NBR Iso Iec 17025 Edição 2017
NBR Iso Iec 17025 Edição 2017
NBR Iso Iec 17025 Edição 2017
BRASILEIRA ISO/IEC
17025
Terceira edição
19.12.2017
laboratories
Número de referência
ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017
32 páginas
© ISO/IEC 2017
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT, único representante da IEC no território brasileiro.
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Sumário Página
Prefácio Nacional.................................................................................................................................v
Introdução............................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Requisitos gerais................................................................................................................3
4.1 Imparcialidade.....................................................................................................................3
4.2 Confidencialidade...............................................................................................................4
5 Requisitos de estrutura......................................................................................................4
6 Requisitos de recursos.......................................................................................................5
6.1 Generalidades......................................................................................................................5
6.2 Pessoal.................................................................................................................................5
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Bibliografia..........................................................................................................................................31
Figura
Figura B.1 – Possível representação esquemática do processo operacional de um laboratório...30
Prefácio Nacional
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
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A ABNT NBR ISO/IEC 17025 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/CB-025),
pela Comissão de Estudo de Avaliação da Conformidade (CE-025:000.004). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 10.11.2017 a 10.12.2017.
Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO/IEC 17025:2017,
que foi elaborada pelo Technical Committee on conformity assessment (ISO/CASCO), Working
group of Revision of ISO/IEC 17025 (WG 44), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.
Esta terceira edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 Versão
corrigida:2006), a qual foi tecnicamente revisada.
—— a mentalidade de risco aplicada nesta edição possibilitou alguma redução em requisitos prescritivos
e sua substituição por requisitos baseados em desempenho;
—— há maior flexibilidade que na edição anterior nos requisitos para processos, procedimentos,
informação documentada e responsabilidades organizacionais;
Scope
This document specifies the general requirements for the competence, impartiality and consistent
operation of laboratories.
This document is applicable to all organizations performing laboratory activities, regardless of the
number of personnel.
Introdução
Este documento foi desenvolvido com o objetivo de promover a confiança na operação de laboratórios.
Este documento contém requisitos para laboratórios, de modo a permitir que eles demonstrem que
operam competentemente e que são capazes de gerar resultados válidos. Laboratórios que estejam
em conformidade com este documento também operarão, de modo geral, de acordo com os princípios
da ABNT NBR ISO 9001.
Este documento requer que o laboratório planeje e implemente ações para abordar riscos e oportu-
nidades. A abordagem de riscos e oportunidades estabelece uma base para aumentar a eficácia do
sistema de gestão, alcançar resultados melhores e prevenir efeitos negativos. O laboratório é respon-
sável por decidir quais riscos e oportunidades necessitam ser abordados.
O uso deste documento facilitará a cooperação entre laboratórios e outros organismos, e auxiliará no
intercâmbio de informações e experiência, bem como na harmonização de normas e procedimentos.
A aceitação de resultados entre países é facilitada se os laboratórios estiverem em conformidade com
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este documento.
NOTA BRASILEIRA Em inglês existem dois termos (can/may) para expressar a forma verbal “pode”
em português.
Para os efeitos de pesquisa, os usuários são incentivados a compartilhar suas visões a respeito deste
documento e suas prioridades, em relação a mudanças em edições futuras. Acessar o link abaixo para
participar desta consulta online:
17025_ed3_usersurvey
1 Escopo
Este documento especifica os requisitos gerais para a competência, imparcialidade e operação consis-
tente de laboratórios.
Este documento é aplicável a todas as organizações que realizam atividades de laboratório, indepen-
dentemente do número de pessoas.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de forma que seus conteúdos, totais ou parciais, cons-
tituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT ISO/IEC Guia 99, Vocabulário Internacional de Metrologia – Conceitos fundamentais e gerais e
termos associados (VIM) 1
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições do ABNT ISO/IEC Guia 99 e da
ABNT NBR ISO/IEC 17000, e os seguintes.
A ISO e a IEC mantêm as bases de dados terminológicos para uso na normalização nos seguintes
endereços:
3.1
imparcialidade
presença de objetividade
Nota 1 de entrada: A objetividade implica a ausência de conflitos de interesse, ou a sua resolução, de modo
a não influenciar de forma adversa as atividades subsequentes do laboratório (3.6).
Nota 2 de entrada: Outros termos úteis para entender o elemento de imparcialidade incluem:
“ausência de conflitos de interesse”, “ausência de tendências”, “não discriminação”, “neutralidade”, “equidade”,
“mente aberta”, “justiça”, “desprendimento”, “equilíbrio”.
3.2
reclamação
expressão de insatisfação, emitida por uma pessoa ou por uma organização para um laboratório (3.6),
relativa às atividades ou resultados deste laboratório, onde uma resposta é esperada
[ABNT NBR ISO/IEC 17000:2005, 6.5, modificada – As palavras “outra que não apelação” foram
removidas, e as palavras “um organismo de avaliação da conformidade ou para um organismo de
acreditação, relativa às atividades desse organismo” foram substituídas por “um laboratório, relativas
às atividades ou resultados deste laboratório”.]
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3.3
comparação interlaboratorial
organização, realização e avaliação de medições ou ensaios nos mesmos ou em itens similares por
dois ou mais laboratórios, de acordo com as condições predeterminadas
3.4
comparação intralaboratorial
organização, realização e avaliação de medições ou ensaios nos mesmos ou em itens similares,
no mesmo laboratório (3.6), de acordo com as condições predeterminadas
3.5
ensaio de proficiência
avaliação do desempenho do participante contra critérios preestabelecidos por meio de comparações
interlaboratoriais (3.3)
[ABNT NBR ISO/IEC 17043:2011, 3.7, modificada – As notas de entrada foram excluídas.]
3.6
laboratório
organização que realiza uma ou mais das seguintes atividades:
—— ensaio
—— calibração
Nota 1 de entrada: No contexto deste documento, a expressão “atividades de laboratório” refere-se às três
atividades acima mencionadas.
3.7
regra de decisão
regra que descreve como a incerteza de medição é considerada ao declarar a conformidade com um
requisito especificado
3.8
verificação
fornecimento de evidência objetiva de que um dado item atende a requisitos especificados
EXEMPLO 1 Confirmação de que um dado material de referência, como declarado, é homogêneo para
o valor e para o procedimento de medição em questão, até uma porção do material sob medição, com massa
de 10 mg.
EXEMPLO 2 Confirmação de que as propriedades relativas ao desempenho ou aos requisitos legais são
satisfeitas para um sistema de medição.
Nota 1 de entrada: Quando aplicável, recomenda-se que a incerteza de medição seja levada em consideração.
Nota 2 de entrada: O item pode ser, por exemplo, um processo, um procedimento de medição, um material,
um composto ou um sistema de medição.
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Nota 3 de entrada: Os requisitos especificados podem ser, por exemplo, as especificações de um fabricante.
Nota 4 de entrada: Em metrologia legal, a verificação, conforme definida no VIML, e geralmente na avaliação
da conformidade, compreende o exame e a marcação e/ou a emissão de um certificado de verificação para
um sistema de medição.
Nota 5 de entrada: Não convém que a verificação seja confundida com calibração. Nem toda verificação é
uma validação (3.9).
Nota 6 de entrada: Em química, a verificação da identidade de uma entidade, ou de uma atividade, necessita
de uma descrição da estrutura ou das propriedades daquela entidade ou atividade.
3.9
validação
verificação (3.8) na qual os requisitos especificados são adequados para um uso pretendido
4 Requisitos gerais
4.1 Imparcialidade
4.1.1 As atividades de laboratório devem ser realizadas com imparcialidade e ser estruturadas
e gerenciadas de forma a salvaguardar a imparcialidade.
