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PRINCÍPIOS DA ANTIBIOTICOTERAPIA EM MEDICI-

NA VETERINÁRIA

Isabel Cristina Alves dos Santos²


Raimundo Vicente de Sousa¹
Gilcinéa de Cássia Santana¹

1 – INTRODUÇÃO

Os antibióticos são substâncias químicas produzidas por microorga-


nismos (fungos, bactérias, actinomicetos). Essas substâncias são capazes de
destruir ou impedir o crescimento dos microorganismos patogênicos.
O uso de antibióticos para o tratamento de doenças é mais antigo do
que se pensa. Os chineses já conheciam, há mais de 2.500 anos, os benefícios
do uso da casca de soja mofada em furúnculos, abscessos e infecções simila-
res. Existem vários relatos médicos que descrevem o tratamento padrão para
algumas infecções, como, por exemplo, o uso de terra e plantas, os quais
provavelmente teriam a presença de microorganismos.

1. Professores do Departamento de Medicina Veterinária da UNIVERSIDADE


FEDERAL DE LAVRAS(UFLA) Caixa Postal 37, 37.200-000 – Lavras – MG.
2. Médica Veterinária
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Atualmente se tem conhecimento de várias drogas sintéticas que pos-


suem efeito similar ao dos antibióticos. A cada dia que passa, substâncias
novas, destinadas ao uso como antimicrobianos, são lançadas no mercado e,
apesar do esforço que se tem feito no sentido de descrever a farmacologia
dessas drogas, muitas informações não estão disponíveis. Grande parte das
informações encontradas na literatura são conflitantes, mas há um consenso
quando se credita a crescente necessidade do desenvolvimento de novas dro-
gas à má utilização das já existentes. O mau uso, vale ressaltar, está intima-
mente relacionado à falta de informação das pessoas que utilizam as substân-
cias antimicrobianas na prática clínica.
Com este trabalho objetivou-se fornecer alguns subsídios para estu-
dantes de graduação e para os profissionais que atuam nas diversas áreas da
veterinária, bem como naquelas áreas ligadas à produção animal.

2 - CONCEITOS BÁSICOS COM RELAÇÃO AOS


ANTIMICROBIANOS

2.1. Quimioterápicos

Denominam-se quimioterápicos as drogas usadas na terapia antimi-


crobiana, as quais são produzidas quimicamente em laboratórios ou extraídas
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de plantas. Porém, o conceito de quimioterapia é mais abrangente e se esten-


de também ao tratamento de neoplasias.
As sulfonamidas, trimetoprim, ácido nalidíxico, ácido pipemídico, ni-
trofuranos e amprólio são exemplos dos principais quimioterápicos usados
em medicina veterinária.

2.2. Antibióticos

Denominam-se antibióticos as drogas usadas para o mesmo fim dos


quimioterápicos, porém, produzidas por microrganismos ou seus equivalen-
tes sintéticos, que têm a capacidade de, em pequenas doses, inibir o cresci-
mento ou destruir os microrganismos.
Penicilinas, cefalosporinas e tetraciclinas são exemplos dos principais
antibióticos usados em medicina veterinária.

2.3 Drogas bactericidas

As drogas bactericidas são capazes de provocar a morte do agente


infeccioso, independentemente do estado imunológico do organismo e, por
isso, são indicadas com mais freqüência. Exemplos:
• Aminoglicosídios

• Quinolonas
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• Polimixinas

• Penicilinas

• Cefalosporinas

• Bacitracina

• Rinfamicina

2.4 Drogas bacteriostáticas

As drogas bacteriostáticas não eliminam o agente etiológico, apenas


o inibem, não permitindo a evolução do estado infeccioso. A eliminação do
microrganismo depende da competência da defesa do organismo doente,
devendo, portanto, estar o animal em condições imunológicas perfeitas.
Exemplos de drogas bacteriostáticas:
• Sulfonamidas

• Macrolídeo

• Trimetoprim

• Lincomicina / Clindamicina

• Cloranfenicol

• Ácido Pipemídico / Ácido Nalidíxico


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• Tetraciclina

• Nitrofurantoína

2.5 Bactérias Gram positivas X Gram negativas

A denominação de Gram-negativo e Gram-positivo se deve ao tipo


de coloração usada. As bactérias Gram-positivas se coram de azul-violeta
pela coloração de Gram, ao passo que as bactérias Gram-negativas só se
coram de rosa-avermelhado pela fucsina.
As bactérias Gram-positivas possuem maior quantidade de peptidio-
glicano, um composto polimérico que forma uma estrutura rígida ao redor da
membrana citoplasmática. Apesar disso, a parede das células Gram-negativas
é quimicamente mais complexa. As paredes dos organismos Gram-positivos
possuem menor quantidade de aminoácido.
O conteúdo lipídico das bactérias Gram-negativas é consideravel-
mente maior que o dos organismos Gram-positivos. Um constituinte da
parede celular da bactéria Gram-negativa, o lipopolissacarídeo, determina a
antigenicidade, a toxicidade e a patogenicidade desses microrganismos.
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3 - CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS SEGUNDO OS SEUS


