Seminario Interdisciplinar
Seminario Interdisciplinar
Seminario Interdisciplinar
Apresentao da disciplina
Ol, pessoal! Sou o professor Sergio, da disciplina de Sociologia, e venho
apresentar a disciplina de SEMINRIO DE INTEGRAO I, que tem como objetivo
fundamentar o contedo que vem em consonncia com o Projeto Pedaggico
Institucional. O Curso de Servio Social SEPC/Ead tem por objetivo formar
profissionais com capacidade terica, tcnica, poltica, enfim, profissionais
eticamente inseridos e comprometidos com o projeto societrio emancipatrio.
Buscamos formar o aluno com capacidade de examinar, analisar e interpretar a
sociedade capitalista, para a interveno profissional comprometida com os
valores de liberdade e justia social. Visamos construo de uma nova ordem
societria, contribuindo na construo do ser social, nas dimenses individual e
coletiva, capaz de colaborar ativamente com o desenvolvimento e a transformao
da realidade social na qual est inserido. A Disciplina Seminrios Temticos
apresenta a sequncia de seminrios integradores a seguir:
Como esta proposta de integrao, a Webaula 1 - (Unidade 1 e 2) - sero
ministradas consequentemente pelos professores: Sergio de Goes Barboza
(Sociologia), que abordar o contedo: EMPREENDEDORISMO SOCIAL.
A Webaula 1 - (Unidade 3 e 4) sero ministradas pelas professoras: Mrcia Bastos
de Almeida (Filosofia), com o tema: UMA REFLEXO SOBRE O A NOVA ORDEM
SOCIAL ESTABELECIDA PELO PARADIGMA MODERNO e professora Lisneia
Aparecida Rampazzo (Psicologia Social), com o tema: RELAES DE
GNEROS.
Objetivos:
Contedo Programtico:
A disciplina contar com este desenvolvimento de trabalho:
Webaula 1
Unidade 1: EMPREENDEDORISMO SOCIAL
Solidariedade
social,
Webaula 2
Unidade 1: A CONFIGURAO DAS POLTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS E SEUS
DESDOBRAMENTOS SOBRE AS ATUAIS EXPRESSES DA QUESTO SOCIAL
Unidade 2: A ATUAO DO ASSISTENTE SOCIAL FRENTE S EXPRESSES
DA QUESTO SOCIAL
Unidade 3: DESAFIOS PARA O ENFRENTAMENTO DAS QUESTES SOCIAIS
NO MUNDO CAPITALISTA
Unidade 4: POLTICA SOCIAL E DESENVOLVIMENTO NO MUNDO CAPITALISTA
Metodologia:
Os contedos programticos ofertados nessa disciplina sero desenvolvidos por
meio das Tele-Aulas de forma expositiva e interativa (chat - tira dvidas em
tempo real), Aula Atividade por Chat para aprofundamento e reflexo e
Webaulas que estaro disponveis no Ambiente Colaborar, compostas de
contedos de aprofundamento, reflexo e atividades de aplicao dos contedos
e avaliao. Sero tambm realizadas atividades de acompanhamento tutorial,
participao em Frum, atividades prticas e estudos independentes (auto
estudo) alm do Material do Impresso por disciplina.
Avaliao Prevista:
Ao final, ser realizada avaliao atravs de 10 questes objetivas.
WEBAULA 1
Unidade 1 - Empreendedorismo Social
EMPREENDEDOR SOCIAL
O que Empreendedor Social?
um "indivduo com experincia na rea social, desenvolvimento comunitrio ou de
negcios, que persegue uma viso de empoderamento econmico atravs da
criao de empreendimentos sociais voltados para prover oportunidades queles
que esto margem ou fora da economia de um pas".
Quem so aqueles que esto margem ou fora da economia de um pas? Os
excludos.
A ideia de excluso1 social foi adotada pelos polticos, mas foi introduzida
inicialmente por autores da sociologia para se referirem s novas fontes de
AQUI ENTRA EM AO
O EMPREENDEDOR SOCIAL
[1]
SAIBA
MAIS
SOBRE
EXCLUSO:
Acesse
o
link:
<
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151745222001000200008&lng=pt&nrm=iso >, Tema: Dinmica do capitalismo:
polarizao e excluso.