4.1.3 O laboratório deve ser responsável pela imparcialidade de suas atividades de laboratório e não
pode permitir que pressões comerciais, financeiras ou outras comprometam a imparcialidade.
4.1.4 O laboratório deve identificar os riscos à sua imparcialidade de forma contínua. Isto deve incluir
os riscos decorrentes de suas atividades, de seus relacionamentos ou dos relacionamentos de seu
pessoal. Entretanto, estes relacionamentos não necessariamente apresentam ao laboratório um risco
à imparcialidade.
NOTA Um relacionamento que ameaça a imparcialidade do laboratório pode ser baseado em propriedade,
governança, gestão, pessoal, recursos compartilhados, finanças, contratos, marketing (incluindo promoção
de marcas) e pagamento de comissões de vendas ou outros benefícios pela indicação de novos clientes etc.
4.1.5 Caso um risco à imparcialidade seja identificado, o laboratório deve ser capaz de demonstrar
como ele elimina ou minimiza tal risco.
4.2 Confidencialidade
4.2.1 O laboratório deve ser responsável, por meio de compromissos legalmente exigíveis,
pela gestão de todas as informações obtidas ou criadas durante a realização de atividades de labo-
ratório. O laboratório deve informar previamente ao cliente as informações que pretende colocar em
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domínio público. Exceto para informações que o cliente disponibilize ao público, ou quando acordado
entre o laboratório e o cliente (por exemplo, com o propósito de responder a reclamações), todas as
outras informações são consideradas propriedade do cliente e devem ser tratadas como confidenciais.
4.2.2 Quando o laboratório for obrigado por lei ou autorizado por compromissos contratuais a divul-
gar informações confidenciais, o cliente ou o indivíduo interessado deve, exceto se proibido por lei,
ser notificado sobre as informações fornecidas.
4.2.3 Informações sobre o cliente, obtidas de outras fontes que não o próprio cliente (por exemplo,
reclamante, autoridades regulamentadoras), devem ser tratadas como confidenciais entre o cliente e
o laboratório. O fornecedor (fonte) destas informações deve ser tratado pelo laboratório como confi-
dencial e não pode ser compartilhado com o cliente, exceto se acordado com a fonte.
4.2.4 O pessoal, incluindo quaisquer membros de comitês, contratados, pessoal de organismos exter-
nos ou indivíduos atuando em nome do laboratório, deve manter confidenciais todas as informações
obtidas ou geradas durante a realização das atividades de laboratório, exceto quando exigido por lei.
5 Requisitos de estrutura
5.1 O laboratório deve ser uma entidade legal, ou uma parte definida de uma entidade legal, que seja
legalmente responsável por suas atividades de laboratório.
NOTA Para os efeitos deste documento, um laboratório governamental é considerado uma entidade
legal com base em sua condição governamental.
5.2 O laboratório deve identificar a gerência que tenha responsabilidade geral pelo laboratório.
5.3 O laboratório deve definir e documentar o conjunto de atividades de laboratório para as quais
está em conformidade com este documento. O laboratório somente deve declarar a conformidade
com este documento para este conjunto de atividades de laboratório, o que exclui as atividades de
laboratório providas externamente de forma contínua.
5.4 As atividades de laboratório devem ser realizadas de modo a atender aos requisitos deste docu-
mento, dos clientes do laboratório, das autoridades regulamentadoras e organizações que fornecem
reconhecimento. Isso deve incluir as atividades de laboratório realizadas em todas as suas insta-
lações permanentes, em locais fora das suas instalações permanentes, em instalações associadas
temporárias ou móveis, ou nas instalações de um cliente.
a) definir a estrutura organizacional e gerencial do laboratório, o seu lugar na organização principal
e as relações entre a gerência, as operações técnicas e os serviços de apoio;
c) documentar seus procedimentos na extensão necessária para assegurar a aplicação consistente
de suas atividades de laboratório e a validade dos resultados.
5.6 O laboratório deve ter pessoal que, independentemente de outras responsabilidades, tenha a
autoridade e os recursos necessários para realizar seus deveres, incluindo:
b) a identificação de desvios do sistema de gestão ou dos procedimentos para a realização das
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atividades de laboratório;
d) o relato à gerência do laboratório sobre o desempenho do sistema de gestão e qualquer neces-
sidade de melhoria;
a) haja comunicação a respeito da eficácia do sistema de gestão e sobre a importância de atender
aos requisitos dos clientes e outros requisitos;
b) a integridade do sistema de gestão seja mantida quando forem planejadas e implementadas
mudanças no sistema de gestão.
6 Requisitos de recursos
6.1 Generalidades
O laboratório deve dispor de pessoal, instalações, equipamentos, sistemas e serviços de apoio neces-
sários para gerenciar e realizar suas atividades de laboratório.
6.2 Pessoal
6.2.1 Todo o pessoal do laboratório, interno ou externo, que possa influenciar as atividades de labo-
ratório, deve agir com imparcialidade, ser competente e trabalhar de acordo com o sistema de gestão
do laboratório.
6.2.2 O laboratório deve documentar os requisitos de competência para cada função que influencie
os resultados das atividades de laboratório, incluindo os requisitos de formação, qualificação, treina-
mento, conhecimento técnico, habilidades e experiência.
6.2.3 O laboratório deve assegurar que o pessoal tenha competência para realizar as atividades
de laboratório pelas quais é responsável e para avaliar a importância dos desvios.
6.2.6 O laboratório deve autorizar pessoal para realizar atividades de laboratório específicas,
incluindo, mas não se limitando ao seguinte:
NOTA Influências que podem afetar adversamente a validade dos resultados podem incluir, mas não
estão limitadas a, contaminação microbiológica, poeira, distúrbios eletromagnéticos, radiação, umidade,
alimentação elétrica, temperatura, som e vibração.
6.3.2 Os requisitos para as instalações e condições ambientais necessários à realização das ativi-
dades de laboratório devem estar documentados.
6.3.3 O laboratório deve monitorar, controlar e registrar as condições ambientais de acordo com as
especificações, métodos ou procedimentos pertinentes, ou quando estes influenciarem a validade
dos resultados.
6.3.4 Medidas para controlar as instalações devem ser implementadas, monitoradas e periodica-
mente submetidas à análise crítica, e devem incluir, mas não estar limitadas a:
6.3.5 Quando o laboratório realizar atividades de laboratório em locais ou instalações fora do seu
controle permanente, o laboratório deve assegurar que os requisitos relacionados às instalações e às
condições ambientais deste documento sejam atendidos.
6.4 Equipamentos
6.4.1 O laboratório deve ter acesso aos equipamentos (incluindo, mas não se limitando a, instrumentos
de medição, software, padrões de medição, materiais de referência, dados de referência, reagentes,
consumíveis ou aparelhos auxiliares) que são requeridos para a correta realização das atividades de
laboratório e que possam influenciar o resultado.
NOTA 1 Existe uma multiplicidade de nomes para materiais de referência e materiais de referência
certificados, incluindo padrões de referência, padrões de calibração, materiais de referência-padrão e
materiais de controle da qualidade. A ABNT NBR ISO 17034 contém informações adicionais sobre produtores
de materiais de referência (PMR). Os PMR que atendem aos requisitos da ABNT NBR ISO 17034 são
considerados competentes. Os materiais de referência provenientes de PMR que atendam aos requisitos da
ABNT NBR ISO 17034 são fornecidos com uma ficha de informação do produto/certificado que especifica,
entre outras características, homogeneidade e estabilidade para as propriedades especificadas e, para os
materiais de referência certificados, as propriedades especificadas com valores certificados, suas incertezas
de medição e rastreabilidade metrológica associadas.
