Anais IV Reconcitec 2017
Anais IV Reconcitec 2017
Anais IV Reconcitec 2017
ISBN: 978-85-5971-026-7
APOIO
PATROCNIO
Governo Federal
Banco do Nordeste
Wizard
Feira Acadmica de Economia Solidria- FAESOL
Recod JR - Empresa Jnior UFRB
Vale destacar que os temas abordados nos diversos trabalhados aqui reunidos
esto cada vez mais presentes em nossa sociedade, principalmente quando
vivemos em tempos de redues e de limitaes, em que a juno dos eixos
Comisso organizadora.
Resumo: Os atributos fsicos do solo podem ser utilizados como indicadores da qualidade do
solo de acordo com o manejo a que o solo esta sendo submetido, fornecendo condies
adequadas para o crescimento e desenvolvimento das plantas. Nesse sentido o objetivo do
trabalho foi avaliar o efeito do uso e manejo do solo nos atributos fsicos de cada solo e suas
variaes no perfil. Neste trabalho foram realizadas anlises fsicas em amostras deformadas e
indeformadas coletadas em Latossolo Amarelo (LA), Argissolo Amarelo (PA) e Argissolo
Acinzentado (PAC) todos coesos de Tabuleiros Costeiros de Cruz das Almas (LA e PA) e Rio
Real-BA (PAC). A amostragem foi realizada com o auxilio do trado holands para as amostras
deformadas e o amostrador de Uhland com auxlio de anis volumtricos para as amostras
indeformadas. As amostras foram analisadas no Laboratrio de Fsica do Solo da Universidade
Federal do Recncavo da Bahia (UFRB), em Cruz das Almas-BA. Secas ao ar, as amostras
deformadas foram destorroadas e passadas em peneira com malha de 2 mm de dimetro para
obteno da TFSA e as amostras indeformadas foram beneficiadas, retirando-se o excesso de
solo dos anis volumtricos. Nas amostras deformadas foram feitas anlise granulomtrica e
densidade de partculas (Dp) e nas indeformadas a densidade do solo (Ds), porosidade total
(PT), macro e microporosidade, condutividade hidrulica saturada (K0), curva de reteno de
gua, e resistncia do solo penetrao (RP). O solo PA sob mata nativa obteve menores
valores de Ds e RP e maiores para PT, macro e microporosidade e K0 e, portanto, melhores
condies fsicas, seguido pelo PAC cultivado com citros, enquanto o LA cultivado com
pastagem mostrou degradao fsica em sua estrutura, com maiores valores de DS, RP e
menores valores de PT. Com relao K0 LA apresentou os menores valores, revelando
problemas de aerao e fluxo de gua principalmente em profundidade. Com relao
armazenagem de gua no perfil, dentre os trs solos o que conseguiu reter maior quantidade
de gua foi o PAC. J o LA obteve comportamento inverso, com maior reteno de gua nos
horizontes superficiais e a menor capacidade de reteno entre os trs solos.
Resumo: A heterogeneidade uma das principais caractersticas naturais dos solos, cuja
magnitude tem forte influncia no funcionamento dos mesmos para o desempenho de suas
funes ambientais. Da mesma forma, tambm influencia os atributos de qualidade do solo
responsveis pelo seu desempenho agrcola, condio fortemente agravada pelos sistemas de
uso e manejo. Entre os principais indicadores fsicos de qualidade do solo, esto a estrutura, a
porosidade e a densidade do solo. Os poros formam os espaos vazios do solo e so
distribudos em duas grandes classes, os macro e os microporos. A densidade do solo define a
relao entre a massa de slidos do solo e seu volume total. Os dois atributos tem forte relao
entre si e funcionam nos processos de aerao, armazenamento e movimentao de gua e
resistncia penetrao de razes. Neste contexto objetivou-se com este trabalho quantificar a
variabilidade da porosidade e da densidade de um Argissolo Amarelo tpico de textura arenosa
sob vegetao natural em ambiente semirido da Bahia. O estudo foi realizado no municpio de
Santa Teresinha, Bahia, em uma rea natural sem histrico de uso onde aps abertura de uma
trincheira onde o solo foi classificado como Argissolo Amarelo Tpico de textura arenosa, foram
retiradas amostras de solo deformadas e indeformadas na camada de 0 - 0,10m em uma
malha amostral de 10 x 5 pontos espaados de 1,5 x 1,5 m, totalizando 112,5 m. Os dados
obtidos foram caracterizados pela estatstica descritiva, calculando-se a mdia, mediana,
moda, varincia, desvio padro, coeficiente de variao, coeficientes de assimetria e curtose e
verificao da normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk. O enquadramento nas classes de
variao foi realizado conforme proposto por Warrick & Nielsen. Verificou-se que os atributos
de porosidade total, macro, microporosidade apresentaram caractersticas semelhantes. Os
valores da mdia moda e mediana foram prximos entre se, a assimetria e a curtose prximos
de zero e a distribuio normal. Quanto ao coeficiente de variao foi baixo (< 12%) para
porosidade total e micro e mdio mdio (12% < CV < 60%) para macroporosidade. A
densidade do solo apresentou valores de mdia moda e mediana praticamente iguais,
coeficientes de assimetria e curtos prximos de zero, distribuio normal e baixa variao
Resumo: Os solos dos Tabuleiros Costeiros esto inseridos em uma unidade geoambiental
que acompanha todo o litoral Brasileiro que vai do Rio de Janeiro at o Amap. Em geral,
esses solos apresentam uma camada coesa que impossibilita uma boa drenagem da gua,
alm de ser uma barreira para a penetrao do sistema radicular das plantas. Tal coeso pode
est relacionada ao empacotamento denso das partculas do solo possibilitando assim um
aumento em sua densidade e diminuio do espao poroso. O presente trabalho teve por
objetivo avaliar a distribuio granulomtrica de um Argissoolo Amarelo Dostrocoeso tpico
visando avaliar como as diferentes partculas do solo podem contribuir para o empacotamento
denso em determinadas camadas. O experimento foi realizado no laboratrio de Pedologia, na
Universidade Federal do Recncavo da Bahia, Campus Cruz das Almas. O solo estudado um
Argissoolo Amarelo Dostrocoeso tpico. O solo foi descrito em trincheira, onde foram separadas
camadas acima do coeso, no coeso e abaixo de coeso e coletadas amostras deformadas para
posterior anlise. A anlise granulomtrica do solo foi realizada utilizando os mtodos de
tamisao para separao da frao areia e o mtodo da pipeta, aps a disperso qumica do
solo com 10 mL de NaOH 1 mol L-1 em 100 mL de gua destilada, seguido de agitao
mecnica com o agitador de Wagner por 16 horas, para separao da frao argila, realizada
em triplicata. A frao areia foi subdividida em areia muito grossa (AMG), areia grossa (AG),
areia mdia (AM), areia fina (AF) e areia muito fina (AMF) e os teores de silte por diferena
entre solo total (20 g de TFSE), areia total e argila. Aps a obteno das fraes foi construda
a curva granulomtrica utilizando-se o programa Microsoft Excel 2010. A partir dos resultados
obtidos, pde-se observar que a camada acima do coeso apresenta maiores teores de areia,
seguida da camada coesa, que apresenta terrores mais prximos da camada subsequente.
Dentre as fraes de solo estudadas a argila apresenta maiores teores em todas as camadas
em relao s outras fraes. Apesar destas diferenas, o comportamento da curva em todas
as camadas avaliadas semelhante, mostrando que a distribuio das fraes encontradas
guardam as mesmas propores, fato que poderia levar a um empacotamento tambm
semelhante em todas as camadas. Uma vez que o solo apresenta um empacotamento denso
na camada coesa, diferentemente das outras, espera-se que outros fatores, alm da
distribuio das partculas do solo, levam coeso das camadas.
Resumo: A arnica (Solidago chilensis Meyen) uma espcie nativa da Amrica do Sul (Brasil),
sendo encontrada principalmente na regio Sul do Brasil, conhecida popularmente como erva-
lanceta, arnica, arnica-brasileira, arnica-do-campo, arnica-silvestre. Estudos sobre os
fatores ambientais que interferem diretamente nas condies de cultivo de espcies medicinais
tais como: intensidade e qualidade de luz podem estar associados alteraes
morfofisiolgicas. Em alguns vegetais os caracteres anatmicos esto diretamente
relacionados com as variveis ambientais, servindo de adaptao s diversidades ambientais,
o que lhes pode proporcionar xito na perpetuao da espcie. Objetivou-se com esse trabalho
avaliar a ao de diferentes qualidades de luz nas caractersticas anatmicas de plantas de
arnica S. chilensis Meyen. O estudo foi realizado no perodo de agosto de 2015 a julho de
2016, no campo experimental da Universidade Federal do Recncavo da Bahia. O
delineamento experimental adotado foi em blocos ao acaso com 3 condies de luminosidade
(50% de sombreamento) obtidas com o uso das malhas: 1 - Malha ChromatiNet Vermelha; 2 -
Malha Sombrite Preta; 3 - A pleno sol (0 % de sombreamento) e 5 repeties sendo cada
parcela composta de 15 unidades experimentais, permanecendo uma plantas por vaso, sendo
cultivada em campo por 180 dias. Para os estudos anatmicos, foram coletadas amostras de
dez folhas completamente expandidas prximas ao pice e fixadas em Formol, cido Actico e
lcool Etlico, (FAA 70%) por 72h e, posteriormente, conservadas em lcool etlico 70%. O
material foi seccionado mo livre com auxlio de lmina de barbear. Foram realizados cortes
transversais nas folhas, lavadas em gua destilada, coradas com safranina e azul de Astra
(0,025 %). Os cortes transversais, nos pecolos das folhas de arnica cultivada sob malha
vermelha e a pleno sol apresentaram face adaxial cncava e a face adaxial mais convexa em
relao cultivada sob a malha preta e aluminet. A diferena marcante observada nos cortes
nas plantas cultivadas a pleno sol, e sob malha vermelha diz respeito presena de trs feixes
vasculares sendo apenas um localizado na rea central do pecolo. Conclui-se que a arnica
demonstrou uma maior sensibilidade a intensidade luminosa, mas no tanto quando se refere
qualidade da mesma.
Resumo: A feira da agricultura familiar da Sapucaia fruto de uma parceria entre o projeto de
extenso Florescer Sapucaia e os atores locais da comunidade, a qual caracterizada como
distrito rural de Cruz das Almas/BA e localiza-se na zona limtrofe do campus da Universidade
Federal do Recncavo da BahiaUFRB. A realizao desta feira foi uma das propostas do
projeto, que partiu da percepo de que papel da Universidade contribuir para o
desenvolvimento local e que, se tratando de uma comunidade com a qual a UFRB possui
estreitas relaes geogrficas e histricas, poucos so os retornos oferecidos mesma pelas
pesquisas e atividades realizadas na instituio. A construo da feira culminou na formao
de um coletivo com cerca de 25 feirantes, que vem realizando atividades pautadas na
autogesto, as quais contribuem para o exerccio de novas relaes de trabalho e para o
fortalecimento local. Com base nisso, o objetivo desse relato de experincia apresentar os
desafios do processo de construo e execuo de uma feira autogestionada. O primeiro ponto
a ser considerado que muitos desses feirantes, mesmo morando na mesma comunidade, no
possuam qualquer relao, mas a existncia de interesses em comum despertou uma
identidade que os uniu. Como sujeitos que no se relacionam e que exercem diferentes
atividades produtivas podem se organizar? Este foi o desafio inicial, que para ser superado
foram trabalhados princpios da autogesto, os quais prezam por uma organizao horizontal,
democrtica e coletiva, onde os valores de respeito e solidariedade devem estar inseridos. O
coletivo se consolidou a partir da execuo da primeira feira em novembro de 2015, momento
em que os sujeitos visualizaram a possibilidade de tornar o espao permanente e buscar meios
de qualific-lo. A organicidade e as formaes foram aspectos que, desde ento, tm
possibilitado superar os desafios de fazer a feira crescer ao passo que esse coletivo se
fortalece. possvel observar que os debates e a tomada de deciso de maneira coletiva tm
contribudo para que o coletivo da feira possa problematizar, apontar solues e se entender
como sujeitos com objetivos em comum inseridos no processo de igual forma, sem
hierarquizao, pois a orientao da equipe de trabalho do projeto cumpre um papel temporrio
de estimular a autogesto at que possam caminhar sozinhos. A importncia em estabelecer
acordos sobre a comercializao, a necessidade de qualificao e a valorizao da produo
local para ressignificar a agricultura familiar na comunidade, so os desafios atuais que os
feirantes tm conseguido identificar atravs do amadurecimento do trabalho coletivo e dos
debates. A experincia da feira da Sapucaia, portanto, tem demonstrado que trabalhar em
coletivo um desafio que, quando alcanado, passa a ser o meio de superar demais desafios
que iro surgir a partir do momento que os sujeitos se identificam como ser coletivo com
interesses e ideais em comum.
Resumo: A mamoneira (Ricinus communis L.) uma planta que apresenta alta capacidade de
adaptao s diferentes condies de clima e solo, o que possibilita seu cultivo em diferentes
regies do Brasil. Devido conhecida versatilidade do leo extrado de suas sementes, tem-se
ampliado as expectativas do aumento da demanda do leo de mamona no mercado mundial.
Para os programas de melhoramento a quantificao do progresso gentico de fundamental
importncia em vrios aspectos, principalmente por possibilitar a avaliao do programa em si,
uma vez que por meio dessas informaes possvel orientar de maneira mais efetiva o
programa de melhoramento. Este trabalho teve o objetivo de quantificar o progresso gentico
para os caracteres nmero de sementes por planta (NSP), peso de sementes por planta (PSP)
e rendimento de gros (REND) em linhagens homozigotas de mamona, visando o
desenvolvimento de cultivares para o estado da Bahia. O experimento foi realizado no campo
experimental do Centro de Cincias Agrrias, Ambientais e Biolgicas da Universidade Federal
do Recncavo da Bahia, em Cruz das Almas, em uma populao contendo 217 linhagens em
homozigose. Os dados foram submetidos a anlises de varincia e comparao de mdias
pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade de erros, utilizando o programa estatstico
genes. A populao original foi submetida ao clculo do Ganho Gentico utilizando-se o
mtodo proposto por Vencovsky (1987). A anlise de varincia mostrou diferena significativa
entre os tratamentos para os caracteres Rendimento de gros (REND), peso de sementes por
planta (PSP) e numero de sementes por planta (NSP), demonstrando a existncia de
variabilidade fenotpica para os caracteres estudados. A herdabilidade de parcelas individuais
no sentido amplo apresentou ampla variao, alcanando maior valor (57,62 %) para o carter
nmero de sementes por planta e menor valor para o rendimento (22,94%). O maior ganho por
seleo foi obtido para o carter rendimento enquanto o menor valor foi para o peso de
sementes por planta. Estes resultados das estimativas de parmetros genticos obtidas para a
populao avanada, neste trabalho, serviro de base para avaliar a seleo de linhagens
elites de mamoneira, visando a obteno de ganhos genticos no melhoramento da cultura.
Resumo: Entende-se que a agricultura familiar uma forma de organizao social, que possui
modos especficos de realizar a produo e consumo, alm disso, representa a resistncia dos
agricultores no campo. Neste sentido, o objetivo desse trabalho consiste em identificar, na
perspectiva dos atores, as caractersticas atuais e mudanas recentes nos aspectos do
processo produtivo, dos hbitos de consumo e da comercializao. A metodologia foi baseada
em dados secundrio, coletados atravs de sites de referncia na temtica para fazer a
caracterizao da agricultura familiar. Os dados primrios foram coletados com a realizao de
15 entrevistas semiestruturadas com os agricultores familiares da Associao Comunitria
Rural de Baixa Grande e Abrangncia, localizada na comunidade rural de Baixa Grande, zonal
rural de Muritiba, na Bahia. Para a sistematizao dos dados foi utilizada a Anlise de
Correspondncias Multiplas, donde foi construda uma Tipologia Funcional para a interpretao
dos perfis (tipos) de agricultores. As anlises utilizaram o software (SPSS 18.0). A tipologia
baseada na Anlise de Correspondncias Mltiplas foi consolidada por meio do Agrupamento
Hierrquico Ascendente, com isso, foram agrupados os tipos de produtores que agem
distintamente segundo as principais variveis. Dos resultados, no Grupo 1 o poder de deciso
da propriedade descentralizando. A posse da terra por herana. A dificuldade enfrentada
pelos agricultores a falta de oportunidade para venda dos produtos e o transporte. Os
mesmos utilizam dois lugares para comprar os produtos que compe a alimentao, pois
apesar da produo ser voltada para o autoconsumo no o suficiente, sendo assim, os
agricultores necessitam comprar os produtos em feiras e supermercados. No Grupo 2 o poder
de deciso descentralizado. Os entrevistados voltam sua produo para o autoconsumo e
utilizam circuitos curtos de comercializao. A troca os produtos entre vizinhos ocasionalmente.
Os gargalos enfrentados para a comercializao dos produtos so a falta de oportunidade para
venda dos produtos e o transporte. Os agricultores no precisam desenvolver atividades
agrcolas remuneradas fora do estabelecimento para complementao de renda. No grupo 3
predomina a centralizao do poder de deciso. A posse da terra foi por aquisio. No tem
nenhuma dificuldade no processo produtivo, sendo a produo total dividida entre a
comercializao e o autoconsumo. No Grupo 4 h centralizao do poder de deciso. A
comercializao voltada para a agroindstria e atravessadores. Foi observada uma
diminuio na produo em virtude da sada dos filhos para as cidades. Os agricultores que
permaneceram na propriedade tiveram que reorganizar o setor produtivo e passaram a
dedicar-se mais tempo a agricultura. Somente a comercializao de sua produo no basta
para manter a renda familiar dos agricultores, pois eles tm que procurar outras formas de
complementar sua renda. A complementao da renda ocorre predominantemente por meio do
trabalho de diarista em propriedades vizinhas.
Resumo: O tumor venreo transmissvel, ou TVT, um tumor que acomete ces de diversas
raas, no seletivo a gnero ou idade, no entanto observado com maior frequncia nos animais
hgidos em fase reprodutiva, em rgos genitais como pnis e vulva, devido forma de
transmisso ser principalmente pelo contato sexual. Trata-se de uma doena de grande
importncia por estar presente em reas tropicais e subtropicais e ser a neoplasia que mais
acomete ces. Os sinais clnicos possveis de observar no TVT so lceras no local da leso,
alm de tecido nodular, com hemorragias e frivel. Este tumor responde bem ao
quimioterpico, vincristina, sendo esta tcnica de eleio, em que consiste em aplicaes via
intravenosa a cada sete dias, apesar dela ser citotxica e necessitar de acompanhamento
hematolgico antes de cada aplicao. Objetivou-se com este experimento o acompanhamento
de ces diagnosticados com TVT no HUMV e tratados com sulfato de vincristina,
diagnosticados pela tcnica citolgica por swab e monitoramento de hemograma e bioqumico
de filtrao renal e heptico (protena total e enzimas). Oito animais participaram do
experimento, onde foi realizada citologia da mucosa genital para confeco de esfregao
celular, objetivando-se o diagnostico, e colheita de quatro ml de sangue em tubo com EDTA,
sendo um ml para realizao de hemograma e trs ml para obteno de soro para os testes
bioqumicos. A partir das colheitas semanais e antes da administrao do frmaco, foram
traados o perfil hematolgico, renal (dosagem de ureia e creatinina) e heptico (dosagem da
protena plasmtica total e suas fraes e das enzimas ALT, FA e Gama GT) para os seguintes
tempos: antes do incio do tratamento, meio do tratamento e fim do tratamento. A teraputica
seguida foi a quimioterapia antineoplsica com sulfato de vincristina, na dose 0,75mg/m2, por
via intravenosa (IV), com intervalo entre as administraes de sete dias e acompanhamento
citolgico da(s) leso(es) at a regresso total. O perfil hematolgico destes animais
demonstrou anemia em cinco casos antes do inicio do tratamento, sendo que os padres de
normalidade variam entre 5,5 e 8,5 x 106 /uL nmero de hemcias, estes mantidos em todos
os animais durante e ao trmino do tratamento, com uma mdia de 6,22x106 /uL e 6,50x106
/uL nmeros mdios de hemcias respectivamente. Nenhum animal apresentou falha na
filtrao glomerular e absoro renal, estando os valores individuais e mdios de ureia e
creatinina dentro da normalidade. Todos os animais apresentaram hiperproteinemia, por
hipergamaglobulinemia, provavelmente devido o TVT ser do tipo predominante plasmocitide,
estando albumina srica dentro dos padres de normalidade. Os resultados para as enzimas
hepticas fosfatase alcalina, ALT e Gama GT em seus valores mdios se encontraram dentro
dos padres de normalidade para todos os animais. O sulfato de vincristina o frmaco de
eleio para o tratamento do tumor venreo transmissvel, apresentando eficincia na
regresso da massa tumoral, desde que o tratamento seja realizado com o acompanhamento
dos perfis hematolgico e citolgico, para excluir a possibilidade de leso renal, heptica e
medular.
Resumo: A produo de equinos cresce ao longo dos anos no Brasil, realizando um caminho
oposto da criao de asininos e muares que demonstrou queda nos seus ndices de produo
de 2011 para 2012 e no existe avaliao desde 2013. Como consequncia ocorre uma
ausncia do controle populacional, o que facilita a disseminao de patologias, como por
exemplo, a anemia infecciosa equina (AIE). Causada por um lentivrus a AIE tratada como
uma das principais doenas infectocontagiosas da equideocultura. No existe relato de
tratamento com sucesso para a enfermidade, assim como no foram desenvolvidos protocolos
eficientes de vacinao, a legislao vigente recomenda a eutansia dos animais positivos. A
partir do contexto, o presente trabalho apresenta como objetivo realizar um estudo
soroepidemiolgico da situao da Anemia Infecciosa Equina nos asininos e muares no
municpio de Araci BA. Foram identificados 2997 asininos e 893 muares no municpio, a
estimativa para investigao baseada na prevalncia da enfermidade no estado que de 4%,
determinando um total de 173 amostras a serem coletadas. Foram realizadas visitas e
aplicao de questionrio epidemiolgico em 96 propriedades no municpio de Araci, no estado
da Bahia. As amostras de soro coletadas foram submetidas ao teste de imunodifuso em gel
de agarose (IDGA), no laboratrio de doenas infecciosas (LDI) do hospital universitrio de
medicina veterinria da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB). Das 173
amostras testadas, todas as amostras foram negativas ao teste. Entretanto, se destaca os
fatores de risco identificados na pesquisa, no qual 96% dos animais coletados vivem a pasto
livre, o que ocasiona maior facilidade de contaminao. Outros fatores de risco identificados
foram o uso coletivo de seringas e agulhas de aproximadamente 27%, a no realizao de
exame dos animais para controle e ou transporte de 95% dos animais coletados. A literatura
relata que nos municpios de Lage e Mutupe Bahia, foi submetido teste IDGA 205 amostras,
de equinos, asininos e muares, deste nove (4,39%) foram fraco positivas. Essas amostras
positivas foram todas de equinos, as de asininos e muares no apresentaram nenhuma reao
ao teste, sendo negativas. Achados como esses resultados so semelhante ao presente
trabalho que no foram encontradas amostras reagentes para asininos e muares. tambm
descrito que o perfil sorolgico e deteco do vrus em asininos e muares naturalmente
infectados, apresentam nveis de anticorpos inferiores aos eqinos, alm de nveis mais baixos
de vrus. Os resultados obtidos nesta pesquisa, considerando-se a anlise e interpretao dos
aspectos sorolgicos da AIE nos asininos e muares investigados, permitiram concluir que a
apesar de no ter sido identificado a ocorrncia de amostras positivas ao IDGA, foram
constatados inmeros fatores de risco para a enfermidade, a exemplo de utilizao de agulhas
de forma coletiva por muitas propriedades, ausncia de conhecimento sobre AIE demonstrando
que risco para disseminao da AIE esto presentes na cidade.
Resumo: A gua est envolvida em diversas atividades essenciais a vida, ela participa de
processos metablicos dos seres vivos, habitat natural para o desenvolvimento de animais e
plantas, alm de ter elevada importncia nos processamentos industriais e prticas agrcolas.
Sendo um elemento to valoroso faz-se necessrio o acompanhamento e manuteno da sua
qualidade. Com o monitoramento microbiolgico possvel detectar e contabilizar a
porcentagem de microrganismos patognicos e deteriorantes presente neste recurso. Este
estudo teve por objetivo verificar as condies microbiolgicas da gua disponvel ao consumo
dos ambientes de ensino (colgio/escola) do municpio de Cruz das Almas Bahia. As
amostras de gua foram coletadas em 25 instituies em dois perodos de tempo distintos
(perodo seco e perodo chuvoso), sendo coletadas amostras em quatro pontos: coleta de gua
na primeira torneira da rede de abastecimento ou da soluo alternativa coletiva de
abastecimento (1 ponto), reservatrio principal (2 ponto), gua da cozinha (3 ponto) e os
principais bebedouros (4 ponto), alm da coleta da informao sobre a fonte fornecedora
dessa gua. Em seguida foram transportadas para o Laboratrio de Parasitologia e
Microbiologia Animal, do Centro de Cincias Agrrias, Ambientais e Biolgicas (CCAAB), na
Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB), para serem processadas. As anlises
de coliformes totais e Escherichia coli foram realizadas pelo mtodo de substrato cromognico
(Colilert). Com a tcnica dos tubos mltiplos determinou-se o teor de contaminao por
Enterococcus. Enquanto que, para determinao de microrganismos mesfilos e Psicrotrficos
foi utilizado o mtodo de plaqueamento em profundidade (Pour plate), em meio de cultura Agar
contagem Padro (PCA). Obedecendo tempo e temperatura de cada microrganismo estudado.
Das 25 instituies de ensino participativas do estudo, 14 destas as amostras foram
provenientes de um sistema de abastecimento de gua, em 9 de uma soluo alternativa
coletiva e 2 envolve as duas formas de abastecimento. No perodo seco 64% das instituies
de ensinos foram positivas para coliformes fecais, no perodo chuvoso esse ndice se manteve
estvel. Enquanto que 88% das ambientes estudados no foi detectado presena de
Escherichia coli no perodo seco, no chuvoso ocorreu um leve aumento da deteco deste
microrganismo. 28% dos estabelecimento no perodo seco foi positivo para enterococcus, no
perodo chuvoso esse nmero subiu consideravelmente para 44%. Para microrganismos
Mesfilos no perodo seco o teor de contaminao foi superior ao perodo chuvoso, cerca de
88% e 84% respectivamente. Os microrganismos Psicrotrficos s foram encontrados valores
excedente a legislao em duas amostras. Com base nos dados obtidos podemos concluir que
nos dois perodos (seco e chuvoso) da coleta e independente das fontes de abastecimento, a
gua utilizadas na maioria dos ambientes de ensino do municpio de Cruz das Almas Ba,
apresentam condies higinicas insatisfatrias representando um problema sade pblica.
Resumo: O cido ascrbico (vitamina C), apesar de ser sintetizado por frangos de corte, tem
sido utilizado na suplementao de dietas desses animais com objetivo de diminuir os efeitos
negativos causados no organismo em condies de estresse durante o perodo de criao das
aves. O experimento foi conduzido no setor de Avicultura do CCAAB da Universidade Federal
do Recncavo da Bahia, teve por objetivo avaliar o efeito da suplementao de cido ascrbico
sobre o desempenho, caractersticas de carcaa e biometria de rgos de frangos de corte.
Utilizaramse 832 pintos de um dia de idade, machos da linhagem Cobb-500, alojados em um
galpo experimental dividido em 32 boxes. As aves foram alimentadas com rao base de
milho e soja e com suplementao de fitase, formulada para atendimento das exigncias
nutricionais nas diversas fases de criao. Foi adotado um delineamento inteiramente
casualizado com 4 tratamentos (0; 10; 20 e 40 mg/kg de cido ascrbico) e 8 repeties com
26 aves cada. Foram avaliadas as caractersticas de desempenho: ganho de peso, consumo
de rao e converso alimentar nas fases de 1 a 10, 1 a 22 e 1 a 39 e viabilidade ao final do
experimento. Foi realizada a mensurao de peso e biometria de rgos e anexos digestivos
(tamanho e peso de bursa, peso de bao, tamanho e peso de intestino delgado, peso do
corao, de pncreas e de fgado) aos 10 dias de idade de 1 ave por parcela totalizando 32
animais. Os valores dos parmetros avaliados (desempenho, caractersticas da carcaa e
biometria dos rgos) foram submetidos anlise estatstica conforme procedimentos do
pacote estatstico SISVAR (Sistema para Anlise de Varincia- segundo Ferreira 2000), para
interpretao dos resultados. Foi realizada anlise de regresso para nveis avaliados,
procedendo-se ajustes para equaes de 1 e 2 quando significativos os resultados.
Considerando o nvel de significncia P<0,05. Os resultados de desempenho (consumo de
rao e ganho de peso) dos frangos de corte durante a fase pr inicial (1 10 dias) no foram
influenciados (p<0,05) pelo aumento do nvel de cido ascrbico das raes. A suplementao
com cido ascrbico aumentou (P<0,05) a converso alimentar (CA) dos frangos durante a
fase pr-inicial e a CA e o ganho de peso das aves no final do perodo 1 a 22 dias de idade,
que variaram de forma quadrtico melhorando at o nvel de vitamina C estimado de 22 mg/kg,
em ambos os perodos de criao. As caractersticas de carcaa e a biometria dos rgos no
variaram de forma significativa (P>0,05) em funo do nvel de cido ascrbico. A
suplementao durante a fase pr-inicial com o nvel estimado de 22mg/kg de cido ascrbico
melhora a converso alimentar aos 10 dias e o ganho de peso e converso alimentar das aves
ao final do perodo de 1 a 21 dias de idade, embora no apresente efeito ao final do ciclo total
de criao dos frangos de corte. O rendimento de carcaa e cortes no influenciado pela
suplementao de vitamina C.
Resumo: O Brasil possui condies climticas ideais de calor e umidade que propiciam o
amplo crescimento do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus, favorecendo sua
permanncia nos sistemas de produo constituindo um grande entrave na pecuria.
Entretanto, em perodos de menores precipitaes pluviais a disponibilidade de carrapatos
tende diminuir na pastagem. Sobretudo, so grandes os prejuzos causados pelo parasitismo
deste carrapato pecuria brasileira. Considerando a insero da homeopatia como prtica
teraputica geral, sua finalidade eliminar os resduos de produtos qumicos, promovendo
sade aos animais e meio ambiente. Objetivou-se avaliar a eficincia do produto homeoptico
no controle de carrapatos em vacas leiteiras cruzadas (Bos taurus taurus e Bos taurus indicus),
durante 5 semanas. O experimento utilizou 20 vacas com distrubuio em grupos
homogneos, (Com infestao inicial similar), realizando em Delineamento Inteiramente
Casualizado (DIC), apresentando 5 repeties e 4 tratamentos. As contagens dos carrapatos
nos 20 animais ocorreram durante 3 dias consecutivos, em todos os 4 grupos, antes incio da
terapia homeoptica, quantificando o nmero de carrapatos fmeas (Teleginas) com
comprimento superior a 4mm, na metade do corpo do animal, multiplicando por 2, a fim de
obter distribuio da infestao no animal. Na obteno do produto, o preparado isoterpico foi
dinamizado a 12CH e 30CH em etanol a 90%, segundo o mtodo Centesimal Hahnemaniano
e seguindo recomendaes da Farmacopia Homeoptica Brasileira. Obtido o volume de 10 ml
dessas preparaes homeopticas, foram adicionados a 1kg de sacarose, sendo
homogeneizado, misturado no sal mineral na proporo de (1:30) kg e administrada de acordo
a forma de distribuio dos grupos estabelecidos: Grupo 1 fornecido 7 dias/semana, Grupo 2
fornecido 5 dias/semana, Grupo 3 fornecido 3 dias/semana e Grupo 4 controle. Aps o
incio do experimento, foram efetuadas contagens semanais (7, 14, 21 e 28 dia). Foram
realizadas anlises descritivas, com o intuito de identificar a frequncia de aplicao do produto
e anlise de varincia (ANOVA) seguida do teste de Tukey para identificar diferenas entre os
tratamentos. Os valores mdios e os desvios-padro de infestao em bovinos submetido aos
testes so: 148.55122.10 (Trat.1), 137.30 (Trat.2), 169.65149.35 (Trat.3) e
231.350172.63(Trat.4). Os valores mdios e os desvios-padro dos quatro perodos de coleta
so: 191.65147.43(t.1), 187.400155.03(t.2), 188.500153.11(t.3) e 119.3098.30(t.4). No
houve diferena significativa (P>0,05) entre os efeitos de tratamento, tempo e da interao
tempo*tratamento para a contagem de carrapatos. Os resultados apontaram que o preparado
homeoptico no controlou os parasitos nos 4 grupos de fmeas avaliadas.
Resumo: Entre os fatores que influenciam na qualidade de mudas pode-se citar a escolha
correta do volume do recipiente a ser utilizado na sua produo. Deste modo, o presente
trabalho teve como objetivo avaliar a influncia de diferentes volumes de tubetes na produo
de Myracrodruon urundeuva Allemo. Para isso foi instalado um experimento no viveiro
localizado na Universidade Federal do Recncavo da Bahia, Cruz das Almas, Bahia.O
experimento foi instalado em Delineamento Casualizado, trs volumes de tubetes (55, 180 e
280 cm), trs repeties e 80 mudas por repetio.Os tubetes foram dispostos em badejas de
63 clulas com 50% de ocupao. A semeadura foi realizada de forma manual (duas sementes
por tubete) e aps a germinao foi deixada apenas uma, a mais centralizada e melhor
desenvolvida. As variveis analisadas foram altura e dimetro aos 30, 45, 60,75, 90 e 105 dias
aps o semeio. Aos 105 dias aps o semeio foram obtidas rea foliar, nmero de folhas, massa
seca da parte area e massa seca do sistema radicular. Os dados foram submetidos anlise
de varincia e as mdias foram comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade e para a
avaliao ao longo do tempo empregou-se a anlise de regresso sequencial. As mudas
produzidas no tubete de menor volume (55 cm) apresentaram menor desempenho durante o
ciclo de produo avaliada, em que aos 105 dias atingiram altura de 8 cm de altura no sendo
considerada uma muda de qualidade, como relatado por vrios autores. J as mudas
provenientes dos recipientes de 180 cm apresentaram desempenho um pouco melhor
atingindo em mdia altura de 15 cm aos 105 dias. No entanto, quando se observa as mudas
conduzidas no recipiente de maior volume (280 cm), essa altura foi atingida aos 60 dias aps
o semeio, sendo um bom indicativo de que mudas conduzidas em recipientes de maior volume,
alm de apresentar melhor qualidade podem ter o seu ciclo de produo reduzido, ou seja, o
seu tempo de permanncia no viveiro pode ser diminudo. Para o dimetro do colo, entre os
trs utilizados somente o tubete com o volume de 280 cm atingiu um dimetro mnimo
desejado de 2,5 mm a partir dos 80 dias aps semeio. J o volume de 55 cm mesmo aos 105
dias no atingiu 2 mm. Em relao a variveis de rea Foliar, Nmero de Folhas, Massa Seca
da Raiz e Massa Seca da Parte rea as mudas de Myracroduon urundeuva no tubete de 280
cm atingiram um maior valor aos 105 dias. Mesmo o nmero de folhas no ocorrendo
diferena estatstica, o que tambm no ocorreu diferena para rea foliar e massa seca de
raiz entre os volumes de 55 e 180 cm . Deste modo, recomenda-se o uso do tubetes de 280
cm para produo de mudas de Myracroduon urundeuva, uma vez que este proporcionou
valores em altura, dimetro, rea foliar, nmero de folhas, massa seca de raiz e massa seca da
parte rea dessas mudas.
Resumo: RESUMO: Diferentes atributos fsicos tm sido utilizados para avaliar a qualidade do
solo; dentre eles, a resistncia tnsil um indicador da qualidade estrutural e fsica de um solo.
O objetivo deste estudo foi avaliar a magnitude e a variabilidade da resistncia tnsil em
relao coeso do solo e verificar a pertinncia em utilizar esse atributo resistncia tnsil
como indicador da presena de coeso no solo. O projeto est sendo desenvolvido no
Laboratrio de Fsica do solo da Universidade Federal do Recncavo da Bahia, em Cruz das
Almas-BA. Nesta fase do trabalho foram coletados 10 blocos de solo em cada um dos
horizontes AB, BA, Bt1 e Bt2 com auxlio de uma p reta, em um Argissolo Acinzentado de
Tabuleiro Costeiro localizado em Rio Real-BA. Em laboratrio os blocos de solo foram
manualmente fragmentados em seus agregados naturais, tomando-se o cuidado de se
estabelecer a fora mnima necessria para que eles se fragmentem em seus planos de
fraqueza naturais. Os agregados foram secos ao ar por 36 horas e posteriormente colocados
em estufa a uma temperatura de 60 oC por 24 horas, para secagem final e homogeneizao da
umidade. Aps isso eles foram classificados com auxlio de peneiras metlicas de 19,0 e 12,5
mm de abertura de malha, com dimetro mdio de 15,75 mm. Para as medidas de resistncia
tnsil foram utilizados 20 agregados de cada bloco de solo, totalizando 200 agregados por
horizonte. Foram pesados em balana analtica e submetidos ao teste de tenso em
penetrmetro digital de bancada, acoplado com dispositivo prprio. Aps a determinao da
resistncia tnsil (RT) nos 200 agregados por horizonte, calculou-se a mdia da RT em cada
horizonte. Os valores de RT dos horizontes AB, BA e Bt1 foram prximos e assemelhando-se
com os de solos "hardsetting" (solos australianos com comportamento semelhante ao dos solos
coesos), onde foram registrados valores de RT prximos de 200 kPa. J a RT do horizonte Bt2
apresentou 37,5 kPa de RT, corroborando com trabalho avaliando o comportamento fsico de
solos coesos no Estado da Bahia, que obteve valores de RT prximos a 37 kPa. Esse
comportamento pode ser explicado pelo fato de os horizontes AB, BA e Bt1 serem classificados
morfologicamente como duro, muito duro e duro, respectivamente, refletindo diretamente no
aumento da resistncia tnsil dos agregados. Quanto ao horizonte Bt2, o valor reduzido
apresentado por ser devido consistncia ligeiramente dura e grande parte do seu horizonte
no apresentar o carter coeso em magnitude semelhante ao dos horizontes AB, BA e Bt1. O
presente trabalho apresentou resultados significativos para a continuidade do projeto e auxiliar,
assim, o estudo da RT e, futuramente, contribuir para relacionar esse atributo com o carter
coeso dos solos de Tabuleiros Costeiros do Estado da Bahia.
Resumo: P. cauliflorum uma espcie arbrea da famlia Myrtaceae, com ocorrncia nas
florestas ombrfilas no domnio da Mata Atlntica e no Nordeste (Bahia). Este trabalho tem por
objetivo determinar as melhores condies de temperatura e fotoperodo para realizao de
testes de germinao de sementes de P. cauliflorum. O experimento foi realizado no laboratrio
de Dendrologia e Ecologia Florestal da Universidade Federal do Recncavo da Bahia, no
campus de Cruz das Almas-Ba. Foram utilizadas sementes provenientes de frutos de P.
cauliflorum coletados na APA da Pedra do Cavalo em setembro de 2015. Foram realizados
dois experimentos em Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC). Para o experimento de
temperatura foram aplicados trs tratamentos (25C, 30C e temperatura alternada 25-30 C),
com quatro repeties compostas por 25 sementes cada. Para o experimento de fotoperodo
os tratamentos foram: ausncia de luz, fotoperodo de 12h de luz e fotoperodo de 8h. Para o
teste de germinao foram utilizados rolos de papel germitest, umedecidos com gua
colocados em germinadores tipo Biochemical Oxigen Demand (B.O.D.), enquanto que para o
tratamento de ausncia de luz os rolos aps colocados em sacos plsticos transparentes,
foram individualmente colocados em envelopes construdos com papel carto da cor preta,
sendo os envelopes lacrados, impedindo assim a incidncia de luz nas sementes. Foram
realizadas observaes dirias e a primeira contagem de plntulas normais ocorreu aos 42
dias aps o incio do experimento. As variveis avaliadas foram: percentual de plntulas
normais na primeira contagem, peso seco mdio de plntulas normais, comprimento mdio
parte area e sistema radicular em funo o nmero total de sementes. Para fotoperodo, das
contagens dirias de plntulas germinadas, aps 70 dias, determinaram-se ndice de
velocidade de emergncia (IVE) e tempo mdio de emergncia. Para o tratamento ausncia de
luz mensurou-se apenas o percentual de plntulas normais, pois os envelopes foram mantidos
fechados durante a conduo do experimento. Foi realizada anlise de varincia e teste de
mdias de Scott-Knott e Duncan, utilizando o Programa R version 3.1.3. Concluiu-se que o
percentual de germinao de plntulas normais influenciado pelo regime de luz (P<0,055) e
que a ausncia de luz no favorece a germinao, embora no impea as sementes de P.
cauliflorum germinarem. A percentagem de germinao foi favorecida na temperatura alternada
de 25-30oC. Recomenda-se, para testes de germinao de P. cauliflorum, temperatura
alternada de 25-30 C e fotoperodo de 8 horas de luz.
