçamento de desinvestimento.

2. EXEMPLO 04: ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS


Após os orçamentos anteriores, orçam-se os valores destinados a aquisições para o Ativo Permanente,
que são os investimentos de capital. Os valores fornecidos referem-se aos valores a pagar pelos
investimentos a realizar. Os valores levantados pela Empresa ALPHA, foram:

Quadro 17: Orçamento de Investimentos


Descrição 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Ampliação do Edifício industrial 2.000 10.500 4.000 15.500 32.000
Máquinas 4.500 1.000 2500 8.000
Equipamentos 3.500 3.000 2500 9.000
Total 5.500 15.000 8.000 20.500 49.000

O orçamento de financiamento é estreitamente correlacionado com o orçamento de investimento. É nele


onde são alocados os recursos que subsidiarão os investimentos. Entre suas informações deverão
constar:
1. Fontes de recursos com respectivos montantes
2. Continuação da utilização das fontes atuais
3. Fontes alternativas

Dentre as fontes selecionadas, é necessário ter em mãos as seguintes informações:


• Tipo de financiamento e respectivas garantias;
• Indexadores;
• Taxas de juros e demais despesas financeiras;
• Impostos (IOF, IOC, IRRF, etc.);
• Prazos de carência e plano de amortizações.

No caso da Empresa ALPHA não houve financiamentos.

3. EXERCÍCIO 04: ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS


Fazer o orçamento de Investimentos, considerando: Reforma de Edificações = R$ 27.000,00
distribuídos ao longo do ano; Máquinas e Equipamentos = R$ 12.000,00 sendo 25% no 2º trimestre,
50% no 3º trimestre e o restante no 4º trimestre; Móveis de escritório = R$ 8.000,00 sendo 30% no 1º
trimestre, 25% no 2º trimestre; 35% no 3º trimestre e o restante no 4º trimestre.

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Quadro A. 17: Orçamento de Investimentos
Descrição 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Ampliação do Edifício industrial
Máquinas e equipamentos
Móveis de Escritório
Outros Investimentos
Total

Fazer o orçamento de financiamento de 65% dos Investimentos em Reforma de Edificações e em


Máquinas e Equipamentos, sendo liberados no mesmo trimestre do investimento (desembolso). Para
efeitos de despesas na Projeção dos Resultados (EXERCÍCIO 05), considerar a taxa de 2,7% a.t. A
liberação dos financiamentos e o pagamento das despesas financeiras (juros) também deverão serem
projetadas no Orçamento do Fluxo de Caixa (EXERCÍCIO 05).

Quadro A. 17a: Orçamento de Financiamentos


Descrição 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total
Investimentos e Reforma de Edificações
Máquinas e equipamentos

Total

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ORÇAMENTO FINANCEIRO

1. INTRODUÇÃO
Este orçamento é a conclusão do processo orçamentário, onde todas as peças orçamentárias são
reunidas dentro do formato das demonstrações contábeis básicas. Suas projeções são feitas em
grande parte, com a utilização de informações já elaboradas nas peças orçamentárias do Orçamento
Operacional.
O Orçamento Financeiro compreende as projeções das Demonstrações Contábeis. Essas
demonstrações permitem a análise e a avaliação dos impactos, que as metas planejadas pela
administração causarão sobre a situação patrimonial futura da empresa.
O Orçamento Financeiro é composto pelos Orçamentos de Caixa (Fluxo de Caixa), Projeção de
Resultados, e Projeção do Balanço Patrimonial. A seguir serão discutidos esses orçamentos.

2. ORÇAMENTO DE CAIXA ou FLUXO DE CAIXA


O Orçamento do Fluxo de Caixa consiste numa estimativa dos recebimentos e dos pagamentos de
caixa, provenientes dos níveis de atividades planejados e do uso dos recursos que foram considerados
nos vários orçamentos examinados.
Pela comparação antecipada de entradas e saídas de caixa, esse orçamento possibilita antecipar
qualquer superávit ou déficit e, conseqüentemente, tomar as medidas necessárias para aplicação de
sobras de caixa ou captações para cobertura de déficit.
Com base nos níveis de disponibilidades, o orçamento de caixa envolve-se somente com os fluxos de
caixa, excluindo-se, portanto, todas as despesas que não representam movimentação de caixa, como a
depreciação. Na prática, a determinação do nível de caixa que é necessário em qualquer ponto no
tempo pode não ser tão fácil. O dilema da administração de caixa situa-se no conflito liquidez x
rentabilidade.
O Orçamento de Caixa tem como objetivo fornecer:
• Projeções de Recebimentos;
• Projeções de Pagamentos;
• Necessidades de Financiamentos;
• Controle de Recursos Financeiros;
• Saldo mínimo de caixa e aplicação das “sobras”.
E ainda:
• Indicar a posição financeira provável em resultado das operações planejadas;
• Indicar o excesso ou a insuficiência de disponibilidades;
• Indicar a necessidade de empréstimos ou a disponibilidade de fundos para investimento temporário;
• Permitir a coordenação dos recursos financeiros em relação a capital de giro total, vendas,
investimentos e capital de terceiros;
• Estabelecer bases sólidas para a política de crédito;
• Estabelecer bases sólidas para o controle corrente da posição financeira.

