FormaçãoHidratosGás Barretos 2018
FormaçãoHidratosGás Barretos 2018
FormaçãoHidratosGás Barretos 2018
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO
Junho, 2018
NATAL, RN
Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.1
Junho, 2018
NATAL, RN
RESUMO
___________________________________________________________________________
Recentemente, muitas reservas de gás natural com promissor potencial energético foram
encontradas, principalmente em ambientes marinhos. Porém nesses ambientes um problema
característico á produção e transporte de gás natural é a ocorrência de hidratos de gás, que
podem resultar em riscos para essas operações. Para evitar a deposição de hidrato de gás tanto
em gasodutos quanto em poços de águas profundas, a faixa de temperatura e pressão de
formação de hidratos deve ser prevista para se tomar medidas de precaução para garantir a
segurança das operações. O presente trabalho teve como objetivo analisar e comparar modelos
matemáticos de previsão de formação de hidratos. Para o comparativo foram analisados dois
modelos de formação de hidratos de gás que utilizam métodos matemáticos diferentes para o
cálculo da temperatura de formação e da quantidade de inibidor necessário para evitar a
deposição de hidratos. O primeiro modelo estudado mostrou uma precisão mais efetiva
quando aplicado em condições de alta pressão, isso devido ao segundo modelo utilizar uma
correlação matemática com baixa precisão quando aplicado nesses parâmetros. Esse estudo
possibilitou mostrar a importância dos avanços de modelos matemáticos para previsão de
formação de hidratos e assim tomar medidas cada vez mais eficientes para prevenção.
ABSTRACT
__________________________________________________________________________
Recently, many natural gas reserves with promising energy potencial were found mainly in
marine environments. However in these environments is a typical problem production and
transportation of natural gas is the occurence of gas hydrates, which can result in risks for
these operations. To avoid the deposition of gas hydrate in both pipelines and deep water
wells, the temperature and pressure range of hydrate formation should be predicted to take
precautionary measures to ensure safe operation. The currently work had as objective to
analyze and to compare mathematic models of prediction of gas hydrate formation. For the
comparative, two models of gas hydrate formation were analyzed using different
mathematical methods to calculate the formation temperature and the amount of inhibitor
required to avoid hydrate deposition. The first model showed a more effective accuracy when
applied in high pressure conditions, due to the second model using a mathematical correlation
witch low precision in these parameters. This study made it possible to show the importance
of the advances of mathematical models to predict the formation of gas hydrate and
consequently to take increasingly efficient measures for prevention.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 10
2 ASPECTOS TEÓRICOS 11
Gás Natural 11
Hidratos 15
2.2.1 Cinética de formação de hidratos 17
2.2.2 Prevenção de formação de hidratos 18
2.2.3 Problemas de formação e dissociação de hidratos 23
2.2.4 Estado da arte 25
3 METODOLOGIA 33
Metodologia para comparação resultados 33
Software Hydrate Plus 34
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 37
Estudo feito por Guo e colaboradores 37
Estudo feito por Nascimento 39
Comparativo das correlações 40
Resultados Hydrate Plus 41
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 44
Conclusões 44
Recomendações 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 47
ÍNDICE DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
1 INTRODUÇÃO
2 ASPECTOS TEÓRICOS
Gás Natural
O processo natural de formação do gás natural pode ser de dois tipos: degradação da
matéria orgânica de origem animal, através de bactérias anaeróbicas, e degradação da matéria
orgânica de origem vegetal e do carvão por temperatura e pressão elevadas. A composição do
gás natural depende desses tipos de processo de formação, como também da localização do
reservatório e da geologia do solo. Em sua composição como gás natural bruto, estão os
seguintes componentes: dióxido de carbono, nitrogênio, hidrogênio sulfurado, água, ácido
clorídrico, metano e impurezas (DUARTE, 2017).
As principais propriedades do gás natural são: densidade em relação ao ar, poder
calorífico, índice de Wobbe, o ponto de orvalho da água e dos hidrocarbonetos (GALVÃO,
2015). Entre suas propriedades, vale também salientar suas características de combustão
conforme a tabela 2-1.
O primeiro desses processos é a separação dos fluidos extraídos dos poços através de
vasos separadores. Após essa separação o gás é transportado para a UPGN, que é responsável
pela separação das frações pesadas de hidrocarbonetos. Nessas unidades as principais
sequências de separações são: depuração, adoçamento e desidratação, todas estas visando
garantir a qualidade do gás resultante para futura exportação.
