Percepção Atenção Memória
Percepção Atenção Memória
Percepção Atenção Memória
PSICOLOGIA COGNITIVA
Mesmo sem compreender a estrutura interna podemos descobrir as relações sistemáticas (sempre que
ocorre A, ocorre B) entre situações e respostas, ou seja, mesmo sem saber a estrutura interna dos
comportamentos nada está perdido.
Pressupostos básicos:
Processos através dos quais padrões e objetos são Reconhecidos/Atendidos/Memorizados e
imaginados/Linguisticamente elaborados
Pressupostos Elevados:
Processos que dependem do input dos processos básicos e que envolvem comportamentos complexos
de Resolução de problemas e tomadas de decisão
Tal como os sistemas, o homem adquire, armazena, recupera, transforma e produz informação para
realizar uma atividade inteligente
Uma ideia está sempre relacionada a uma representação, e o que essa relação é igual hoje a amanhã,
pois não depende do estado de espírito nem de nada
O domínio modelador representa o domínio alvo o domínio modelador capta a informação domínio
alvo o domínio modelador não representa todos os aspetos da estrutura do domínio alvo
Kosslyn, 1978
Representações analógicas
Psicologia Cognitiva
Explica factos acerca do comportamento humano, incluindo aspectos da perceção,
atenção, memória, linguagem e pensamento
Desvenda mecanismos cognitivos
Cria hipóteses que guiam a investigação da estrutura física do cérebro
PERCEÇÃO, ATENÇÃO E MEMÓRIA
ATENÇÃO – LIMITAÇÕES DE PROCESSAMENTO E SELEÇÃO DE
INFORMAÇÃO
O que é a Atenção?
Processo através do qual nos focamos e concentramos em determinadas características do ambiente, ou
em certos pensamento e atividades (Goldstein, 2005).
Atenção seletiva
Informação que atinge os recetores sensoriais > Informação processada em termos de significado e compreendida
Seleção da informação para ser processada
Atenção dividida
Atenção seletiva
Cherry, 1953
Ao prestarmos atenção apenas a uma das mensagens, Capacidade para prestar atenção a uma
temos pouca informação acerca da outra mensagem mensagem e ignorar todas as restantes
não atendida, logo compreendemos que é difícil
atender simultaneamente a dois estímulos da mesma
modalidade
Shadowing
Broadbent, 1945
São ditas duas letras de cada vez (par), cada uma num ouvido
Os participantes têm que recordar corretamente as letras
Pode ser feita uma recordação livre (por canal, ou seja, ouvido direito e
ouvido esquerdo – MRW e HSP) ou então por ordem de apresentação
(par a par – MH, RS, WP)
Resultados: mais participantes respondem por canal do que par a par canal > par a par
Conclusão: não conseguimos atender aos dois canais, e é difícil mudar a atenção de um
canal para o outro. Atendemos apenas a um canal e esperamos apanhar alguns traços da
mensagem apresentada ao canal não atendido.
Modelo de Filtro de Broadbent, 1958
Armazém
Filtro Seletivo Detetor MCP
sensorial
Moray, 1959
Treisman, 1960
Broadbent tinha razão se a atenção tivesse sempre no OD, porque afirmava que era difícil mudar a
atenção de um canal para o outro e que apenas esperávamos ter alguns traços do canal não-atendido.
Teoria da Atenuação
A palavra atenuada só vai ser mais facilmente ativada se tiver um linear de ativação baixo.
A seleção para a atenção consciente ocorre após o input sensorial ter sido analisado inconscientemente
para o significado.