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NOTA 2 O ISO Guide 33 fornece orientação para seleção e uso de materiais de referência. O ISO Guide 80
fornece orientação para produção interna de materiais para controle da qualidade.
6.4.2 Quando o laboratório utilizar equipamentos que estejam fora de seu controle permanente,
o laboratório deve assegurar que sejam atendidos os requisitos para equipamentos deste documento.
6.4.3 O laboratório deve ter um procedimento para manuseio, transporte, armazenamento, uso e
manutenção planejada dos equipamentos, a fim de assegurar seu correto funcionamento e para evitar
contaminação ou deterioração.
6.4.5 Os equipamentos utilizados para medição devem ser capazes de alcançar a exatidão de
medição e/ou a incerteza de medição requeridas para fornecer um resultado válido.
—— a exatidão de medição ou a incerteza de medição afetar a validade dos resultados relatados; e/ou
—— aqueles utilizados para a medição direta do mensurando, por exemplo, utilização de uma balança para
realizar uma medição de massa;
—— aqueles utilizados para fazer correções do valor medido, por exemplo, medições de temperatura;
—— aqueles utilizados para obter um resultado de medição calculado a partir de múltiplas grandezas.
6.4.7 O laboratório deve estabelecer um programa de calibração, o qual deve ser analisado critica-
mente e ajustado conforme necessário, a fim de manter a confiança na situação de calibração.
6.4.8 Todo equipamento que necessite de calibração ou que tenha um período de validade definido
deve ser etiquetado, codificado ou identificado de alguma outra forma que permita que o usuário do equi-
pamento identifique prontamente a situação de calibração ou o período de validade.
6.4.9 Deve ser retirado de serviço o equipamento que tenha sido submetido à sobrecarga, ou que tenha
sido manuseado incorretamente, que produza resultados questionáveis ou que mostre ter defeitos ou
estar fora dos requisitos especificados. O equipamento deve ser isolado para evitar sua utilização,
ou deve ser claramente etiquetado ou marcado como fora de serviço, até que tenha sido verificado
que está funcionando corretamente. O laboratório deve examinar o efeito deste defeito ou desvio dos
requisitos especificados, e deve iniciar o procedimento de gestão de trabalho não conforme (ver 7.10).
6.4.10 Quando forem necessárias checagens intermediárias para manter a confiança no desempenho
do equipamento, estas checagens devem ser realizadas de acordo com um procedimento.
6.4.12 O laboratório deve tomar medidas viáveis para evitar que ajustes não intencionais no equipa-
mento invalidem os resultados.
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6.4.13 Devem ser retidos registros de equipamentos que possam influenciar as atividades de labora-
tório. Os registros devem incluir o seguinte, quando aplicável:
b) nome do fabricante, identificação do modelo e número de série ou outra identificação unívoca;
c) evidência de verificação de que o equipamento está conforme com os requisitos especificados;
e) datas das calibrações, resultados de calibrações, ajustes, critérios de aceitação e data prevista
da próxima calibração ou intervalo de calibração;
g) plano de manutenção e manutenções realizadas até o momento, quando pertinente para o
desempenho do equipamento;
6.5.1 O laboratório deve estabelecer e manter a rastreabilidade metrológica dos seus resultados de
medição, por meio de uma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações, cada uma contribuindo
para a incerteza de medição, relacionando-os a uma referência apropriada.
NOTA 1 No ABNT ISO/IEC Guia 99, rastreabilidade metrológica é definida como a “propriedade de um
resultado de medição pela qual tal resultado pode ser relacionado a uma referência por meio de uma cadeia
ininterrupta e documentada de calibrações, cada uma contribuindo para a incerteza de medição”.
6.5.2 O laboratório deve assegurar que os resultados de medição sejam rastreáveis ao Sistema
Internacional de Unidades (SI) por meio de:
NOTA 1 Os laboratórios que atendem aos requisitos deste documento são considerados competentes.
b) valores certificados de materiais de referência certificados, providos por um produtor competente,
com declaração de rastreabilidade metrológica ao SI; ou
NOTA 2 Os produtores de material de referência que atendem aos requisitos da ABNT NBR ISO 17034
são considerados competentes.
c) realização direta das unidades do SI que seja assegurada por comparação, direta ou indiretamente,
com padrões nacionais ou internacionais.
NOTA 3 Detalhes sobre a realização prática das definições de algumas das unidades importantes são fornecidos
na SI Brochure.
6.5.3 Quando a rastreabilidade metrológica às unidades do SI não for tecnicamente possível, o labora-
tório deve demonstrar a rastreabilidade metrológica a uma referência apropriada, por exemplo:
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a) valores certificados de materiais de referência certificados, providos por um produtor competente;
6.6.1 O laboratório deve assegurar que sejam utilizados somente produtos e serviços adequados,
providos externamente, que afetem as atividades de laboratório, quando tais produtos e serviços:
b) forem providos, em parte ou por completo, diretamente ao cliente pelo laboratório, conforme rece-
bidos do provedor externo;
NOTA Produtos podem incluir, por exemplo, padrões e equipamentos de medição, equipamentos auxi-
liares, materiais de consumo e materiais de referência. Serviços podem incluir, por exemplo, serviços de
calibração, serviços de amostragem, serviços de ensaios, serviços de manutenção de instalações e equipa-
mentos, serviços de ensaios de proficiência e serviços de avaliação e de auditoria.
a) definir, analisar criticamente e aprovar os requisitos do laboratório para produtos e serviços pro-
vidos externamente;
b) definir os critérios para avaliação, seleção, monitoramento do desempenho e reavaliação dos
provedores externos;
c) assegurar que os produtos e serviços providos externamente estejam em conformidade com
os requisitos estabelecidos pelo laboratório ou, quando aplicável, com os requisitos pertinentes
deste documento, antes de serem utilizados ou diretamente providos ao cliente;
6.6.3 O laboratório deve comunicar aos provedores externos os seus requisitos para:
d) atividades que o laboratório, ou seu cliente, pretenda realizar nas instalações do provedor externo.
7 Requisitos de processo
7.1 Análise crítica de pedidos, propostas e contratos
7.1.1 O laboratório deve ter um procedimento para a análise crítica dos pedidos, propostas e
contratos. O procedimento deve assegurar que:
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c) quando forem utilizados provedores externos, os requisitos de 6.6 sejam aplicados e o laboratório
informe ao cliente as atividades de laboratório específicas a serem realizadas pelo provedor
externo, e obtenha a aprovação do cliente;
NOTA 1 É reconhecido que atividades de laboratório providas externamente podem ocorrer quando:
—— o laboratório tem os recursos e a competência para realizar as atividades, entretanto, por razões
imprevistas é incapaz de realizá-las em parte ou por completo;
d) sejam selecionados os métodos ou procedimentos apropriados e capazes de atender aos requi-
sitos dos clientes.
NOTA 2 Para clientes internos ou rotineiros, a análise crítica de pedidos, propostas e contratos pode
ser realizada de forma simplificada.
7.1.2 O laboratório deve informar ao cliente quando o método solicitado pelo cliente for considerado
não apropriado ou desatualizado.
7.1.3 Quando o cliente solicitar uma declaração de conformidade a uma especificação ou norma para
o ensaio ou calibração (por exemplo: aprovação/reprovação, dentro da tolerância/fora da tolerância),
a especificação ou norma e a regra de decisão devem ser claramente definidas. A regra de decisão
selecionada deve ser comunicada e acordada com o cliente, a não ser que a regra de decisão seja
inerente à norma ou especificação solicitada.
