O Princípio Dispositivo em Sentido Formal e Material
O Princípio Dispositivo em Sentido Formal e Material
O Princípio Dispositivo em Sentido Formal e Material
Se il processo serve alle parti, alla loro volta le parti servono al processo. Tito
Carnacini, Tutela Girisdizionalee Tecnica del Processo.
Segundo o princpio dispositivo, o juiz deve julgar a causa com base nos fatos
alegados e provados pelas partes, sendo-lhe vedada a busca de fatos no alegados e
cuja prova no tenha sido postulada pelas partes. Ditos requisitos se expressam pelos
aforismos latinos ne procedat iudex ex officio e ne eat iudex ultra petita partium. Tal
princpio vincula duplamente o juiz aos fatos alegados, impedindo-o de decidir a causa
com base em fatos que as partes no hajam afirmado e o obriga a considerar a
situao de fato afirmada por todas as partes como verdadeiras.2
Por sua vez, o princpio dispositivo teve o seu mais alto grau de reconhecimento em
meados do sculo XIX, mas jaos tempos dos ordlios, no perodo romano, o
juiz era considerado um ser inativo no processo no que diz respeito apresentao
das provas. Naquele tempo, aguardava o julgador que a justia divina, a qual
desconhecia a malcia das acusaes ou a falsa prova, pendesse para o lado do
verdadeiro e do justo. Ao juiz incumbia velar pelo rigorismo formal na colheita da
prova. A este nada mais cabia do que declarar o resultado do experimento.
Dentro dessa viso completamente renovada da justia civil, que teve em Fraz Klein
seu idealizador, o enfoque vem a se centralizar na coletividade - considerando como
conflito social mesmo o litgio puramente de carter privado - e a reclamar rpida
soluo do direito positivo, principalmente tendo em vista seus reflexos gerais sobre a
tutela dos interesses do Estado e da Sociedade. Em muito cresce a atividade do rgo
judicial, munido de suficientes poderes para a direo material do processo, capazes
de garantir sua marcha rpida e regular.16
Mas no s. Onde o dissenso aumenta, para efeitos do presente estudo onde Tito
Carnacini25, pondo-se a distinguir entre um momento relativo disposio do direito
substancial e da sua tutela, e um momento o qual implica, em vez, uma mera escolha
da tcnica processual (pelo que concerne ao simples desenvolvimento do
procedimento sem tocar a sua instaurao, a sua durao e o seu objeto); Insere,
todavia, sobre o mesmo plano, a deduo probatria e a alegao dos fatos
jurdicos26. Mauro Cappelletti procura demonstrar que um referente a o momento da
disposio (da tutela) do direito, o outro a pura e simples tcnica processual.27
A seguir, atravs da premissa expressa que considera mais exatas, isto , que o
princpio dispositivo indica aquele tanto, e somente aquele tanto, que sobre a esfera
jurisdicional se reflete como conseqncia lgica e juridicamente necessria do carter
privado (e portanto disponvel) do objeto litigioso ou da relao substancial deduzida
em juizo.28
A partir desse momento, Mauro Capelletti pretende demonstrar que, mesmo a doutrina
que acolhe a distino entre Dispositinsprnzip (princpio dispositivo) e princpio della
trattazione (princpio do debate) contraditria no entendimento daqueles que, do
carter privado (portanto disponvel), da relao deduzida em juzo, pretendem deduzir
a disponibilidade tambm da tcnica processual sobre a estrutura interna do processo.
O mesmo autor critica o carter compreensivo dado pela doutrina Alem e Austraca
ao significado de Verhadlungsmaxime compreendido no aforismo judex secundum
allegata et probata a partibus judicare debet.Onde entre aqueles tradicionais poderes
monopolsticos da parte, que esta doutrina demonstra no ser conseqncia lgica da
natureza privada do objeto litigioso, no apenas no poder da parte em matria de
iniciativa probatria, mas, tambm, em tema de alegaes de fatos.31
Portanto, pode-se extrair dos argumentos apresentados por Mauro Cappelletti, que
no estaria desnaturado o carter dispositivo do processo que, resguardando o
monoplio das partes quanto iniciativa da demanda e os limites dessa, viabilizasse a
iniciativa oficial em matria de prova. L, eventual iniciativa do Juiz importaria na
prpria negao do direito subjetivo material.
