Semana Da Arte Moderna
Semana Da Arte Moderna
Semana Da Arte Moderna
1
SEMANA DE 22
Engana-se quem pensa que a Semana de Arte Moderna de 1922 foi recebida
com aplausos, na verdade esse acontecimento enfrentou vaias e insultos, na poca a
imprensa fez duras crticas, sempre difcil compreender o novo e aceit-lo de bom
grado, mas a proposta de romper com a tradio acadmica e as influncias europias
transformou o cenrio cultural.
2
Mrio de Andrade (primeiro esquerda, no alto), Rubens Borba de
Moraes (sentado, segundo da esquerda para a direita) e outros modernistas em 1922,
dentre os quais (no identificados) Tcito, Baby, Mrio de Almeida e Guilherme de
Almeida e Yan de Almeida Prado.
3
A Semana de Arte moderna ocorreu em uma poca cheia de turbulncias
polticas, sociais, econmicas e culturais. As novas vanguardas estticas surgiam e o
mundo se espantava com as novas linguagens desprovidas de regras. Alvo de crticas
e em parte ignorada, a Semana no foi bem entendida em sua poca. A Semana de
Arte Moderna se encaixa no contexto da Repblica Velha (1889-1930), controlada
pelas oligarquias cafeeiras - as famlias quatrocentonas - e pela poltica do caf com
leite (1898-1930). O capitalismo crescia no Brasil, consolidando a repblica e a elite
paulista, esta totalmente influenciada pelos padres estticos europeus mais
tradicionais.
Seu objetivo era renovar o ambiente artstico e cultural da cidade com "a
perfeita demonstrao do que h em nosso meio em escultura, arquitetura, msica e
literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual", como informava o Correio
Paulistano, rgo do partido governista paulista, em 29 de janeiro de 1922.
Vanguardas
Antecedentes
1914. Primeira exposio de pintura de Anita Malfatti, que retorna da Europa trazendo
influncias ps-impressionistas.
4
1917. Mrio de Andrade e Oswald de Andrade, os dois grandes lderes da primeira
gerao do modernismo brasileiro, se tornam amigos.
5
A Semana
6
A Semana, de uma certa maneira, nada mais foi do que uma ebulio de novas
ideias totalmente libertadas, nacionalista em busca de uma identidade prpria e de
uma maneira mais livre de expresso. No se tinha, porm, um programa definido:
sentia-se muito mais um desejo de experimentar diferentes caminhos do que de definir
um nico ideal moderno.
Reaes conservadoras
Desdobramentos
7
Ainda assim, nota-se at as ltimas dcadas do sculo XX a influncia da
Semana de 22, principalmente no Tropicalismo e na gerao da Lira Paulistana nos
anos 70 (Arrigo Barnab, Itamar Assumpo, entre outros). O prprio nome Lira
Paulistana tirado de uma obra de Mrio de Andrade.
Mesmo a Bossa Nova deve muito turma modernista, pela sua lio peculiar
de "antropofagia", traduzindo a influncia da msica popular norte-americana
linguagem brasileira do samba e do baio.
Movimento Pau-Brasil
Movimento Antropofgico
A principal forma de divulgao destas novas ideias se dava atravs das revistas.
Entre as que se destacam, encontram-se:
Revista Klaxon
Revista de Antropofagia
Uma vez que o intuito principal desses artistas era chocar o pblico e trazer
tona outras maneiras de sentir, ver e fruir a arte, as caractersticas desse momento
foram:
Ausncia de formalismo;
Ruptura com academicismo e tradicionalismo;
Crtica ao modelo parnasiano;
Influncia das vanguardas artsticas europeias (futurismo, cubismo, dadasmo,
surrealismo, expressionismo);
Valorizao da identidade e cultura brasileira;
Fuso de influncias externas aos elementos brasileiros;
Experimentaes estticas;
Liberdade de expresso;
Aproximao da linguagem oral, com utilizao da linguagem coloquial e vulgar;
Temticas nacionalistas e cotidianas.
Referncias