NOTA Para orientações adicionais sobre declarações de conformidade, ver ISO/IEC Guide 98-4.
7.1.4 Quaisquer diferenças entre o pedido ou proposta e o contrato devem ser resolvidas antes do
início das atividades de laboratório. Cada contrato deve ser aceito tanto pelo laboratório como pelo
cliente. Desvios solicitados pelo cliente não podem afetar a integridade do laboratório ou a validade
dos resultados.
7.1.6 Se um contrato for modificado depois de o trabalho ter sido iniciado, a análise crítica do contrato
deve ser repetida e qualquer emenda deve ser comunicada a todo o pessoal afetado.
7.1.7 O laboratório deve cooperar com os clientes ou seus representantes para esclarecer o pedido
do cliente e para monitorar o desempenho do laboratório em relação ao trabalho realizado.
a) disponibilização de acesso razoável às áreas pertinentes do laboratório para presenciar as atividades
de laboratório específicas do cliente;
b) preparação, embalagem e envio de itens necessários ao cliente para fins de verificação.
7.1.8 Devem ser retidos registros das análises críticas, incluindo quaisquer modificações significa-
tivas. Devem também ser retidos registros de discussões pertinentes com um cliente, relacionadas
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7.2.1.1 O laboratório deve utilizar métodos e procedimentos adequados para todas as atividades
de laboratório e, quando apropriado, para a avaliação da incerteza de medição, bem como técnicas
estatísticas para análise de dados.
NOTA O termo “método”, utilizado neste documento, pode ser considerado sinônimo do termo “procedi-
mento de medição”, conforme definido no ABNT ISO/IEC Guia 99.
7.2.1.3 O laboratório deve assegurar a utilização da última versão válida de um método, a não ser
que isto não seja apropriado ou possível. Quando necessário, a aplicação do método deve ser suple-
mentada com detalhes adicionais para assegurar uma aplicação consistente.
NOTA Normas internacionais, regionais ou nacionais, ou outras especificações reconhecidas que con-
tenham informações suficientes e concisas sobre como realizar atividades de laboratório, não precisam ser
suplementadas ou reescritas como procedimentos internos, se estas normas estiverem escritas de forma que
possam ser utilizadas pelo pessoal operacional em um laboratório. Pode ser necessário fornecer documen-
tação adicional para etapas opcionais no método ou detalhes adicionais.
7.2.1.4 Quando o cliente não especificar o método a ser utilizado, o laboratório deve selecionar um
método apropriado e informar ao cliente o método escolhido. São recomendados métodos publicados
em normas internacionais, regionais ou nacionais, ou por organizações técnicas respeitáveis ou em
textos ou periódicos científicos pertinentes, ou conforme especificado pelo fabricante do equipamento.
Também podem ser utilizados métodos desenvolvidos ou modificados pelo laboratório.
7.2.1.6 Quando o desenvolvimento de um método for requerido, isto deve ser uma atividade plane-
jada que deve ser designada ao pessoal competente e equipado com recursos adequados. À medida
que avança o desenvolvimento do método, deve ser realizada análise crítica periódica para confirmar
se as necessidades do cliente continuam sendo atendidas. Quaisquer modificações no plano de desen-
volvimento devem ser aprovadas e autorizadas..
7.2.1.7 Desvios de métodos para todas as atividades de laboratório somente devem ocorrer se o
desvio estiver documentado, tecnicamente justificado, autorizado e aceito pelo cliente.
NOTA A aceitação de desvios pelo cliente pode ser previamente acordada no contrato.
7.2.2.1 O laboratório deve validar métodos não normalizados, métodos desenvolvidos pelo labora-
tório e métodos normalizados utilizados fora de seu escopo pretendido ou modificados de outra forma.
A validação deve ser tão abrangente quanto for necessária para atender às necessidades de uma
determinada aplicação ou campo de aplicação.
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NOTA 1 A validação pode incluir procedimentos para amostragem, manuseio e transporte de itens de
ensaio ou calibração.
NOTA 2 As técnicas utilizadas para a validação de método podem ser uma das seguintes ou uma combi-
nação destas:
a) calibração ou avaliação da tendência e precisão utilizando padrões de referência ou materiais de referência;
c) ensaio de robustez do método por meio da variação de parâmetros controlados, como temperatura de
incubação, volume dispensado;
f) avaliação da incerteza de medição dos resultados com base na compreensão sobre os princípios teóricos
do método e na experiência prática com o desempenho do método de amostragem ou ensaio.
7.2.2.2 Quando forem feitas alterações em métodos validados, deve ser determinada a influência
destas mudanças e, quando estas afetarem a validação original, deve ser realizada uma nova validação
do método.
7.2.2.3 As características de desempenho dos métodos validados, conforme avaliadas para o uso
pretendido, devem ser pertinentes às necessidades dos clientes e consistentes com os requisitos
especificados.
NOTA Características de desempenho podem incluir, mas não estão limitadas a, faixa de medição, exatidão
de medição, incerteza de medição dos resultados, limite de detecção, limite de quantificação, seletividade
do método, linearidade, repetibilidade ou reprodutibilidade, robustez contra influências externas ou sensibi-
lidade cruzada contra interferência da matriz da amostra ou objeto de ensaio e tendência.
e) uma declaração sobre a validade do método, detalhando sua adequação ao uso pretendido.
7.3 Amostragem
7.3.1 O laboratório deve ter um plano e um método de amostragem, quando realiza amostragem de
substâncias, materiais ou produtos para ensaio ou calibração subsequente. O método de amostragem
deve abordar os fatores a serem controlados, para assegurar a validade dos resultados de ensaio e
calibração subsequentes. O plano e o método de amostragem devem estar disponíveis no local onde
a amostragem for realizada. Planos de amostragem devem, sempre que razoável, ser baseados em
métodos estatísticos apropriados.
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c) a preparação e o tratamento de amostra(s) de uma substância, material ou produto para produzir
o item requerido para ensaio ou calibração subsequente.
NOTA Uma vez recebida no laboratório, a amostra pode requerer manuseio adicional, conforme
especificado em 7.4.
7.3.3 O laboratório deve reter registros dos dados da amostragem que fazem parte do ensaio ou
calibração que for realizado. Estes registros devem incluir, quando pertinente:
c) dados para identificar e descrever a amostra (por exemplo, número, quantidade, nome);
g) diagramas ou outros meios equivalentes para identificar o local da amostragem, quando apropriado;
7.4.1 O laboratório deve ter um procedimento para o transporte, recebimento, manuseio, proteção,
armazenamento, retenção e descarte ou retorno dos itens de ensaio ou calibração, incluindo todas
as providências necessárias para a proteção da integridade do item de ensaio ou calibração e para
a proteção dos interesses do laboratório e do cliente. Devem ser tomadas precauções para evitar
deterioração, contaminação, perda ou dano no item durante o manuseio, transporte, armazenamento/
espera e preparação para ensaio ou calibração. As instruções para manuseio fornecidas com o item
devem ser seguidas.
7.4.2 O laboratório deve ter um sistema para a identificação não ambígua de itens de ensaio ou
calibração. A identificação deve ser retida enquanto o item estiver sob a responsabilidade do laboratório.
O sistema deve assegurar que os itens não serão confundidos fisicamente ou quando forem citados
em registros ou outros documentos. O sistema deve, se apropriado, contemplar uma subdivisão de
um item ou grupos de itens e a transferência de itens.