Uma sociedade sustentvel busca solues sempre na viso do bem comum
SAIBA MAIS SOBRE SUSTENTABILIDADE: ACESSE O LINK:
EMPREENDEDOR SOCIAL
individual
coletivo
Produz bens
comunidade
servios
Como
posso
ser
de minha vida e de negcios com sucesso?
um
empreendedor
Imagine que a vida um papel em branco. Cada momento vivido deixa uma marca
nesse papel. uma histria sendo escrita. Uma biografia.
A nossa vida como uma novela: so vrios os captulos. E sabe quem as escreve?
Voc mesmo (a). Ns escolhemos o rumo que devemos dar nossa vida. Neste
percurso, encontramos vrios inimigos, mas o mais terrvel de todos o medo, o
medo de agir, de errar, de escolher mal e de sofrer consequncias irreversveis.
A dvida, a falta de experincia muitas vezes nos coloca em caminhos cujos
problemas se multiplicam.
Agora, imagine se voc pudesse ler o captulo final antes de saber toda a histria.
Se esse captulo fosse de acordo com os seus sonhos, voc poderia saborear a
histria sem receio e sem restries. Mas isso impossvel. Se assim fosse,
tambm toda a sua criatividade seria nula, voc seria conduzido por uma nica linha
de pensamento, voc no teria o prazer de escrever a sua prpria histria, no teria
escolha e a sua liberdade seria delineada por um caminho pr-estabelecido.
Agora, tendo a possibilidade de voc escrever a sua prpria histria, a probabilidade
de enriquecer os captulos de sua vida so maiores e mais emocionantes.
A pergunta que se faz no : Qual o final da sua histria? Mas, esta: Que
histria voc quer deixar? Nessa perspectiva, demonstra a liberdade de escrev-la
da forma como melhor se adaptar ou lhe aprouver. A nica maneira de escrever a
sua histria se ausentando do passado e do futuro e se estabelecendo no
presente. O momento presente o nico caminho para construir o futuro. H
pessoas que ficam presas no passado ou vivem constantemente no futuro, mas
ambos os lados no existem hoje. Um j se foi e outro no existe, e quando chegar,
to logo se tornar presente e este presente que est ainda no futuro s se tornar
realizvel se constru-lo aqui e agora.
...
PARA REFLETIR
Pense um pouco!
VISO SISTMICA
Se ficarmos olhando para uma fase especfica de nossa vida ou apenas nos
entregarmos a uma fase difcil, certamente no teremos a percepo de um sistema
dinmico que conduz a nossa prpria existncia. A nossa vida no se resume em um
nico momento, mas no conjunto de erros e acertos.
A tendncia do ser humano esperar solues do governo, do mercado, das
instituies, da famlia, quando cabem a ns mesmos essas solues.
Temos que construir e dar estruturas bsicas aos nossos empreendimentos. Um
empreendedor, embora de forma calculada, deve ter ousadia e viso de futuro.
Investir na sua histria investir na sua prpria vida, e assim estar apto a investir e
empreender outras vidas.
PARA REFLETIR
1. EXERCCIO DE AUTOAVALIAO
Teste para saber se um bom empreendedor:
A)
B)
- (SEBRAE).
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
TAJRA, Sanmya Feitosa; SANTOS, Felipe Tajra. Empreendedorismo: questes na
rea da sade, social, empresarial e educacional. 1. ed. So Paulo: Erica, 2009.
OLIVEIRA, Edson Marques. Empreendedorismo Social no Brasil: Atual
configurao, Perspectivas e Desafios Notas Introdutrias, Disponvel em: <
http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/art_cie/art_15.pdf >Acesso em 01.12.2009.
REFLEXES
REFLEXES
Vamos comear dizendo que a Modernidade teve seu incio no sculo XVI d. C.
Esse perodo foi marcado por grandes mudanas provocadas pelos pensadores e,
tambm, por um grupo de pessoas que no tinham respaldo acadmico, ou seja,
no tinham apoio das universidades, que por sua vez eram, digamos assim,
mantidas pela Igreja, mas que viviam inquietos e insatisfeitos pelas limitaes que
lhes eram impostas pelos conhecimentos constitudos e disseminados pela Igreja.
Eram homens de mentalidade prtica, grandes construtores de navios e
exploradores do desconhecido ou, numa palavra, eram EMPREENDEDORES. A
motivao desses homens estava no desejo de conhecer novas terras, em descobrir
novos continentes e transformar a prpria existncia. A motivao dessas pessoas
estava na busca do NOVO! Eles no eram acomodados e viviam intensamente!