Resumo: A crescente expanso da piscicultura nacional tem levado a uma demanda cada vez
maior pelas formas juvenis de peixes, entretanto, a larvicultura de espcies de peixes nativos
ainda o ponto crtico da cadeia produtiva, onde a alimentao e nutrio tm sido apontadas
como os principais fatores responsveis pelos frequentes insucessos na fase de larvicultura.
Entre as espcies nativas com potencial para o cultivo, o tambaqui, Colossoma macropomum
(Cuvier - 1818), se destaca por apresentar excelente desempenho zootcnico. O estudo
objetivou avaliar, a nvel experimental, a influncia do alimento natural (plncton) e sua
combinao com dietas artificiais (rao) sobre o desenvolvimento e sobrevivncia de ps-
larvas de tambaqui. O experimento foi conduzido em sala climatizada a 29 C e foto perodo de
12 horas. Foram utilizados 12 aqurios com capacidade para 12,8 L, em um sistema individual
de aerao constante, povoados com duas larvas por litro com 72 horas de vida (peso inicial:
1,4 mg e comprimento inicial: 5,45 mm) durante os primeiros 28 dias de alimentao exgena.
As larvas foram distribudas em um Delineamento Inteiramente Casualizado, com trs
tratamentos e quatro repeties, sendo os tratamentos constitudos por trs diferentes
estratgias de alimentao: TR: rao comercial farelada contendo 50% de protena bruta,
TR24%: plncton silvestre e rao farelada contendo 24% de protena bruta e TR50% plncton
silvestre e rao farelada contendo 50% de protena bruta. Aps o trmino do perodo
experimental, as ps-larvas foram colocadas em gua gelada (2C), para provocar a morte
instantnea e foram fixados em lcool 70%. Foi realizada a medio do comprimento total e
pesagem (peso mido). A partir dos dados biomtricos foram calculados a sobrevivncia
mdia, peso mdio final, ganho de peso mdio, taxa de ganho de peso, comprimento mdio
final, crescimento mdio e taxa de crescimento. Os dados foram submetidos a anlises de
varincia e ao teste de Tukey, considerando o nvel de significncia de 5% (p≤ 0,05).
No houve diferena estatstica entre os parmetros zootcnicos dos tratamentos TR24% e
TR50%, entretanto, a taxa de sobrevivncia do tratamento TR24% foi maior (78%). Todos os
indivduos do tratamento com alimentao artificial (TR) morreram na segunda semana do
experimento. Foi verificado que as ps-larvas de tambaqui no se desenvolveram bem nas
primeiras semanas de vida somente com dietas artificiais, o que permite evitar o desperdcio de
rao e a consequente degradao da qualidade da gua de cultivo, que reduziu as taxas de
sobrevivncia do tratamento TR50%. No presente estudo a disponibilidade de alimento natural
influenciou favoravelmente o desenvolvimento e a sobrevivncia das ps-larvas de tambaqui.
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da gua em dois audes
localizados na cidade de Cruz das Almas-Ba, alm de contribuir com informaes sobre a
qualidade da gua. Foram amostrados quatro pontos superficiais, sendo um ponto no primeiro
aude e trs pontos no segundo aude. O relatrio compreende 12 meses entre 01/08/2015 a
31/07/2016, porm as coletas foram realizadas no perodo de maro de 2015 a fevereiro de
2016, onde foram coletados dados fsico-qumicos (oxignio dissolvido, pH, transparncia da
gua, turbidez, slidos dissolvidos, temperatura e alcalinidade) com uma sonda
multiparmetros Oriba e transparncia com um disco de Secchi. No campo a gua foi coletada
a 30 cm da superfcie nos audes e, em laboratrio, parte da amostra foi filtrada em filtros
Whatman GF/C. Os filtros foram preservados resfriados para posterior anlise de clorofila-a e
nutrientes. Foram realizadas anlises de amnia, nitrito, fsforo total e clorofila-a. Foi realizada
uma coleta complementar para verificar a ocorrncia de coliformes termotolerantes,
considerados responsveis pela contaminao e enriquecimento dos corpos hdricos. Quanto
s variveis fsico-qumicas o pH do segundo aude apresentou a maior mdia (7,13), sendo a
menor no primeiro aude (6,12). O oxignio dissolvido apresentou valores mnimos nos pontos
1 e 2 do segundo aude (0,41mg/l), sendo o limite estabelecido pelo CONAMA n 357/05 de
4mg/l. O primeiro aude apresentou condutividade eltrica mdia menor (0,86 mS/cm) do que
o segundo aude (1,17mS/cm). Os slidos dissolvidos apresentaram valores mnimo e mximo
de 0,254mg/l e 0,915, respectivamente, sendo a concentrao mdia 0,53 mg/l. A turbidez
mdia do aude 1 foi 59,36 NTU indicando um valor abaixo do limite do CONAMA (100NTU). A
alcalinidade mdia foi 51,0 mg/l e a transparncia da gua no ponto 1 foi 35,5cm. A maior
concentrao de amnia foi 48,8 g/L-1 no ponto 1 do segundo aude correspondente a
entrada, sendo esse valor maior do que o ponto de sada (28,8 g/L-1) e, nos outros pontos
(aude 1 e ponto 3 do aude 1) as concentraes foram menores (15,02 g/L-1 e 23,6 g/L-1).
Para o nitrito a menor concentrao mdia foi no primeiro aude (0,57 g/L-1). No aude 1 a
maior concentrao mdia de nitrito foi no ponto 1 (3,26 g/L-1). Quanto ao fsforo, a maior
concentrao mdia foi no ponto 1 do segundo aude (143,7 g/L-1). Os dois audes
apresentaram uma baixa produtividade com relao s concentraes mnimas de clorofila (0,0
g/L-1 ). A legislao estabelece o valor de referncia de 200NMP/100 mL para guas
destinadas a irrigao. Quanto a ocorrncia de coliformes termotolerantes, a concentrao
variou de 0,18NMP/100ml (pontos 2 e 3 do segundo aude) a 0,2NMP/100ml (pontos 1), sendo
abaixo do limite estabelecido (200NMP/200ml). Os nveis crticos de oxignio dissolvido e
indcios de contaminao fecal por coliformes termotolerantes nos dois audes representam
fatores de risco, podendo ser prejudicial para a fauna aqutica dos audes e ocasionar
transmisso de doenas populao do entorno. Desta maneira, se recomenda um
monitoramento em longo prazo para melhor conhecimento dos ambientes estudados e
recomendao do uso pela comunidade no entrono.
Palavras-chave: meliponrio,microplaca,uruu
Resumo: A espcie Moringa oleifera Lam., pertencente famlia das Moringaceae nativa da
ndia e amplamente cultivada nos trpicos de todo o mundo. Popularmente conhecida como
moringa, uma planta rstica, de rpido crescimento, resistente seca e um alto valor
nutricional. Estudos vm sendo desenvolvidos na utilizao da moringa como componente da
dieta animal na forma de silagem e feno ou in natura. Trata-se de uma alternativa alimentar
promissora em regies semiridas principalmente devido limitao de matria seca
disponvel na forma de forragens. Desta forma objetivou-se avaliar a emergncia e
desenvolvimento de plntulas de Moringa oleifera Lam. submetidas a diferentes formas de
plantio e espaamento. O experimento foi conduzido na rea didtica - experimental de
Agroecologia da UFRB, campus de Cruz das Almas BA. Foi construdo um viveiro de
madeira, cobrindo um leito de germinao escavado de 2m de largura; 4 m de comprimento e
0,6 m de profundidade, perfazendo um volume de 4,8 m3. O fundo do leito foi isolado com lona
de polietileno para evitar lixiviao de compostos solveis, munida de drenos estrategicamente
alocados para evitar o acmulo de lquido que poderia acarretar no apodrecimento das razes.
A rea do leito (8m2) foi dividida em 08 blocos com 1m2 onde foram dispostas as sementes. O
plantio foi feito em duas formas: diretamente sobre o leito ou dentro de saquinhos de polietileno
preto com capacidade de 10cm3. Foram observados dois diferentes espaamentos entre
plantas: 10 e 15 cm. O substrato, tanto do leito quanto preenchendo os saquinhos foi composto
por partes iguais de solo, esterco bovino e areia lavada (1:1:1).O delineamento utilizado foi o
de blocos causalizados considerando um arranjo fatorial 2 x 2, sendo os efeitos de dois
suportes e dois espaamentos. Os fatores testados foram sorteados entre os blocos. Para
estimativas dos efeitos para os fatores analisados foram utilizados Modelos Lineares
Generalizados para uma distribuio gama modelados de acordo com uma funo de ligao
log. Os testes de mdia foram feitos utilizando-se o ajuste de Bonferroni. Pde-se observar que
a altura das plntulas, bem como o dimetro, diferiram (p<0,05) em funo do suporte,
demonstrando que o crescimento em suporte solo foi superior ao suporte saco, possivelmente
devido rea disponvel para desenvolvimento radicular ser maior no primeiro. Com relao ao
ndice de velocidade de emergncia, a semeadura no suporte saco e na densidade de 20
plantas por m alcanou os melhores resultados, possivelmente porque a umidade para
germinao foi mantida por um perodo maior quando comparadas s sementes implantadas
em solo. Na interao entre suporte e densidade o suporte saco na densidade de 32 plantas/m
proporcionou IVE maior (p<0,05), pois em reas menores diminuem a exposio do solo
possibilitando uma menor evaporao da gua, com isso a taxa de sobrevivncia das plantas
foi influenciada pela densidade. As plantas na densidade 20 plantas/m tiveram maior (p<0,05)
taxa de sobrevivncia tanto em suporte solo quanto em saco, j que no h competio por
espao e luz solar, proporcionando melhor desenvolvimento da parte area.
Resumo: A mandioca (Manihot esculenta Crantz) apresenta-se como uma alternativa para
alimentao animal devido a sua disponibilidade em perodos secos do ano e por conter um
alto teor de protenas e carboidratos no fibrosos, porm so necessrios estudos de
variedades de mandioca para seleo das mais adaptadas e portadoras de atributos
nutricionais desejveis. Objetivou-se determinar a composio qumico-bromatolgica da parte
area de diferentes variedades de mandioca colhidas aos nove meses de idade. A parte da
planta utilizada para as anlises foi o tero superior da rama de mandioca fresca. As
variedades utilizadas foram: Kiriris, Mani Branca, Tapioqueira e Verdinha. O experimento foi
conduzido na Universidade Federal do Recncavo da Bahia - UFRB campus de Cruz das
Almas e as amostras foram fornecidas pela EMBRAPA Mandioca e Fruticultura. Utilizou-se o
delineamento em blocos casualizados, com quatro blocos e quatro tratamentos. As anlises
bromatolgicas foram realizadas no Laboratrio de Anlises de Alimentos e Bromatologia da
UFRB. Para tratamento estatstico realizou-se anlise de varincia 5%, seguido de teste de
Tukey, com a utilizaodo programa estatstico R. As variedades no apresentaram diferena
significativa (P>0,05) para as variveis matria seca, matria mineral e protena bruta, com
mdias gerais de 24,17%, 7,84% e 23,32%, respectivamente. Para a varivel fibra em
detergente neutro, observou-se diferena significativa (P<0,05) no qual a variedade Kiriris
apresentou maior mdia (64,88%) em comparao variedade Verdinha (53,85%), sendo que
as demais variedades no diferiram entre si. A variedade Verdinha (36,28%) diferiu (P<0,05) da
variedade Tapioqueira (45,30%), para a varivel fibra em detergente cido, sendo que as
demais variedades no diferiram entre si. Para a varivel lignina, a variedade Tapioqueira
(24,09%) diferiu (P<0,05) das variedades Mani Branca (19%) e Verdinha (15,80%) e a
variedade Mani Branca foi semelhante s variedades Kiriris (22,63%) e Verdinha (15,80%).
No houve diferena significativa entre as variedades (P>0,05) quando comparadas os teores
de celulose e hemicelulose, com mdias de 20,56% e 17,83%, respectivamente. Os resultados
mostraram que dentre as variedades de mandioca analisadas, as mais indicadas, aos nove
meses de idade, para a alimentao animal so Verdinha e Mani Branca, pois estas
apresentaram menor teor de lignina e menor frao fibrosa em relao s demais variedades.
Resumo: O Agave sisalana (sisal) uma planta caracterstica do semirido brasileiro sendo a
Bahia um dos maiores produtores de sisal e tambm uma das regies do nordeste que sofre
com a estacionalidade forrageira devido s caractersticas climticas e a falta de informaes
sobre mtodos de armazenamento das forragens. Em razo de o Agave sisalana ser uma
planta extremamente adaptada e produtiva na regio, no qual passa por um processo de
desfibramento, para confeces de cordas, fibras, tapetes e etc. neste processo de
desfibramento que se obtm o resduo chamado de mucilagem, j o coproduto um material
oriundo da varredura de galpes de armazenamento e processamento da fibra. A mucilagem
de sisal apresenta alto teor de lignina e baixo teor de protena bruta, logo tem baixo valor
nutricional, por isso a necessidade de utilizao de insumos que possam aumentar o valor
nutricional. Foram avaliadas as caractersticas qumico-bromatolgicas da silagem com
coproduto do desfibramento do sisal com diferentes nveis de adio do coproduto: 0%, 5%,
10%, 15% e 20%, com base na matria natural. Para a produo da silagem aditivada com o
coproduto, coletou a campo a mucilagem de sisal, um dia aps o processo de desfibramento,
colhido e peneirado em uma peneira rotativa.O coproduto foi coletado aps a varredura dos
galpes de beneficiamento do sisal. A mucilagem foi espalhada sobre uma lona preta, sendo
exposta ao sol por perodo de 24 horas, para diminuir o teor de umidade. Na ensilagem foram
confeccionados 25 mini-silos experimentais de tubo de PVC, vedados com tampa de PVC nas
duas extremidades com uma vlvula de escape. O aditivo (coproduto) foi pesado e misturado
mucilagem de sisal e, em seguida, procedeu-se homogeneizao para cada nvel de adio
(tratamento). Ao final do perodo de incubao de 30 dias, os silos foram abertos. O
delineamento experimental foi feito com cinco tratamentos e cinco repeties, totalizando 25
unidades experimentais. Observou-se que a adio do coproduto na mucilagem de sisal
provocou um aumento linear nos teores de MS (matria seca), FDN (fibra em detergente
neutro) e FDA (fibra em detergente cido) e uma reduo linear nos teores de PB (protena
bruta) e EE (estrato etreo). Observou-se que com bases nas analises qumico-
bromatologicas, no houve melhoras nutricionais no material ensilado, pois aumentou
constituio de fibra da dieta que est totalmente ligado a digestibilidade, devido sua parede
celular, logo diminui a taxa de ingesto de alimentar. Porm houve benefcios na conservao
visto que aumentou os teores de MS.
Palavras-chave: Alantona,Nitrognio,Ovino
Palavras-chave: Agroflorestal,Qualidade,Urochloa
Resumo: A disciplina de zoologia estuda os conceitos de forma e funo dos animais, suas
interaes com outras espcies e relaes com o meio ambiente. Com esta definio, to
ampla, a zoologia estuda no apenas morfologia e sistemtica, mas tambm a ecologia dos
animais. Porm, uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos professores da disciplina est
em apresentar os contedos trabalhados de modo atraente para os alunos, e isso nem sempre
uma tarefa simples. Uma das formas de se conseguir que a motivao discente se volte para
o professor atravs da elaborao e construo de materiais auxiliares para o ensino, como
colees didticas, vdeos e filmes, etc., visando despertar o interesse dos alunos e chamar
sua ateno para o assunto trabalhado. A elaborao de materiais de apoio para o ensino de
zoologia utiliza tcnicas para ilustrar os conhecimentos passados durante as aulas. Um projeto
assim foi pensado para aperfeioar a qualidade da coleo zoolgica, a qual facilita o processo
de aprendizagem dos estudantes das reas das cincias biolgicas e ambientais, se
mostrando uma importante atividade para melhor aquisio de conhecimento extramuros da
universidade, tendo em vista que o conhecimento adquirido em sala de aula no permanece
restrito a ela. E isto foi comprovado atravs do projeto anterior, que seguiu esta mesma
temtica de ensino-aprendizado. Nesse sentido, o projeto segue com a meta de proporcionar a
continuidade ao aprimoramento e manuteno da coleo existente na UFRB que necessita de
ateno constante, visando oferecer animais taxidermizados, esqueletos e animais
conservados em via mida, para o ensino das disciplinas de zoologia, alm de organizar uma
pequena exposio como componente de atividades de educao ambiental para estudantes
da referida instituio e demais interessados nos conhecimentos sobre a fauna brasileira. As
carcaas so preparadas atravs das tcnicas de fixao de animais em via seca (taxidermia),
em via mida e montagem de ossos de exemplares doados pelo Centro de Triagem de Animais
Silvestres (CETAS), do IBAMA, e confeco dos cenrios para exposio. Desta forma,
pretende-se contribuir com informaes sobre a fauna silvestre e oferecer, atravs da
exposio, um atrativo de lazer e trocas de conhecimento sobre a nossa fauna.
Palavras-chaves: Composteira,substrato,resduos
Resumo: A Mata Atlntica est sofrendo com a perda de habitat resultante da ocupao
humana e de invases biolgicas. Trata-se de um bioma com alto grau de endemismo que est
em emergncia de conservao, e que apresenta grandes dificuldades quanto ao
estabelecimento de reas de prioritria para a conservao. Portanto, o presente estudo
props realizar uma anlise de complementaridade, tendo como alvo de conservao os
modelos de nicho ecolgico, de dez espcies de plantas endmicas Mata Atlntica, dentro do
cenrio atual e sob mudanas climticas, bem como sob restrio pelas ameaas de ocupao
humana e invaso biolgica da jaqueira Artocarpus heterophyllus Lam. (Moracea), a fim de
elucidar reas insubstituveis para a conservao das mesmas. A partir dos dados obtidos dos
onze modelos de nicho ecolgico gerado na plataforma computacional Bioensembles, onde
foram sobrepostos sobre uma grid regular de 6.818 clulas com 0,5 de resoluo espacial da
regio Neotropical, dados de ocorrncia das espcies abordadas no estudo e variveis
ambientais que possuem influncia na rea, foram identificadas as reas insubstituveis para
conservao. A insubstituibilidade foi determinada por meio do algoritmo Simulated Annealing,
implementado no software SITES v.1.0 que teve como alvo de conservao 25% do valor de
extenso de ocorrncia das espcies, convertido do resultado dos modelos de nicho ecolgico.
O algoritmo foi programado para realizar 106 iteraes (tentativa e erro) e 100 rodagens dos
dados provenientes dos modelos de nicho ecolgico (i.e., tempo presente e tempo futuro).
Foram adicionados aos arquivos de entrada, como fatores restritivos para rodagem do
algoritmo, dados resultantes do modelo de nicho ecolgico da jaqueira Artocarpus
heterophyllus Lam. (Moracea), para a regio neotropical no tempo presente, considerando que
a espcie extica, por ocupar o mesmo nicho, exclui as espcies endmicas. Bem como, foram
utilizados dados da ocupao humana disponveis no site Anthromes 2
(http://ecotope.org/anthromes/v2/), como fatores restritivos, considerando que a seleo de
uma rea de ocupao humana aumenta o custo de implantao de reserva na rea
prioritria. Os nveis de insubstituibilidade foram mapeadas para os quatro cenrios propostos.
As reas com os maiores nveis de insubstituibilidade atuais e futuras ocorreram na costa
atlntica brasileira (i.e., regio nordeste sul), conforme ocorrncia atual. Contudo, sob-
restrio de invaso biolgica e ocupao humana, as poucas reas insubstituveis se
encontram em atual domnio do bioma Cerrado, dificultando a conservao dessas espcies
que naturalmente no ocorrem nesta regio, e demonstrando que as reas atuais de
ocorrncia exibiram os menores nveis de insubstituibilidade, o que comprova o impacto desses
dois fatores na conservao dessas espcies. Alm disso, sob mudanas climticas, trs
espcies iro desaparecer, dado este de extrema importncia para medidas urgentes de
conservao de componentes da biodiversidade desse bioma. Portanto, faz-se necessrio a
implementao de estratgias baseadas no planejamento sistemtico da conservao para
implementao de reservas eficientes para conservao dessas espcies, e, por
consequncia, do bioma Mata Atlntica, que ainda se encontra sob alto nvel de ameaa.
Resumo: A Mata Atlntica possui no s uma grande importncia ecolgica como tambm tem
importncia econmica, sendo fonte de recursos alimentares e farmacuticos. O Guig de
Coimbra filho (Callicebus coimbrai), alvo de estudo desse trabalho, possui uma distribuio
restrita, podendo ser encontrado na Mata Atlntica dos estados de Sergipe e Bahia, prximo ao
litoral. Os objetivos desse trabalho foram compilar as informaes cientficas sobre a espcie
na literatura, descrever a sua distribuio e relacion-la com o tipo de vegetao presente nos
locais onde foram registrados, revelando reas em potencial para preservao da espcie.
Para tal, foram realizadas buscas no SciELO e na principal base de dados do Web of Science,
utilizando como palavra chave Callicebus coimbrai. Foi realizada leitura dos trabalhos e
utilizados apenas aqueles que dispunham de informaes sobre a ocorrncia e a rea de
estudo onde foi realizado o trabalho. Por fim foi gerado o mapa de ocorrncia utilizando o
programa DIVA-GIS e acrescentado um arquivo digitalizado com os remanescente de
vegetao da Mata Atlntica. Como resultado foi observado a existncia de sete tipos de
vegetao na Mata Atlntica, no entorno de onde a espcie ocorre, aparecendo nas reas de
Floresta Ombrfila Densa, Floresta Estacional Semidecidual, rea de Formaes Pioneiras e
Refgios Vegetacionais, apresentando sua maior distribuio na Floresta Ombrfila Densa. No
mapa podem ser observadas regies onde foi registrada a presena do C. coimbrai, mas que
no aparenta estar numa rea de vegetao, isso ocorreu devido ao fato de que o mapa
apresenta apenas vegetao da Mata Atlntica e no da Caatinga ou que durante a seleo
das reas com vegetao natural so descartadas reas consideradas muito pequenas, sendo
esse um critrio utilizado pelo programa. Das Unidades de Conservao presentes nos estados
da Bahia e Sergipe, a espcie alvo deste trabalho esta presente em duas reservas. O Refugio
da Vida Silvestre Mata de Junco em Sergipe criada em 2007, um dos objetivos era justamente
proteger a espcie. E a Estao Ecolgica do Raso da Catarina na Bahia criada em 2001, com
o objetivo de preservar a natureza e a realizao de pesquisas. Na pratica, o conhecimento
sobre a distribuio de uma espcie, assim como da vegetao regional e seu estado de
conservao podem ser utilizados para determinar os locais mais adequados para se criar uma
Unidade de Conservao, como estratgia para minimizar os impactos atuais sobre a
biodiversidade ameaada.
Resumo: A nanotecnologia considerada a tecnologia mais promissora dos dias atuais e uma
ampla classe de contaminantes, as nanopartculas, esto cada vez mais comuns nos
ambientes naturais. O dixido de titnio tem sido utilizado em larga escala nas
indústrias de cosmticos, filtros-solares, aditivos para combustível, tintas, e
corantes alimentícios. Porm, pouco se sabe do potencial impacto ao ambiente e aos
seres vivos da exposio a esses compostos. Os biomarcadores de peixes so excelentes
ferramentas para monitorar a sade do ecossistema aqutico e tem sido includo em vrios
programas modernos de monitoramento ambiental. Assim, os bioindicadores podem ser
usados para identificar sinais iniciais de danos aos peixes e sugerir as relaes entre a
exposio aos contaminantes efeitos observados. Esse estudo teve como objetivo validar a
metodologia para realizao de testes nanoecotoxicolgicos e identificar os possveis efeitos
txicos de nanopartculas de dixido de titnio (TiO2) em tilpias (Oreochromis niloticus
Linnaeus, 1758), e avaliar possveis danos oxidativos, atravs da atividade da Glutationa-S-
transferase (GST) e Catalase (CAT). Para tanto, 32 peixes tilpias com o tamanho mdio de
16,560,63 foram contaminados atravs de injeo intraperitoneal com diferentes
concentraes (5, 50 e 500 ng.g-1 de TiO2) de soluo de nanopartcula de dixido de titnio
durante 72 horas. Aps a exposio os animais foram anestesiados, eutanasiados. O fgado foi
retirado para a determinao da atividade enzimtica e quantificao das protenas totais. Para
a enzima Glutationa-S-transferase as duas maiores concentraes (50 e 500 ng.g-1 )
apresentaram um aumento da atividade quando comparado com o grupo controle, sendo a
maior concentrao a maior atividade enzimtica. Para a enzima Catalase os grupos que
receberam a injeo intraperitoneal com soluo de nanopartcula de dixido de titnio
obtiveram atividade menor que o grupo controle, sendo observada nos peixes que receberam a
concentrao de 50ng/g a menor atividade. Mesmo sem a realizao de testes estatsticos
devido a quantidade de peixes amostrados, possvel inferir que existe uma variao na
atividade das enzimas Catalase e Glutationa-S-transferase quando expostas a diferentes
concentraes de nanopartculas de TiO2. A metodologia testada nesse trabalho foi
considerada adequada, pois respeita os critrios propostos para testes ecotoxicolgicos, e
demonstrou eficcia nos resultados obtidos.
Resumo: Santo Amaro uma cidade do Recncavo Baiano, que foi palco de intensa atividade
de extrao de chumbo entre os anos de 1960 a 1993, produzindo toneladas de chumbo por
ano. Entendendo a histria de Santo Amaro, no se pode deixar de falar do grande impacto
ambiental que acometeu a cidade no ltimo sculo e isso interessante porque traz reflexos ao
ambiente e a sade da populao at os dias de hoje. Nesse contexto, o presente trabalho
objetivou analisar as possveis alteraes histolgicas de rgos, como fgado e brnquias e do
tecido muscular, em espcimes de peixes consumidos pela populao de Santo Amaro
(Bahia). Sabe-se que esses rgos e o tecido analisados esto envolvidos no metabolismo
dessas espcimes e podem acumular agentes txicos, como metais pesados (cdmio e
chumbo), que podem provocar alteraes celulares. Primeiramente realizou-se um
levantamento dos alimentos de origem animal e vegetal produzidos em Santo Amaro e
posteriormente a identificao dos alimentos de maior consumo. E nesse contexto destaca-se
o peixe, como o segundo alimento de origem animal mais consumido pela populao, com
percentual de 37,9%. Para as anlises histolgicas de amostras de origem animal (peixes),
foram utilizados 20 amostras de peixes, da espcie Bagre marinus provenientes do entorno de
Santo Amaro, coletados por pescadores (com o auxlio de redes), em cinco pontos de
amostragem . Aps coleta dos animais os tecidos foram dissecados, fixados em soluo de
formol aquoso (10%) por 12 horas, desidratados em bateria de etanol (em gua, v/v),
diafanizados em xilol e includos em parafina lquida a 60C. Os cortes histolgicos (5-
7m) foram corados em hematoxilina e eosina (HE). Analisou-se msculo, figado e
brnquias e os resultados foram registrados por fotomicrografias em microscpio de luz.
Observaram-se em todas as amostras analisadas (n=20) alteraes morfolgicas hepticas
como espessamento da parede da veia lobular heptica e do tecido branquial, onde foi
denotado edema, deslocamento epitelial e proliferao lamelar. No foram observadas
alteraes relacionadas ao tecido muscular. Portanto, esse estudo denota a influncia da
contaminao ambiental em fonte de alimento animal de indivduos residentes em rea
impactada por metais pesados, sendo futuras anlises ainda necessrias para diagnsticos
mais precisos sobre o risco da contaminao por cdmio e chumbo no consumo humano de
peixes, segundo critrios da legislao brasileira (ANVISA).
Resumo: Este trabalho Anlise microscpica de tecido animal (peixes), para avaliao dos
impactos ambientais por metais pesados em Santo Amaro, Bahia, objetivou a anlise
microscpica de tecidos envolvidos no metabolismo e acmulo de agentes txicos (cdmio e
chumbo), no fgado, msculo e brnquias, em espcies animais consumidos pela populao de
Santo Amaro (Bahia). O municpio de Santo Amaro abrigou intensa atividade de extrao de
uma metalrgica de chumbo entre os anos de 1960 e 1993, produzindo toneladas de chumbo
por ano. Nesse sentido, pensa-se que por muitos anos essa atividade movimentou a economia
local, em contrapartida contribuiu para a contaminao do ambiente, tendo em vista que no se
tinha tamanho rigor em relao ao descarte dos resduos resultantes das atividades. Aps anos
do fechamento da fbrica e dos diversos trabalhos tcnico-cientficos produzidos sobre o
assunto, como por exemplo, quantificando a contaminao derivada da produo de chumbo e
seus efeitos deletrios populao, a importncia e gravidade do caso ainda so muito
questionadas. Este trabalho realizou primeiramente um levantamento dos alimentos de origem
animal e vegetal produzidos em Santo Amaro e posteriormente a identificao dos alimentos
mais consumidos. Para as anlises histolgicas de amostras de origem animal (peixes), foi
utilizado espcimes provenientes do entorno de Santo Amaro, coletados por pescadores (com
o auxlio de redes), em cinco pontos de amostragem. Aps coleta dos animais os tecidos foram
dissecados, fixados em soluo de formol aquoso (10%) por 12 horas, desidratados em bateria
de etanol (em gua, v/v), diafanizados em xilol e includos em parafina lquida a 60C. Os
cortes histolgicos (5-7m) foram corados em hematoxilina e eosina (HE). Analisou-se
msculo, figago e brnquias e os resultados foram registrados por fotomicrografias em
microscpio de luz. Observaram-se alteraes morfolgicas hepticas com espessamento da
parede da veia lobular heptica e do tecido branquial, onde foi denotado edema, deslocamento
epitelial proliferao lamelar. Portanto, este estudo denota a influncia da contaminao
ambiental em fonte de alimento animal de indivduos residentes em rea impactada por metais
pesados, sendo futuras anlises ainda necessrias para diagnsticos mais precisos sobre o
risco do da contaminao por cdmio e chumbo no consumo humano de peixes, segundo
critrios da legislao brasileira (ANVISA).
Resumo: A episotomia uma inciso no perneo para facilitar a passagem do beb durante o
parto e constitui-se em uma prtica empregada no modelo biomdico de assistncia. Porm, o
uso de episotomia pode trazer consequncias negativas para a mulher e no existem
evidncias cientficas que suportem o uso liberal deste procedimento. As Casas de Parto
(Centro de Parto Normal CPNs), institudas no Brasil desde 1999, como parte da proposta de
humanizao da assistncia obsttrica, buscam reduzir procedimentos desnecessrios e
iatrognicos. Este estudo relata uma investigao sobre a ocorrncia da episotomia e
laceraes espontneas, a partir de da gestantes assistidas no CPN Gonalves Martins
Irmandade da Santa Casa de Misericrdia da Cidade de Nazar. Tal investigao foi realizada
com uma metodologia quantitativa, atravs da anlise dos dados obtidos no Livro dos Partos
da CPN. Foram observados 432 registros, entre outubro de 2014 e junho de 2016. Tais
registros foram tratados com estatsticas descritivas montando-se um banco de dados com 49
variveis. Entretanto, em alguns casos no se encontrou o registro de todas variveis, no Livro
dos Partos, durante o perodo analisado. Aps anlise, os resultados evidenciaram que a
instituio atende uma populao majoritariamente preta e parda, com mdia de 27 anos de
idade, primpara, que tiveram partos normais, sendo o atendimento prestado no CPN em maior
proporo por profissionais da enfermagem. Os dados demonstraram que se tem reduzido de
forma significativa a ocorrncia de procedimentos cirrgicos durante os processos de parir.
Sobre a ocorrncia da episotomia, 83,1% dos dados indicam a no realizao desse
procedimento, j sobre a ocorrncia de laceraes espontneas, 46,2% dos dados no
apresentaram a ocorrncia de lacerao. O cruzamento dos dados de realizao de episotomia
com o profissional que assistiu ao parto, evidenciou que a maior parte das intervenes foi
realizada na presena dos profissionais da enfermagem. Por meio desta anlise pode-se inferir
que a instituio em estudo, no realiza o procedimento como parte da rotina da assistncia
obsttrica. O baixo ndice de realizao de episotmia no CPN nos indica que o centro tem
funcionado de acordo com as indicaes da OMS para realizao de episotomia, estando este
procedimento atrelado somente a casos especficos. A elevada proporo de episiotomias
realizadas por profissionais da enfermagem demonstra a necessidade de se realizar uma
investigao sobre o fato. Conclumos que a instalao e disseminao dos CPNs no cenrio
obsttrico no Brasil, induzida pela atuao do Ministrio da Sade e da Rede Cegonha pode
caminhar para gerao de um atendimento obsttrico pblico, estabelecido atravs de um novo
olhar, um novo modelo assistencial, onde prestado um atendimento obsttrico individualizado
e menos intervencionista.
Resumo: O consumo abusivo de lcool e outras drogas entre mulheres vm sendo retratado
pela literatura como um problema que permeia dimenses mltiplas, sendo relacionado a
especificidades e diferentes fatores de vulnerabilidade no mbito individual, social e
programtico. Estudos epidemiolgicos tm demostrado a reduo na proporcionalidade do
consumo de lcool e outras drogas entre homens e mulheres. De acordo com o Relatrio
Mundial sobre Drogas, a cada cinco usurios de substncias psicoativas em tratamento um
do sexo feminino, indicando, assim, a existncia de barreiras no acesso e adeso ao
tratamento entre as mulheres. No Brasil, o Centro de Ateno Psicossocial lcool e Drogas
(CAPS AD) o dispositivo da rede pblica de sade especializado na assistncia de pessoas
com transtornos relacionados ao uso de substncias psicoativas. Dessa forma, o presente
trabalho pretende relatar a experincia do projeto de extenso Conversa entre Mulheres,
desenvolvido em um CAPS AD no estado Bahia com o objetivo de proporcionar um espao de
produo compartilhada de conhecimento sobre a sade de mulheres e uma abordagem
transversal da experincia com o lcool e outras drogas. O projeto Conversa entre Mulheres
iniciou suas atividades no servio em abril de 2015, encontrando-se no segundo ano de
execuo. A interveno envolve a realizao de encontros com periodicidade semanal, aberta
participao voluntria de mulheres, organizada em formato de rodas de conversa, com
abordagem usurio-centrado, a partir de temas emergentes da escuta das participantes e
incorporao de metodologias participativas. A partir da anlise do relato das mulheres
participantes, percebe-se que a atividade constituiu-se enquanto um relevante espao de
acolhimento, cuidado e escuta qualificada. Este ambiente tem produzido importantes reflexes
no que se refere experincia direta e indireta com o consumo de lcool e outras drogas entre
as mulheres. As rodas de conversa possibilitam, ainda, o fomento da autonomia,
autovalorizao estabelecimento e fortalecimento de vnculos importantes entre as
participantes. Percebe-se ainda que as mulheres participantes da atividade exercem funes
significativas no contexto familiar, contradizendo desta forma, estimas sociais. No decorrer da
atividade houve uma maior adeso quantitativa e qualitativa das mulheres e os encontros tm
sido avaliados positivamente pelas usurias. Alm disso, pode-se identificar que situaes de
vulnerabilidade individual, social e programtica permeiam a histria de vida das mulheres. A
partir do presente trabalho, pode-se refletir sobre a sua relevncia para a ateno das
mulheres com experincia no consumo de lcool e outras drogas. Por meio da anlise
sistemtica dos dados reconhece-se a complexidade da temtica do uso de lcool e outras
drogas entre mulheres, a necessidade do aperfeioamento dos profissionais envolvidos no
cuidado das mulheres, assim como das vulnerabilidades associadas. Nesse sentido, ressalta-
se a necessidade de aprofundar e difundir a discusso nos diferentes segmentos da sociedade
com o objetivo de desconstruir os estigmas sociais vivenciados pelas mulheres com
experincia com o consumo de drogas.
Resumo: Vela solar um novo conceito de propulso de naves espaciais que utiliza presso
de radiao solar para gerar acelerao. Elas so feitas de grandes espelhos membranosos de
pouca massa que ganham momento linear ao refletirem ftons. Este tipo de satlite artificial
vem despertando o interesse da comunidade cientfica, pelo fato de no necessitar de
combustvel. Desta forma este tipo de satlite torna-se uma boa opo para misses espaciais
de longa durao e percurso. Esta tecnologia vista como promissora tanto para levar
espaonaves alm do Sistema Solar, aproveitando a luz do Sol e das estrelas, e como
estratgia de remoo de detritos espaciais. Ser realizado um estudo das propriedades
dinmicas de um sistema propulsor que utiliza presso de radiao solar para um veculo
espacial em torno de Mercrio. As foras que sero consideradas na dinmica so a no
esfericidade de Mercrio, a perturbao do terceiro corpo (Sol) e a presso de radiao solar.
O objetivo deste trabalho pesquisar por rbitas congeladas (rbitas com menor variao dos
elementos orbitais) para uma vela solar em torno de Mercrio. A abordagem desenvolvida
baseada em Carvalho et al. (2010), Carvalho (2016) e Tresaco et al. (2016). A equao do
movimento da nave espacial substituda nas equaes planetrias de Lagrange e integrada
numericamente utilizando o Software Maple. Considerando uma misso cientfica em torno do
planeta Mercrio com semieixo maior igual a=2800Km foi encontrada rbitas congeladas com
as seguintes condies inicias: excentricidade e=0,02, inclinao i=90, argumento do
pericentro g=270 e longitude do nodo ascendente h=90. Esta rbita foi encontrada levando
em conta o termo C22 (elipticidade equatorial de Mercrio). Identificamos a rbita congelada
com a curva que apresenta menor amplitude dos parmetros orbitais considerados.
Investigamos tambm a evoluo temporal da excentricidade e do argumento do pericentro
destas rbitas para diferentes valores de um parmetro que denominamos de parmetro
tecnolgico, o qual depende da razo rea/massa do veculo espacial. Este parmetro est
relacionado com a eficincia da vela solar. A rbita congelada apresenta menor variao dos
elementos orbitais o que ajuda a reduzir o consumo de combustvel com manobras de
correes orbitais. Os dados encontrados podem contribuir com as futuras misses cientificas
que esto planejadas para visitar o planeta Mercrio nos prximos anos. Mostramos tambm
que o parmetro da vela solar que depende, entre outros fatores, da massa por unidade de
rea contribuiu para obtermos a rbita congelada.
Resumo: Este texto busca apresentar e discutir algumas ideias que foramtrocadas na Roda de
Conversa O Pagofunk que podem colaborarcom a construo terica do que pensa os
agentes participantes sobreo contedo discutido. Contribui tambm como sinalizador
dedinmicas do universo em que estamos atuando, no mbito do quedeseja nossa pesquisa,
como tambm para formular problemas,cortejar dados, prover metodologias, alm de dar uma
ideia dacirculao de fluxos e revelar sujeitos de ao e de discursocapacitados a atuar em
seus contextos.Os fatos so reais e so cenas do cotidiano que refletem diretamente na
escola. Precarizao e violncia configuram um campo de tenso, instabilidades e acentuado
mal-estar na realidade da escola pblica. Ela aponta, tambm, para a relevncia e necessidade
da realizao de pesquisas sobre tais temas no contexto educacional. Alguns estudos sobre
formas de expresses caractersticas dos contextos juvenis e perifricos esto sendo muito
importantes para o fortalecimento de uma rede reflexiva e combativa sobre as questes ligadas
a raa, ao racismo, a violncia e genocdio, ao gnero e as sexualidades, a presena da
juventude no espao pblico e suas expressividades, o consumo e o domnio das novas
tecnologias por parte dos jovens, a presena e a relao destes com a escola, a participao
no mercado de trabalho, a criminalidade, a construo social dos jovens como representao
pblica do Estado e da sociedade, alm de estudos sobre os jovens em suas prticas de
informalidade, de convivio e de solidariedade. Destes estudos posso citar Pinho (2001) e
(2005), Lima (2002), Lopes (2009), Pena (2010), Mattos(2013), Oliveira (2013) entre outros. A
parte os estudos acadmicos e ao lugar de pesquisadora deste projeto e neste campo, a
experincia de pertencimento de uma realidade fortalece e muito a percepo e interveno
nesta mesma realidade, e eis que daqui tambm produzo.A manifestao do pagofunk nos
permite pensar em questes ligadas aos jovens da periferia, aos jovens negros, e, de modo
mais amplo, em uma conjuntura social de realidade de So Flix e Cachoeira no caso deste
trabalho. As formas deexpresso do pagofunk esto provocadas por condicionantes
contemporneos no contexto das novas configuraes sociais e polticas.