7.4.3 No ato do recebimento do item de ensaio ou calibração, devem ser registrados os desvios
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das condições especificadas. Quando houver dúvidas sobre a adequação de um item para ensaio ou
calibração, ou quando um item não estiver em conformidade com a descrição fornecida, o laboratório
deve consultar o cliente para obter instruções adicionais antes de prosseguir, e deve registrar os
resultados desta consulta. Quando o cliente requerer que o item seja ensaiado ou calibrado admitindo
um desvio das condições especificadas, o laboratório deve incluir uma ressalva no relatório, indicando
quais resultados podem estar afetados pelo desvio.
7.4.4 Quando os itens tiverem que ser armazenados ou acondicionados sob condições ambientais
especificadas, estas condições devem ser mantidas, monitoradas e registradas.
7.5.1 O laboratório deve assegurar que os registros técnicos para cada atividade de laboratório
contenham os resultados, o relatório e as informações suficientes para facilitar, se possível, a identifi-
cação de fatores que afetem o resultado de medição e sua incerteza de medição associada, bem como
para possibilitar que a atividade de laboratório seja repetida em condições o mais próximo possível
das condições originais. Os registros técnicos devem incluir a data e a identificação do pessoal res-
ponsável por cada atividade de laboratório e pela conferência dos dados e resultados. Observações,
dados e cálculos originais devem ser registrados no momento em que são realizados e devem ser
identificáveis à tarefa específica a que se referem.
7.5.2 O laboratório deve assegurar que emendas aos registros técnicos possam ser vinculadas às
versões anteriores ou às observações originais. Devem ser retidos os dados e arquivos, originais
e alterados, incluindo a data da alteração, uma indicação dos aspectos alterados e o pessoal respon-
sável pelas alterações.
7.6.2 Um laboratório que realiza calibrações, incluindo as de seus próprios equipamentos, deve
avaliar a incerteza de medição para todas as calibrações.
7.6.3 Um laboratório que realiza ensaio deve avaliar a incerteza de medição. Quando o método de
ensaio impossibilitar uma avaliação rigorosa da incerteza de medição, deve ser feita uma estimativa
baseada na compreensão dos princípios teóricos do método ou na experiência prática sobre o desem-
penho do método.
NOTA 1 Nos casos em que um método de ensaio bem reconhecido especificar limites para os valores das
principais fontes de incerteza de medição e especificar a forma de apresentação dos resultados calculados,
considera-se que o laboratório atende a 7.6.3 ao seguir o método de ensaio e as instruções para relato.
NOTA 2 Para um método em particular no qual a incerteza de medição dos resultados foi estabelecida e
verificada, não há necessidade de avaliar a incerteza de medição para cada resultado, caso o laboratório
possa demonstrar que os fatores de influência identificados como críticos estejam sob controle.
NOTA 3 Para informações adicionais, ver ABNT ISO/IEC Guia 98-3, ISO 21748 e a série ISO 5725.
7.7.1 O laboratório deve ter um procedimento para monitorar a validade dos resultados. Os dados
resultantes devem ser registrados de forma que as tendências sejam detectáveis e, quando praticável,
devem ser aplicadas técnicas estatísticas para a análise crítica dos resultados. Este monitoramento
deve ser planejado e analisado criticamente e deve incluir, quando apropriado, mas não estar limitado a:
d) uso de padrões de checagem ou padrões de trabalho com cartas de controle, quando aplicável;
7.7.2 O laboratório deve monitorar o seu desempenho por meio de comparação com resultados de
outros laboratórios, quando disponível e apropriado. Este monitoramento deve ser planejado e anali-
sado criticamente e deve incluir, mas não estar limitado a, uma ou as duas alternativas a seguir:
NOTA A ABNT NBR ISO/IEC 17043 contém informações adicionais sobre ensaios de proficiência
e provedores de ensaios de proficiência. Provedores de ensaios de proficiência que atendem aos
requisitos da ABNT NBR ISO/IEC 17043 são considerados competentes.
7.7.3 Os dados das atividades de monitoramento devem ser analisados, utilizados para controlar as
atividades do laboratório e, se aplicável, para melhorá-las. Se os resultados das análises dos dados
das atividades de monitoramento estiverem fora dos critérios predefinidos, devem ser tomadas ações
apropriadas para evitar o relato de resultados incorretos.
7.8.1 Generalidades
7.8.1.1 Os resultados devem ser analisados criticamente e autorizados antes de sua liberação.
7.8.1.2 Os resultados devem ser fornecidos com exatidão, clareza, objetividade, sem ambiguidade,
normalmente em um relatório (por exemplo, relatório de ensaio ou certificado de calibração ou relatório
de amostragem), e devem incluir todas as informações acordadas com o cliente e necessárias para
a interpretação dos resultados e todas as informações requeridas pelo método utilizado. Todos os
relatórios emitidos devem ser retidos como registros técnicos.
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NOTA 1 Para os efeitos deste documento, relatórios de ensaio e certificados de calibração são, algumas
vezes, denominados, respectivamente, certificados de ensaio e relatórios de calibração.
NOTA 2 Os relatórios podem ser emitidos tanto na forma impressa quanto por meios eletrônicos, desde
que os requisitos deste documento sejam atendidos.
7.8.1.3 Quando acordado com o cliente, os resultados podem ser relatados de forma simplificada.
Quaisquer informações listadas em 7.8.2 a 7.8.7 que não forem relatadas ao cliente devem estar
prontamente disponíveis.
7.8.2.1 Cada relatório deve incluir pelo menos as seguintes informações, a menos que o laboratório
tenha razões válidas para não fazer isso, minimizando assim qualquer possibilidade de mal-entendido
ou uso indevido:
a) um título (por exemplo, “Relatório de Ensaio”, “Certificado de Calibração” ou “Relatório de Amostragem”);
c) local da realização das atividades de laboratório, inclusive quando realizadas nas instalações
de cliente ou em locais fora das instalações permanentes do laboratório, ou em instalações
associadas temporárias ou móveis;
d) identificação unívoca de forma que todos os seus componentes sejam reconhecidos como parte
do relatório completo e uma clara identificação do final do relatório;
g) uma descrição, identificação não ambígua e, quando necessário, condição do item;
h) data do recebimento do(s) item(s) de ensaio ou de calibração, e data da amostragem, quando
isso for crítico para a validade e aplicação dos resultados;
k) referência ao plano de amostragem e ao método de amostragem utilizados pelo laboratório ou por
outros organismos, quando estes forem pertinentes para a validade ou aplicação dos resultados;
l) uma declaração de que os resultados se referem somente aos itens ensaiados, calibrados ou
amostrados;
p) quando os resultados forem de provedores externos, uma identificação clara sobre isso.
NOTA A inclusão de uma declaração especificando que o relatório não pode ser reproduzido sem a
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aprovação do laboratório, exceto se for reproduzido na íntegra, pode fornecer uma garantia de que partes de
um relatório não sejam utilizadas fora de contexto.
7.8.2.2 O laboratório deve ser responsável por todas as informações fornecidas no relatório, exceto
quando as informações forem fornecidas pelo cliente. Dados fornecidos pelo cliente devem ser clara-
mente identificados. Além disso, deve ser incluída uma ressalva no relatório, quando as informações
forem fornecidas pelo cliente e puderem afetar a validade dos resultados. Quando o laboratório não
for responsável pela etapa de amostragem (por exemplo, a amostra foi fornecida pelo cliente), o labo-
ratório deve indicar no relatório que os resultados se aplicam à amostra conforme recebida.
7.8.3.1 Além dos requisitos listados em 7.8.2, quando necessário para a interpretação dos resultados
de ensaio, os relatórios de ensaio devem incluir o seguinte:
b) quando pertinente, uma declaração de conformidade aos requisitos ou especificações (ver 7.8.6);
—— a incerteza de medição for pertinente para a validade ou aplicação dos resultados de ensaio,
e) informações adicionais que possam ser requeridas por métodos específicos, autoridades, clientes
ou grupos de clientes.
