Apostila Portugues Instrumental Tmi 24b
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Pesquisa)
Cursos:
Técnico em Mecânica Industrial (Turma: TMI-24B)
Técnico em Eletrotécnica (Turma: TE-10B)
Português Instrumental (Metodologia da Pesquisa) Prof. Fernando Moller
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Com uma forma diferente de ensino, esta disciplina pretende proporcionar aos discentes
uma melhor aprendizagem da Língua Portuguesa relacionada à Metodologia da Pesquisa.
Através de conteúdos selecionados, da prática contínua de exercícios e produções escritas de
comentários de leituras melhora a absorção dos conceitos, debates e avaliações assim evitando o
peso apenas na prova escrita. Facilitando a compreensão do aluno ao relacionar tópicos da
disciplina com os acontecimentos do dia-a-dia de seu trabalho profissional, pois através dos
exercícios proposto terá como critérios básicos o emprego de linguagem adequada, uso correto
das normas da ABNT, criatividade, criticidade e coerência; dando assim uma grande
importância a linguagem oral conforme a estrutura das atividades direcionadas aos conteúdos
ministrados em sala de aula.
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SUMÁRIO
Emissor – é aquele que emite, ou seja, que pronuncia ou envia uma mensagem. Também é
chamado de remetente.
Receptor – é aquele que recebe a mensagem enviada pelo emissor. Como a mensagem é
destinada a ele, também é chamado de destinatário, denominação comum em envelopes de
correios.
Canal – é a fonte de transmissão da mensagem (revista, livro, jornal, rádio, TV, ar etc).
Agora, você terá como identificar cada um dos elementos nos mais variados atos
comunicativos. Irá percebê-los toda vez que ler uma revista ou jornal, na conversa com um
amigo, quando assistir um canal de TV ou quando ouvir uma música no rádio.
É importante saber os elementos envolvidos na comunicação, pois dessa forma você
consegue saber, por exemplo, que tipo de linguagem o emissor está usando, conforme o canal
utilizado ou que tipo de texto um emissor escolheu para falar de determinado contexto e o
porquê desta escolha. Quem reflete sobre isso, tem mais capacidade de desenvolver seu lado
crítico. Pois se o indivíduo sabe a origem da comunicação (emissor), o público-alvo (receptor), o
conteúdo e a linguagem utilizada (mensagem e código), conseguirá relacionar essas informações
com o objetivo do ato comunicativo dentro do contexto, da situação vivenciada no momento.
Importante: ser crítico é diferente de ser opiniático. O primeiro tem uma posição formada
a partir de leituras diferentes e da reflexão sobre elas. O segundo apenas emite sua opi
nião sem muitos pudores.
ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO
contexto mensagem
emissor <----------------------------------> receptor
contato código
MÃOS À OBRA!
2- Elabore um comentário em poucas palavras sobre o contexto que o texto está inserido
relacionando a figura de linguagem evidenciada no texto.
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A linguagem formal e informal representa duas variantes linguísticas, ou seja, são dois
tipos de linguagem (visual, oral ou escrita) utilizadas em contextos e/ou situações distintas com
o intuito de comunicar.
Assim, enquanto a linguagem formal ou culta está pautada no uso correto das normas
gramaticais bem como na boa pronúncia das palavras, a linguagem informal ou coloquial
representa a linguagem cotidiana, ou seja, espontânea, regionalista e despreocupada com as
normas gramaticais.
Muito importante diferenciar essas duas variantes posto suas utilizações em
determinadas situações, ou seja, quando falamos com amigos e familiares utilizamos a
linguagem informal, entretanto, se estamos numa reunião na empresa, uma entrevista de
emprego ou escrevendo um texto, devemos utilizar a linguagem formal.
Note que no âmbito da linguagem escrita podemos cometer erros graves entre as
linguagens formal e informal, por exemplo, quando os estudantes produzem um texto e não
conseguem se distanciar da linguagem mais espontânea e coloquial, ou por não dominarem as
regras gramaticais. Nesse sentido, fique atento a essas variações, para não cometer erros graves.
Nesse caso, duas dicas bem importantes para não escrever um texto repleto de erros e
expressões coloquiais, é primeiro, conhecer as regras gramaticais e segundo, possuir o hábito da
leitura, que auxilia na compreensão e produção dos textos, uma vez que amplia o vocabulário do
leitor.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Conotação
Uma palavra é usada no sentido conotativo (figurado) quando apresenta diferentes
significados, sujeitos a diferentes interpretações, dependendo do contexto frásico em que aparece.
Quando se refere a sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da palavra,
ampliando sua significação mediante a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um
sentido figurado e simbólico.
Exemplos:
Você é o meu sol!
Minha vida é um mar de tristezas.
Você tem um coração de pedra!
EXERCÍCIOS
1) Assinale o segmento em que NÃO foram usadas palavras em sentido conotativo:
(A) “... mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço”
(B) “Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda, triste”
(C) “A natureza parece estar chorando a perda irreparável...”
(D) “... no discurso que proferiu à beira da minha cova.”
(A) “Além dos ganhos econômicos, a nova realidade rendeu frutos políticos.”
(B) “...com percentuais capazes de causar inveja ao presidente.”
(C) “Os genéricos estão abrindo as portas do mercado...”
(D) “...a indústria disparou gordos investimentos.”
(E) “Colheu uma revelação surpreendente:...”
Obviamente que, para haver uma boa interpretação, o texto deverá dispor de todos os
requisitos essenciais para tal. Como, por exemplo, coesão, coerência, paragrafação e, sobretudo,
relações semânticas bem delimitadas, para que dessa maneira o leitor possa interagir plenamente
com as ideias retratadas por esse texto.
A questão discursiva tanto vale para textos escritos em prosa, quanto para aqueles
escritos em forma de versos, pois por trás de uma simples estrofe há infinitos dizeres, que o
leitor, com seu conhecimento de mundo, torna-se capaz de decifrá-los de uma forma bastante
plausível.
Assim sendo, a linguagem é algo interativo, magnífico, surpreendente, autêntico e
poderoso. Ao atribuirmos o adjetivo “poderoso”, estamos nos remetendo à ideia de que ela
também possui uma finalidade persuasiva em meio ao processo de interlocução.
Assim, como mencionado anteriormente, é inegável a importância de estarmos aptos a
interpretar todo e qualquer texto, independente de sua finalidade. E para que isto ocorra, é
necessário lançarmos mão de certos recursos que nos são oferecidos, e muitas vezes não os
priorizamos, como a leitura, a busca constante por informações extra textuais, para que assim
nos tornemos leitores e escritores cada vez mais conscientes e eficazes.
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DUARTE, Vânia Maria Do Nascimento. "A interpretação textual "; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-interpretacao-textual.htm>. Acesso em 01 de agosto
de 2016.
Exemplo de texto
TEXTO I TEXTO II
O show
O cartaz
O desejo
O pai
O dinheiro
O ingresso
O dia
A preparação
A ida
O estádio A
multidão A
expectativa
A música
A vibração
A participação
O fim
A volta
O vazio
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3.1 RELATÓRIO
Senhor Superintendente,
Jorge Miguel
Tendo sido designado por Vossa Senhoria para apurar as denúncias de irregularidades
ocorridas no aeroporto de Marília, submeto à apreciação de Vossa Senhoria o relatório das
diligências que nesse sentido efetuei.
No dia 23 de julho de 1988 dirigi-me ao senhor Raimundo Alves Correia, encarregado
do aeroporto daquela cidade, para que permitisse fosse interrogado o funcionário João Romão,
acusado de ter furtado uma máquina de escrever Olivetti n. 146.801, pertencente ao patrimônio
do aeroporto. O acusado relatou-nos que realmente havia levado a máquina para casa na sexta-
feira – 18 de março de 1988 – apenas para executar alguma tarefa de caráter particular. Não a
devolveu na segunda-feira, dia 21 de março, porque faltou ao serviço por motivo de doença.
Quando retornou ao serviço dia 28 de março, devolveu a máquina. A doença do acusado está
comprovada pelo atestado que segue anexo ao presente relatório; a devolução da máquina no dia
28 de março foi confirmada pelo senhor Raimundo Alves Correia.
Do exposto conclui-se que me parece infundada a acusação. Não houve vontade de
subtrair a máquina, mas apenas negligência do acusado em levar para casa um bem público para
executar tarefa particular. Foi irresponsável. Não cometeu qualquer ato criminoso.
Não me convence seja necessário impor-se a instauração de processo administrativo. O
funcionário deve ser repreendido pela negligência que cometeu. É o que me cumpre levar ao
conhecimento de Vossa Senhoria.
Aproveito a oportunidade para apresentar-lhe protestos de minha distinta consideração.
Cláudio da Costa
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PRATICANDO
[EXERCÍCIO 01] O relatório é um texto de tipo:
a) descritivo;
b) narrativo;
c) argumentativo;
d) poético;
e) dramático.
