Petro Leo
Petro Leo
Petro Leo
Palavras Chaves:
- Óleo Diesel, qualidade, físico-química.
1
ABSTRACT
Evaluating from the fog, pour and plugging point of fuel diesel.
Currently, much effort has been loosened in improving the quality of fuel from the
oil. Diesel fuel is one of these fuels, consisting primarily of hydrocarbons and, in some
compounds; there is the presence of sulfur and nitrogen. The proportions of these
components in diesel fuel allow those who fall within the final product specifications
previously defined and are necessary to achieve a good performance of the product
while minimizing the wear on engines and emission polluting gases generated by
burning the product. This work involves the correlation of physical-chemical
properties of diesel fuel with a view to evaluate it on environmental conditions and the
thermodynamics of diesel engine to propose new formulations that improve its
contents. In this study we selected 20 samples of oil diesel to be analyzed and an
overview of correlations to the fog point, plugging point, distillation, density, sulfur
content index, refractive index and cetane, pour point, viscosity, color and flash point
of these samples.
2
Agradecimentos
À minha mãe Graça por sempre ter me dado todo o apoio necessário,
tanto na universidade, quanto no estágio e principalmente para a vida.
À José Luis pelo companheirismo e dedicação que foram muito
importantes nesta fase de minha vida.
Fico muito grato, também, à Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN), ao Departamento de Engenharia Química pela minha graduação, e ao
Laboratório de Combustíveis do Departamento de Química pela pesquisa
desenvolvida, a todos os professores e colegas de curso.
A ANP, através da comissão gestora do PRH-14, pelo apoio financeiro
que me foi concedido através do projeto de pesquisa que participei ao longo do
curso.
A todos acima citados e a outros que não aparecem na lista de forma
explicita, mas que sempre serão reconhecidos. Muito obrigada! Vocês fizeram parte
deste sonho!
3
Dedico este trabalho a meu pai José Dantas
de Medeiros, que se estivesse vivo estaria
orgulhoso da trajetória que sua filha traçou, e
acredito que nessa trajetória de alguma forma tem a
influência dele.
4
Índice
7
1. Introdução 7
2. Aspectos Teóricos 9
2.1 Ponto de Fluidez 9
2.2 Ponto de Névoa 9
2.3 Ponto de Entupimento 9
2.4 Porcentagem de Evaporados do Diesel 9
2.5 Viscosidade 9
2.6 Teor de Enxofre 10
2.7 Densidade a 20.ºC 10
2.8 Índice de Cetano 10
2.9 Ponto de Fulgor 11
2.10 Cor ASTM 11
3. Objetivos 11
4. Metodologia 11
4.1 Ponto de Névoa, Fluidez e Entupimento 11
4.2 Destilação 12
4.3 Densidade 12
4.4 Teor de Enxofre 13
4.5 Índice de Refração 13
4.6 Índice de Cetano 13
4.7 Ponto de Fulgor 13
4.8 Cor ASTM 13
4.9 Viscosidade 14
5. Resultados 14
6. Conclusões 17
7. Bibliografia 18
5
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
6
1. Introdução
2. Aspectos Teóricos
Biodiesel
8
2.1 Ponto de Fluidez
2.5 Viscosidade
9
2.6 Teor de enxofre
O método ASTM D4737 fornece uma fórmula que pode ser usada para
cálculo de índice de cetano com os dados da destilação e da densidade a 15.ºC.
Baixos valores de índice de cetano acarretam dificuldades de partida a frio, depósito
nos pistões e mau funcionamento do motor. Valores altos de índice de cetano
apresentam as seguintes influências:
Facilita a partida a frio do motor. Permite aquecimento mais rápido do motor.
Reduz a possibilidade de erosão dos pistões. Impede a ocorrência de pós-iginição.
Possibilita funcionamento do motor com baixo nível de ruído. Minimiza a emissão de
poluentes como hidrocarbonetos, monóxido de carbono e material particulado.
10
2.9 Ponto de Fulgor
3. Objetivos
4. Metodologia
11
Figura.1 Equipamento CPP 5Gs
4.2 Destilação
4.3 Densidade
12
fazer-se a determinação da densidade. A leitura é realizada diretamente no visor do
equipamento a 20..ºC ou a 15.ºC.