7.8.3.2 Quando o laboratório for responsável pela atividade de amostragem, os relatórios de ensaio
devem atender aos requisitos listados em 7.8.5, quando necessário para a interpretação dos resultados
de ensaio.
7.8.4.1 Além dos requisitos listados em 7.8.2, os certificados de calibração devem incluir o seguinte:
NOTA De acordo com o ABNT ISO/IEC Guia 99, um resultado de medição é geralmente expresso
como um único valor medido, incluindo a unidade de medida e uma incerteza de medição.
b) condições (por exemplo, ambientais) sob as quais as calibrações foram realizadas, que tenham
influência sobre os resultados de medição;
c) uma declaração identificando como os resultados das medições são metrologicamente rastreáveis
(ver Anexo A);
e) quando pertinente, uma declaração de conformidade aos requisitos ou especificações (ver 7.8.6);
7.8.4.2 Quando o laboratório for responsável pela atividade de amostragem, os certificados de cali-
bração devem atender aos requisitos listados em 7.8.5, quando necessário para a interpretação dos
resultados de calibração.
7.8.4.3 Um certificado de calibração ou etiqueta de calibração não pode conter qualquer recomen-
dação sobre o intervalo de calibração, exceto quando isso tiver sido acordado com o cliente.
Quando o laboratório for responsável pela atividade de amostragem, além dos requisitos listados
em 7.8.2, quando necessário para interpretação dos resultados, os relatórios devem incluir o seguinte:
b) identificação unívoca do item ou material amostrado (incluindo nome do fabricante, modelo ou
tipo de designação e números de série, conforme apropriado);
e) detalhes sobre quaisquer condições ambientais durante a amostragem que afetem a interpretação
dos resultados;
f) informações requeridas para avaliar a incerteza de medição para ensaio ou calibração subsequente.
7.8.6.1 Quando for fornecida uma declaração de conformidade a uma especificação ou norma,
o laboratório deve documentar a regra de decisão empregada, considerando o nível de risco (como
falsa aceitação e falsa rejeição e pressupostos estatísticos) associado à regra de decisão empregada,
e aplicar a regra de decisão.
NOTA Quando a regra de decisão for prescrita pelo cliente, por regulamentos ou documentos normativos,
não é necessária uma análise adicional sobre o nível de risco.
b) quais especificações, normas ou partes destas são atendidas ou não atendidas;
c) a regra de decisão aplicada (a menos que esta seja inerente à especificação ou norma solicitada).
7.8.7.1 Quando forem expressas opiniões e interpretações, o laboratório deve assegurar que apenas
pessoal autorizado para a expressão de opiniões e interpretações emita a respectiva declaração.
O laboratório deve documentar as bases nas quais as opiniões e interpretações foram elaboradas.
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7.8.7.2 As opiniões e interpretações expressas em relatórios devem ser baseadas nos resultados
obtidos a partir do item ensaiado ou calibrado, e devem ser claramente identificadas como tais.
7.8.7.3 Quando opiniões e interpretações forem comunicadas por meio do diálogo direto com o
cliente, deve ser retido um registro do diálogo.
7.8.8.1 Quando um relatório emitido necessita ser modificado, submetido a emendas ou reemitido,
qualquer alteração de informações deve ser claramente identificada e, quando apropriado, a razão
para a alteração deve ser incluída no relatório.
7.8.8.2 As emendas a um relatório após a emissão devem ser feitas somente sob a forma de um
novo documento, ou transferência de dados, que inclua a declaração “Emenda ao Relatório, número
de série... [ou outra forma de identificação]”, ou uma forma de redação equivalente.
7.8.8.3 Quando for necessário emitir um novo relatório completo, este deve ser univocamente
identificado e deve conter uma referência ao original que está sendo substituído.
7.9 Reclamações
7.9.1 O laboratório deve ter um processo documentado para receber, avaliar e tomar decisões sobre
reclamações.
7.9.2 Uma descrição do processo para tratar reclamações deve estar disponível a qualquer parte
interessada, quando solicitada. Após receber uma reclamação, o laboratório deve confirmar se a
reclamação está relacionada às atividades de laboratório pelas quais é responsável e, se for, deve
tratá-las. O laboratório deve ser responsável por todas as decisões em todos os níveis do processo
de tratamento de reclamações.
7.9.3 O processo para tratamento de reclamações deve incluir no mínimo os seguintes elementos
e métodos:
a) descrição do processo para receber, validar e investigar a reclamação, e decidir quais ações têm
que ser tomadas em resposta à reclamação;
7.9.4 O laboratório que receber a reclamação deve ser responsável por coletar e verificar todas
as informações necessárias para validar a reclamação.
7.9.5 Sempre que possível, o laboratório deve acusar o recebimento da reclamação e fornecer ao
reclamante relatos sobre o progresso e a conclusão.
7.9.6 As conclusões a serem comunicadas ao reclamante devem ser elaboradas por, ou analisadas
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criticamente e aprovadas por, indivíduo(s) que não esteja(m) envolvido(s) nas atividades de labora-
tório originais em questão.
7.9.7 Sempre que possível, o laboratório deve notificar formalmente ao reclamante o término do
tratamento da reclamação.
7.10.1 O laboratório deve ter um procedimento que deve ser implementado quando qualquer aspecto
das atividades de laboratório ou os resultados deste trabalho não estiverem em conformidade com seus
próprios procedimentos ou com os requisitos acordados com o cliente (por exemplo, equipamentos ou
condições ambientais fora dos limites especificados, resultados do monitoramento que não atendem
aos critérios especificados). O procedimento deve assegurar que:
a) sejam definidas as responsabilidades e autoridades pela gestão do trabalho não conforme;
b) as ações (incluindo interrupção ou repetição do trabalho e retenção dos relatórios, quando neces-
sário) sejam baseadas nos níveis de risco estabelecidos pelo laboratório;
c) seja feita uma avaliação da importância do trabalho não conforme, incluindo uma análise do
impacto em resultados anteriores;
d) seja tomada uma decisão sobre a aceitabilidade do trabalho não conforme;
7.10.2 O laboratório deve reter registros dos trabalhos não conformes e das ações conforme especi-
ficado em 7.10.1 alíneas b) a f).
7.10.3 Quando a avaliação indicar que o trabalho não conforme pode se repetir ou que existe dúvida
sobre a conformidade das operações do laboratório com o seu sistema de gestão, o laboratório deve
implementar ação corretiva.
7.11.2 Antes da sua implantação, o(s) sistema(s) de gestão da informação laboratorial, utilizado(s)
para a coleta, processamento, registro, relato, armazenamento ou recuperação de dados, deve(m)
ser validado(s) pelo laboratório quanto à funcionalidade, incluindo o funcionamento adequado das
interfaces do(s) sistema(s) de gestão da informação laboratorial. Sempre que houver alguma alteração,
incluindo configurações ou modificações feitas pelo laboratório em softwares comerciais de prateleira,
estas devem ser autorizadas, documentadas e validadas antes da implementação.
NOTA 1 Neste documento “sistema(s) de gestão da informação laboratorial” inclui a gestão de dados e
informações contidas nos sistemas informatizados e não informatizados. Alguns dos requisitos podem ser
mais aplicáveis aos sistemas informatizados do que aos sistemas não informatizados.
NOTA 2 Podem ser considerados suficientemente validados os softwares comerciais de prateleira utilizados
em aplicações de cunho geral, dentro do campo de aplicação para o qual foram projetados.