[EXERCÍCIO 02] A finalidade principal do texto é:
a) orientar o superior na tomada de uma decisão;
b) documentar oficialmente um ato irregular;
c) discutir um tema polêmico;
d) fornecer dados para uma investigação;
e) indicar funcionários passíveis de punição.
[EXERCÍCIO 03] Não consta(m) do relatório lido:
a) o cargo da autoridade a quem é dirigido;
b) o relato dos fatos ocorridos;
c) uma preocupação literária do autor;
d) as conclusões dos fatos analisados;
e) uma fórmula de cortesia final.
[EXERCÍCIO 04] O item em que se mostra a forma abreviada correta de Vossa
Senhoria é:
a) V. Sria. b) V. Sra. c) V. S.
d) V. Senh. e) V. Sª.
[EXERCÍCIO 05] O estilo burocrático se caracteriza, entre outras coisas, pelo emprego
de palavras desnecessárias; no primeiro parágrafo do texto são exemplos desse caso:
a) denúncias; ocorridas; apreciação;
b) ocorridas; apreciação; relatório;
c) apreciação; relatório; nesse sentido;
d) relatório; denúncias; ocorridas;
e) nesse sentido; ocorridas; apreciação.
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Cada tipo de redação técnica absorve uma estrutura específica, no entanto elas
presentam algumas características em comum, a saber:
4.2.1 CARACTERÍSTICAS
A linguagem utilizada na carta comercial é formal, clara e objetiva com um texto breve e
parágrafos curtos. Portanto, ela inclui uma boa organização e apresentação. Nesse tipo de texto
deve-se evitar utilizar vícios e figuras de linguagem, gírias, expressões coloquiais, dentre outros.
Exemplo
Senhor Diretor:
Atenciosamente,
Rodrigo Almeida dos Santos
Diretor do Departamento Administrativo
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4.3 REQUERIMENTO
Solicitação de algo
Terceira pessoa do singular e plural
Exemplo
Para compreender melhor esse gênero textual, segue abaixo um modelo de requerimento:
Senhor Diretor,
Solicitamos o material didático para o ensino médio, pois estamos terminando o
conteúdo do primeiro bimestre.
4.4 OFÍCIO
7. Destinatário:
a) Forma de tratamento adequado b) Nome da autoridade
c) Nome do cargo
d) Localidade
8. Identificação.
Exemplo:
Senhor Diretor:
José da Silva
Secretário de Obras Públicas
5. RELATÓRIO
5.2 O FICHAMENTO
“na justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a defesa de
honra” (p. 132)
“a mulher buscou com todas forças sua conquista no mundo totalmente masculino” (p.43)
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É uma síntese das principais idéias contidas na obra. O aluno elabora com suas
próprias palavras a interpretação do que foi dito.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo:
brasiliense, 1993.
A obra insere-se no campo da história e da antropologia social. A autora utiliza-se de fontes
secundárias colhidas por meio de livros, revistas e depoimentos. A abordagem é descritiva e
analítica. Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasil a partir do ano de
1500. A autora descreve em linhas gerais todo s processo de lutas e conquistas da mulher.
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Resumo e resenha
Uma resenha é um texto onde existe a opinião crítica da pessoa que escreve em relação
ao livro ou documento sobre o qual foi elaborada a resenha. Apesar de transmitir a opinião do
escritor, a utilização da primeira pessoa em uma resenha não é recomendada. É importante
referir que no caso da resenha descritiva, a opinião do autor pode não estar presente. Por outro
lado, o resumo não contém a opinião (a não ser que se trate de um resumo crítico), e se trata
apenas de uma síntese das principais ideias do livro ou documento.
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O primeiro passo para fazer um resumo consiste na leitura atenta do texto que vai ser
resumido. Depois devem ser identificados nos diferentes parágrafos os conceitos-chave, ou seja,
as ideias mais importantes. Em seguida, deve ser feito o resumo, onde os parágrafos são
descritos de forma concisa, nunca esquecendo de abordar os conceitos mais importantes. Como
conclusão, deve ser feita uma leitura atenta do resumo, para comprovar que as principais
idéias do texto original estão incluídas no resumo.
Tipos de Resenha
Antes de mais nada, vale lembrar que a resenha é uma análise interpretativa e, por isso,
faz-se necessário atentar ao tema que será discorrido e, além disso, as considerações pessoais
sobre o objeto analisado.
Assim, se a resenha será de uma peça de teatro é muito importante que você vá assisti -
la e crie seu próprio juízo de valor a respeito do tema.
