Aula - Farmacologia 01
Aula - Farmacologia 01
Aula - Farmacologia 01
CONCURSO
CONCURSO
PREF. ANÁPOLIS – Farmácia
Conhecimentos: Específicos
Disciplina: Farmacologia
Parte I
_____________________________________________
ÇÃO
Equipe Educa Far Concursos – CONCURSO PREF. ANÁPOLIS 2015 Página 2
Professor Bruno Educa Far Concursos
OBSERVAÇÕES INICIAIS
FARMACOCINÉTICA
A farmacocinética é um ramo da Farmacologia que possui
importância de auxiliar correta posologia, assim como reajustes nas doses,
entender o índice terapêutico, entre outras.
Katzung B. G, define de forma simplificada farmacocinética como: a
ação do corpo sobre o fármaco.
Professor ainda não entendi muito bem. OK! Vou explicar com uma
linguagem menos técnica. A farmacocinética significa: o caminho que o
fármaco vai percorrer no corpo, desde a administração e absorção até a
sua eliminação. Outros autores falam que é a relação entre a seqüência
temporal das concentrações da substância alcançadas em diferentes regiões do corpo
durante e após a administração de uma dose.
ABSORÇÃO
É a passagem da droga do seu local de aplicação até a corrente
sangüínea.
Para ser absorvido um fármaco precisará atravessar as barreiras
celulares (por exemplo, mucosa gastrintestinal, túbulo renal, barreira
hematoencefálica, placenta), é necessário que as substâncias atravessem
membranas lipídicas.
As substâncias atravessam as membranas lipídicas:
por difusão passiva;
por transportadores;
-------------------------------------------------------------------
B = H+ + BH+
RESUMINDO:
OBS: É evidente que o intestino possui grande superfície de contato, logo, até mesmo os
fármacos ácidos poderão ser absorvidos neste órgão independente da influência do pH.
Além disso o estômago possui uma parede mais espessa e com presença de muco, o
que dificulta um pouco a absorção neste local.
OBS 2: Porque as formas ionizadas não são absorvíveis? R: Pois são pouco lipossolúveis,
além de sofrer uma repulsão eletrostática com as cargas da membrana.
DISTRIBUIÇÃO
O termo distribuição se refere à transferência reversível do fármaco de
um local a outro dentro do organismo. É o transporte do fármaco da
corrente sanguínea para o tecido-alvo, se dá pela distribuição dos
fármacos nos líquidos intersticiais e intracelulares.
Fatores que podem influenciar a distribuição dos fármacos:
BIOTRANSFORMAÇÃO
Esta é a fase farmacocinética da transformação do fármaco em
outra(s) substância(s), por meio de alterações químicas, geralmente sob
ação de enzimas inespecíficas.
Professor por que enzimas inespecíficas? R: Pois a
mesma enzima poderá atuar em mais de um
fármaco.
TEMPO DE MEIA-VIDA
CICLO ÊNTERO-HEPÁTICO
INDUÇÃO ENZIMÁTICA
INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
EXCREÇÃO
É a saída dos fármacos do organismo.
DICA: nem sempre os fármacos para serem eliminados devem sofrer
biotransformação, pois aquelas substâncias que são naturalmente bastante
polares (hidrossolúveis) poderão ser eliminadas na sua forma inalterada.
As principais vias das quais as substâncias e seus metabólitos são
removidos do corpo são:
Os rins;
O sistema hepatobiliar ;
Os pulmões (importantes para anestésicos voláteis/ gasosos).
INFLUÊNCIA DO pH NA ELIMINAÇÃO
Como vimos que a maioria dos fármacos são ácidos ou bases fracas,
portanto da mesma forma que o pH influencia na absorção, também na
excreção.
Na eliminação o raciocínio é oposto ao que estudamos na absorção.
Para eliminar um fármaco é necessário que ele fique mais hidrossolúvel (pois
a urina é aquosa). Um fármaco é mais hidrossolúvel quando ele está na sua
forma IONIZADA.
Um fármaco tende a se ionizar quando o meio é oposto a sua
característica ácido-base. Por exemplo, um fármaco ácido tende a se
ionizar no meio alcalino, e da mesma forma um fármaco básico tende a se
ionizar no meio ácido.
ATENÇÃO
Esse tópico é explorado em provas através de casos clínicos de
intoxicação. Pense comigo:
Um indivíduo está intoxicado com um fármaco X que ácido
fraco. Como estamos lidando com a intoxicação é de interesse que
esse toxicante seja eliminado o mais rápido possível. Como você
poderia ajudar?