3. PROJEÇÃO DE RESULTADOS
A projeção da Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) sintetiza e integra todos os orçamentos
operacionais, para, finalmente, apurar o resultado final (lucro ou prejuízo) da empresa. É uma das
projeções mais importantes, pois permite a avaliação de todo planejamento realizado, e decidir
antecipadamente por estratégias e medidas relacionadas para assegurar melhores resultados. Por meio
da DRE projetada pode se evitar ações que reduzam os resultados futuros, adiar outras decisões, etc.

FINANÇAS II Resumos 35 AUGUSTO FISCHER


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4. PROJEÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL


A projeção do Balanço Patrimonial demonstra a situação patrimonial da empresa em certo instante
futuro, que pode ser a do último dia do mês, do trimestre, do ano, ou de qualquer outro período de
projeção.
No balanço patrimonial são demonstrados os bens direitos e obrigações presentes no patrimônio da
empresa. Estes elementos patrimoniais são representados por contas cujos títulos ou nomes
evidenciam o que é representando; por exemplo: as contas caixa, clientes, fornecedores, capital social,
lucros acumulados, etc.
O saldo final das contas do Balanço Patrimonial Projetado pode ser calculado por estimativas ou por
cálculos. Pela técnica dos cálculos, apura-se o saldo pela soma do saldo inicial mais as entradas de um
dado período, e menos as saídas do mesmo período, por meio de um demonstrativo tipo razão.
Exemplo de movimentações:
Caixa: Saldo final = Saldo inicial + Recebimentos – Pagamentos.
Fornecedores a pagar: Saldo final = Saldo inicial + Novas Compras – Liquidações.
Aplicações Financeiras: Saldo final = Saldo inicial + Juros + Aplicações – Resgates.
Na elaboração do orçamento do balanço patrimonial, pode se usar a técnica em que os valores de
certas contas são estimados e outros são calculados

FINANÇAS II Resumos 36 AUGUSTO FISCHER


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EXEMPLO 05: ORÇAMENTO FINANCEIRO

1. APRESENTAÇÃO
Desenvolvidos os demais orçamentos operacionais e de investimentos, passa-se ao Orçamento
Financeiro da Empresa, compreendendo os Orçamentos de Fluxo de Caixa, Projeção de Resultados e
Projeção de Balanço.
Tomando por base o Balanço de Abertura da Empresa ALPHA, coletar-se-ão os dados dos Orçamentos
de Vendas (EXEMPLO 01), do Orçamento de Produção (EXEMPLO 02), do Orçamento das Despesas
Operacionais (EXEMPLO 03), do Orçamento de Investimentos (EXEMPLO 04), inicia-se o Orçamento
de Caixa.
Para elaborar o orçamento de caixa é necessário se ter em mãos algumas informações fundamentais.
No nosso caso, têm-se as seguintes informações:
• As vendas são recebidas 50% no trimestre e 50% no trimestre seguinte.
• Os custos de matéria-prima, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação são pagos no mês.
• Os custos fixos indiretos são pagos trimestralmente em parcelas iguais.
• As taxas não pagas, no montante de R$ 12.000,00 serão pagas trimestralmente em parcelas iguais
durante o ano.
• O saldo de fornecedores constante do Balanço não será quitado.
• As despesas de capital serão quitadas no mês.
De posse das informações acima, monta-se o quadro a seguir:

Quadro 18: Orçamento de Caixa


Descrição 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total 1º trim.

Saldo Inicial 5.325 12.900 10.825 12.275 5.325 B. P.


Entradas
Clientes 20.000 0 0 0 20.000 B. P.
Vendas a vista (50%) 22.250 19.500 19.500 22.250 83.500 Q.4
Vendas com 30 dd (50%) 0 22.250 19.500 19.500 61.250 Q.4
Total de Entradas 42.250 41.750 39.000 41.750 164.750
Caixa disponível 47.575 54.650 49.825 54.025 170.075
Saídas
Compras 2.800 2.925 3.175 3.300 12.200 Q. 8
Mão-de-Obra direta 5.750 5.400 5.750 6.100 23.000 Q. 11
Custos Indiretos Fabricação 7.625 7.500 7.625 7.750 30.500 Q. 12
(-) Depreciação 2.500 2.500 2.500 2.500 10.000 Q. 12
Desp. Adm e de Vendas 10.000 10.000 10.000 10.000 40.000 Q. 16
Investimentos 5.500 15.000 8.000 20.500 49.000 Q. 17
Taxas e Impostos 3.000 3.000 3.000 3.000 12.000 B. P.
Total de Saídas 34.675 43.825 37.550 50.650 166.700

Saldo final de caixa 12.900 10.825 12.275 3.375 3.375

Na seqüencia é feita a Projeção da Demonstração de Resultados do Exercício, e a Projeção do Balanço


Patrimonial:

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Quadro 19: Projeção da Demonstração de Resultados do Exercício

Descrição Valor Obs.