A primeira limitao relativa aos fatos secundrios, ou seja, aqueles que direta ou
indiretamente, poder-se-ia inferir a existncia, inexistncia ou qualquer modo de ser
dos fatos jurdicos. So fatos perseptveis pelo juiz que lhe servem para deduo do
fato a ser provado. A atribuio ao juiz de um autnomo poder de iniciativa a respeito
dos fatos secundrios, um fenmeno relevante sobre o plano da tcnica do processo
e do modo da formao do juzo, no plano da Verhandlungsmaxime, no
do Dispositionsmaxime. Neste caso, o poder de iniciativa judicial no ofende o poder
monopolstico da parte no fixar o objeto da res judicanda, mas relativamente ao modo
como o juiz, nos limites daquela res, exercer a sua prpria funo, da qual as partes
o investiram.34
A segunda observao que realiza Mauro Cappelletti referente aos fatos (jurdicos),
dos quais o juiz pode e deve ter em conta de ofcio, estes seriam aqueles fatos
jurdicos (constitutivos, extintivos ou impeditivos) relativos ainda que a uma relao
privada deduzida em juzo, a uma relao ou situao de qualquer maneira relativa ao
ordenamento pblico (ex: pressupostos processuais).35 Tambm os fatos jurdicos
extintivos e impeditivos, ainda que alegados de maneira sinttica ou abreviada, dando
lugar a uma verdadeira exceo.36
Mauro Cappelletti, com o escopo de evitar confuso terminolgica, termina por propor
a definio de princpio (e processo) dispositivo em sentido material (ou prprio) para
aquele com o qual se indica a existncia de um poder exclusivo da parte no pedir a
tutela jurisdicional e no fixar o objeto do juzo ( o Dispositionsprinzip da doutrina
austriaca e Alem); e principio (e processo) dispositivo em sentido processual (ou
imprprio) para aquele, com o qual se alude, ao contrrio, a um vnculo do juiz a
iniciativas das partes em relao a tcnica e o desenvolvimento interno do processo e
em especial a escolha dos instrumentos para a formao do convencimento judicial
(a Verhandlungsmaxime).37
Assim o art. 128 do Cdigo de Processo Civil: O juiz decidir a lide nos limites em que
foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questes no suscitadas, a cujo respeito a
lei exige a iniciativa das partes. Bem como o art. 131, CPC, onde se estabelece que o
juiz apreciar livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstncias constantes dos
autos, ainda que no alegados pelas partes.40 41
No direito brasileiro, pode-se dizer que ainda vigora o princpio dispositivo (exposio
de motivos, item 18), como regra fundamental, ou como simples princpio diretivo,
sujeito, porm a severas limitaes previstas pelo legislador em inmeros dispositivos
legais que abrandam sensivelmente, outorgando ao juiz uma aprecivel faculdade de
iniciativa probatria.42
Mas nem sempre foi assim. O primeiro ato legislativo do Brasil ocorreu no imprio. Foi
o decreto da Assemblia Geral Constituinte de 20 de outubro de 1823, ordenando que,
enquanto no fossem elaboradas leis e cdigos que deviam reger no pas,
continuariam em vigor as Ordenaes, Leis, Regimentos, Alvars, Resolues e
Decretos promulgados pelo Rei de Portugal.
Pelas Ordenaes Filipinas, tolhia-se, naquela poca qualquer iniciativa do juiz, o qual
devia julgar segundo o queachar allegado e provado de uma parte e
da outra, ainda que lhe a consciencia dicte outra cousa, e elle saiba a
verdade ser em contrario do que no feito fr provado; porque smente ao Principe, que
no reconhece Superior, he outorgado per Direito, que julgue segundo sua conscienci
a, no curando de allegaes, feitas pelas partes, porquanto he sobre a Lei, e
o Direito no presume, que se haja de corromper por affeio.43
Deve-se observar o fato de que o direito substancial pode ter natureza (pblica ou
privada) diversa e essas caractersticas necessariamente refletir-se-o em
conseqencias processuais necessrias, especialmente nos poderes das partes de
um lado de outro do juiz (ou outro rgo pblico que ser normalmente o Ministrio
Pblico. Os poderes do juiz sero maiores quanto mais acentuada seja a natureza
publicistica do direito substancial deduzido em juizo.51
Ativismo judicial
Bibliografia:
ALVARO DE OLIVEIRA, Carlos Alberto, Do formalismo no processo civil, So Paulo,
Saraiva, 1997.