O teste é feito comparando sua cor com discos coloridos que apresentam uma
faixa de valores de 0,5 a 0,8. Nesse ensaio utiliza-se uma fonte de luz padrão que
compõe uma aparelhagem específica para esta avaliação. Na expressão do
resultado desse teste, a letra L colocada antes de um valor numérico significa que a
cor do produto foi definida como sendo menor que a cor do padrão indicado e maior
do que o padrão imediatamente inferior.
13
4.9 Viscosidade
5. Resultados
14
Tabela 3. Resultados das amostras do Estado da Paraíba.
Amostra Viscosidade(mm2/
s Cor s) P. Fulgor(.ºC)
RN1 1,3 2,99 50
RN2 1,4 3,06 56
RN3 2,0 3,15 52
RN4 1,2 3,24 54
RN5 1,3 3,12 50
PB1 2,0 3,07 62
PB2 1,0 3,68 68
PB3 5,0 3,11 67
PB4 1,5 2,88 65
PB5 0,5 2,97 63
Análise Resultado
Densidade 0,9170 g/cm3
Teor de Enxofre 0,023 %
Ponto de Névoa -19,0.ºC
Índice de 1,4614 nD
Refração
Viscosidade 16,85 mm2/s
Cor 2,0
15
Tabela 6 : Resultados das misturas ao Óleo Diesel com 0, 5,10,15% de Biodiesel da
mamona
OD OD + 5% de OD +10% de OD +15% de
BD BD BD
Densidade a 20/4.ºC 0,8277 0,8308 0,8354 0,8406
(g/cm3)
Ponto de Névoa (ºC) 14,0 14,0 14,0 14,0
Ponto de Fluidez (.ºC) 12,0 13,0 10,0 12,0
Viscosidade (mm/s2) 3,347 3,736 3,969 4,164
Índice de Refração 1,4635 1,4633 1,4631 1,4628
(nD)
Cor 1,4 4,0 5,3 5,9
1,5
RN
0,5 PB
PB
0
Dens 20.ºC RN
T.Enxofre
Refração
16
15
Temperatura (oC)
10
PB
5 RN
0
RN
-5
P. Nevoa PB
P. Fluidez
P.Entup.
6. Conclusões.
17
7. Bibliografia
COUTINHO, JAP – Cloud and pour points in the fuel blends - Fuel – 2001; 963-967.
LÉTOFFÉ JM, CLAUDY P.,DAMIN B. – Antagonism between cloud point and cold
filter plugging point depressants in a diesel fuel – Fuel 1995 Vol. 74 n.o.12 p.1830-
1833
LI J., XU H, YIN G.- Determination of alkylated polystyrene pour point depressant by
preparative gel permeation chromatography, infrared spectrometry and nuclear
magnetic resonance spectrometry –Analytica Chimica Acta 373 (1998) 73-81
NOGUEIRA, L.A.H.; PIKMAN B.; Biodiesel, novas perspectivas de sustentabilidade
,Revista brasileira de Bioenergia, Edição1 ,agosto de 2002
NORMA ASTM – D-4294 Enxofre em Petróleo e Produtos de Petróleo por
Espectrometria de Fluorescência de Raio-X por energia dispersiva
NORMA ASTM – D4052 Densidade e Densidade Relativa de Líquidos pelo Medidor
de Densidade Digital – D4052
NORMA ASTM D 97 Ponto de Fluidez de Produtos de Petróleo
NORMA ASTM D 6371-99 Standard Test for Cold Filter Plugging Point of Diesel and
Heating Fuels
PINTO,R.R.C.;FACHETT,A.M.;PERIN,C.; Caracterização de Biodiesel para uso
automotivos, Seminário de Biodiesel, São Paulo, dezembro de 2001.
SAIBAN S, BROWN TC - Kinetic model for cloud-point blending of diesel fuels – Fuel
– 1997;vol 76:1417-1423.
SEMWAL PB, VARSHNEY RG – Predictions of pour,cloud and cord filter plugging
point for future diesel fules with application to diesel blending models – Fuel
1995;74:437.
SILVA,PAULO R. LESSA - Apostila da Petrobras,Ensaios de certificação/
qualificação de petróleo e derivados julho/98.