Atenção consciente o sinal com mais importância entra na consciência desde que esteja acima do
nível de ativação do indivíduo
Lavie
A informação que é processada durante uma tarefa de atenção seletiva depende da natureza da
tarefa
A sobrecarga (quantidade de recursos cognitivos utilizados) imposta pela tarefa é uma das
variáveis
Seleção precoce tarefas de grande sobrecarga – mensagem atendida é processada, e
mensagem não atendida não é processada
Seleção tardia tarefas de baixa sobrecarga – mensagem atendida e não atendida são
processadas
Capacidade para dividir a atenção por mais do que uma coisa simultaneamente
Paradigma da Tarefa Dupla compreender as limitações e natureza do sistema de
processamento
Tipo de tarefa
Dificuldade da tarefa
Prática e automatização
Quantidade de informação que requer exigências de processamento
+ dificil + fácil
Efeito da Prática
Spelke, Hirst & Neisser, 1976
Duas tarefas só podem ser realizadas ao mesmo tempo se um delas não for demasiadamente
difícil
Se uma das tarefas for muito difícil, o desempenho diminui na tarefa mais fácil, ou menos
importante
O aumento da dificuldade da tarefa pode não eliminar por completo a atenção dividida, mas
diminui o desempenho na outra tarefa
Um processo mais difícil requer mais atenção do que um processo mais fácil
O desempenho será maior no processo dificíl
Mais atenção disponível quando realizamos tarefas mais fáceis Limite gral na atenção
O desempenho numa tarefa não é prejudicado por tarefa concorrente que faça uso de outra
modalidade sensorial
Não se trata de uma limitação geral de recursos
Não se trata de um canal ou recurso único de objetivo geral
Tarefas só interferem se competirem pelo mesmo recurso
Atenção visual
Cena global Vs. Cenas de detalhe
Capacidade para considerar uma cena global
Capacidade para descrever o significado de uma imagem
Capacidade para retirar informação de uma cena
Necessidade de focalizar atenção para obtenção de detalhe
Cena global
Li et al., 2002
Não reparar nos aspetos e pormenores diferentes em duas imagens, aparentemente iguais
Grande falha em detetar a mudança
Importância da atenção focalizada para deteção de detalhes
Posner, 1978
Procedimento pré-primação
Apresentação de uma pista visual para onde dirigir a atenção
TR detecção presença de estímulo: pista informativa > pista não informativa ou sem pista
Atenção pode ser distribuída por uma área mais ou focalizada numa área menor
Atenção baseada na localização
PERCEÇÃO
O que é a Perceção?
Forma como codificamos a informação dos sentidos
Ilusões percetivas
A visão é diferente da perceção visual, bem como a perceção é diferente da realidade. A este fenómeno
damos o nome de ilusões percetivas pois percecionamos o que não está lá e o que pode não ser. Assim
o processo passivo é o que recebemos, e o processo ativo é a forma como organizamos a informação.
Adaptação sensorial
Quando os recetores sensoriais modificam a sensibilidade ao estímulo
Os sentidos respondem à mudança
Estimulação constante conduz a menor sensibilidade
Constância Percetiva
O objeto permanece apesar da sensação de que o objeto muda
Perceção da profundidade
Capacidade para ver o mundo a 3 dimensões e detetar a distância
A visão tem apenas 2 dimensões, mas a perceção é a 3 dimensões
A informação tem de ser interpretada para percecionarmos a profundidade, porém nem sempre
a interpretação é correta o que leva a ilusões
Algumas pistas monoculares de profundidade:
o Tamanho relativo: é mais pequeno porque está mais longe
o Interposição: itens ocultos estão mais distantes, pois um outro que se interpõem entre
ele parece mais próximo
o Gradiente de textura: itens com menos grão estão mais longe
o Perspetiva linear: linhas paralelas convergem à distância
o Perspetiva atmosférica: quando estão mais distantes, itens parecem mais desfocados
o Paralax de movimento: objetos parecem mover-se quando é o próprio observador que se
move, parecendo assim mais pequenos
Pistas binoculares de profundidade
o Convergência binocular: olhos convergem à medida que um objeto se aproxima
o Disparidade binocular: cada olho vê um ângulo ligeiramente diferente do objeto
Perceção de objetos
Existe um paradoxo na perceção de objetos pois é uma consciência visual espontânea e sem esforço
baseada num processo complexo.
É necessário reconhecer padrões familiares com precisão e rapidez, operando também com objetos não
familiares.
Através da perceção deve-se identificar objetos que estejam parcialmente escondidos e realizar este
procedimento de forma rápida e sem esforço.