BAPTISTA DA SILVA, Ovdio Arajo, Curso de Direito Processo Civil, Vol. I, 2 ed.,
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FURNO, Carlo, Contributo alla teoria della prova legale, CEDAM, Padova, 1940.
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MILLAR, Robert Wines, Los Principios Fomativos del Procedimento Civil, Trad.
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TUCCI, Jos Rogrio Cruz e, Jurisdio e Poder (contribuio para a histria dos
recursos cveis), So Paulo, Saraiva, 1987.
Notas:
3. Cfe. FRITZ BAUR, Da importncia da dico iura novit curia, REPRO 3/169, tem-
se que o juiz obrigado a conhecer as regras do processo, bem como o direito
material aplicvel a um litgio sobre o qual obrigado a sentenciar, no pode ele impor
s partes o nus da prova, tendo em vista o direito aplicvel, embora deva discutir o
litgio com as partes, inclusive, do ponto de vista jurdico.
4. Cfe. MAURO
CAPPELLETTI, El Proceso Civil en el Derecho Comparado, Las Grandes Tendencias
Evolutivas, Traduo de Santiago Sents Melendo, Buenos Aires, EJEA, pg. 15. Es
una realidad que el derecho procesal, y tambin la tcnica misma del proceso, no es
nunca una cosa arbitraria, sino una cosa que trae su metro de las exigencias
prcticas y culturales de un determinado tiempo. El derecho procesal, en suma, puede
considerar, en cierto sentido, si nos permite la metfora, como um espejo en el que
con extrema fidelidad se reflejan los movimientos del pensamiento, de la filosofa y de
la economa de un determinado perodo histrico.
10. MILLAR, ROBERT WINESS, obra citada, pg. 72. Segundo MAURO
CAPPELLETTI, El Proceso Civil en el derecho comparado, Las Grandes Tendencias
Evolutivas, Traduo Santiago Sents Melendo, EJEA, Buenos Aires, pg. 25. Isto
ocorria, por exemplo, na Unio Sovitica no processo de execuo: no s a ao civil
executiva, por iniciativa do credor, pode ser exercitada, como tambm
pelo Prokuratura (Ministrio Pblico) sem participao do credor, podendo, em alguns
casos indicados na lei, ser promovida ex officio pelo Tribunal. Assim porque os
direitos de crdito no correspondiam ao indivduo, enquanto tal, seno enquanto
membro de um determinando grupo social, se nega, ento, ao credor, que este seja
livre em exercer ou de no exercer aqueles direitos segundo a sua disponibilidade.
16. Cfe. CARLOS ALBERTO ALVARO DE OLIVEIRA, obra citada, pg. 50.
18. Este maior poder conferido ao juiz no campo probatrio no retira das partes o
nus da prova, como prope EDUARDO J. COUTURE, Fundamentos do Direito
Processual Civil, So Paulo, Saraiva & Cia., pg. 395.
21. Cfe. TITO CARNACINI, pg. 707. Nel suo primo aspetto, in quello cio di soggetto
che attraverso il processo accampa un diritto oppure lo nega, la parte si muove
nellambito del regime che lordinamento guiridico accorda per la tutela dei singoli
interessi materiali, tanto vero che dalla posizione, che la legge le fa a questo
proposito, si possono ricavare, come si vedr, degli elementi preziosi per stabilire la
portata e le caratteristiche di tale regime. Nel secondo aspetto, invece, la parte si trova
alle prese con quella che la tecnica peculiare al tipo di processo prescelto, cio con
quel complesso di conocenze che, pur avendo natura guiridica poich tale l`ativit
che esse precedono e di cui sono in funzione.
22. Cfe. TITO CARNACINI, obra citada, pg. 707 e segs.. Esta duplicidade de
aspectos na qual a parte se apresenta, de um lado a prpria parte ou um
representante ad negotia e eventual defensor ainda que munido de procurao vlida
para litgios, as faculdades de executar atos que, mesmo tendo veste processual em
substncia importem disposio do direito controvertido. Tais atos s poderiam ser
praticados pelos primeiros.
23. MAURO CAPPELLETTI, La testimonianza della parte nel sistema delloralit
(contributo alla teoria della utilizzazione probatria del sapere delle parti nel processo
civile), 2 ed., Milano, Guiuffr, 1951, pg. 314.