MECANISMOS DE AÇÃO

3.1 Drogas que atuam inibindo a síntese da parede microbiana

As bactérias, leveduras e plantas apresentam um envoltório externo à


membrana citoplasmática denominado parede celular. Bactérias desprovidas
de parede celular sofrem lise osmótica, portando, é vital a presença dessa
estrutura. As drogas que impedem a formação da parede microbiana causam
a morte da bactéria. Exemplos:

Antibióticos Beta-lactâmicos

a) Penicilinas naturais

b) Penicilinas semi-sintéticas

c) Cefalosporinas

Antibióticos Não Beta-lactâmicos

a) Bacitracina

b) Vancomicina

c) Cicloserina
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3.2 Drogas que Interferem nas Atividades Vitais dos Microrga-


nismos

As drogas que atuam na membrana citoplasmática interferem na ati-


vidade microbiana. A membrana citoplasmática possui uma permeabilidade
seletiva; caso haja alterações físico-químicas nessa membrana, a saída e a
entrada de elementos vitais à célula estarão comprometidas, podendo levar à
morte bacteriana. Exemplos dessas drogas:
• Polimixina

• Anfotericina

• Nistatina

• Colistina

3.3 Drogas que interferem na síntese de proteína.

As drogas que interferem na síntese de proteínas o fazem de forma


reversível ou irreversível, conforme se observa abaixo:
A) Atuação irreversível: As drogas que atuam irreversivelmente pos-
suem efeito bactericida, pois fazem com que a codificação da proteína acon-
teça de maneira anormal, formando-se proteínas anômalas. Exemplos de al-
gumas drogas que atuam dessa forma:
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a) Estreptomicina

b) Gentamicina

c) Canamicina

d) Neomicina

e) Rifocina

B) Atuação reversível: As drogas que atuam dessa forma interferem


em uma das fases da síntese protéica, secundariamente às atividades de cres-
cimento microbiano, como a formação de peptídeos com atividade enzimáti-
ca. Possuem efeito bacteriostático. Exemplos de drogas que atuam dessa
maneira:
a) Cloranfenicol

b) Tetraciclinas

c) Macrolideos (eritromicina, espiramicina e etc.)

3.4 Drogas que Interferem na Duplicação do Cromossomo


(DNA)

O DNA cromossômico é formado por duas cadeias de nucleotídeos.


Na divisão celular, as cadeias separam-se e uma nova cadeia complementar e
formada a cada uma das antigas. Existem várias drogas que impedem a du-
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plicação cromossômica, porém, somente algumas não apresentam toxicidade


à célula animal. As mais usadas comercialmente são:
• Quinolonas

• Novobiocina

• Grisiofulvina

4 - PRINCÍPIOS A SEREM SEGUIDOS PARA O USO DE


ANTIBIÓTICOS

O uso clínico de antibióticos exige o conhecimento de uma série de


noções básicas e princípios gerais que permitam o seu emprego racional e a
obtenção dos resultados satisfatórios. Alguns desses princípios são:
a) Indicação específica.

b) Ser tão precoce quanto possível

c) Conhecimento do espectro antimicrobiano e mecanismo de ação.

d) Posologia adequada às necessidades.

e) Controle bacteriológico rígido.

f) Associação antibiótica somente quando necessária.

g) Terapia antibiótica dirigida.


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h) Tratamento local somente com antibióticos tópicos.

i) Análise crítica dos critérios de seleção.

5 - CRITÉRIOS NA ESCOLHA DO ANTIBIÓTICO

Existem vários tipos de antibióticos, cada um com uma atividade es-


pecífica. Para que a droga usada tenha a eficácia que se pretende, é necessá-
rio conhecimento de alguns critérios. Os principais pontos a serem seguidos
são:
a) Conhecimento do agente etiológico.

b) Boa tolerância pelo animal, não possuindo efeito imunodepressor.

c) Ação e efeito antimicrobiano seletivo.

d) Manutenção dos seus efeitos bactericidas, sem chances para a

bactéria desenvolver resistência.

e) Amplo espectro de ação do antibiótico.

f) Sensibilidade do microrganismo à droga. (Pode-se usar o Antibio-

grama para se obter essa informação).

g) Atoxidade para o organismo animal.

h) Ação bactericida preferencialmente.


