Corpo Virtual
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Corpo Virtual
DOI 10.5433/1984-7939.2015v11n18p13
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discursos fotogrficos, Londrina, v.11, n.18, p.13-33, jan./jun. 2015 | DOI 10.5433/1984-7939.2015v11n18p13
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Disponvel em:<https://www.facebook.com/celso.Santebanes>
Acesso em: 23 mar. 2015
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Disponvel em: <http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2014/07/modelo-
de-araxa-considerado-versao-humana-de-ken-lanca-boneco-em-sp.html>. Acesso em: 23 mar.
2015.
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sex simbol loiro. At que flagras da atriz no comeo dos anos 2000 a
trouxe de volta aos holofotes miditicos. O motivo? Brigitte Bardot havia
envelhecido sem intervenes cirrgicas, exibindo suas rugas e cabelos
brancos como marcas de sua prpria runa (Figura 3).
Disponvel em:<http://bucket1.clanacion.com.ar/anexos/fotos/43/que-es-de-la-vida-de-
1949843w618.jpg>
Acesso em: 14 out. 2014
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Disponvel em:<http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2014/01/voce_ag/
tv_e_famosos/noticias/1476256-photoshop-ex-de-gusttavo-lima-aparece-sem-
umbigo-em-foto.html>
Acesso em: 24 mar. 2015
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Existe algo oculto em ns: a nossa morte. Mas algo mais esta
escondido, aguardando-nos dentro de cada uma de nossas clulas:
o esquecimento da morte. Nas nossas clulas, a nossa imortalidade
repousa, esperando por ns. Costuma-se falar da luta da vida
contra a morte, mas existe um perigo inverso. E precisamos lutar
contra a possibilidade de no morrermos (BAUDRILLARD, 2001,
p. 11-12).
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que seja possvel fazer uma soma aritmtica para valorar um corpo, o
preo oferecido seria insuficiente para dar conta de toda a complexidade
biolgica e subjetiva que constituem um indivduo. Apesar disso, os corpos
hoje so vendidos nas mais diversas vitrinas. Os corpos-imagem so
submetidos a uma lgica de mercado, no qual a exibio a qualquer custo
parece se tornar a principal propaganda. O pagamento? A ateno dos
olhos alheios elikes de aprovao.
Mas a que serve a conformao do corpo como imagem?
Transformados em imagens, os corpos devem integrar uma nova lgica
de produo, assevera Baitello Junior (2005, p.20). E em que consiste
essa lgica? Sibilia aponta uma resposta plausvel: Produzir sujeitos
consumidores, eis o interesse primordial do novo capitalismo ps-
industrial de alcance globalizado (SIBILIA, 2002, p. 168-169, grifo da
autora). E complementa:
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Inquietaes finais
Obviamente que o processo de reconfigurao dos corpos no
decorrncia apenas da ao das imagens ainda que elas tenham uma
participao direta. Antes, so consequncia de um complexo panorama
de formatao da subjetividade, por meio dos discursos dominantes,
das imposies sociais, do imperativo do consumo e das novas relaes
humanas mediadas por aparatos no corporais, o que submente o corpo
superficializao de suas necessidades.
Isso no isenta, no entanto, a parcela de responsabilidade que
possvel atribuir s imagens. Imagem e corpo esto inseridos em um
processo de dupla-troca: o corpo reconfigura as imagens e as imagens
reconfiguram os corpos, ou vice-versa. Isso no novidade, cada
sociedade, ao seu modo, se relaciona com imagens e por elas so
influenciadas. Mas, em um sistema capitalista avanado, marcado pela
presena massiva dos mdias, pela tendncia globalizante dos costumes,
pela virtualizao do mundo e pela superproduo imagtica, a relao
imagem-corpo parece ter encontrado caminhos ainda mais radicais do
que os que foram previstos por Vilm Flusser.
Hoje, j possvel apreender uma nova configurao social, na
qual o corpo parece perder funcionalidades ante as imagens. A estrutura
orgnica tem se tornando insuficiente, por isso, preciso format-la,
ajustando-a s aes ilimitadas e poderosas das ferramentas digitalizantes,
marcadas em nossa sociedade pelo discurso otimista da tecnocincia,
que se prope a salvar a matria corrompvel por meio de intervenes
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Referncias
BAITELLO JUNIOR,Norval. Podem as imagens devorar os corpos?
In: Revista Sala Preta (USP), v.1, p. 77-82, 2007. Disponvel em:
<http://www.revistas.usp.br/salapreta/issue/view/4699/showToc>.
Acesso em: 27 jun. 2014.
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SIBILIA, Paula. O corpo velho como uma imagem com falhas: A moral
da pele lisa e a censura miditica da velhice. In: Revista
Comunicao, Mdia e Consumo, So Paulo, v. 9, p. 83-114, 2012.
Disponvel em: <http://revistacmc.espm.br/index.php/revistacmc/article/
view/345>. Acesso em: 10 out. 2014.
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