SRIVASTAVA S.P., TANDON R.S, VERMA P.S., GOYAL S.K. –Phase transitions in
middle-distillate waxes: effect of a pour-point depressant additive – Fuel 1995 Vol .74
N.o. 6 pp 928-931
www.anp.gov.br
www.petrobras.com.br
18
ANEXO I
19
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO – PRH/ANP-14
REFINARIA LANDULPHO ALVES MATARIPE - RLAM
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
OTIMIZAÇÃO DE UMA UNIDADE DE
DESTILAÇÃO DA RLAM
Aluna/Estagiária
Marina Áurea de Oliveira Medeiros
Professor Orientador
Gilson
Supervisores
Paulo Edson Ballejos
Bartolomeu Henrique Pereira Rebouças
Salvador/BA
Março de 2004 20
MARINA ÁUREA DE OLIVEIRA MEDEIROS
SALVADOR/BA
MARÇO DE 2004
21
Este estágio teve como objetivo acompanhar as atividades de refino
como um todo, e mais especificamente na área de destilação da Refinaria Landulpho
Alves, buscando relacionar a teoria vista durante a graduação de engenharia
química e as diversas atividades desenvolvidas diariamente em uma indústria do
refino. Já o período de estágio no CENPES foi dedicado ao estudo da tecnologia
pinch para aplicar em uma unidade de destilação da RLAM.
O presente trabalho tem caráter curricular para o relator, e será
apresentado neste relatório da seguinte forma:
No Item 2, será feita uma rápida apresentação da empresa, mostrando
seus objetivos e estrutura e o modelo organizacional da mesma.
No Item 3, será apresentada a fundamentação teórica, enfocando os
temas refino do petróleo e seus processos, a destilação, a unidade de estudo e a
tecnologia “pinch”, para melhor compreensão do trabalho como um todo.
O Item 4 foi destinado à descrição das atividades realizadas no período
de estágio.
Nos Itens 5 e 6, serão apresentadas, respectivamente, as conclusões
obtidas durante a realização deste trabalho e a bibliografia que foi usada como
suporte para o desenvolvimento do mesmo.
22
A Petrobrás é uma empresa de economia mista, criada para assegurar
o abastecimento do mercado nacional de óleo, gás natural e derivados, através das
atividades definidas na Constituição Federal.
23
A RLAM deverá processar, neste ano, 15,8 milhões de m 3 de petróleo
bruto e gás natural. É a terceira em grau de complexidade industrial dentre o elenco
das refinarias existentes no Brasil.
A refinaria está estabelecida no Município de São Francisco do Conde,
Estado da Bahia, no km 4 da Rodovia BA-523, numa localidade chamada Mataripe,
às margens da Baía de Todos os Santos. A escolha de sua localização se deveu à
proximidade dos campos produtores de petróleo e da facilidade de acesso por via
marítima para escoamento de produtos e cargas, já que na ocasião de sua
implantação não havia estradas adequadas para permitir a rapidez e a segurança de
transporte.
A estrutura organizacional é dividida em 3 níveis: o Grupo 1 é
constituído pelo Gerente Geral e Gerente Geral Adjunto e doze Gerências,
englobando as diversas atividades necessárias ao funcionamento de uma Refinaria:
Gerência Comercial - CM
Gerência de Comunicação - CO
Gerência de Empreendimentos -EM
Gerência de Engenharia - EN
Gerência de Infra-estrutura - IS
Gerência de Manutenção Industrial - MI
Gerência de Otimização – OT
Gerência de Planejamento e Controladoria - PC
Gerência de Produção - PR
Gerência de Transferência, Estocagem e Utilidades - TEU
Gerência de Recursos Humanos – RH
Gerência de Saúde, Meio Ambiente e Segurança Industrial - SMS.
24
Figura 2.2 – Organograma das gerências.
Gerente de Otimização
Coordenador de Análise de Processo
25
Automação e Controle Avançado: este grupo tem a função de manter o
processo sob controle, de forma estável, respeitando as restrições do processo.
Destilação: este grupo acompanha as unidades de destilação (U-4, U-9 E U-
32) de forma a proporcionar a otimização das mesmas para aumentar cada vez
mais o processo de separação, gerando uma maior rentabilidade de produtos
derivados para a empresa; essas unidades são extremamente importantes, pois
delas dependem toda a carga que segue para as demais.