A depuração tem como finalidade a remoção de gotículas de óleo presentes no gás que
podem comprometer a qualidade do gás e inviabilizar a eficiências do seu transporte. O
processo de adoçamento consiste na remoção dos ácidos CO2 e H2S através das suas
absorções com produtos líquidos e sólidos, tendo como bases duas reações como indicado na
figura 2-3.
Hidratos
Hidratos de gás são sólidos cristalinos formados por água e pequenas moléculas
orgânicas. São parecidos com gelo, porém ao contrário do gelo, podem se formar em
temperaturas mais altas. Esse fator se deve a presença de gás que proporciona uma
estabilidade, fixando a posição das moléculas de água fazendo com que o congelamento
ocorra a temperaturas superiores a 0°C (TOHIDI, 2013).
As moléculas de água presentes nos hidratos são chamadas de moléculas hospedeiras,
e, as formadoras de hidratos, como moléculas hóspedes. A rede cristalina é formada por
pontes de hidrogênio onde componentes do gás são aprisionados pela solidificação das
moléculas de água. Para os hidratos poderem se formar existem algumas condições
específicas, como: bastante quantidade de água; a existência dos formadores de hidratos entre
Társis Andrade Barreto 15
Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.1
eles metano e etano; e a combinação certa de temperatura e pressão como mostrado na figura
2-4.
Após a formação desses hidratos e ao possuir uma estrutura cristalina bem definida, é
possível definir o tipo de hidrato. As estruturas de hidratos mais comuns em gasodutos de
transporte de gás são tipo I e tipo II como mostrado na figura 2-5, o qual irá depender do tipo
de substância presente no gás. Moléculas pequenas se cristalizam na estrutura I como o
metano, etano, dióxido de carbono e sulfeto de hidrogênio. Já as moléculas maiores
cristalizam na estrutura II, como o propano e o butano.
Os números e tamanhos das cavidades são diferentes nas duas estruturas. A estrutura
tipo I possui 5¹² e 6², ou seja, doze faces com 5 lados cada uma e duas faces com seis lados
cada uma. Já a estrutura tipo II é formado por 5¹² e 64, doze faces com cinco lados e quatro
faces com seis lados. Normalmente, hidratos do tipo I são os mais comuns na natureza, pelo
fato da abundância de metano em relação ao restante dos componentes do gás natural
(DELGADO, 2013).
Como descrito anteriormente, para que ocorra a formação de hidratos é necessário que
existam algumas condições específicas como altas pressões e baixas temperaturas. Porém
outro fator importante que é necessário analisar é o tempo de formação. Nessa faixa de tempo
Társis Andrade Barreto 17
Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia de Petróleo –CEP/CT/UFRN 2018.1
de formação está incluso uma fase de nucleação e depois fase de crescimento. A fase de
nucleação engloba três mecanismos de nucleação, sendo eles:
• Nucleação Homogênea: onde surge o primeiro cristal, ocorre na fase fluida;
• Nucleação Heterogênea: essa fase é resultado do choque entre os cristais, por
consequência da presença da superfície sólida dos cristais, da parede da
tubulação e das partículas sólidas em suspensão;
• Nucleação Secundária: acontece devido à presença das próprias partículas dos
hidratos;
No final da fase de nucleação são formados os anéis de nucleação, sendo chamado
período de latência ou tempo de nucleação o tempo necessário para formar esses anéis. Após
esse período os cristais de hidratos se desenvolvem na fase de crescimento. Esse crescimento
normalmente ocorre em fase aquosa acontecendo assim a difusão das moléculas de
hidrocarbonetos. O tempo de formação de hidratos também é dependente da diferença entre a
temperatura de dissociação de hidrato e a temperatura de operação, sendo essa diferença
chamada de sub-resfriamento. Se essa temperatura de sub-resfriamento for baixa o tempo para
formação de hidrato será mais extenso, assim quanto maior o sub-resfriamento mais rápido o
hidrato se forma e menor o tempo de incubação.
Alguns estudos e experimentos sobre cinética de formação de hidratos foram feitos
através de observações experimentais que possibilitaram observar as etapas de nucleação,
crescimento e dissociação de hidrato de cristais, porém comparado com estudos sobre a
temperatura de formação de hidratos, estudos sobre a cinética de formação ainda não
obtiveram avanços tão grandes. Assim se faz necessário desenvolver técnicas mais seguras
para prever a formação de hidratos e retardar o tempo de formação, baseado na cinética de
formação.