27. MAURO CAPPELLETTI, La testimonianza della parte nel sistema dell oralit
(contributo alla teoria della utilizzazione probatria del sapere delle parti nel processo
civile), obra citada, pg. 318.
29. MAURO CAPPELLETTI, La testimonianza della parte nel sistema dell oralit
(contributo alla teoria della utilizacione probatria del sapere delle parti nel processo
civiel), obra citada, pg. 328.
30. MAURO CAPPELLETTI, La testimonianza della parte nel sistema delloralit, obra
citada, pg. 326.
31. MAURO CAPPELLETTI, La testimonianza della parte nel sistema delloralit, obra
citada, pg. 329.
32. MAURO CAPPELLETTI, La Testimonianza della parte nel sistema delloralit, pg.
329. Esclarece o autor que Al giudice potr bensi spetare - anzi sommamente
augurabile, a mio avviso, che gli spetti - il potere e perfino il dovere di supplere,
mediante la interrogatio ad clarificandum ch espressione essenciale de potere
guidiciale di direzione materiale del processo, alle mancanze dellattivit processuale
della parte ed anche, im particolare, ale mancanze in tema di allegazione. Ma questo
poteri guidiziale dovr, in un processo a tipo dispositivo, essere inteso nel senso che il
guidice possa metere in guardia la parte circa eventuali lacune, imperfezioni,
contraddizioni delle sue allegazioni, e offrire cos alla parte loccasione, ma non pi che
locasione, di precisare, di chirire, dintregrare dette allegazioni e in tal mod di
perfezionare, o addirittura (nei limiti di legge) di mutare, sempre che essa lo voglia, la
propria domanda, non per anche nel senso che il guidice possa senzaltro e di ufficio
esorbitare dalle allegazioni, volute proporre delle parti, e guidicare dunque, in ultima
analisi, fuori dei limiti dellazione: se non propriamente ultra petita, certo extra allegata
ossi extra petendi, con palese conseguente violazione dei principii stessi espressi dagli
aforismi sopra ricordati (...)
33. MAURO CAPPELLETTI, La testimonianza della parte nel sistema delloralit, obra
citada, pg. 339.
34. MAURO CAPPELLETTI, La testimonianza della parte nel sistema delloralit, obra
citada, pg. 343.
35. MAURO CAPPELLETTI, La testimonianza della parte nel sistema delloralit, obra
citada, pg. 343.
36. MAURO CAPPELLETTI, La testimonianza della parte nel sistema delloralit, obra
citada, pg. 348.
37. Cfe. MAURO CAPPELLETTI, La Testimoniaza della parte nel sistema delloralit,
obra citada, pg. 358.
39. Cfe. OVDIO DE ARAJO BAPTISTA, obra citada, pg. 50. O Cdigo de Processo
Civil, em diversas disposies acolhe o princpio da demanda. Alm do art. 2 acima
indicado, no art. 128 volta o legislador a referir-se ao mesmo princpio, ao declarar que
o juiz h de ficar sempre adstrito ao pedido do autor, decidindo a lide nos limites em
que haja sido proposta, sendo-lhe defeso conhecer as questes no suscitadas, a cujo
respeito a lei exija iniciativa da parte, no art. 294, dispe o Cdigo sobre a vedao de
novos pedidos que o autor no haja includo na demanda inicial, determinando que os
mesmos s possam ser formulados em demandas distintas; finalmente o art. 460
declara ser vedado ao juiz proferir sentena, a favor do autor, de natureza diversa do
pedido, bem como condenar ao ru em quantia superior ou objeto diverso do que lhe
foi demandado. Segundo MAURO CAPELLETTI, El Proceso Civil en el Derecho
Comparado, Las Grandes Tendencias Evolutivas, obra citada.pg. 23, que ante todo,
el juez no puede, por regla fundamental, instaurar ex officio un proceso (...) La doctrina
procesalstica habla, a este respecto, de un principio de la demanda, entendindose
precisamente con esto la regla por la cual un proceso no se entiende instaurado se no
hay una demanda inicial posta por la parte. Mas propiamente, sin embargo, se debera
hablar de un principio de la demanda privada.
41.