O desejo de busca fez com que tanto tcnicos navegantes (como eram conhecidos)
quanto pesquisadores acadmicos mudassem profundamente a viso de mundo
desde a antiguidade clssica porque ousaram romper com o paradigma de
conhecimento institudo pela Idade Mdia.
Quais foram essas mudanas, afinal? Vamos relembrar: a Idade Mdia foi marcada
pela viso de mundo teocntrica. Isso quer dizer que Deus figurava no centro no
mundo, do universo e da vida das pessoas. As verdades eram apenas aquelas
reveladas, ou seja, o homem conhecia apenas aquilo ou aquelas coisas
determinadas por Deus atravs da Igreja. Era um mundo completamente religioso,
mas no era um verdadeiro paraso! Como se tratava de uma sociedade estamental
clrigos, nobres e servos ou de um sistema tripartido, a vida no era boa para os
servos e havia explorao do trabalho. A sociedade estava dividida em trs
categorias: os que oravam, os que guerreavam e os que trabalhavam. Mas vale
lembrar que essa ideia apenas uma representao. Afinal, entre os clrigos e
servos havia uma multido de pessoas como, por exemplo, as mulheres, os
mendigos e outros. Mas, fiquemos por aqui com essa informao.
Pois bem!
Essa organizao social foi transformada, aos poucos, quando se mostrou
insuficiente em todos os setores sociais. Essa transformao foi pontuada pela
insuficincia do modelo de conhecimento determinado pela racionalidade religiosa,
ou filosoficamente, pela racionalidade metafsica. Ou seja, aquele conhecimento que
busca o princpio e as primeiras causas. Galileu Galilei foi o primeiro a perceber que
os sentidos so capazes e suficientes para alcanar o conhecimento seguro. Em
seguida, o filsofo Ren Descartes elaborou um mtodo para que com ele a razo
pudesse alcanar as verdades com segurana, distino e clareza. Pronto! Estava
inaugurado o mtodo cartesiano. Esse mtodo implicava na fragmentao do todo.
Isso significa que, para Descartes (e ns aprendemos com ele) s podemos
conhecer as partes para depois conhecer o todo. A corrente filosfica inaugurada por
Descartes o Racionalismo. Essa corrente filosfica institui a ideia de que podemos
conhecer de forma racional. Ou ainda, podemos dizer que para Descartes a
existncia do homem est garantida pela razo. Tanto assim que a frase mais
famosa dele : Penso! Logo existo. Com isso, ele separou corpo e mente. Isso
quer dizer que a partir do Racionalismo ou do pensamento que influenciou
A mquina, que chegou para facilitar a vida do trabalhador, dando-lhe mais tempo
para o lazer, passou a acelerar as tarefas e a vida! O mundo, e com ele a vida,
passou a ter um ritmo: o tique-taque do relgio!
O prprio Descartes, homem racionalista, comparou o homem saudvel ao relgio
perfeito. Ele queria dizer que um ser humano perfeito e saudvel era como um
relgio que funcionava perfeitamente. No entanto, um ser humano com alguma
deficincia fsica ou doente era como um relgio com defeito e, portanto, deveria ser
descartado. Era a excluso social se fazendo presente na Idade Moderna! E ns
herdamos todos os benefcios e todos os malefcios desse perodo.
Na atualidade, a vida e todos os nossos afazeres esto marcados pela pressa que
nos impulsiona busca de mais... mais! Est marcada pela excluso social dentre
tantas outras excluses. O pensamento Cartesiano fragmentou ou separou as
relaes e o ritmo das mquinas, que impulsionaram a industrializao e consolidou
o capitalismo, passou a ditar uma nova ordem social.
Relaes de Gnero
E o autor complementa:
O paradoxo est no fato de que so as diferenas visveis entre o corpo feminino e o
corpo masculino que, sendo percebidas e construdas segundo os esquemas
prticos da viso androcntrica, tornam-se o penhor mais perfeitamente indiscutvel
de significaes e valores que esto de acordo com os princpios desta viso: no
o falo (ou a falta de) que o fundamento dessa viso de mundo, e sim essa viso
de mundo que, estando organizada segundo a diviso em gneros relacionais,
masculino e feminino, pode instituir o falo, constitudo em smbolo da virilidade, de
ponto de honra caracteristicamente masculino; e instituir a diferena entre os corpos
biolgicos em fundamentos objetivos da diferena entre os sexos, no sentido de
gneros
construdos
como
duas
essenciais
sociais
hierarquizadas
(BOURDIEU,1998,p.33).
