Apostila - MASSA
Apostila - MASSA
Apostila - MASSA
'
'
Ou tambm:
Soluto = surfista
Identificando eio = ar !ontri"ui#o $ifusiva e !onvectiva
ovimento = m#os % onda
'
nmero de mols da espcie i por unidade
de volume da soluo.
&
Frao Mssica:
i
i
W
Frao molar:
i
i
C
x
C
concentrao molar da espcie i dividida pela concentrao
molar total da soluo, sendo:
1
n
i
i
C C
+
(concentrao mssica da soluo)
)
A A
A
C M
(concentrao mssica de A/volume de soluo)
*
A
A
w
(frao mssica de A)
A B C C C
+ (concentrao molar da mistura)
*
A A
A
C M
2=3
Da definio :
i i
i
C M
2>3
Da definio : ) C M 2?3
Substituindo (4) e (5) em (3):
i i
i
CM
C M
w
2@3
dentificando a definio para gases, em (6):
)
i
i
i
M
M
y
w
2A3
De posse de (7), da Tabela (1 e 2) e do resultado (2), construmos a seguinte tabela de
resultados:
E+/B#ie C,D)i#"
M"++"
)$0e#,0"r
24E4)$03
Fr"!&$ )$0"r
Fr"!&$ )*++i#"
*
i i
i
y
w M M
CO 28,01 0,05 0,0535
O
2
31,999 0,04 0,0489
H
2
O 18,015 0,20 0,1377
N
2
28,013 0,71 0,7599
3
- VELOCIDADES
Quando mencionamos velocidade, esta no ser apenas de uma molcula da
espcie "i, mas sim a mdia de n molculas dessas espcies contida em um elemento
de volume. Como a soluo uma mistura de distintas espcies qumicas, a
velocidade com o qual escoa est soluo dada pelas seguintes equaes:
1
1
v
n
i i
i
n
i
i
v
v
v
(Velocidade mdia mssica)
1
1
v
n
i i
i
n
i
i
C
V
C
v
v
(Velocidade mdia molar)
Observe que
v
( v C para mols) a velocidade local com que a massa da soluo
atravessa uma seo unitria colocada perpendicularmente velocidade v
v
(V
v
para
mols)
Convm salientar que v
i
v
uma velocidade absoluta, pois diz respeito espcie
qumica "i. Essa velocidade pode estar referenciada a outro tipo de velocidade:
1 eixos estacionrios v .
v
2 - da soluo (para velocidade mssica)
(v )
i i
v
v v
(velocidade abs. vel. Mdia)
3 da soluo (para velocidade molar) (v )
i i
V
v
v
(Velocidade abs. Vel. Mdia)
A DIFERENA ENTRE A VELOCIDADE A;SOLUTA E A VELOCIDADE MFDIA
2MOLAR OU M<SSICA3 DENOMINA8SE VELOC!"!E !E !#$%&O
E.e)/0$ 7 sabendo que as velocidades absolutas das espcies qumicas presentes
na mistura gasosa do exemplo 1 so: v
CO,z
= 10 cm/s, v
O2
= 13 cm/s, v
H2O,z
= 19 cm/s e
v
N2,z
= 11 cm/s. Determine:
a) Velocidade mdia molar da mistura;
b) Velocidade mdia mssica da mistura;
c) Velocidade de difuso do O
2
na mistura, tendo como referncia a velocidade mdia
molar da mistura.
d) dem item (c), tendo como referncia velocidade mdia mssica da mistura.
2
#L$'O
2FLU:O3 G 2VELOCIDADE3 2CONCENTRAO3
sendo a unidade de fluxo:
( )
(rea 4 tempo)
massa ou mols 1
1
]
Soluto = !ardumes de pei4es
Identificando eio = +io !ontri"ui#o $ifusiva e !onvectiva
ovimento = 5ei4e % +io
'
A
A
W
. Frao mssica de A
D
A5;
= Coeficiente de difuso da espcie qumica A em B ou coeficiente de difuso do
soluto A em B [cm
2
/s].
1.