R: Poderia fazer a sugestão de alcalinizar a urina (ex:
administração de bicarbonato de sódio) do paciente, pois a urina
alcalina tende a deixar esse toxicante ácido na forma ionizada, que é
a forma mais hidrossolúvel e mais favorável à eliminação.
DEPURAÇÃO (‘Clearance’)
• Taxa de eliminação, normalizada com a concentração de um
fármaco
• Volume de líquido biológico (sangue ou plasma) que contém a
quantidade da droga removida pelo rim (na depuração renal) ou
ainda metabolizada pelo fígado (depuração hepática) na unidade
de tempo - ml/min ou ml/min/kg [Cltotal = Clrim + Clhep + Cloutros ]
• É extremamente relevante para estabelecer a dose da droga em
tratamento de longo prazo.
FARMACODINÂMICA
RECEPTORES:
Podemos chamar de receptor aquele componente do organismo que
é alvo de interação com a droga. Ou seja, é a estrutura macromolecular
funcional do organismo com o qual o agente químico presumivelmente
interage. Na imensa maioria das vezes essa estrutura macromolecular
(receptor) são PROTEÍNAS.
Receptores são estruturas altamente especializadas, que tem no
organismo afinidade de interar-se naturalmente com substâncias
endógenas com função fisiológica, e que podem também reagir com
substâncias exógenas (como os fármacos), que tenham características
químicas e estruturais comparáveis às substâncias que ocorrem
naturalmente no organismo.
Os receptores podem ser classificados, basicamente em quatro grandes
tipos:
Canais iônicos controlados por ligantes (ionotrópicos)
Ex.: Nicotínico da Acetilcolina
Receptores acoplados à proteína G (GPCRs – Metabotrópicos):
Ex.: Muscarínico da Acetilcolina
Receptores ligados a quinases e correlatos
Ex.: Insulina
Receptores nucleares.
Ex.: receptores dos Esteróides.
Divisão funcional:
Abertura de canais de Na+ e Ca++ causa despolarização (carga
intracelular fica mais positiva) facilitando a ativação da célula.
Abertura de canais de Cl- e K+ causa a hiperpolarização (carga
intracelular fica mais negativa) dificultando a ativação da célula.
b) GMPc:
A enzima guanilato-ciclase converte o GMP em GMP cíclico (cGMP) que,
por sua vez, ativa uma proteína quinase. Entre outros efeitos, este
mecanismo de transdução de sinal leva à desfosforilação das cadeias leves
Ligações covalentes
Ligações iônicas, Ligações de H ou pontes de H, Ligações
dipolo-dipolo
Interações hidrofóbicas e Ligações de Van der Walls
SINERGISMO x ANTAGONISMO:
Interação medicamentosa do tipo farmacodinâmica causa
modificação do efeito bioquímico ou fisiológico do medicamento.
Geralmente ocorre no local de ação dos medicamentos (receptores
farmacológicos) ou através de mecanismos bioquímicos específicos, sendo
capaz de causar efeitos semelhantes (sinergismo) ou opostos (antagonismo)
SINERGISMO quando ação de um fármaco soma-se e melhora a do
outro. Falaremos em sinergismo quando o efeito da combinação (ou
associação) de dois fármacos é superior do que os efeitos de cada um
deles de forma isolada.
O sinergismo em muitos casos na prática clínica pode ser requerido. É
comum associações medicamentosas no tratamento de tumores e de
infecções, tanto bacterianas como parasitárias. Neste último caso, merece
destaque a associação recém-proposta entre artemeter e praziquantel
para o tratamento da esquistossomose em áreas de alta endemicidade.
ÍNDICE TERAPÊUTICO
Para tentar prever os intervalos de posologias que possui eficácia
terapêutica até aparecimento de efeitos tóxicos é utilizado o
conhecimento de Índice terapêutico que já discutimos na última aula, mas
vale a pena repetir.
Índice Terapêutico: intervalo entre as concentrações séricas em que
ocorrem os efeitos benéficos até atingir os tóxicos, ou seja, abaixo de tal
faixa não há resposta satisfatório e acima poderá haver aparecimento de
toxicidade. O índice terapêutico é uma expressão matemática em função
da DE50 (Dose Eficaz Média) e a DL50 (Dose Letal Média)
Para reforçar esse conhecimento veja a imagem abaixo que elucida
bem a forma de se obter essa valiosa informação. Veja que nesse exemplo
do pentobarbital o índice terapêutico compreende a faixa de 41mg/Kg
(dose mínima a ser administrada) a 64mg/Kg (dose máxima).
SISTEMA NERVOSO
CENTRAL PEFIFÉRICO
SOMÁTICO
AUTÔNOMO
Simpático
Parassimpático
SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO
Neurotransmissor:
Noradrenalina (NA), também pode ser chamada de noraepinefrina.