Da mesma forma, se a tarefa for fazer uma resenha crítica de um livro, faz-se necessário
a leitura e uma análise sobre a obra. Logo, atentamos para sua composição:
Escolha do tema a ser analisado;
Aprofundamento e contextualização do tema;
Argumentação e juízo de valor ou opinião pessoal sobre o tema.
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No último tópico, observe que não precisamente o discurso aparecerá em primeira pessoa
(eu), mais comum, aparecer em terceira pessoa (ele, ela, você). Por conseguinte, outros
elementos importantes são: conhecimento sobre o autor e sua obra bem como a relação com
outros textos, conceitos e autores.
Dessa forma, vale ressaltar que quanto mais o resenhista amplia os conhecimentos que
envolvem o tema, a resenha ficará muito melhor.
Por fim, a resenha segue o modelo dos textos dissertativo-argumentativos, ou seja,
introdução, desenvolvimento e conclusão, contudo, é um texto flexível e pode não seguir essa
regra. Destaca-se que, quando uma resenha crítica é feita de uma obra, deve-se colocar a
referência bibliográfica e as informações sobre o autor.
http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID193/v3_n1_a1998.pdf
Segundo a ABNT (NBR 6022, 2003, p.2), o artigo científico pode ser definido como a
“publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos
e resultados nas diversas áreas do conhecimento”.
Mediante tal definição, um questionamento que se mostra relevante faz referência à
diferença demarcada entre um artigo e uma monografia. Em consonância a esta pergunta,
respostas poderão surgir, tais como a de que o artigo possui uma forma mais simplificada que a
monografia. Sendo assim, veremos algumas elucidações, a fim de que possíveis dúvidas possam
ser esclarecidas acerca do tema em questão.
O artigo científico, como o próprio nome já nos revela, caracteriza-se por um texto
científico cuja função é relatar os resultados, sendo esses calcados de originalidade,
provenientes de uma dada pesquisa. Dessa maneira, ele, materializado sob a forma de um relato
acerca dos resultados originais de um estudo realizado, torna-se publicamente conhecido por
meio de revistas científicas, as quais possuem uma seção destinada a esse fim. Assim Santos
(2007, p. 43), “são geralmente utilizados como publicações em revistas especializadas, a fim de
divulgar conhecimentos, de comunicar resultados ou novidades a respeito de um assunto, ou
ainda de contestar, refutar ou apresentar outras soluções de uma situação convertida”.
Como antes citado, há a hipótese de que a concisão seja a característica que demarca a
diferença entre a monografia e o artigo. Assim, precisamos compreender acerca de alguns
pressupostos, a fim de que possamos confirmar ou não se tal hipótese é verdadeira.
O primeiro passo é compreendermos que enquanto na monografia existe a possibilidade
de se esmiuçar um determinado assunto, estendendo-o em vários capítulos, no artigo científico
tal aspecto não prevalece.
Como se trata de um texto que prima pela concisão dos dados apresentados, ele precisa
passar por um critério rigoroso de correção, no sentido de verificar a estruturação dos parágrafos
e frases, garantir a clareza e objetividade retratadas pela linguagem, entre outros. Não deixando
de mencionar que num artigo, o revisor precisa estar livre para se posicionar frente ao objeto de
análise, levando em consideração alguns aspectos voltados para a análise dos argumentos
apresentados, checagem do valor científico atribuído ao texto em questão,
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Quanto ao conteúdo abordado no artigo, ele pode apresentar distintos aspectos, como
também pode cumprir outras tarefas, conforme nos revelavam Marconi e Lakatos (2005, p.
262):
d) abordar aspectos secundários, levantados em alguma pesquisa, mas que não seriam
utilizados na mesma.
Mediante tais postulados, pode parecer um tanto quanto complicado ao autor elaborar
seu artigo, mas o que na verdade ocorre é que, frente a tal incumbência, ele descobrirá pontos
relevantes que o permitirão desenvolver habilidades, tais como: a de sintetizar suas ideias frente
ao contexto científico, a de selecionar de forma concisa e ao mesmo tempo precisa as fontes
bibliográficas que lhe servirão de apoio, bem como a de avaliar melhor os dados coletados e
apresentar os resultados obtidos, entre outros aspectos.
Com base em tais postulados, obtém-se a conclusão de que atualmente é crescente o
número de instituições que requisitam a produção do artigo em vez da monografia. Lembrando
que essa produção pode ser realizada de forma provisória, por meio de um projeto de pesquisa, o
qual delimitará anteriormente as bases que fundamentarão o trabalho a ser realizado.