Vendas 167.000 (Quadro 4)
(-) Custo dos Prod. Vendidos 55.150 (Quadro 15)
(=) Resultado Bruto 111.850
(-) Desp. Operacionais 40.000 (Quadro 16)
(=) Lucro Operacional (LAIR) 71.850
(-) Imposto de Renda (40%) 24.540
(=) Lucro Líquido 47.310

Quadro 20: Projeção do Balanço Patrimonial


Ativo Valor Passivo Valor
Circulante 39.350 Circulante 29.540
Disponibilidades (Q. 18) 9.375 Fornecedores (B. P.) 5.000
Contas a Receber (Q. 18) 22.250 Impostos a pagar (Q. 19) 24.540
Estoques 7.725 Patrimônio Líquido 272.810
Matérias-Primas (Q. 13) 1.650 Capital (Balanço) 150.000
Produtos Acabados (Q. 13) 6.075 Reservas (Balanço) 60.000
Permanente 263.000 Lucros Acumulados (B. P.+ Q.19) 62.810
Imobilizado (B. P. + Q.17) 303.000
(-) Deprec. Acumulada (B. P. + Q.12) 40.000
Total do Ativo 302.350 Total do Passivo 302.350

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EXERCÍCIO 05: ORÇAMENTO FINANCEIRO

1. APRESENTAÇÃO
Baseado no Balanço de Abertura da Empresa ALPHA, nos dados dos Orçamentos de Vendas
(EXERCÍCIO 01), do Orçamento de Produção (EXERCÍCIO 02), do Orçamento das Despesas
Operacionais (EXERCÍCIO 03), do Orçamento de Investimentos (EXERCÍCIO 04), elaborar o
Orçamento de Caixa, considerando as seguintes informações:
• As vendas (deduzidos os descontos) são recebidas 55% no trimestre e 45% no trimestre seguinte.
• Os custos de matéria-prima, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação são pagos 67% no
trimestre e 33% no trimestre seguinte.
• As taxas não pagas, no montante de R$ 13.200,00 serão pagas trimestralmente em parcelas iguais
durante o ano.
• Os investimentos serão pagos no mês.
De posse das informações acima, monta-se o quadro a seguir:

Quadro A.18: Orçamento de Caixa


Descrição 1º trim. 2º trim. 3º trim. 4º trim. Total Obs.

Saldo Inicial B.P.


Entradas
Clientes B.P.
Vendas a vista (55%) Q. A.4
Vendas com 30 dd (40%)
Financiamentos Q. A.17a
Total de Entradas
Caixa disponível

Saídas
Impostos sobre Vendas Q. A.4a
Saldo de Fornecedores B.P.
Compras Q. A.8
Mão-de-Obra direta Q. A.11
Custos Indiretos Fabricação Q. A.12
(-) Depreciação Q. A.12
Desp. Adm e de Vendas Q. A.16
Investimentos Q. 17
Despesas Financeiras Totais Q. A.16
Instr. +
Taxas e Impostos + Desp.Trib. Q.A.16
Total de Saídas
Saldo final de caixa

Na sequência é feita a Projeção da Demonstração de Resultados do Exercício, e a Projeção do Balanço


Patrimonial:

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Quadro 19: Projeção da Demonstração de Resultados do Exercício


Descrição Valor Obs.
Receitas Totais (Q. A.4)
(-) Deduções de Receitas (Q. A.4a)
(=) Receitas Líquidas
(-) Custo dos Prod. Vendidos (Quadro A.15)
(=) Resultado Bruto
(-) Desp. Operacionais (Quadro A.16)
(=) Lucro Operacional (LAIR)
(-) Imposto de Renda (35%)
(=) Lucro Líquido

Quadro 20: Projeção do Balanço Patrimonial


Ativo Valor Passivo Valor
Circulante Circulante
Disponibilidades (Q. A.18) Fornecedores (Q. A.8)
Contas a Receber (Q. A.4(-)Desc.(-)Receb. M. O. D. (Q. A.11)
Estoques C. I. F. (Q. A.12)
Matérias-Primas (Q. A.13) Impostos a pagar (Q. A.19)
Produtos Acabados (Q. A.13) Exigível L. Prazo (Q. A.17a)
Permanente Patrimônio Líquido
Imobilizado (B.P. + Q.A.17) Capital (Balanço)
(-) Deprec. Acumulada (B.P. + Q.A.12) Reservas (Balanço)
Lucros Acumulados (B.P+ Q.A.19)
(+/-) Ajustes Patrimoniais
Total do Ativo Total do Passivo

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CONTROLE ORÇAMENTÁRIO

5. CONTROLE ORÇAMENTÁRIO
De nada adiantariam os esforços de orçamentação, se eles não fossem acompanhados e controlados.
Cada empresa verifica qual a melhor maneira de fazer os acompanhamentos e controles. Algumas
optam por periodicidade mensal, outras por bimestral, etc. Algumas dão ênfase aos custos de produção,
outras aos fatores de comercialização, e assim por diante.

A seguir demonstra, como pode se fazer os acompanhamentos:


Quadro 21: Acompanhamento Orçamentário

Descrição Mensal Acumulado


Realizado Orçado Dif. % Realizado Orçado Dif. %

Receitas

Despesas

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