Em unidades molares, a densidade molar de fluxo ser:
A AB
A
AB A
X CD
dx
dX
CD
Sendo:
C = Concentrao molar total [mols/cm
3
];
A
v v
v v
Se o meio for estagnado
J
;
v
= 0 (para todas as espcies j), temos:
n
1 J
J = 2
1/
n
J 1
J =2
1J
; H
$ =
H ;
$
v
v
Como o
1
;
v
no entra no somatrio, a equao fica:
13
( )
n
J
J = 2 1
1/
n
J 3 2 & n
1/2 1/3 1/& 1/n J =2
1J
H
1 - H
$ = =
H H H H H
)))
$ $ $ $
$
+ + + +
,
v v
1 Entrada de A atravs da face ABCD:
1&
( )
,
massa
n 4 H z 6ntrada
tempo
x
_
,
2 Sada de A atravs da face EFGH
( )
,
4 % 4
massa
n 4 H z SaMda
tempo
_
,
3 A taxa de produo de A por reao 7u8mica no interior do elemento de volume :
,
massa
r 4 H z @a4a de produ#o
tempo
_
,
onde
,
r
a taxa de produo de massa de A por unidade de tempo e de volume
devido reao qumica no interior do elemento de volume. O termo ( ) indica que a
reao qumica ocorre em todos os pontos no interior do volume de controle.
4 Taxa de acmulo ou variao de massa de A no interior do elemento de volume por
unidade de tempo:
,
massa
4 H z ,cNmulo
tempo t
_
,
Utilizando-se a definio de derivada parcial:
( )
( ) ( )
f x
f x x f x dx
x
+ +
1
+
]
1 42 43 142 43
1 4 42 4 43
1-
Re"0iK"d$ ,) -"0"!$ de )"%eri"0 "*0$4$ "+ dire!Le+ M e K e +,-+%i%,id$ $+
re+,0%"d$+ " eN,"!&$ de -"0"!$ de )"++"5 %e)$+1
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
( ) ( )
, , ,
4 4 4
6ntrada (4)
SaMda (4)
, , ,
H H H
6ntrada (H)
SaMda (H)
, ,
z z
6ntrada (z)
n 4 n 4 n 4 %
4
n H n H n H %
n z n z
y z x y z
x z y x z
y
x y
1
+
' )
]
1
+
' )
]
+
1 442 4 43
1 4 4 4 4 4 4 2 4 4 4 4 4 4 3
1 442 4 43
1 4 4 4 4 4 42 4 4 4 4 4 43
1 442 4 43
( )
,
z
SaMda (z)
,
,
5rodu#o
,cumula
n z %
r =
t
z x y
z
x y z x y z
1
' )
]
1 4 4 4 4 4 42 4 4 4 4 4 43
1 42 43
1 442 4 43
Simplificando os termos comuns, temos:
{
( ) ( ) ( )
{
,
, , , ,
4 H z
5rodu#o
,cumula (Oera)
:lu4o nas trs dire'es
n 4 n H n z r
4
z
t y z
1
1 1
+
] ]
]
1 4 4 4 4 4 4 4 442 4 4 4 4 4 4 4 4 43
Considerando que ( )
, ,/i
i
n i = n (i = 4P HP z)
{
{
)
) ) ,
Lera
,cumula
:lu4o de , na dire#o 4/ H e z
= -
A y
A x A z
A
n
n n
r
t x y z
+ + +
1
]
1 4 4 442 4 4 4 43
Sendo:
)
) )
) ?perador $iverOente
A y
A x A z
A
n
n n
n
x y z
1
+ +
1
]
v
v
13
Portanto:
,
) %
A A
n r
t
v
v
ou
,
% ) =
A A
n r
t
v
v
EN,"!&$ d" #$%i,id"de )*++i#" d$ +$0,%$ A e) #$$rde"d"+ re%"4,0"re+
Essa equao representa a variao de concentrao mssica
A
, fruto do movimento
de A e de sua produo ao consumo.
Para uma espcie B, a equao da continuidade mssica anloga espcie A:
E
E E
)n = r
t
v
r
Para uma mistura binria (A + B), temos:
, E
% ) ) =
A B A B
n n r r
t t
+ + +
v v
v v
Pela lei da conservao da massa, temos: .
A B
r r + , para cada massa de A
produzido, desaparece o mesmo de
12
[ ] [ ]
) .
e
A B A B
A B
A B
n n
t
n n n
+ + +
+
+
v
v v
v v v
v
) = . n
t
+
v
v
EN,"!&$ d" #$%i,id"de )*++i#" /"r" ,)" )i+%,r" -i*ri"
Pelo fato de
v n
v v
e visto que ser escalar, temos:
[ ]
) v = .
t
v
v
Da anlise vetorial, temos:
[ ]
) v v) )v 1 +
]
v v v
v v v
Substituindo na equao anterior, temos:
$
derivada su"stantiva
$t
v) )v .
t
1 + +
]
v v
v v
1 42 43
$
)v .