Craqueamento Catalítico: faz o acompanhamento das unidades de
craqueamento, U-6 e U-39, na quais os principais produtos são a gasolina e o
GLP.
Grupo de Transferência e Estocagem: o principal objetivo dessa área é
elaborar projetos de forma a promover a qualidade dos produtos estocados,
obtendo continuidade operacional, confiabilidade, rentabilidade e economia,
atendimento de novas necessidades do cliente, grau de impacto na área, assim
como facilidade de manutenção e operação.
Energia: o principal objetivo é o acompanhamento de energia e das utilidades
para otimizar o sistema energético da refinaria.
Grupo de Eficiência Energética: a preocupação deste grupo é de que os
fornos e as caldeiras sejam colocados no local correto de forma a proporcionar
uma maior eficiência energética para todas as áreas.
Produtos Especiais: grupo que acompanha as unidades de lubrificantes, que
englobam as Unidades 11, 12, 13, 16, 18, 23 e 24, e as de produtos especiais,
que são as unidades de parafinas (U-30), de asfalto (U-21) e de processamento
de LGN e solventes (U-7, U-7A e U-8).
Utilidades: grupo que acompanha as unidades de utilidades voltadas para a
água, tanto o resfriamento quanto o seu tratamento. O processo de tratamento
de água é muito importante, uma vez que a água utilizada nas caldeiras, nos
trocadores de calor e no processo é de fundamental importância para refinaria.
26
Durante o período de estágio na RLAM e no desenvolver das
atividades apareceu a oportunidade de estudar a tecnologia pinch e o software
SPRINT no maior centro de pesquisa da América Latina, o CENPES, na Gerència
de Engenharia Básica no setor de FCC, Coque e Separação.
- Atuação Corporativa
27
- Comunicação
- Desenvolvimento de Novos Negócios
- Disciplina de Capital
- Recursos Humanos
- Segurança, Meio Ambiente e Saúde
28
Figura 2.5 - Organograma do Setor de Engenharia Básica
29
- Equipe de Craqueamento Catalítico
- Equipe de Separação
- Equipe de Coque
- Produtos
- Projetos de Engenharia Básica
- Assistência técnica às unidades operacionais
- Projeto de tubulações especiais
- Acompanhamento de projetos, fabricação e montagem
- Coordenação de projetos e desenvolvimentos de terceiros
- Desenvolvimento e avaliação de patentes.
30
O petróleo não é uma substância pura, e sim uma complexa mistura de
compostos orgânicos e inorgânicos onde predominam os hidrocarbonetos. Ele, por si
só, tem pouquíssimas aplicações práticas, servindo quase tão somente como óleo
combustível.
Para que ele tenha seu potencial energético plenamente aproveitado, bem
como sua utilização como fonte de matérias primas, é importante que seja realizado
seu desmembramento em cortes, com padrões pré-estabelecidos para determinados
objetivos, que denominamos frações.
Além da complexidade de sua composição, não existem dois petróleos
idênticos. Suas diferenças vão influenciar de forma decisiva tanto nos rendimentos
quanto na qualidade das frações.
Dessa forma, o petróleo deve ser processado e transformado de forma
conveniente, com o propósito de obter-se a maior quantidade possível de produtos
valiosos, da melhor qualidade possível, logicamente minimizando-se os produtos de
menor valor comercial. Atingir este objetivo com o menor custo operacional é a
diretriz básica da refinação.
As características dos petróleos têm ponderável influência sobre a
técnica adotada para a refinação, e freqüentemente determinam os produtos que
melhor podem ser obtidos. Assim, é óbvio que nem todos os derivados podem ser
produzidos com qualidade, direta e economicamente, de qualquer tipo de petróleo.
Da mesma forma, não existe uma técnica única de refino adaptável a qualquer tipo
de óleo bruto.
A arte de compatibilizar as características dos vários petróleos que
devam ser processados numa dada refinaria, com necessidade de suprir-se de
derivados em quantidade e qualidade numa certa região de influência dessa
indústria, faz com que surjam arranjos de várias unidades de processamento para
que esta compatibilização seja feita, conforme já foi referido, da forma mais racional
e econômica possível.
