Capítulo 5
Capítulo 5
Capítulo 5
de aplicação do Capítulo 5
1) serão obtidos, usando o Método da Amplificação dos Esforços Solicitantes (MAES), no plano da estrutura, os
esforços solicitantes de cálculo no nó A do pilar AB, que tem perfil soldado CS 500 × 233, fletido em relação
ao eixo de maior momento de inércia (eixo x), para as combinações últimas de ações que tenham a sobrecarga
ou o vento como ação variável principal;
2) será explicitado se o MAES é aplicável à estrutura tratada;
3) serão determinados os esforços solicitantes de cálculo máximos nos elementos contraventados.
Além disso, será verificado se o deslocamento horizontal no topo da estrutura é aceitável, no que se refere ao conforto
dos usuários.
H F D B
G E C A
5m 5m 5m
Sabe-se que, em uma barra engastada-rotulada submetida a uma força uniformemente distribuída, a reação no
apoio rotulado é igual a 3/8 do valor total dessa força.
a) Combinações de ações
Deve-se realizar análise elástica de segunda ordem para todas as combinações últimas de ações possíveis em que a
sobrecarga ou o vento seja a ação variável principal, levando-se em conta as imperfeições iniciais geométricas quando
não houver forças horizontais. As imperfeições iniciais de material também devem ser consideradas na subestrutura
de contraventamento. Essas combinações são as três mostradas a seguir:
• Sobrecarga como ação variável principal mais vento, sem imperfeições geométricas e com imperfeições de
material (usar Ea,red = 160.000 MPa)
H
F D B
G E C A
• Sobrecarga como ação variável principal sem vento, com imperfeições geométricas e com imperfeições de
material (usar Ea,red = 160.000 MPa)
G E C A
• Vento como ação variável principal, sem imperfeições geométricas e com imperfeições de material (usar
Ea,red = 160.000 MPa)
H
F D B
G E C A
b) Esforços solicitantes de cálculo no nó A para sobrecarga como variável principal mais vento
O pilar AB, que é a subestrutura de contraventamento, quando se usa o MAES, pode ser tratado independentemente
do restante da estrutura. Decompondo esse pilar na estrutura nt (pilar com o carregamento atuante e com apoio horizon-
tal fictício no nó B) e na estrutura lt (pilar submetido à reação do apoio fictício em sentido contrário), vem:
A
Estrutura nt Estrutura t
Notar que a força vertical total atuante no pilar é igual à soma da força de 710 kN, aplicada diretamente sobre ele,
mais metade da força de 1.300 kN, oriunda da reação de apoio da escora DB.
• Estrutura nt
Na estrutura nt, no nó A, situado na base, tem-se que:
Nnt,Sd = −1.360 kN
Mnt,Sd = 10,08 × 4 – 6,72 × 4 × 2 = −13,44 kN.m
Vnt,Sd = −10,08 + 6,72 × 4 = 16,80 kN
• Estrutura lt
Na estrutura lt, no nó A, tem-se que:
N lt,Sd = 0
M lt,Sd = −10,08 × 4 = −40,32 kN.m
V lt,Sd = 10,08 kN
• Valor do coeficiente B1
Cm
B1 =
Nnt ,Sd + Nt ,Sd
1−
Ne
Com h = 400 cm, Rs = 0,85 (o pilar em balanço pode ser considerado, conservadoramente, a forma mais sim-
ples de pórtico), Δh = Δ B = 0,095 cm e com
ΣHSd = 10,08 kN
tem-se
1 1
B2 = = = 1, 309
1 ∆ h ΣPSd 1 0, 095 8.510
1− 1−
Rs h ΣH Sd 0, 85 400 10, 08
Notar que, no valor da carga gravitacional total, foram consideradas as cargas aplicadas na subestrutura de
contraventamento e nos elementos contraventados.
c) Esforços solicitantes de cálculo no nó A para sobrecarga como variável principal sem vento
As estruturas nt e lt são as seguintes:
1.360 kN
Estrutura nt Estrutura t
• Estrutura nt
Na estrutura nt, no nó A, situado na base, tem-se:
Nnt,Sd = −1.360 kN
Mnt,Sd = 0
Vnt,Sd = 0
• Estrutura lt
Na estrutura lt, no nó A, tem-se:
N lt,Sd = 0
M lt,Sd = −25,53 × 4 = −102,12 kN.m
V lt,Sd = 25,53 kN
• Valor do coeficiente B1
O coeficiente B1 não precisa ser calculado, pois Mnt,Sd é nulo.
• Valor do coeficiente B2
O coeficiente B2 é o mesmo determinado anteriormente, pois apenas a força horizontal atuante na estrutura lt
foi alterada, e esse coeficiente independe do valor dessa força (a relação Δh/ΣHSd não se altera).