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i) Alta concentração da droga no local da infecção.

j) Ser excretado ou metabolizado regularmente pelo organismo.

l) Baixo custo de produção e facilidade de aquisição.

6 - CAUSAS DE INSUCESSO TERAPÊUTICO

Quando o tratamento não é bem sucedido, as possíveis causas que


podem ser apontadas são:
a) Indicação incorreta - quando o antibiótico não possui ação efetiva

sobre o agente causador da doença.

b) Antibiótico ineficaz - em certos casos, parece que os microrganis-

mos da flora normal inibem a ação do antibiótico, não permitindo que esse

atue de maneira específica sobre o microrganismo responsável pela infecção.

c) Dosagem imprópria o que pode Induzir à resistência bacteriana.

d) Imunossupressão do organismo doente - o antibiótico e o hospe-

deiro agem em resposta conjunta contra o patógeno.

e) Mudança do agente etiológico.


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f) Presença de corpos estranhos, como pontos de sutura, fragmentos

ósseos e outros objetos sujeitos a infecções localizadas. Esses corpos estra-

nhos podem predispor a focos de bacteremia, tornando o tratamento mais

difícil.

g) Nas infecções circunscritas como abcessos pulmonares, abcessos

intra-abdominais e piometra, só se chega ao sucesso terapêutico após a dre-

nagem dos mesmos.

h) Quando o pH do local não é adequado para a ação do antibiótico.

Em locais onde há processos inflamatórios e nas infecções urinárias, em que,

dependendo da espécie animal, o pH prejudica a ação dos antibióticos. Mui-

tos antibióticos funcionam melhor em meio alcalino ou neutro, o que corres-

ponde aos valores de pH urinário dos herbívoros, ao passo que os carnívo-

ros possuem um pH urinário ácido, atuando de forma contrária.


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7 - DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS ANTIMICROBIANOS

7.1 Antibióticos - Beta Lactâmicos

A) Penicilina: Descoberta por Fleming em 1929, foi o primeiro anti-


biótico a ser usado. A penicilina natural é obtida por fermentação do fungo
Penicilium e até hoje permanece como um excelente antimicrobiano frente a
inúmeras infecções. A partir do momento em que se descobriu o seu núcleo
central, uma série de derivados foi obtida em laboratório, constituindo o gru-
po das penicilinas semi-sintéticas.
As penicilinas interferem na síntese da parede celular. A não-
formação da parede celular implica na perda da integridade celular e a sua
conseqüente ruptura leva a bactéria à morte. Efeito tipicamente bactericida.
Os microrganismos Gram-positivos são mais sensíveis a esse grupo de anti-
bióticos.
Os sais de penicilina, como a Penicilina G procaínica, possuem absor-
ção e excreção lenta, assegurando 12 ou 24h, pelo menos, de níveis plasmá-
ticos desejáveis. Raramente o antibiótico atinge o cérebro. A excreção é
essencialmente renal, mas pode-se encontrar pequena quantidade na bile e
fezes.
De acordo com seu mecanismo de ação, a sua toxicidade é baixa para
as células animais. Reações alérgicas e anafiláticas podem surgir em cães e
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cavalos principalmente, sendo raras em ruminantes. Pela figura 1 pode-se ver


a estrutura básica das penicilinas.
As penicilinas são classificadas em:
a) Penicilina G cristalina

b) Penicilina G procaínica

c) Penicilina G benzatinica

d) Penicilina semi-sintética

e) Penicilina V

FIGURA 1 – Estrutura quínica primária da penicilina

• PENICILINA G CRISTALINA - Curta duração

O seu uso se restringe a doenças graves, que exigem doses altas de


penicilina e uso contínuo, como no controle das mastites bovinas estafilocó-
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cicas e estreptocócicas (não produtoras de penicilinase), cistites e pielonefri-


tes causadas pelo Corynebacterium renale, etc.
A via intramuscular para a penicilina G cristalina não é muito acon-
selhável por ser fortemente dolorosa.

• PENICILINA G PROCAÍNICA

É indicada no tratamento de infecções de moderada ou de pequena


gravidade, causadas por germes sensíveis à penicilina como, actinomicose,
listeriose, pneumonias, faringites, difteria, otites, abcessos e na profilaxia do
tétano.

• PENICILINA G BENZATÍNICA

É de uso exclusivamente intramuscular, sendo lentamente absorvida


e só atinge níveis séricos eficientes oito horas após a aplicação e mantendo-
se até por cerca de 7 a 10 dias em baixos níveis. Indicada nas faringites,
broncopneumonias, pneumonias e como complementação terapêutica do
tratamento de certas doenças, em que se empregam penicilinas de absorção
mais rápida.
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• PENICILINAS SEMI-SINTÉTICAS

Produzidas em laboratório pela adição de diferentes radicais à estru-


tura original das penicilinas naturais. São divididas em três grupos: penicili-
nas semi-sintéticas antiestafilocócicas, as de amplo espectro e as de curto
espectro.
B) Penicilinas Antiestafilocócicas
São resistentes às betalactamases (penicilinases), sendo utilizadas no
tratamento de infecções por estafilococos produtores de penicilinase; por-
tanto, são resistentes à penicilina. Exemplos:
• Oxacilina

• Cloxacilina

• Dicloxacilina

C) Penicilinas de amplo espectro


Distribuem-se bem por todo organismo, inclusive no líquor, placenta
e feto. Sua eliminação se dá por via urinária em níveis elevados. É inativa
para estafilococos produtores de betalactamase. Exemplos:
• Ampicilina

• Amoxicilina

• Hetacilina
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D) Penicilina V
Quimicamente, a penicilina V é a fenoximetil-penicilina, e a principal
diferença em relação à penicilina G é de natureza farmacocinética, pois é
resistente ao pH estomacal, podendo ser administrada por via oral. É ativa
sobre microrganismos Gram positivos, cocos Gram negativos e espiroquetas.
Diferentemente da penicilina G, não tem ação sobre bacilos Gram negativos,
com exceção de cepas do Haemophilus. É inativada pela enzima betalacta-
mase.

7.2 CEFALOSPORINAS

As cefalosporinas são antibióticos enquadrados dentro do conceito de


drogas betalactâmicas, pois possuem similaridade estrutural com as penicili-
nas. A cefalosporina C é extraída de um fungo do gênero Cephalosporium e
foi, a partir dela, que se deu origem aos vários outros antibióticos que per-
tencem a esse grupo. Elas foram introduzidas na década de 1950, pelo fato
de as penicilinas não serem mais efetivas contra estafilococos. São classifica-
das em celalosporinas de 1a, 2a e 3a geração. Pela Figura 2 pode-se verificar a
estrutura química das cefalosporinas.
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FIGURA 2 – Estrutura química primária das cefalosporinas

• CEFALOSPORINAS DE PRIMEIRA GERAÇÃO:

Apresentam estreito espectro de ação antimicrobiana, atuam sobre


bactérias Gram-positivas e são ativas contra estafilococcus produtores de
penicilinase. Na Figura 3 pode-se ver os radicais substituintes para a forma-
ção da cefalotina. São exemplos de cefalosporinas de primeira geração:
a) cefadroxil

b) cefazolina

c) cefapirina

d) cefradina
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e) cefalexina

f) cefalotina

FIGURA 3 – Radicais para a formação da cefalotina

• CEFALOSPORINAS DE SEGUNDA GERAÇÃO:

São um pouco menos ativas do que as de primeira geração contra


bactérias Gram-positivas; porém, têm maior atividade contra bactérias enté-
ricas Gram-negativas. Exemplos:
a) cefamandol

b) cefoxitina

c) cefaclor

• CEFALOSPORINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO

Possuem o maior espectro de ação contra bactérias Gram-negativas,


inclusive apresentando certa estabilidade na presença de penicilinase, porém
são menos ativas contra bactérias Gram-positivas. Exemplos:
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a) cefotaxima

b) moxalactama

c) cefoperazona

d) ceftriaxona

e) ceftazidima

A vantagem das cefalosporinas em medicina veterinária é sua ativida-


de bactericida contra cocos Gram-positivos e bacilos Gram-negativos, que
são clinicamente importantes. Essas drogas também estão livres de proprie-
dades tóxicas, porém, o custo limita sua ampla utilização, principalmente
para animais de produção.
Apenas quatro cefalosporinas são eficientemente absorvidas após
administração oral: cefalexina, cefadroxil, cefradina e cefaclor. A administra-
ção parenteral é pelas vias intramuscular ou endovenosa, as quais são prefe-
ridas porque minimizam a freqüência de dor e irritação no local da injeção.
As cefalosporinas são primariamente excretadas pelo rim e, como a
maioria das drogas, no caso de insuficiência renal, a dose deve ser reduzida.
Uma exceção é a cefoperazona, a qual é primariamente eliminada na bile.
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7.3 SULFONAMIDAS