ALFA-1
São receptores pós-sinápticos
Os segundos mensageiros são: IP3 e DAG
A estimulação desse receptor causa principalmente contração da
musculatura lisa (vasoconstrição e conseqüente elevação da pressão
arterial) e dilatação da pupila (midríase). Também podem causar
glicogenólise (aumento da glicemia, por quebra de glicogênio hepático).
ALFA-2
São receptores pré-sinápticos e em algumas regiões pós-sinápticos.
A estimulação desse receptor diminui AMPc, inibe secreção de insulina,
inibe secreção de NA (mecanismo de auto regulação, feedback negativo).
ATENÇÃO diferente de todos os outros é um receptor inibitório.
BETA-1
São receptores pós-sinápticos.
O segundo mensageiro é o AMPc.
Possuem como principal ação o desencadeamento de efeitos cardíacos
positivos/cronotrópicos positivos (aumentam a força de contração do
miocárdio).
BETA-2
São receptores pós-sinápticos.
O segundo mensageiro é o AMPc.
BETA-3
São receptores pós-sinápticos.
O segundo mensageiro é o AMPc.
Os receptores beta-3 estão presentes no tecido adiposo, onde a
estimulação leva a lipólise (hidrólise de triglicerídeos no tecido adiposo, que
libera ácidos graxos na corrente sanguínea durante situações de estresse).
fosfodiesterase
AMPc 5-AMP (inativa)
ATENÇÃO!
Vamos iniciar de fato o assunto dos fármacos!
São fármacos que atuam tanto sobre os receptores alfa e beta, e por
isso são chamados de não seletivos. Os representantes como viram são os
próprios endógenos.
Portanto podem ser utilizados como:
Cardiogênico, pois aumentam a freqüência e força cardíaca, indicado
em casos de parada cardíaca.
Vasoconstritores e assim favorece o prolongamento do efeito de
anestésicos locais.
Combater reação anafilática, pois provoca broncodilatação e evita o
fechamento dos brônquios e o edema de glote. Geralmente nesse caso
usa-se adrenalina intravenosa.
ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
Neurotransmissor:
Acetilcolina (ACh).
MUSCARÍNICOS = M2
São conhecidos como receptores cardíacos.
O segundo mensageiro é o AMPc.
Esses receptores são inibitórios e encontrados no músculo cardíaco, e a
estimulação deles causam uma diminuição da condução AV (átrio-
ventricular) e também diminui a freqüência cardíaca.
MUSCARÍNICOS – M3
São conhecidos como receptores de musculatura lisa / glandular.
Os segundos mensageiros são: IP3 e DAG.
NICOTÍNICO = Nn
São receptores conhecidos como neuronais.
São encontrados em gânglios autonômicos. A estimulação desses
receptores causa, portanto, excitação dos neurônios pós-ganglionares.
NICOTÍNICO = Nm
São receptores neuromusculares e, portanto, pertencem, na verdade, ao
sistema nervoso somático.
A estimulação desses receptores leva a contração muscular esquelética.
AGONISTAS MUSCARÍNICOS:
Representantes: Pilocarpina, carbacol, betanecol, muscarina, arecolina e
metacolina.
PILOCARPINA
Liga-se aos receptores muscarínicos, ativando-os e provocando os
efeitos típicos da ACh. São indicadas para o tratamento do glaucoma, pois
atuam sobre os receptores M3 da musculatura lisa pupila, causando uma
contração e diminuindo a pressão intraocular.
Outro uso, um pouco incomum, mas farmacologicamente comprovado
é para o tratamento da xerostomia, com administração do fármaco na
região oral (língua), assim ao interagir com os receptores muscarínicos irá
causar aumento da secreção salivar, e assim proporciona uma melhora da
xerostomia (boca seca).
BETANECOL
Liga-se nos receptores muscarínicos da musculatura lisa visceral,
promovendo um aumento das contrações gastrintestinal, sendo em
requerido por pacientes com constipação pós-operatório.
METACOLINA
A metacolina é mais resistente à hidrólise da acetilcolina e a
metacolina possui a maior ação muscarínica mais potente do que as
demais substâncias apresentadas.
AGONISTAS NICOTÍNICOS:
Mimetizam a estimulação feita pela ACh nos receptores muscarínicos.
Não há nenhum que tenha relevância em provas, nem da Consulplan nem
mesmo de outras bancas organizadoras.
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS
Representantes: Atropina e escopolamina.