Eu acho que no podemos fazer isso sem dar certa ateno aos sistemas de
significados, isto , as maneiras como as sociedades representam o gnero, o
utilizam para articular regras de relaes sociais ou para construir o sentido da
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
BORDIEU, P. A dominao Masculina. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil,1998.CARVALHO, Marlia Pinto de. Gnero e trabalho docente: em busca de
um referencial terico. In: BRUSCHINI, Cristina( Org). Horizontes e Plurais: novos
estudos de gnero no Brasil. So Paulo: Ed.34, 1998, p.379-407.
CARVALHO, Marlia Pinto de. Gnero e trabalho docente: em busca de um
referencial terico. In: BRUSCHINI, Cristina( Org). Horizontes e Plurais: novos
estudos de gnero no Brasil. So Paulo: Ed.34, 1998, p.379-407.
_______________. No corao da sala de aula: gnero e trabalho docente nas
sries
iniciais.
So
Paulo:
Xam,
1999.
SAFFIOTI, H. O poder do macho. 9.ed. So Paulo: Moderna, 1987.
SCOTT, Joan W. Gnero: uma categoria til de anlise histrica. Educao &
Realidade. Porto Alegre, n16, v.2,p.5-22, julho/dezembro, 1990.
WEBAULA 2
Unidade 1 - A Configurao das Polticas Sociais Brasileiras e seus
Desdobramentos sobre as Atuais Expresses da Questo Social. 1
VAMOS REFLETIR?
importante relembrar o contedo ministrado at o momento, adicione a isto suas
reflexes sobre os contornos da questo social.
Como se apresenta as expresses da questo social em meu territrio? H maiores
incidncias de pessoas em situao de misria? As expresses ligadas sade
esto sendo tratadas de acordo com suas exigncias? A previdncia social tem
conseguido dar conta de seus seguros e transmitir o mnimo de satisfao? Pense
sobre as instabilidades vivenciadas pela populao do municpio onde reside.
O tema Polticas Sociais complexo e permeado por ideologias distintas que
podem configur-las ou defini-las de acordo com a interpretao de viso de mundo.
Partimos do entendimento de que as Polticas Sociais so respostas do Estado
diante da contradio entre o capital e o trabalho, cunhada por disputas de fora
Em decorrncia desta Carta Magna, o Estado Brasileiro retira dela todos os seus
princpios e diretrizes para formulaes de suas Polticas Sociais, detalhando-as em
suas Leis especficas.
sabido que junto ao processo de consolidao das polticas sociais brasileira h a
incidncia do projeto neoliberal no final da dcada de 1980. Tal aspecto afronta as
conquistas adquiridas junto s polticas sociais e coloca em xeque o incipiente
estado de bem estar social brasileiro.
Neste caminho, os direitos assegurados pela CF 1988 cedem espao para o
discurso de conteno de gastos, adotando por meio de posturas de
desresponsabilizao, pela negativa dos direitos adquiridos.
No entanto, apesar desta contraposio do Estado, as polticas sociais esto no
centro de um conflito de classe, onde vislumbramos conquistas e desafios,
necessitando de uma contnua reflexo de seus agentes.
Abordamos aqui, a exemplo de ilustrao, alguns aspectos de duas polticas sociais
em execuo no Estado brasileiro, a poltica de sade e a poltica de assistncia
social.
No campo da sade, temos a configurao do Sistema nico de Sade - SUS,
conquistado com um amplo processo de luta expressado pelo Movimento da
Reforma Sanitria. No 32 Encontro Anual da Associao Nacional de Psgraduao e Pesquisa em Cincias Sociais (ANPOCS), realizado em outubro de
2008, Menicucci (2009) afirma que h conquistas e desafios para a gesto deste
sistema.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
De incio j o convido para a leitura deste texto, pois nele encontraremos a fala de
profissionais que j atuam na rea e a maneira como elas compreendem a Questo
Social, boa leitura.
Questo Social e sua
Rosemari Taborda Weidauer
.