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5.6 RELATÓRIO
O Relatório é um tipo de texto que como o próprio nome indica relata sobre algo. Trata-
se de um texto que apresenta um conjunto de informações pormenorizadas sobre determinado
tema.
A linguagem presente nos relatórios é formal e cuidada, donde é utilizada a norma culta
pautados na coerência e coesão textual.
Os relatórios podem ser textos escritos ou orais. Além disso, são textos expositivos de
caráter narrativo e descritivo, no entanto, alguns relatórios podem ser críticos, com presença de
argumentação e considerações pessoais.
De tal modo, os relatórios fazem parte das redações técnicas sendo muito importantes
para registrar uma atividade (participação num evento, visita a um equipamento cultural,
atividade em sala e em grupo, relatar uma experiência, detalhes de uma pesquisa, apreciações
sobre um livro, um filme, etc.) seja na escola, na universidade ou no trabalho
Tipos de Relatório
Índice: quando se trata de trabalhos mais longos e desenvolvidos em várias etapas, antes
de iniciar o texto, surge o índice (ou sumário), com o nome de cada subtítulo e ain da, o número
das páginas onde está localizada cada informação.
ATIVIDADE
Para fixar seus conhecimentos sobre esse tipo de texto tão importante, faça um
relatório crítico sobre a última atividade em grupo que realizou em sala de aula.
Siga a estrutura de apresentação proposta acima com capa, índice, título, corpo de
texto e considerações finais. Mãos à obra!
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7.1.1 Capa
A capa é um elemento fundamental.
7.2.1 Introdução
A introdução deve criar uma expectativa positiva e o interesse do leitor para a
continuação da análise de todo artigo. A introdução apresenta o assunto e delimita o tema,
analisando a problemática que será investigada, definindo conceitos e especificando os termos
adotados a fim de esclarecer o assunto.
Apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento. (ABNT NBR
6022/2003). Parte inicial do artigo, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, os
objetivos da pesquisa e a metodologia utilizada para alcançá-los.
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7.2.2 Problema
O problema de pesquisa normalmente envolve uma situação teórica ou prática para a qual o
pesquisador busca respostas ou soluções. Algumas condições se impõem para que se determine
o problema:
a) O problema deve ser concreto e apresentado de forma clara e precisa;
7.2.3 Hipótese
É uma suposta resposta ao problema a ser investigado, poderá ser aceita ou rejeitada. Aparece
de forma explícita apenas nas pesquisas explicativas.
Nas pesquisas descritivas, "logo após a formulação dos problemas procede-se à especificação
dos objetivos em lugar da apresentação das hipóteses. Já nas pesquisas exploratórias, as
hipóteses costumam aparecer como produto final." (GIL, 2000, p. 52).
7.2.6 Justificativa
Relevância da pesquisa e suas possíveis contribuições futuras. Descreve as razões em defesa do
estudo a ser realizado e ainda demonstra em que âmbito a pesquisa será realizada, ou seja, local,
regional, nacional ou internacional.
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7.2.9.1 Pesquisa
Pode ser exploratória, descritiva ou experimental/explicativa.
7.2.9.2 O delineamento
Pode ser bibliográfico, documental, estudo de caso, levantamento, pesquisa-ação, ou pesquisa
histórica, entre outros.
7.2.10 Recursos
Envolvem os recursos humanos, materiais e financeiros necessários à realização da pesquisa.
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7.2.11 Cronograma
É a descrição de cada uma das fases da pesquisa, acompanhadas das datas de sua execução ou
determinadas pelo orientador do projeto. Deve ser flexível e possível de ajustes.
Sugestão de Cronograma:
7.2.12 Referências
Elemento obrigatório, elaborado conforme a ABNT NBR 6023/2002.
7.2.13 Glossário
Elemento opcional, elaborado em ordem alfabética. ABNT NBR 14724/2005.
7.2.14 Apêndice
Elemento opcional. O(s) apêndice(s) são identificados por letras maiúsculas consecutivas,
travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas,
na identificação dos apêndices, quando esgotadas as 26 letras do alfabeto.
7.2.15 Anexo
Elemento opcional.
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REFERÊNCIAS
DUARTE, Vânia Maria Do Nascimento. "A interpretação textual "; Brasil Escola. Disponível
em <http://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-interpretacao-textual.htm>. Acesso em
01/08/2016.
FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco. Para entender o texto: leitura e redação. 3 ed. São
Paulo: Ática, 2010.
INFANTE, Ulisses. Curso de gramática aplicada aos textos. 5.ed. São Paulo: Scipione, 2009.