ATROPINA
Os efeitos são:
Redução de secreções e brondilatação (efeito requerido para facilitar
ventilação mecânica, intubação do paciente).
Cronotropismo positivo (aumento da força de contração do coração).
Reverter casos de intoxicação por anticolinesterásicos (ex: pesticidas
organofosforados).
A atropina é uma substância originada da planta alucinógena Atropa
belladona.
ESCOPOLAMINA
Os efeitos são:
Antiespasmódico, pois a escopalamina interage com receptor
muscarínico da região gastrintestinal, diminuindo as contrações e
consequentemente as cólicas gastrintestinais. O nome comercial bastante
conhecida é o Buscopan®.
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IPRATRÓPIO
Os efeitos são:
Broncodilatador, pois o ipratrópio interage com receptor muscarínico
da região brônquica, diminuindo a broncoconstrição. O nome comercial
bastante conhecida é o Atrovent®.
BIPERIDENO, TRIEXFENIDIL
Os efeitos são:
Anti-parkinsonianos, atuam sobre receptores muscarínicos presentes na
região central e não periféricos.
ANTAGONISTAS NICOTÍNICOS
Representantes: Agentes despolarizantes (anticolinesterásicos). Agentes
adespolarizantes (d-tubocurarina, vecurônio e mevacurônio).
Os mais importantes são:
ANTICOLINESTERÁSICOS
São antagonistas, cujo mecanismo de ação baseia-se inibição da enzima
acetilcolinesterase, e, por conseguinte, aumentam as ações da acetilcolina.
Os anticolinesteráricos podem ser dois tipos:
Crise colinérgica:
Distúrbios gastrintestinais (náuseas, vômitos, diarréia, salivação
excessiva).
Sudorese.
ANTI-HIPERTENSIVOS
Os primeiros agentes anti-hipertensivos que vamos estudar são os
diuréticos:
DIURÉTICOS DE ALÇA
Representantes: Furosemida, bumetanida, piretanida, torasemida.
mas como são muito potentes eles correm o risco de reduzir demais essa
volemia e ao invés de trazer uma solução o fármaco poderá causar uma
hipotensão acentuada que se tornaria outro problema. Logo, não são os
fármacos de escolha no tratamento da hipertensão, são muito indicados
para o tratamento de: edema pulmonar agudo; hipercalcemia;
insuficiência renal; etc.
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS
DIURÉTICOS OSMÓTICOS
Representantes: manitol.
INIBIDORES DA ECA
Representantes: captopril, enalapril, lisinopril.
AGENTES SIMPATOLÍTICOS
Corresponde a uma grande família de hipotensores que consistem em
inibidores do sistema simpático.
CRISES HIPERTENSIVAS
A crise hipertensiva constitui-se em situação clínica na qual ocorre uma
brusca elevação dos níveis da pressão.
São exemplos indicações farmacológicas para esses casos:
Captopril – via oral (crise mais leve)
Nifedipino – via sublingual
Nitroprussiato de sódio – via endovenosa
Hidralazina – via endovenosa
ANTI-ARRÍTMICOS
Classificação das arritmias
São classificadas em bradicardias (FC < 60 batimentos por min) e
taquicardias (FC > 120 batimentos por min).
GLICOSÍDEOS CARDÍACOS
Os glicosídeos cardíacos são obtidos da dedaleira (Digitalis spp.) e de
plantas relacionadas.
Representantes: digoxina, digitoxina, metildigoxina.
Os principiais mecanismos de ação dos glicosídios cardíacos consistem
em aumento da atividade vagal e inibição da bomba de Na+/K+ ATPase. A
Inibição da bomba Na+/K+ ATPase provoca aumento da concentração
intracelular de sódio, e, conseqüentemente, de cálcio intracelular, devido à
troca do sódio com o cálcio, aumentando a contração cardíaca. Ocorre a
diminuição intracelular de potássio e os efeitos são aumentados pela
hipocalemia.
Os digitálicos retardam a condução AV ao aumentar o tônus vagal
através de uma ação sobre o sistema nervoso central, reduzindo a
freqüência ventricular, o que melhora a eficiência de bombeamento do
coração devido ao melhor enchimento ventricular.
A Digitoxina, Digoxina e Metildigoxina são administradas por via oral,
em situações de urgência, a digoxina é administrada por via endovenosa.
ANTICOAGULANTES
Para finalizar este módulo iremos pontuar um pouco sobre os fármacos
anticoagulantes, também estão relacionados ao sistema cardiovascular.
Nossa aula foi resumida, mas por que não vi necessidade grande
aprofundamento no tema, visto que a banca Consulplan não possui muitas
questões sobre o tema e também pela característica da instituição a que
esse concurso se refere (Ministério da AGRICULTURA...) tal cobrança não
faria muito sentido. Tenho plena convicção que a próxima aula, acerca dos
antimicrobianos deverá ser a base da prova.