Apropriao
pelos
Assistentes
Sociais
J que ela foi vista como caso de polcia antes da dcada de 30, onde era
duramente reprimida, e depois da dcada de 30, onde foi legitimada e passou a ser
um caso de poltica. Foi no Governo Vargas que esta legitimao da questo social
se deu, e o Estado passou a ser o responsvel pela resoluo dos problemas
sociais, mas vale ressaltar que o Governo Vargas era populista e marcado por
teorias de integrao social, paternalismo e ainda com carter repressivo, e com isso
o tratamento da questo social se d pelo encobrimento dos antagonismos
capitalistas, onde a represso camuflada nas leis trabalhistas, visando alienar a
populao para que esta se sentisse assistida socialmente e reconhecida enquanto
classe portadora de seus direitos e de sua cidadania, onde os direitos concedidos,
no so vistos como conquistas dos trabalhadores e sim garantias dadas pelo
Estado, para a suavizao das mazelas sociais, para dar a idia de um Estado
preocupado com a questo social brasileira, evitando assim a reivindicao, greves
e lutas pela melhoria de condies de vida da populao. (DUARTE, 2007)
IMPORTANTE:
Faz-se necessrio entender que... o Servio Social no s um reflexo das
expresses da questo social, mas sim que essas dinmicas sociais so
determinantes na formao do profissional, pois a interveno do assistente social
Neste contexto faz-se necessrio que voc esteja atento para mais dois pontos
relevantes:
1- Ao longo da histria do Servio Social, percebemos que o assistente social resiste
e se adapta as novas condies impostas no tratamento da questo social, devido
s novas estratgias e tticas existentes na economia global como percebemos
atualmente, como exemplos dessas mudanas: a biotecnologia, nanotecnologia,
revoluo informacional, tornando o capitalismo um sistema global. Porm essas
mudanas trazem consequncias drsticas para a populao, como podemos citar
um exemplo: a violncia que assola principalmente os grandes centros urbanos,
4- De acordo com Ana Cristina Brito ARCOVERDE: Aos assistentes sociais compete
construir respostas apoiadas em investigaes e pesquisas realizadas sobre sua
prtica e realidade cotidiana, cujos produtos alimentem e dem consistncia ao
debate disciplinar e interdisciplinar. Urge resgatar as diferenas de percepo e
auto-representao dos assistentes sociais que lidam com a questo social e
trabalham no quotidiano dos usurios, sem perder de vista as interfaces do global
com o local e vice-versa, para trabalhar pela inverso qualificada dessas situaes.
Para encerrarmos:
Despeo-me por aqui, temporariamente, mas deixo para voc esta linda e
importante obra de PORTINARI, OS RETIRANTES. Eu gostaria que voc a
analisasse com ateno, e procurasse interpret-la de forma que consiga
estabelecer relao com o contedo at aqui apresentado, e quando estudar as
prximas web-aulas, voc possa voltar at este ponto e voltar analisar esta obra de
arte, e dizer o quo significativa ela para voc.
Unidade
ideologia
vai
proporcionar
sociedade aquilo
Veja O menino selvagem de Aveyron:
que
ela
na
realidade, no
.
tem:
unidade,
identidade
e
homogeneidade. O Estado tem como funo ocultar os conflitos e antagonismo que
exprimem a existncia das condies prprias de uma sociedade dividida em
classes. Segundo Chau a ideia de que o Estado representa toda a sociedade e de
que todos os cidados esto representados nele uma das grandes foras para
legitimar a dominao dos dominados (isto , para fazer com que essa dominao
seja aceita como normal, legal, justa) (TOMAZI, 2000, p. 182)
Links
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
SINGER, Paul. Alternativas da gesto diante da crise do trabalho. In: RICO,
Elizabeth, Raquel. Gesto Social uma Questo em Debate. So Paulo: EDUC,
1999.
TOMAZI, Nelson Dacio (Coord.). Iniciao sociologia. So Paulo: Atual, 2000.
.
O livro acima uma publicao do MDS Ministrio do Desenvolvimento Social. Foi
elaborado a partir do Simpsio Internacional sobre Desenvolvimento Social,
realizado no ano de 2009, onde se discutiram as polticas sociais em diferentes
pases, incluindo, claro, o Brasil. s clicar no link abaixo e fazer o download. Vale
a pena conferir!
.
Para ampliarmos nosso entendimento sobre as polticas sociais no Brasil, que esto
fundamentadas na Constituio, proponho que realizem as leituras, na ntegra, dos
artigos apresentados a partir de agora. Vamos l? (sem preguia, hein?).
LEIA...