Resumo: As cidades modernas, segundo Agier (2011), podem ser entendidas como um
dispositivo cultural, com multiplicidade de referncias identitrias, definindo um espao de
ao. Em si, as cidades inscrevem lugares em um complexo de histrias, memrias e relaes
sociais. Em Santo Amaro Bahia, as runas da Fundio Tarzan, como um lugar de vivncia e
de fluxo, se revelam como um destes espaos que publicizam temporalidades e camadas de
cidade (ROSSI: 2001 [1996]. A Tarzan foi uma empresa criada na cidade de Santo Amaro (Ba)
antes da dcada de 1950. Na poca, a empresa foi uma esperana de progresso e
desenvolvimento da regio, pois trazia emprego para a cidade e crescimento para o comrcio
local. Hoje, uma runa e, possivelmente, ser ocupada pelo campus Santo Amaro da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia, que se instalou na cidade no final do ano de
2013. Por ora, trata-se de um espao de sociabilidade e de prticas culturais, que a faz ser
mais que uma mera runa. As runas, em si, podem ser entendidas como um lugar de lamria e
refgio, estigmas aqui entendidos como categorias que nos servem para investigar o caso da
Tarzan. Se, por um lado, essa runa se apresenta como um lugar de refgio as pessoas que
moram ao redor deste espao esto margem da cidade, no s por uma questo de
localidade, mas, tambm, por questes sociais-, , por outro lado, um lugar de lamria,
frequentemente justificada pela perda da esperana do desenvolvimento urbano na cidade de
Santo Amaro. As runas esto localizadas em uma regio que liga trs bairros da cidade, o
Trapiche de baixo, Derba e a Ilha do Dend. So bairros estereotipados, onde maioria das
pessoas que moram, possuem condies sociais precrias. H pessoas na cidade que
apelidaram as runas Tarzan de Faixa de Gaza, por fazer fronteira entre os bairros citados.
No entanto, apesar dos estigmas de lamria e refgio, existe uma terceira via: trata-se de um
espao de sociabilidades, um lugar de prticas culturais que fazem este local ser mais que uma
mera runa. Esta pesquisa, amparada pela etnografia, apresenta uma (a) cartografia deste
espao e de suas relaes com a comunidade circunvizinha, (b) um levantamento sobre
discursos e representaes sobre a arquitetura em runas e da apropriao criativa do espao.
Resumo: Um dos elementos da cultura africana que foi instrumento importante da resistncia
ativa entre os escravos no Brasil foi o jongo. Tambm conhecido como caxambu, o jongo foi
elaborado no Brasil pelo complexo cultural dos negros bantu (oriundos da frica Central). Tem-
se notcias do jongo no Brasil desde, pelo menos, o sculo XIX atravs de relatos de
viajantes e registros em jornais da poca. O jongo consolidou-se nas fazendas de caf e cana-
de-acar da regio sudeste brasileira envolvendo integrao de tambores, prticas de magia e
dana. Esta comunicao cientfica tem por objetivo uma apresentao compreensiva da
prtica do jongo como instrumento de vivncia e resistncia entre africanos e seus
descendentes escravizados na regio sudeste brasileira oitocentista. Para tanto, foram
analisadas as principais referncias bibliogrficas que fazem aluso ao jongo, produzidas por
antroplogos e historiadores, aliadas a leituras de vasta bibliografia sobre o sistema
escravocrata no Brasil e os processos de resistncia surgidos a partir de tal contexto. No Brasil
e nas outras colnias em que existiu a escravido, a instituio no se caracterizou por uma
passividade por parte dos africanos escravizados, e seus descendentes, com relao ao
sistema opressor. O processo de escravido nas Amricas foi marcado por um incansvel
processo de resistncia que ia contra o sistema escravista, bem como contra uma nova cultura
imposta aos negros escravizados. A instalao dos africanos no Novo Mundo em meio a
contrastes que posteriormente vieram a moldar as comunidades afro-americanas levou a
populao negra a criar formas de resistncias que tinham como caraterstica um dinamismo
permanente, que inclua elaborao, mudana, e muita criatividade. Os africanos procuraram
se adaptar dentro do possvel aos costumes do Novo Mundo, porm, sem deixar de imprimir os
traos dos seus valores, quando possvel. Essa resistncia, qual englobava um movimento
cultural, alm de ir contra a ordem escravocrata, visava garantir o espao de existncia dos
africanos e seus descendentes no Novo Mundo, assim como a manuteno e sobrevivncia da
sua cultura. A partir dessa perspectiva, buscamos entender o jongo atravs de uma dimenso
poltica, como estratgia organizadora e importante instrumento de comunicao, vivncia e
resistncia entre os escravizados no contexto do sculo XIX, no sudeste brasileiro. Conclumos
que no jongo, os africanos e seus descendentes, no contexto da escravido no Brasil,
cantavam seus lamentos, o cotidiano, as aflies da escravido. Seus cantos de protesto
contra os opressores funcionaram como forma de comunicao e elemento de resistncia. Isto
ocorria em funo das letras dos jongos serem feitas de forma que apenas os prprios
escravos que os cantassem e seus interlocutores pudessem entender, inviabilizando a
compreenso por parte dos senhores. Assim, determinados versos quando cantados eram
interpretados como sinal de perigo, alertando parceiros de trabalho contra os malfeitos dos
opressores. Simultaneamente, outros versos eram cantados para satirizar os mesmos
opressores, para satirizar os prprios companheiros de trabalho e o mundo em que viviam, em
um misto de lamento e stira.
Resumo: O objetivo deste trabalho descobrir, por meio da leitura e analise de escritos do
filsofo francs Michel Foucault, como o conceito grego cuidado de si pode ser pensado
como atitude que possibilita a resistncia normatizao exercida pelos mecanismos de poder.
O poder, para Foucault, no possui uma origem nica, como muitos pensam que seria o estado
ou instituies de hierarquia social, ele mvel e coextensivo ao corpo social. As relaes de
poder possuem vrias formas e so integrveis a estratgias de conjunto; elas so intrnsecas
s relaes de famlia, de sexualidade, de produo, ou seja, esto presentes em todas as
relaes nas quais o indivduo est inserido socialmente. Deste modo, o que percebemos
que o poder est sempre presente nas relaes do sujeito e exerce grande influncia em seus
modos de ser. Tais consideraes nos levam a pressupor que no h forma de escapar das
malhas do poder, mas neste ponto que surge nossa inquirio. Foucault em A Hermenutica
do Sujeito, obra fruto das compilaes de seus cursos ministrados entre 1981 e 1982, retoma o
conceito grego de Epimeleia Heautou (Cuidado de Si) como uma forma de pensar a
autoconstituio de um sujeito que no se submete ou se deixa subjugar pelos mecanismos de
objetivao do poder. No se trata de uma tentativa de Foucault de fomentar a retomada de um
modo de vida grego, ou de pr em prtica as concepes gregas concernentes organizao
social, mas antes de pensar a constituio do homem por meio de um agir pautado num pensar
crtico que o permita viver em desacordo normatizao efetivada pelo poder. O cuidado de si
est ligado ao afloramento de uma percepo do sujeito para o seu prprio modo de agir e de
estar no mundo; ele permite uma relao de interdependncia entre pensamento crtico e modo
de ser. Portanto o cuidado de si designa as prticas que o individuo exerce sobre si mesmo
que permitem sua transformao por meio de uma atitude crtica que permeia seu modo de
ser, seu modo de estar, de se perceber e agir no mundo, deste modo, essa atitude crtica do
sujeito para consigo mesmo o que possibilita sua autoconstituio enquanto um ser
autnomo, responsvel por seu prprio governo.
Resumo: Introduo: O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) elaborado por Folstein et al.
(1975) um instrumento para avaliao das funes superiores e o mais utilizado
mundialmente. Pode ser aplicado isoladamente ou incorporado a instrumentos mais amplos
permitindo a avaliao da funo cognitiva(memria de curto prazo e longo
prazo;ateno;percepo;linguagem;raciocnio),avaliao da velocidade de processamento
(funcionamento psicomotor) e rastreamento de quadros de demenciais (Spreen, Strauss &
Sherman, 2006). O processo de adaptao de instrumentos e escalas de uma cultura e idioma
diferentes ao de destino muito mais do que uma traduo literal. Uma adaptao transcultural
considerada eficaz quando capaz de avaliar a rea a que se prope de forma equivalente
ao constructo original. Objetivos: auxiliar na realizao da adaptao transcultural e obter as
propriedades psicomtricas do Mini Exame do Estado Mental - Segunda Edio (MEEM-II) na
populao adulta e idosa do Brasil; colaborar no processo de validao psicomtrica do
instrumento neuropsicolgico MEEM-II na populao idosa brasileira; auxiliar na obteno de
dados normativos. Participantes: 33 idosos com idade entre 60-65 anos e 29 idosos com mais
de 65 anos residentes no Estado da Bahia. Procedimentos: considerando os anos de estudo
formal e as caractersticas cognitivas dos participantes foi aplicado o MEEM-II (verso
estendida, formulrio azul de Folstein, White, & Messer, 2010), individualmente em local
adequado. A correo foi realizada de acordo com o respectivo manual ou com base nas
tabelas normativas disponveis para a populao brasileira. Resultados: na avaliao geral os
idosos baianos apresentaram uma mdia de acertos de 23,53 sendo que essa mdia
superior s mdias de estudos anteriores realizados em outros estados brasileiros. A
comparao entre os grupos dos 33 idosos com idade entre 60-65 anos e dos 29 idosos com
mais de 65 anos apresentou resultados semelhantes em reas como a de registro de memria
de palavras, registro de memria temporal, registro de memria referente orientao espacial
e registro de memria referente localizao de partes do corpo. Concluso: A presente
pesquisa contribuiu para a adaptao transcultural do instrumento MEEM- II na regio
Nordeste e colaborou na validao psicomtrica do instrumento para a populao idosa
brasileira.
Resumo: Esse trabalho resultado da segunda fase da pesquisa acerca das Representaes
sociais sobre a UFRB em Cachoeira, Santo Amaro, So Flix e Muritiba, que busca apresentar
como atores dos campos sociais, econmicos, polticos e culturais compreendem: o que uma
Universidade, qual sua misso, de que forma esta bem como seus atores - colaboram para o
desenvolvimento local? Para cumprir com tais objetivos, utilizamos um roteiro de entrevista
semiestruturada, com questes que abordam as vises dos atores locais sobre a Universidade
Federal do Recncavo da Bahia (UFRB) na regio. Estudos sobre a relao entre Universidade
e Sociedade tm demonstrado as transformaes sociais, culturais, polticas e econmicas
oportunizadas por estas instituies superiores em seu entorno. Neste sentido consideramos
que investigar as representaes de comunidades acerca de universidades pode trazer
contribuies para entendermos em que medida a universidade deve buscar desenvolver-se
concatenada com os anseios, aspiraes, necessidades e dilogo com a sociedade civil local.
Coletamos dados quali-quantitativos de pesquisa de campo para compor: perfil dos
entrevistados. No que diz respeito aos dados qualitativos provenientes de perguntas abertas:
vises sobre os anseios com a chegada da universidade, expectativas e reivindicaes quanto
contribuio da Universidade para o desenvolvimento da regio, opinies sobre as
contribuies, opinies e necessidades que podem ser atendidas pela Universidade, projetos
de extenso, cursos, atividades de pesquisa que seriam importantes nas cidades de atuao e
localizao. Esta investigao uma pesquisa exploratria, com carter descritivo denso. As
entrevistas com os atores econmicos, sociais, polticos e culturais demonstraram uma
perspectiva plural acerca das vises sobre o papel da universidade nas cidades elencadas. Os
atores econmicos focam em suas reflexes as dimenses sobre desenvolvimento do
comrcio, servios e consumo trazidos pela nova populao da cidade: estudantes, tcnicos e
docentes. Ficou evidenciado nas entrevistas um aumento generalizado de preos
especialmente nos servios de aluguel nas cidades do entorno do Centro de Artes,
Humanidades e Letras (CAHL). Ademais no que diz respeito aos outros atores foram
constatadas vises preconceituosas no que diz respeito as identidades sexuais contra
hegemnicas, a estilos de comportamento de jovens universitrios considerados inadequados
etc. No que tange ao papel da UFRB no territrio, foi constatado a importncia da instituio no
Recncavo, embora os moradores desejassem cursos de alto prestgio social na regio tais
como Direito, Medicina, Arquitetura etc. Ressalte-se tambm que para a populao local existe
uma ntima relao entre a chegada da universidade no territrio e o aumento do consumo de
drogas, especialmente, entre os jovens. Em relao a misso da universidade, os membros da
comunidade entrevistados destacaram a importncia da universidade na formao de uma
juventude com pensamento crtico socialmente referenciado e cidado. Por fim, os
entrevistados demonstraram entusiasmo com o fato dessa pesquisa propiciar participao em
investigao que buscou captar as opinies da populao local em relao as suas
concepes sobre a UFRB.
Resumo: Este plano de trabalho pretendeu dar continuidade a uma pesquisa scio-histrica
realizada em 2015 sobre as associaes simblicas referentes aos cheiros no Brasil, atravs
de publicaes peridicas (jornais, revistas, dirios oficiais, almanaques, entre outros)
disponibilizadas no acervo online da Biblioteca Nacional analisando o desenvolvimento da
produo, do comrcio e do consumo de perfumes e demais artigos de perfumaria nos Estados
do Rio de Janeiro e da Bahia. Agora, o atual plano procurou compreender os aromas presentes
nas obras literrias brasileiras do final do sculo XIX e comeo do sculo XX, com obras
selecionadas para anlise sociolgica fazendo parte de trs grandes perodos da literatura
brasileira: O Romantismo, com obras indianistas, urbanas e regionalistas, o Realismo e o
Naturalismo, possibilitando assim uma variedade em estilos literrios distintos, tendendo a
diferentes abordagens sobre o imaginrio social referente aos cheiros no Brasil. A pesquisa
concentrou-se na coleta de dados sobre os aromas em 23 obras da literatura brasileira,
selecionadas a partir de diversos critrios como destaque nacional destas obras, ambiente
onde se passa as tramas, contexto histrico e perodo literrio correspondente para anlise, de
modo que, fosse possvel compreender os cheiros naturais e artificiais em diversos estilos
distintos. Grande parte dessas obras foram publicadas, originalmente, como folhetins em
grandes jornais do sculo XIX, sendo tambm um dos motivos que direcionou a pesquisa a
averiguar os aromas nesse campo. Constatou-se que tanto nos peridicos, quanto nas obras
literrias, os perfumes fizeram enorme sucesso tanto no Brasil, como no exterior, consagrando
o sculo XIX como o Sculo Aromtico, onde que estar cheiroso (com bom cheiro) era
compreendido como sinnimo de estar limpo. Dessa forma, o trabalho caminhou pela
hiptese que o comrcio secularizado de perfumes no Brasil est ligado a gostos e costumes
advindos da construo de civilidade, estabelecida principalmente com a vinda da Corte
Portuguesa para o Brasil, associado aos valores socioculturais de brancos, negros e indgenas,
e de suas relaes estabelecidas com a higiene e perfumao dos corpos, como elementos de
aceitao e insero social desses indivduos, e com a ocultao dos cheiros tidos como
animalescos. Assim, as associaes simblicas sobre os cheiros (naturais e artificiais),
desenvolvidas no sculo aromtico foram fundamentais para a construo social a respeito dos
aromas/cheiros na contemporaneidade, promovendo, inclusive, o estabelecimento do consumo
secularizado de perfumes no Brasil, com seus mltiplos usos, inseridos em processos
socioculturais estabelecidos nas relaes entre diferentes classes, raas e gneros, associado
ao processo civilizador europeu ao progresso da aromatizao ocidental, caracterizando quais
eram os bons e os maus cheiros, configurando entre eles, o que so socialmente aceitos, at
hoje.
Resumo: Performance e Resistncia Juvenil Este artigo fruto da pesquisa intitulada A arte
como ttica de resistncia de coletividades artsticas juvenis vinculada ao projeto de pesquisa
Juventude e territrios perifricos, e, tem como principal objetivo analisar a produo
audiovisual do grupo Iskalif - formado por cerca de 10 integrantes com idade entre 15 e 18
anos, estudantes secundaristas da escola estadual Rmulo Galvo, do municpio de So Flix,
com o intuito de identificar o potencial de resistncia de narrativas juvenis. Para esta anlise
sero acionadas 3 produes audiovisuais do Grupo Iskalif.Segundo Helena Abrahmo (2005)
h quatro concepes do conceito de juventude: 1) A juventude como etapa preparatria que
se fundamenta como transio entre a infncia e a vida adulta; 2) A juventude enquanto
problema social se fundamenta na associao do jovem como um problema, o relacionando a
grupos de risco ou a ideia de transgresso; 3) A juventude como ator de desenvolvimento, a
partir da qual os problemas de desenvolvimento da comunidade podem ser solucionados com
o acionamento do capital humano juvenil disponvel e 4) A juventude como sujeito de direitos
os considera como sujeitos portadores de direitos em processo de desenvolvimento pessoal e
social, suas necessidades so vistas como diversificadas e busca superar uma viso
estigmatizada da juventude, nas suas incompletudes e desvios. Esse artigo pretende
compreender como essas concepes so acionadas para caracterizar as juventudes
brasileiras, ao tempo em que, reafirma o conceito de juventude como construo social
afastada de definies etrias e biolgicas.O processo de formao do grupo enquanto
afirmao social e ao micropoltica analisado enquanto uma performance
metacomunicativa, utilizando os conceitos de drama social e drama esttico, necessrios para
a compreenso da performance a partir de dualidades como oculto e visvel, atual e virtual,
cena e eficcia. Alm disso, a criao de tticas para desviar os efeitos de narrativas
hegemnicas sobre a juventude so performances que fornecem um local para a resistncia
social e cultural fora da atividade cultural regular fornecendo um contexto propcio para a
subverso da ordem estabelecida.A partir dos conceitos de juventude busca-se refletir sobre o
potencial de resistncia das narrativas do sujeito, enquanto performer, que se alimenta das
aes consequentes da vida social como matria prima para a produo do drama esttico, e,
enquanto sujeito social que usa tcnicas da performance para dar suporte s atividades do
drama social, que, por sua vez contribuem para a tcnica da performance.
Resumo: A proposta deste trabalho analisar a forma como a mdia especializada afeta a
visibilidade e a aceitao do trabalho de uma banda, os caminhos traados e a forma como a
crtica exposta na mdia. Aqui analisaremos os caminhos traados pela crtica especializada
em relao a banda soteropolitana Cascadura, durante o intervalo de lanamento dos seus
dois ltimos lbuns Bogary (2006) e Aleluia (2012) e a repercusso posterior dos mesmos. O
projeto prope entender os processos de disputas valorativas que ocorrem no campo da
msica popular massiva atravs do Rock e de que forma a crtica especializada contribui na
formao e posicionamento das bandas e na formao de valores dos ouvintes. Tomando
como base autores como Walter Benjamin e Jess Martn-Barbero, podemos analisar a cultura
de massa e a forma como a mesma afeta ou dialoga com o cenrio underground, tornando
assim um possvel entendimento sobre as formas que a mdia trata os trabalhos dos artistas
fora do circuito convencional. Para obteno dos resultados aqui mostrados foi necessrio
compreender que tipo de papel a mdia exerce sobre a visibilidade e o trabalho da Banda
Cascadura, foi necessrio a anlise de matrias e resenhas, sobre o trabalho da banda. Os
dados aqui mostrados foram colhidos no perodo de pesquisa ente agosto de 2015 a junho de
2016. Os blogs esto divididos entre msica, pginas virtuais de jornais de grande circulao
no estado da Bahia e a verso impressa dos mesmos. Os contedos analisados foram
recolhidos em 14 sites e 1 jornal impresso, sendo 17 postagens e matrias em contedo virtual
e 2 matrias em jornal impresso. Das edies impressas foram utilizadas duas matrias
publicadas no Jornal A Tarde, uma em 17 de fevereiro de 2009 e a segunda em 1 de
dezembro de 2015. Analisando o material coletado foi possvel perceber que o contedo
presente na maior parte dos blogs independentes feito por fs da banda, mas que tambm
possuem entendimento do meio musical, por serem msicos ou jornalistas especializados.
Outra parte do contedo produzida por jornais de grande circulao. O discurso em ambos os
veculos muito parecido, contando a trajetria da banda, ressaltando o longo tempo que ficou
na ativa, mesmo estando fora de grandes gravadoras, a evoluo, para melhor, primeiramente
com o lbum Bogary e depois com o lbum duplo Aleluia. Analisando os 14 sites e 2 matrias
de 1 jornal impresso, percebe-se que o trabalho da crtica ajuda a impulsionar o trabalho da
banda dando-lhe maior visibilidade, funcionando como legitimador e algumas vezes
direcionando o olhar do leitor e ouvinte para aspectos que podem passar despercebidos ao
ouvinte mediano, sejam aspectos positivos ou negativos, contribuindo para uma nova forma de
experincia, por parte do leitor/ouvinte, com relao a banda/lbum do qual escrevem os
crticos.
Palavras-chave: Comunicao;,cultura;,moda
Resumo: A presente analise deste Plano de Trabalho teve como objetivo perceber, avaliar as
extenses que propiciam a materializao do Projeto tico Politico do Servio Social
perpassando a pratica destes assistentes sociais na Educao e suas nuances diante do
projeto societrio neoliberal que em voga vai na contra mo com os princpios do PEP (Projeto
tico Politico), no qual propositivo com a efetivao da cidadania , democratizao e
universalidade dos direitos sociais. Tendo em vista que a sistematizao do exerccio
profissional restringida no arcabouo bibliogrfico do Servio Social, o presente artigo almeja
desenhar os dilemas e limites para atuao da assistente social na Educao no Municpio de
Cachoeira Bahia e Salvador - Bahia. Neste sentido, o nosso Plano de Trabalho perpassa os
vieses sobre a materializao o Projeto tico Poltico do Servio Social na Educao do
Recncavo Baiano. Posto os enfrentamento e os resultados da luta pela insero do Servio
Social na Educao, em todo o territrio nacional e em particular no Recncavo Baiano, e
regio metropolitana o GTSSEDU props-se adentrar como o fazer profissional das assistentes
sociais que ocupara os espaos scio ocupacionais na rede educacional dos municpios do
Recncavo. Partindo de uma apreenso madura do que seja autonomia relativa, estudou-se a
possibilidade de materializao do projeto tico-poltico da profisso na prtica e a relao que
existe entre esta proposta com a dimenso tcnico-operativa da profisso. Dessa anlise
conclui-se que o Servio Social finca no seu projeto tico politico a construo de uma nova
forma de sociabilidade pautados na equidade, igualdade, respeito s diversidades, um
posicionamento politico que se contraponha ao projeto societrio do neoliberalismo e, por
conseguinte o capitalismo. Prope-se partir de uma realidade concreta a fim de fazer as
mediaes necessrias para alcanar as particularidades e limites desta rea de atuao das
profissionais do Servio Social inseridas na Educao vale ressaltar que a educao uma
rea de pouca abrangncia na Bahia e consequentemente existe poucas bibliografias sofre o
tema na Bahia e especificamente no Recncavo da Bahia. Contudo a fim de contribuir para a
pesquisa e modificar a realidade supracitada o Grupo de Trabalho de Servio Social na
Educao vem realizando um rduo CONTINUO trabalho com intuito de tornar a educao
como uma Politica social de fato, para isso o GTSSEDU tem produzido muitas pesquisas na
area sempre trazendo uma devolutiva por meios de seminrios, audincias, parcerias com o
poder publico, extenso para a comunidade. A partir de 2010 o GRUPO DE TRABALHO
SERVIO SOCIAL NA EDUCAO (GTSSEDU) realizou em SALVADOR, CACHOEIRA e
vrios Municpios circunvizinhos, vrios seminrios , audincias publicas, e o Encontro
Nacional ENSSEDU , abordando como eixo profissional a insero do Servio Social na
Educao com um dos principais intuitos de fomentar e adensar o debate sobre a
materializao do projeto tico poltico nas Polticas Educacionais.
Resumo: O Brasil vivencia, desde 2007, novos rumos do ensino superior pblico, em que so
notados avanos significativos, mas tambm desafios a serem superados. Este cenrio fruto
das iniciativas do governo federal que promovem oportunidades de ingresso nas instituies
pblicas, visando expanso e democratizao desta modalidade de ensino. Como exemplo
temos o Programa de Apoio a Planos de Reestruturao e Expanso das Universidades
Federais (REUNI) e o Programa Nacional de Assistncia Estudantil (PNAES), que viabilizam o
acesso de alunos em vulnerabilidade socioeconmica e com distanciamento dos modos de
fazer/pensar da academia, tendendo permanncia de alunos oriundos de escolas pblicas e
de famlias financeiramente menos favorecidas nas universidades. Neste contexto, a UFRB,
desde a sua criao, conta com a Pr-Reitoria de Polticas Afirmativas e Assuntos Estudantis
(PROPAAE) como responsvel pela implementao do PNAES. Este trabalho investiga as
contribuies do assistente social para permanncia e afiliao dos alunos dos bacharelados,
tecnolgicos e licenciaturas do Centro de Artes Humanidades e Letras (CAHL/UFRB).
Inicialmente foi realizado levantamento de dados a partir de sites e documentos institucionais,
como tambm anlise das legislaes. Posteriormente, em julho de 2016, foram entrevistados
dois bacharis em Servio Social em atividade no CAHL, sendo um servidor tcnico
administrativo (funo de assistente social da PROPAAE) e um docente (coordenador de
colegiado). Aps contato inicial no qual houve apresentao do projeto e levantamento sobre a
organizao e rotina institucional, por demanda dos entrevistados, foi enviado, via e-mail, um
roteiro de perguntas diferentes a cada sujeito. Durante a anlise das atribuies do assistente
social previstas no Edital n 01/2014 do concurso para seleo de servidores tcnicos
administrativos da UFRB, observou-se o designo de 12 atividades para o servidor-assistente
social, que resumidamente so: administrar politicas pblicas; prestar servios sociais
orientando indivduos, famlias, comunidade e instituies; manejar tarefas administrativas,
recursos financeiros e assessorar ensino, pesquisa e extenso. Alm desses encargos,
enquanto bacharis em Servio Social, os profissionais devem seguir o Cdigo de tica
Profissional e as competncias descritas na Lei n 8.662/93, que regulamenta a profisso. Visto
que o CAHL conta com um nico tcnico assistente social para atender toda classe estudantil,
foi constatado que sua atuao acaba centrada na anlise das condicionalidades dos
programas e benefcios, no sendo possvel o cumprimento pleno das atividades. Foi
percebida a existncia de burocracias que prejudicam a execuo de determinadas aes,
sobretudo pelo profissional ser visto como executor de tarefas rotineiras, dificultando o
planejamento estratgico voltado para a formulao de projetos mais locais, que visem
assistncia ao aluno. Tambm no ocorre comunicao articulada institucionalmente entre os
colegiados dos cursos e a PROPAAE, o que potencializaria a promoo da afiliao e
permanncia dos estudantes do Centro. H ainda a insuficincia de estrutura fsica,
contribuindo para fragilizao do trabalho. Nesse sentido o papel do bacharel em servio social
para a permanncia est vinculado identificao das particularidades e vulnerabilidade do
alunado, garantindo o acesso a informaes, servios e aos direitos via efetivao de polticas
pblicas, ainda que no seja plenamente realizado.
Resumo: Esta comunicao se refere a uma investigao que se voltou para a relao entre
ensino e pesquisa e o tipo de docncia a ser formada a partir da observao e anlise da
matriz curricular do curso de Licenciatura em Letras do Centro de Formao de Professores da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia. A orientao de pesquisa como princpio
educativo, regulou o olhar do pesquisador diante da aproximao ou distanciamento dessa
construo curricular e buscou os indcios da adoo ou no dos princpios de flexibilidade,
contextualizao e interdisciplinaridade, recomendados para a construo curricular de uma
licenciatura contempornea que promove uma ressignificao da docncia. Sendo documental,
priorizou observar o projeto poltico pedaggico da referida licenciatura e a sua matriz
curricular. Observou o lugar e a intensidade dos eixos em torno do ensino e da pesquisa na
referida matriz curricular, a partir das possibilidades ou dificuldades de conexes entre os
vrios componentes curriculares entre si e a coerncia com o projeto poltico-pedaggico do
curso. Alm disso, buscou analisar a possibilidade de dilogo dessa matriz curricular com o
contexto no qual est inserido o CFP por meio das ementas de ensino. As principais
concluses que a matriz curricular se baseia na generalizao, tem uma forte barreira
disciplinar e uma permanncia da ideia de momentos distintos, fragmentados e hierarquizados
do ensino e da pesquisa. Por ser uma matriz de licenciatura, a sua construo objetiva uma
concepo de docncia e neste caso, a predominncia da formao bacharelesca em
contraposio formao de licenciatura, condiciona a formao de uma docncia distanciada
da formulao de professor pesquisador, com fortes indcios de dicotomizao do ensino e da
pesquisa, com dificuldades de ampliao da atuao do docente e da criao de uma nova
docncia que se oriente pelo contexto, que seja flexvel por meio da interdisciplinaridade entre
os componentes curriculares, favorecendo assim, a permanncia de uma formao que prioriza
a docncia consumidora do conhecimento. Essa constatao traz a crtica a partir da reflexo
da importncia e da repercusso da interveno do ensino universitrio no recncavo. Com um
pouco mais de dez anos de existncia, a universidade precisa se nutrir de concepes de
construo curricular de licenciaturas que buscam uma docncia contextualizada no
recncavo, pois possui peculiaridades que no se comparam com contextos urbanos. A
formao docente deve estar pautada na ideia de uma formao que dialogue com as
demandas locais, para que esta no permanea diluda e subalterna ao contexto geral. A
concluso provisria que a investigao sugeriu a necessidade de uma reformulao
curricular que amplie os critrios para a construo de sua matriz curricular. Essa ampliao
no pode esperar apenas pelo currculo praticado por meio da iniciativa individual de cada
professor. necessrio que conste como recomendao em seu projeto poltico pedaggico e
expresse em suas ementas de componentes curriculares. Deste modo, as matrizes curriculares
podem estar em sintonia com a misso da UFRB que diz respeito sua misso singular de
atuao no Recncavo da Bahia.
Resumo: A troca de informaes entre pais ou responsveis pelos alunos com Necessidades
Educacionais Especiais (N.E.E.) e os professores fundamental para o desenvolvimento
escolar e social destes indivduos. Esse dilogo pode influenciar positivamente no ensino e na
aprendizagem desses jovens no somente na sala de aula, mas tambm no ambiente familiar.
Alm dessa parceria fundamental, o professor tambm precisa estar preparado para lidar com
os diversos tipos de necessidades de aprendizagem desses alunos e essa formao poderia
acontecer no ensino superior, por meio de componentes curriculares que abordassem esta
temtica. preciso considerar a formao do professor para a educao inclusiva como parte
integrante do processo de formao geral e no como um complemento. Em se tratando do
ensino de Qumica em uma perspectiva da educao inclusiva, essa realidade se torna ainda
mais difcil devido complexidade e abstrao da disciplina. Os profissionais da educao que
no so formados na rea de Qumica, possivelmente tero mais dificuldade ainda para
realizar a incluso desses alunos nas salas de aulas. Com base nesse contexto, o objetivo
dessa pesquisa foi avaliar a relao entre pais ou responsveis pelos alunos com N.E.E e seus
professores da sala comum e investigar se esses docentes da disciplina de Qumica tiveram
formao em educao especial. A pesquisa foi realizada em um Colgio Estadual em Santo
Antnio de Jesus- Ba. A metodologia utilizada para desenvolver a coleta de dados foi atravs
de um questionrio semiestruturado e uma entrevista informal. Trs professores participaram
da pesquisa, um licenciado em Qumica, outro licenciado em Biologia e um formado em
Engenharia Agronmica. Os trs professores relataram que possuem alunos com N.E.E. na
sala regular. Um deles tem um aluno com baixa viso, o outro tm cinco alunos surdos e por
ltimo um professor revelou que tem uma aluna com deficincia intelectual e trs sem
diagnstico mdico. Os trs professores afirmam que no tiveram nenhum componente
curricular que discutisse a educao inclusiva durante a graduao e, mesmo depois, nunca
procuraram alguma formao na rea de Educao Inclusiva. Os professores tambm
relataram que, juntamente com os profissionais das Salas de Recursos Multifuncionais da
prpria escola, buscaram contato com os pais ou responsveis, mas tiveram dificuldade pois
alguns acham que os filhos no possuem deficincia alguma. Dois professores responderam
que tem dificuldade para ensinar todos os assuntos de Qumica para esses alunos. J o outro
professor disse que no havia dificuldade em ensinar o contedo, pois o aluno dele tem baixa
viso e, segundo este docente, bastava apenas aumentar a letra para que esse estudante
aprendesse o assunto. Pode-se concluir com este trabalho que a falta de formao numa
perspectiva da Educao Inclusiva, bem como ministrar uma disciplina sem ter formao na
rea, torna falho o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes com deficincia, pois
estes docentes esto expostos a uma realidade para qual no foram preparados. Alm disso, a
falta de dilogo entre os professores e os pais ou responsveis pelos estudantes com N.E.E.
torna rduo o processo de incluso escolar.
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo avaliar a relevncia do dilogo entre o saber
acadmico e o saber da tradio oral, por meio de uma interveno que favorea a presena
das narrativas de tradio oral dos estudantes da EJA de uma turma do municpio de
Amargosa-BA, de maneira didtica, nas prticas pedaggicas, de modo a contribuir para o
desenvolvimento cognitivo e crtico destes sujeitos. Esta pesquisa tem uma abordagem
qualitativa de vertente etnogrfica; e do tipo pesquisa-ao. Utilizamos como tcnica de
coleta de dados: a entrevista semiestruturada, realizada com o professor, coordenadora e os
estudantes, e a entrevista narrativas apenas com os estudantes; a observao participante da
turma da EJA da Escola Municipal Dom Florncio Sisnio Vieira; e anlise documental dos
planos de aulas do professor dessa turma. A anlise de dados nos permitiu constatar a partir
da interveno que o uso das narrativas de tradio oral trazidas pelos estudantes nas prticas
pedaggicas do professor, em dilogo com os contedos acadmicos, contribuem para o
processo de ensino-aprendizagem, pois eleva a autoestima, a valoriza e ajuda na construo
identitria dos estudantes da EJA; o ensino fica contextualizado e significativo para os sujeitos
da EJA; e aprendizagem se torna prazerosa e interessante. Os dados e reflexes da pesquisa
nos permitem afirmar que partindo da escuta das narrativas de tradio oral dos estudantes, os
professores da EJA tm possibilidade de elaborar atividades significativas, atravs do dilogo
entre os saberes acadmicos e os saberes tradicionais. E, a partir de tais atividades,
construrem materiais didticos em estreita interao com os estudantes. Assim, partindo da
escuta das narrativas de tradio oral dos estudantes, os professores da EJA podero elaborar
atividades constitudas atravs do dilogo entre os saberes acadmicos e os saberes
tradicionais. E a partir de tais atividades, construrem materiais didticos juntamente com os
estudantes. Portanto, diante de um tema to amplo e de tamanha relevncia acadmica e
social, no poderamos ter a pretenso de esgotar as discusses, com a explorao de todas
as foras que agregam a temtica, mas sim, ousamos tecer reflexes acerca de um problema
que necessita de maiores pesquisas e reflexes, principalmente no mbito da Educao de
Jovens e Adultos, pois as referncias so bastante escassas, sobretudo em um contexto
histrico em que a tecnologia e a escrita digital esto sendo cada vez mais valorizadas. A
nossa inteno que o resultado desta investigao possa ser disseminado e materializado no
cotidiano das escolas, bem como sirva de referencial para novas pesquisas e novas
discusses.
Resumo: O projeto Perspectivas das polticas pblicas para a educao bsica no mbito das
relaes de gnero e sexualidade: continuidade das anlises do Projeto Gnero e Diversidade
na Escola (GDE) fragmento que compe uma pesquisa maior intitulada Polticas pblicas de
incluso social e transversalidade de gnero: nfases, tenses e desafios atuais. Esta pesquisa
vem sendo realizada desde 2014 em diversas universidades brasileiras pelos mais variados
pesquisadores que buscam analisar como as questes sobre gnero e sexualidade so
operadas nas politicas publicas de nosso pas, problematizando-as a partir do tratamento da
transversalidade de gnero. Pensar nos conceitos de gnero e sexualidade pelo vis da
diversidade no mbito escolar um campo de intenso e constante tensionamento. Este
processo possibilitou a construo de politicas pblicas voltadas para o trato dessas questes,
como a poltica educacional Gnero e Diversidade na Escola (GDE), produzida pela Secretaria
de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade (SECAD) e vinculada ao Ministrio da
Educao (MEC). Esta poltica voltada para a formao continuada de professores que
atuam na educao bsica e aborda as questes sobre gnero, sexualidade, orientao sexual
e relaes tnico-raciais. Deste modo, este projeto d continuidade na analise de alguns
documentos pblicos vinculados ao ministrio da educao, mais precisamente a politica
educacional do projeto de Gnero e Diversidade na Escola (GDE) e por problematizar polticas
nacionais para a rea da educao escolar voltadas ao trato com gnero, dialoga com a
pesquisa registrada na UFRB intitulada Gnero e sexualidade na Educao Fsica escolar:
notas sobre o Vale do Jiquiria/BA. Deste modo, neste trabalho foi possvel pensar e
problematizar a partir de que inteligibilidade so trabalhados nestes documentos os conceitos
de gnero e sexualidade e como eles se articulam. Neste processo de anlise, verificamos
certo atrito conceitual que repercute em desdobramentos polticos e aes institucionais
distintas para a promoo da igualdade e da incluso social. Indicamos que operar com
orientao sexual no terreno das discusses/disputas no campo das identidades sociais
uma promoo poltico-social distinta da operao de aes que assumem o gnero como
norma. Nesta anlise, consideramos que as possibilidades de promoo da incluso social
indicadas pelo GDE a partir dos princpios da igualdade de gnero e do reconhecimento da
diversidade sexual so flexionadas, tensionadas e acionadas nestes documentos. Entretanto,
sugerimos que a transversalidade de gnero operacionalizada pela poltica analisada constitui-
se alicerada em um mbito potente para os embates sociais a partir das tticas identitrias,
contudo, operacionaliza-se de modo ainda restritivo s possibilidades dos corpos que escapam
ao campo de inteligibilidade sexo-gnero.
Resumo: A pesquisa tem por prioridade abordar de forma concisa como se deu a (s) injustia
(s) social (is) entre os homens, valendo-se para isso, do retorno histria do homem no seu
estado natural de natureza, a fim de entender como era a vida dos seres humanos em
determinado perodo histrico e como essas pessoas passaram a sair do possvel
determinismo natural, sendo que aos poucos, foram organizando-se sistematicamente,
tomando uma nova configurao para a garantia da sobrevivncia. Enquanto ser dotado de
inteligncia, com grandes capacidades de adaptao e de sobrevivncia em lugares adversos,
o ser humano foi percebendo a importncia do conhecimento para garantir maior proteo e
perpetuao da espcie. Essa conjuntura, fez com que o homem estruturasse seus smbolos,
bem como um meio que garantisse a comunicao entre os diversos. Para tanto, foi necessrio
que os indivduos desenvolvessem uma linguagem comunicativa para que houvesse uma
interao mais significativa entre eles. Contudo, os processos racionais e sociais no
ocorreram do nada, pois os argumentos justificadores de posse e de superioridade tiveram
uma justificativa, que validada pela utilizao do pensamento, obtendo assim, poder para
manipulao de muitos, de forma que, os tidos como superiores justificariam de alguma forma
a supremacia das diferenas na garantia de privilgios. de fundamental importncia perceber
que, no estado natural de natureza, os homens viviam ajudando-se harmonicamente, pois no
se tinha um sentimento de superioridade, uma vez que todos desfrutavam dos espaos em que
ocupavam de forma comunal. Em certa medida, as relaes se davam de forma pacfica por
viverem em coletividade, por tanto, faziam todas as funes de modo a beneficiar a todos. A
partir das leituras e reflexes feitas, foi possvel analisar e perceber que, a sociedade civil e as
injustias sociais na prpria sociedade, foi algo arquitetado pelo homem, principalmente pelos
discursos para apropriao dos recursos naturais, se valendo para isso, de falas convincentes
ou por meio de batalhas. Para tais conquistas, usou-se tambm a fora fsica para dominar,
tornando-se assim, detentor de um poder arquitetado capaz de modelar a sociedade de acordo
com seus interesses pessoais, grupais, culturais, polticos, econmicos, entre outros.
