DH-H10 - Escoamento Nas Ruas e Sarjetas PDF
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SUPERINTENDNCIAS DE PROJETOS E DE OBRAS
DP-H10
DIRETRIZES DE PROJETO PARA ESCOAMENTO
-201-
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NDICE
PG.
1. OBJETIVO ....................................................................................................................204
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1. OBJETIVO
Esta diretriz tem por objetivo apresentar os critrios de projeto para o clculo de escoamento
em ruas e sarjetas para projetos da SVP/PMSP, mencionando a classificao das vias pblicas
e as interferncias entre a drenagem e o trfego de veculos.
2. A FUNO DA RUA
O escoamento das guas pluviais ao longo das sarjetas necessrio para conduzi-las at as
bocas-de-lobo que, por sua vez, as captam para as galerias. Um bom planejamento do sistema
virio pode reduzir substancialmente o custo do sistema de drenagem, e at dispensar a
necessidade de galerias de guas pluviais.
Os critrios de projeto para a coleta e conduo das guas pluviais, em ruas pblicas, so
baseados em condies predeterminadas, de interferncia com o trfego. Isto significa que
dependendo da classe da rua, certa faixa de trfego pode ser inundada uma vez durante um
intervalo de tempo correspondente ao perodo de retorno da chuva inicial de projeto. No entanto,
podero ocorrer chuvas menos intensas provocando descargas que inundaro a mesma faixa
de trfego em menor extenso.
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O dimensionamento do sistema de drenagem urbana deve ser feito tanto para a chuva inicial
de projeto, como para a chuva mxima de projeto.
Entende-se como chuva inicial de projeto a precipitao com perodo de retorno entre 2 e 10
anos, conforme a importncia da via, utilizada no dimensionamento do escoamento superficial
por sobre as sarjetas e vias pblicas (Sistema de Drenagem Inicial).
Na presente diretriz, o termo Via Pblica ou simplesmente Rua refere-se a uma passagem de
pedestres ou de circulao viria compreendendo desde uma viela at via expressa,
abrangendo tambm as ruas, alamedas, avenidas, passagens de pedestres ou calades que
faam parte da malha viria, objeto de estudo de drenagem.
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O sistema de drenagem, a ser projetado para as vias, depende de sua classe de uso e do
seu tipo de construo. A classificao das vias baseada no volume de trfego, no seu uso,
nas caractersticas de projeto e construo e nas relaes com suas transversais. Para a
metodologia de clculo de capacidade de escoamento das ruas que apresentada a seguir
recomenda-se adotar a classificao estabelecida no documento DP-P02 Classificao de
Vias, contida no volume 2 da SVP/PMSP.
Essas interferncias podem ocorrer quando existe gua nas ruas, resultante dos seguintes
fatos:
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Cada um desses tipos de ocorrncia deve ser controlado, dentro de limites aceitveis, de
forma que a funo principal das ruas como meio de escoamento do trfego, no seja
restringida ou prejudicada.
A chuva que cai diretamente sobre o pavimento d origem ao escoamento superficial que se
inicia transversalmente pista at atingir as sarjetas. As sarjetas funcionam como canais e
precisam ser dimensionadas como tais. A profundidade do escoamento superficial dever ser
zero no eixo da pista, e aumentando medida que se aproxima da guia. As interferncias no
trfego, devidas ao escoamento superficial, so essencialmente de dois tipos: deslizamento e
espirro de gua.
Deslizamento (acqua-planning)
Espirro d'gua
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A gua que aflui a uma via, devido chuva que cai no pavimento e nos terrenos adjacentes,
escoar pelas sarjetas at alcanar um ponto de captao, normalmente uma boca-de-lobo. A
Figura 4.1 mostra a configurao de um escoamento em sarjetas. medida que a gua escoa e
reas adicionais contriburem para o aumento da descarga, a largura do escoamento aumentar
e atingir, progressivamente, as faixas de trnsito. Se os veculos estiverem estacionados
adjacentes guia, a largura do espalhamento de gua ter pouca influncia na capacidade de
trnsito pela via, at que ela exceda a largura do veculo em algumas dezenas de centmetros.
No entanto, em vias onde o estacionamento no permitido, sempre que a largura do
escoamento exceder algumas dezenas de centmetros, afetar significativamente o trnsito.
Observaes mostram que os veculos congestionaro as faixas adjacentes, para evitar as
enxurradas, criando riscos de pequenos acidentes.
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BOCA DE LOBO
ABERTURA NA GUIA LIMITE DA REA
DE DRENAGEM DO
PAVIMENTO DA RUA
DECLIVIDADE
TRANSVERSAL
DO
O
E TO
DIR AMEN
EIXO DA RUA
C O
ES
INUNDAO DO
PAVIMENTO SEM
DESCARGA EXCEDENTE INUNDAO DO
PARA JUSANTE PAVIMENTO COM
INUNDAO DO
DESCARGA EXCEDENTE
PAVIMENTO COM
PARA JUSANTE
POUCAS BOCAS
DE LOBO
BOCA DE LOBO
ABERTURA NA GUIA
BOCA DE LOBO
ABERTURA NA GUIA
LIMITE DA REA
DE DRENAGEM DO
PAVIMENTO
GUIA
SARJETA SARJETA
GUIA
CL DA RUA
Figura 4.1
Diagrama de configuraes de escoamento no pavimento e na sarjeta
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A classe da via importante quando se considera o grau de interferncia com o trfego. Uma
rua secundria, e em menor escala, uma rua principal, pode ser inundada com pouco efeito
sobre o movimento de veculos. O pequeno nmero de carros envolvidos pode mover-se com
baixa velocidade atravs da gua, ainda que a profundidade seja de 10 a 15 cm. importante,
porm, lembrar que a reduo da velocidade do trfego, em vias de maior importncia, pode
resultar em prejuzos maiores.
A maneira pela qual a gua acumulada afeta o trfego essencialmente a mesma que para o
escoamento na sarjeta. A gua acumulada freqentemente provoca a interrupo do trfego em
uma rua. Neste caso, o projeto incorreto de apenas um componente do sistema de drenagem
torna praticamente intil o sistema de drenagem, pelo menos para aquelas reas mais
diretamente afetadas.
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Em reas onde h trnsito intenso de pedestres nas caladas, o espirro de gua dos veculos
que se movem atravs da rea adjacente guia um srio problema com repercusses
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adversas. Deve-se ter em mente que, sob certas circunstncias, os pedestres tero que
atravessar enxurradas e poas d'gua.
As ruas devem ser classificadas com respeito ao trnsito de pedestres, do mesmo modo que
quanto ao trnsito de veculos. Por exemplo, ruas que so classificadas como secundrias para
veculos e esto situadas nas adjacncias de uma escola so principais para pedestres. A
largura admissvel para escoamento nas sarjetas deve ter em conta este fato.
A eficincia de uma via, tanto considerando sua finalidade principal de trfego de veculos,
como sua finalidade secundria de escoar as guas pluviais, depende essencialmente de um
projeto bem elaborado, que leve em considerao ambas as funes. Os procedimentos
recomendados a seguir, por serem orientados para a drenagem, no devem interferir com a
funo principal da via.
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Declividade mxima
Declividade mnima
O termo declividade transversal refere-se diferena entre os nveis, das linhas de fundo das
sarjetas opostas de uma rua. Na maioria dos casos, onde a topografia do terreno
relativamente plana, as ruas podem ser facilmente projetadas com declividade transversal nula.
No entanto, em reas de declividade acentuada, particularmente em cruzamentos, pode ser
necessrio implantar guias com elevaes diferentes nos dois lados da rua, resultando uma
declividade transversal no nula.
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Capacidade da sarjeta
A Figura 5.1 ilustra como numa rua, com inclinao transversal, a capacidade da sarjeta de
maior elevao diminui. Quando se calcula a descarga admissvel nessa sarjeta, deve-se utilizar
a configurao geomtrica real do escoamento, tanto na seo transversal como das
declividades resultantes nos trechos de sarjeta junto aos cruzamentos.
A capacidade da sarjeta mais baixa pode diminuir ou no, dependendo do projeto da rua.
Quando se calculam os volumes de escoamento em cada sarjeta, deve-se ter em conta que a
sarjeta mais elevada pode encher rapidamente em conseqncia da sua localizao no lado da
rua que estar recebendo a contribuio das reas adjacentes.
Esse fato, juntamente com a reduo da capacidade da sarjeta, far com que sua
capacidade admissvel seja rapidamente excedida. Nessas condies, o escoamento
ultrapassar a crista da rua e juntar-se- ao da sarjeta oposta. Em ruas secundrias isto
aceitvel. No entanto, em ruas de maior importncia, a interferncia com o trfego devido ao
escoamento da gua sobre as faixas de rolamento inaceitvel.
Para evitar que pequenas descargas, tais como as de rega de jardins ou de lavagem de pisos
externos de residncias, atravessem as faixas de trfego, necessrio prever uma capacidade
adequada para a sarjeta de maior elevao. Em geral, suficiente que a crista seja mantida
dentro dos limites de um quarto da largura da rua, como mostrado na seo B-B da Figura 5.1.
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C
L RUA PRINCIPAL
i=6%
MEIO FIO
A A
B B
DIREO DO ESCOAMENTO
C C
RUA SECUNDRIA
D D
CL
6% TOPO DA GUIA
LINHA DE CRUZAMENTO NA SARJETA
6%
CORTE A-A
DESNVEL ENTRE
LARGURA
AS SARJETAS
S=
1/4 DA LARGURA DA RUA
LARGURA
1%
4%
CORTE B-B
REA DISPONVEL
1/3 DA LARGURA
PARA ESCOAMENTO
2%
3%
CORTE C-C
2% 2%
Caractersticas tpicas de cruzamento de uma rua secundria com uma rua principal.
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5.4 CRUZAMENTOS
Nos cruzamentos de ruas secundrias, o projetista poder introduzir variaes dos perfis
longitudinais. Nos casos de cruzamentos de ruas secundrias com ruas principais, os perfis
destas ltimas devem, se possvel, ser mantidos uniformes. Se for necessria uma mudana em
um perfil muito inclinado de rua principal num cruzamento, esta mudana, para facilidade de
construo, deve ser to pequena quanto possvel. A Figura 5.1 ilustra as sees transversais
tpicas, necessrias para caracterizar um cruzamento. Na figura, admite-se que a declividade
longitudinal da rua principal seja de 6%, as declividades transversais mximas e mnimas
permitidas para o pavimento sejam de 4% e 1% respectivamente, e a crista seja mantida dentro
dos limites de 1/4 da largura da rua.
Quando duas ruas principais se cruzam, o perfil da rua mais importante deve ser mantido,
uniforme, tanto quanto for possvel.
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b) Sarjetes
c) Sarjetes chanfrados
O sarjeto chanfrado possui um chanfro na sua linha de fundo, para conduzir baixas
descargas quando estas forem muito freqentes. O objetivo do chanfro minimizar o contato
entre os pneus dos veculos e as guas de descargas mnimas. Desde que o chanfro seja
suficientemente pequeno para no afetar o trfego, pode transportar apenas uma parcela
limitada do escoamento, sem transbordar. O acmulo de sedimentos freqentemente torna o
chanfro intil. prefervel, sempre que possvel, eliminar o escoamento superficial devido
quelas descargas reduzidas, encaminhando-as sempre que possvel, para uma boca-de-lobo
prxima.
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CRISTA DA RUA
SENTIDO TPICO SECUNDRIA
CRISTA DA VIA DE
DE ESCOAMENTO
MAIOR DECLIVIDADE
SARJETO
SARJETO
CRISTA CRISTA
BOCA DE LOBO
SARJETO
NO GREIDE
CONTNUO
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5.5 CAPTAES
a) Perfil contnuo
b) Pontos baixos
c) Cruzamentos
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Em ruas onde o trfego pode atingir as sarjetas, as profundidades e larguras das depresses
devem ser compatveis com a velocidade dos veculos. Onde a velocidade exceder a 60 km/h,
as depresses no devem estar prximas das faixas de trnsito. Observaes de campo
indicam que os veculos raramente se movimentam a menos de 30 cm da guia, de forma que
sarjetas dotadas de depresses com essa largura podem ser usadas em quaisquer ruas.
A existncia de pontos baixos na rede viria resulta na acumulao de gua nas ocasies em
que excedida a capacidade real das galerias de drenagem. Conforme a configurao do ponto
baixo, este fenmeno pode acarretar alm das perturbaes ao trfego, danos aos imveis
prximos, seja por inundao, seja por extravasamento em pontos no preparados para o
escoamento pluvial.
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a) Inundao do pavimento
A inundao do pavimento, para a chuva inicial, dever ser limitada de acordo com as
indicaes da Tabela 6.1.
A capacidade terica de descarga das sarjetas pode ser computada, usando-se a frmula de
Manning modificada por IZZARD, ou seja:
z
Q = 0,375. . i 1 / 2 .y 8 / 3 (6.1)
n
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onde:
3
Q = a descarga em m /s;
z = o inverso da declividade transversal;
i = a declividade longitudinal;
y = a profundidade junto linha de fundo em m;
n = o coeficiente de rugosidade.
Tabela 6.1
Uso permitido de ruas para escoamento de descargas da chuva inicial de projeto, em
termos de inundao do pavimento
O nomograma da Figura 6.1, para escoamento em sarjetas triangulares, pode ser utilizado
para possveis configuraes de sarjeta e inclusive de sarjetes.
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300
12
25 4
11
2 3
2 2
10
2 1
200
2
9
20
19
8
18
17
16
7
15
14
6
100
13
5
4
50
m S
(c
RE y
3
LO E
D
VA
40
30
m
2c
20
10
6 7 8 9 10
S z
VA
12
z=
30
8 1
z=
40
4
50
5
z=
4
13
8
0, 0 5
4
z=
1
0, 0
3
y 8/3 i1/2
5 2
0, 0 2
n
z
n
DE
Q=0,375
S
RE
Z=tg
LO
VA
1
EXEMPLO
14
0,0
n= ,016
0
n= ,018
= 0 20
n 0,0
n= 0,022
n=
0,007
0,004
0,060
0,050
0,009
0,008
0,006
0,005
0,001
0,100
0,090
0,080
0,070
0,040
0,030
0,003
0,300
0,020
0,010
0,200
0,002
Figura 6.1
Escoamento em regime uniforme nas sarjetas triangulares.
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SEO T PICA
EQUAO
T= Z x y Z 8/3
Q= 0,375 . n .y . i
T
Z= T ou Z = ( tg + tg )
y 1 2
e T = y ( tg + tg )
2 y 1 2
1
3) - PARA SEES COMPOSTA, DEVE-SE CALCULAR A SOMA ALGBRICA DAS VAZES EM CADA UMA DAS
SEES TRIANGULARES COMPONENTES, CONFORME EXEMPLO A SEGUIR:
W Z' y'
Z= tg
y W= Z (y-y')
W/Z y'= y- W
Z
Q=Q-Q+
2
Q 3
1
y
1 EXEMPLO:
3 y'
-224-
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Para simplificar os clculos, podem ser elaborados grficos para condies especficas de
ruas. O coeficiente de rugosidade deve ser obtido nas diretrizes DP-H13 Coeficiente de
Rugosidade da SVP/PMSP.
Dados:
- Distncia da guia mais alta crista: 1/4 da largura da rua, e desnvel transversal de
11,0 cm;
-225-
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- Rua principal;
0.9
i=0,6%
F=0,8
0.8
0.7
0.6
FATOR DE REDUO F
i=0,4%
F=0,5
0.5
0.4
0.3
ABAIXO DA DECLIVIDADE
MNIMA ADMISSVEL
DA SARJETA
0.2
0.1
0
0 2 4 6 8 10 12 14
Figura 6.2
Fator de reduo da capacidade de escoamento da sarjeta
-226-
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3,05m
Q
1 Q
2
9,1cm
Q
2
5cm
Z=50
Z=12
-227-
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Q1 = 90 - 11 + 48 = 127 l/s
2,75m
4,3cm Q
1
Z=1/0,02=50
5cm
Z= 60 =12
5
A determinao da vazo admissvel, para a chuva mxima de projeto, deve ser baseada em
duas consideraes:
A profundidade admissvel e a rea inundada, para a chuva mxima de projeto, devem ser
limitadas s condies da Tabela 6.2.