Sobre os fármacos que atuam sobre a coagulação sanguínea podemos
dividi-los em três grupos principais:
1 Anticoagulantes
2 Fibrinolíticos
3 Antiplaquetários
ANTICOAGULANTES
Os anticoagulantes são substâncias que retardam a coagulação,
sendo os anticoagulantes utilizados para ajudar a prevenir e tratar
tromboembolismo venoso, coágulos sanguíneos associados com a
substituição de válvula cardíaca e fibrilação atrial.
Temos anticoagulantes orais (ex: varfarina) e injetáveis (Heparina).
Vamos ver cada um deles:
HEPARINA
A heparina, é um anticoagulante INJETÁVEL (devido seu alto peso
molecular é um fármaco não absorvido pelo trato gastrintestinal), que age
na presença de um co-fator denominado antitrombina, inativando alguns
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ANTICOAGULANTES
ANTIPLAQUETÁRIOS
Os antiplaquetários são agentes diversos, que têm em comum a
propriedade de inibir a formação do trombo sem interferir de forma
significativa nos demais segmentos da cascata de coagulação.
De forma geral, promovem a inibição das funções plaquetárias, tais
como a adesividade e a agregação plaquetária, inibem a liberação ou
secreção das plaquetas, reduzem os agregados plaquetários circulantes, e
inibem a formação do trombo, induzido predominantemente por plaquetas.
Inibidor irreversível da cicloxigenase, o ácido acetilsalicílico, teve seus
efeitos na função plaquetária descobertos no fim da década de 1960. Sem
dúvida, entre os antiagregantes plaquetários é o mais empregado na
prática clínica e, conseqüentemente, o mais conhecido de sua classe.
Mecanismo da ação A aspirina, prostaglandina acetilada H-sintase,
tem como principal mecanismo de ação a inibição irreversível da atividade
da cicloxigenase-1 (COX-1) presente nas plaquetas
O risco e o benefício da prevenção de do agregamento plaquetário
vascular e o sangramento causado pelo uso de ácido acetilsalicílico devem
sempre ser avaliados. As alterações causadas pelo ácido acetilsalicílico na
hemostasia primária não podem ser separadas dos efeitos antitrombóticos
da mesma e o risco relativo de sangramento cresce na medida em que as
doses aumentam. Os efeitos gastrintestinais que também podem ocorrer
estão relacionados com a inibição da COX-1 fisiológica relacionada com a
proteção da mucosa gastrintestinal.
CONCEITOS RELEVANTES
A fim de evitar algumas dúvidas que possam surgir, ou quem sabe
podem até ser cobradas em provas, vamos dar atenção nestes conceitos
abaixo:
ESTIMULANTES DEPRESSORAS
CLASSES FARMACOLÓGICAS
ANTIDEPRESSIVOS
A depressão está associada com uma diminuição nas concentrações de
SEROTONINA (5-HT) ou de NORADRENALINA nas sinapses neuronais centrais.
Logo, o objetivo de um fármaco antidepressivo é elevar a concentração de
um desses neurotransmissores ou até aumentar a concentração de ambos
no SNC.
Existem alguns mecanismos diferentes que poderão resultar nesse
aumento de neurotransmissores para melhorar o estado de humor do
paciente, geralmente independente do fármaco e mecanismo os efeitos
começam a surgir após alguns dias e não de imediato após a primeira
administração.
Há três tipos de drogas antidepressivas utilizadas na terapêutica médica:
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
Representantes: Imipramina, amitriptilina, clomipramina, nortriptlina,
trimipramina.
OUTROS ANTIDEPRESSIVOS
Representantes: Venlafaxina, Nefazodona, Trazodona, Roboxetina.
Venlafaxina
Nefazodona
Trazodona
Reboxetina
ANTIPARKINSONIANOS
O mal de Parkinson é uma doença neurodegenerativa manifestada por
tremores, espasmos anormais e involuntários (tiques), bradicesia (lentidão
nos movimentos) e rigidez muscular. A doença é caracterizada por uma
diminuição na concentração de dopamina (DA) dentro dos núcleos
extrapiramidais que controlam a movimentação da musculatura
esquelética.
Outro neurotransmissor também envolvido no sistema extrapiramidal é a
acetilcolina (Ach), geralmente apresenta um relativo aumento, o que
implica numa quebra do equilíbrio normal DA/Ach.
Em geral o tratamento do Parkinson será direcionado ao controle do
déficit de DA e do excesso de ACh.