Figura 2-6 Perfil de pressão e temperatura para formação de hidratos em águas profundas
𝑘𝐻 𝑊 𝑙
∆𝑇 = (100−𝑊𝑙) )𝑀𝑀𝐼
(2)
100 ∆𝑇 𝑀𝑀𝑙
𝑊𝑙 = ∆𝑇𝑀𝑀𝑙+ 𝐾 (3)
𝐻
Onde:
• ∆𝑇 – Depressão do ponto de formação de hidratos em °C ou °F;
• 𝑀𝑀𝑙 – Massa molecular do inibidor;
• 𝐾𝐻 – Constante empírica de inibidores;
• 𝑊𝑙 – Porcentagem em massa do inibidor na água liquida.
Os valores de 𝐾𝐻 são determinados experimentalmente, apresentados na tabela 2-2,
sendo necessário conhecer a temperatura da formação de hidratos sem a adição de inibidores.
Para concentrações mais elevadas, Nielsen e Bucklin (1983) formularam uma equação
que pode ser utilizada, teoricamente, para quaisquer glicóis onde 𝑋𝐻2𝑂 é a fração molar da
água na fase aquosa (CARROL, 2003).
∆𝑇 = −129,6 𝐿𝑛 ( 𝑋𝐻2𝑂 ) (4)
Nessas regiões, a temperatura elevada dos poços durante a perfuração de seções mais
profundas pode causar a dissociação dos hidratos gasosos, fazendo com que a pressão de
poros aumente resultando na alteração das propriedades mecânicas dos sedimentos
(SALEHABADI, 2008). Em operações de completação o hidrato de gás também pode se
dissociar causando liberação de gás, que pode resultar em atraso da completação do poço
devido ao fluxo de gás ao redor do revestimento afetando assim a integridade da coluna.
Para as equações do momento, foi aplicada uma equação para o filme líquido e uma
equação do momento combinada para fase gasosa e para gotículas de líquido como mostrado
abaixo:
𝜕 𝜕𝑝 1 𝜕 1 𝑆𝑔
(𝑉 𝜌 𝑣 + 𝑉𝑑 𝜌𝑙 𝑣𝑑 ) = −(𝑉𝑔 + 𝑉𝑑 ) (𝜕𝑍) − 𝐴 (𝐴𝑉𝑔 𝜌𝑔 𝑣𝑔2 + 𝐴𝑉𝑑 𝜌𝑙 𝑣𝑑2 ) − 𝜆𝑔 2 𝜌𝑔 |𝑣𝑔 |𝑣𝑔 4𝐴
𝜕𝑡 𝑔 𝑔 𝑔 𝜕𝑍
1 𝑆 𝑉𝑙
− 𝜆𝑖 2 𝜌𝑔 |𝑣𝑟 |𝑣𝑟 4𝐴𝑖 + (𝑉𝑔 𝜌𝑔 + 𝑉𝑑 𝜌𝑙 )𝑔 cos 𝛼 + 𝜓𝑔 𝑣𝑎 + 𝜓𝑒 𝑣𝑖 − 𝜓𝑑 𝑣𝑑 (8)
𝑉𝑙 + 𝑉𝑑
𝑈 (10)
Onde V é a fração de volume; 𝜌 é a densidade em kg/m³; v é a velocidade em m/s; A é
a área da seção transversal do tubo em m²; 𝜓𝑔 é a transferência de massa entre as fases em
kg/m³.s; 𝜓𝑙 e 𝜓𝑑 são a taxa de arrastamento e deposição respectivamente em kg/m³.s;𝐺𝑙 é a
possível fonte de massa da fase f em kg/m³; P é a pressão em Pa; Sg, Sl e Si é o perímetro
molhado do gás, do líquido e da interface; 𝛼 é a obliquidade do tubo em rad; 𝐻𝑠 é a entalpia
da fonte da massa em J/kgs; E é a energia interna por unidade de massa em J/kg; h é a
elevação em m; U é a transferência de calor nas paredes do tubo em J/m³; g é a aceleração da
gravidade em m/s².