Resumo: A linha temtica das discusses de identidade e gnero tem atravessado os estudos
da anlise e produo de material didtico para o ensino de Lngua Estrangeira/ Ingls. Essa
perspectiva pode ser contemplada pelos estudos da interculturalidade crtica que nos permite
repensar modos de ver, estar e viver no mundo. Tendo em vista, este contexto e nossa
reflexo a respeito de nossas vivncias como professores em formao inicial de lnguas
estrangeiras e aprendizes de ingls, percebemos uma lacuna no que se refere a forma como
algumas representaes esto presentes no material didtico, entre elas a de famlia. Assim,
surge este relato de experincia, a partir da nossa deciso de transformar nossas experincias
em reflexo como professores-mediadores de lngua inglesa, focando na elaborao de
atividades a serem desenvolvidas nas turmas de nvel A1 dos cursos livres propostos como
atividade de extenso no Ncleo PALLE (Programa Aprimoramento Lngua e Literatura
Estrangeiras), que aprovado pelo CONSEPE 138/2009 e vinculado a Pr-Reitoria de
Extenso da Universidade Estadual de Feira de Santana. Por isso, propomos apresentar uma
proposta de unidade didtica que tem como tema gerador concepes de famlia e os
resultados dessa experincia com os aprendizes de lngua. Como metodologia para
desenvolvimento dessa experincia, em um primeiro momento, em encontro com o professor-
coordenador o bolsista apresenta e discute a proposta do plano de aula, que toma como
referncia o modelo elaborado pela Equipe PORTAL (2014) baseado em competncias
(competncia discursiva, pragmtica, lingustica, sociolingustica, intercultural e estratgica) e a
reflexo dos textos tericos de Moita Lopes (2006), Mendes (2012), Scheyerl (2012) e Butler
(2007), que referenciam a concepo terica. Depois, aps a aprovao, a proposta intitulada
de Types of famylies. A primeira questo apresenta imagens de vrios tipos de famlia
consideradas ou no tradicionais a fim de que os aprendizes reflitam a respeito dos modelos
familiares, aps este momento de sensibilizao, os aprendizes devem interagir na lngua
estrangeira e perguntar e dizer sobre sua famlia e, por fim, conceituar seu entendimento do
que ser famlia. Ao trmino da aula, o bolsista escreve seu dirio reflexivo, no qual descreve,
narra e reflete sobre as interaes que aconteceram durante o desenvolvimento do plano do
plano de aula e da atividade a partir de sua observao e a avaliao do plano de aula
(RAMOS, 2015): como foi minha aula? O que no deu certo e preciso rever? O que foi muito
bom? Dessa avaliao, como resultado dessa interveno, observamos que os aprendizes
acolhem e respeitam a diferena e a opinio do outro ao passo que reconhecem suas prticas
identitrias transformando-o em um ser interculturalmente sensvel e o espao da sala de
aula como espao de solidariedade. Esperamos com esta apresentao contribuir para os
estudos sobre produo de material didtico em lngua estrangeira e refletir sobre as prticas
em desenvolvimento no PALLE reforando a importncia das questes interculturais como uma
prtica no ensino de lnguas- culturas, principalmente, no ensino de lngua inglesa em um
contexto internacional.
Resumo: Diversos modelos matemticos foram desenvolvidos ao longo dos anos para o
estudo da dinmica populacional. Entre os modelos de dinmica populacional de sistemas no
lineares, esto o modelo de Verhulst e o modelo de mapa logstico. Em meados de 1976, o
bilogo Robert May retomou o modelo populacional descrito por Verhulst descrevendo-o,
entretanto, no utilizando a forma diferencial, mas em forma de mapa populacional. Este
modelo proposto por Robert May, ficou conhecido como mapa logstico. Neste modelo
matemtico, utilizando iteraes sucessivas entre os seus valores, podemos analisar a
dinmica populacional prevendo comportamentos peridicos para determinados parmetros e
caticos para outros. A equao do mapa logstico, tambm conhecida como equao
determinstica, promove iteraes sucessivas entre valores, na qual os valores de x
representam porcentagens da populao ao longo do tempo e o parmetro utilizado
corresponde a taxa relativa de crescimento populacional da regio. Os valores de x obtidos ao
longo das iteraes promovidas na srie podem ser peridicos, quando alternam entre N
termos fixos, ou caticos, quando os termos nunca se repetem. Neste trabalho
analisamos a aplicao do modelo populacional criado por Robert May, observando
inicialmente que pequenas variaes nos parmetros da equao produzem comportamentos
diferentes, podendo promover a transio de uma srie peridica para uma catica.
Inicialmente, produzimos um cdigo computacional utilizando a linguagem de programao
C++, cuja finalidade a aplicao da equao do mapa logstico,e assim, estipulando
valores iniciais para x e alterando os parmetros da equao, verificamos mudanas
significativas nas sries obtidas atravs do uso da equao do mapa logstico,
presentes no modelo de crescimento populacional de Robert May. Utilizando o modelo de
mapa logstico ,fizemos uma aplicao desse estudo na dinmica populacional dos
municpios de Cruz das Almas e de Santo Antnio de Jesus, ambos os municpios localizados
na regio do recncavo do estado da Bahia. Os parmetros utilizados na aplicao deste
modelo foram calculados a partir de dados reais. Primeiramente, utilizando os dados fornecidos
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) , obtemos a taxa de
natalidade e mortalidade para ambas as regies e assim calculamos a taxa de crescimento
populacional para os municpios de Cruz das Almas e Santo Antnio de Jesus. Posteriormente
aplicando a equao do mapa logstico para o municpio de Cruz das Almas, utilizando a taxa
relativa de crescimento populacional calculada analiticamente, investigamos o crescimento
populacional nos ltimos anos e estimativas futuras do comportamento da populao do
municpio de Cruz das Almas. De forma anloga, ao aplicarmos a equao do mapa logstico
para o municpio de Santo Antnio de Jesus, utilizando a taxa relativa de crescimento
populacional calculada analiticamente, investigamos o crescimento populacional nos ltimos
anos e estimativas futuras do comportamento da populao do municpio de Santo Antnio de
Jesus. Portanto, neste trabalho, conclumos que a equao do mapa logstico descreve a
dinmica no linear, apresentando comportamentos de equilbrio, periodicidade ou caticos a
depender dos parmetros estabelecidos, sendo possvel tambm atravs deste modelo,
realizarmos estimativas populacionais e previses do comportamento futuro da populao.
Resumo: Com a demanda crescente por produtos e o alto ndice de consumo da populao,
tornou-se necessrio busca por melhorias em diversos ramos da indstria, uma vez que a
quantidade de resduos slidos gerados somam toneladas todos os anos. Para minimizar estes
impactos, mecanismos so desenvolvidos visando reduzir as agresses ao meio ambiente,
destacando-se a reciclagem. O crescimento das atividades industriais tem aumentado, em
importncia, a gerao de resduos slidos no cenrio ambiental. Na busca de solues que
minimizem as agresses ao meio ambiente, surge a necessidade de desenvolver mecanismos
para promover a conscientizao. Neste contexto, a indstria da construo civil tem grande
potencial para absorver e reutilizar resduos slidos na obra.Desta forma, o presente estudo
tem como base a reutilizao do resduo de Etileno-Acetato de Vinila (EVA), polmero muito
utilizado na indstria caladista que gera um grande volume mensal deste material, como
adio em argamassa colante. Para analisar como a argamassa colante se comporta
fisicamente e mecanicamente mediante a adio do EVA, realizou-se alguns ensaios como: o
ensaio de compresso axial e o de absoro de gua por capilaridade, embasados pelas
normas NBR 7215 (1996) e NBR 9779 (1995), respectivamente, com 0% de adio de EVA
(referncia) e para a adio de 5% de EVA foram utilizadas trs granulometrias diferentes com
tamanhos mximos de 2,0, 2,4 e 4,8 mm. Os resultados indicaram que medida que o EVA foi
sendo adicionado, houve uma queda significativa na resistncia compresso axial dos corpos
de prova, pois os vazios entre os gros do agregado no conseguiram ser totalmente
preenchidos pela argamassa, aumentando a porosidade e diminuindo sua massa unitria. Em
comparao com a matriz de referncia, tambm houve uma reduo do coeficiente de
capilaridade quando adicionado EVA. medida que as granulometrias deste aumentavam, a
absoro de gua por capilaridade tambm aumentava, uma vez que isso implica no aumento
da porosidade da argamassa, facilitando assim a penetrao da gua atravs dos capilares
gerados.Diante dos diversos problemas enfrentados pela sociedade quanto ao grande volume
gerado de resduos slidos, o estmulo para realizao do trabalho fundou-se em dar um
destino ecologicamente correto ao resduo proveniente da indstria caladista (EVA), o
inserindo na construo civil, como uma maneira de minimizar impactos ambientais e contribuir
para uma economia mais sustentvel.
Resumo: As aplicaes para refrigerao e climatizao esto presentes nas mais diversas
reas, principalmente objetivando o controle das condies do ar ou de processo atravs do
controle da temperatura e umidade. O sistema de refrigerao por compresso de vapor possui
atualmente o maior destaque devido ao seu alto rendimento e pela disponibilidade de energia
eltrica, no entanto, o cenrio energtico direciona cada vez mais um sistema produtivo em
que haja economia de energia, garantindo o melhor aproveitamento possvel. Nos edifcios
comerciais e residenciais o consumo de energia eltrica pela climatizao corresponde a 45%
do consumo do prdio, nas indstrias, os custos de refrigerao correspondem at a 60% da
energia da planta. O considervel aumento do consumo de energia eltrica e a escassez na
oferta conduzem a um aumento significativo de seu preo, levando as empresas muitas vezes
a optarem por investir em sistemas prprios de cogerao. Assim, diante do atual cenrio de
preservao ambiental e consumo racional de energia a utilizao de sistemas de refrigerao
por absoro ganha espao pela possibilidade do uso de fontes de energias trmicas
alternativas (coletor solar, vapor, gua quente e gases exaustos de processos) para
alimentao. Este trabalho foi constitudo pelo estudo dos sistemas de refrigerao por
absoro e as possveis fontes trmicas alternativas para sua alimentao, alm da elaborao
do projeto trmico de um sistema de refrigerao por absoro de simples efeito utilizando
como par de fluidos refrigerante absorvente gua brometo de ltio (H2O LiBr). Para
alimentao do sistema foi escolhido o uso de gases exaustos de um motor de combusto
interna (motor diesel) presente na Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB), visto
que os gases liberados atingem temperaturas suficientes para realizar a alimentao do
sistema de maneira direta. A realizao do projeto trmico consistiu na simulao do sistema
de refrigerao no software EES (Engineering Equation Solver), para a implementao do
programa foram realizados os balanceamentos de massa e energia do sistema e adotadas as
condies operacionais usuais fornecidas pela literatura. O coeficiente de performance (COP)
obtido pela simulao foi de 0,7964, estando este entre a faixa de valores esperados para um
sistema de absoro de simples efeito (0,7 e 0,8).
Resumo: O trabalho que ora se apresenta, apoiado pela Fapesb, resulta do subprojeto
Ditongos crescentes e decrescentes no portugus quilombola de Alto Alegre: anlise de regra
varivel desenvolvido no mbito do Programa de Iniciao Cientfica da Universidade Federal
do Recncavo da Bahia. Ele fez parte do Projeto de Pesquisa Anlise sociolingustica da
realizao dos ditongos no portugus falado pela comunidade quilombola de Alto Alegre,
coordenado pelo Professor Dr. Gredson dos Santos. Pautado nos princpios tericos da
Sociolingustica Variacionista (WEINREICH, LABOV, HERZOG, 2006 [1975]), este estudo
investigou a realizao varivel do ditongo decrescente < ey > no portugus falado pela
comunidade quilombola de Alto Alegre, pertencente ao municpio de Presidente Tancredo
Neves (a 263 km de Salvador). Um dos objetivos deste trabalho foi observar como se configura
a variao do ditongo decrescente < ey > no portugus falado pela comunidade. No portugus
brasileiro (PB), especialmente nas normas populares, o ditongo decrescente < ey > apresenta
um comportamento varivel, podendo realizar-se na sua forma padro ou apresentar a forma
reduzida com apagamento do glide, como se pode perceber nos exemplos extrados do corpus:
j[ey]to ~ jet∫u; l[ey]to ~ [let∫o; cacho[ey]ra ~ cachuera; d[ey]x[ey] ~
dex; cas[ey] ~ cas. O corpus para estudo foi constitudo de 12 entrevistas
sociolingusticas, realizadas com falantes naturais da comunidade, com durao de,
aproximadamente, 60 minutos cada, feitas com 6 homens e 6 mulheres, distribudos em trs
faixas etrias (I: 20 a 40 anos; II: 41 a 60 anos; III: acima de 60 anos). Foram estudadas as 50
primeiras ocorrncias do ditongo < ey >, totalizando amostra de 600 dados. Os dados,
transcritos e codificados, foram submetidos anlise estatstica computacional pelo Programa
GOLDVARB X. Os resultados mostram que: a) em final de vocbulo seguindo de consoante, a
realizao padro do ditongo ficou com 74,7% e em final absoluto de vocbulo atingiu 89,5%.
Em interior de vocbulo, apresentou apenas 19,9% das realizaes; b) a monotongao, em
interior de vocbulo, atingiu 80,1%; em final de vocbulo seguido de consoante, 25,3%; em
final absoluto de vocbulo, 10,5% das ocorrncias. Embora trabalhos como o de Mota (1986),
Lopes (2002) e Toledo (2011) venham mostrando que existe uma tendncia a conservao do
ditongo < ey > em posies finais, observa-se que Alto Alegre apresenta uma taxa de
apagamento do glide tanto em final de vocbulo seguido de consoante quanto em final
absoluto de vocbulo, sobretudo nas faixas etrias mais velhas, fator considerado, pelo
GOLDVARB X, como importante para a no realizao do ditongo. Os falantes da faixa etria
III apresentaram percentual de 74,5% para apagamento do ditongo; j os falantes da faixa
etria II somaram 59,3% e os falantes da faixa etria I ficou 46,8%. Quanto aos fatores
lingusticos, o programa selecionou com mais importantes para a realizao do ditongo quanto
para realizao foi a consoante ou vogal subsequente e a tonicidade da slaba.
Resumo: O trabalho que ora se apresenta, apoiado pela Fapesb, resulta do subprojeto
Ditongos crescentes e decrescentes no portugus quilombola de Alto Alegre: anlise de regra
varivel desenvolvido no mbito do Programa de Iniciao Cientfica da Universidade Federal
do Recncavo da Bahia. Ele fez parte do Projeto de Pesquisa Anlise sociolingustica da
realizao dos ditongos no portugus falado pela comunidade quilombola de Alto Alegre,
coordenado pelo Professor Dr. Gredson dos Santos. Pautado nos princpios tericos da
Sociolingustica Variacionista (WEINREICH, LABOV, HERZOG, 2006 [1975]), este estudo
investigou a realizao varivel do ditongo decrescente < ey > no portugus falado pela
comunidade quilombola de Alto Alegre, pertencente ao municpio de Presidente Tancredo
Neves (a 263 km de Salvador). Um dos objetivos deste trabalho foi observar como se configura
a variao do ditongo decrescente < ey > no portugus falado pela comunidade. No portugus
brasileiro (PB), especialmente nas normas populares, o ditongo decrescente < ey > apresenta
um comportamento varivel, podendo realizar-se na sua forma padro ou apresentar a forma
reduzida com apagamento do glide, como se pode perceber nos exemplos extrados do corpus:
j[ey]to ~ jet∫u; l[ey]to ~ [let∫o; cacho[ey]ra ~ cachuera; d[ey]x[ey] ~
dex; cas[ey] ~ cas. O corpus para estudo foi constitudo de 12 entrevistas
sociolingusticas, realizadas com falantes naturais da comunidade, com durao de,
aproximadamente, 60 minutos cada, feitas com 6 homens e 6 mulheres, distribudos em trs
faixas etrias (I: 20 a 40 anos; II: 41 a 60 anos; III: acima de 60 anos). Foram estudadas as 50
primeiras ocorrncias do ditongo < ey >, totalizando amostra de 600 dados. Os dados,
transcritos e codificados, foram submetidos anlise estatstica computacional pelo Programa
GOLDVARB X. Os resultados mostram que: a) em final de vocbulo seguindo de consoante, a
realizao padro do ditongo ficou com 74,7% e em final absoluto de vocbulo atingiu 89,5%.
Em interior de vocbulo, apresentou apenas 19,9% das realizaes; b) a monotongao, em
interior de vocbulo, atingiu 80,1%; em final de vocbulo seguido de consoante, 25,3%; em
final absoluto de vocbulo, 10,5% das ocorrncias. Embora trabalhos como o de Mota (1986),
Lopes (2002) e Toledo (2011) venham mostrando que existe uma tendncia a conservao do
ditongo < ey > em posies finais, observa-se que Alto Alegre apresenta uma taxa de
apagamento do glide tanto em final de vocbulo seguido de consoante quanto em final
absoluto de vocbulo, sobretudo nas faixas etrias mais velhas, fator considerado, pelo
GOLDVARB X, como importante para a no realizao do ditongo. Os falantes da faixa etria
III apresentaram percentual de 74,5% para apagamento do ditongo; j os falantes da faixa
etria II somaram 59,3% e os falantes da faixa etria I ficou 46,8%. Quanto aos fatores
lingusticos, o programa selecionou com mais importantes para a realizao do ditongo quanto
para realizao foi a consoante ou vogal subsequente e a tonicidade da slaba.
Resumo: O cinema, assim como outros alvos de conservao, pode ser avaliado como
herana cultural e, para preserv-lo, preciso considerar diversas questes complexas. Por
exemplo, quais critrios precisam ser estabelecidos para saber quais filmes devero ser
preservados? A Histria seria uma prioridade? As locaes, o contexto social? O governo
investe dinheiro baseando-se no argumento de que importante para a memria da sociedade.
Mas qual o sentido de preservar se depois a sociedade no vai ter acesso ao bem preservado?
Por que tudo to restrito? possvel preservar de forma democrtica? possvel realmente
transformar uma obra em patrimnio pblico? No basta apenas fazer com que as pessoas
fiquem conscientes sobre a relevncia da preservao. Porque, mesmo cientes de sua
importncia, ainda h a falta de recurso, de pessoal capacitado, de espaos adequados, de
equipamentos e de dilogo entre o Estado e as instituies. A preservao audiovisual nos
estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul encontra dificuldades semelhantes a outras
instituies fora do eixo de So Paulo e Rio de Janeiro. A centralizao de recursos e aes
nesses dois estados traz consigo uma srie de problemas e alvo de questionamentos em
torno das polticas culturais locais, por serem tradicionalmente privilegiados nas polticas
culturais brasileiras. O presente artigo busca entender como funcionam as polticas de
preservao audiovisual nos estados investigados. Foram utilizados o modelo proposto pelo
professor Albino Rubim no artigo Polticas culturais entre o possvel e o impossvel e as
abordagens da policy analysis. O resultado foi obtido atravs de entrevistas com
representantes de algumas instituies relevantes para o setor, anlises tericas sobre o
contexto das polticas culturais no Brasil, anlise das polticas culturais dos dois estados e de
documentos relevantes dos poderes pblicos, mapeamentos das principais instituies
detentoras de acervos audiovisuais nos estados e anlise das articulaes entre as aes
estaduais e federais. Alm das aes do Estado, falar em poltica cultural implica tambm falar
de relaes entre pessoas e entre instituies. Por trs de cada acervo audiovisual h uma
equipe responsvel que pode ajudar a compreender a poltica de preservao audiovisual nos
dois estados.
Resumo: O trabalho aborda acessibilidade de pessoas com deficincia sensorial, aquelas que
possuem perda auditiva e/ou perda visual, a espaos pblicos e resulta de um projeto de
extenso desenvolvido por discentes e docentes do Centro de Cincia, Tecnologia e
Sustentabilidade da Universidade Federal do Recncavo da Bahia, localizado na cidade de
Feira de Santana-BA. Na atualidade, a legislao brasileira atravs da Lei Federal n 10.098,
de 19 de dezembro de 2000, assegura o direito de mobilidade para todos os cidados,
independente da sua condio fsica, estabelecendo com esta finalidade normas de
acessibilidade. Estas diretrizes envolvem desde a construo de edifcios pblicos at a
eliminao de barreiras na comunicao, preconizando por exemplo a presena de
profissionais intrpretes de Libras e adaptao dos textos impressos para braile. Entretanto, o
cumprimento da lei enfrenta vrios obstculos, reforados dentre outros aspectos pelo
desconhecimento da sociedade sobre a temtica. Com o intuito de contribuir para atenuar e
eliminar essas barreiras, este projeto objetiva aprofundar os estudos sobre acessibilidade,
entendida como a condio que garante as pessoas com deficincia o uso com autonomia e
independncia dos espaos fsicos, dos mobilirios, dos equipamentos, dos transportes, dos
meios de comunicao e informao. Pretende-se ainda identificar e socializar a legislao
especfica sobre acessibilidade para a pessoa com deficincia sensorial, que orienta
modificaes na apresentao das informaes de sinalizao. Outro objetivo colaborar com
a sinalizao de espaos pblicos conhecendo as especificidades da comunicao da pessoa
com deficincia sensorial. De forma colaborativa, a metodologia do trabalho desenvolver
aes em parceria com o Centro de Apoio Pedaggico de Feira de Santana e especialistas das
Salas de Recursos Multifuncionais. Estes espaos institucionais foram escolhidos
intencionalmente, por receberem pessoas com deficincia sensorial cotidianamente. As
atividades envolvero estudos reflexivos sobre a temtica e vivncias de acessibilidade em
espaos pblicos do municpio j citado. Como resultado esperase disseminar prticas sociais
que garantam a efetivao do direito de ir e vir da pessoa com deficincia sensorial. Nesta
perspectiva, acredita-se contribuir para a criao e manuteno de ambientes acessveis,
democrticos e justos que assegurem a cidadania de todas as pessoas, respeitando e
reconhecendo a diversidade humana como direito de todos.
Resumo: O presente trabalho est atrelado a reflexes que emergem de experincias nas
aes extensionistas realizadas no mbito do Projeto Grupo de Ao e Formao Mltiplas
Sexualidades - UFRB/CFP desenvolvido na escola Centro Educacional Ana Lcia Magalhes,
localizada na cidade de Mutupe-Ba. O projeto envolve parte da comunidade escolar
(professores, funcionrios e alunos) e baseia-se na concepo da extenso como espao de
formao visando atividades, dilogos e aes conjuntas da escola juntamente com discentes
da UFRB. O objetivo principal neste trabalho fomentar a importncia das aes scio-
pedaggicas qualificadas e destacar sua capacidade de produzir gneros para o que usamos
como questo norteadora: como se fabrica pedagogicamente os gneros na escola e como
essas aes pedaggicas interferem na vida dos alunos? Nossa metodologia est ancorada no
mtodo cartogrfico- construo de mapas por meio de dispositivos de seleo qualitativa de
discursos, que utiliza-se da criao de aes formativas e polticas para produzir visibilidades
das vivncias mltiplas da sexualidade, problematizando os interditos das instituies culturais
que fabricam marcadores sociais, o que nos possibilita pensar sobre a qualidade das aes
pedaggicas. Ao gerar discursos, estes so analisados e classificados por meio de dispositivos
eleitos a partir da reiterao normativa das linguagens. Para tanto utilizamos como
procedimentos a organizao de oficinas, filmes e leitura dirigida. As oficinas e filmes foram
aplicadas aos professores, funcionrios da escola e os alunos separadamente, e tinham o
objetivo de captar e fornecer informaes, alm de promover discusso e reflexo sobre temas
como: gnero, sexualidade, normas sociais, entre outros; as leituras foram apenas para os
docentes e funcionrios, oportunizando aos envolvidos a incorporao de valores, refletir e
construir significados sobre estes temas. A discusso baseada em um repertrio terico que
desnaturaliza as prticas de gnero e sexualidade nesta instituio, problematizando as
questes que envolvem o gnero e a sexualidade para que seja possvel visibilizar o sexismo,
o machismo, a homofobia e o racismo nos espaos pblicos. Os resultados da analise dos
discursos apontam que a pedagogia fabrica os sujeitos que no percebem a contingncia e
provisoriedade das prticas pedaggicas, mas que, ainda assim esto produzindo um tipo de
feminino e um tipo de masculino hegemnicos, ligados a valores do mercado e do exerccio de
poder. As prticas produtoras de gnero e sexualidade so silenciadas como tal e aparecem
naturalizadas nos corpos dificultando a crtica e a resistncia, o que dificulta a construo de
uma pedagogia da diferena. Assim como as prticas desviantes so apagadas e/ou
invisibilizadas, sendo estas as que questionam diretamente as normas de gnero produzidas.
As aes de extenso/pesquisa procuram mediar a desnaturalizao e ampliar as
possibilidades da diferena como fora pedaggica.
Resumo: Desde 1996 a Lei Federal n 9.394 tem preconizado o atendimento educacional
especializado de forma complementar ou suplementar escolarizao dos estudantes com
deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotao,
matriculados em classes comuns. O funcionamento das SRMs apoia-se na garantia de um
espao rico em recursos materiais e com profissional especializado para contribuir com o
processo de escolarizao desses alunos. Reconhecendo-se a importncia dessa poltica, este
trabalho se props descrever como tem sido implementada as Salas de Recursos
Multifuncionais (SRMs) a partir da realidade de Feira de Santana-Ba. Para o desenvolvimento
desta investigao optou-se pelo estudo exploratrio, objetivando o conhecimento mais
aprofundado da realidade, sendo realizadas entrevistas com dois gestores municipais e
aplicados questionrios a 33 professores vinculados a SRMs. O
processo de implantao das SRMs no municpio de Feira de Santana foi iniciado em 2007,
embora o seu histrico inclua desde 2001 a implantao da Diviso de Ensino Especial na
Secretaria de Educao (SEDUC) a qual realizava o atendimento a pais, diretores e
professores para orientao e encaminhamentos a instituies da comunidade. Em 2002 foi
iniciado o atendimento a pessoas com Deficincia Visual, Auditiva, Intelectual e Dificuldades de
Aprendizagem. Segundo dados levantados na SEDUC, existem em 2016 na rede municipal de
ensino 53 Salas de Recursos Multifuncionais, alm do Centro Interprofissional de Atendimento
Educacional (InterEduc) que funciona como um centro especializado na rea de Educao
Inclusiva. Das 53 escolas com SRMs, 33 participaram da pesquisa. Do total de professores
participantes somente trs possuem menos de um ano de atuao na SRMs. Todos os
professores possuem Ensino Superior completo e 30 (94%) ps-graduao lato sensu, sendo
trs (9%) com curso de ps-graduao stricto sensu. Todos os professores informaram possuir
cursos na rea de atendimento a pessoas com deficincia. Quanto ao pblico alvo atendido
nas SRMs os professores informam existir alunos com: Deficincia Intelectual (300), Auditiva
(76), Fsica (65), Visual (46) e Transtornos Globais do Desenvolvimento (59), e no h registro
de estudantes atendidos com altas habilidade/superdotao. Tambm so atendidos
estudantes com: Dificuldades de Aprendizagem (25); sem diagnstico (25); Paralisia Cerebral
(18); TDAH (14); Transtorno de Comportamento (5); Doenas crnicas (3); Hipercinesia e
dficit psicomotor (5); Sndrome de Rett (1); Osteognese imperfeita (1); Deficincia Mltipla
(1). Segundo avaliao dos professores, a poltica governamental de distribuio dos recursos
de TA para SRMs considerada importante, porm algumas crticas so feitas como: no
considera a realidade especfica do pblico alvo atendido (9); tem sido desenvolvida de modo
assistencialista e pontual (2); ineficiente (3); burocrtica (3); precisa ser reavaliada quanto a
distribuio dos recursos (3); precisa prever formao continuada dos profissionais (3);
necessrio atualizao e manuteno dos recursos enviados (1); no garante a parceria da
gesto escolar (1). Esses dados demonstram a necessidade de reviso e atualizao
permanente dessa poltica que necessria para garantia da incluso escolar e social dos
estudantes com deficincia.
Resumo: O conhecimento cientfico uma ferramenta importante para a sociedade, pois ele
oferece algumas respostas interessantes frente nossas perguntas sobre o mundo natural.
No podemos negar a importncia da cincia na sociedade, todavia, muitas pessoas no
sabem o que cincia ou possui uma ideia distorcida sobre sua Natureza, a qual muito
comum ser aprendida por meio da distorcida abordagem dos meios televisivas (ex.: desenhos
animados, jornais) e tambm no raramente tal imagem reforada atravs do ensino das
cincias nas escolas e nas universidades. O objetivo desse trabalho, assim, est circunscrito
para uma resposta pergunta sobre como a sociedade concebe a formao de um cientista
enquanto diretamente associado a uma imagem da natureza da cincia. Neste sentido,
lanaremos mo das contribuies da filosofia e histria da cincia enquanto ferramenta de
grande valia para o sucesso da aprendizagem da natureza da cincia e da educao de um
cientista. Como maneira de averiguao e procedimento desta situao e efetivao dos
objetivos, recorremos a uma pesquisa qualitativa (na medida em que predominar uma
hermenutica comunitariamente respaldada das fontes utilizadas) e terico-explicativa
alimentada por textos, livros, artigos e outros materiais publicados em meios e por autores
reconhecidos nacional e internacionalmente. Como resultado da anlise, se percebe que
comum que estudantes e graduandos tenham uma imagem inadequada a respeito da cincia e
dos processos que formam um cientista. Assim, de acordo com esse resultado, tem-se a
presena notvel de vises estereotipadas acerca do cientista e de seu alcance e influncia no
mundo natural e na sociedade. Como exemplo de um inadequado esteretipo de cientista,
pode-se dizer que a palavra cientista produz na cabea das pessoas: sujeito do sexo
masculino, geralmente de etnia europeia ocidental (o que indica a necessidade de discutir
culturalismo e etnias na cincia), usando jaleco branco e culos, com cabelos despenteados,
de aparncia alternativa ou insana, isolados geogrfica e socialmente por meio de um
ambiente hermtico como laboratrios com produtos qumicos e equipamentos tecnolgicos
complexos, sendo gnios que no trabalham em equipe. Com isso, conclui-se, que as pessoas
possuem uma ideia equivocada sobre a cincia e que h necessidade de obter mais
discusses sobre filosofia e natureza da cincia nas universidades e principalmente nos cursos
de licenciatura, talvez at introduzindo e/ou ampliando disciplinas com estas funes, a
exemplo de filosofia e histria das cincias, viabilizando um ensino de excelncia para a futura
gerao.
Resumo: Este trabalho surgiu de uma proposta feita por uma das subcoordenadoras do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia (PIBID) da Universidade Federal do
Recncavo da Bahia Centro de Formao de Professores (UFRB-CFP). Nesta proposta, foi
sugerido que alguns bolsistas de extenso que trabalham com histrias em quadrinhos para o
ensino de cincias, ofertassem uma oficina de como construir as mesmas para os discentes do
9 ano, numa escola do recncavo baiano, e que os mesmos ministrantes supervisionassem a
construo dos quadrinhos com dicas, auxlio e discusso de pontos pertinentes tanto em
confeco das estrias/histrias como em conceitos fundamentais da cincia. Assim, na oficina
proposta descreveu-se um pouco do estado da arte dos quadrinhos, desde o incio da
comunicao visual por meio das pinturas rupestres ao que se chama propriamente de histria
em quadrinhos (HQs), em que houve um estilo de narrao em off que era escrita na parte
inferior da pgina, a introduo dos bales por Richard Felton Outcault, que foi um marco
nesse processo de estilizao. Dessa forma, falou-se de estrias/histrias em quadrinhos
conhecidas, como Turma da Mnica, X-Men, Homem Arranha, Super Man entre outros.
Tambm foi comentado sobre uma tese de doutorado que foi feito em quadrinhos nos Estados
Unidos da Amrica (EUA) por Nick Sousanis e como isso pode ser muito cativante e inspirador,
frisando a importncia de sempre mostrar que se pode usar vrios meios para ensinar e
aprender, e as HQs fazem parte desses meios de ensino e aprendizagem. Assim, destacou-se
a importncia de tudo o que se foi mencionado no incio da apresentao. Aps essa
discusso, mostrou-se como se deveria fazer uma histria quadrinizada, respeito claro a
criatividade, espao e individualidade dos participantes. Em seguida, os discentes
participantes, foram convidados para confeccionar histrias em quadrinhos sobre poluio, e
houve um momento compartilhador de emoes e conhecimento, em que a prpria professora
da turma, elogiou a oficina e a participao ativa dos alunos. Logo aps, foi pedido para que os
estudantes participantes da oficina, respondessem um pequeno questionrio sobre a oficina
ministrada. O resultado deste trabalho se d por meio da anlise dos questionrios e de
quadrinhos construdos, concluindo que a oficina foi proveitosa e contribuiu para os
participantes, alm de ser uma excelente ferramenta para o ensino e aprendizagem.
Resumo: Devido aos impactos causados pelo homem ao meio ambiente torna-se emergencial
a implantao da Educao Ambiental em todas as esferas da sociedade j que ela trabalha na
construo de uma conscincia crtica atuante e responsvel no ser humano, principalmente
nas instituies escolares, pois estabelecem conexes e informaes, contudo, muitos
educadores no esto preparados para trabalhar com a temtica, ficam presos ao livro
didtico, no contextualizam realidade os contedos que podem ser explorados na prpria
regio para desenvolver o carter crtico-transformador da comunidade escolar. Neste sentido,
foi desenvolvida uma prtica de extenso de Educao Ambiental no Colgio Estadual Jos
Bonifcio do municpio de Governador Mangabeira Bahia com intuito de desenvolver prticas
pedaggicas voltadas para Educao Ambiental; conscientizar os alunos sobre a importncia
da mudana de hbitos com relao s condies ambientais; e estimular os educandos a
serem multiplicadores dos conhecimentos adquiridos da temtica ambiental em sua
comunidade. As aes pedaggicas foram desenvolvidas semanalmente entre os meses de
Maro a Dezembro do ano de 2015 com um grupo de alunos das trs sries do ensino mdio.
Para a efetivao das mesmas foram realizadas pesquisas em artigos e sites procurando
relacionar os problemas a nvel mundial e local na cidade de Governador Mangabeira.
Tambm houve o cuidado em observar o desenvolvimento do aluno com relao ao assunto
proposto, se no alcanasse o esperado, retornavam as discusses para lev-lo reflexo e
compreenso. Foram empregadas diversas tcnicas pedaggicas para fomentar as discusses
nos encontros com os educandos, alm das aulas expositivas dialogadas que abordavam
temas ambientais inerentes ao cotidiano como resduos slidos, desmatamento, poluio dos
recursos naturais, escassez da gua potvel, consumismo, coleta seletiva, entre outros;
ocorreram tambm dinmicas, debates, anlise e reflexo de vdeos educativos e msicas,
discusso de textos, visita tcnica e oficinas de reciclagem resultando na confeco de puff e
vassouras de garrafa pet, sabo de leo de fritura, porta-trecos de latas de alumnio, molduras
a partir do rolo de papel higinico e ornamentao da frente da escola com a reutilizao de
pneus velhos. Estes objetos foram posteriormente apresentados pelos discentes na Feira de
Cincias do colgio para enfatizar alguns problemas e possveis solues a comunidade
interna e externa da escola. Eles tambm produziram o Jornal Ambiental para mostrar a
comunidade escolar o que realizaram e relatar os seus aprendizados. Muitas intervenes
quando marcadas por aprendizagens apropriadas, mesmas que simples produzem grandes
resultados e, em se tratando de Educao Ambiental, esta ao proporcionou a formao do
novo tipo de sujeito que as atuais demandas ambientais exigem, sujeitos ativos, alguns alunos
tornaram-se agentes multiplicadores em suas comunidades rurais. Em virtude dos fatos
mencionados, fica evidente que esta interveno incentivou o senso crtico e reflexivo dos
discentes para com a realidade socioambiental construdo de forma coletiva, reforado atravs
das suas aes externas ao ambiente escolar, mas para isto ocorrer foi primordial a mediao
dos professores para promover a conscincia de que o meio ambiente um bem coletivo e
mostrar que pequenas mudanas de atitudes dirias fazem grandes diferenas.
Resumo: Diante de uma crise socioambiental que vem afetando a sociedade e que tem sido
uma preocupao mundial, a busca por aes que possam reverter e/ou desacelerar o
processo de degradao ambiental e que ainda assim, garantam o uso dos recursos naturais
afianando processo de desenvolvimento, configura-se em um grande desafio para a
sociedade atual. Em meio a estes conflitos, a pesquisa com prticas inovadoras ganha fora e
novas vertentes, onde a Educao Ambiental (EA) constitui um dos braos dessa pesquisa e
vem crescendo nos ltimos anos. O projeto foi desenvolvido e vivenciado na Escola Municipal
Carlos Pereira da Silva em Cabaceiras do Paraguau, no perodo de maro a outubro d 2015.
Participaram das aes os gestores, professores, funcionrios, alunos e seus familiares.
Inicialmente foi feito um estudo do estabelecimento de ensino, depois uma visita in loco
escola e a partir da iniciaram-se as atividades em sala de aula. Os alunos foram
continuamente submetidos a aulas tericas e atividades para fixao, para posterior avaliao
do contedo assimilado. Utilizando aulas expositivas, os temas abordados foram: Meio
Ambiente, Educao Ambiental, Tipos de Lixo, Preservao do Meio Ambiente, Coleta Seletiva
de Lixo, Fontes Renovveis de Energia, Desmatamento e Compostagem. Logo aps, os alunos
foram expostos s realidades da sua localidade e, atravs das aulas prticas, foram orientados
a associar o que aprenderam com o que vivenciaram. Foram trabalhadas ainda, as diversas
formas de reaproveitar os materiais reciclveis, tais como: horta suspensa com garrafa pet,
vaso para flor com garrafas de cerveja e barbante e molduras para quadros e espelhos com
rolos de papel higinico. Durante a realizao do trabalho assumimos o desafio de criar uma
interao maior entre aluno e os diversos problemas que envolvem o meio ambiente e assim
mudar a temtica pedaggica ento utilizada, mostrando que pode sim ser interessante
trabalhar sobre Educao Ambiental e despertar o interesse doa alunos envolvidos. Este
trabalho alcanou bons resultados a partir do momento em que foi possvel transmitir aos
alunos dessa escola, professores, funcionrios e comunidade os diversos meios de
implementar prticas inovadoras de EA no apenas no ambiente escolar, mas na vida em
comunidade.
Resumo: Sistemas de produo hidropnica podem ser muito atrativos para novos
empreendimentos agrcolas, agregando vantagens adicionais com um menor impacto
ambiental, devido maior eficincia do uso da gua e de fertilizantes, menor incidncia de
pragas e patgenos e, portanto, reduo no uso de defensivos agrcolas. Outro aspecto que
pode ser muito atrativo, sobretudo na regio Semirida, diz respeito utilizao desse sistema
para o aproveitamento de guas salobras. Essa vantagem proporcionada pela alta frequncia
de recirculao da gua e nutrientes, mantendo as plantas em ambiente saturado, o que reduz
ou anula os efeitos do componente potencial matricial sobre o estresse hdrico. Nesse caso,
espera-se que esse estresse hdrico em hidroponia seja majoritariamente proporcionado pelo
efeito osmtico (potencial osmtico da gua), ao contrrio do que se espera em condies de
cultivo em solo, onde o efeito do potencial osmtico se soma ao efeito do potencial matricial. O
presente trabalho foi conduzido em sistema hidropnico do tipo DFT (Tcnica do Fluxo
Profundo, do ingls Deep Flow Technique), com o objetivo de avaliar o cultivo de Chicria
(Cichorium endivia L.) submetida a cinco diferentes nveis de condutividade eltrica da gua:
0,34; 1,5; 3,0; 4,5; 6,0 dS m-1. Com essa perspectiva de viabilidade da produo de chicria
com guas salobras, o presente estudo buscou avaliar a produo de uma cultivar nacional (cv.
Dafne) sobre as condies climticas do Recncavo Baiano. A soluo nutritiva utilizada foi
baseada na formulao indicada para hortalias folhosas. O experimento foi conduzido em
blocos aleatorizados, com oito repeties em 40 parcelas. Essas guas foram utilizadas tanto
no preparo da soluo nutritiva como na reposio da evapotranspirao da cultura. A
frequncia de recirculao da soluo nutritiva era de 0,25 horas, com durao de 15 minutos
cada evento. Foram observadas plantas com queima das bordas foliares em folhas novas,
sintoma tpico da deficincia de clcio. Mas, esses sintomas no foram atribudos salinidade
da gua. Registrou-se reduo linear do consumo hdrico acumulado e da produo de massa
de matria fresca da parte area da chicria na ordem de 5,93% e 6,24%, respectivamente, em
funo do aumento da salinidade da gua. Como esperado houve efeito significativo entre os
tratamentos, culminando em reduo da massa de matria fresca da parte area e consumo
hdrico acumulado.
Resumo: A apicultura a criao de abelhas para a obteno de produtos como o mel, plen,
geleia real, cera, dentre outros. No Brasil, essa atividade desenvolvida com abelhas Apis
mellifera, que no so nativas das Amricas. Essas abelhas foram introduzidas no pas
juntamente com o processo de colonizao e imigrao. Porm na dcada de 50, devido alta
mortalidade e baixa produo dessas abelhas, foi introduzida a subespcie africana A. m.
scutellata, para estudos genticos, essas abelhas fugiram do apirio onde os estudos estavam
sendo realizados e miscigenaram-se com as subespcies europeias existentes, formando o
polihbrido denominado abelha africanizada, existente em todo o Brasil e parte das Amricas.