Representantes: Levodopa (L-dopa), fármacos anticoligérgicos,
selegina, amantadina.
LEVODOPA (L-dopa)
A dopamina não atravessa a barreira hematoencefélica, portanto se
a mesma for administrada perifericamente, não exercerá efeito algum.
Entretanto a Levodopa (L-dopa), que é um precursor da dopamina, é
capaz de atravessar a barreira hematoencefálica, após é descarboxilada
em dopamina. A Levodopa é convertida em dopamina pela enzima dopa-
descarboxilase. Como essa enzima é encontrada tanto perifericamente
quanto centralmente, a L-dopa é combinada com um inibidor da dopa-
descarboxilase para evitar a descarboxilação periférica. A carbidopa e a
benserazida são exemplos dessa combinação, assim como a associação
com inibidores da COMT (ex: tolcapona).
Mecanismo de Ação: A levodopa atravessa a barreira
hematoencefálica, onde será convertida em dopamina e atuará
restabelecendo as concentrações diminuídas desse neurotransmissor.
Levodopa para aa para o interior da célula. Na célula, por ação da enzima
descarboxilase o grupo carboxílico é removido e forma-se a Dopamina.
FÁRMACOS ANTICOLINERGICOS
Mecanismo de Ação: No mal de Parkinson, também é observado um
aumento das concentrações de Ach. Ao utilizar fármacos
anticolinérgicos será possível aumentar indiretamente as
concentrações de dopamina.
SELEGINA
Mecanismo de Ação: Fármaco antidepressivo inibidor da enzima MAO,
especificamente da MAO-B, que inibe a degradação de dopamina e
a sua recaptação.
AMANTADINA
Mecanismo de Ação: Fármaco antiviral, porém em que se percebeu
um potencial para uso contra o mal de parkinson, uma vez que por
mecanismos ainda não totalmente esclarecidos, também ajuda no
aumento das concentrações de dopamina.
Outras informações relevantes: A amantadina é menos eficaz que a
levodopa ou bromocriptina e sua ação declina com o tempo.
ANTIPSICÓTICOS (NEUROLÉPTICOS)
Uma das formas de psicose mais conhecidas é a esquizofrenia. Tal
doença caracteriza-se por sintomas como: delírios, alucinações, geralmente
na forma de vozes, distúrbio do pensamento, comportamentos anormais,
como condutas estereotipadas ou ocasionalmente agressivas. Além disso,
estão presentes, com freqüência, déficits da função cognitiva (p. ex.
atenção, memória), juntamente com ansiedade e depressão, podendo
chegar até ao suicídio.
Fisiologicamente a esquizofrenia possui causas neuroquímicas ainda um
pouco obscuras, mas tende-se a perceber que está intimamente
relacionada com uma intensa sensibilidade dos receptores D (receptores de
dopamina) na região mesolímbica cerebral e também possivelmente uma
excessiva síntese e liberação de dopamina (DA). Logo o modelo mais
comumente citado para explicar a patogenia da esquizofrenia é a hipótese
da dopamina, segundo a qual a doença é causada por níveis elevados ou
desregulados de neurotransmissão DA no cérebro, portanto o objetivo do
tratamento é bloquear tais receptores D e também restaurar o equilíbrio da
região mesolímbica.
Os fármacos utilizados são divididos em dois grupos:
• Outros efeitos colaterais (boca seca, visão turva, hipotensão etc.) resultam
do bloqueio de outros receptores, particularmente receptores alfa-
adrenérgicos e muscarínicos.
• Discinesia tardia compreende principalmente movimentos involuntários da
face e dos membros, aparecendo após meses ou anos de tratamento
antipsicótico
ANTICONVULSIVANTES (ANTIEPILÉTICOS)
A epilepsia é considerada o mais freqüente transtorno neurológico
sério. Ela consiste em descargas neuronais episódicas que, quando
associadas à alta freqüência de impulsos, provocadas por um grupo de
neurônios no cérebro pode provocar a convulsão.
Pode-se classificar a epilepsia em três tipos principais:
diretamente sobre o foco epiléptico como por impedir que este interfira na
função do restante do sistema nervoso. O clonazepam é principalmente
indicado como tratamento anticonvulsivante, principalmente nas crises de
ausência, e, na Síndrome do Pânico.
Barbitúticos:
Fenobarbital, pentobarbital, tiopental, etc.