31
Figura 3.1 - Cadeia de Produção do Petróleo
32
Objetivo do Refino
Uma refinaria de petróleo, ao ser planejada e construída, pode se
destinar a dois objetivos básicos:
- produção de combustíveis e matérias-primas petroquímicas;
- produção de lubrificantes básicos e parafinas.
- Processos de Separação;
- Processos de Conversão;
- Processos de Tratamento;
- Processos Auxiliares.
33
Os agentes responsáveis por estas operações são físicos, por ação de
energia (na forma de modificações de temperatura e/ou pressão) ou de massa (na
forma de relações de solubilidade a solventes) sobre o petróleo ou suas frações.
Uma importante característica nos processos de separação é que, a
menos de eventuais perdas ou contaminações, os produtos que saem destes
processos, se misturados, reconstituem a carga original, uma vez que a natureza das
moléculas não é alterada.
Como exemplo deste grupo de processos, podemos citar a destilação,
em suas várias formas, a desasfaltação a propano, a desaromatização a furfural e a
desparafinação/desoleificação a solvente, dentre outros.
34
Também conhecidos como processos de acabamento, são de igual
forma de natureza química, porém seus objetivos não são de provocar profundas
modificações nas frações e sim causar a melhoria de qualidade de cortes semi-
acabados, eliminando ou reduzindo impurezas presentes em suas constituições.
São bastante utilizados em frações leves (gases, GLP e naftas), não
requerendo condições operacionais severas nem grandes investimentos para suas
implantações. Este subgrupo é conhecido como processo convencional de
tratamento, incluindo-se nele o tratamento cáustico simples e regenerativo (Merox), o
tratamento com etanol-aminas (MEA/DEA), e o tratamento Bender.
Quando se tem de adequar a qualidade de frações médias (querosene,
diesel) ou pesadas (gasóleos, lubrificantes, resíduos), os processos acima
mencionados mostram-se ineficazes, obrigando a utilização de outros processos de
maior eficiência. O agente responsável pela remoção de impurezas é o hidrogênio,
atuando na presença de um catalisador. Este subgrupo é conhecido como
hidrotratamento ou de hidroacabamento, causando uma acentuada melhoria na
qualidade dos produtos tratados.
35
Figura 3.2 - Esquema de Refino da RLAM
37
sólidas, permitindo uma maior flexibilidade operacional em relação aos tipos de
petróleos processados. Esses contaminantes causam sérios danos à unidade de
destilação, se não forem removidos do óleo cru, limitando o tempo de campanha e
provocando operação ineficiente da unidade.
O processo de dessalinização consiste basicamente no seguinte: o óleo
cru pré-aquecido recebe uma corrente de água de processo para misturar com a
água residual, sais e sólidos nele presentes. Uma válvula misturadora provoca o
íntimo contato entre a água injetada e os sais e sedimentos. A seguir, a mistura de
petróleo, água e impurezas, penetra no vaso de dessalgação, caminhando através
de um campo elétrico de alta voltagem, mantido entre pares de eletrodos metálicos.
As forças elétricas do campo assim criado provocam coalescência das gotículas de
água, formando-se muitas gotas grandes, que, por terem uma maior densidade,
caem através do óleo cru para o fundo da dessalgadora, carregando dissolvidos os
sais e sedimentos.
O petróleo dessalgado flui pelo topo do tambor, e continua seu fluxo
dentro da unidade, enquanto que a salmoura formada (água, sais e sedimentos) é
contínua e automaticamente descartada do vaso de dessalgação.
O petróleo, após ser dessalinizado, passa numa segunda bateria de
pré-aquecimento, onde sua temperatura é elevada ao máximo valor possível
conseguido, por troca térmica com as correntes quentes que deixam o processo.
Quanto mais alta for a temperatura atingida no pré-aquecimento, menor será a
quantidade de combustível gasta nos fornos para o aquecimento final do óleo.
38
carga é introduzida em fornos tubulares, onde recebe energia térmica produzida pela
queima de óleo e/ou gás combustível.
Para que se consigam vaporizar todos os produtos que serão retirados
na torre de destilação atmosférica, a carga deverá ser aquecida até o valor
estipulado, porém não deve ser ultrapassada uma temperatura limite, a partir da qual
tem início a decomposição das frações pesadas presentes no óleo bruto. O
craqueamento térmico é uma ocorrência altamente indesejável em uma unidade de
destilação, porque provoca a deposição de coque nos tubos dos fornos e nas
regiões inferiores das torres, causando diversos problemas operacionais. A máxima
temperatura que se pode aquecer o petróleo, sem que haja perigo de decomposição
térmica, é de 400 ºC.