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c) ser operado(s) em um ambiente que esteja em conformidade com as especificações do provedor
ou do laboratório ou, no caso de sistemas não informatizados, prover condições que protejam a
exatidão dos registros e transcrições manuais;
d) ser mantido(s) de forma que assegure(m) a integridade dos dados e informações;
e) incluir o registro das falhas do sistema e as ações imediatas e corretivas apropriadas.
7.11.4 Quando um sistema de gestão da informação laboratorial for gerenciado e mantido fora de
suas instalações ou por meio de um provedor externo, o laboratório deve assegurar que o provedor
ou o operador do sistema cumpra todos os requisitos aplicáveis deste documento.
7.11.5 O laboratório deve assegurar que instruções, manuais e dados de referência pertinentes para
o(s) sistema(s) de gestão da informação laboratorial sejam mantidos prontamente disponíveis para o
pessoal.
O laboratório deve estabelecer, documentar, implementar e manter um sistema de gestão que seja
capaz de apoiar e demonstrar o atendimento consistente aos requisitos deste documento e asse-
gurar a qualidade dos resultados do laboratório. Além de atender aos requisitos das Seções 4 a 7,
o laboratório deve implementar um sistema de gestão de acordo com a Opção A ou a Opção B.
NOTA Ver Anexo B para mais informações.
8.1.2 Opção A
8.1.3 Opção B
Um laboratório que tenha estabelecido e mantenha um sistema de gestão, de acordo com os requi-
sitos da ABNT NBR ISO 9001, e que seja capaz de apoiar e demonstrar o atendimento consistente
aos requisitos das Seções 4 a 7, também atende pelo menos à intenção dos requisitos sobre sistema
de gestão, especificados em 8.2 a 8.9.
8.2.1 A gerência do laboratório deve estabelecer, documentar e manter políticas e objetivos para o
atendimento ao propósito deste documento e deve assegurar que as políticas e os objetivos sejam
reconhecidos e implementados em todos os níveis da organização do laboratório.
8.2.3 A gerência do laboratório deve fornecer evidência do seu comprometimento com o desenvolvi-
mento e implementação do sistema de gestão e com a melhoria contínua de sua eficácia.
8.2.4 Toda a documentação, processos, sistemas e registros relacionados com o atendimento aos
requisitos deste documento devem ser incluídos, referenciados ou vinculados ao sistema de gestão.
8.2.5 Todo o pessoal envolvido em atividades de laboratório deve ter acesso às partes da documen-
tação do sistema de gestão e informações relacionadas que sejam aplicáveis às suas responsabilidades.
8.3.1 O laboratório deve controlar os documentos (internos e externos) relacionados com o atendi-
mento a este documento.
NOTA Neste contexto, “documentos” podem ser declarações de política, procedimentos, especificações,
instruções do fabricante, tabelas de calibração, gráficos, livros didáticos, cartazes, avisos, memorandos,
desenhos, planos etc. Estes podem existir em vários meios, impressos ou digitais.
a) os documentos sejam aprovados com relação à sua adequação antes de serem emitidos por
pessoal autorizado;
d) as versões pertinentes dos documentos aplicáveis estejam disponíveis nos pontos de utilização
e, quando necessário, sua distribuição seja controlada;
f) a utilização não intencional de documentos obsoletos seja evitada e uma identificação apropriada
lhes seja aplicada se estes forem retidos para qualquer propósito.
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c) prevenir ou reduzir impactos indesejáveis e possíveis falhas nas atividades de laboratório;
b) como:
8.5.3 Ações tomadas para abordar os riscos e as oportunidades devem ser proporcionais ao impacto
potencial sobre a validade dos resultados do laboratório.
NOTA 1 Opções para abordar os riscos podem incluir: identificar e evitar ameaças, assumir o risco a fim
de perseguir uma oportunidade, eliminar a fonte de risco, mudar a probabilidade ou as consequências,
compartilhar o risco ou decidir, com base em informações, reter o risco.
NOTA 2 Oportunidades podem levar à expansão do escopo das atividades de laboratório, abordagem
de novos clientes, utilização de novas tecnologias e outras possibilidades de abordar as necessidades do
cliente.
8.6.1 O laboratório deve identificar e selecionar oportunidades para melhoria e implementar quais-
quer ações necessárias.
NOTA Oportunidades de melhoria podem ser identificadas por meio da análise crítica dos procedimentos
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operacionais, do uso de políticas, objetivos gerais, resultados de auditorias, ações corretivas, análise crítica
pela gerência, sugestões feitas pelo pessoal, avaliação de risco, análise de dados e resultados de ensaios
de proficiência.
8.6.2 O laboratório deve procurar obter retroalimentação, tanto positiva quanto negativa, dos seus
clientes. A retroalimentação deve ser analisada e utilizada para aprimorar o sistema de gestão,
as atividades de laboratório e o atendimento ao cliente.
b) avaliar a necessidade de ação para eliminar a(s) causa(s) da não conformidade, a fim de que
ela não se repita ou ocorra em outro lugar:
NOTA BRASILEIRA Por convenção, o termo “review” é traduzido como “análise crítica”. Neste caso,
a expressão original “reviewing and analysing” foi traduzida como “analisando criticamente”, de modo a
evitar repetição.
8.7.2 Ações corretivas devem ser apropriadas aos efeitos das não conformidades encontradas.
a) da natureza das não conformidades, causa(s) e quaisquer ações subsequentes tomadas;
8.8.1 O laboratório deve conduzir auditorias internas a intervalos planejados para prover informa-
ções sobre se o sistema de gestão:
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c) assegurar que os resultados das auditorias sejam relatados à gerência pertinente;
e) reter registros como evidência da implementação do programa de auditoria e dos resultados
de auditoria.
NOTA A ABNT NBR ISO 19011 fornece orientação sobre auditorias internas.
8.9.1 A gerência do laboratório deve analisar criticamente seu sistema de gestão a intervalos
planejados, a fim de assegurar sua contínua adequação, suficiência e eficácia, incluindo as políticas e
objetivos declarados, relacionados ao atendimento a este documento.
8.9.2 As entradas para a análise crítica pela gerência devem ser registradas e devem incluir infor-
mações relacionadas com:
a) mudanças em questões externas e internas que sejam pertinentes para o laboratório;
d) situação das ações decorrentes de análises críticas anteriores pela gerência;
j) reclamações;
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8.9.3 As saídas da análise crítica pela gerência devem registrar todas as decisões e ações relacio-
nadas pelo menos com:
b) a melhoria das atividades de laboratório com respeito ao atendimento aos requisitos deste
documento;
Anexo A
(informativo)
Rastreabilidade metrológica
A.1 Generalidades
Este Anexo fornece informações adicionais sobre rastreabilidade metrológica, que é um conceito
importante para assegurar a comparabilidade dos resultados de medição tanto em âmbito nacional
quanto internacional.
b) uma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações com origem em referências declaradas
e apropriadas (referências apropriadas incluem padrões nacionais ou internacionais e padrões
intrínsecos);
c) que a incerteza de medição para cada etapa da cadeia de rastreabilidade seja avaliada de acordo
com métodos acordados;
d) que cada etapa da cadeia seja realizada de acordo com métodos apropriados, com os resultados
de medição e com incertezas de medição associadas registradas;
e) que os laboratórios que realizam uma ou mais etapas da cadeia de rastreabilidade forneçam
evidência de sua competência técnica.