Esta atividade considerada sustentvel, pois contribui para preservao e manuteno das
vegetaes nativas. Alm de gerar renda e a auxiliar na permanncia digna e cidad das
populaes locais. A apicultura amplamente desenvolvida na Bahia, que o maior produtor
nordestino e sexto maior produtor brasileiro de mel. Sendo as cidades da regio norte do
Estado importantes produtoras. E em sua maioria estas cidades possuem vegetao tpica do
bioma Caatinga. Buscando avaliar o impacto da atividade apcola em rea de Caatinga, este
trabalho avaliou a atividade apcola em 22 cidades pertencentes aos territrios da Chapada
Diamantina, Piemonte do Paraguau e Bacia do Jacupe. Para tanto foi feito o levantamento
dos municpios produtores nos territrios citados, bem como sua produo apcola, presena
de associaes e ou cooperativas, bem como, o nmero de produtores exercendo a atividade
apcola. O maior produto apcola comercializado na regio o mel. Os 22 municpios
produziram mais de 66 toneladas de mel, possuindo cadeia organizada com associaes e
cooperativas, que possuem casa de processamento do produto, garantindo a quantidade
destes. Das 22 cidades, 10 possuem produo menor que uma tonelada, sendo constitudo por
pequenos produtores, em cidades sem associaes, o que pode ser um dos motivos para a
baixa produo. Normalmente esses produtores viajam at as cidades vizinhas que possuem
casa de mel (local onde ocorre a extrao e beneficiamento do mel), e a produo pode ser
computada como dessas cidades e no dos locais de origem. Os maiores produtores foram
Ruy Barbosa (9.338 Kg), Itaberaba (8.440), Palmeira (8.000Kg). As associaes foram
encontradas nas cidades que possuem produo acima de uma tonelada e com nmeros
maiores ou igual a 10 apicultores, existindo seis associaes e cinco cooperativas nos
territrios estudados. Foi confirmado que 254 produtores exercem a atividade apcola, onde o
nmero variou de um (Ia) a 25 apicultores (Vrzea da Roa e Ruy Barbosa). No entanto,
acredita-se que em torno de 300 produtores uma vez que, em sete cidades no foram
encontrados registros sobre o nmero de apicultores. Como a apicultura desenvolvida por
pequenos produtores nesses territrios, essa atividade funcionaria como complementao da
renda familiar. Nesse sentindo, a atividade apcola, pode funcionar como um fator de
preservao do bioma Caatinga, pois os produtores precisam conservar a flora local para a
manuteno das abelhas e consequentemente obteno do mel.
Resumo: A presena de sdio (Na+) no substrato tem ocasionado reduo no crescimento dos
vegetais, em virtude desse on causar, entre outros efeitos negativos, mudana na capacidade
fotossinttica das plantas. Assim, o objetivo do presente trabalho foi o de avaliar a influncia
desse estresse abitico sobre o crescimento e a absoro e distribuio de Na+ em plantas de
mandioca. O estudo foi desenvolvido em cassa de vegetao e as plantas cultivadas em potes
de 14 L. O estresse salino foi induzido pela adio de NaCl soluo nutritiva, para se atingir
as seguintes concentraes, em mM: 0, 20, 40, 60. Aos 110 dias o experimento foi encerrado e
as massas secas determinadas. A anlise qumica de Na+ foi realizada apenas nos tecidos
vegetais dos tratamentos 0 e 60 mM de NaCl, seguindo os procedimentos analticos descritos
por MALAVOLTA et al. (1989). Com base no percentual de reduo no acmulo de massa
seca das razes tuberosas (81% menor sob 60 mM de NaCl) foi deduzido que essa cultivar de
mandioca bastante sensvel salinidade do solo. Para plantas crescidas sem salinidade, a
mais alta concentrao de Na+ foi observada nas razes de absoro (AR) e a mais baixa no
caule + pecolo. O aumento de 0 para 60 mM aumentou consideravelmente a concentrao de
Na+ em todos os rgos das plantas. Para plantas crescidas sob estresse salino as seguintes
concentraes de Na+ foram observadas, em g kg-1 de massa seca: caule + pecolo (15,6);
razes de absoro (10,9); folhas (3,67) e razes tuberosas (2,56). Ou seja, as razes de
absoro retiveram uma parte considervel do Na+ absorvido, mas grandes quantidades foram
translocadas para a parte area. Entretanto, o caule + pecolo retiveram a maior parte do Na+
translocado, protegendo as folhas, que so locais de ocorrncia de importantes reaes
fisiolgicas e bioqumicas. A mais alta concentrao de Na+ nas razes de absoro tambm
indica que as razes tuberosas foram protegidas do Na+ em excesso que no foi translocado
para a parte area. O amarelecimento e absciso das folhas mais velhas das plantas
cultivadas sob a mais alta concentrao de NaCl sugerem que essa parte da planta acumulou
grandes quantidades de Na+, indicando que esse aspecto tambm possa ter sido parte da
estratgia das plantas de mandioca para proteger os pices foliares e as folhas mais novas.
Assim, os resultados, quando tomados em conjunto, indicam que a forma como o Na+
distribudo, principalmente para o caule+pecolo, razes de absoro e folhas mais velhas,
contribui para amenizar o efeito negativo da salinidade sobre o crescimento da mandioca.
Resumo:
Os Isopteras tambm popularmente conhecidos como cupins so insetos sociais que vivem em
colnias constitudas de centenas e at milhares de indivduos, tem grande importncia para o
funcionamento de muitos ecossistemas tropicais, mas suas populaes podem ser bem
vulnerveis a perturbaes ambientais. As formas jovens do 1 estdio so aparentemente
iguais, mas no 2 estdio elas se diferenciam em dois tipos principais: as larvas de cabea
pequena e as de cabea grande. Esta diferenciao resultar na diviso entre os indivduos
estreis ou neutros dos reprodutores.Objetivo do trabalho foi observar e levantar hipteses da
influncia de cupins que ocorrem em cupinzeiros em uma rea do campus da UFRB em Cruz
das Almas-Ba, e de seus pontos positivos e negativos, bem como sua interao com outros
indivduos no mesmo habitat.Materias e mtodos: O trabalho foi realizado na rea de pastio,
em frente ao pavilho 2 no espao fsico da UFRB, localizado no Municpio Cruz das Almas -
BA, latitude de 22o42‟ S, longitude 47o38‟ W e altitude de 220 m. O clima da
regio classificado como mido a sub-mido, com umidade relativa e temperatura mdia
anual de 80% e 24oC, respectivamente, e pluviosidade mdia anual de 1.143 mm
(DANGIOLELLA et al., 1998). Nessa plancie, a vegetao caracterstica por pastagem do
tipo baquearia e plantio de eucalipto. A observao foi realizada de forma ativa nos ninhos em
pastagem e nos troncos das arvores, totalizando (8) ninhos, sendo 5 de cupins e 3 de formigas.
A identificao dos ispteros foi feita atravs de chaves de identificao. Observou-se se houve
durante o desenvolvimento do trabalho alguma interao direta ou indireta entre estes
indivduos foram anotados em campo para posterior classificao de grupos e analise da
influncia dos cupins sob a vegetao local.Resultados: Foi identificada a presena de cupins
da famlia (Termitidae) e a presena de duas espcies, Cornitermes cumulans conhecidos por
formarem seus ninhos em forma de montculo, comuns em pastagens e Nasutitermes corniger
conhecidas por construrem seus ninhos sobre as arvores. Aps avaliao das espcies
percebeu que no ocorreu interao devido as diferenas de hbitos entre as espcies, tanto
em relao a forma de se alimentar, quanto na formao de seus ninhos. Em relao aos
cupins de montculo, de um modo geral estes no representam ameaa real produo
agrcola. Estes cupins so altamente combatidos por serem considerados pragas estticas,
uma vez que conferem s pastagens aparncia de degradao e abandono. J a espcie
arborcola, N. corniger prefere o alburno ao cerne da madeira, mas ataca madeiras duras ou
moles, secas ou midas, manufaturadas ou no (Bandeira et al., 1998). Foi observado que
reas onde no havia colnias, as arvores mantiveram sua estrutura natural.
Palavras-chave: Insetos,Populaes,Interao
Resumo: O iogurte uma bebida natural, obtido pela fermentao do leite desnatado ou
padronizado por meio da ao do Lactobacillus delbrueckii SSP bulgaricus e Streptococcus
thermophilus, que pode ser servido com frutas, chocolate ou mesmo vendido em vrias opes
de sabores. O objetivo dessa pesquisa foi buscar conhecimento sobre a melhor concentrao
de poupa de graviola (Annona muricata) em iogurte natural com leite de cabra, este teve como
enfoque o processamento do iogurte de fruta, levando em conta a cor, sabor, aroma e acidez.
Devido grande procura de alimentos saudveis, tendo em vista que o consumo de iogurte.
Para analise de concentrao, foram utilizadas quatro amostras com concentraes de A1- 5%,
A2- 10%, A3- 15% e A4- 20% do concentrado da polpa de graviola em 1 litro de iogurte natural.
Para analise de concentrao, foi realizado um teste sensorial entro dias 11 14 de junho de
2016, no pavilho de aula 1, campos da Ufrb em Cruz das Almas Ba, com uma mdia de 50
participantes que opinaram sobre a cor, sabor, aroma e aparncia nas concentraes de
A1(5%), A2(10%), A3(15%) e A4(20%) do concentrado da polpa de graviola em 1 litro de
iogurte natural, sendo que a amostra A2 apresentou melhor resultado nos itens pesquisado,
com uma mdia de 7,78, a uma concentrao de 10% de polpa de graviola Observando o
iogurte sob um ponto de vista de produo caseira o iogurte de fcil produo, manipulao e
econmico, obtendo-se uma quantidade de iogurte maior que a quantidade de leite utilizado. O
teor final de cido lctico de 0,65% para o iogurte atendeu ao requisito exigido pela legislao.
Portanto, foi obtido um iogurte timo para o consumo.Os resultados deste estudo mostraram
atravs da metodologia de superfcie de resposta que a melhor condio para a melhor
concentrao de iogurte natural com polpa de graviola de 10%, com base no aroma, cor,
consistncia e sabor mas provvel para aceitao no mercado, Conferindo ainda, economia ao
processo produtivo e reduo de impactos ambientais causados pelo descarte do soro de leite.
Observando o iogurte sob um ponto de vista de produo caseira o iogurte de fcil produo,
manipulao e econmico, obtendo-se uma quantidade de iogurte maior que a quantidade de
leite utilizado. O teor final de cido lctico de 0,65% para o iogurte atendeu ao requisito exigido
pela legislao. Portanto, foi obtido um iogurte timo para o consumo.
Resumo: O amendoim (Arachis hypogaea L.) uma das oleaginosas mais cultivadas no
mundo e de grande importncia socioeconmica no recncavo da Bahia. de grande
importncia realizar estudos sobre os legumes e gros de amendoim produzidos, assim como
no que diz respeito s formas de armazenamento praticadas pelos produtores. Objetivou-se
com este trabalho avaliar a qualidade fisiolgica de sementes de amendoim acondicionadas
em legumes (vagens) e em garrafas PET, em trs tempos de armazenamento, alm de
observar o efeito da aplicao de diferentes doses do bioativador Fertiactyl LEG na
emergncia de plntulas em areia lavada. Foi realizada a avaliao da qualidade fisiolgica de
sementes de amendoim de pelcula vermelha do grupo valncia, em trs tempos de
armazenamento: quando se alcanou a secagem (T0), aps quatro (T2) e oito (T3) meses, com
sementes armazenadas em garrafas PET e nas vagens. No momento da montagem dos
experimentos, as sementes passaram por tratamento com o bioativador Fertiactyl LEG, nas
dosagens de 4,0, 8,0 e 12,0 mL kg-1, mais o tratamento controle, sem a aplicao do produto.
O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com quatro repeties, em esquema
fatorial 4 x 3 (doses do bioativador x tempos de armazenamento), em vagens e garrafas PET
separadamente. Foram avaliados o comprimento e massa seca da raiz, alm do dimetro da
haste de plntulas de amendoim. Os dados foram submetidos ANAVA e ao se detectar
significncia na interao, foi aplicado o teste de regresso. As curvas resultantes para as
sementes armazenadas em vagens e garrafas PET, assim como nas diferentes pocas de
avaliao, apresentaram variaes com a mudana das doses do bioativador, independente da
varivel analisada, com aumento contnuo no comprimento das razes ao se elevar a dose nos
T1 e T3 para vagens, ao contrrio das PET que apareceu com variaes de acrscimos e
decrscimos a depender da dose aplicada, ocorrendo tendncias similares no T2 para PET e
vagens. No caso da massa seca nos T1 e T3 para vagens e T2 e T3 para PET, as curvas
mantiveram-se quase constantes, enquanto que T2 em vagem e T3 em PET apresentaram
aumento seguido de queda com o acrscimo nas doses. Para dimetro da haste, os tempos T1
e T2 mantiveram tendncias similares de elevao seguido de decrscimo tanto em vagens
como em PET, o que no foi observado no T3 que apresentou queda com posterior aumento
para vagens, com variao contrria para as plntulas oriundas de sementes armazenadas em
garrafas PET. As trs variveis apresentaram incrementos com a utilizao do Fertiactyl LEG
nas sementes, condicionando maior vigor s plntulas, independente da forma de
armazenamento e tempo de avaliao, o que comprova a eficincia desse bioativador, uma vez
que na sua composio esto includos cidos orgnicos, aminocidos e minerais fornecedores
de cobalto e molibdnio, o que permite uma maior expresso do potencial gentico das
sementes, alm de promover melhor enraizamento, o que resulta em maior absoro de
nutrientes, tolerncia ao stress hdrico ou excesso de calor e crescimento rpido.
Resumo: O projeto teve como objetivo principal o desenvolvimento de estudos para controle
fsico de plantas daninhas utilizando altas temperaturas (controle trmico) em uma cultura
frutfera perene (citros, abacaxi, manga, uva, goiaba...) atravs da avaliao da eficincia
agronmica do uso de um equipamento flamejador a campo. Tecnologia conhecida como
flamejamento, pois utiliza uma mquina que foi idealizada, adaptada e desenvolvida pelo
bolsista para a realidade do cultivo do abacaxi, para a aplicao do lana-chamas de modo
controlado, direcionando a aplicao do calor em determinadas reas por um curto espao de
tempo. Sendo assim a tcnica do flamejamento tem como objetivo a exposio das plantas
daninhas ao calor, por um curto espao de tempo, o suficiente para evaporar a gua contida
nas clulas das plantas, destruindo a habilidade das plantas em movimentar a gua e realizar a
fotossntese, causando assim o seu murchamento e morte.Sobre os resultados obtidos: Para
coleta de dados foi realizadas amostragens sistemticas aplicando-se uma malha de
amostragem de tamanho regular que facilitasse a identificao dos pontos amostrais no campo
onde foram coletadas amostras simples. Para a realizao das coletas de dados foram
alocadas 75 reas amostrais de 1m2, equidistantes uma das outras, constituindo uma malha
retangular com 5 linhas e 15 colunasForam identificadas 21 espcies de plantas daninhas,
sendo o: Capim Carrapicho (Cenchrus echinatus L. (CCHEC)); Capim Flecha
(Tristachya Leiostachya); Malva (Malva moschata); Quebra Pedra (Phyllanthus
niruri); Tinga (Digitaria ciliares (Retz.) Koeler).As de maior ocorrncia, respectivamente.
Quanto s fases de desenvolvimento das espcies na maioria dos pontos as plantas foram
classificadas nas fases vegetativa avanada e reprodutiva, nestes casos a estratgia para
controle precisa foi ajustada requerendo maior consumo de GLP devido ao desenvolvimento
avanado das plantas daninhas. Aps 10 dias da aplicao do tratamento foi realizada a
avaliao do controle atravs da anlise de cada ponto da malha. Gerando assim um
grfico.Para avaliao do efeito do tratamento no ponto foi utilizada uma escala de nota sendo
0 (Zero) Sem controle e 5 Controle total. O controle das plantas daninhas no foi eficiente
em todos os pontos observados e o controle total, ou seja 100%, no foi observado.Em 54 %
dos pontos o controle foi inferior a 40 %, sendo considerado baixo e muito baixo, em 16 % dos
pontos foi considerado regular e 28 % dos pontos foi considerado alto. Porm, um aspecto
importante que somente um ponto no apresentou controle, indicando que as plantas
daninhas sofreram influncia do calor e que ajustes precisam ser feitos para melhorar a
eficincia dos tratamentos. Das espcies de maior ocorrncia citadas anteriormente todas
foram controladas pelo calor. Algumas espcies de menor ocorrncia no foram controladas o
que no significa baixa eficincia do tratamento, mas, provavelmente, falha de aplicao. A
falha na aplicao nas entrelinhas dos abacaxizeiros (parte central) foi constatada em 69
pontos e nas laterais foi observada em 49 pontos.Vale ressaltar que dos 75 pontos observados
no houve nenhum efeito nos abacaxizeiros.
Resumo: O projeto teve como objetivo principal o desenvolvimento de estudos para controle
fsico de plantas daninhas utilizando altas temperaturas (controle trmico) em uma cultura
frutfera perenes (citros, abacaxi, manga, uva, goiaba...) atravs da avaliao da eficincia
agronmica do uso de um equipamento flamejador a campo. Tecnologia conhecida como
flamejamento, pois utiliza uma mquina que foi desenvolvida pelo bolsista para a realidade do
cultivo do abacaxi, para a aplicao do lana-chamas de modo controlado, direcionando a
aplicao do calor em determinada reas por um curto espao de tempo. Sendo assim a
tcnica do flamejamento tem como objetivo a exposio das plantas daninhas ao calor, por um
curto espao de tempo, o suficiente para evaporar a gua contida nas clulas das plantas,
destruindo a habilidade das plantas em movimentar a gua e realizar a fotossntese, causando
assim o seu murchamento e morte. Tais mquinas podero ser utilizadas tanto em reas de
agricultura orgnica, como em reas de agricultura convencional, como alternativa na produo
integrada. Esta tecnologia j vem sendo utilizada em pases como Estados Unidos, Sucia,
Alemanha, Austrlia e representa uma opo tanto para os agricultores que no utilizam o
controle qumico em suas culturas como para aqueles que realizam manejo integrado de
controle fitossanitrio. O projeto original dessas mquinas atende s caractersticas
particulares dos pases onde foram desenvolvidas, assim tornam-se necessrias adaptaes
de forma que as mesmas venham atender satisfatoriamente s diversidades encontradas na
agricultura brasileira. No Brasil os primeiros trabalhos da aplicabilidade da tecnologia tiveram
incio atravs da iniciativa privada e, posteriormente passou a ser estudada por pesquisadores
da Universidade Estadual de Campinas UNICAMP e do Instituto Agronmico de Campinas IAC,
projeto submetido a Agencia FAPESP . Concomitantemente aos estudos, a empresa Antoniosi
desenvolveu uma mquina adequada para as condies de aplicao na cultura de citros. A
adoo da tecnologia por produtores poder ajudar na reduo da quantidade de produtos
qumicos utilizados em diversas culturas (perenes e anuais), ou ainda, ser associado aos
equipamentos convencionais de cultivo mecnico ou mesmo substitu-los.O equipamento que
foi desenvolvido para a realidade da cultura do abacaxi e foi utilizado, foi denominado de Bike
Flamer, onde contem trs queimadores do modelo LT 2 x 8 D Red Dragon LiquidTorch, um
botijo de gs modelo P8 uma estrutura articulvel onde se configura o chassis do projeto.
Resumo: A Agave sisalana uma espcie que possui mecanismo fotossinttico CAM, pois,
apresenta caractersticas morfoanatmicos que contribuem para minimizar a perda de gua,
como a presena de cutcula e folhas modificadas de modo a diminuir a rea foliar, contudo,
estas caractersticas no so suficientes para favorecer a sobrevivncia de mudas
micropropagadas durante a fase de aclimatizao. Um dos fatores mais limitantes da
micropropagao a fase de aclimatizao. Este trabalho teve como objetivo avaliar as
respostas morfolgicas de plantas micropropagadas do sisal hbrido 11648 durante a fase de
pr-aclimatizao e aclimatizao em funo de diferentes condies in vitro. Como explantes,
foram utilizadas plantas micropropagadas de sisal hbrido 11648 com 3 cm de altura. Os
explantes foram transferidos para tubos de ensaio contendo meio MS com diferentes
concentraes dos sais (MS ou MS) e de sacarose (15 ou 30 g L-1) e vedados com tampa
plstica (TP) ou fita hipoalergnica micropore 3M (FT). As culturas foram mantidas em sala
de crescimento com temperatura de 25 2C, densidade de fluxo de ftons de 60μmol m-
s-1 e fotoperodo de 16 h. Cada tratamento foi composto por 20 repeties, sendo que cada
repetio foi composta por uma planta por tubo. As culturas foram mantidas em sala de
crescimento com temperatura de 25 2C, densidade de fluxo de ftons de 60μmol m-
s-1 e fotoperodo de 16 h. Aps 45 dias foram avaliados o nmero de folhas, comprimento de
parte rea, porcentagem de explantes enraizados, nmero de razes, comprimento da maior
raiz, massa fresca de parte area, massa fresca de raiz, massa seca da parte area, massa
seca de raiz rea foliar e sobrevivncia. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente
casualizado, em esquema fatorial 2x2x2 (concentraes de sais do MS, concentraes de
sacarose e tipo de vedao) totalizando 8 tratamentos. Cada tratamento foi composto por 10
repeties, sendo que cada repetio foi composta por uma planta por tubo. A concentrao de
30 g L-1 de sacarose combinada com a concentrao de 50% de sais do meio MS favoreceu o
crescimento e a sobrevivncia de plantas do hbrido 11648, independente do tipo de vedao.
Resumo: Variaes nos atributos dos solos so ocorrentes em reas sob explorao
agropecuria devido s prticas de manejo e uso do solo, a exemplo das reas sob produo
de pastagem, que so agredidas por um grande volume de pisoteio animal, causado pelos
rebanhos. O objetivo deste trabalho foi realizar uma avaliao detalhada da densidade do solo,
volume total de poros e distribuio da macro e microporosidade de solos sob cultivo de
pastagem, com diferentes prticas de manejo e culturas, na regio de Cruz das Almas BA.
Para cada classe de solo, sistema de manejo e prtica cultural selecionada, as amostragens
foram feitas ao longo de um transecto posicionado no sentido do maior comprimento da gleba
de cada rea. Para cada ponto selecionado foram feitas coletas de amostras indeformadas,
utilizando o amostrador de Uhland nas profundidades de 0 a 0,10; 0,10 a 0,20 e 0,20 a 0,40 m.
Aps as coletadas, as amostras seguiram para o laboratrio, onde foram beneficiadas e
posteriormente encaminhadas para anlises fsicas. Para a densidade do solo as amostras
foram colocadas em estufa por 24h para determinao do peso seco e a partir da relao entre
a massa da amostra seca em estufa a 105 e o volume do cilindro obteve-se o valor da
densidade do solo. Para o volume total de poros, macro e microporosidade, cada amostra
contida nos cilindros foi saturada em H2O por 24 horas, pesada e levada a mesa de tenso,
com ponto de suco regulado para 60 centmetros, por um perodo suficiente para que toda
gua presente nos macroporos fosse drenada. Decorrido esse perodo, as amostras foram
pesadas, obtendo assim o peso do solo mido que foi submetido a suco e levadas estufa
(105), onde permaneceram por 48 horas, para que toda umidade presente no solo fosse
eliminada. A partir dessas informaes foram calcadas a microporosidade de cada amostra. A
porosidade total das amostras foi calculada pela diferena entre os pesos das amostras,
subtraindo o valor da massa da amostra saturada (com todos os poros preenchidos por gua) e
o valor da massa da amostra seca em estufa a 105 (com todos os poros vazios) divididos pelo
volume do cilindro. A macroporosidade tambm foi calculada por diferena, neste caso, entre a
porosidade total e a microporosidade. Os resultados obtidos no estudo para cada varivel
analisada foram submetidos, primeiramente, anlise estatstica descritiva para as
determinaes da mdia e desvio padro. Anlises de varincia para verificao dos efeitos
das fontes de variao e comparaes mltiplas de mdias pelo teste de Scott-Knott a 5%
foram tambm realizadas. Os resultados obtidos mostraram que os valores de densidade do
solo, porosidade total, macro e microporosidade se mostraram variveis entre as reas e
profundidades avaliadas e dentre as reas amostradas, manejo especfico visando a
recuperao da qualidade fsica do solo deve ser realizado, principalmente nas reas 4, 5, 6 e
7, as quais se destacam com valores mais elevados de densidade do solo.
Resumo: A palma forrageira nativa do Mxico, e foi introduzida no Brasil por volta de 1880,
em Pernambuco, atravs de sementes importadas do Texas EUA, conseguindo boa
adaptao. Em sua famlia existem 178 gneros com cerca de 2.000 espcies conhecidas.
Todavia o gnero Opuntia e o gnero Nopalea espcie Nopalea Cochenillifera Salm -
compreendem as espcies mais utilizadas como forrageiras no Brasil. A palma um alimento
energtico, rico em carboidratos no-fibrosos, alto teor de cinzas, embora possua baixos teores
de protena bruta e fibra em detergente neutro. Trabalhos de melhoramento com a palma
forrageira vm sendo desenvolvidos no Brasil a mais de 20 anos. Nestes programas objetiva-
se a obteno de cultivares que apresentem boas caractersticas agronmicas e zootcnicas
alm de resistncia as principais pragas e doenas, devendo-se considerar o grupo de clones e
o desempenho do clone quanto aos caracteres de maior relevncia. O objetivo geral do
trabalho foi avaliar gentipos de palma forrageira utilizando descritores morfoagronmicos. O
experimento foi conduzido na Fazenda Bocaiva, localizada no distrito de Humildes em Feira
de Santana, Bahia. Para implantao da rea experimental foram utilizados dois gentipos de
palma mida (Nopalea Cochenillifera Salm.), sendo um selecionado por Jesus (2013) e um
utilizado como testemunha (IPA Sertnia), tambm de palma mida. O delineamento
experimental foi montado em blocos casualisados (DBC), com quatro repeties e dois
tratamentos. No plantio utilizou-se um claddio por cova, na posio vertical, obedecendo ao
espaamento de 1.0 x 1.0 m. Para avaliao morfoagronmica foram utilizadas as medidas da
planta e do claddio. Na planta foram avaliados os seguintes caracteres: altura total, largura,
hbito de crescimento e nmero total de claddios. Para avaliao dos claddios foram
utilizados os seguintes caracteres: comprimento, largura e dimetro. Aps as avaliaes de
campo foram efetuadas anlises de varincia e o teste Tukey no software SISVAR. No teste de
mdias, o clone IPA-sertnia apresentou os melhores valores para as variveis: comprimento
de claddios, dimetro de claddios e rea de claddios, sendo respectivamente: 18.89 cm,
15.56 mm e 105.55 cm. Em relao s variveis altura de planta, largura de planta nmero
total de claddios e largura de claddios, o clone V26 apresentou melhores valores, sendo eles
50.77, 66,47, 28.49 e 8.55, respectivamente. Dessa forma, encontra-se superioridade no clone
trabalhado (V26) em relao a sua testemunha (IPA-sertnia) nos principais caracteres de
interesse, tendo este clone boas possibilidades de utilizao. O coeficiente de variao
interpretado como a variabilidade dos dados em relao mdia. Quanto menor o CV mais
homogneo o conjunto de dados. Dessa forma, para os valores trabalhados, os CV(%) foram
baixos para os caracteres de altura de planta (AP), comprimento mdio dos claddios (CC) e
largura dos claddios (LC) e mdios para os caracteres largura de planta (LP), dimetro do
claddio (DC) e rea do claddio (AC), demonstrando a ocorrncia de bom controle
experimental. O clone V26 apresentou superioridade em relao a sua testemunha.
Resumo: O feijo caupi uma das leguminosas mais cultivadas nas regies Norte e Nordeste
do Brasil. Representa uma importante fonte de protena, vitaminas, fibras e minerais, alm
disso, gera emprego e renda nessas regies. A utilizao de preparados homeopticos tem
trazido vrios benefcios no cultivo de plantas, destacam-se aumento da imunidade vegetal,
sementes mais vigorosas, aumento da produo de princpios ativos e, alm disso, no deixam
resduos no solo. O objetivo do trabalho foi observar o efeito do preparado homeoptico
Arsenicum album 6CH na emergncia de sementes sadias de feijo caupi. O experimento foi
conduzido no municpio de Cruz das Almas - Ba, no perodo de 20 dias. O medicamento
homeoptico Arsnicum album 6 CH, foi adquirido em farmcia de manipulao. Os
tratamentos foram: T1 feijo caupi semeado em vaso plstico com uso de preparado
homeoptico, T2 feijo caupi semeado diretamente no solo com uso de preparado
homeoptico, T3 feijo caupi semeado em vaso plstico sem uso de preparado homeoptico e
T4 feijo caupi semeado diretamente no solo sem uso de preparado homeoptico. Adicionou -
se 10 gotas do preparado homeoptico para cada 1 litro de gua, onde as aplicaes foram
feitas a cada 3 dias com o auxilio de um regador e a testemunha somente com gua, sendo
que todos tratamentos foram regados com gua diariamente. O feijo caupi no diferiu no
resultado entre plantio direto em solo e plantio em vaso, o feijo que recebeu preparado
homeoptico Arsenicum album retardou a emergncia em relao testemunha regada s
com gua, tendo um desenvolvimento mais lento, porm tiveram maior vigor, criaram
resistncia, pois as formigas atacaram e levaram as plantas de feijo pulverizado s com gua
a partir do 6 dia de semeio e deixando os que receberam tratamento, porm a partir do 14 as
formigas cortaram plantio regado com preparado homeoptico, porm no levaram o que
demonstra que o preparado fez com que o feijo promovesse ao deterrente, pois as formigas
cortaram o vegetal e no levou para alimentar os fungos. Conclui - se que o uso do preparado
homeoptico Arsenicum album 6 CH, retardou a emergncia do feijo caupi, porm tende a
promover vigor e resistncia.
Resumo: A matria prima do mel o nctar das flores utilizado na sua elaborao, que se
encontrada no ambiente, onde a composio do mel ocorre influencia do ambiente, condies
climticas, solo e planta sendo necessrio avaliar qualidade do mel para o consumo. O
componente de maior influencia na composio do mel o teor de acar que est presente
com 70% dos monossacardeos a glicose e frutose, a presena dos dissacardeos com 10% de
sacarose e apresentando 35% de gua no mel de Melipona, os mis de Apis melfera
apresentam menor quantidade no teor de gua com 17% de sua presena, diferente dos mis
de abelha sem ferro com uma maior quantidade. O objetivo desse estudo foi conhecer as
caractersticas fsico-qumicas dos mis de Melipona asilvai, proveniente do municpio de
Itaberaba, Bahia, sendo uma abelha nativa do municpio por isso a necessidade de avaliar sua
qualidade, para os agricultores da regio seria vivel a produo desta espcie como segunda
fonte de renda. Para tanto, foram utilizadas cinco amostras de mis obtidas diretamente de
meliponicultor, coletadas com auxilio de seringa descartvel e estril e encaminhadas ao
Ncleo de Estudos dos Insetos INSECTA, da Universidade Federal do Recncavo da Bahia
UFRB, at a realizao das anlises fsico-qumicas das amostras foram mantidas sobre
refrigerao. Os parmetros fsico-qumicos analisados foram: acares redutores, sacarose
aparente, umidade, atividade diastsica, hidroximetilfurfural (HMF), cinzas, pH, acidez,
condutividade eltrica, cor, atividade de gua, slidos solveis totais e compostos fenlicos
(fenis totais e flavonides totais). Os parmetros fsico-qumicos avaliados esto conforme a
Portaria ADAB N 207 de 21/11/2014, para mel de abelha sem ferro: acares redutores
(70,35%), sacarose aparente (2,96%), umidade (29,0%), atividade diastsica (0,096 Gothe),
HMF (2,70 mg.kg-1), cinzas (0,1153%), pH (3,6), acidez (37,8 meq.kg-1), condutividade eltrica
(203,27 S cm-1), cor (mbar claro a branco), atividade de gua (0,78 aw), slidos solveis
totais (69,1 Brix), fenis totais (0,4262 mg/g), flavonoides totais (0,0668 mg/g). Aps avaliao
dos mis de M. asilvai do municpio de Itaberaba-Ba, apresentaram qualidade fsico-qumica,
estando aptos ao consumo e comercializao demonstrando uma qualidade de manipulao e
armazenamento, devido os parmetros estudados estarem dentro dos exigidos pela portaria da
ADAB N 207 de 21/11/2014 para mel de Melipona (mel de abelha sem ferro) do estado da
Bahia. Os mis do municpio de Itaberaba-Ba, por apresentarem valores conforme a portaria
demonstra que no passaram por processo de aquecimento e armazenamento prolongado
ser consumido.
Resumo: O mal-do-Panam uma molstia causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp.
cubense (E.F. Smith) Sn e Hans, que um fungo de solo e tem a caracterstica de poder
sobreviver mesmo na falta do hospedeiro. A bananeira infectada sofre modificaes como o
amarelecimento das folhas e posteriormente essas folhas murcham, o limbo fica estreito e a
nervura bem grossa, manchas avermelhadas no pseudocaule internamente. Essa doena pode
ser espalhada atravs do contato das razes de plantas saudveis com os esporos desse
fungo. Podem ser passada de uma planta infectada para uma sadia atravs da irrigao, pelo
homem ou por equipamentos no esterilizados. Alm dessas formas de disseminao, j
existem informaes de que o Cosmopolites sordidus (Germar) (moleque da bananeira)
transmita a doena ao se alimentar dos rizomas de plantas que contenham o mal-do-Panam
ou entram em contato com elas quando vo depositar os ovos em rizomas de plantas
infectadas com a doena, carregando os esporos em seu corpo. O moleque da bananeira
considerado a principal praga do bananal e pode ser encontrado quase que totalmente em toda
a rea onde se produz banana. O adulto um besouro que apresenta cor preta, gostam de
ambientes escuros e midos, escondidos do sol. O objetivo desse trabalho foi avaliar o
comportamento do inseto-praga Cosmopolites sordidus quando submetidos a volteis que so
liberados pelos rizomas contendo o mal do panam e rizomas de plantas sadias. Para a
realizao do experimento, usaram-se rizomas de plantas da cultivar maa com cerca de seis
meses de idade. Foi feito o experimento em arenas redondas de mltipla escolha, onde se
colocava de um lado o rizoma infectado e do lado oposto o rizoma sadio. Eram introduzidos
cinco insetos no centro das arenas para cada avaliao e as analises eram realizadas a cada
30 minutos logo aps os insetos serem liberados. O delineamento utilizado foi de blocos ao
acaso e foram totalizadas 24 repeties. A quantidade de insetos que escolheram os rizomas
sadios foi superior aos que escolheram os rizomas contendo o mal-do-Panam. Em situao
de livre escolha, o rizoma sadio foi o mais escolhido pelos insetos, porm, necessrio estudar
mais a fundo o comportamento do moleque da bananeira na situao sem escolha.
Resumo: A funcho doce ou erva doce (Foeniculum vulgare Mill.) uma planta herbcea,
aromtica, anual, nativa da Europa e amplamente cultivado no Brasil. utilizada tanto na
fitoterapia por possui propriedades diurticas, expectorantes e digestivas e favorecer a
secreo lctea e amamentao, quanto na culinria comumente utilizada em saladas,
gratinados e no enriquecimento de sopas. O potencial da aplicao da homeopatia na
agricultura, vem avanado cada vez mais, por proporcionar benefcios desde a germinao,
cultivo das plantas, resistncia, aumento da produtividade e na qualidade de produo dos
vegetais, alm de diminuir os impactos das atividades agrcolas sob o ecossistema, evitando a
contaminao da cadeia alimentar por ser livre de resduos contaminantes. O objetivo no
presente trabalho foi avaliar a conservao e qualidade ps colheita da erva doce (Foeniculum
vulgare Mill) tratadas com os medicamentos homeopticos na dinamizao 5CH. O
delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro tratamentos e quatro
repeties, totalizando em 16 unidades experimentais. Os tratamentos consistiram dos
medicamentos homeopticos: Silicea 5CH Camomilla 5CH, Natrum muriaticum 5CH e o
controle gua destilada. O plantio foi realizado em casa de vegetao em sacos de mudas de
polietileno com capacidade de 3Kg, no qual foram preenchidos com substrato de solo + esterco
bovino (na proporo 2/1). Foram semeadas cinco sementes por saco e logo aps a
germinao foi realizado o desbaste, deixando 3 plantas por saco. A colheita foi realizada aos
60 dias, as plantas foram cortadas rente ao solo. Logo em seguida foram levadas ao
laboratrio de Olericultura/UFRB, onde foram devidamente pesadas e imersas em solues
homeopticas aquosa (8 mL/L de gua destilada), por 10 minutos e depois retirado o excesso
de gua com papel toalha. Posteriormente foram acondicionadas em embalagens de polietileno
(tipo ziplock) com fecho hermtico, devidamente identificadas e colocadas em geladeira a 5C
e UR 90%. As avaliaes de conservao ps colheita foram realizadas em intervalo de 7 dias.
Os resultados apontaram que os medicamentos homeopticos Silicea, Camomilla, Natrum
muriaticum na dinamizao 5CH, no influenciaram na conservao ps colheita da erva doce
(Foeniculum vulgare Mill). No entanto faz se necessrios novos estudos com os medicamentos
em diferentes dinamizaes.
Resumo: O Mal do Panam uma das principais doenas que afetam as reas de produo
de banana. Esta doena causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense (Foc), que
esta disseminado em diversas reas de cultivo infectando uma srie de variedades de
bananeira. Esta doena causa prejuzos significativos, pois se trata de um fungo com elevado
potencial destrutivo e de difcil controle. A utilizao de resduos gerados por atividades
agrcolas para o controle de doenas vem sendo estudada de maneira intensiva, por tratar-se
de uma medida de controle de menor impacto em comparao aos produtos sintticos
constituindo-se em uma prtica sustentvel. Objetivou-se avaliar o efeito fungstatico e
fungicida do resduo liquido de sisal no controle de Foc. O resduo lquido de sisal foi obtido
durante o processo de desfibramento das folhas no municpio de Valente, Estado da Bahia,
Brasil, em rea de produo de sisal, sendo posteriormente levado ao Laboratrio de
Microbiologia Agrcola da UFRB, onde foi congelado a -20 C, at a utilizao no estudo. O
resduo lquido foi esterilizado por filtrao, em membrana de nitrocelulose (Millipore) com
porosidade de 0,22 m e em seguida adicionado ao meio de cultura BDA nas concentraes
de 2,5; 5; 10; 20; 40 e 80%, sendo o mesmo vertido em placa de Petri. Aps a solidificao do
meio (24h), foi feita a transferncia de discos de BDA contendo miclio de Foc, com sete dias
de crescidos, sendo depositado no centro da placa. O controle foi constitudo de meio BDA
sem adio do extrato com plug de Foc. O delineamento experimental foi inteiramente
casualizado, com oito repeties. As placas foram incubadas em BOD temperatura de 282
C e fotoperodo de 12h de luz. Foram feitas observaes dirias, at que a colnia do controle
atingisse as bordas da placa. Realizou-se a medio do dimetro da colnia com um
paqumetro para determinao da rea de crescimento micelial de Foc. Observou-se que todas
as concentraes do extrato exerceram efeito inibitrio na rea de crescimento micelial quando
comparadas com o controle. Observou-se que houve uma reduo linear na rea de
crescimento micelial com a elevao das concentraes do resduo de sisal, sendo assim o
maior efeito inibitrio no crescimento do Foc, ocorreu quando o resduo foi testado nas
concentraes de 40 e 80 %. As concentraes de 40 % (13,19 cm2) e 80 % (11,69 cm2)
causaram redues de aproximadamente 39 e 79%, respectivamente, no crescimento micelial
quando comparado ao controle (52,69 cm2). Por meio da equao de regresso foi possvel
verificar que houve uma reduo de 1 cm2 na rea de crescimento do Foc, a cada 2% de
elevao na concentrao do resduo de sisal. O resduo de sisal apresenta potencial para ser
utilizados em estudos voltados ao controle do Mal do Panam.
Palavras-chave: Agave sisalana Perrine ex. Engelm, controle orgnico, Meloidogyne javanica
Resumo: A planta Plectranthus ornatus Codd popularmente conhecida como boldo chins,
boldo gamb, boldo mido ou boldo rasteiro. Na medicina popular indicada para males do
fgado e problemas da digesto. Devido a sua importncia medicinal, estudos relacionados ao
comportamento fisiolgico dessa espcie e suas respostas s condies do ambiente se
tornam indispensveis para o aprimoramento dos mtodos de cultivo. Nesse contexto o
objetivo do trabalho foi analisar o crescimento de plantas de boldo submetidas a diferentes
propores de amnio e nitrato e diferentes ambientes de luz. O experimento foi realizado na
Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB), as mudas foram obtidas por meio de
estaquia e com 16 dias as mesmas foram transplantadas para os vasos com capacidade de 3
dm, contendo como substrato areia lavada e vermiculita na proporo 2:1 respectivamente. O
delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com 5 propores de nitrato e
amnio e 3 qualidades de luz (Aluminet, Vermelha e Testemunha (0% de sombreamento)) em
esquema fatorial (5 x 3) e 5 repeties, sendo cada parcela experimental constituda por uma
planta. Os tratamentos seguiram a concentrao de nitrognio nas propores (NH4+ : NO3-):
100:0; 75:25; 50:50; 25:75; 0:100. Aps a aplicao de um litro por planta de soluo, foram
analisados altura, volume de raiz, nmero de folhas e dimetro do caule, com o auxlio de uma
fita mtrica, proveta e paqumetro digital, a contagem das folhas foi manual. Os dados obtidos
foram submetidos anlise de varincia com significncia (P<0,05) e a teste de mdias (Tukey
5%) empregando o programa estatstico SISVAR 5.3. Os resultados obtidos na anlise de
varincia indicam que a altura, nmero de folhas e volume de raiz variou em funo das
propores de amnio e nitrato e da qualidade de luz. Com relao ao dimetro do caule,
houve variao em funo dos ambientes de luz. O maior valor da altura foi obtido no
tratamento 25:75 e 0:100 na malha vermelha, j com relao ao nmero de folhas o maior valor
foi propiciado pelo tratamento 0:100 na malha Aluminet. O maior dimetro do caule foi quando
as plantas estavam submetidas a malha vermelha, em relao ao volume de raiz, a maior
mdia foi obtida no tratamento 50:50 no ambiente 0% de sombreamento. Pode-se concluir que
as plantas de boldo so influnciadas pelos diferentes ambientes de luz e propores de
amnio.