42. Cfe. JOS FREDERICO MARQUES, Instituies de Direito Processual Civil, Vol.
II, 3 ed., Forense, rio de Janeiro, nota 122, pg. 100. O princpio inquisitivo no tem
agasalho sequer no processo penal. Depois que este adquiriu carter acusatrio, que
deu sentido processual a persecutio criminis, permanece a indisponibilidade da
pretenso punitiva nos casos de ao penal pblica, mas sem que o juiz se apresente
como rgo da persecuo penal, embora lhe dem poderes inquisitivos na pesquisa
da verdade e produo de provas. O Ministrio Pblico, como rgo da ao penal e
do jus puniendi, que passou a encarnar o interesse punidivo do Estado.
46. Cfe. ENRICO REDENTI, Derecho Procesal Civil, Traduo de Santiago Sents
Melendo y Marino Ayerra Redn, Tomo I, Buenos Aires, EJEA, 259.
47. Cfe. BAPTISTA DA SILVA, OVDIO A, obra citada, pg. 49 ENRICO TULLIO
LIEBMAN, Rivista di Diritto Processuale, pg. 557. il domandare psicologicamente
incompatibile col guidicare e lacrescere oltre misura i poteri diniciativa del giudice pu
introdurlo a prender partito prima di aver guidicato e transformarsi da giudice sereno in
apassionato difensore di una tesi gi scelta in anticipo .
49. Por de todo atual e oportuna, vala a pena transcrever a crtica comunista a
fundamentalo do princpio do dispositivo mencionada por MAURO CAPPELLETTI, La
Oralidad y la Pruebas en el Processo Civil, La Verhandlundlungsmaxime es
considerada sim ms como la expresin ms direta de um processo burgus, y,
como tal, abiertamente combatida y renegada. Em base a aquella mxima, el juez,
como rgano de un estado capitalista, tendra el cometido de tutelar los
caractersticos instrumentos de produccin del sistema burgs, o sea la propiedad
privada y la libre concurrencia, pero sin poder penetrar en el denominado libre juego
de las fuerzas o sea en el reino de quin es econmicamente el ms fuerte. La
pasividad del juez, que se oculta tras la mscara de la imparcialidad, seria
precisamente explicable solo como instrumento puesto al servicio de la clase
capitalista dominante, y en particular, del individuo econmicamente privilegiado el
cual, estando en situacin de preparar ms cuidadosamente el proceso y de asegurar-
se los mejores defensores y en general de suportare sin dificultad el gravamen de las
costas judiciales, etc., terminara por transformar la justicia misma en un medio de
exploracin.
50. Cfe. ENRICO REDENTI, Derecho Procesal Civil, Trad. Espanhola de Santiago
Sents Melendo e Marino Ayerra Redn, Tomo I, EJEA, Buenos Aires, pg. 261. El
ordenamiento jurdico, como poco antes decamos, no tiene el atuendo orgnico
necesario para hacerse protector, mentor o pedagogo de todos, lo cual, por otra parte,
determinara tambin molestas invasiones en la esfera de las libertades individuales,
que son asimismo un bien caro a la mayora. Y de todos modos, el asumir ese oficio
en forma inadecuada e intermitente, comprometera por otro conducto (y acaso ms
gravemente) las exigencias de igualdad, de imparcialidad y de justicia. Adverte o
mesmo autor que no deve o magistrado ficar completamente passivo, mudo e imvel,
como uma esfngie de pedra, enquanto as partes se encarregam de colocar aos seus
ps as provas.
52. Cfe. MAURO CAPPELLETTI, La Testimonianza della parte nel sistema delloralit,
pg. 358.
53. BEDAQUE, JOS ROBERTO DOS SANTOS, obra citada, pg. 52.
54. BEDAQUE, JOS ROBERTO DOS SANTOS, obra citada, pg. 53.
55. DA SILVEIRA, JOS NRI, A Funo do Juiz, Revista AJURIS, n 54, p. 47.
57. Com razo, reconhece AFRNIO SILVA JARDIM, obra citada, pg. 430, que a
premissa em que se baseia o princpio dispositivo falsa, pois julga ser bastante
outorgar ao alegado titular do direito material discutido no processo oportunidade de
alegar e provar os fatos de seu interesse para que se tenha um sistema processual
perfeito. Ora, muitas vezes, a parte deixa de exercitar uma faculdade processual ou
desincumbir-se de um nus em razo de aceitao de uma situao que lhe
adversa, ou seja, no quer ela dispor de seu direito, nem reconhecer o da parte
contrria, deixando de agir por circunstncias outras.