• Valores dos esforços solicitantes de cálculo
Os valores dos esforços solicitantes de cálculo no nó A do pilar AB são os seguintes:
NSd = Nnt,Sd + B2 N lt,Sd = −1.360 + 1,309 (0) = −1.360 kN
MSd = B1 Mnt,Sd + B2 M lt,Sd = 0 + 1,309 (–102,12) = −133,68 kN.m
VSd = Vnt,Sd + V lt,Sd = 0 + 25,53 = 25,53 kN
A
Estrutura nt Estrutura ℓt
• Estrutura nt
Na estrutura nt, no nó A, tem-se:
Nnt,Sd = −1.204 kN
N lt,Sd = 0
V lt,Sd = 16,80 kN
• Valor do coeficiente B1
Cm
B1 =
N + Nt ,Sd
1 – nt ,Sd
Ne
Ne = 139.071 kN
1
B1 = = 1,009
1.204 + 0
1−
139.071
• Valor do coeficiente B2
O nó B, submetido à força horizontal de 16,80 kN, tem deslocamento horizontal, de acordo com o caso C.4.3 do
Apêndice C, lembrando que o módulo de elasticidade do aço deve ser tomado com seu valor reduzido, Ea,red,
dado por:
3
∆B = RSd h = 16, 80 × 400 3
= 0,159 cm
3 Ea ,red I x 3 × 16.000 ×140.908
Com
e com
ΣHSd = 16,80 kN
obtém-se
1 1
B2 = = = 1,267
1 ∆ h ΣPSd 1 0,159 7.562
1− 1−
Rs h ΣHSd 0, 85 400 16,80
ΔB
B
6m
Pg,k = 140 kN
Psc,k = 90 kN
A B A B
1m 1m 1m 1m
A B
2,92 kN C
Estrutura nt
= +
RSd
A B C
Estrutura original
A B
Estrutura t
Estrutura nt
Na estrutura nt (basta processar o sistema treliçado ABC com o apoio fictício colocado diretamente nele), uma
vez que as barras AC e BC têm o mesmo ângulo, em sentidos opostos, em relação a uma linha vertical, RSd é igual a
2,92 kN, e apenas a carga gravitacional de 324 kN provoca forças axiais nessas barras, conforme se vê a seguir:
324 kN
2,92 kN
RSd = 2,92 kN
C
α
LAC = 62 + 12 = 6,08 m
A B
1m 1m
Estrutura lt
A estrutura lt está submetida apenas à reação de apoio RSd de sentido contrário, como se vê a seguir:
2,92 kN
6m
A B
1m 1m
Valor do coeficiente B 2
Com a força horizontal no nó C de 2,92 kN, deve-se calcular o deslocamento horizontal desse nó (ΔC ) tomando o
módulo de elasticidade do aço como igual a Ea,red, ou seja, 16.000 kN/cm2, para consideração das imperfeições ini-
ciais de material. Para isso será usado o Princípio dos Trabalhos Virtuais (PTV), segundo o qual:
2 ni Ni
∆C = ΣE
i=1 Ai
Li
a,red
onde ni são as forças axiais nas barras AC e BC decorrentes de uma força horizontal unitária aplicada no nó C (obvia-
mente, essas forças axiais são iguais, respectivamente, a N l t,Sd,AC e N l t,Sd,BC divididas por 2,92) e Ni são as forças axiais
nas barras AB e BC decorrentes da força de 2,92 kN atuante no nó C (N l t,Sd,AC e N l t,Sd,BC, respectivamente). Logo,
tem-se:
∆C = [ 8, 88
2, 92
× 8, 88 × 608 +
−8, 88
2, 92( )( −8, 88 ) 608] 1
16.000 × 30
= 0, 068 cm
ΣHSd = 2,92 kN
obtém-se
1 1
B2 = = = 1, 039
1 ∆ h ΣPSd 1 0, 068 972
1− 1−
Rs h ΣHSd 1, 0 600 2, 92
L = 12 m
MA,d = 60 kN.m
A B
Nc,d = 800 kN Nc,d = 800 kN
L = 12 m MB,d = 50 kN.m
a) Caso a
A diferença básica em relação ao exemplo anterior, para determinação de MSd, é o cálculo do coeficiente Cm, que
agora é dado pela expressão:
M nt ,Sd ,1
Cm = 0, 60 − 0, 40
M nt ,Sd ,2
A relação Mnt,Sd,1/Mnt,Sd,2 é negativa, pois os momentos de extremidade provocam curvatura simples. Logo:
Finalmente:
MSd = B1 M0 = 1,067 × 60 = 64,02 kN.m
b) Caso b
Agora, a relação Mnt,Sd,1/Mnt,Sd,2 é positiva, pois os momentos provocam curvatura reversa. Logo:
Cm = 0, 60 − 0, 40 (5060) = 0, 267
e
Cm 0,267
B1 = = = 0,305 < 1,0 ⇒ Adotar B1 = 1
Nc,d 800
1− 1 −
Ne 6.353
a) Considerações gerais
A figura seguinte mostra as escoras HF, FD e DB do Subitem 5.8.1, que, para a combinação de ações mais desfa-
vorável, estão submetidas diretamente a uma carga concentrada de cálculo igual a 1.300 kN na seção central. Também
mostra a força axial de compressão solicitante de cálculo nos elementos contraventados GH (igual a 1.950 kN), EF
(igual a 2.600 kN) e CD (igual a 2.600 kN). Deve-se, ainda, considerar que, para trabalharem adequadamente, as
escoras ficam sujeitas a uma força axial que depende da força axial de compressão atuante nos elementos contraven-
tados a serem travados, fornecida pela Equação (5.11).