$t
+
v
v
No caso da concentrao mssica ser constante, temos:
10
)v .
v
v
ECUAO DA CONTINUIDADE MOLAR DE UM SOLUTO A
Para obter, a equao da continuidade molar para a espcie A, extremamente
simples, basta dividir a Eq. Da continuidade mssica pela massa molecular M
A
.
Definindo:
, , ,
+ = r *
, temos:
,
, ,
!
); = +
t
v v
EN,"!&$ d" #$%i,id"de )$0"r /"r" " e+/B#ie A.
E
E E
!
); = +
t
v v
EN,"!&$ d" #$%i,id"de )$0"r /"r" " e+/B#ie A.
Para uma mistura binria, temos:
( )
( )
, E , E , E
! ! ; ; = + +
t t
+ + + +
v v
ou
, E
)!v = + +
C
t
+ +
r
r
Geralmente o nmero de moles no se conserva, salvo quando para cada mol
produzido de A desaparea o mesmo de B (ou vice-versa).
Abrindo o divergente no termo convectivo, temos:
, E
!
v ! ! )v = + +
t
1
+ + +
]
r r
r r
Neste caso a derivada substantiva ser:
11
$! !
v !
$t t
r
r
Portanto, a equao da continuidade molar para uma mistura binria ser:
, E
$!
! )v + +
$t
1
+ +
]
r
r
EN,"!&$ d" #$%i,id"de )$0"r /"r" ,)" )i+%,r" -i*ri"
ECUA9ES DA CONTINUIDADE DO SOLUTO A' EM TERMOS DA
LEI ORDIN<RIA DA DIFUSO
Quando se escreve o fluxo difusivo do soluto em termos da sua velocidade de
difuso, aflora mais uma velocidade relativa do que um fenmeno molecular e
interativo soluto/meio. Esse fenmeno, por sua vez, aparece quando tal fluxo posto
em termos a lei ordinria da difuso ou primeira lei de #ic9, que se caracteriza por
apresentar o coeficiente de difuso: grandeza que melhor representa a interao
soluto/meio, pois est intimamente relacionada com o mecanismo que rege a difuso.
Seja a equao da continuidade mssica de um soluto A:
,
% ) =
A A
n r
t
v
v
Seja o fluxo global ou fluxo total da e+/B#ie A como sendo:
C
A A A
n j j +
r r
r
,E
$ (contri"ui#o difusiva)
A A
r r
v (contri"ui#o convectiva)
C
A A
r
r
Portanto a equao da continuidade fica:
2.
{
,
,E
!onvectivo
$ifusivo
% ) $ v = (m(ssico)
A A A
r
t
+ 1
1
]
r v
r
142 43
{
{ {
,
,E , , ,
!onvectiva Lera#o
$ifusiva
,cNmulo
!
) - $ ! ! v = + (molar)
t
1
+ + 1
1
]
r v
r
142 43
>.1 CONDI9ES DE CONTORNO
O conhecimento das distribuies espacial e temporal de concentrao de uma
determinada espcie advm da soluo de uma equao da continuidade apropriada.
Torna-se, portanto, necessria apresentao de condies que viabilizem aquela
soluo. nspecionando, por exemplo, as duas equaes da continuidade anteriores
(mssica e molar), verifica-se que a concentrao de A modifica-se no tempo e no
espao bem como devido ao seu consumo ou gerao. As condies que possibilitaro
a soluo dessa equao sero realizadas nas variveis espaciais e na temporal.
,3 Condio inicial1 implica o conhecimento da propriedade concentrao ou frao
(mssica ou molar) do soluto no inicio do processo de transferncia de massa.
[ t = 0; C
A
= C
A0
;
A
=
A0
; X
A
= X
A0
; W
A
= W
A0
], em um determinado espao.
: ; Condi<es de contorno2 refere-se ao valor ou informao da concentrao ou
frao (mssica ou molar) do soluto em posies especficas no volume de controle ou
nas fronteiras desse volume. Basicamente, tais condies de fronteiras ao:
Depois de identificar a regio onde ocorre a transferncia de massa, temos numa
determinada fronteira "S as seguintes condies de contorno de primeira espcie ou
de Dirichlet:
a) concentrao mssica,
/ A A !
21
b) concentrao molar,
/ A A !
C C
c) frao mssica,
/ A A !
W W
d) frao molar:
/ A A !