IPEA. Poltica Social e Desenvolvimento. Polticas sociais acompanhamento e
anlise [13] Edio Especial. Disponvel em:
Quer dizer que, enquanto os ltimos governos brasileiros mantiveram o foco dos
financiamentos pblicos (pouco satisfatrios, alis) em polticas sociais voltadas,
sobretudo, para a parcela mais pobre (como o Programa Bolsa Famlia), outras
parcelas grandes da populao ficaram bem menos assistidas em outros direitos
bsicos, como a sade, a educao, o saneamento, a habitao, a previdncia, etc.,
tendo, muitas vezes, que recorrer esfera privada.
Formando uma outra dimenso de anlise sobre o financiamento e o gasto,
importante salientar que os aumentos reais do salrio mnimo que baliza grande
parte dos benefcios sociais tm um duplo efeito sobre as finanas pblicas. De
um lado, o impacto fiscal decorrente do aumento dos gastos pblicos em geral; de
outro, o impacto tributrio decorrente do aumento da arrecadao de impostos e
contribuies sociais ligado ampliao do consumo. Essas duas dimenses
caminham juntas e precisam ser tratadas simultaneamente para fins de uma anlise
mais isenta e precisa do assunto. (p.11)
A questo , portanto, da seguinte ordem:
Como ampliar a proteo social a todos os brasileiros (e no apenas aos mais
pobres), por meio das polticas sociais, driblando seus elevados custos e limites
fiscais?
Em termos gerais, para o enfrentamento dos desafios sociais brasileiros reconhecese que a universalizao das polticas sociais a estratgia mais indicada, uma vez
que, num contexto de desigualdades extremas, a universalizao possui a virtude de
combinar os maiores impactos redistributivos do gasto com os menores efeitos
estigmatizadores que advm de prticas focalizadas de ao social [...].
Principalmente ao se levar em conta a particular estrutura de desigualdades sociais
e econmicas do pas, no basta que os gastos sociais sejam redistributivos;
preciso tambm que a forma de financiamento dos gastos possua alta dose de
Observe, pelas imagens, que um bom padro de vida possibilita s pessoas que se
sintam realizadas, felizes, saudveis, e isso somente pode ser assegurado em uma
sociedade capitalista, como a nossa, como decorrncia dos investimentos feitos
pelos governos a partir dos impostos pagos pela populao.
Mesmo os programas que parecem estar enfrentando positivamente a questo da
desigualdade ou da fome (como o Bolsa Famlia) vm recebendo fortes crticas pelo
seu possvel apelo eleitoreiro e pela sua forte ligao ideolgica a um governo
especfico. Isto , no parecem estar incorporados a uma poltica de Estado passvel
de resistir a embates de novas configuraes poltico-partidrias. De modo diferente
ao observado em sistemas de proteo ao estilo welfare state, com o seu
corporativismo social em torno de direitos reconhecidos e aceitos por todos, a
sociedade brasileira no parece ter incorporado a ideia dos programas de
transferncia de renda como algo definitivo e desligado de propostas partidrias.
(p.216)
Talvez um dos maiores problemas sobre os programas sociais, em especial os de
transferncia de renda, como o Bolsa Famlia, que no vm acompanhados de
estratgias ou condicionantes que promovam reais e efetivas mudanas estruturais
(ensinar a pescar seria melhor que dar o peixe, no?), sobretudo na questo das
desigualdades scio-econmicas. O fato que no Brasil tais programas acabam
assumindo um carter poltico-partidrio (como pudemos observar nas ltimas
eleies presidenciais), ficando merc dos riscos de sucumbirem s alternncias
entre governos (estes, os principais responsveis pela gesto das polticas
pblicas.).
Uma questo interessante levantada pela pesquisadora Ana Paula Ornellas Mauriel
(2010, p.175) a seguinte:
Combater a desigualdade significa alcanar algum patamar de igualdade, mas qual?
Portanto, combater a pobreza significa desenvolver capacidades enquanto
liberdades de escolha e o Estado tem papel fundamental em garantir condies
mnimas para esse empoderamento.
MAURIEL, Ana Paula Ornellas. Pobreza, seguridade e assistncia social: desafios
da poltica social brasileira. Rev. Katl. Florianpolis v. 13 n. 2 p. 173-180 jul./dez.
2010.
O fato que, sem esse empoderamento por parte da sociedade como um
todo, ou seja, essa capacidade de se tornar verdadeiramente crtica, autnoma
e cidad, como defende a autora, nenhum pas conseguir atingir, de fato, um
elevado patamar de desenvolvimento.
Pensem nisso!