São agentes antimicrobianos, bacteriostáticos e em altas concentra-


ções possuem efeito bactericida, mas nessas condições, podem causar graves
reações adversas ao hospedeiro. São muito difundidas na medicina veteriná-
ria. Inibem o crescimento bacteriano, interferindo na utilização do ácido p-
aminobenzóico (PABA) por parte dos microrganismos.
De uma maneira geral, apresentam grande espectro de ação, atingin-
do bactérias Gram-positivas e negativas, mas existem microrganismos que
não requerem ácido fólico para o crescimento ou podem usar o ácido fólico
pré-formado, e esses são, portanto, resistentes às sulfonamidas.
As sulfonamidas são classificadas de acordo com suas características
farmacocinéticas como se segue:

• SULFONAMIDAS SISTÊMICAS

São sulfas que quando administradas irão agir no organismo animal


de uma maneira generalizada e não local. São divididas em:
A) Sulfas de ação curta: sulfisoxazol, sulfametizol, sulfaclorpiridazi-
na, sulfadiazina, sulfacetamida, sulfamerazina, sulfametazina.
B) Sulfas de ação intermediária: sulfametoxazol, sulfafenazol.
C) Sulfas de ação Longa: sulfametoxipiridazina, sulfadimetoxina,
sulfadoxina, sulfametildiazina, sulfametoxipirazina.
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• SULFONAMIDAS PARA USO ORAL E AÇÃO INTESTINAL

As que drogas citadas a seguir atuam n aluz do intestino quando ad-


ministradas por via oral, sendo elas: sulfaguanidina, ftalilsulfatiazol, succi-
nilsulfatiazol, ftalilsulfacetamida, salicilazosulfapiridina, nitrosulfadiazol.

• SULFONAMIDAS DE USO TÓPICO

O Sulfisoxazol e a sulfacetamida são destinadas ao uso tópico.


Com exceção daquelas sulfonamidas preparadas para atuarem local-
mente, como as sulfas de ação entérica, que não são absorvidas, a adminis-
tração oral das sulfas resulta em absorção, podendo a taxa de absorção variar
enormemente entre elas, dependendo do tipo de sulfa utilizada. Outro fator
fundamental a se considerar, com relação à taxa de absorção, é a espécie
animal. Assim, as aves são os animais que mais rapidamente absorvem esse
quimioterápico, seguindo-se os cães e gatos. Os eqüinos e suínos colocam-
se numa posição intermediária e os ruminantes apresentam lenta absorção. A
privação de água e a estase ruminal diminuem a absorção, enquanto o exer-
cício aumenta.
A absorção das sulfas em locais como o útero, glândula mamária e
pele lesada, de uma maneira geral, é pequena, entretanto, pode ser suficiente
para produzir toxicidade em animais sensíveis.
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As sulfas distribuem-se por todos os tecidos, atravessando inclusive a


barreira hematoencefálica e placentária.
Após a absorção, distribuição e, em alguns casos, transformação me-
tabólica, as sulfonamidas são eliminadas na urina, fezes, bile, suor e lágrimas.
Entretanto, o rim está primariamente envolvido na excreção dessas drogas.
A cristalização das sulfonamidas nos túbulos renais pode ocorrer
quando há concentração da droga dentro dos líquidos tubulares e o pH da
urina diminuir. Essa cristalúria, precipitação de metabólitos acetilados na
urina, pode ser evitada mediante a ingestão de quantidade abundante de
água e manutenção da urina alcalina. Existe maior probabilidade de ocorrer
em carnívoros, em razão da natureza ácida da urina. O uso de preparações
hidrossolúveis também diminui sua incidência.

7.4 TRIMETOPRIM

A descoberta dessa substância proporcionou a possibilidade de cura


para diversas infecções, pois, em associação com a sulfa, sua ação torna-se
muito eficaz.
O trimetoprim atua inibindo uma enzima responsável pela obtenção
do ácido tetraidofólico. Possui uma grande afinidade somente com enzima
bacteriana, sendo, assim, um quimioterápico bastante seguro.
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Há um vantajoso efeito sinérgico na associação de sulfa com trimeto-


prim, pois esses medicamentos atuam em etapas diferentes na formação do
ácido tetraidofólico. Outra vantagem dessa associação é a menor incidência
de resistência bacteriana; além disso, ao contrário do uso isolado de qualquer
um desses quimioterápicos, a associação de sulfa e trimetoprim possui efeito
bactericida de amplo espectro. A mais comumente encontrada é trimetoprim
com sulfametoxazol.
Nas infecções urinárias, não há nenhum sinergismo entre as duas
drogas, devendo-se administrar trimetoprim isolado.
O trimetoprim sofre absorção total no trato gastrointestinal, distri-
bui-se amplamente pelos tecidos e líquidos corporais (atinge altas concentra-
ções nos pulmões, nos rins e no líquido cefaloraquidiano). Como o trimeto-
prim é uma base fraca, sua eliminação pelos rins aumenta com a dimuição do
pH urinário.