Outro estudo feito também em 2016 por Nascimento estudou um método para analisar
a formação de hidratos em um gasoduto submarino em águas profundas. Além de outros
parâmetros, o método incluiu o cálculo da temperatura de formação de hidratos através da
correlação de Sazamarfei (2015) em conjunto com o método gráfico de Katz, et al, (1940).
Em 2015, Sazamarfei (2015) formulou uma equação desenvolvida com base em 22
pontos de dados, cobrindo gravidades especificas do gás de 0,55 a 1, sendo comparado a
vários modelos conhecidos. Para fazer a comparação com outros modelos, foram
implementados e calculados o erro médio relativo e o erro médio absoluto. As precisões dos
modelos foram então avaliadas a partir das Equação 14 e 15.
𝑒𝑥𝑝 𝑐𝑎𝑙𝑐
100 𝑇 −𝑇(𝑘)
𝐸𝑀𝐸(%) = ∑𝑛𝑛=1 | (𝑘) 𝑒𝑥𝑝 | (14)
𝑛 𝑇(𝑘)
1 𝑒𝑥𝑝 𝑐𝑎𝑙𝑐
𝐸𝑀𝐴 = |𝑇(𝑘) − 𝑇(𝑘) | (15)
𝑛
• 𝑐𝑎𝑙𝑐
𝑇(𝑘) = Temperatura calculada de formação de hidratos;
• 𝑛 = Número de pontos de dados;
A partir dos cálculos dos erros, Sazamarfei (2015) provou que sua correlação se
mostrou mais precisa com os dados experimentais, validando assim seu método.
A correlação de Sazamarfei (2015) foi então utilizada por Nascimento (2016), por ter
sido provada um método simples e de alta precisão para estimar a temperatura de formação de
hidratos como função da pressão do gás e da gravidade específica.
𝑇(𝐾) = 𝐴 𝛾 𝐵 (ln 𝑃)𝐶 (16)
• 𝑇 = Temperatura de formação de hidratos, K;
• 𝛾 = Densidade do gás;
• 𝑃 = Pressão, KPa;
• 𝐴 = 194,681789;
• 𝐵 = 0,044232;
• 𝐶 = 0,189829;
3 METODOLOGIA
Para comparar a efetividade das correlações utilizadas nos estudos feitos por Guo e
colaboradores (2016) e Nascimento (2016), foram feitos os seguintes procedimentos:
• Utilizando as variáveis operacionais estudadas no modelo proposto por Guo e
colaboradores da tabela 3-1, foram calculados a temperatura de formação de
hidratos, aplicando a correlação de Safarmizaei (18) e a quantidade de inibidor
termodinâmico necessário para diminuir a temperatura de formação de hidratos
aplicando a correlação de Hammerschmidt (19), ambas utilizadas no estudo
feito por Nascimento (2016).
100 ∆𝑇 𝑀𝑀𝐼
𝑊𝑖 = (19)
∆𝑇 𝑀𝑀𝐼+𝐾ℎ
Variáveis operacionais
Densidade relativa do gás 0,55
Pressão de formação 45600 KPa
Profundidade 4094 m
Fonte: GUO, et al, (2016)
Gerando os resultados é possível analisar a precisão das correlações utilizadas no
estudo feito por Nascimento (2016) quando aplicada a situações de altas pressões e
profundidades do estudo feito por Guo e colaboradores (2016).
O Hydrate plus 1.12 é um software industrial criada pela FlowPhase Inc, que é uma
empresa de desenvolvimento de software de engenharia. Esse software consegue prever a
temperatura de formação de hidratos e calcular a vazão de inibidor necessária, a partir de
dados da composição do gás e da temperatura.
Hydrate plus foi então utilizado para calcular a temperatura de formação de hidratos
com os parâmetros estudados no modelo de Nascimento (2016) e assim analisar a precisão do
estudo.
Variáveis operacionais
Densidade 0.72
Pressão 7300 KPa
Vazão 10 MM m³/dia
Fonte: NASCIMENTO, 2016
O Hydrate Plus foi utilizado para calcular a taxa de inibidor necessária para os
parâmetros do estudo feito por Guo e colaboradores (2016) e do estudo feito por Nascimento
(2016), tabela 3-4 e 3-5 respectivamente, e assim prever a taxa de inibidor necessária para
garantir o escoamento efetivo dos dois estudos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Através das ferramentas usadas por Guo, et al, (2016) foram calculadas as condições
de equilíbrio de hidrato de metano em água pura utilizando além de outros métodos, o método
gráfico empírico, o método de Hammerschmidt(1939) e o método proposto, para então
comparar com os dados experimentais e validar o modelo, como mostra a figura 4-1.