Resumo: Considerada uma planta endmica dos campos rupestres, a arnica (Solidago
chilensis Meyen) vem sofrendo grande presso de extrativismo, devido ao seu largo uso na
medicina popular. No Brasil poucas so as pesquisas com esta espcie visando maximizao
das tcnicas de cultivo. Ao se considerar o cultivo de plantas medicinais, faz-se necessrio
associar a produo de biomassa qualidade da planta, enquanto matria-prima, para a
fabricao de medicamentos fitoterpicos. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho avaliar o
crescimento das plantas de arnica em funo de diferentes doses de esterco e diferentes
intensidades e qualidade de luz com uso de malhas coloridas. O estudo foi realizado no
perodo de novembro de 2015 a maio de 2016, no campo experimental da UFRB, no municpio
de Cruz das Almas, Bahia. As mudas de arnica foram produzidas a partir de estacas, utilizando
como substrato areia lavada e composto orgnico na proporo 2:1 e mantidas em casa de
vegetao por 30 dias. A irrigao neste perodo foi realizada diariamente at o solo atingir a
capacidade de campo. Posteriormente, ao atingirem aproximadamente 10 cm de altura, as
mudas foram transplantadas para recipientes plsticos com capacidade para 8 dm3, contendo
substrato a base de solo e areia. Foi feita uma adubao padro com nitrognio (ureia),
enxofre (gesso agrcola), potssio (KCl) e fsforo (P2O5) nas doses de 90 kg ha-1, 40 kg ha-
1,60 kg ha-1 e 100 kg ha-1 respectivamente. Foram usadas cinco doses de esterco bovino. O
delineamento experimental adotado foi em blocos ao acaso, com 15 tratamentos com 5
repeties, sendo 5 doses de esterco bovino: 0, 25, 50, 75, 100 t ha-1, e 3 condies de
luminosidade (50 % de sombreamento) obtidas com o uso das malhas: malha vermelha; malha
sombrite e pleno sol (0% de sombreamento). Sendo cada parcela composta de 75 unidades
experimentais, permanecendo duas plantas por vaso. As plantas permaneceram em campo
por 180 dias, perodo em que sero avaliadas para obteno dos resultados. Algumas das
anlises de crescimento realizadas foram: altura da planta, dimetro do caule e nmero de
folhas. Os resultados obtidos foram submetidos anlise de varincia e foi aplicado o teste de
Tukey a 5%. Quanto aos resultados obtidos para tais variveis, as plantas que se encontravam
no ambiente protegido apresentaram melhores resultados tratando-se de numero de folhas,
sendo que o melhor resultado obtido foi da malha preta. Em relao altura do ramo principal,
a mdia das plantas que estavam sob a malha vermelha diferiu estatisticamente das demais,
mostrando, assim, que a altura das plantas afetada pela qualidade da luz e no pela
intensidade da mesma. Quanto ao dimetro do caule no houve diferena estatstica
provavelmente devido ao fato das plantas serem provenientes de estaquia e com isso
possurem tamanho uniforme. Conclui-se, assim, que o ambiente protegido favorece tanto o
aumento do nmero de folhas da arnica, quanto o aumento na altura da mesma, enquanto que
o dimetro do caule no afetado pelos diferentes ambientes e diferentes doses.
Resumo: Homeopatia uma cincia que pode ser utilizado em qualquer ser vivo: seres
humanos, animais, vegetais ou microrganismo. O preparado homeoptico uma substncia
que tem capacidade de provocar sintomas em um indivduo saudvel e de tratar um indivduo
que apresente sintomas semelhantes. Muitos agricultores tem ido a busca de mtodos
alternativos para diminuir ou extinguir o uso de agrotxico em seus cultivos, e a homeopatia
um desses mtodos que j vem sendo utilizado. Os microrganismos eficientes (EM) levam
benefcios ao solo, vegetais e gua, como exemplo melhoria do metabolismo vegetal e
eliminao de doenas e patgenos no solo. O rabanete uma planta rstica de ciclo curto, o
que promove um retorno rpido para quem o cultiva, no Brasil tem como maior produtor e
consumidor as regies sul e sudeste, muito utilizado em saladas e sopas tem propriedades
medicinais, serve para ajudar em tratamentos como artrite, m digesto e resfriado. .Este
trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do preparado homeoptico EM4 no
desenvolvimento inicial do rabanete. O experimento foi desenvolvido em casa de vegetao da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia,localizada no municpio de Cruz das Almas/BA,
noperodo de 15 dias. Os tratamentos foram: T1 rabanete + substrato+ Em4 sem dinamizar, T2
rabanete+ solo+EM4 sem dinamizar, T3 rabanete + solo, T4 rabanete + substrato, T5 rabanete
+ solo + EM4na 10CH, T6 rabanete + solo + EM4 14CH e T7 rabanete + solo + EM4 na 16CH.
Foram semeados 4 sementes para cada recipiente (copo plstico de 500ml), sendo 7
tratamentos e 5 repeties. As dinamizaes utilizadas do EM4 foram feitas a partir da 1CH
(Centesimal Hanemaniana), onde se pegou um frasco de vidro mbar com capacidade de 30
ml, colocou 20 ml de lcool 70% e adicionou-se 5 gotas da 1CH, em seguida realizou-se as
sucusses, no mesmo ritmo 100 vezes,ento confeccionou se a 2CH e assim por diante at
chegar nas dinamizaes necessrias. Foram feitas 5 aplicaes do preparado homeoptico
EM4 no intervalo de 48 horas,onde utilizou - se 10 gotas do preparado EM4 a cada 500ml de
gua. As variveis analisadas foram nmero de folhas e comprimento da raiz. O tratamento
que obteve maior nmero de folhas de rabanete foi T3 rabanete + solo e menor T2 rabanete +
solo + EM4 sem dinamizar. Os demais tratamentos no deferiram entre si e pode- se observar
que o EM4 sem dinamizar,impediuo crescimento das folhas. Na avaliao do comprimento de
raiz do rabanete, estatisticamente no ocorreu diferena significativa, porm o T7 rabanete +
solo + EM4 na 16CH teve um maior comprimento. Concluiu-se que o preparado homeoptico
EM4 sem dinamizar inibiu o nascimento das folhas de rabanete, porm no afetou no
crescimento e desenvolvimento da raiz.
Resumo: Os agrotxicos tm sido apontados como um dos principais fatores que causam o
desaparecimento das abelhas, as quais so constantemente expostas a esses produtos, uma
vez que, so polinizadoras de diversos cultivos, portanto, esto sujeitas a contaminao seja
durante ou depois da aplicao dos agrotxicos nas lavouras, que podem vir a causar efeitos
txicos letais e subletais nesses polinizadores. Diante do exposto, este trabalho teve como
objetivo avaliar a toxidade do inseticida biolgico a base de Barcillus thuringiensis sobre
Melipona scutellaris, Latreille, 1811, atravs do contato com superfcie contaminada com o
inseticida. A princpio, para realizao do bioensaio, discos de cria prestes a emergir de M.
scutellaris foram coletados no meliponrio da Universidade Federal do Recncavo da Bahia e
encaminhadas para o laboratrio do grupo de pesquisa Insecta, colocadas em bandeja plstica
recobertas com tecido Voil e acondicionada em cmara com temperatura controlada a 27 C
5 C com umidade relativa de 70% 5% e ausncia de luz. Aps a emergncia e feita a
sexagem, as operrias foram coletadas e acondicionadas em gaiolas plsticas medindo 30 4
cm, contendo dois recipientes de 2 5 mm com alimento e outro com algodo embebido em
gua, sendo fechadas com tampa recoberta com Voil, e mantidas nas condies de
temperatura, umidade, luminosidade e alimentao citadas anteriormente. Cinco dias aps a
emergncia aplicou-se os tratamentos, utilizando Dipel 5g/100 L (Barcillus thuringiensis) e
gua destilada para a testemunha, distribudos em cinco repeties, cada uma contendo 15
abelhas. As abelhas foram mantidas em gaiolas plsticas medindo 30 4 cm forradas com um
disco de papel filtro contaminado, previamente embebido por cinco minutos na soluo do
inseticida e postos para secar e mantidas em cmara com temperatura controlada a 27 C 5
C com umidade relativa de 70% 5% e ausncia de luz. Nas gaiolas com as abelhas da
testemunha foi utilizado papel filtro embebido em gua destilada. As avaliaes ocorreram a
partir de uma; duas; trs; quatro; cinco; seis; nove; 12; 15; 18; 21; 24; 30; 36; 42; 48; 60; 72 e
96 horas aps a aplicao dos tratamentos. Os dados foram submetidos anlise de
sobrevivncia usando o mtodo Kaplan-Meier. Verificou-se que a mortalidade das abelhas,
comeou a partir das 36 horas do incio da avaliao e foi de de forma inexpressiva, variando
de 2,67% as 36 horas a 23,95% as 96 horas, quando submetidas ao inseticida. Apresentando
alteraes comportamentais ao longo das avaliaes, que podem ter sido causadas por efeitos
txicos do inseticida, provocando o comprometimento da coordenao motora, agitao e
desorientao das abelhas.
Resumo: Os brasileiros vm buscando cada vez mais uma melhor qualidade de vida, aliado a
hbitos alimentares saudveis juntamente com a praticidade na obteno desses alimentos,
mas a falta de tempo no dia-a-dia, um fator limitante para tais hbitos que faz com que as
pessoas deixem de usar produtos naturais mais saudveis, para continuar nos produtos
convencionais calricos, que no contribuem de forma positiva para sua sade. O presente
trabalho objetivou formular um blend de gua de coco e polpa de tamarindo in natura, saudvel
e pronto para beber, realizando a caracterizao fsico-qumica e microbiolgica, bem como a
aceitao sensorial e teste de colorimetria. A bebida foi formulada com 70% de gua de coco
verde, 30% de polpa de tamarindo e 6% de acar em relao a mistura anterior. Foram
avaliados, em triplicata, os aspectos fsico-qumicos (pH, slidos solveis, acidez titulvel,
acar total, acar redutor e no redutor). O teste de colorimetria foi realizado atravs do
sistema Cielab (L*; a*; b*). O teste de aceitao sensorial foi aplicado para 50 provadores no
treinados utilizando-se a escala hednica de nove pontos, avaliando os atributos cor, aroma,
sabor, doura, aparncia e acidez. O blend apresentou pH de 2,88, slidos solveis de 18,0 %
(Brix), acar total de 13,17% (glicose, frutose e sacarose), acar redutor de 8,99% (glicose e
frutose), acar no redutor de 4,18% (sacarose) e acidez total de 1,9 % cido tartrico, os
mesmos ficaram dentro do padro de identidade e qualidade de blends a base de frutas
estabelecida pela legislao brasileira. As anlises colorimtricas caracterizaram a bebida de
baixa luminosidade, com colorao vermelha e intensidade amarela. O produto obteve uma
boa aceitao sensorial j que as mdias das notas para todos os parmetros corresponderam
na escala hednica a gostei muito. A inteno de compra do produto por parte dos
provadores foi de 85%. Os resultados fsico-qumicos, ficaram dentro dos padres vigentes,
juntamente com a boa aceitao sensorial e inteno de compra sugerindo que o blend de
gua de coco com polpa de tamarindo venha ser uma alternativa de bebida saborosa, nutritiva
e saudvel se adaptando a praticidade em que a populao vem procurando.
Resumo: Synoeca (Saussure, 1852) um gnero relativamente pequeno, composto por cinco
espcies e so distribudas geograficamente desde o Mxico at a Argentina. Essas espcies
so conhecidas popularmente pelo comportamento agressivo e, em culturas frutferas, as
espcies desse gnero so consideradas pragas, pois causa dano na superfcie do fruto para
se alimentar da polpa deste. Devido ao comportamento defensivo e ou danos causados aos
frutos, essas vespas normalmente so eliminadas do entorno de cultivos agrcolas. No entanto,
Synoeca tambm atua como agente de controle biolgico, pois a dieta proteica de sua cria
consiste de larvas, de outros insetos, como as de Lepidoptera. Estudos populacionais em
Vespidae so importantes, pois podem ser utilizados para estimar a eficincia do inseto, no
controle biolgico, ou o impacto negativo que este pode causar em culturas agrcolas. Alm
disso, o entendimento da distribuio da cria na clula do ninho pode ser utilizado em estudos
posteriores sobre homeostasia nesses insetos, podendo ser uma das respostas para o
comportamento migratrio nesse gnero, uma vez que a temperatura interna do ninho
primordial para o desenvolvimento da cria. Esses fatores tornam importantes a realizao de
estudos sobre a quantificao populacional, caracterizao do tamanho do ninho e distribuio
de crias em vespas do gnero Synoeca, o que foi objetivado neste trabalho. Cinco colnias
dessas vespas foram coletadas na Universidade Federal do Recncavo da Bahia, Cruz das
Almas, Bahia. O nmero amostral foi utilizado com base em literatura de referncia. Os insetos
foram coletados a noite com o fechamento da entrada do ninho com chumao de algodo,
embebido em clorofrmio, seguido de injeo da mesma substncia no interior da colnia,
utilizando seringa de vidro. Os ninhos foram transferidos e abertos no grupo e pesquisa
INSECTA (UFRB) e mapeados com relao a rea contendo ovos, larvas e ou pupas. O
aparelho genital dos adultos foi aberto sob microscpio estereoscpico para identificao do
sexo e quantificao das castas. As fmeas foram classificadas de acordo com o
desenvolvimento ovariano em: operria (sem ovrio filamentoso) operria intermediria (ovrio
com pequeno desenvolvimento filamentoso) e rainha (ovrio desenvolvido). A distribuio
espacial das crias nos ninhos no apresentou semelhana entre as colnias estudadas, no
sendo encontrado padro especfico para a oviposio das rainhas nas clulas. As colnias
foram classificadas de acordo com o desenvolvimento populacional em: pr-emergente (01),
com apenas clulas de cria na fase de ovo e fmeas adultas; ps-emergente (01),
apresentando crias em diversos estgios (ovo, larva e ou pupas) e fmeas adultas; e produtora
de machos (03), onde foram encontradas crias em todas as fases de desenvolvimento, fmeas
e machos. A colnia pr-emergente apresenta menor populao de adultos (03 rainhas, 85
intermediaria e 41 operrias), quando comparadas s ps-emergente (25 rainhas, 16
intermedirias e 100 operrias) e produtoras de macho (45,3 rainhas, 33 intermedirias, 61,3
machos, 336,3 operrias). O estudo sobre a distribuio das crias, revela que no h um
padro de ovoposio entre as colnias estudadas, e que a classificao das colnias pode ser
um indicador da idade de nidificao dessas vespas no local.
Resumo: A matria orgnica dos solos apresenta compostos da origem vegetal, animal e
microbiana. A importncia da determinao da matria orgnica em solos pode ser avaliada
pelo grande nmero de trabalhos sobre o assunto, que tem sido desenvolvido atravs dos
anos, vem tornando-se influente sobre as propriedades fsicas e qumicas dos solos, sendo
responsvel por grande parte da capacidade de troca dos solos.. Alm disso, fornece
condies vida microbiana nos solos. A eliminao da vegetao florestal e sua substituio
por outra cobertura superficial produzem efeitos negativos no ciclo de C, mediante a perda de
capacidade fotossinttica na vegetao florestal e a liberao simultnea de grandes
quantidades de C acumuladas nos ecossistemas florestais ao longo do tempo. As grandes
preocupaes so com essas mudanas climticas quem vem ocorrendo no meio ambiente,
principalmente devido s prticas de formao dos pastos. Ao retirar a vegetao natural para
instalao de um sistema agrcola ou pastagens, ocorre um desequilbrio no teor de carbono
orgnico do solo, pois se intensifica a mineralizao da matria orgnica, provocando
inicialmente a liberao de alguns nutrientes, favorecendo a nutrio vegetal.. O objetivo foi
avaliar os estoques de carbono orgnico total e fraes fsicas da matria orgnica em solos
representativos da regio de Cruz das Almas, Bahia com pastagens plantadas sobre diferentes
sistemas de manejo e prticas culturais. Nesse sentido o estudo sobre estoque de carbono
acaba sendo bastante relevante para as perdas irrecuperveis nas diversidades florstica e
faunstica, acelerao dos processos erosivos, o caimento da fertilidade dos solos e dos
recursos hdricos. E quando o processo de adio da matria orgnica no solo inferior ao de
decomposio, este sistema no atinge um novo equilbrio, tornando-se exaurido e provocando
a degradao do solo. A rea de estudo compreende a regio de Cruz das Almas, Bahia com
cultivos de pastagens plantadas sob diferentes prticas culturais e de manejo. Em cada ponto,
sero abertas trs mini-trincheiras, onde foram feitas coletas de amostras indeformadas e
deformadas de solo. Em cada mini-trincheira as amostras de solo foram coletadas nas
profundidades de 0 a 0,10, 0,10 a 0,20 e 0,20 a 0,40 m.. Amostras com estrutura deformada
foram secas ao ar e passadas em peneiras de 2 mm (TFSA). O carbono orgnico do solo foi
determinado pela oxidao da matria orgnica via mida com dicromato de potssio em meio
sulfrico, empregando-se de fonte de energia o calor desprendido do acido sulfrico e
aquecimento. O excesso de dicromato aps a oxidao foi titulado com soluo padro de
sulfato ferroso amoniacal. A anlise integrada dos atributos qumicos, fsicos e biolgicos do
solo demostrou que os sistemas de pastagens nativo e cultivado promoveram reduo
expressiva da qualidade do solo, desta maneira as redues mais significativas evidenciadas
na substituio da floresta nativa por pastagem cultivada. Os dois ndices de qualidade do solo
gerados foram eficientes em refletir a variao da qualidade do solo nos diferentes ambientes.
Portanto, os mesmos so passveis de adoo no monitoramento da sustentabilidade de
sistemas de produo.
Resumo: O estudo referente fertilidade dos solos de grande relevncia para evidenciar o
potencial produtivo, as limitaes e orientar prticas de uso e conservao, visto que
problemas referentes a processos erosivos e indcios de desertificao j so relatados nesta
regio. Diversos fatores, intrnsecos e extrnsecos, influenciam nas condies de fertilidade dos
solos, sendo que, pelo fato do clima no permitir uma pedognese avanada, um fator de
grande importncia a litologia. Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo avaliar a
relao entre diferentes unidades geolgicas e a fertilidade dos solos existentes em parte da
regio Sisaleira da Bahia. As amostras foram coletadas nas unidades geolgicas: Grupo Ilhas
(I), Formao Marizal (M), Unidade Santa Luz (SL), Greenstone Belt Rio Itapicuru - Unidade
sedimentar (GBRI-s), Greenstone Belt Rio Itapicuru - Unidade flsica (GBRI-f), Greenstone Belt
Rio Itapicuru - Unidade mfica (GBRI-m), representando solos das classes: Argissolo (2);
Latossolo (5); Neossolo (12); Planossolo (27); Vertissolo (4), num total de 50 amostras. Para os
atributos qumicos do solo, foram realizadas as anlises de fsforo remanescente (P), clcio
(Ca), magnsio (Mg), potssio (K), Sdio (Na), acidez total (H+Al), Soma de bases (SB),
capacidade de troca catinica (CTC), alumnio trocvel (Al), matria orgnica (MO) e pH e
calculadas a saturao por alumnio (M%), saturao por bases (V%) e anlise granulomtrica
(teores de silte, areia e argila) e textura, todas de acordo com os mtodos descritos pela
Embrapa (2011). Destas, apenas pH, areia, silte, SB, CTC e MO foram includas no estudo
estatstico. Os resultados analticos foram submetidos a Anlise Discriminante (AD), para
avaliar se os solos utilizados seriam diferenciados, em termos fertilidade, em funo do material
de origem. Foi utilizada a distncia de Mahalanobis e a probabilidade proporcional ao nmero
de solos coletados em cada geologia. Os resultados indicam que o grau de acerto do
agrupamento dos solos em funo da base geolgica variou de 40 a 78 %, sendo: 40 % no
Grupo Ilhas; 75 % na Formao Marizal, 75 % na Unidade Santa Luz; 37,5 % no Greenstone
Belt Rio Itapicuru - Unidade sedimentar (GBRI-s); 67 % no Greenstone Belt Rio Itapicuru -
Unidade flsica (GBRI-f) e 62,5% Greenstone Belt Rio Itapicuru - Unidade mfica (GBRI-m),
sendo que, em mdia, o total de acertos foi de 62,0 %. Pode-se concluir que a relao da
fertilidade do solo com material de origem evidente quando o solo formado "in situ", ou seja,
diretamente sobre a rocha matriz, tornando-se possvel encontrar correlaes expressivas
entre o contedo de determinados elementos presentes na rocha e os seus teores no solo. Por
outro lado, nos solos originados sobre diversos sedimentos, que j no guardam similaridade
com a composio das rochas que lhes deram origem, esta previsibilidade menos acentuada.
Resumo: O municpio de Cruz das Almas, dentro do Territrio do Recncavo da Bahia, possui
grande parte da economia voltada agricultura, destacando-se as culturas de ctricos, milho,
amendoim, inhame, mandioca e aipim. Boa parte da produo advinda da agricultura familiar.
O presente estudo teve como objetivo realizar o diagnstico socioambiental da comunidade de
Corta Jaca, contando com o apoio das lideranas e dos demais membros da comunidade, no
intuito de desenhar, posteriormente, um programa de aes efetivas de acordo com as
necessidades apresentadas. Para realizao deste trabalho foram aplicados questionrios
semi-estruturados, oficinas participativas, e estudos observacionais, concentrando-se em
questes relacionadas com a organizao da comunidade, da relao entre os moradores, da
eficincia e qualidade dos servios de saneamento bsico, conservao de solos e mananciais,
alm de assuntos relacionados com a sade, a educao e de cunho socioeconmico. O
estudo contou com a participao ativa de dois estudantes universitrios da prpria
comunidade. Tal comunidade sob anlise representada por 27 famlias, todas elas includas
no estudo. Depois de elaborar o relatrio correspondente a esta primeira anlise, pretende-se
reunir toda a comunidade para elaborar, participativamente, o plano de aes prometido.
Semelhante a outras comunidades rurais, nem todas as famlias dependem exclusivamente da
agricultura para obteno de renda, tendo um, ou todos os seus membros, realizando uma
atividade assalariada no territrio urbano. Atravs da anlise parcial dos dados e pelas
informaes coletadas nas oficinas, a populao percebe que ocorre um processo de
decadncia dos sistemas produtivos, em decorrncia da perda da fertilidade dos solos, da
baixa disponibilidade de gua e da falta de uma srie de outros elementos essenciais ao
desenvolvimento de uma comunidade rural, tais como: falta de assistncia tcnica; ausncia de
fontes de financiamento para agregar valor a seus produtos; ausncia de servios educacionais
e de sade, sem contar com a crescente insegurana que toma conta do meio rural e que no
garante a integridade fsica dos seus habitantes. Da mesma forma, a comunidade manifestou
sua preocupao sobre a evidente evaso de jovens que buscam em outras atividades no
ligadas produo rural, seu futuro profissional e financeiro. Esse fato, muitas vezes
estimulados por sua prpria famlia, provoca a eroso de recursos humanos tradicionais da
agricultura familiar, arriscando a continuidade da cultura camponesa necessria na agricultura
brasileira. Atualmente, o estudo se encontra no processo de retornar as informaes para a
comunidade e suas lideranas e, assim, propor a realizao de oficinas de planejamento
participativo como base para a elaborao de um plano de aes futuras, que inclua os
projetos coletivos mais adequados e em direo a corrigir os rumos do seu atual modelo de
desenvolvimento humano.
Resumo: A extenso rural tem como objetivo fortalecer a agricultura familiar e apresentar
novas estratgias de melhorar a produtividade do pequeno produtor. Como a agricultura
familiar caracterizada pela diversidade de culturas consorciadas com a criao de animais,
garantindo assim a renda da famlia, essa associao pode trazer alguns problemas para a
propriedade, pois os animais podem invadir a rea de cultivo e trazer prejuzo. Outro problema
no meio rural hoje a falta de segurana, devido ao nmero de roubos em propriedade rurais
se tornaram comuns. Nesse caso a extenso rural importante para ajudar aos produtores
rurais a protegerem seus cultivos e suas propriedades de forma simples, barata e acessvel.
Atravs de um projeto de pesquisa e extenso na comunidade da Sapucaia, no municpio de
Cruz das Almas-Ba, esses problemas foram identificados e o projeto teve o papel de
apresentar alternativas ao pequeno agricultor para amenizar esses problemas, desenvolvendo
um curso de cerca eltrica de baixo custo, e para a realizao do mesmo o projeto contou com
a parceria do tcnico da Universidade Federal do Recncavo da Bahia. A atividade foi
desenvolvida em duas etapas, a terica, realizada na prpria comunidade, onde foi abordada a
importncia, as vantagens e desvantagens do uso de cerca eltrica na atividade agropecuria
e a segunda etapa, realizada na Fazenda Experimental, no Campus da UFRB, onde foram
expostos os materiais necessrios para construo da cerca eltrica, sendo confeccionada
passo a passo, detalhando cada etapa. No final do curso os agricultores teve a oportunidade
de medir o potencial eltrico da cerca, recebendo orientaes sobre os cuidados a serem
tomados, manuteno e durabilidade. Este curso contou a participao de agricultores da
comunidade e de discentes da UFRB. O projeto foi de extrema importncia, pois promoveu
conhecimento terico e prtico sobre cercamento de pastagens na explorao pecuria para
produtores rurais, contribuindo assim na educao no campo, gerao de conhecimento aos
agricultores, podendo eles proteger sua propriedade de maneira alternativa, com a mesma
eficincia da maneira convencional em relao tanto na separao entre a rea do cultivo e a
rea de animais, tanto na proteo da propriedade de forma geral e esse resultado foi
alcanado devido a metodologia que garantiu a participao efetiva dos envolvidos,
possibilitando o aprendizado.
Resumo: A Homeopatia uma cincia aceita pelas normas brasileiras agrcolas, utilizada para
o controle de pragas e doenas, assim como, para nutrir as plantas e estimular germinao
de sementes. A Homeopatia foi fundamentada em quatro princpios: Lei dos semelhantes,
Experimentao em ser sadio, Medicamento nico e quarto princpio, Doses mnimas e
dinamizadas. Objetivou-se nesse trabalho, avaliar o efeito do medicamento Arsenicum album
na germinao de sementes sadias de Vigna unguiculata nas dinamizaes 5CH, 8CH e 11CH
(Centesimais Hahnemanneanas). O experimento foi desenvolvido na Universidade Federal do
Recncavo da Bahia. De acordo com o perfil Homeoptico, definiu-se o medicamento a ser
utilizado no V. unguiculata, contendo trs tratamentos (5CH, 8CH e 11CH) e testemunha com
aplicao de gua destilada no mesmo volume dos demais tratamentos, com trs repeties
cada. Utilizaram-se recipientes plsticos com capacidade de um quilograma, acrescentando-se
duas folhas de papel toalha e, posteriormente, colocou-se 10 sementes de feijo em cada
recipiente. Para evitar contaminao, foi feita a esterilizao de todos os recipientes utilizados
no experimento. O medicamento homeoptico foi comprado j devidamente dinamizado na
5CH, e a partir desta, foram feita as demais dinamizaes. Adicionou-se 50ml de gua
destilada no copo descartvel, identificado de acordo com o tratamento e dinamizao, e
acrescendo 3 gotas do preparado homeoptico, e com um auxlio de uma seringa, retirou-se 10
ml da soluo homeoptica, aplicando-se nos tratamentos. A avaliao da germinao foi feita
diariamente, durante 10 dias. Os parmetros de avaliao foram: Determinao do ndice de
Velocidade de Germinao (IVG) e comprimento de plntulas e razes, em que, o comprimento
foi obtido por meio de medies com rgua graduada em centmetros. Realizou-se teste de
mdias. Houve um crescimento significativo do IVG no tratamento 5CH e 8CH em relao
testemunha, entretanto, na 11CH houve um decrscimo quando comparado aos tratamentos
5CH e 8CH. O tratamento 11CH apresentou iguais medidas quanto ao comprimento de
plntulas e razes, se destacando nesse quesito em relao aos demais tratamentos, incluindo
a testemunha. Conclui-se que o preparado homeoptico 5 e 8CH proporciona maior velocidade
de germinao s sementes de V. unguiculata e a dinamizao 11CH estimulou o crescimento
de plntulas e razes.
Resumo: Sendo uma grande fonte geradora de emprego e renda para populaes mais
carentes das regies Nordeste, o feijo-caupi tem grande importncia devido ao seu valor
nutricional, elevados teores energticos, proteicos, de fibras alimentares e minerais. Tem como
grande advento a sua facilidade de produo, custos relativamente baixos, ciclo curto e boa
capacidade de fixar nitrognio Apresentando grande adaptabilidade s condies adversas de
cultivo em regies ridas, torna-se necessrio avaliar e definir linhagens de feijo-caupi com
maior potencial para a Regio Nordeste, atribuindo as avaliaes no somente as
caractersticas produtivas de cada uma, mas tambm as caractersticas ligadas arquitetura
das plantas como a resistncia ao acamamento e o porte das mesmas, de forma a favorecer e
assegurar seu cultivo na regio. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo avaliar o grau
de acamamento de 20 linhagens de feijo-caupi de porte prostrado cultivadas em condies de
sequeiro no municpio de Feira de Santana - Bahia, no perodo de maio a agosto de 2015. O
experimento foi instalado na Estao Experimental Horto Florestal da Universidade Estadual de
Feira de Santana, Bahia. Foram avaliadas 20 linhagens de feijo-caupi do tipo ereto, em um
ciclo de produo, no ano de 2015. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos
casualizados, com quatro repeties, a parcela experimental foi representada por quatro fileiras
(incluindo bordadura) de 5,0 m, com espaamento entre fileiras de 0,50 m e de 0,25 entre
plantas dentro da fileira, sendo semeadas 4 sementes por cova, sendo a rea til da parcela
representada pelas duas fileiras centrais. As avaliaes ocorreram quando as plantas atingiram
sua maturidade fisiolgica por meio de escalas de notas atribudas visualmente. Os dados
obtidos foram submetidos anlise de varincia e os efeitos significativos foram estudados
pelo teste de Scott-Knott, a 5 % de significncia. As linhagens que apresentaram menor grau
de acamamento destacam-se como potencialmente adaptadas para o cultivo na regio,
principalmente por poderem apresentar colheita e tratos culturais facilitados em relao s
demais linhagens. A cultivar BRS Maratao apresentou menor grau de acamamento, no se
diferenciando estatisticamente das linhagens MNC04-792F-129, MNC04-769F-55, MNC04-
774F-90, MNC04-769F-26, MNC04-774F-90, MNC04-769F-26, MNC04-769F-31 e da cultivar
BRS Xiquexique. J a linhagem MNC04-769F-49 e as cultivares BRS Pujante e BRS Paje
apresentaram grau de acamamento 3 na escala de notas que vai at 5 pontos e a linhagem
MNC04-795F-158 apresentou o maior grau de acamamento, com 4 na escala de notas.
Resumo: O territrio do Recncavo tem sua construo marcada pelas extensas plantaes
de cana de acar que gerou renda para os senhores de engenhos, explorando a mo de obra
dos povos escravizados e sequestrados do continente africano. Atravs da aplicao de
questionrios semiestruturados, o estudo objetivou analisar o histrico da agricultura da
comunidade do Carpina no intuito de relatar a forma como adquiriram as propriedades e
identificar suas potencialidades e desafios nos dias atuais. A comunidade do Carpina est
localizada no municpio de Governador Mangabeira no Recncavo da Bahia, originria da
Fazenda Carapina que pertencia ao municpio de Muritiba BA no ano 1950. No final da
dcada de 1950 indivduos negros da regio venderam sua fora de trabalho para os grandes
fazendeiros da regio, como forma de adquirir capital para sua sobrevivncia e comprar terras.
Outro aspecto importante a considerar a composio da comunidade, que se deu pela
compra de terras da Fazenda Carapina, pertencente a oito herdeiros que venderam partes de
sua propriedade trabalhadores rurais da regio, que viam a terra como espao de reproduo
e manuteno da vida atravs das atividades agrcolas de subsistncia e gerao de renda
familiar. As visitas e entrevistas a comunidade, extraram relatos do processo de evoluo
agrria que no diferente das outras comunidades do Recncavo, pois as propriedades
rurais esto locadas entre 1,5 a 7 hectares. Os agricultores com reas abaixo de 10 hectares
no tm incentivos ou polticas pblicas adequadas para desenvolver um agroecossistema que
produza alimentos saudveis, gerao de renda e sustentabilidade da propriedade. Entre as
atividades agrcolas desenvolvidas pela comunidade no perodo da sua criao podem
mencionar-se: agricultura de subsistncia, pequenas criaes, plantio de fumo e mandioca.
Sendo que o fumo tem maior expressividade econmica, pois esta regio de Mata Fina do
Recncavo tem potencial para produo de fumo de qualidade, devido ao clima e ao solo. O
ano de 2000 a 2015 marcada pela decadncia das casas de farinha, interrompendo o
beneficiamento da mandioca. Os agricultores passaram a vender a raiz de mandioca por
tonelada a um custo que varia nos dias atuais de 150 a 200 reais a tonelada, tornando a
atividade agrcola neste molde invivel. Aliado a este cenrio a laranja est com dificuldades de
comercializao e fumo com baixa produtividade. Hoje a principal fonte de renda das famlias
da comunidade no vem da agricultura, mais sim de empregos extra agrcolas, aposentadorias
e programas sociais do governo. O estudo nos permite concluir que acabando ou diminuindo
esses programas e atividades econmicas na regio, esta comunidade ser afetada
diretamente por problemas socioeconmicos, com a consequente sada do homem do campo
em busca de uma vida melhor na cidade. Desta forma importante que se implante uma
efetiva poltica fundiria, assim como um eficiente programa de investimentos em polticas
pblicas que contribuam com a comercializao por um preo justo, trazendo assim
emancipao dos agricultores aponto que consigam sobreviver da produo de alimentos
saudveis, conformando um cenrio vivel para as comunidades.
Resumo: Varroa destructor um caro ectoparasita cosmopolita que responsvel por perdas
de colnias de abelhas do gnero Apis.A varroatose a doena causada por este parasita, que
se desenvolve nas pupas das abelhas, se alimentando da hemolinfa tanto dessas pupas,
quanto das abelhas adultas. Alm dos danos causados pelo parasitismo das abelhas, o caro
V. destructor um vetor de vrus, dentre estes o deformador de asas, alm de estar associado
ao colapso da desordem da colnia. Devido ao impacto que esse parasita pode causar em
colnias de abelhas A. mellifera a deteco e estudo do nvel de infestao so necessrios,
para evitar danos econmicos aos produtores. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a
presena e nvel de infestao do caro V. destructorem abelhas A. mellifera adultas no
territrio da Chapada Diamantina. O estudo foi realizado nas cidades de Andara, Bonito e
Lenis (um apirio por cidade). Em cada apirio trs colnias foram escolhidas aleatoriamente
e coletadas aproximadamente 300 abelhas em cada. Para verificar a presena do caro, as
abelhas foram avaliadas individualmente, sendo contados o nmero total de abelhas coletadas
e o nmero de caros encontrados. O ndice de infestao foi calculado pela diviso do nmero
de caros encontrados pela quantidade de abelhas coletadas, multiplicado por 100. O
resultado foi avaliado estatisticamente utilizando testes no paramtricos.A presena do caro
V. destructor foi constatada em todas as cidades estudadas. Os resultados apresentaram
significncia pelos testes de Kolmogorov-Smirnov e Kuiper(p≤0,05), indicando diferena
entre os ndices encontradas nas colnias de acordo com as cidades estudadas. O ndice de
infestao mdio foi de 8,1% para Andara, 2,7% em Bonito e 5,5% para Lenis. Devido
proximidade dos locais estudados, fatores climticos no podem ser considerados como um
parmetro que poderia influenciar nas diferenas encontradas nos resultados. Portanto, os
resultados podem ter sido influenciados por fatores diretamente relacionados s condies das
colnias das abelhas estudadas. Esta a primeira deteco do caro V. destructor em cidades
da Chapada Diamantina e apesar dos ndices poderem ser considerados normais, necessrio
o monitoramento, para evitar aumento no ndice de infestao e consequentemente perdas
econmicas para os apicultores dessa rea.
Resumo: Considerada uma planta endmica dos campos rupestres, a arnica (Solidago
chilensis Meyen) vem sofrendo grande presso de extrativismo, devido ao seu largo uso na
medicina popular. No Brasil, poucas so as pesquisas com esta espcie visando maximizao
das tcnicas de cultivo. Neste sentido, preciso almejar uma produtividade tima. O que pode
ser corroborado por meio do estudo da interferncia de fatores que influenciam as
caractersticas fotossintticas, como a disponibilidade de nutrientes e a intensidade luminosa.
Neste contexto, o objetivo deste trabalho avaliar a ao de diferentes intensidades e
qualidades de luz com uso de malhas coloridas e diferentes doses de esterco bovino sobre os
ndices de clorofila a e b das plantas de arnica. O estudo foi realizado no perodo de novembro
de 2015 a maio de 2016, no campo experimental da UFRB, no municpio de Cruz das Almas,
Bahia. As mudas de arnica foram produzidas a partir de estacas, obtidas do horto de plantas
medicinais da UEFS, utilizando como substrato areia lavada e composto orgnico na proporo
2:1, e mantidas em casa de vegetao por 30 dias. A irrigao neste perodo foi realizada
diariamente at o solo atingir a capacidade de campo. Posteriormente, ao atingirem
aproximadamente 10 cm de altura, as mudas foram transplantadas para recipientes plsticos
com capacidade para 8 dm3, contendo substrato a base de solo e areia. Foi feita uma
adubao padro com nitrognio (ureia), enxofre (gesso agrcola), potssio (KCl) e fsforo
(P2O5) nas doses de 90 kg ha-1, 40 kg ha-1,60 kg ha-1 e 100 kg ha-1 respectivamente. O
delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado, com 15 tratamentos com 5
repeties, sendo 5 doses de esterco bovino: 0, 25, 50, 75, 100 t ha-1, e 3 condies de
luminosidade (50 % de sombreamento) obtidas com o uso das malhas: chromatinet vermelha;
sombrite e pleno sol (0% de sombreamento). Sendo cada parcela experimental composta por
um vaso, que continha duas plantas. As plantas permaneceram em campo por 180 dias. Na
poca da colheita, foi realizada a estimativa dos teores de clorofila a e b utilizando um medidor
eletrnico de clorofila (Clorofilog CFL 1030). Essa medio foi feita na segunda folha, a partir
da base e na primeira folha completamente expandida e madura, a partir do pice. Os
resultados obtidos foram submetidos anlise de varincia utilizando o programa estatstico
SISVAR (FERREIRA, 2008) e aplicou-se o teste de Tukey a 5% de significncia. O resultado
da anlise estatstica demonstrou que no houve diferena significativa entre os tratamentos,
tanto em relao as doses, quanto aos diferentes ambientes. Ento conclui-se que a utilizao
de adubao orgnica a base de esterco bovino e o cultivo em ambientes com qualidade e
intensidade luminosas distintas no proporcionam influncia sobre o teor de clorofila nas folhas
da arnica.
Resumo: A cultura da mandioca (Manihot esculenta Crantz) uma das principais atividades
agrcolas em pases em desenvolvimento, sendo amplamente explorada devido sua
rusticidade, bem como por sua diversidade de usos, que incluem desde o consumo de suas
razes utilizao industrial. Um dos principais limitadores desta cultura a ocorrncia de
pragas e doenas; com destaque ao superalongamento, causado pelo fungo Sphaceloma
manihoticola, que indiretamente afeta o desenvolvimento das razes tuberosas e por
consequncia a produtividade dos cultivos. Trabalhos envolvendo este patgeno so escassos
na literatura nacional e internacional, sendo que um dos principais entraves que contribuem
para este cenrio a dificuldade de isolamento, manuteno e obteno de inculo de S.
manihoticola. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi o de identificar as tcnicas mais
eficazes para serem utilizadas no processo de isolamento, manuteno e produo de inculo,
visando a utilizao em experimentos futuros. A melhor taxa de obteno de isolados foi
observada quando o material vegetal foi submetido a desinfestao prvia em soluo de
hipoclorito a 0,5% por 30 segundos, posterior lavagem com gua destilada e limpeza da rea
lesionada com etanol 70%. Uma fina camada da leso foi retirada sob microscpio
estereoscpico (lupa), com a ajuda de um bisturi, permitindo a exposio do interior das
verrugas (sintoma caracterstico do fungo). Pequenos fragmentos da parte interna das verrugas
foram cortados e transferidos para placas de Petri contendo meio de cultura (V8), e incubados
em estufa tipo B.O.D a 25C por 15 dias. Para o processo de repicagem e manuteno das
colnias, procedeu-se a macerao da colnia dos isolados em microtubos plsticos de 1,5
mL, com auxlio de pistilo plstico esterilizado e em presena de 0,5mL de gua destilada
esterilizada. Aps a macerao das colnias, 100 μL da suspenso foram depositados na
regio central de placas de Petri contendo meio de cultura (V8). Como forma alternativa a este
processo, utilizou-se a mesma metodologia descrita anteriormente para a produo de
suspenso do patgeno, entretanto, o plaqueamento foi realizado por espalhamento de 300
μL da suspenso fngica, na superfcie da placa, com auxlio de esferas de vidro
esterilizadas. As placas foram seladas com plstico filme e mantidas em B.O.D a temperatura
de 25C, com fotoperodo de 12 h de luz. Devido ao crescimento lento dos isolados ainda no
foi possvel avaliar a capacidade de produo de inculo, entretanto, pode-se verificar que
ambas as metodologias so promissoras quanto a sua utilizao na manuteno das colnias
e possivelmente na produo de esporos. O processo de plaqueamento de 100 μL
produziu colnias nicas e densas, em contra partida, o espalhamento de 300 μL
favoreceu o crescimento de diversas colnias, menos densas e de aspecto uniforme entre si.