A.2.3 Padrões de medição que possuam relato de informações proveniente de um laboratório com-
petente, que inclua apenas uma declaração de conformidade a uma especificação (omitindo os resul-
tados de medição e as incertezas associadas), são algumas vezes utilizados para disseminar rastrea-
bilidade metrológica. Esta abordagem, na qual os limites de especificação são importados como fonte
de incerteza, depende de:
A base técnica para esta abordagem é que a conformidade declarada a uma especificação define uma
faixa de valores de medição, dentro da qual espera-se que esteja o valor verdadeiro, para um deter-
minado nível da confiança, que considera quaisquer tendências, bem como a incerteza de medição.
EXEMPLO Utilização de pesos de classe OIML R 111 para a calibração de uma balança.
a) Capacidades de medição e calibração providas por institutos nacionais de metrologia e institutos
designados que tenham sido submetidos a processos adequados de avaliação entre pares. Esta
avaliação entre pares é realizada no âmbito do CIPM MRA (Acordo de Reconhecimento Mútuo
no âmbito do Comitê Internacional de Pesos e Medidas). Os serviços abrangidos pelo CIPM
MRA podem ser vistos no Anexo C do BIPM KCDB (Base de Dados de Comparações-Chave do
Bureau Internacional de Pesos e Medidas), que detalha a faixa e a incerteza de medição para
cada serviço listado.
b) Capacidades de medição e calibração que tenham sido acreditadas por um organismo de acre-
ditação signatário do Acordo da ILAC (Cooperação Internacional de Acreditação de Laboratórios
– International Laboratory Accreditation Cooperation) ou de Acordos Regionais reconhecidos pela
ILAC têm rastreabilidade metrológica demonstrada. Os escopos de laboratórios de calibração
acreditados são disponibilizados ao público pelos respectivos organismos de acreditação.
A.3.2 A Declaração Conjunta sobre Rastreabilidade Metrológica emitida pelo BIPM, OIML (Organização
Internacional de Metrologia Legal – International Organization of Legal Metrology), ILAC e ISO
fornece orientação específica sobre quando existe a necessidade de se demonstrar a aceitabilidade
internacional da cadeia de rastreabilidade metrológica.
Anexo B
(informativo)
B.2 A Opção A (ver 8.1.2) relaciona os requisitos mínimos para a implementação de um sistema
de gestão em um laboratório. Tomou-se o cuidado de incorporar todos aqueles requisitos da
ABNT NBR ISO 9001 que são pertinentes para o escopo das atividades de laboratório abrangidas
pelo sistema de gestão. Os laboratórios que atendam às Seções 4 a 7 e que implementem a Opção
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B.3 A Opção B (ver 8.1.3) permite que os laboratórios estabeleçam e mantenham um sistema de
gestão de acordo com os requisitos da ABNT NBR ISO 9001, de uma maneira que apoie e demonstre
o atendimento consistente das Seções 4 a 7. Os laboratórios que implementem a Opção B da Seção 8,
consequentemente, também operam de acordo com a ABNT NBR ISO 9001. A conformidade do
sistema de gestão operado pelo laboratório com os requisitos da ABNT NBR ISO 9001 por si só não
demonstra a competência do laboratório para produzir dados e resultados tecnicamente válidos. Isso
é obtido por meio da conformidade com as Seções 4 a 7.
B.4 Ambas as opções visam obter o mesmo resultado no desempenho do sistema de gestão
e conformidade com as Seções 4 a 7.
B.5 A Figura B.1 ilustra um exemplo de uma possível representação esquemática do processo
operacional de um laboratório, conforme descrito na Seção 7.
Preparação Liberação
Item Realização da calibração/ensaio Item
do item do item
Amostragem
7.3
7.5
Registros
7.10
técnicos
Recursos Controle de Gerência Trabalho
dados/gestão não conforme
da informação
7.11
7.9 Reclamações
Bibliografia
[1] ISO 5725-1, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results – Part 1:
General principles and definitions
[2] ISO 5725-2, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results – Part 2: Basic
method for the determination of repeatability and reproducibility of a standard measurement method
[3] ISO 5725-3, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results – Part 3:
Intermediate measures of the precision of a standard measurement method
[4] ISO 5725-4, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results – Part 4:
Basic methods for the determination of the trueness of a standard measurement method
[5] ISO 5725-6, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results – Part 6:
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[6] ABNT NBR ISO 9000, Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e vocabulário
[8] ABNT NBR ISO 10012, Sistemas de gestão de medição – Requisitos para os processos de
medição e equipamentos de medição
[9] ISO/IEC 12207, Systems and software engineering – Software life cycle processes
[10] ABNT NBR ISO 15189, Laboratórios clínicos – Requisitos de qualidade e competência
[11] ISO 15194, In vitro diagnostic medical devices – Measurement of quantities in samples of biological
origin – Requirements for certified reference materials and the content of supporting documentation
[12] ISO/IEC 17011, Conformity assessment – Requirements for accreditation bodies accrediting
conformity assessment bodies
[13] ABNT NBR ISO/IEC 17020, Avaliação de conformidade – Requisitos para o funcionamento de
diferentes tipos de organismos que executam inspeção
[14] ABNT NBR ISO/IEC 17021-1, Avaliação de conformidade – Requisitos para organismos que
fornecem auditoria e certificação de sistemas de gestão – Parte 1: Requisitos
[15] ABNT NBR ISO 17034, Requisitos gerais para a competência de produtores de material de referência
[16] ABNT NBR ISO/IEC 17043, Avaliação da conformidade – Requisitos gerais para ensaio de proficiência
[17] ABNT NBR ISO/IEC 17065, Avaliação da conformidade – Requisitos gerais para organismos de
certificação de produtos, processos e serviços
[18] ABNT NBR NM ISO 17511, Produtos médicos para uso em diagnóstico in vitro – Medição de
quantidades em amostras biológicas – Rastreabilidade metrológica de valores designados a
calibradores e materiais de controle
[19] ABNT NBR ISO 19011, Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão
[20] ISO 21748, Guidance for the use of repeatability, reproducibility and trueness estimates in
measurement uncertainty evaluation
[22] ABNT ISO Guia 30, Materiais de referência – Termos e definições selecionados
[23] ABNT ISO Guia 31, Materiais de referência – Conteúdo de certificados, rótulos e documentação
associada
[24] ISO Guide 33, Reference materials – Good practice in using reference materials
[25] ISO Guide 35, Reference materials – Guidance for characterization and assessment of
homogeneity and stability
[26] ISO Guide 80, Guidance for the in-house preparation of quality control materials (QCMs)
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[27] ABNT ISO Guia 98-3, Incerteza de medição – Parte 3: Guia para a expressão de incerteza de
medição (GUM:1995)
[28] ISO/IEC Guide 98-4, Uncertainty of measurement – Part 4: Role of measurement uncertainty in
conformity assessment
[29] ABNT IEC GUIA 115, Aplicação da incerteza de medição nas atividades de avaliação da
conformidade no setor eletrotécnico
[30] Joint BIPM, OIML, ILAC and ISO declaration on metrological traceability, 2011 2
NOTA BRASILEIRA No Brasil o Vocabulário Internacional de Metrologia Legal (VIML), foi publicado
por meio da Portaria Inmetro nº 163 de 06 de Setembro de 2005.
[33] JCGM 106:2012, Evaluation of measurement data – The role of measurement uncertainty in
conformity assessment
NOTA BRASILEIRA No Brasil o Sistema Internacional de Unidades (SI), foi publicado pelo Inmetro,
em 2012 e pode ser consultado no site: http://www.inmetro.gov.br
2 http://www.bipm.org/utils/common/pdf/BIPM-OIML-ILAC-ISO_joint_declaration_2011.pdf
3 http://ilac.org/
4 https://www.eurachem.org/images/stories/Guides/pdf/EEE-RM-062rev3.pdf
5 http:// www .bipm.org/en/publications/si-brochure/