A partir da análise da figura 4-2 pode-se notar que o método proposto por Guo, et al,
(2016) está mais de acordo com os dados experimentais do que os outros dois métodos
comparados. Assim o método foi validado para uso de previsão de condições de equilíbrio de
hidratos de gás natural.
A formação de hidrato de gás pode ser mais eficientemente evitada com o aumento das
concentrações de inibidores. MeOH e NaCl injetado na fase líquida, pode alterar o potencial
químico da água ou hidrato mudando as condições de equilíbrio termodinâmico da formação
de hidrato. Fazendo isso a curva de equilíbrio se move para área de baixa temperatura e alta
pressão, sendo o NaCl mostrando um melhor resultado que o metanol com 25% de taxa de
injeção necessária. Caso seja utilizado o metanol, a quantidade necessária para diminuir a
faixa de temperatura de formação de hidratos mais efetiva seria 30 %.
O software também foi utilizado para calcular a vazão de injeção de inibidor metanol
para os parâmetros do estudo de Guo, et al, (2016) e Nascimento (2016) através do método de
John J. Carrol. Os resultados são mostrados na figura 4-4 e 4-5.
Figura 4-4 Resultados para taxa de injeção de inibidor para os parâmetros de Guo e colaboradores
Figura 4-5 Resultados para taxa de injeção de inibidor para parâmetros de Nascimento
Como mostrado na figura 4-5, para os dados operacionais de Guo, et al, (2016), a taxa de
injeção de inibidor metanol foi de 1559,245 gal/dia. Já para os dados operacionais de
Nascimento (2016) a taxa de injeção de inibidor metanol foi de 800,361 gal/dia, como
indicado na figura 4-5. Para evitar a formação de hidratos durante o escoamento a
temperatura de formação de hidratos de gás deve ser mantida menor que a temperatura mais
baixa prevista no escoamento. A menor temperatura do escoamento para o estudo feito por
Guo, et al, (2016) foi de 2,5°C com temperatura de formação de hidratos de 26 °C e para o
estudo feito por Nascimento (2016) a menor temperatura de escoamento foi de -3°C com
temperatura de formação de hidratos de 13°C. Como a diferença entre a temperatura de
formação de hidratos de gás e a menor temperatura prevista para o escoamento foi maior para
o estudo feito por Guo, et al, (2016), quando comparado com o estudo feito por Nascimento
(2016), se fez necessário injetar uma taxa maior de inibidor termodinâmico no estudo feito
por Guo, et al, (2016) para diminuir a temperatura de formação de hidratos e assim
desfavorecer a formação de hidratos de gás.
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Conclusões
Recomendações
Como muitas reservas de gás natural foram encontras em condições cada vez mais
extremas, percebe-se uma grande necessidade de buscar métodos e softwares mais efetivos
para cálculos de temperatura de formação de hidratos de gás e então calcular a vazão de
inibidor necessária para evitar a formação de hidratos de gás. Esses métodos precisam
considerar em seus cálculos parâmetros exatos e condições realistas de altas pressões para
assim conseguir tomar medidas preventivas eficientes contra hidratos de gás, garantido a
segurança nas operações de produção e transporte de gás natural.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Boletim mensal da produção de petróleo e gás natural. Rio de Janeiro. ANP, 2018
CARROLL, J. Natural gas hydrates: A guide for engineers. USA: Elsevier, 2003.
GUO, Yanli et al. A prediction method of natural gas hydrate formation in deepwater
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KOH, Carolyn et al. Fundamentals and applications of gas hydrates. Annual Review of
Chemical and Biomolecular Engineering, vol. 2, n. 1, p. 237-257, 2011.
MEREY, Sükrü. Drilling of gas hydrate reservoirs. Journal of Natural Gas Science and
Engineering, vol. 35, part A, p. 1167-1179, 2016.
TOHIDI, Bahaman. Advances in avoiding gas hydrate problems. USA: SPE, 2014.
VAZ, C.; MAIA, J. ; SANTOS, W. Tecnologia da indústria do gás natural. [S.I]. Blucher,
2008.