7.5 TETRACICLINAS

São classificadas como antibiótico de largo espectro de ação antimi-


crobiana. Atuam sobre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, Clamí-
dias, Riquétsias e até sobre alguns protozoários.
As tetraciclinas inibem a síntese protéica dos microrganismos sensíveis,
ligando-se aos ribossomas e impedindo a fixação do RNA transportador.
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A grande maioria das tetraciclinas é absorvida por via oral; porém,


muitos fatores interferem nessa via de administração, comprometendo a bio-
disponibilidade do antibiótico. O local onde ocorre a absorção é o intestino
delgado, e uma pequena quantidade pode ser captada pela mucosa estoma-
cal de monogástricos. A administração oral com alimentos derivados do leite,
preparações vitamínicas, antiácidos e catárticos diminui a absorção da maio-
ria das tetraciclinas, em virtude da formação de sais insolúveis.
Após a absorção, as tetraciclinas distribuem-se amplamente pelo or-
ganismo, atingindo concentrações significativas na pele, pulmão, rins, músculos,
fígado, globo ocular e líquidos orgânicos, podendo difundir-se pela placenta. A
barreira hematoencefálica não é atravessada de maneira significativa.
A administração intramuscular é irritante, não sendo adequada, em-
bora o cloridrato de oxitetraciclina seja indicado para a aplicação parenteral.
Todas as tetraciclinas, exceto a minociclina e a doxiciclina, são ex-
cretadas na sua forma ativa pela urina, ou em menor proporção pela bile.
As tetraciclinas causam irritação tecidual. Esse efeito pode provocar
manifestações gastrointestinais (náuseas, vômitos e diarréias), quando admi-
nistrados por via oral. Em razão da ligação com o cálcio, podem provocar
arritmias cardíacas e deposição em tecido ósseo e dentes; por isso, evita-se a
administração de tetraciclinas em animais jovens ou em fase de crescimento,
e em fêmeas gestantes. A figura 4 mostra a estrutura química básica das te-
traciclinas.
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FIGURA 4 – Estrutura química principal das Tetraciclinas

6.6 CLORANFENICOL

É considerado um antibiótico de largo espectro de ação, atuando so-


bre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, riquétsias, espiroquetas e
micoplasma.
O cloranfenicol inibe a síntese protéica das células bacterianas, sem,
contudo, deixar de interferir nas células da medula óssea dos mamíferos,
apresentando, assim, alta toxicidade.
É administrado preferencialmente pela via oral, porém, nos ruminan-
tes, é inativado pela flora ruminal. A via parenteral pode ser utilizada quando
a droga se apresentar na forma de succinato monosódico. Aparece na maio-
ria dos tecidos dentro de meia a uma hora após a administração oral. Atinge
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as maiores concentrações no fígado, na bile e nos rins e penetra rapida-


mente nos tecidos do olho, apresentando grande eficiência em infecções
oculares. O cloranfenicol difunde-se nos líquidos cerebroespinhal e pleural,
atravessando também a placenta.
A biotransformação ocorre no fígado, sofrendo conjugação com o
ácido glicurônico, para, posteriormente, ser excretado pelos rins, e uma parte
considerável é eliminada na forma ativa pela urina.
O cloranfenicol não está aprovado pelo FDA (Food and Drug Admi-
nistration), uma organização americana responsável pela fiscalização de ali-
mentos e medicamentos. O FDA não liberou o cloranfenicol para uso em
animais produtores de alimento, em razão de sua tendência em produzir
anemia aplásica em determinadas pessoas susceptíveis.
A recomendação veterinária para o cloranfenicol na Grã-Bretanha
tem-se restringido ao uso oftálmico e ao tratamento sistêmico de grandes e
pequenos animais, uma vez que estudos laboratoriais e clínicos mostraram
não existir outro antibiótico que pudesse ser efetivo. ( British Veterinary
Association 1976). Nos Estados Unidos, nunca foi permitido o uso de clo-
ranfenicol para animais de produção. Na Austrália, não é permitida nenhuma
quantidade de resíduos de cloranfenicol no alimento. Sendo, então, proibido
qualquer tipo de administração nos animais de produção. O cavalo tem sido
recentemente incluído como animal de produção e, conseqüentemente, o uso
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de cloranfenicol oftálmico ou sistêmico não é permitido nessa espécie na


Austrália.
Recentemente lançou-se no mercado uma nova molécula derivada do
tiafenicol, o Florfenicol, que possui maior espectro de ação pela substituição
do grupo hidroxila do carbono 3, por um átomo de flúor, e com maior segu-
rança por causa da substituição do grupo para nitro por um radical metil-
sulfonil, diminuindo a possibilidade do aparecimento de anemia aplásica.
Recentemente o Ministério da Agricultura proibiu a utilização do clo-
ranfenicol em animais de produção no Brasil, em virtude do potencial de
toxicidade dos resíduos presentes nos produtos destinados ao consumo hu-
mano. O mesmo órgão veio, mais recentemente, proibir a utilização também
em eqüinos e determinar o recolhimento de todos os produtos à base de cola-
ranfenicol das prateleiras das lojas de produtos veterinários. A Figura 5
mostra a estrutura do cloranfenicol.

FIGURA 5 – Estrutura química do cloranfenicol


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7.7 AMINOGLICOSÍDIOS

Os aminoglicosídeos formam um importante grupo de antibióticos,


dos quais se destacam a estreptomicina, gentamicina, amicacina, tobramici-
na, sisomicina, canamicina, neomicina e netimicina. São bactericidas, agem
interferindo na síntese protéica bacteriana, promovendo a formação de pro-
teínas defeituosas. São ativos contra bastonetes Gram-negativos, principal-
mente enterobacteriáceas, Pseudomonas e Serratia.
A absorção dos aminoglicosídios no trato digestivo é desprezível; po-
rém, são ativos na luz intestinal, quando administrados por via oral. Por essa
razão, são administrados por vias parenterais para o tratamento de infec-
ções sistêmicas. Distribuem-se bem pelos tecidos, a partir do local da inje-
ção. Cátions como Ca+2 e o Mg+2, e o meio anaeróbio, impedem a penetra-
ção do aminoglicosídio na célula bacteriana, impedindo sua ação.
A excreção renal é feita por filtração glomerular, eliminando o agente
na sua forma ativa. A ocorrência de nefropatia pode provocar níveis altos de
aminoglicosídios na circulação, favorecendo a toxicidade.
Os efeitos tóxicos mais comuns desses antibióticos são a nefrotoxici-
dade e a ototoxicidade. A figura 6 mostra a estrutura principal da estrepto-
micina.
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FIGURA 6 – Estrutura química principal do sulfato de gentamicina e seus


radicais.

7.8 MACROLÍDIOS

Os antibióticos macrolídios são caracterizados pela presença de um


anel lactona macrocíclico em sua estrutura química e apresentam um espec-
tro de ação limitado. Em medicina veterinária, os principais macrolídios de
aplicação terapêutica são a eritromicina, tilosina, espiramicina e o tiamulim.
São ativos contra bactérias Gram-positivas e micoplasma, e possuem
boa atividade contra bactérias anaeróbias. Agem impedindo a síntese protéi-
ca, sendo bacteriostáticos.
Os macrolídios são bastante lipossolúveis, atravessando as barreiras
celulares com facilidade. São bem absorvidos, quando administrados por via
oral, biotransformados no fígado e parte pode ser eliminada de forma íntegra
35

pela urina. Mesmo administrados por vias parenterais, esses antibióticos po-
dem ser eliminados na forma ativa pela bile e novamente absorvidos. São
medicamentos muito seguros e seu efeito adverso mais importante é, prova-
velmente, a irritação no local da aplicação intramuscular. A Figura 7 mostra
a estrutura química da eritromicina.

FIGURA 7 – Estrutura química da eritromicina

7.9 QUINOLONAS

As quinolonas são um grupo de substâncias químicas antibacterianas,


com aplicação tanto em medicina veterinária, como em medicina humana. Exis-
tem quinolonas de primeira geração e segunda geração (fluorquinolonas).
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Primeira geração: ácido nalidíxico, flumequina e o ácido oxonílico.


Segunda geração (fluorquinolonas): enrofloxacin, norfloxacin, ci-
profloxacin e pefloxacin.
As quinolonas são antimicrobianos bactericidas e sua atividade se re-
laciona à inibição da enzima DNA girase, impedindo o enrolamento da fita de
DNA. Essas drogas não inibem a atividade dessa enzima nos mamíferos.
A via oral é a principal via de administração, e o pico máximo de
concentração sérica das quinolonas varia de acordo com a espécie animal.
O grau de biotransformação das quinolonas é bastante variável. O
ácido nalidíxico, em sua maior parte, é excretado na urina como um conju-
gado inativo; por outro lado, as fluorquinolonas são parcialmente biotrans-
formadas, sendo excretadas na urina e na bile em altas concentrações como
substância ativa.
Têm sido descritos danos à cartilagem articular de cães jovens e po-
tros, com a utilização de qualquer fluorquinolona; portanto, é contra-
indicada para animais nessa faixa etária. Cristalúria em carnívoros tratados
por longos períodos com fluorquinolona também foi observada.