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Fitoterápicos:
O kava-kava (Piper methysticum) é o único fitoterápico com estudos
clínicos controlados que corroboram sua eficácia no tratamento de
sintomas da ansiedade. Seu efeito ansiolítico poderia ser decorrente de
uma ação facilitadora da inibição GABAérgica, inibidora da atividade
dopaminérgica, redutora da concentração de serotonina ou bloqueadora
nos canais de sódio. Em relação a outros fitoterápicos disponíveis no
comércio, como a Valeriana officinallis e a Passiflora edulis, não existem
relatos clínicos na literatura que justifiquem seu emprego na prática clínica.
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ANALGÉSICOS OPIÓIDES
O extrato de papoula (Papaver somniferum), composto opióide mais
antigo utilizado em medicina. Inicialmente foi empregado para controlar
diarréias, entretanto suas propriedades analgésicas logo foram observadas.
O ópio contém duas substâncias principais: a morfina e a codeína.
Ambas opiáceos naturais. A morfina, embora possa ser sintetizada em
laboratório, é obtida da cápsula da semente da papoula, como um dos
alcalóides do exsudato leitoso do ópio.
Representantes:
Naturais:
Morfina, codeína, papaverina, tebaína.
Semi sintéticos:
Heroína.
Sintéticos:
Mepiridina, fentanil, metadona.
Antagonistas:
Naloxona.
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ANÉSTESICOS GERAIS
Um estado de anestesia geral pode ser alcançado por meio do uso de
uma variedade de drogas, administradas sistematicamente, que
apresentam um forte efeito inibitório no sistema nervoso central. Esses
agentes podem tanto ser injetados por via intravenosa quanto
administrados como inalantes voláteis ou gases anestésicos.
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Representantes:
Anestésicos intravenosos:
Barbitúricos (tiopental) e não-barbitúricos (propofol, diazepam, cetamina).
Anestésicos inalantes:
Óxido nitroso (N2O), éteres fluorados.
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Informações relevantes:
AGENTES ANESTÉSICOS – INALATÓRIOS –
Indução e recuperação rápidas dos anestésicos inalatórios são
propriedades importantes, permitindo controle flexível sobre a anestesia. Os
principais agentes são: o halotano, oxido nitroso, isoflurano, enflurano,
desflurano e sevoflurano. O éter é muito obsoleto.
• Halotano:
- agente amplamente usado;
- potente e hipotensor. Pode causar arritmias.
- ressaca provável (reinstalação do efeito), por causa de sua alta
lipossolubilidade;
- risco de lesão hepática, se usado repetidamente.
Agentes com alta lipossolubilidade (ex: halotano)
acumulam-se gradualmente no tecido adiposo corpóreo
e podem produzir ressaca prolongada, se usados numa
cirurgia demorada.
• Oxido nitroso:
- baixa potência, portanto, deve ser combinado com outros agentes;
- indução e recuperação rápidas;
- boas propriedades analgésicas;
- risco de depressão da medula óssea com a administração prolongada.
• Enflurano:
- anestésico halogenado semelhante ao halotano;
- menos metabolismo do que o halotano; portanto, há menos risco de
toxicidade;
- indução e recuperação mais rápidas do que o halotano (menos acúmulo
no tecido adiposo);
- algum risco de ataques semelhantes à epilepsia.
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• Isoflurano:
- semelhante ao enflurano, mas não tem propriedade epileptogênica;
- pode precipitar isquemia miocárdica em pacientes com doença
coronariana;
- irritante ao sistema respiratório.
• Éter:
- obsoleto (ainda usado em regiões carente de recursos mais modernos);
- fácil de administrar e controlar;
- início e recuperação lentos, com náusea e vômito após a operação;
- propriedades analgésica e relaxante muscular;
- altamente explosivo;
- irritante ao sistema respiratório.
AGENTES ANESTÉSICOS – INTRAVENOSOS –
Mais comumente usados para indução da anestesia, seguido por um
agente inalatório. Os fármcos anestésicos intravenosos mais comumente
usados são: Tiopental, etomidato, propofol e midazolam.
• Tiopental:
- barbitúrico com lipossolubilidade muito alta;
- ação rápida por causa da rápida transferência pela membrana
hematoencefálica; curta duração por causa da redistribuição,
particularmente ao músculo;
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• Etomidato:
- semelhante ao tiopental, mas muito rapidamente metabolizado;
- menos risco de depressão cardiovascular;
- pode causar movimentos involuntários durante a indução;
- risco possível de supressão adrenocortical.
• Propofol:
- rapidamente metabolizado;
- recuperação muito rápida; sem efeito acumulativo.
• Quetamina:
- análoga da fenciclidina, com propriedades semelhantes;
- a ação difere da de outros agentes; provavelmente relacionada ao efeito
sobre os receptores de glutamato;
- início de efeito relativamente lento;
- produz anestesia, na qual o paciente pode permanecer consciente,
embora amnésico e insensível à dor;
- alta incidência de disforia, alucinações etc. durante a recuperação;
principalmente usado para procedimentos menores em crianças..