X X
, para lquidos ou slidos
e) frao molar:
/ A A !
y y
, para gases
A frao molar de A para fase gasosa ideal est relacionada com a sua presso parcial
segunda a lei de Dalton:
P
A5S
G M
A5S
P
No caso dessa fase ser lquida, a condio numa dada fronteira, para uma soluo
ideal, advm da lei de Raoult:
P
A5S
G :
A5S
P
("/
Sendo a presso de vapor obtida pela equao de Antoine:
vap
,
:
ln 5 = 6 -
(@ % L)
A tabela a seguir mostra alguns valores para as constantes E. F e G para algumas
espcies qumicas. Na equao de Antoine utiliza-se a temperatura em Kelvin. O
resultado oriundo da presso de vapor expresso em mmHg.
T"-e0" d"+ C$+%"%e+ d" eN,"!&$ de A%$ie
Espcies E F G
gua 18,3036 3618,44 -46,13
Benzeno 15,9008 2788,51 -64,38
Tolueno 16,0137 3096,52 -53,67
Metanol 18,5875 3626,55 -34,29
Etanol 19,9119 3803,98 -41,68
Na hiptese de equilbrio termodinmico na fronteira "S ou interface entre as fases
lquida e gasosa, considerando-as ideais, so igualadas as equaes de Raoult e de
Dalton, resultando na equao Raoult-Dalton:
:
A5S
P
("/
G M
A5S
P
Supondo a fase lquida constituda somente da espcie qumica A (X
A,S
= 1), a
equao anterior fica como:
22
vap
,/S
,/S
H
5
"
r
Sendo o subscrito
( )
v v
(molar)
,
% ) =
A A
n r
t
v
v
(Mssica)
( )
, ,/E , , , E
; = - !$ H %H ; %;
r r r r
(fase gasosa)
( )
, ,/E , , , E
; = - !$ 4 %4 ; %;
r r r r
(fase lquida)
( )
, ,/E , , , E
n = - $ U % I n % n
r
r r r
(Mssica)
No h como fugir delas!!!!!!
Reflita sobre as seguintes sugestes para quando voc estiver diante de um
problema de transferncia de massa:
1 Ler com ateno o que est sendo pedido;
2 O regime de transporte permanente
,
. ou .
t
A
C
t
_
,
ou transiente
,
. ou .
t
A
C
t
_
,
? H acmulo de matria??
3 dentificar o meio onde ocorre o fenmeno de transferncia de massa e a sua
geometria. (Que tipo de coordenada: cartesiana ou polar?);
4 O meio reacional? (O termo de reao aparece na equao da continuidade do
soluto ou como condio de contorno?);
5 O fluxo multidirecional? (Sistema unidimensional).
6 Como esse fluxo? (Que tipo de coordenada?);
7 O termo difusivo presente no fluxo importante? O termo convectivo importante?;
8 Existe alguma informao sobre a relao entre o fluxo de A e B? (para mistura
binria);
9 O fluxo lquido de B nulo? Por que?
23
10 Estabelecer as condies de contorno e inicial adequada;
11 Divirta-se!!!!!
E:ERCICIOS
1) Um certo gs "A difunde por uma pelcula estagnada de ar (gs "B), de 0,5 cm de
profundidade num tubo capilar que contem H
2
SO
4
. A concentrao do gs "A na borda
do tubo 0,25 % em moles e na superfcie do cido nula. Considerando regime
permanente e temperatura e presso constante, determine o perfil de frao molar do
soluto "A desde a boca do tubo at a superfcie do cido.
2) Uma gota de gua sob a forma de esfera suspensa em um ambiente que contm
ar seco e estagnado a 25 C e 1 atm. Nessa temperatura e presso, a presso de
vapor da gua 22 mmHg. Considerando que o raio da gota seja 0,5 cm e que o
ambiente tende ao infinito, descreva a distribuio da frao molar do vapor d'gua no
ambiente, assim como as condies de contorno.
3) A queima da grafite (carbono puro) no ar pode ser descrita por meio das seguintes
etapas:
1 O oxignio difunde atravs de uma pelcula de ar que envolve a partcula de grafite
at atingir a superfcie do slido.
1 H o contato do O
2
com a superfcie da grafite, proporcionando a seguinte reao:
C
(s)
+ O
2(g)
+ N
2 (g)
CO
2(g)
+ N
2(g)
Que descrita pela reao qumica irreversvel de primeira ordem:
R
O2
= - K
s
Cy
O2
3 Difuso do CO
2
, como produto da reao, da superfcie da grafite para a pelcula de
ar.
Admitindo que a partcula de grafite tenha a forma esfrica, deseja-se obter a equao
da continuidade molar que descreve a distribuio da frao molar do O
2
no ar, assim
como as condies de contorno.