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1 INTRODUÇÃO
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Doutor em Serviço Social pela Unesp-SP, mestre em Serviço Social pela PUC-SP, bacharel em Serviço Social pela Faculdade
Paulista de Serviço Social, professor adjunto do curso de Serviço Social da Unioeste, campus de Toledo-PR, pesquisador do GEPEC
– Grupo de Pesquisa em Agronegócio e Desenvolvimento Regional da Unioeste.
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“pobreza não pode ser vista só como carência material, pois esta é a face material e
explícita da exclusão social, decorrente a outro tipo de pobreza, a política. Pobreza não será
carência dada, natural, mas aquela produzida, mantida, cultivada por conta do conflito
subjacente em torno do acesso a vantagens sociais, sempre escassas na sociedade. Ser pobre
não é apenas não ter, mas sobretudo ser impedido de ter, o que aponta muito mais para uma
questão de ser, do que de ter. [...] a miséria é transformada em estratégia de acumulação de
vantagens, mantendo o pobre como massa de manobra, objeto de manipulação.”
Face aos elementos até o momento apresentados, vemos que surgem vários
desafios, acreditamos que um deles, seja a questão da qualidade para a emancipação
social e o desenvolvimento humano. Por qualidade, estamos entendendo algo que vai
além dos princípios preconizados pela Qualidade Total, como é mais conhecido este
termo. DEMO (op.cit.1994) propõe uma outra perspectiva, a qual concordamos e aqui
apresentamos. Para o autor, “qualidade significa a perfeição de algo diante da
expectativa das pessoas.” (op.cit.p,11) . Mas esta expectativa, bem como, sua execução
é antes de tudo um ato humano, ou fruto da ação humana, ou seja, “Com efeito, somente
poderia ser intenso aquilo que tem a marca do homem, por ser questão de vivência,
consciência, participação, cultura e arte.” (idem). Neste sentido, qualidade é “... intervir
com sentido humano, ou seja, dentro de valores e fins historicamente considerados
desejáveis e necessários, eticamente sustentáveis.” (idem, p.12). É a partir desta
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS