ALVENARIA - ESTRUTURAL - Sabbatini
ALVENARIA - ESTRUTURAL - Sabbatini
ALVENARIA - ESTRUTURAL - Sabbatini
ALVENARIA ESTRUTURAL
Materiais, execução da estrutura e controle tecnológico
DIDUP / GEPAD
SUMÁRIO
1 Introdução................................................................................................................................ 5
2 Objetivo.................................................................................................................................... 7
5.2 Exigências quanto aos blocos de cerâmicos com função estrutural ............................ 12
preenchimento de vazios.............................................................................................. 16
6.2 Exigências construtivas quanto aos métodos e técnicas de execução de lajes .......... 23
e corte de paredes........................................................................................................ 25
Componentes........................................................................................................................... 30
1. INTRODUÇÃO
Ocorre que, infelizmente, no Brasil, estes preceitos não têm sido utilizados
corretamente e milhares de edifícios têm sido construídos nos últimos 20 anos, utilizando
a parede de alvenaria como único elemento estrutural, com níveis de segurança
absurdamente perigosos. Os recentes desmoronamentos de prédios na Região de
Recife, são apenas um reflexo de uma situação calamitosa.
2. OBJETIVOS
3. DEFINIÇÕES E CONCEITOS
São PCAE que empregam como estrutura suporte paredes de alvenaria sem
armação. Os reforços metálicos são colocados apenas com finalidades construtivas
(em cintas, vergas, contravergas, na amarração entre paredes e nas juntas
horizontais com a finalidade de evitar fissuras localizadas).
São PCAE que empregam como estrutura suporte paredes de alvenaria sem
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No item 6.1 são feitas exigências genéricas em relação aos métodos de elevação
de paredes e, quando for o caso, exigências específicas para uma das quatro tipologias
objeto do documento (PCAE-NA-CER; PCAE-PA-CER; PCAE-NA-CON e PCAE-PA-
CON). As abreviaturas CER e CON são relativas as alvenarias de blocos cerâmicos e de
blocos vazados de concreto, respectivamente.
a ≥ d/10
e
b ≥ d/5 e c ≥ 1,5 b
b ≥ 30 cm
• [EX-6.3.5] É proibido o corte posterior de vãos com área maior que a área
de três blocos ou de comprimento superior a 1,5 vez o comprimento do
bloco paredes estruturais (ver figura 6.2). O embutimento de aparelhos de
ar condicionado (tipo “de parede”) em paredes estruturais deve ser previsto
em projeto, pois, exige o posicionamento de verga e contraverga ou de um
pré-fabricado específico na parede, durante a elevação da mesma e porque
não se admite o corte posterior .
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medida dimensão
a ≤ 3 cm
b ≤t/3
d ≤C/5
h ≤H/3
s ≤t
m ≥ 20 cm
As exigências da CAIXA para estes controles estão estabelecidas nos itens 7.2 a 7.4.
A construtora deverá contratar o controle tecnológico com uma empresa especializada,
a qual deverá apresentar um relatório mensal de controle à construtora (Relatório
Mensal de Controle Tecnológico – RMCT). Este relatório deve ser arquivado no
escritório da obra disponivel para consulta, e é documento obrigatório para se proceder
a liberação dos recursos financeiros. O primeiro relatório a ser apresentado (1° RMCT)
inclui algumas características adicionais em relação aos demais, (ver adiante).
As características que devem ser objeto de controle obrigatório durante toda a etapa
de construção estão relacionadas a seguir. A periodicidade do controle, a definição dos
lotes, os métodos de ensaio e as tolerâncias admitidas estão descritas nas exigências
respectivas. Estão, também, relacionadas às características que devem constar da
documentação inicial a ser apresentada à CAIXA quando da solicitação do
financiamento e as que devem constar do primeiro relatório do controle tecnológico
(ver item 7.1). Estas últimas características são exigidas apenas uma única vez porém,
isto não deve ser entendido que é dispensável o seu controle contínuo, mas tão
somente, que elas não serão exigidas pela CAIXA nos relatórios mensais.
O controle de recebimento dos blocos deve ser feito continuamente durante toda a
execução da alvenaria. As seguintes características devem ser avaliadas: resistência à
compressão característica do bloco e coeficiente de variação da resistência à
compressão dos blocos [EX-7.2.2] e as características dimensionais e geométricas dos
blocos [EX-7.2.3]. Todas estas características devem ser avaliadas por lotes, definidos
na exigência [EX-7.2.1]. A liberação de lotes de blocos deve ser feita em acordo com o
descrito na mesma exigência [EX-7.2.1].
• [EX-7.3.1] A estrutura de cada edifício deve ser dividida em lotes. Cada lote
deve corresponder a: uma semana calendário de produção de alvenaria;
um pavimento; 200 m² de área (em planta) construída, ou 500 m² de
alvenaria, prevalecendo a menor quantidade. A amostra representativa do
lote deve constituir-se de no mínimo 6 exemplares de prismas ocos, na
PCAE-NA e de, no mínimo, 6 exemplares de prismas ocos e 6 exemplares
de prismas cheios, na PCAE-PA. Cada exemplar deve constituir-se de um
ou mais prismas, preparados aleatoriamente durante a execução do
correspondente lote, utilizando-se os mesmos operadores, equipamentos,
argamassa e graute empregados na construção.
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• [EX-7.3.2] Para a aceitação ou rejeição de um lote deve-se observar na
integra o procedimento descrito no item 6.1.2.2. da norma NBR 8798. O
lote será aceito se fpk,est ≥ fpk , onde fpk é a resistência característica de
projeto, constante do projeto estrutural, mas não menor que 2,5 MPa, para
o prisma oco e não menor que 4,0 MPa, para o prisma cheio.
8. BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. Standard test methods for
flexural bond strength of masonry. ASTM E-518. Annual Book of ASTM Standards.