Relatório 2 - Método de Faust

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Relatório de Parasitologia

Método de Faust

1. Introdução

As fezes podem ser formadas ou diarréicas. Nas fezes formadas observam-se


estruturas que demandam um certo tempo para serem produzidas, como os cistos que são
característicos de seres multicelulares. Nas fezes diarréicas observam-se estruturas menos
resistentes ao meio externo, que é o caso dos trofozoítos, que em sua maioria não
sobrevivem muito tempo no meio ambiente, sendo assim a estrutura no qual o
microrganismo se encontra parasitando algum ser, constitui a forma ativa do parasito.
Os exames parasitológicos de fezes são feitos utilizando-se fezes frescas e são
baseados nos princípios de sedimentação e flutuação - embora possamos ver nos dias atuais
métodos mais modernos - podendo observar o material então em um microscópio,
caracterizando assim um exame microscópico com observação direta.
Quanto às técnicas de flutuação temos a técnica de Willis, que é dita como técnica
de flutuação simples, e a técnica de Faust, que é chamada de técnica de centrífugo-
flutuação. A teoria das técnicas de flutuação é a seguinte: após a devida preparação das
fezes, com a retirada de qualquer interferente, é colocada uma solução com maior
densidade que a das estruturas analisadas, e por conta disto elas flutuarão até a superfície, e
uma alíquota dela poderá ser retirada para análise microscópica. A solução utilizada neste
método é de sulfato de zinco que tem densidade igual a 1,18 g/mL.
O método de Faust faz com que sejam observados os microrganismos que se
encontrarem em baixa densidade como alguns cistos de protozoários, ovos e larvas de
helmintos. Excluindo-se assim aqueles microrganismos que não formam cistos.
Uma diferença do método de Faust para o de Lutz é a quantidade de interferentes na
hora da observação microscópica, já que, nas técnicas de flutuação, qualquer interferente de
alta densidade ficará no fundo dos tubos, não fazendo parte assim da alíquota retirada para
preparação das lâminas.
2. Objetivos

 Realização do Método de Faust, em uma amostra de fezes, com objetivo de


familiarização com ele, aplicando os procedimentos referentes ao método, com o intuito
de preparar uma amostra para posterior observação microscópica de uma pequena
alíquota retirada desta.

3. Material Utilizado e Métodos

 Material Utilizado:

▪ Luvas descartáveis
▪ 2 gramas de fezes frescas
▪ Béquer
▪ Palheta de madeira
▪ Água
▪ Tubo de ensaio
▪ Funil
▪ Filtro de gaze
▪ Centrífuga
▪ Pipeta pasteur
▪ Sulfato de Zinco 33% com densidade 1,18 g/mL
▪ Alça de platina
▪ Lâmina
▪ Lâmínula
▪ Microscópio óptico
▪ Lugol

 Métodos:
Utilizando o jaleco, óculos de proteção e luvas descartáveis pegou-se cerca de 2
gramas de fezes frescas e colocou-se em um béquer com o auxilio de uma palheta de
madeira, homogeneizou-se com cerca de 10 mL de água da bica e após a ausência ou
quantidade desprezível de resíduos sólidos verteu-se a solução para um tubo de ensaio
específico para centrifugar, utilizando um funil forrado com uma gaze para filtrar a solução.
Centrifugou-se por 2 minutos a 2500 rpm descartou-se o sobrenadante, essa etapa
foi repetida até ser observada pouca coloração no sobrenadante. Desprezou-se então o
sobrenadante e adicionou-se 5mL de uma solução de sulfato de zinco, com o auxílio de
uma pipeta Pasteur, e centrifugou-se novamente por 2 minutos a 2500 rpm. Com o auxílio
de uma alça de platina, retirou-se três pequenas alíquotas da superfície do material e
colocou-se na lâmina seguido de uma gota de lugol, cobriu-se então a região com a
lamínula e observou-se em um microscópio.

4. Discussão

O método de Faust consiste em preparar uma amostra para análise microscópica que
possa ser analisada com maior precisão, sem muitos interferentes que possam induzir a uma
observação e interpretação errônea. Logo no início temos uma filtração da amostra
homogeneizada para a retirada de interferentes macroscópicos, como pedaços de comida
mal digerida, ou mesmo para facilitar a observação de estruturas parasitárias microscópicas,
como helmintos.
Até esta etapa, todos os métodos de análises parasitológicas se familiarizam, porém
em especial no método de Faust temos uma etapa de centrifugações seqüenciais,
descartando o sobrenadante entre elas. Estas centrifugações ajudam na eliminação de
impurezas que sejam menos densas que a água, pois essas não descerão para o fundo do
tubo e serão descartadas, a realização de várias centrifugações ajuda a ter certeza de que
toda impureza pouco densa foi eliminada.
Com a adição do sulfato de zinco, e a centrifugação, ele ficará depositado no fundo
do tubo, e conseqüentemente a amostra densa a ser analisada flutuará. Isto foi possível
observar, como é dito nos resultados.
Com a preparação da lâmina não foi possível observar estruturas parasitárias, talvez
por conta de uma ausência de cistos na amostra analisada, descartando a possibilidade de
que a técnica foi realizada de maneira incorreta.

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