À saída dos fornos, com temperatura próxima de 400 ºC, boa parte do
petróleo já se encontra vaporizado, e nessas condições a carga é introduzida na
torre.
41
que deixa o fundo da coluna é conhecido como resíduo atmosférico (RAT), e dele
ainda podem ser retiradas frações importantes, através da destilação a vácuo.
42
reduzido que está sendo aquecida e diminui o tempo de residência da carga nos
fornos. O objetivo dessa adição de vapor é minimizar a possibilidade de depósitos de
coque na fornalha.
A carga aquecida, após deixar os fornos, vai ter à zona de “flash” da
torre de vácuo. A pressão nessa região da torre é em torno de 100 mmHg, o que
provoca a vaporização de boa parte da carga. É importante salientar que, quanto
mais baixas forem as pressões atingidas, melhores serão as condições de
fracionamento.
As torres de vácuo possuem normalmente um grande diâmetro, de vez
que o volume ocupado por uma determinada quantidade de vapor é bem maior em
pressões reduzidas que à pressão atmosférica.
43
Os hidrocarbonetos vaporizados na zona de “flash”, como na destilação
convencional, atravessam bandejas de fracionamento e são coletados em duas
retiradas laterais: gasóleo leve (GOL) e gasóleo pesado (GOP).
O gasóleo leve é um produto ligeiramente mais pesado que o óleo
diesel e pode, em certas ocasiões, ser a ele misturado, desde que seu ponto final de
ebulição não seja muito elevado.
O gasóleo pesado é um produto bastante importante devido a sua
utilização como carga para unidades de craqueamento catalítico ou pirólise.
Não existe retirada de produto de topo, saindo neste local somente
vapor d’água, hidrocarbonetos leves e uma pequena quantidade de ar proveniente
de ligeiros vazamentos nos equipamentos. Esses gases são continuamente
succionados da torre pelo sistema de produção de vácuo.
O abaixamento de pressão é feito por intermédio de uma série de
condensadores e ejetores que, por intermédio da condensação do vapor d’água e de
algum hidrocarboneto, produzem o vácuo. Após o último estágio de ejetores e
condensadores, os gases incondensáveis (ar e hidrocarbonetos leves) são lançados
aos fornos.
Quando os cortes laterais são destinados ao craqueamento catalítico,
deve-se controlar principalmente o ponto final de ebulição, o resíduo de carbono e o
teor de metais do GOP. Isto é feito variando-se a vazão de retirada desse produto da
torre.
Entre a zona de “flash” e a retirada de gasóleo pesado, existe um
conjunto de telas de aço superpostas, conhecido como “Demister pad”. Esse
equipamento tem por finalidade evitar o arraste, pelo vapor, de partículas pesadas do
produto de fundo, que iriam contaminar os cortes laterais, aumentando o resíduo de
carbono e o teor de metais da carga para craqueamento.
O produto residual desta destilação é conhecido como resíduo de
vácuo. Ele é constituído de hidrocarbonetos de elevadíssimos pesos moleculares,
além de contar com uma razoável concentração de impurezas. Conforme as suas
especificações, pode ser vendido como óleo combustível ou asfalto.
Quando se deseja obter asfalto no fundo da coluna de vácuo, além dos
gasóleos já citados, deve ser retirado um produto intermediário entre o gasóleo
44
pesado e o asfalto, conhecido como “slop cut”. Este produto não pode ser retirado
com os gasóleos por ser muito pesado, nem com o asfalto, pois impediria a obtenção
de um produto consistente.
Quando se deseja obter óleo combustível, a retirada de “slop cut” não é
feita, e esta corrente sai incorporada ao produto de fundo, diluindo-o parcialmente.
Tal como na destilação atmosférica também é injetado vapor d’água no
fundo da torre visando a retificar-se o resíduo de vácuo, vaporizando as frações mais
leves arrastadas.