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• Midazolam:
- benzodiazepínico adequado para indução de cirurgia geral;
- altamente lipossolúvel;
- mais apropriado para cirurgias de pequeno porte;
ANTÍDOTOS
Acredito que seja importante reforçarmos alguns fármacos utilizados
na reversão das intoxicações já citadas na aula de hoje, bem como
apresentarei novos antídotos.
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ETANOL
O etanol embora tenha efeitos ansiolíticos e sedativos, o potencial
tóxico é superior aos benefícios não sendo recomendado como
medicamento, e, como constitui um tóxico legal, ou seja, é comercializado
livremente, entretanto, o abuso tem provocado acidentes automobilísticos,
muitas vezes fatais, além do alcoolismo crônico.
O alcoolismo crônico é conceituado como a dependência do etanol,
consistindo em uma doença crônica, em que o alcoólatra deseja e
consome etanol sem saciedade, tornando-se cada vez mais tolerante, e,
quando a ingestão é interrompida, ocorrem sinais e sintomas de
abstinência.
O alcoolismo pode também desenvolver como uma complicação
secundária da depressão, entretanto, 80% dos alcoólatras não tem
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OUTRAS SUBSTÂNCIAS
Anfetaminas
As anfetaminas correspondem a um grupo de fármacos derivados da
B-fenetilamina que apresentam potente ação simpaticomimética indireta
liberando as catecolaminas no SNC (principalmente a dopamina) e inibindo
a captação destes neurotransmissores provocando a elevação das
pressões sangüíneas sistólica e diastólica, insônia, irritabilidade, tremores,
confusão, dependência e outros efeitos adversos graves estudados a seguir.
As anfetaminas são indicadas apenas no tratamento da obesidade
grave, da Síndrome da deficiência de atenção (caracterizada pela
incapacidade da concentração em crianças) e, no tratamento da
narcolepsia (síndrome caracterizada por excessiva sonolência diurna).
Os derivados da anfetamina usados como inibidores do apetite (que
devem utilizados unicamente em caso de obesidade grave sob rigorosa
orientação médica) são: Dextroanfetamina, metanfetamina, fenmetrazina,
dietilpropiona, anfepramona, femproporex.
No tratamento da narcolepsia e da Síndrome da deficiência de
atenção tem sido utilizado o metilfenidato (Ritalina) também sob cuidadosa
orientação médica, não devendo ser utilizada por crianças com idade
inferior a cinco anos.
Embora o mazindol seja um anorexígeno (fármaco que reduz o
apetite) não derivado da anfetamina, somente utilizado em caso de
obesidade grave pois também tem ações no SNC.
A anfetamina é chamada de „rebite‟ principalmente entre os
motoristas que querem ou são obrigados a dirigir durante várias horas
seguidas sem descanso. Também é conhecida como “bolinha” por
estudantes que passam noites inteiras estudando, ou por pessoas que
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Cocaína
A cocaína é uma substância proscrita no Brasil, é derivada da
Erythroxylon coca, o cloridrato de cocaína tem sido utilizado juntamente
com outras substâncias de baixo preço e grande toxicidade, formando o
crack, que causa dependência ainda com maior rapidez.
A euforia provocada pela cocaína, e, que dura apenas alguns
minutos, é um dos motivos que incentivam os usuários que, muitas vezes,
não sabem dos efeitos posteriores que levam a depressão e ao anseio por
mais cocaína, levando-os a administrar a droga durante vários dias sem se
alimentar, devido a perda de controle do indivíduo, passa a apresentar
comportamento paranóide com alucinações, e, em muitos a ocorrência de
distúrbios esquizofrênicos, sendo que na intoxicação aguda, pode ocorrer
acidente vascular cerebral, coma, vasculite intracraniana, infarto do
miocárdio e morte súbita.
A ulceração ou perfuração do septo nasal tem incidência elevada em
usuários que utilizam a cocaína intranasal, e, assim como a contaminação
por HIV é freqüente em usuários da droga, associada ou não a heroína, por
via parenteral.
A dependência à cocaína entre as gestantes aumentou atualmente,
causando complicações nas crianças como: Retardo do crescimento
intrauterino, microcefalia, hemorragia intracraniana, anomalias do trato
gastrintestinal e renal, retardo do desenvolvimento juntamente com
convulsões.
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DESPEDIDA
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KATZUNG, Bertran G. et al. Farmacologia Básica e Clínica. 12.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2013.
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