Com base nos resultados parciais pode-se concluir que as tcnicas de isolamento e produo
de inculo permitem o isolamento e manuteno de forma eficiente dos isolados de S.
manihoticola, bem como apresentam-se potencial para a utilizao na produo de inculo,
visando estudos posteriores de epidemiologia e seleo de plantas resistentes a essa doena.
Palavras-chave: Superalongamento,Isolamento,Manihotesculenta
Resumo: O milho doce (Zea Mays L.) classificado como especial e destina-se
exclusivamente ao consumo humano. utilizado principalmente, como milho verde, tanto in
natura como para processamento pelas indstrias de produtos vegetais em conserva. Com o
objetivo de avaliar ao de um bioestimulante vegetal no crescimento inicial de plantas de
milho via tratamento de sementes e pulverizao foliar, um experimento foi conduzido em
viveiro de mudas e no Laboratrio de Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal de
Educao Campus Governador Mangabeira. Foram utilizadas sementes de milho doce e o
bioestimulante vegetal ROOTMAX que possui a seguinte composio: 3,6% de N, 18% de
P2O5, 5% de K2O e 3% de carbono orgnico alm da frao orgnica composta por
aminocidos essenciais e os hormnios vegetais auxinas, giberilinas e citocininas. Inicialmente,
sementes de milho foram pr-embebidas por 1 hora, em solues contendo o produto diludo
em gua, nas seguintes concentraes (tratamentos): T1 = 0,0 mL (controle), T2 = 2,0 mL, T3
= 4,0 mL, T4 = 6,0 mL, T5 = 8 mL, T6 = 10 mL, T7 = 12 mL do produto por litro de soluo.
Aps o tratamento das sementes (pr-embebio), as mesmas foram colocadas para escorrer
o excesso do produto. Em seguida foi realizada a semeadura, deixando trs sementes por
vaso, em recipientes plsticos com 3,5 kg de substrato comercial Vivato. Aps a emergncia
(3 DAE) foram realizadas duas pulverizaes foliares. Aos 9 e 23 DAE (dias aps a
emergncia) foram realizadas pulverizaes foliares. As aplicaes foliares foram feitas de
forma a uniformizar o produto por toda a planta, ou seja, molhadas intensamente, at ser
atingido o ponto de escorrimento. A irrigao dos vasos, quando necessria, foi feita aplicando
gua at atingir 60% de saturao hdrica, buscando a uniformidade da irrigao em todos os
vasos. Aos 37 DAE, as plantas foram retiradas cuidadosamente dos vasos para serem
avaliadas: massa seca de raiz (MSR), massa seca de caule (MSC) e massa seca total (MST)
de plantas de milho. Para obteno da massa seca, as plantas foram acondicionadas em sacos
de papel devidamente identificados e levados para estufa a 65C, at atingirem peso constante
e permanecer na estufa por 72 horas. Em seguida foram realizadas as pesagens em balana
de preciso digital. O delineamento experimental foi inteiramente causalizado, com sete
tratamentos e dez repeties. As variveis se mostraram sensveis ao produto no intervalo de
2,0 a 4,0 mL de Rootmax L-1 de soluo. Portanto, so necessrias novas pesquisas visando
ratificar a eficincia do biestimulante.
Resumo: O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma metodologia para determinar a
resistncia penetrao (RP) de um latossolo amarelo distrocoeso em laboratrio com base
nas variveis densidade e umidade do solo. O estudo foi realizado no Laboratrio de
Ecofisiologia Vegetal da Embrapa Mandioca e Fruticultura com o solo coletado no municpio de
Cruz das Almas BA (Latitude: 124039S, Longitude; 3906 23W, Altitude; 225m). Os
ensaios de RP foram realizados com um penetrmetro do fabricante Brookfield, modelo
CT25kg, utilizando uma ponteira tipo cone com 3,48 mm de dimetro. As amostras deformadas
de solo, utilizadas para os ensaios de RP, foram preparadas utilizando cilindros de 90,47 cm3,
aps secagem em estufa 65C e padronizao da granulometria. Foram simuladas duas
densidades para as amostras (1,2g/cm3 e 1,5 g/cm3) e para cada densidade foram
estabelecidos trs nveis de umidade (10%, 15% e 18% em base volumtrica) com cinco
repeties, totalizando 30 amostras. Os ensaios foram executados de acordo com os seguintes
parmetros: tempo de reteno 60 s; velocidade de penetrao: 0,5 cm/s; distncia
penetrao: 3 cm; clula de carga: 25 kg; tipo de teste: compresso. As anlises estatsticas
foram realizadas com o auxlio do software Sisvar. Houve efeito significativo das fontes de
variao densidade e umidade (P<0,01) em relao resistncia penetrao. A densidade
1,2 g/cm3 apresentou menor mdia de resistncia penetrao (0,070 MPa) em relao
densidade de 1,5 g/cm3 (0,201 MPa). A anlise de varincia da RP dentro de cada tratamento
(densidade) com diferentes nveis de umidade apresentou efeito significativo para a umidade
nos nveis 10% e 15%, os resultados para a densidade 1,5 g/cm3 (0,370 Mpa; 0,130 Mpa,
respectivamente) foram estatisticamente superiores densidade 1,2 g/cm3 (0,100 Mpa; 0,043
Mpa, respectivamente). Para o nvel de 18% de umidade no houve diferena significativa
entre as mdias de RP dentro das densidades simuladas. Verifica-se tambm que a regresso
polinomial de 2 ordem (quadrtica) a que melhor se ajusta aos dados de umidade para o
tratamento 1,2 g/cm3 (R2 = 1). Para a densidade 1,5 g/cm3 (R2 = 0,82) ajustou-se melhor a
regresso linear. A resistncia penetrao foi inversamente proporcional aos nveis de
umidade testados (10%, 15% e 18%) e diferentes as densidades (1,2g/cm3 e 1,5 g/cm3). A
metodologia foi adequada para determinao da resistncia penetrao para o solo em
estudo em diferentes umidades a partir das equaes de regresso estabelecida nas
densidades 1,2g/cm3 e 1,5g/cm3. Sugere-se uma ampliao da faixa de densidade e umidade
trabalhadas no intuito de verificar o comportamento global destas variveis em relao RP.
Resumo: A expanso das reas irrigadas no mundo deu-se de forma a atender crescente
demanda de alimentos, tornando-se, assim, um recurso para garantir a sobrevivncia. Para a
incorporao de nutrientes ao solo a utilizao de sistema de fertirrigao vem sendo
amplamente utilizada devido economia de mo-de- obra, flexibilidade de aplicao e
eficincia do seu uso. Assim como a grande maioria das atividades humanas gera algum tipo
de impacto negativo ao meio ambiente, a irrigao, se no for conduzida de modo racional,
pode acarretar srios danos ao solo, como o aumento das concentraes de sais e sdio
trocvel, o que reduz sua fertilidade e, em longo prazo, pode provocar desertificao da rea
afetada. Este trabalho tem como proposta o monitoramento e determinao dos ons da
soluo da saturao do solo em diferentes profundidades durante os ciclos em bananeira
Grande Naine. O experimento foi conduzido na rea experimental da Embrapa Mandioca e
Fruticultura, em Cruz das Almas-Ba, sendo utilizado cultivar Grande Naine com delineamento
experimental em blocos casualizados com seis tratamentos e quatro repeties. Utilizou-se de
esquema fatorial 3 x 2 sendo trs concentraes da soluo de injeo (3, 10 e 15 g/L) x duas
frequncias de fertirrigao (3 e 7 dias). As amostragens para extrato de saturao foram
retiradas numa frequncia mensal em todos os tratamentos nas profundidades de 0,30 e 0,70
m, com distancia de 0,20m do pseudocaule. As analise foram realizadas conforme
metodologia EMBRAPA (2011), a extrao de soluo do solo foi realizada no laboratrio de
qumica do solo da Embrapa mandioca e fruticultura. Os resultados mostraram que, por meio
do uso do extrato de soluo do solo, pode-se monitorar a concentrao inica da soluo do
solo. A concentrao de sdio variou com o tempo na profundidade de 0,70 m, estando os
maiores nveis prximos superfcie do solo. possvel, com auxlio do extrato de saturao
soluo, monitorar a concentrao total dos ons K+ e Na+ na soluo do solo e manter a
salinidade em nvel desejado, controlando a condutividade eltrica da soluo extrada. Os
maiores nveis de K+ ocorreram na regio prxima superfcie do solo, diminuindo com a
profundidade; ao longo do ciclo verificou-se um aumento na concentrao deste on, assim, a
rea de atuao dos sais na regio radicular.
Resumo: O Brasil o terceiro maior produtor mundial de banana, tendo essa fruta uma grande
importncia alimentar no mundo inteiro. Porm, existem poucas cultivares disponveis no
mercado com boas caractersticas de produo e resistentes a pragas, que so o principal
impasse relacionado cadeia produtiva da fruta. O mal do panam uma doena causada
pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense e constitui-se em um problema fitossanitrio
bastante importante no cultivo da bananeira, levando prejuzos por seu potencial destrutivo.
Uma alternativa vivel para obter-se cultivares resistentes o melhoramento gentico, por
meio de hibridaes de triploides comerciais com diploides melhorados. Entretanto, para
gentipos que no produzem plen e nem semente, a realizao de cruzamentos dificultada,
sendo necessrio o uso de tcnicas biotecnolgicas, como induo de mutagnese e
transformao gentica. As suspenses celulares so indicadas para aplicao de
mutagnicos, por permitir a induo de mutao ou transformao gentica em clulas
individualizadas, prevenindo a ocorrncia de quimeras. Nesse sentido, o presente trabalho
teve por objetivo obter calos embriognicos e suspenses celulares de bananeira para
posterior induo de mutagnese e transformao gentica. Inflorescncias masculinas
imaturas de bananeira das cultivares Terra Maranho, Grande Naine e Ma, coletadas 10 dias
aps sua emisso, foram reduzidas para 10 cm de comprimento e desinfestadas
superficialmente mediante lavagem com gua e detergente neutro, enxaguadas com gua
corrente e depois, em cmara de fluxo, borrifadas com lcool 70% e flambadas trs vezes. Em
seguida, as flores imaturas foram excisadas e colocadas em placas de Petri contendo 30 mL
de meio de cultura constitudo de sais e vitaminas do MS, 30 g L-1 de sacarose, solidificado
com 2,4 g L-1 de Phytagel e suplementado com 1 mg L-1 de AIA, 4 mg L-1 de 2,4-D, 1 mg L-1
de ANA e 100 mg L-1 de glutamina. Foram inoculadas de 10 a 15 inflorescncias masculinas
imaturas em 35 placas de Petri. As culturas permaneceram em sala escura, com temperatura
de 271 oC. Procederam-se avaliaes semanais at que se verificasse formao de calos
embriognicos e ou embries somticos. Para obteno de suspenses celulares, os embries
somticos obtidos foram cultivados em meio lquido sob agitao a 105 rpm, no escuro, e o
meio renovado a cada 10 dias. Com 30 dias de cultivo em meio slido, observou-se que o
material se tornou intumescido e esbranquiado, com pouca oxidao. Aos 90 dias, verificou-se
formao de embries e calos embriognicos, na proporo de 1,43% em Terra Maranho e
0,57% em Grande Naine, enquanto na Ma no foram observadas tais estruturas. A
resposta para a formao de calos embriognicos gentipo-dependente, sendo a Terra
Maranho a cultivar que apresentou melhor resultado. As suspenses celulares das cultivares
Terra Maranho e Grande Naine apresentam aglomerados de clulas embriognicas de boa
qualidade e podero ser utilizadas para induo de mutagnese e transformao gentica.
Resumo: Nosemose uma das doenas mais agravantes e prevalentes em abelhas do gnero
Apis ao redor do mundo. E o agente causador desta, o microspordio do gnero Nosema.
Este patgeno penetra no intestino das abelhas, afetando a digesto e a fisiologia destas,
causando danos digestivos e diarreia. A perda de lquido prejudica o inseto, pois diminui o seu
tempo de vida, ocorrendo reduo da populao de abelhas na colnia e consequentemente
causando danos econmicos para o apicultor. Os danos que esse patgeno pode causar nas
abelhas, torna necessrio o estudo sobre sua incidncia, bem como nvel de infeco, para a
busca de prticas mitigadoras que possa evitar danos econmicos para a apicultura baiana.
Portanto, esta pesquisa objetivou avaliar a presena e nvel de infeco do microspordio
Nosema spp. em colnias de abelhas Apis mellifera em dois apirios no municpio de Cruz das
Almas (apirio em rea coberta ApC e em rea mais aberta ApA), BA. Sendo avaliadas trs
colnias de cada apirio, onde de cada colnia foram analisadas 30 abelhas, totalizando 180
indivduos. Para tanto, em cada abelha foi removido com auxlio de duas pinas o abdmen de
cada operria. Esses abdomens foram macerados e misturados em 30 ml gua destilada (1 ml
por abelha) e homogeneizado. Aps, a mistura foi filtrada e 1 l foi depositado em cmara de
Neubauer melhorada e deixado por dois minutos para deposio dos esporos. Utilizando
microscopia ptica (40x) foram realizadas trs leituras por amostras, sendo que em cada leitura
foram contados os esporos encontrados em cinco campos distintos. Para o clculo da
quantidade final de esporos por abelha, o nmero de esporos obtidos foi dividido pelo nmero
da rea contada, multiplicada pela profundidade da cmara de Neubauer. Os resultados foram
submetidos a anlise de varincia com mdias comparadas pelo teste de Tukey ao nvel de 5%
de significncia. A mdia de esporos por abelha obtida apresentaram diferena significativa
entre os apirios (p≤0.001), onde as colnias de ApC apresentaram mais esporos por
abelha (183.333) quando comparado ao ApA (77.777). Esta a primeira deteco para
Nosema spp. em apirios de Cruz das Almas e o nvel de infeco pode ser considerado baixo.
No entanto, os testes foram realizados em abelhas operrias que no estava desenvolvendo
atividade como campeira, e isso pode ter sido um dos fatores para os baixos resultados, uma
vez que os nveis de infeces, normalmente so maiores em operrias campeiras. Devido a
severidade dessa doena e a sua deteco nos apirios estudados necessrio
monitoramento futuro para evitar perdas de colnias e consequentemente danos econmicos
para os apicultores.
Resumo: O xodo rural uma forma de migrao caracterizada pela sada de pessoas das
reas rurais para os centros urbanos; esse tipo de migrao pode se dar de forma seletiva ou
no, e esta seleo pode ocorrer por gnero ou faixa etria, e isto est relacionada com a
atividade desenvolvida na regio, aproveitamento da mo-de-obra disponvel e grau de
escolaridade da populao. Por outro lado h uma grande preocupao social relacionada a
permanecia e sucesso do homem no campo. Este estudo visa compreender o perfil do xodo
rural no municpio de Mutupe na Bahia, com o objetivo de identificar grupos mais propensos a
esse tipo de migrao. A identificao destes grupos importante para a tomada de deciso
quanto a implementao de polticas publicas que melhorem a condio de vida dos
agricultores e suas famlias permitindo assim a permanncia destes em suas localidades. O
municpio de Mutupe, localizado no Sudeste da Bahia, tem sua economia baseada na
agricultura familiar, tendo como principais o cultivo de cacau e de banana, por isso criar
mecanismos que assegurem a permanncia do homem no campo culminar no maior
desenvolvimento do municpio e na melhoria da qualidade de vida de sua populao. Este
trabalho foi desenvolvido a partir de anlises de dados do Censo Demogrfico realizado entre
1980 e 2010 disponveis no Sistema IBGE de Recuperao Automtica (SIDRA). Entre os anos
de 1980 e 2000, mesmo com a alta taxa de natalidade, houve uma diminuio na populao
rural na faixa que compreende 20 a 29 anos. Ente os anos de 2000 e 2010, notou-se uma
decrscimo considervel da taxa de natalidade, porm a diminuio da populao na zona
rural do municpio entre 20 e 29 anos no foi to acentuada quando comparada as dcadas
anteriores. Em todo perodo analisado percebe-se uma grande populao maior de 30 anos,
indicando haver o retorno destas pessoas para suas localidades de origem. O xodo rural no
municpio de Mutupe ocorre de forma seletiva, sendo os jovens na faixa-etria de 20 a 29 anos
o grupo mais vulnervel migrao; no referido municpio no h relao entre xodo rural e
gnero.
Resumo: O rabanete (Raphanus sativus L.) uma hortalia originria da Europa, sua
produo um dos meios pelo qual o produtor rural pode obter uma renda, pois o mesmo
uma das culturas de ciclo mais curto dentre as demais hortalias. O preparado homeoptico
(solues ultradiluidas e dinamizadas) surgiu como uma nova tecnologia inovadora na
agricultura familiar. Estas substncias interagem com o metabolismo vegetal, podendo estar
diretamente ligadas a recuperao de plantas doentes ou com menor resistncia. A
homeopatia tornou-se reconhecida devido ao uso de base ecolgica capaz de gerar bons
resultados, sem prejudicar o meio ambiente, sendo um dos meios cientifico e alternativo que
contribui na reduo do impacto ambiental, gerado pelo sistema de produo convencional. O
objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos dos preparados homeopticos Carbo vegetabilis e
Calcarea fluorica nas dinamizaes 6CH e 30CH sobre a produtividade do (Raphanus sativus).
O experimento foi conduzido em casa de vegetao, na rea da Fazenda de Experimentao
de Produo Vegetal na Universidade Federal do Recncavo da Bahia, Campus Cruz das
Almas-BA. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizados com 5
tratamentos e 6 repeties totalizando em 30 unidades experimentais. Os tratamentos
constituram dos medicamentos Carbo vegetabilis 6CH, Carbo vegetabilis 30CH, Calcarea
fluorica 6CH, Calcarea fluorica 30CH e o controle com gua destilada. As plantas de
(Raphanus sativus) foram cultivadas em vasos, constitudo por substrato: composto orgnico a
base de esterco e LATOSSOLO AMARELO distrfico, na proporo 1:1. Para o preparo das
solues homeopticas, diluiu-se 30 gotas do medicamento em 600 mL de gua. Foram
aplicadas 100 mL da soluo por vaso. As aplicaes das solues ocorreram a cada sete dias
durante seis semanas, logo aps a emergncia das plntulas, para absoro via sistema
radicular. Aps a colheita foram avaliados: nmero de folhas, comprimento da folha,
comprimento da parte area, comprimento da raiz total, dimetro longitudinal da raiz, dimetro
transversal da raiz, dimetro do colo, biomassa fresca area, biomassa fresca da raiz,
biomassa fresca total, produtividade e nota de qualidade que foi atribudo de 1 a 4, (sendo; 1 =
pssima; 2 = regular; 3 = boa; 4 = excelente). Os dados obtidos foram submetidos anlise de
varincia pelo programa de estatstica Sisvar e as mdias foram comparadas pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade. No resumo da anlise de varincia no houve diferena
significativa entre os tratamentos para nenhuma das variveis avaliadas. Os preparados
homeopticos Carbo vegetabilis e Calcarea fluorica nas dinamizaes 6CH e 30CH no
influenciaram na produtividade do rabanete (Raphanus sativus). Deste modo novas
experimentaes com demais dinamizaes ou frequncia de aplicao devem ser estudadas
para a cultura do (Raphanus sativus).
Resumo: A limeira-cida Tahiti (Citrus aurantifolia, Swingle var. thaiti), conhecida no Brasil
como limo tahiti, considerada uma preciosidade da citricultura. Sua cultura difundiu-se pelos
pases das Amricas, nico continente onde o Tahiti produzido comercialmente.
comumente utilizada em pequenas propriedades rurais, geralmente do tipo familiar,
empregando grande quantidade de mo-de-obra, principalmente para colheita. Diante disso,
objetivou-se com o trabalho avaliar a produtividade da limeira cida Tahiti em combinao
com nove porta-enxertos no Litoral Norte do Estado da Bahia. O estudo foi conduzido no
municpio de Inhambupe, Litoral Norte do Estado da Bahia com clima sendo uma transio de
Am para Aw (tropical submido a seco) e solo sendo classificado como latossolo vermelho
amarelo coeso distrfico. Realizou-se em 2009 o plantio da limeira cida Tahiti (Citrus
aurantifolia, Swingle var. thaiti) CNPMF-02 enxertada em citrumelos (X Citroncirus spp.) 1452,
SW 70133, SW 4570 A e Swingle, citrange (C. sinensis x P. trifoliata) Stanford, Poncirus
trifoliata, tangerineira Clepatra (Citrus reshni Hort.) e citrandarins Riverside (C. sunki x P.
trifoliata English 264) e San Diego (C. sunki x P. trifoliata Swingle 314). Todos os gentipos
foram provenientes do Banco Ativo de Germoplasma de Citros da Embrapa Mandioca e
Fruticultura em Cruz das Almas, BA. O delineamento experimental foi em blocos casualizados,
com nove tratamentos e quatro repeties, utilizando-se duas plantas teis por repetio. O
plantio foi no espaamento 6,0 m x 3,0 m, sob irrigao por gotejamento. A produo foi
avaliada de 2012 a 2014, realizando-se duas colheitas no ano de 2012, nos meses de julho e
outubro, e quatro em 2013 e 2014, nos meses de maro, junho, outubro e dezembro. No ano
de 2012, os porta-enxertos Citrumelo SW 70133 e citrandarins Riverside e San Diego foram os
mais produtivos. No ano de 2013, no houve diferena entre os porta-enxertos e em 2014,
destacaram-se a tangerineira Clepatra e o citrandarin Riverside. Esses dois ltimos resultaram
em maior produo acumulada da limeira cida Tahiti. Sob as condies avaliadas, at o sexto
ano de plantio, tangerineira Clepatra e citrandarin Riverside induziram limeira cida Tahiti,
maior produo acumulada, alm de maior tamanho de plantas.
Resumo: A mamoneira (Ricinus communis L.) uma oleaginosa pertencente famlia das
Euphorbiaceae, tendo como principal produto o leo, o qual possui inmeras aplicaes. A
utilizao de parmetros genticos, como a herdabilidade e o ganho com a seleo
possibilitam orientar de maneira mais eficiente os programas de melhoramento, predizer o
sucesso do esquema seletivo adotado e decidir, com mais segurana, por meio de tcnicas
alternativas que possam ser mais eficazes. Desta forma, objetivou-se quantificar o progresso
gentico com a seleo de linhagens com alto teor de leo na semente e o rendimento de
gros em linhagens homozigotas de mamona, visando o desenvolvimento de cultivares para o
estado da Bahia. O experimento foi realizado no campo experimental do Centro de Cincias
Agrrias, Ambientais e Biolgicas da Universidade Federal do Recncavo da Bahia, em Cruz
das Almas, em uma populao contendo 217 linhagens em homozigose. A quantificao do
teor de leo na semente foi realizada via aparelho de ressonncia magntica nuclearRMN em
instrumento MQA Oxford 7005 com um eletrom de 0,47 T. O resultado dos espectros foi feito
atravs de uma sonda com um tubo de acrlico em formato cilndrico, onde as sementes foram
alocadas e ao mesmo tempo os resultados sero lidos no computador acoplado ao aparelho. O
carter rendimento de gros (REND) foi obtido da massa de gros na parcela expressos em kg
ha-1. Os dados foram submetidos a anlises de varincia e comparao de mdias pelo teste
de Scott-Knott a 5% de probabilidade de erros, utilizando o programa estatstico genes. A
populao original foi submetida ao clculo do Ganho Gentico utilizando-se o mtodo
proposto por Vencovsky (1987). A anlise de varincia demonstrou diferena significativa entre
os tratamentos para os caracteres Rendimento de gros (REND) e Teor de leo na semente
(TOS) o que confirma a existncia de variabilidade gentica para os caracteres estudados.
Esta variabilidade denota a possibilidade de obteno de ganhos genticos no programa de
melhoramento da mamoneira, pois, quanto maior a variabilidade gentica, maior a
possibilidade de ganho de seleo para o carter desejado. O maior rendimento de gros foi
observado na linhagem UFRB 221 (1.593,72 kg ha-1) e o menor na linhagem UFRB 143
(311,67 kg ha-1). O carter TOS foi o que possibilitou maior discriminao entre os tratamentos
devido formao de maior nmero de grupos. Os valores para esta caracterstica oscilaram
entre 39,10% e 57,48%, para as linhagens UFRB 36 e UFRB 248, respectivamente. O ganho
gentico encontrado para os caracteres REND e TOS foram promissores permitindo o sucesso
na seleo visando o progresso nas linhagens selecionadas.
Resumo: A alface (Lactuca sativa L.) uma das hortalias folhosas mais comercializadas no
Brasil, no entanto possui alto grau de perdas na qualidade pos colheita devido a serem
sensveis ao manuseio e sua qualidade muitas vezes comprometida pelo sistema de cultivo e
pelas prticas de conservao ps-colheita. O uso da homeopatia na agricultura tem sido
bastante promissor na fitotecnia, por se uma tecnologia social efetiva e permitida na produo
Orgncia tem sido amplamente utilizada por pequenos agricultores. O seu uso tem obtido
resultados promissores no mecanismo de defesa dos vegetais, como resistentes de pragas e
doenas, na produtividade, na qualidade alimentar e na biossegurana, pelo fato de no deixar
resduos no ambiente, e nos vegetais. O objetivo no trabalho foi avaliar a qualidade e
conservao ps colheita das alfaces tipo americana, cv.Lucy brown tratadas com os
medicamentos homeoptico Silicea e Arnica montana, na dinamizao 5CH. O delineamento
experimental foi em blocos casualizados, com trs tratamentos e cinco repeties. Os
tratamentos consistiam dos medicamentos homeopticos, Silicea 5CH, Arnica montana 5CHe
agua destilada. O experimento foi conduzido em casa de vegetao nas dependncias do
CCAAB/UFRB. O experimento foi cultivado em sacos de polietileno com capacidade de 3 litros
preenchidos com substrato solo + esterco bovino (2:1), no qual foram semeados 5 sementes.
Aps a germinao feito o desbaste deixando 1 por saco. A colheita se deu aos 60 dias, as
plantas foram colhidas rente ao solo, realizou-se a pesagem da biomassa fresca e foram
emersas em soluo homeoptica aquosa com 1 mL do tratamento homeoptico/ litro de gua.
Logo em seguida foram acondicionadas em sacos de polietileno de baixa densidade com
capacidade de 5 kg, devidamente identificados foram levados em geladeira a 5C e UR a 90%,
para avaliao de conservao ps colheita. As anlises foram realizadas, no laboratrio de
Olericultura, em intervalo de 7 dias seguindo a metodologia adaptada de Reis et al., 2014. O
medicamento Silicea promoveu maior longevidade no processo de deteriorao na
conservao ps colheita, aos 35 dias no critrio nota de qualidade quando comparado ao
controle, no entanto no foi observado diferena significativa com relao a perda de gua na
biomassa fresca das plantas de alface quando comparada aos demais tratamentos. Portanto o
efeito do medicamento Silicea foi caracterizado como patogenesia, quando o medicamento
aplicado em plantas sadias. No entanto faz se necessrios mais estudos na rea de ps
colheita com o uso do medicamento Silicea e outras dinamizaes.
Resumo: O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a qualidade ps-colheita do manjerico roxo
(Ocimum pupuraceus) submetidas a diferentes tratamentos homeopticos. O experimento foi
conduzido em casa de vegetao, na rea experimental do Centro de Cincias Agrrias,
Ambientais e Biolgicas (CCAAB) da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB) no
campus sede localizado na cidade Cruz das Almas - Bahia. O delineamento experimental
utilizado foi em blocos ao acaso com 6 tratamentos e 10 repeties. Os tratamentos
constituram de medicamentos homeopticos repetidas cada uma em duas dinamizaes
diferentes 5CH e 30CH, lcool a 30% e um controle, a saber: T1= Carbo vegetabilis 5CH, T2 =
Carbo vegetabilis 30CH, T3 = Calcarea fluorica 5CH, T4 = Calcarea fluorica 30CH, T5= lcool
30% e T6= controle (gua). Na anlise de conservao ps colheita foram realizadas
avaliaes dos manjerices roxo em saco de polietileno de baixa densidade acondicionadas
em freezer com temperatura mdia 5C e umidade relativa em torno de 90%, na qual foram
avaliadas aos 7, 14 e 21 dias por meio de notas de 1 a 5 levando em considerao a sua
qualidade aparente e o peso da biomassa referente a cada avaliao com a finalidade de aferir
a evoluo da perda de gua na conservao ps-colheita e a velocidade com que o
manjerico roxo se deteriorava. Os tratamentos com os medicamentos homeopticos Calcarea
fluorica 30CH e Carbo vegetabilis 5CH, considerando os resultados obtidos com base nos
dados coletados apresentaram uma diferena significativa quando comparada aos demais
tratamentos, e a sua falta de eficincia foi a principal causa da patogenesia apresentada na
avaliao de ps-colheita dos manjerices, ou seja, promoveu assim uma maior perda de agua
na conservao do vegetal, perda da sua biomassa e no perodo de anlise da qualidade ps-
colheita das plantas quando comparado com o controle contendo s gua, sendo ento
responsvel por causar maior deteriorao do manjerico roxo. Sendo assim, nesse
experimento o tratamento com as homeopatias foi considerado ineficiente, mas, no entanto,
no devemos descartar o uso dos medicamentos homeopticos para tratamento e
desenvolvimento das diversas culturas, ou seja, se faz necessrio manter uma continuidade
nos estudos quanto as dinamizaes destes medicamentos que possibilitaro melhores
respostas na conservao e qualidade aparente do manjerico no perodo ps colheita.
Resumo: O aneto (Anethum graveolens) planta herbcea, aromtica pertencente famlia das
Apiaceae, destaca-se por possuir estruturas anatmicas glandulares e secretoras de
substancias ricas em volteis, resinas, como; saponinas triterpenides, cumarinas e
poliacetilenos. A aplicao da homeopatia na agricultura uma tecnologia social efetiva que
tem atuado no mecanismo de defesa dos vegetais, como em cultivares tolerantes ou
resistentes a pragas e doenas e ainda possui grande potencial na qualidade alimentar e
biossegurana, pelo fato de no deixar resduos no ambiente, nos vegetais e animais. O
objetivo no trabalho foi avaliar a qualidade ps colheita de plantas de aneto tratadas com os
medicamentos homeoptico. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com
quatro tratamentos e quatro repeties. Os tratamentos consistiam dos medicamentos
homeopticos, Silicea (T1), Camomila (T2) e Natrum muriaticum (T3), na dinamizao 5CH. O
experimento foi conduzido em casa de vegetao, localizada nas dependncias do
CCAAB/UFRB. O experimento foi cultivado em sacos de polietileno com capacidade de 3 litros
preenchidos com substrato solo + esterco bovino (na proporo 2:1), no qual foram semeados
5 sementes. Aps a germinao foi selecionada 3 plantas por saco. A colheita se deu aos 60
dias, as plantas foram colhidas rente ao solo, realizou-se a pesagem da biomassa fresca e
foram emersas em soluo homeoptica aquosa com 8 mL do tratamento homeoptico. Logo
em seguida foram acondicionadas em sacos de polietileno (tipo zip) devidamente identificados
e levados em geladeira a 5C e UR a 90%, para anlise de conservao ps colheita. As
anlises foram realizadas, no laboratrio de Olericultura, em intervalo de 7 dias. O
medicamento Silicea (T1) promoveu maior acelerao no processo de deteriorao nos ps
colheita, aos 21 dias com relao ao critrio nota quando comparado ao controle, no entanto
no foi observado diferena significativa com relao a perda de gua na biomassa fresca das
plantas de Anethum quando comparada aos demais tratamentos estudados. O efeito do
medicamento Silicea (T1) foi caracterizado como patogenesia, quando o medicamento
aplicado em plantas sadias. Mais estudos sero realizados na rea de ps colheita com o uso
do medicamento Silicea em outras dinamizaes para que seja avaliado demais efeitos sob a
planta de Anethum.
Resumo: Apesar de ser uma fruta produzida em grande escala, o cultivo da bananeira
constantemente ameaado pelo Cosmopolites sordidus (Gemar), mais comumente conhecido
como moleque da bananeira, que a principal praga da cultura e pode causar danos
irreparveis produo, que so ocasionados pela sua larva, a qual faz galerias atravs do
rizoma, causando o tombamento e morte das plantas. Muitas so as pesquisas realizadas para
saber a resistncia da cultura e de suas variedades em relao s doenas fngicas, porm
poucos so os registros sobre a susceptibilidade e atratividade dessas variedades ao moleque
da bananeira. Saber qual cultivar mais resistente ou susceptvel a praga, uma importante e
eficiente estratgia para o controle da mesma. A literatura mostra que cultivares como Terra,
Grande Naine e Ma so mais susceptveis ao moleque da bananeira, enquanto que a cultivar
Prata e Prata An so relativamente resistentes. Sendo assim, por falta de mais pesquisas
referentes ao tema, este trabalho teve como objetivo avaliar entre as cultivares Prata Gorutuba
e Grande Naine, qual se mostrou mais atrativa ao moleque da bananeira. Para isso, utilizou-se
uma arena hexagonal de mltipla escolha. O experimento se procedeu na Embrapa Mandioca
e Fruticultura, no laboratrio de Entomologia e sob condies controladas, das quais a
temperatura se encontrava em 251 C, a umidade relativa era de 7010%, e, durante a
escotofase, sob fotoperodo de 12h: 12 h (Luz:Escuro). Foi utilizado delineamento experimental
de blocos casualizados com 12 repeties, onde foi analisado o nmero de insetos adultos em
cada tubete. Os insetos eram submetidos a jejum de 24 horas e logo aps liberados no centro
da arena, sendo 5 adultos por arena. Em cada arena, os tratamentos eram dispostos de forma
oposta, sendo duas mudas de cada cultivar em tubetes e dois dos vrtices da arena ficavam
vazios. Aps a liberao dos adultos, aguardava-se um tempo de 30 minutos para assim fazer
as avaliaes. As anlises mostraram que a cultivar Prata Gorutuba apresentou um maior
nmero de insetos nos tubetes. Mudas da cultivar Prata Gorutuba atraem mais o moleque da
bananeira quando comparadas com mudas da cultivar Grande Naine.
Resumo: O objetivo deste trabalho foi correlacionar alguns atributos qumicos e fsicos do solo
com as concentraes (pseudo-totais) de Cdmio (Cd), Cobalto (Co), Cromo (Cr), Cobre (Cu),
Nquel (Ni), Chumbo (Pb), Zinco (Zn), Alumnio (Al) e Ferro (Fe), em solos da Reserva
extrativista de Santiago do Iguape, Cachoeira-BA, sob vegetao natural. Para realizar o
estudo, foram utilizadas amostras de solo, correspondentes ao horizonte A, a uma
profundidade de 0 a 20 cm, em uma rea de aproximadamente 600 ha. A coleta das amostras
foi realizada em seis reas e cinco pontos de coleta em cada rea, sendo retiradas trs
amostras (distanciadas de 25 cm) em cada ponto, num total de 180 amostras. Os
procedimentos analticos para determinao das concentraes dos valores pseudo-totais de
Cd, Co, Cr, Cu, Ni, Pb, Zn foram realizados com base no mtodo EPA 3051a, Al e Fe pelo
mtodo 3050B e as leituras feitas em ICP-AES. A anlise granulomtrica e de fertilidade, pelos
mtodos adotados pela Embrapa. A anlise estatstica foi realizada com base em correlaes
de Spearman e anlise de componentes principais (ACP), utilizando o software Statistica v. 7.0.
As fraes mineral e orgnica do solo (argila, silte e C orgnico), apresentaram correlao
positiva e significativa com os teores de metais pesados, nas condies dos solos estudados. A
acidez potencial (H + Al+3) apresentou correlao significativa e positiva com todos os metais,
exceto com o Fe (ferro) e Mn (mangans). As variveis pH (H2O), valor V (%), SB e Al3+
(trocvel) no apresentou correlao significativa com os metais, vez que esto relacionadas
concentrao de ons fracamente adsorvidos no solo. A capacidade de troca de ctions (CTC)
correlacionou-se de forma significativa e positiva com todos os metais, exceto com o Fe (ferro),
visto que a concentrao pseudo-total deste metal no guarda relao direta com os ctions
trocveis, associados CTC, sendo o prprio Fe responsvel pela formao de xidos com
capacidade absorver fortemente outros elementos metlicos do solo. Os resultados indicam
que os atributos qumicos e de composio granulomtrica so os fatores que de fato se
relacionam com o estoque de metais no solo, sem que haja necessidade de vnculo com a
classe pedolgica.
Resumo: O trabalho aqui relatado trata-se de uma experincia dialgica vivenciada no Sitio
Boa Vista, bem como nas propriedades do seu entorno no povoado denominado Corta-Jaca,
localizado nas mediaes do municpio de Cruz das Almas, Bahia, entre os meses de janeiro a
maro do ano de 2015. As aquisies narradas pelos produtores, e o prazer na troca de
experincia tiveram grande importncia para a consolidao do conhecimento dessa realidade.
Relaes complementares puderam ser observadas, principalmente no que diz respeito a
forma como se apresenta frente a uma lgica de mercado, onde possvel perceber uma
relao de autonomia bastante presente, conciliada com questes voltadas para submisso,
uma vez que algumas propriedades buscam atender demandas geradas pelo governo, por
meio de polticas pblicas. Procurando conhecer essas diferentes formas de relao frente ao
sistema, o presente trabalho teve como principal objetivo, apresentar a realidade da
comunidade em torno da reproduo da agricultura familiar. O espao rural no se apresenta
mais como um meio separado onde se desenvolve nica e exclusivamente atividades
produtivas. Estamos na direo de uma sociedade de forte complementaridade, onde o meio
rural apresenta-se muito alm da oferta de alimentos. Nesses espaos a diversidade precisa
ser vista, tanto no sentido ecolgico, com os fatores produtivos, quanto nos atores sociais.
Assim, a interdisciplinaridade precisa ser entendida nos espaos rurais, sendo essencial a
manuteno do tecido sociocultural, onde deve-se buscar, gerar novas relaes, e
aproximaes, sem que os aspectos de mbito comercial sejam deixados de lado, mas
buscando conciliar feies que envolvam autonomia, e formas justas de trabalho e
remunerao, tornando-se imprescindvel a unio entre rural e urbano, juntando o produtor e o
consumidor. Apesar das dificuldades citadas, muitas das famlias apresentam vontade de
continuao no campo, satisfazendo assim suas necessidades, e possuindo real identidade
com a agricultura, vontade essa percebida inclusive entre os jovens, muitas vezes envolvidos
nas atividades, que em nenhum momento deve ser confundido com atividades forosas
encontradas em empresas, por exemplo. Bons frutos podem ser colhidos por meio da
agricultura familiar, e isso pode ser observado tanto economicamente, como em relao
qualidade de vida, por meio das relaes harmnicas estabelecidas com o ambiente em que se
vive e as pessoas que nele habitam.
Resumo: A rcula (Eruca sativa L., Brassicaceae), uma hortalia folhosa com sabor picante,
nutritiva, contendo minerais como potssio, enxofre e ferro, alm de vitaminas A e C. Como a
rcula possui crescimento rpido e intensa produo, necessria a reposio dos nutrientes
via adubao. O fsforo (P) um nutriente essencial para as plantas e sua presena na
soluo do solo proporciona um adequado desenvolvimento e eleva a produo das
hortalias.Deste modo, plantas de rcula podem responder positivamente a doses de fsforo
em soluo nutritiva. Assim, objetivou-se avaliar a produo de fitomassa e rea foliar da
rcula cv. apreciatta folha larga sob diferentes doses de fsforo. O estudo foi realizado em
ambiente protegido rea experimental do Centro de Cincias Agrrias, Ambientais e Biolgicas,
da Universidade Federal do Recncavo da Bahia, em Cruz das Almas/BA, entre outubro e
dezembro de 2015. As sementes germinaram em sementeira de poliestireno (60 clulas)
contendo areia lavada, e aps emergncia, receberam diariamente soluo nutritiva de
Hoagland & Arnon com 50% da fora inica, por 13 dias. Em seguida, as plantas foram
transplantadas para recipientes contendo 2 dm3 de areia lavada recebendo diariamente
soluo nutritiva de Hoagland & Arnon com omisso de fsforo, por sete dias. Aos 21 dias
passaram a receber a soluo nutritiva modificada em funo dos tratamentos (0; 15,5; 31;
46,5 e 62 mg de P L-1). No final do experimento (51 dias), o material vegetal foi seco em estufa
de circulao forada de ar (650C) por 72h, e foram determinadas as variveis: massa seca de
folhas, hastes, parte area, razes e total e relao raiz/parte area; os dados de massa seca
foram obtidos com a utilizao de balana de preciso com trs casas decimais. A relao
raiz/parte area foi obtida segundo metodologia sugerida por Benincasa. A rea foliar, rea
foliar especfica e razo de rea foliar foram determinadas por meio do mtodo dos discos
foliares e de formula matemtica conforme Peixoto et. al. O delineamento foi inteiramente
casualizado, com seis repeties. Os dados obtidos foram submetidos ANAVA pelo teste F e
havendo significncia, realizou-se anlise de regresso polinomial a 5% de probabilidade. A
massa seca das folhas, hastes e parte area e rea foliar foram afetados em funo das
concentraes de fsforo (p<0,05) pelo teste F. A massa seca da raiz, massa seca total,
relao raiz/parte area, rea foliar especfica e razo de rea foliar no diferiram em funo
dos tratamentos. A massa seca das folhas, hastes e da parte area ajustaram-se
significativamente ao modelo de regresso polinomial linear crescente, assim como a rea
foliar. A dose de 62 mg L-1 de P aplicada promoveu aumento de 42%, 131% e 56%, quando
comparado ao tratamento com omisso de fsforo, das variveis massa seca das folhas,
hastes e parte area, respectivamente. J em relao rea foliar este aumento foi de 66,5%.