46
O petróleo bombeado é divido em três correntes paralelas, simétricas e
independentes, que seguem para o conjunto de permutadores de calor que
constituem a 1ª. Bateria de Pré-Aquecimento:
1º.Trem (35%):
C-901 A/B/K/L (casco: vapores de topo da torre ATM; tubos: petróleo);
C-902 A (casco: petróleo; tubos: querosene);
C-961 A (casco: petróleo; tubos: 2ª passagem de GOL);
C-903 A (casco: petróleo; tubos: RCS);
C-904 A (casco: 2ª passagem de RIV; tubos: petróleo).
2º.Trem (35%):
C-901 C/D/E/F (casco: vapores de topo da torre ATM; tubos: petróleo);
C-902 B (casco: petróleo; tubos: querosene);
C-961 B (casco: petróleo; tubos: 2ª passagem de GOL);
C-903 B (casco: petróleo; tubos: RCS);
C-904 A (casco: 2ª passagem de RIV; tubos: petróleo).
47
Figura 3.8 - Fluxograma do 2º. trem da bateria de trocadores do C-901
3º Trem (30%):
C-901 G/H/I/J (casco: vapores de topo da torre ATM; tubos: petróleo);
C-962 (casco: petróleo; tubos: 1ª passagem de GOL);
C-963 (casco: petróleo; tubos: neutro médio/pesado);
C-964 (casco: 4ª passagem de RV; tubos: petróleo).
1º.Trem (35%):
2º.Trem (30%):
3º Trem (35%):
50
Figura 3.12 - Fluxograma do 3º. trem da 2ª bateria de trocadores
51
O custo da energia representa uma parcela considerável do custo final
dos produtos químicos. A principal fonte de energia é aquela proveniente de
combustíveis fósseis. A minimização do uso da energia não está apenas relacionada
ao custo, mas também ao aumento da concentração de gases promotores do
aquecimento global do planeta (efeito estufa). O dióxido de carbono proveniente da
queima de combustíveis fósseis é a principal fonte destes gases e, no Protocolo de
Quioto (MCT, 2001), foram definidas restrições às emissões de dióxido de carbono e
foi criado um novo mercado - o mercado internacional de carbono – com o objetivo
de capturar este elemento, por exemplo, em novas reservas florestais, removendo-o
da atmosfera.
54
Figura 3.14 - Dados das Utilidades no SPRINT
56
Objetivo: Estudar a bateria de pré-aquecimento com a finalidade de
otimizar a sua rede, fazendo com que se chegue a uma temperatura elevada no
último trocador da 2ª. bateria e, assim, de economizar combustível para o forno.
Deu-se início ao estudo da tecnologia “pinch” no CENPES - RJ para se
estudar a bateria de pré-aquecimento da unidade U-9 de destilação.
Para isso, foram coletadas as propriedades das correntes através da
simulação do petróleo baiano no “software” PRO II. Dados dos trocadores foram
obtidos das folhas de dados dos equipamentos. Com estes dados, foi iniciada a
configuração da bateria atual no simulador SPRINT. Com a simulação da bateria
atual feita, obteve-se um modelo mais próximo da realidade para efeito de
comparação. Após este momento, foi dado início às modificações da bateria, na
tentativa de aumentar a temperatura de saída do petróleo do último trocador da
segunda bateria, pois assim economiza-se óleo combustível para o forno, reduzindo
os custos. Com os relatórios elaborados pelo SPRINT, observamos que a troca
térmica nos trocadores C-961 A/B que passam na primeira bateria com gasóleo leve
(GOL) é muito pequena e que praticamente não interfere no ganho de temperatura.
Então, resolvemos disponibilizar estes trocadores para outra função. Passamos a
utilizá-los no circuito de RCI na segunda bateria a montante dos trocadores C-908A/B,
obtendo-se um ganho de 3,6 ºC, equivalente a um fluxo de calor de 1,03 Gcal/h. Em
outra modificação analisada, propomos que o fluxo de óleo cru alimentando os C-
909A/B e C-909C/D passassem a receber uma mistura proveniente do C-908 A, C-908B
e C-969. Com isto, na simulação, obtivemos um ganho de temperatura de 4,6 ºC,
equivalente a um fluxo de calor de 1,29 Gcal/h, dando uma economia de óleo de
combustível de US$ 17.918,00 por mês.
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Considerações: A simulação foi feita em dados de projetos. Para a
segunda modificação, seria necessário que a torre estivesse operando nessas
condições.