Continuidade: continuidade suave (AD, CB) é preferida a mudanças abruptas de direção (AC,
BD)
Proximidade: elementos tendem a ser agrupados com base na proximidade
Semelhança: elementos semelhantes tendem a ser agrupados conjuntamente
Destino comum: os elementos agrupados parecem mover-se em comum e comportam-se como
um todo
Fechamento: itens são agrupados e tendem a completar a figura
Simetria: preferência por perceber o objeto como imagens no espelho
Processo ascendente: guiado pelos dados que vai desde a informação inicial até ao reconhecimento
visual de objetos (identificação dos mesmos) processos autónomos e fora do controlo consciente
Processo descendente: guiado concetualmente (pelo conhecimento) que vai desde o reconhecimento
visual os objetos até à informação inicia processos automáticos e influência da probabilidade dos
objetos num determinado contexto top-down
Apesar de terem diferentes tamanhos, cores, formas, etc. são reconhecidos como membros da mesma
categoria
Reconhecimento (categorização menos específica e num nível mais básico) Vs. Identificação
(categorização mais específica e num nível sub-ordenado)
Por exemplo: um cão vs. o cão do meu vizinho / uma cadeira vs. a cadeira do realizador
Teorias da Perceção
Toda a informação necessária para formar uma impressão está disponível no ambiente
Não é necessário processamento descente
Perceção imediata e espontânea
Perceção e ação não podem ser separadas pois a perceção guia a ação e a ação gera uma nova
informação percetiva
Toda a informação visual que chega ao olho é constituída por um padrão de luz estruturado,
conhecido como padrão ótico
Este padrão ótico dá informação invariante acerca da configuração dos objetos no espaço
Os invariantes podem ser percecionados através de diversas formas
Objetos e meio com um significado direto
Teoria de template
Teoria de protótipo
Reconhecimento feito por correspondência do estímulo com padrão mental abstrato, conhecido
como protótipo
Templates flexíveis pois há uma abstração das características comuns de diversas instâncias de
um objeto criando assim uma representação do que é que ele pode ser
Nenhuma correspondência será perfeita
Franks & Bransford: são apresentados objetos baseados em protótipos mas os protótipos não
são apresentados
Solso & McCarthy: são expostas diversas faces derivadas/semelhantes dos protótipos, e o
objetivo é os participantes reconhecerem as faces antigas, as novas e o protótipo
Teoria de características
*Processo Ascendente*
Imagem na retina
Etapas finais
Representação 2,5D
A partir do esboço primário completo origina-se as primitivas, que são elementos básicos
(cones ou cilindros generalizados)
O esboço primário dos contornos do objeto é dividido em regiões de forte concavidade
As seções côncavas e convexas são usadas para dividir o esboço em regiões mais pequenas,
conhecido como processo de segmentação
Cada uma das regiões é representada por um cilindro generalizado
As primitivas é a superfície criada por uma secção de forma constante mas de tamanho variável
ao longo do eixo
Representação 3D
Como podem as relações de componentes ser especificadas de modo a capturar a forma dos objetos em
3D? Como se passa de uma imagem dependente da posição do objeto e do ponto de vista do
observador para o reconhecimento centrado no objeto?
Será que guardamos todas as perspetivas em memória? Apenas existe uma única representação.
Então como resolvemos? Temos de transformar a perceção que depende do ponto de vista do
observador em algo que está centrado no objeto, ou seja, descrições estruturais centradas no objeto.
Princípio do quadro ou eixos de referência: a descrição da estrutura interna do objeto relativamente aos
eixos será a mesma (invariante) independentemente da orientação do objeto.
Memória
O que é a Memória?
Organização das ideias e de acontecimentos do passado (Gleitman et al.)
Memória Sensorial
Memória a Curto-Prazo retenção, re-codificação e manipulação temporárias do
conhecimento
Memória a Longo-Prazo estrutura e conteúdo, representação e acesso ao conhecimento
Esquema
Tarefa secundária prejudica tarefa primária
Tarefa secundária não impossibilita tarefa primária, e por vezes o desempenho mantém-se bom
MCP é composta por componente separados
Efeito de recência em recordação imediata, relacionada com a MCP
Efeito de primazia relacionada com a MLP
Tarefas distrativas afetam a MCP, e não a MLP
A MLP é um processo com múltiplos sistemas de interação pois existem diferentes tipos de
informação e diferentes processos de codificação e armazenamento
Ouvido e olho interior que regista informação, para depois decidir se passa ou não para a MLP
Existe um executivo central que decide qual a informação guardada e de que forma
Modelo associativo
Incorpora aspetos do Modelo de Comparação de Traços
Representação não é estritamente hierárquica
Ligações diferentes em tipo e grau de importância
Memória organizada pela inter-conexão de conceitos
Grau de relação semântica
Processo de recuperação não está limitado ao uso de informaçãp hierárquica
Maior dispersão de ativação por ligações mais forte
Menor dispersão quanto mais ligações
Dispersão baseia-se pelo número de ligações e sua força
Veículo – carro – carro dos bombeiros veículo terá mais ativação que carro dos bombeiros
Praia – felicidade – saúde – hospital – doentes em relação a praia felicidade terá maior
ativação que doentes
Modelo associativo
Novos princípios operativos
Redes neuronais
Representação distribuída
Processamento distribuído em paralelo (PDP)
Representação de um estímulo: padrão de ativação nas unidades de saída
Padrão de ativação depende da resposta das unidades de entrada do estímulo e dos pesos das
conexões
Várias unidades de informação formam conceitos
Se a saída ≠ entrada, há que reajustar o peso das ligações, para mais tarde a saída ser = entrada
AMOR e ROMA = unidade de informação, ≠conceitos
Estamo-nos sempre a corrigir
Conhecimento com base na aprendizagem generalizada