H F D B
1.300
NGH,Sd = 1.300 + = 1.950 kN
2
4m
2 × 1.300
NEF,Sd = NCD,Sd = 1.300 + = 2.600 kN
2
G E C A
1.950 kN 2.600 kN 2.600 kN
5m 5m 5m
b) Escora HF
A escora HF trava apenas um elemento contraventado (elemento GH). Assim, na Equação (5.12), m é igual a 1 e:
(
α red = 0, 5 1 +
1
m)= 0,5 1 +( 11 ) = 1, 0
De acordo com a Equação (5.11), tem-se uma força axial na escora, de tração ou compressão, de:
NHF, Sd = αred [ 0, 01( NGH, Sd ) ] = 1, 0 [ 0, 01(1.950 )] = 19, 50 kN
Essa escora pode ser então considerada uma barra birrotulada submetida a uma força axial de tração ou compres-
são de 19,50 kN e a uma força concentrada na seção central de 1.300 kN, como mostra a figura a seguir:
L=5m
Para a força axial NHF,Sd de compressão, a situação da escora é similar à da barra do Subitem 5.8.5. O momento fletor
máximo ocorre na seção central da barra e, para sua obtenção, deve-se considerar o efeito local N-δ. Pelo Método da
Amplificação dos Esforços Solicitantes (MAES), tem-se:
MSd = B1 M0
com
Pd L 1.300 × 5
M0 = = = 1.625 kN.m
4 4
e
Cm
B1 = ≥ 1,0
N
1 − HF,Sd
Ne
onde Cm é igual a 1,0 porque existem forças transversais entre as extremidades da barra e
2 Ea I 2 × 20.000 × 8.000
Ne = = = 6.317 kN
L2 500 2
Logo:
1,00
B1 = = 1,003
19, 50
1−
6.317
e
MSd = 1,003 × 1.625 = 1.630 kN.m
A força cortante solicitante de cálculo na escora é:
Pd 1.300
VSd = = = 650 kN
2 2
Conclui-se, portanto, que, para o caso de atuação da força axial de compressão na escora de 19,50 kN, ela fica
submetida, ainda, a um momento fletor e a uma força cortante de 1.630 kN.m e 650 kN, respectivamente.
Para o caso de atuação da força axial de tração na escora de 19,50 kN, ela fica submetida também a um momento
fletor correspondente ao próprio M0 (para força axial de tração, não se considera o efeito N-δ) igual a 1.625 kN e à
força cortante de 650 kN.
c) Escora FD
A escora FD trava os elementos contraventados GH e EF. Na Equação (5.12), m é igual a 2 e:
αred = 0, 5 a1 + 1 b = 0, 5 a1 + 1b = 0, 866
m 2
N FD, Sd = α red [0, 01( NGH, Sd + NEF ,Sd ) ] = 0, 866 [0, 01(1.950 + 2.600 )] = 39, 40 kN
1,00
B1 = = 1,006
39, 40
1−
6.317
Portanto, para a força axial de compressão de 39,40 kN, a escora FD fica submetida, a um momento fletor e a uma
força cortante solicitantes de cálculo iguais a 1.635 kN.m e 650 kN, respectivamente. Para a força axial de tração de
39,40 kN, a escora FD fica submetida, a um momento fletor e a uma força cortante solicitantes de cálculo iguais a
1.625 kN.m e 650 kN, respectivamente.
d) Escora DB
A escora DB trava os elementos contraventados GH, EF e CD. Na Equação (5.12), m é igual a 3 e:
αred = 0, 5 a1 + 1b = 0, 5 a1 + 1b = 0, 816
m 3
N FD ,Sd = α red [0, 01( N GH ,Sd + N EF ,Sd + N CD ,Sd )] = 0, 816 [0, 01(1.950 + 2.600 + 2.600 )] = 58, 34 kN
1,00
B1 = = 1, 009
58,34
1−
6.317
e
MSd = 1,009 × 1.625 = 1.640 kN.m
Portanto, para a força axial de compressão de 58,34 kN, a escora DB fica submetida, a um momento fletor e a uma
força cortante solicitantes de cálculo iguais a 1.640 kN.m e 650 kN, respectivamente. Para a força axial de tração de
58,34 kN, a escora DB fica submetida, a um momento fletor e a uma força cortante solicitantes de cálculo iguais a
1.625 kN.m e 650 kN, respectivamente.