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1ª Proposta: Trocar os “air-coolers” C-918 por “compablocs”
Inicialmente, foi estudado o sistema de refrigeração para avaliar a
quantidade de água disponível para a adição de um trocador do tipo “compabloc”. A
torre de refrigeração que fornece água para a U-9 é a torre T-5901. Vimos que essa
quantidade de água seria muito grande, e que não haveria toda essa água disponível
proveniente da torre 5901.
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posteriormente instalar os condensadores a água, o que permitirá operar o F-901
com temperaturas abaixo de 70º C, evitando o envio de gás para o “flare”.
Temperatura (oC)
140, TI9313
28,747
DEGC
TI9314
120, 29,893
DEGC
100,
80,
60,
40,
20,
20/2/2003 14:22:46 365,00 Day(s) 20/2/2004 14:22:46
SAIDA DIESELC-910 SAIDA DIESELC-912
61
Figura 4.5 - Croqui de instalação de “tie-ins” nas linhas de Diesel
62
Figura 4.6 - Croqui de instalação de “tie-ins” nas linhas de água
63
Figura 4.7 Saída dos gases para a retificadora.
64
Figura 4.9 – Vista parcial da panela de retirada de DP da E-901.
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Cálculos de placa de orifício: utilizando o software FLOWCALC,
foram calculadas várias placas de orifício para diversas situações.
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Visitas na RLAM:
Unidades Descrição
U - 4/9/32 Unidades de Destilação
U - 6/39 Unidades de Craqueamento
U - 7 /8 Destilação de LGN
U - 7A Fracionamento de Naftas
U - 30/31 Unidade de Normais Parafinas e QAV
U - 21 Destilação a vácuo de petróleo asfáltico
U - 51 CAFOR – Casa de Força
U- 59 Torre de Resfriamento
U - 84 Osmose Reversa
Laboratórios Controle de qualidade e especificações
CIC Centro Integrado de Controle
CARLAM Parte Administrativa
GERAL Parque de Tancagem, ETDI, Transpetro,
Termobahia etc.
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O estágio supervisionado foi de extrema importância, tanto para a
minha vida acadêmica, consumando a aplicação da teoria vista em sala de aula na
prática, numa indústria de refino, e, além do mais, proporcionando novos conceitos,
novos aprendizados, como também na vida profissional, convivendo diariamente na
rotina de trabalho de engenheiros e demais profissionais. Em relação às atividades
desenvolvidas, o estudo da tecnologia “pinch” abriu portas não só para aplicar o
conhecimento numa única unidade (na unidade de estudo), mas em qualquer
unidade industrial, sendo até possível, no caso do estágio, auxiliar outro colega no
desenvolvimento da integração energética da U-30, passando os conhecimentos
aprendidos no CENPES, mais especificamente com o software SPRINT. O trabalho
da tecnologia “pinch” na U-9 foi elaborado nas condições padrão da torre
atmosférica, só se podendo fazer as modificações se aquela torre estiver operando
em tais condições; porém, concluímos que, para melhor acompanhamento da bateria
e do estudo, seria necessária uma melhor instrumentação na mesma. Para o
resfriamento dos gases do topo da E-901 e do DP/DL, só foi possível a elaboração
de um projeto para a instalação de “tie-ins” aproveitando a parada da U-9 em 2004, e
só posteriormente é que se fará outro projeto para instalar os “compablocs”, mas,
pelo menos, a solução do problema já foi pensada e analisada. Em relação à saída
de gases da retificadora, é provável que se resolva o problema ainda este ano,
durante a parada da U-9 para manutenção, com a construção da chaminé lateral a
ser instalada no retorno dos gases da retificadora.
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Apostila – Fundamentos de Destilação Vol II, Petrobras
Flow of fluids, CRANE CO, Technical Paper № 410 M , 1979
Intranet da RLAM/ PETROBRAS
Manual de Operação da U-9
Otimização de Redes de trocadores de calor, utilizando Pinch Tecnology;
Piosevani, P.D; B. Técnico Petrobrás, RJ 35(1/4): 47-53, jun/dez 1992
Refino de Petróleo – Processos de Refinação, Abadie, E. Petrobras, 2003
www.simsci.com/products/proII.stm
www.cpi.umist.ac.uk/Software/products/sprint.asp
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