8 - ASSOCIAÇÕES DOS PRINCIPAIS ANTIMICROBIANOS

A associação de antimicrobianos deve refletir o conhecimento do mé-


dico veterinário e não a prática condenável de se tentar atingir o agente eti-
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ológico ao acaso. Portanto, sempre que possível, deve-se evitar a associação


de antimicrobianos, restringindo-a a situações especiais.

8.1 SINERGISMO

Exemplos de associações de caráter sinérgico, ou seja, que possuem


melhor efeito quando administrados em conjunto.
a) aminoglicosídio + penicilina (estreptomicina + penicilina)

b) aminoglicosídio + cefalosporina

c) ácido nalidíxico + aminoglicosídio

d) sulfa + trimetoprim

e) aminoglicosídio + tetraciclina

f) cloranfenicol + polimixina

g) polimixina + sulfa

h) rifamicina + trimetoprim

8.2 ANTAGONISMO

Exemplos de associações de caráter antagônico, ou seja, que possu-


em pior efeito quando administrados em conjunto.
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a) penicilina + macrolídios

b) penicilina + lincosamidas

c) macrolídio + cloranfenicol

d) lincosamina + macrolídios

e) lincosamina + cloranfenicol

f) macrolídio + tetraciclina

g) novobiocina + tetraciclina

h) penicilina + tetraciclina

i) penicilina + cloranfenicol

j) cefalosporina + canamicina

k) penicilina + sulfa

9. RESISTÊNCIA MICROBIANA A DROGAS

Em virtude da resistência, há sempre necessidade de se criar novos


antibióticos. Logo nos primeiros anos da década de 1950, observou-se que a
penicilina não era mais efetiva contra estafilococos; então, outros antibióticos
foram introduzidos, incluindo cefalosporina, estreptomicina e novobiocina e,
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para esses antibióticos, em pouco tempo de administração também se obser-


vou o mesmo fenômeno de resistência bacteriana.
A causa disso vem do uso abusivo e indiscriminado de antibióticos, o
que seleciona bactérias geneticamente resistentes. A falta de exames bacteri-
ológicos e de testes laboratoriais de sensibilidade leva o clínico a erros na
indicação de antimicrobianos e favorece os agentes infecciosos.
Os meios de resistência são vários e sempre há novas descobertas. Os
mecanismos mais conhecidos são: mutação nos cromossomos durante a divi-
são celular; mutação de um gene ou múltiplos genes selecionados, o meca-
nismo de resistência extracromossômica em que uma estrutura citoplasmática
inteira (plasmídeo) é permutada, além do mecanismo de arranjos de genes
que conferem resistência plasmidiana às drogas.
A importância clínica da resistência é relevante. Se não mudarmos o
conceito de que a resistência pode ser barrada pela introdução de novas ba-
ses terapêuticas e não nos empenharmos a descobrir novos recursos, uma
simples epidemia estafilocócica poderá matar milhares de pessoas.
Algumas medidas relativamente simples poderiam auxiliar, como a
busca de uma antibioticoterapia adequada, a prescrição de antibióticos so-
mente quando realmente necessários, o uso correto das doses e uma maior
fiscalização para impedir que pessoas inabilitadas possam adquirir essas dro-
gas sem orientação de um profissional capacitado. Outras medidas a serem
adotadas seria o uso restrito de antibióticos em animais de produção, como
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já acontece no Reino Unido, retirada temporária de certos antibióticos do


mercado, quando o número de bactérias resistentes se tornasse excessivo, e o
controle de resistência por meio de resultados obtidos no campo da genética.
Os tempos de meia-vida de alguns fármacos comumente utilizados
são mostrados na tabela 1.

TABELA 01 – Tempos de meia-vida em diferentes espécies de alguns


agentes antimicrobianos comumente utilizados.

Eqüinos Cães Cabras Bovinos


Agente
(t ½ ) (t ½ ) (t ½ ) (t ½ )
Penicilina G 0,64 0,50 0,41 0,70
Ampicilina 1,00 0,80 - 0,95
Gentamicina 1,85 1,25 - -
Kanamicina 1,80 0,97 - -
Amikacina 1,70 1,00 - -
Cloranfenicol 0,92 3,20 1,47 3,50
Metronidazol 3,92 - - 2,85
Eritromicina 1,0 - - 2,00
Trimetoprim 3,16 1,50 0,67 4,60
Sulfadiazina 3,64 5,63 - 2,50
Sulfadoxina 14,2 - 6,40 10,8
Oxitetraciclina 9,6 6,00 3,42 4,00
Sulfametazina 9,80 16,8 6,0 8,20
Tilosina - 0,90 1,30 1,60
t ½ = meia vida em horas
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10. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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42

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