-228-
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Com base na profundidade admissvel e rea inundada, conforme indicaes da Tabela 6.2,
ser calculada a capacidade de escoamento terica da rua. A frmula de Manning deve ser
utilizada com o valor de n correspondente s condies de rugosidade existentes.
Tabela 6.2
Inundao mxima admissvel para as condies de chuva mxima de projeto
(verificao)
-229-
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Chuva inicial
As limitaes de inundao do pavimento por acmulo de gua, para a chuva inicial, devem
ser as apresentadas na Tabela 6.1. Essas limitaes devem determinar a profundidade
admissvel em bocas-de-lobo, em convergncia de sarjetas, em entrada de bueiros, etc.
Profundidade
-230-
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Capacidade terica
A capacidade terica de escoamento transversal rua deve ser calculada com base nas
limitaes da Tabela 6.3, e em outras limitaes aplicveis, tal como a profundidade em pontos
de acmulo de gua. Nenhuma regra de clculo pode ser estabelecida, porque a natureza do
escoamento muito varivel de um caso para outro.
Tabela 6.3
Escoamento transversal admissvel nas ruas
Quantidade admissvel
-231-
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Quando a declividade da sarjeta for mantida no cruzamento, a declividade a ser usada para
calcular a capacidade do sarjeto deve ser aquela correspondente linha d'gua no mesmo
(ver Figura 7.1.).
-233-
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Quando o escoamento da sarjeta for interceptado por uma boca-de-lobo em greide contnuo
no cruzamento, dever ser utilizada nos clculos a declividade efetiva da sarjeta, conforme
definido na Figura 7.1.
-234-
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B
C
A A B C
1 2
TOPO DA GUIA
USAR O GREIDE DO SARJETO
1 PARA CALCULAR A CAPACIDADE
DA SARJETA NO PONTO 1
LINHA DE ESCOAMENTO
GR E ID NA SARJETA
E
CONT TR AN S I
NU O O GR EID E DE
SARJETO
TRAN S I
O
G R E ID
E
CONT
CORTE TPICO A-A NU O
CRUZAMENTO ONDE O ESCOAMENTO
CONTINUA ATRAVS DE SARJETO
TOPO DA GUIA
INTERSECO DE
2 DUAS SARJETAS
TOPO DA GUIA C
L BO CA DE LO BO
TOPO DA GUIA
Figura 7.1
Consideraes sobre o projeto de drenagem nos cruzamentos
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Quando o escoamento se dirige para um cruzamento com rua, seja ela secundria ou
principal, a capacidade de escoamento deve ser calculada aplicando-se o fator de reduo da
Figura 6.2. A declividade a ser considerada para se determinar o fator de reduo deve ser a
mesma adotada para o clculo da capacidade terica.
Capacidade admissvel
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1.0
0.9
i=0,6%
F=0,8
0.8
0.7
0.6
FATOR DE REDUO F
i=0,4%
F=0,5
0.5
0.4
0.3
ABAIXO DA DECLIVIDADE
MNIMA ADMISSVEL
DA SARJETA
0.2
0.1
0
0 2 4 6 8 10 12 14
Figura 7.2
Fator de reduo da capacidade de escoamento da sarjeta, quando esta se aproxima de
uma avenida
-237-
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Profundidade
A profundidade do escoamento transversal rua nos cruzamentos deve ser limitada segundo
as indicaes da Tabela 6.3.
Capacidade terica
A capacidade terica deve ser calculada no ponto crtico do escoamento transversal rua.
Sarjetes
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