A massa seca das folhas, hastes, parte area e a rea foliar so influenciadas positivamente
pelo aumento da concentrao de P na soluo nutritiva at a dose mxima aplicada.
Resumo: A utilizao de matria orgnica nos substratos para a produo de hortalias, tende
a reduzir os custos de produo na cultura do pimento. O pimento uma das hortalias de
maior consumo no pas, destacando-se a regio nordeste. fonte de fibras, vitaminas e sais
minerais, alm de possuir ao antioxidante. O objetivo deste trabalho foi avaliar o rendimento
de massa seca em mudas de pimento cultivadas em diferentes substratos. O experimento foi
realizado na Universidade Federal do Recncavo da Bahia, em Cruz das Almas-Ba. As
sementes de pimento (Capsicum annum L.) foram germinadas em sementeira de 98 clulas
tendo como substrato areia lavada, e aos 20 dias aps a germinao, as plntulas foram
transferidas para recipiente plstico (300ml) contendo o substrato conforme cada tratamento,
onde permaneceram por 40 dias. Os tratamentos aplicados foram: T1 = areia lavada + soluo
nutritiva completa de Hoagland e Arnon (1950); T2 = areia lavada + soluo de Hoagland e
Arnon modificada contendo 27 mg.L-1 de Al+3; T3 = areia lavada + composto orgnico
comercial (70%:30%) + soluo nutritiva completa; T4 = areia lavada + composto orgnico
comercial (70%:30%) + soluo de Hoagland e Arnon modificada contendo 27 mg.L-1 de Al+3.
A fonte de alumnio utilizada foi o cloreto de alumnio (AlCl3) e no preparo da soluo nutritiva,
a concentrao de fsforo (P) foi reduzida em 10 (dez) vezes, evitando, dessa forma, que
houvesse a complexao do alumnio. O experimento foi inteiramente casualizado com 5
tratamentos e 6 repeties. Ao final, as plantas foram coletadas, suas partes separadas e
acondicionadas em estufa de circulao forada de ar (65C/72h) para obteno de massa
seca da parte area e das razes. Os valores de massa seca foram encontrados utilizando-se
balana de preciso com trs casas. Os resultados foram submetidos anlise de varincia
(ANAVA) e nos caso de significncia, realizou-se o teste de Tukey, por meio do programa
estatstico SISVAR 5.0. Os tratamentos com composto orgnico proporcionaram maior
rendimento de massa seca, pois atenuou os efeitos da toxidez das plantas por alumnio, devido
a sua capacidade em reter gua, disponibilizar nutrientes, entre outros benefcios. Sugere-se a
utilizao de composto orgnico para o cultivo de pimento, sendo esta uma alternativa de
baixo custo, mesmo em solos com presena de alumnio.
Resumo: O semirido sofre tanto com a escassez como com a baixa qualidade de suas guas.
Sendo a salinidade um dos principais fatores limitante ao desenvolvimento das culturas. O
feijo-vagem uma das principais hortalias cultivadas no Brasil. A tcnica de gotejamento por
pulsos consiste na prtica de um curto perodo de irrigao, seguido de uma fase de repouso e
outro curto perodo de irrigao, com repetio desse ciclo at que toda a lmina necessria
seja aplicada. O experimento foi conduzido entre 18 de maro e 04 de junho de 2016 em casa
de vegetao, localizada na UFRB, no municpio de Cruz das Almas-BA. O solo utilizado,
classificado, como Latossolo Amarelo coeso, foi corrigido, adubado e colocado em vasos de
21L. A cultura utilizada foi o feijo-vagem variedade Macarro Favorito de crescimento
indeterminado. Sementes foram postas para germinar nos vasos. O delineamento estatstico
adotado foi inteiramente casualizado com dez tratamentos distribudos em esquema fatorial 2 x
5, (gotejamento contnuo e por pulsos) e cinco nveis de condutividade eltrica (CE) (0,3, 1,5,
2,5, 3,5 e 4,5 dS m-1), perfazendo um total de 50 vasos, espaados em 1,00 m x 0,60 m. A
salinidade da gua foi obtida atravs da adio de NaCl gua de abastecimento local e
aferida atravs de condutivmetro. O manejo da irrigao foi baseado na tenso de gua no
solo. Utilizou tensimetros instalados a 0,13 m de profundidade. A reposio de gua foi
realizada quando a tenso mdia de gua no solo atingia 20 kPa. A irrigao por pulsos
consistiu no parcelamento da lmina requerida em seis pulsos de irrigao espaados de 30
minutos de intervalo. Os dados foram submetidos s anlises de varincia, as mdias
comparadas pelo teste Tukey, em nvel de 5% de probabilidade e de regresso, utilizando-se
do software estatstico SISVAR. Observa-se na Figura 1 que com o aumento da CE, ocorreu
reduo linear em ambas as formas de gotejamento. A aplicao da gua salina via
gotejamento por pulsos apresentou maior massa fresca mdia, 404, 307, 208 e 125 g vaso-1
para os nveis de CE de 1,5, 2,5, 3,5 e 4,5 dS m-1, respectivamente, sendo esses valores
significativamente superior aos encontrados para os mesmos nveis com aplicao via
gotejamento contnuo, 307, 86, 12 e 0 g vaso-1 respectivamente, havendo uma reduo,
comparando os resultados de cada nvel de CE, de 24 %, 72%, 94% e 100% (Tabela 1). Estes
resultados sugerem uma maior vantagem de se utilizar o gotejamento por pulsos ao se
trabalhar com gua salina, concluindoque a salinidade afeta significativamente o rendimento da
cultura.porm o uso do gotejamento por pulsos pode amenizar os efeitos danosos da
salinidade da gua. Figura 1 - Massa fresca total de vagens comerciveis - MFVC sob
aplicao de gua salina via gotejamento contnuo e por pulsos.Tabela 1 - Massa fresca total
de vagens comerciveis - MFVC do feijo vagem submetido aplicao de gua salina via
gotejamento contnuo e por pulsos.Varivel Irrigao Condutividade eltrica (dS m-1)
0,30 1,5 2,5 3,5 4,5MFVC (g/vaso) Contnuo 779aA 307bB 86bC
12Bc 0bC Pulsos 785aA 404aB 307aC 208aD 125aD
Resumo: Plantas de pimenta biquinho (Capsicum chinense Jacq) foram cultivadas em vasos
plsticos de 2 Litros, envoltos por fita adesiva prateada, por 30 dias em soluo nutritiva (SN)
completa e com deficincias: sem nitrognio (-N), sem fsforo (-P), sem potssio, sem clcio (-
Ca), sem magnsio (-Mg), sem enxofre (-S), , sem ferro (-Fe), sem boro (-B), sem cobre (-Cu),
sem mangans (-Mn), sem molibdnio (-Mo), sem zinco (-Zn) e sem aerao (-O). Esses 14
tratamentos foram distribudos em delineamento aleatorizados em cinco blocos, totalizando 70
parcelas experimentais, em casa de vegetao do NEAS-UFRB. As pimenteiras foram
submetidas aos tratamentos com 60 dias aps semeadura e j apresentavam botes florais. A
SN foi aerada a cada 30 minutos com turbina de injeo de ar. As plantas sem Ca exibiram
folhas arqueadas para baixo, clorose na borda, necrose na ponta e na borda das folhas jovens,
alm de queda de boto floral, sintomas esse vistos j no 10 dia aps incio dos tratamentos
(DAT). Tambm a partir do 10 DAT, as pimenteiras sem B apresentaram tamanho reduzido,
folhas com verde intenso e tambm clorose e necrose nas gemas apicais. O tratamento -N
apresentou folhas mais velhas clorticas e amareladas, avanando ao 29 dia para as mais
jovens, lanando tambm frutos com formato misto (alongado e triangular). Aos 29 DAT,
surgiram os primeiros sintomas de deficincia de P, com folhas velhas apresentando uma
colorao verde claro tendendo a clorose, diferentemente das folhas jovens que apresentaram
verde escuro e grumos, alm de aspecto plstico. Para K observaram-se j aos 10 DAT,
folhas com clorose em suas pontas e bordas e surgimento de manchas marrons que evoluram
para necrose e reduo na rea foliar e parte area das plantas. No 29 DAT, o tratamento sem
Fe mostrou diferena entre a colorao das folhas velhas (verde escuro) e folhas jovens (verde
claro, apresentando clorose), entretanto, no houve reduo visvel da parte area da planta.
Os sintomas sem Mg foram vistos a partir do 14 DAT. As folhas jovens apresentaram clorose
fragmentada, deixando a folha aparentemente menos espessa, alm de necroses espalhadas
por todo limbo foliar, reduo no tamanho e deformao das folhas e de toda parte area. As
plantas sem S mostraram folhas jovens com colorao clara j no 10 DAT, a partir da os
sintomas aumentaram e as plantas apresentaram pontos necrticos prximos a nervura
central, abortamento de botes florais e diminuio das ramificaes laterais. O tratamento
sem Zn apresentou folhas jovens com aspecto plstico e verde claro sem brilho no 29 DAT.
No tratamento sem Cu, foi visto a partir do 29 dia folhas jovens com aparncia murcha e
dobradas para cima, com tonalidade de verde intenso. No 10 DAT aps incio do tratamento
sem O, as plantas apresentaram razes acinzentada e depois do 29 dia visualizou-se reduo
da parte area e volume das razes. Em relao omisso e Mo e Mn, no houve sintomas
visuais de deficincia. Pode-se concluir que as plantas de pimenta biquinho apresentam
rpidas respostas a omisso de nutrientes.
Resumo: O coentro uma erva muito utilizada como especiaria e que conta com numerosas
propriedades benficas para sade humana. Pensando no cultivo dessa variedade, objetivo-se
nesse experimento verificar os sintomas visuais ocasionados pela omisso de nutrientes
essenciais na cultura do coentro. Este foi conduzido no perodo de maio a junho de 2016 em
casa de vegetao, as sementes do coentro cv. Verdo, foram germinadas em vermiculita e
irrigada diariamente com soluo nutritiva de Furlani a 50%, aps 10 dias de emergncia
formam transferidas para o sistema de hidropnia Floating. O delineamento experimental foi
em blocos casualisados, com oito tratamentos e trs repeties, num total de 24 unidades. Os
tratamentos consistiram em: omisso individual dos nutrientes nitrognio (N), potssio (K),
fsforo (P), clcio (Ca), magnsio (Mg), enxonfre (S), completa sem oxigenao (C/SO2) e a
testemunha (Completa) com oxigenao. As plantas foram selecionadas em grupos de cinco e
transplantadas para vasos plsticos com capacidade de dois litros de soluo nutritiva com as
omisses de cada nutrientes em seus respectivos tratamentos, em sistema de aerao artificial
contnuo por um perodo de 28 dias. Foi realizada avaliaes dirias do pH e CE e quando
necessrio reposio com gua destilada. Aos 28 dias avaliou-se a altura de plantas (AP) e
massa fresca total (MFT). Os dados obtidos formam submetidos a anlise de varincia pelo
programa estatstico SISVAR e as medias formam comparadas pelo teste Scott-Knott a 5%.
Houve efeito significativo (P>0,01) entre os tratamentos para as variveis AP e MFT. Os
tratamentos com omisso de N e P foram os responsveis pelas menores alturas e massa
fresca total. Os tratamentos com omisso de N apresentaram colorao verde-clara, quando
comparadas ao tratamento completo. Os sintomas visuais de deficincia nos tratamentos com
omisso de fsforo iniciaram com manchas clorticas que avanaram para necrose nas folhas
inferiores e intermedirias e as razes exibiram colorao acastanhada. Os tratamentos com
omisso de S no se diferenciaram estatisticamente da testemunha (Completa) para as
variveis estudadas, no entanto as plantas apresentaram clorose generalizadas em todas as
folhas. Nas condies e tempo em que foi realizado o experimento, possvel concluir que a
manifestao visual das deficincias nutricionais ocorreu na seguinte ordem: N< P< Mg<
Ca<K<O2<S . Todos os tratamentos com omisso dos macronutrientes reduziram a MFT das
plantas, exceto S; porm, a omisso de N e P limitou em maior proporo a produo de MFT
das plantas de coentro.
Resumo: A fibra extrada do sisal (Agave sisalana Perrine ex Engelm) equivale a apenas 4 %
da massa fresca das folhas e os 96 % restantes so, na sua maioria, descartados nas
propriedades rurais sem qualquer tratamento. Estes subprodutos e outros do processamento
industrial da fibra seca podem ser utilizados na produo de cogumelos, a exemplo da espcie
Pleurotus ostreatus. O objetivo deste trabalho foi avaliar as caractersticas bromatolgicas de
diferentes substratos formulados com subprodutos do desfibramento da folha de sisal e do
processamento da fibra seca (p de batedeira), nas fases pr e ps cultivo de P. ostreatus para
definir o potencial de sua utilizao. Foram avaliados substratos com os subprodutos do
desfibramento da folha de sisal e do processamento da fibra seca, nas propores de 90/10
(S1); 80/20 (S2); 70/30 (S3); 60/40 (S4); 50/50 (S5) g:g, respectivamente, mais a adio de 5 %
de farelo de trigo e 3 % de carvo, e o tratamento de imerso em 0,5% de cal hidratada
durante 12 horas. Foram retiradas amostras dos substratos antes e aps o cultivo do cogumelo
P. ostreatus e determinados os teores de matria seca, cinzas, extrato etreo, protena bruta,
fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente cido (FDA) e carboidrato. O substrato
ps cultivo foi obtido aos 53 dias aps a inoculao, quando se encerrou a fase de produo de
cogumelos. A produo de P. ostreatus proporcionou alteraes nas propriedades
bromatolgicas dos substratos, com aumentos de 55% no teor de protena bruta e de 28,5% de
cinzas no substrato S5 e de 138,1% no teor de carboidratos no fibrosos no substrato S4.
Redues variando entre 26% e 43% nos teores de FDN, 36% e 50% nos teores de FDA e
entre 21,4% e 27,3 % nos teores de matria seca foram obtidas nos substratos ps-cultivo.
No houve diferena no teor de extrato etreo nos substratos pr e ps cultivo. O cultivo de
Pleurotus ostreatus proporciona maiores concentraes de cinzas, protena bruta e
carboidratos e menores teores de FDN, FDA e matria seca no substrato. O potencial deste
substrato para a alimentao de caprinos e ovinos deve ser avaliado.
Resumo: O crescimento da planta pode ser avaliado por meio dos ndices fisiolgicos como a
taxa de crescimento da cultura (TCC), que representa a quantidade total de fitomassa de uma
comunidade vegetal por unidade de rea de solo, pois constitui o somatrio das taxas de
crescimento dos diversos componentes da planta. A TCC o parmetro mais importante para
a fisiologia da produo, pois avalia a produtividade primria lquida do vegetal.A taxa de
produo de fitomassa de uma comunidade vegetal, avalia produtividade primria lquida,
constituindo o somatrio das taxas de crescimento dos diversos componentes da planta.
Objetivou-se com este trabalho avaliar a Taxa de crescimento da cultura de braquiria
consorciada com guandu-ano e girassol, em duas formas de semeadura em sistema
integrado. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com seis
tratamentos e quatro repeties. Os tratamentos constituram-se de T1-braquiria; T2-
braquiria + girassol semeadura simultnea; T3-braquiria + guandu-ano semeadura
simultnea; T4-braquiria + girassol + guandu-ano semeadura simultnea, T5-braquiria +
girassol semeadura defasada; T6-braquiria + girassol + guandu-ano semeadura defasada.
Foram realizadas coletas de cinco plantas de braquiria de cada tratamento com cinco
avaliaes a cada 15 dias, iniciando 30 dias aps a emergncia (DAE). Com base na obteno
da rea foliar e da massa da matria seca, foi calculado o ndice fisiolgico Taxa de
crescimento da cultura (TCC) expresso em g planta-1 dia-1. Escolheu-se a funo polinomial
exponencial Ln (y) = a + bx1,5 + cx0,5, para ajustar esta variao da matria seca e da rea
foliar. As variaes da TCC no mostram padres definidos de curvas polinomiais entre os
tratamentos e foi crescente para o cultivo solteiro de braquiria aos 90 DAE e para os
consrcios em semeadura simultnea, at se tornar mxima aos 60, 75 e 45(DAE) para os
tratamentos T2, T3. e T4, respectivamente. A TCC encontrada para o tratamento T4
apresentou-se negativa aos 90 DAE. Dos consrcios estudados, a variao da TCC que mais
se assemelhou ao cultivo de braquiria solteiro foi a dos consrcios em semeadura defasada,
que, no entanto, apresentaram valores mnimos. As maiores taxas de crescimento da cultura
foram obtidas para braquiria em cultivo isolado e as menores taxas de crescimento nos
consrcios em semeadura defasada ou tardia.
Resumo: O produtor rural, ao semear um material no solo, almeja alcanar uma boa
germinao e emergncia, o que vai lhe proporcionar um bom estabelecimento da cultura.
Caractersticas genticas, aliadas aos fatores edafoclimticos do ambiente de cultivo, so
determinantes neste contexto, mas o que pode influenciar diretamente a qualidade do
material a ser semeado e, para isto, necessrio que se tenha cuidados desde a colheita, nas
prticas de ps-colheita e no armazenamento das sementes. Objetivou-se com este estudo
avaliar a qualidade fisiolgica de sementes de amendoim acondicionadas em legumes
(vagens), em trs tempos de armazenamento, alm de observar o efeito da aplicao de
diferentes doses do bioativador Fertiactyl LEG no comeo do estabelecimento das plntulas
no campo. Foi realizada a avaliao das sementes em trs tempos de armazenamento: quando
se alcanou a secagem (T1), aps quatro (T2) e oito (T3) meses, utilizando-se sementes
armazenadas nas vagens. No momento da montagem dos experimentos, as sementes
passaram por tratamento com o bioativador Fertiactyl LEG, nas dosagens de 4,0, 8,0 e 12,0
mL kg-1, mais o tratamento controle, sem a aplicao do produto. O delineamento utilizado foi
o inteiramente casualizado com quatro repeties, em esquema fatorial 4 x 3 (doses do
bioativador x tempos de armazenamento). Foi avaliada a massa seca da raiz, da haste e das
folhas, alm da massa seca total das plntulas. Os dados foram submetidos ANAVA pelo
teste F e ao se detectar significncia na interao, foi aplicado o teste de regresso. A cada
tempo de armazenamento foi possvel constatar tendncias distintas com a utilizao das
diferentes doses do Fertiactyl LEG, independente da varivel observada, com doses timas
estimadas intermedirias s aplicadas neste estudo no T1, aumentos contnuos com a
elevao da dose no T2, a exceo da massa seca da haste e massa seca total que
apresentaram uma queda nas doses mais elevadas e decrscimos nas doses intermedirias
com posterior aumento nas maiores doses no T3, com possibilidade de alcanar valores ainda
maiores ao se utilizar doses acima de 12 mL kg-1. O tempo de armazenamento influencia na
produo de plntulas de amendoim no campo, com o T2 apresentando-se como o perodo
mais apropriado de armazenamento, da mesma forma que o uso da dose correta do Fertiactyl
LEG pode promover o alcance de plntulas mais vigorosas.
Resumo: A cultura do sisal sofre forte impacto devido baixa produtividade, ocasionada por
doenas infecciosas, crescimento lento e a escassez de tcnicas de propagao eficientes. A
ocorrncia de doenas tem reduzido produtividade e rentabilidade da cultura. A tcnica de
micropropagao surge como uma alternativa para propagao massal desta espcie,
disponibilizando uma grande quantidade de mudas sadias, livres de agentes fitopatognicos,
entretanto, a contaminao bastante prejudicial para na cultura de tecidos, principalmente
quando a infeco ocorre por microrganismos introduzidos com os explantes, favorecendo
considerveis restries na fase de estabelecimento in vitro. Para o controle e preveno da
contaminao in vitro, tem sido utilizada a adio de antibiticos como Ampicilina sdica,
Agrimicina e Cloranfenicol ao meio de cultura. Os antibiticos podem ainda serem adicionados
ao meio de cultura por um perodo limitado, o necessrio para a eliminao dos contaminantes.
Diante disso, o trabalho teve como objetivo avaliar a eficincia do antibitico Cloranfenicol na
descontaminao de rebentos Agave sisalana e do Hibrido 11648. Explantes de A. sisalana e
Hbrido 11648 foram imersos em lcool a 70% por 1 minutos, seguido de imerso em
hipoclorito de sdio a 2,5% por 20 minutos, soluo de Carbendazim a 0,2% por 20 minutos,
seguindo de trs lavagens em gua destilada autoclavada. Aps a desinfestao os explantes
foram reduzidos a 2 cm de altura, em seguida inoculados em tubos de ensaio (25 mm x 150
mm) contendo 10 mL de meio de cultura MS, suplementado com 15 g L-1 de sacarose e
antibitico Cloranfenicol nas concentraes 0, 50, 100, 200 e 300 mg L-1. O pH do meio foi
ajustado para 5,7 0,1 antes da autoclavagem temperatura de 120C por 15 minutos. Aps
30 dias os explantes foram subcultivados para um novo meio de cultura isento de antibitico,
onde permaneceram por mais 15 dias. Aps este perodo, foram avaliadas as variveis:
porcentagem de contaminao geral (ocorrncia de contaminantes junto aos explantes);
porcentagem de contaminao bacteriana (presena de colnias bacterianas junto aos
explantes); porcentagem de contaminao fngica (contaminaes por fungos junto aos
explantes) e porcentagem de oxidao fenlica (escurecimento dos explantes). O delineamento
experimental utilizado foi em esquema fatorial 2 x 4. Cada tratamento foi composto por 30
repeties, sendo cada repetio composta por um tubo de ensaio contendo um explante. As
anlises dos dados foram realizadas pelo programa computacional Sistema para Anlise de
Varincia SISVAR. A menor porcentagem de contaminao, tanto fngica quanto bacteriana
foi observada quando se utilizou concentraes de 200 e 300 mg L-1 de Cloranfenicol
combinadas com a soluo do fungicida Carbendazim a 2%, no entanto, verificou-se que a
maior porcentagem de explantes oxidados ocorreram nestas mesmas dosagens. A adio de
Cloranfenicol ao meio de cultura na concentrao de 100 mg L-1 combinada com a soluo do
fungicida Carbendazim a 2%, foi a mais eficiente no controle da contaminao bacteriana in
vitro para os dois gentipos estudados neste trabalho aos 45 dias de cultivo.
Resumo: Atualmente existe uma demanda cada vez mais elevada do uso de tcnicas mais
precisas e eficientes na quantificao de reas de preservao permanentes (APP), com um
avano cada vez mais crescente no desmatamento, e principalmente, a importncia
estabelecida para o cumprimento da legislao do novo cdigo florestal, imposta pela lei n
12.651, de 25 de maio de 2012. Assim, o uso de imagens propagadas atravs de um satlite
com uma alta resoluo, se apresenta como soluo em que viabiliza a maximizao e a
verificao total do cumprimento da legislao vigente do novo cdigo florestal. Diante disso, a
realizao desse trabalho teve como objetivo verificar o quanto que a utilizao de imagens de
satlite com alta preciso pode ser aplicada eficientemente na quantificao de reas de
preservao permanentes nessa localidade. Foram utilizadas para a realizao do presente
trabalho, imagens do satlite RapidEye com resoluo de 5 metros, obtidas da regio de
Mucug, no parque nacional da Chapada Diamantina, no estado da Bahia, rea que
corresponde ao rio Paraguau. As imagens obtidas do satlete foram processadas no software
QGIS 2.8.3 por meio do plugin DSGTools do exrcito Brasileiro. Foram aferidas tambm dados
em superfcie com o Sistema de Posicionamento Global (GPS) de alta preciso com correo
diferencial, com o modelo Pro-XRT Trimble, e em seguida foram analisados e comparados os
resultados em funo das reas feitas em campo aberto com o GPS, e aquelas obtidas via
imagens de satlite. Aps uma correo diferencial, os erros de posicionamento foram da
ordem de 0,4m, em que as reas feitas a partir das imagens obtidas com o uso do satlite
subestimaram aquelas feitas com a utilizao do GPS. A correlao entre ambos os pontos
extremos dos polgonos das reas de preservao permanentes foi na ordem de 0,92m. A
utilizao das imagens de alta resoluo tem potencial na quantificao de reas de
preservao permanente, nos desmatamentos, em Cadastros Ambientais Rurais, nas
confeces de mapas de uso e ocupao do solo, levantamentos urbanos, e entre muitos
outros, isso possvel principalmente devido a sua praticidade e aos erros serem considerados
baixos, quando comparados com dados obtidos em superfcie.
Resumo: A procura por alimentos de qualidade e que propiciem uma vida mais saudvel vem
aumentando constantemente. O sistema de cultivo orgnico visa minimizar problemas
relacionados a produo do alimento, garantindo uma srie de vantagens no apenas para os
consumidores, mas para todo o sistema agrcola envolvido, porm para atingir o sucesso neste
sistema de produo necessrio que haja o desenvolvimento de novas tcnicas e a
adaptao de prticas convencionais para o cultivo agroecolgico. O abacaxizeiro uma das
fruteiras tropicais de importante valor para Brasil. Para a introduo desta cultura neste sistema
de cultivo, alguns tratos culturais devem ser estudados e ajustados, entre eles o manejo de
plantas espontneas uma vez que proibido o uso de herbicidas e a roagem manual ou
mecnica pode elevar os custos de produo. O mulching plstico ou filme agrcola pode
auxiliar no controle dessas plantas bem como elevar a produtividade uma vez que reduz o
aquecimento excessivo do solo, diminui a competio com plantas daninhas por gua,
nutrientes e luz, elimina possibilidade de ferimentos em plantas durantes as capinas, melhora a
eficincia no uso de fertilizantes e reduz perdas de gua para atmosfera. Assim, este trabalho
tem avaliado parmetros de crescimento, realizado monitoramento de pragas e doenas, alm
do levantamento da viabilidade econmica de variedades de abacaxizeiro Perola e BRS
Imperial cultivadas sobre mulching plstico para cobertura do solo. O experimento est sendo
conduzido em Lenis, Bahia, na fazenda experimental CERAL, de propriedade da empresa
Bioenergia Orgnicos. Foi realizado o plantio de mudas das variedades de abacaxi Prola e
BRS Imperial, submetidas a tratamento com ou sem cobertura plstica do solo. Foram
realizadas avaliaes agronmicas para dimetro do caule da planta, nmero de folhas,
comprimento, peso e largura de folha D. Foram realizados mensalmente monitoramentos para
fusariose (Fusarium guttiforme), murcha associada a cochonilha (Pineapple mealybug wilt
associated virus) e para presena do inseto praga, estabelecendo-se a porcentagem de
plantas sintomticas para fusariose e murcha e para cochonilha. O BRS Imperial instalado
sobre o mulching apresentou menor incidncia de murcha associada a cochonilha. A cultivar
Prola apresentou maior nmero de plantas mortas em ambiente sem cobertura plstica,
representando 8,13% de plantas infectadas por fusariose, 6 % a mais quando comparado ao
ambiente com mulching. Ambas as variedades apresentaram aumento de aproximadamente
25% no nmero mdio de folhas quando cultivadas em solo coberto por mulching, entretanto
para o BRS Imperial houve reduo no comprimento e peso mdio da folha D. Foi observado
que o uso de mulching plstico promove um aumento no nmero mdio de folhas para as
cultivares BRS Imperial e Prola em sistema orgnico de produo.
Resumo: A estimativa de perdas de solo pela eroso numa escala maior, em grandes
extenses territoriais, fundamental para o estudo dos impactos ambientais gerados pela ao
antrpica e auxilia na anlise e gesto do manejo e conservao do solo e da gua. O objetivo
desse trabalho foi estimar perdas de solo na regio oeste da Bahia atravs de tcnicas de
geoprocessamento, utilizando o software ArcGIS 9.3 na confeco do algoritmo de
processamento. A anlise do risco de eroso foi feita nos municpios de Barreiras e Luiz
Eduardo Magalhes, onde fazem parte da mesorregio do extremo Oeste Baiano, entre as
coordenadas 11 37 e 12 25 S e 44 34 e 46 23 W. A estimativa da perda de solo nos
municpios foi feita a partir da Equao Universal de Perdas de Solo (EUPS), aplicando um
algortmico via software ArcGIS 9.3. Foram usados modelos digitais de terreno do SRTM. Os
solos das reas de agricultura eram compostos em sua maioria por Latossolos Vermelho -
Amarelos Distrficos e foram as reas que apresentaram maiores valores de perdas de solo,
em torno de 1 a 3.9 t , assim como as reas com maiores declividades dos municpios
estudados, as quais eram compostas principalmente por Neossolos Quartzarnicos e Litlicos.
Foi possvel determinar trs formas de ocupao do solo, sendo: Pastagem em 5% da rea
total, Cultura agrcolas - 35% e Vegetao Natural - 60%. Nas reas de vegetao natural e
pastagem observou-se um menor risco de eroso, variando a estimativa de perdas de solo
entre de 0 a 0.66 t.Como as reas mais antropizadas atravs da explorao agrcola so as
mais suscetveis perda de solo por eroso; as reas de pastagem e vegetao natural pela
baixa intensidade de uso e manejo e pela prpria cobertura do dossel so menos influenciadas
pelas variveis estudadas e consequentemente tem menor risco de eroso. A utilizao do
pacote computacional ainda gerou uma quantidade enorme de informaes, com uma riqueza
de resultados que podem ser aplicados na anlise e gesto das mais diferentes reas,
principalmente no que se diz respeito ao manejo adequado dos recursos naturais. Com o uso
de tcnicas do SIG foi possvel obter informaes espaciais da rea em estudo e estimar em
grande escala, a proporcionalidade da perda de solo na regio do Oeste Baiano.
Resumo: O solo como um corpo natural apresenta ampla variao de suas propriedades
morfolgicas, fsicas, qumicas e mineralgicas, resultante da interao entre os diversos
fatores envolvidos na sua formao, cujo conhecimento e quantificao tem ampla aplicao
para o levantamento e classificao de solos, para fins de avaliao da fertilidade, para o
planejamento de amostragem e locao de experimentos e, principalmente, para decises de
manejo. Por outro lado, os solos arenosos localizados em regies semiridas so ainda pouco
avaliados quanto aos aspectos da magnitude da sua variabilidade, justificando-se a realizao
de estudos que possam contribuir para superar esta limitao facilitando as aes de
amostragem e avaliao do potencial produtivos dos mesmos. Assim o objetivo deste estudo
foi descrever estatisticamente a variabilidade dos atributos qumicos de um Argissolo Amarelo
tpico de textura arenosa sob vegetao natural em ambiente semirido da Bahia. O estudo foi
realizado no municpio de Santa Teresinha, Bahia, em uma rea natural sem histrico de uso
onde foram retiradas amostras indeformadas de solo na camada de 0 - 0,10m em uma malha
amostral de 10 x 5 pontos espaados de 1,5 x 1,5 m, totalizando 112,5 m. As amostras de solo
foram preparadas e submetidas anlise qumica em laboratrio para a determinao dos
atributos: pH, Clcio (Ca), Magnsio (Mg), potssio (K) e Alumnio (Al), e clculo da
Capacidade de troca catinica (CTC). Os dados foram avaliados pela anlise descritiva,
calculando-se a mdia, mediana, moda, varincia, desvio padro, coeficiente de variao,
coeficientes de assimetria e curtose e o ndice de variao.. Verificou-se que os atributos pH,
Mg, K e Al apresentaram valores prximos para mdia, mediana e moda. No entanto, os
valores dos coeficientes de assimetria apresentaram-se distantes de zero e os de curtose
distante de trs, o que caracteriza afastamento expressivo da mdia, indicando distribuio
diferente da normal para os dados, o que foi confirmado pelo teste de normalidade de Shapiro-
Wilk. Para o Ca os valores de mdia, mediana e moda apresentaram-se distantes entre si, o
coeficiente de assimetria distante de zero e o de curtose distante de trs, portanto com a
distribuio dos dados diferente da normal, tambm confirmada pelo teste de Shapiro-Wilk. O
atributo CTC apresentou proximidade entre os valores de mdia, mediana e moda, coeficiente
de assimetria negativo e distante de zero e de curtose distante de trs, com distribuio
normal pelo teste de Shapiro-Wilk. Os limites de coeficiente de variao (CV) apresentaram-se
em duas classes. Foi baixo (CV < 12%) para pH e CTC e mdio (12% < CV < 60%) para Ca,
Mg, K e Al.
Resumo: O uso intenso de mquinas agrcolas, tem ocorrido para atender a demanda do
mercado, o que tm ocasionado a compactao dos solos. Esses trfegos de mquinas podem
causar alm da compactao, o adensamento nas camadas do perfil do solo devido fora de
trao aplicada superfcie do terreno. Tendo em vista o ocasionamento de consequncias
negativas como a reduo do espao poroso, a infiltrao de gua e aumento da eroso no
solo. Tais alteraes, promovem a reduo da produtividade em razo da diminuio do
crescimento radicular das plantas. Objetivou-se com esta pesquisa avaliar a variabilidade
espacial da compactao do solo no plantio mecanizado de mandioca em funo das rotaes
angulares do motor do trator. O trabalho foi desenvolvido em uma rea experimental na
Universidade Federal do Recncavo da Bahia, localizada em Cruz das Almas-BA. O
delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3x6,
sendo trs operaes: adubao, plantio e calagem; adubao e plantio e trs rotaes
angulares do trator utilizadas: 1500 rpm, 1800 rpm e 2100 rpm. Subsequente a 6 diferentes
profundidades das camadas de 0-10; 10,1-20; 20,1-30; 30,1-40; 40,1-50 e 50,1-60 cm. Antes
do preparo do solo, foram coletados pontos aleatrios para caracterizao da rea, aps a
passagem de uma grade aradora niveladora foram coletados novos pontos, e na sequncia
aps o plantio de manivas realizados com uma plantadora Jumil 4320 realizou-se uma nova
coleta. Foram estimados a resistncia do solo penetrao (RSP) do trator New Holand TL 75
acoplado a plantadora semeadora Jumil 4320. Foram determinadas a densidade de solo,
textura e umidade gravimtrica. Para as anlises das distribuies espaciais e
semivariogramas, utilizou-se o software especializado GS+ para avaliar a RSP. Os dados
explorados apresentaram dependncia espacial forte ou moderada. No que se refere as
velocidades, as mesmas tm relao inversa aos nveis de compactao, as menores mdias
de RSP foram obtidas na rotao de 2100 rpm seguidas de 1800rpm e 1500rpm. Com este
estudo concluiu-se que as sucessivas passadas das mquinas provocaram alteraes sobre a
resistncia do solo a penetrao, sendo que grande parte desse incremento foi resultante
quando a mquina trabalhava na menor rotao de 1500 rpm, era obtido o maior valor de
resistncia a penetrao. Consequentemente as maiores velocidades 2100 < 1800 rpm
proporcionaram menores valores de RSP. Em relao a profundidade, os maiores valores de
compactao encontram-se nas camadas subsuperficiais. A geoestatstica mostrou-se eficiente
para quantificar a variabilidade espacial da resistncia do solo a penetrao.
Resumo: A obteno de experincia no universo das Cincias Agrrias se d por meio das
vivncias e estgios agrcolas. A formao de um profissional agrcola tem que estar vinculada
com a extenso rural voltada para a Agroecologia, no entanto, o atuante formado num modelo
convencional que desconsidera as prticas agrcolas sustentveis, desconhece o ecossistema
e suas interaes, utilizando os recursos naturais indiscriminadamente. O presente trabalho
tem por objetivo explanar as experincias da vivncia executadas na Unidade de Pesquisa e
Produo Orgnica na EMBRAPA Mandioca e Fruticultura. As avaliaes das prticas
agroecolgicas aconteceram do ms de fevereiro a abril de 2015, onde ocorreram habituais
trabalhos acompanhados por tcnicos, bolsistas de iniciao cientfica e funcionrios, em que,
os mesmos instruam a cerca do que se deveria fazer. A atividade consistia no
acompanhamento e realizao de prticas culturais da banana (Musa spp.). O manejo adotado
para a cultura era utilizado de maneira que no se aplicasse agrotxico. Os controles
alternativos se caracterizavam por adubao orgnica, MEP (Manejo Ecolgico de Pragas),
MED (Manejo Ecolgico de Doenas), manejo ecolgico do solo e variedades resistentes. As
variedades encontradas na rea so compostas por: NJok Kong (120), Samura B (11), Tipo
Velhaca (9), Mongolo (9), DAngola (148), Terra Ponta Aparada (10), Terrinha (9), Pinha (8),
TrosVert (10), Comprida (7), Chifre de vaca (10) e Curare Enano (10). O controle de doenas,
como a Sigatoka amarela, ocorreu por meio de pulverizaes com gua diluda do pseudocaule
da planta saudvel nas bananeiras infectadas, com diferentes diluies e o controle (gua).
Para o controle de pragas, utilizaram-se armadilhas pit-fall com um feromnio atrativo,
contendo trs armadilhas por ha. Repondo o feromnio a cada 30 dias para avaliar a incidncia
de insetos na rea e, principalmente, uma praga bem comum, o moleque da bananeira
(Cosmopolites sordidus). Outro manejo adotado foi o monitoramento com iscas tipo telha do
pseudocaule da bananeira, alm do uso de armadilhas tipo queijo, que tambm feita a partir
do pseudocaule da bananeira. Realizou-se adubao com torta de mamona, com a medida
contendo o equivalente a 500 gramas, adicionando-a ao redor da cultura. Notou-se que a
cobertura solo era mantida, seja pelas prprias espontneas da rea ou por restos culturais. O
uso da adubao verde tambm era uma prtica utilizada na tentativa de cobrir o solo. Desta
forma, as prticas agroecolgicas demonstram a relevncia que exercem sobre agricultura,
visando o respeito ao ecossistema e sua diversidade. A vivncia demonstrou ser uma prtica
fundamental para a formao de um profissional agrcola, contribuindo para a aprendizagem de
muitas tcnicas alternativas.
Resumo: A demanda por parte das comunidades rurais por programas estruturados de
extenso rural e de extensionistas capacitados para atuarem de forma a atender a realidade
local cada vez mais crescente, tornando as universidades instrumentos sociais responsveis
pela formao desses futuros profissionais, tendo como base os elementos fundamentais:
ensino, pesquisa e extenso. Em sua maioria, a extenso vista apenas como uma ferramenta
de assistncia tcnica deixando de lado o verdadeiro sentido da palavra, entendido como um
processo educativo relacionando os diversos saberes que vo desde produo do
conhecimento realidade social. Assim, parece prioritrio dar um novo significado ao
pensamento extensionista. Um caminho para isso pode resumir-se na alternativa dos
profissionais envolvidos no processo de construir o conhecimento, vivenciando experincias
para alm dos ambientes da sala de aula (no caso das universidades), aproximando-se,
compreendendo e entendendo os fatores que contribuem para a transformao da realidade e
das relaes sociais existentes no campo, de modo a tornar-se (para Universidades e Agncias
oficiais) um extensionista dialgico, no qual a troca de saberes seja mtua. Nessa perspectiva,
o projeto Caminho da Roa, do PET Conexo de Saberes Socioambientais, surgiu com a
proposta de aproximar e permitir a socializao e vivncia da comunidade acadmica com a
comunidade rural de Poes, situada no Municpio de Cruz das Almas BA. Sendo assim, foi
realizado um dia de campo na comunidade mencionada, com atividades que envolveram todo
o processo do sistema de produo da farinha e tapioca, no qual os petianos e tutor do PET
Socioambientais puderam acompanhar e realizar a colheita, raspagem, prensagem, torragem
da farinha e produo da tapioca, sendo orientados e coordenados pelos agricultores da
prpria comunidade. Durante o dia de campo, os participantes na sua vivncia, obtiveram um
contato mais prximo com a realidade da comunidade rural, sentindo o rduo trabalho
desenvolvido pelos agricultores e suas famlias, podendo ainda comprovar que o saber
emprico to importante quanto o cientfico, no que tange ensino, pesquisa e extenso. Tal
espao de vivncia e formao constituiu-se em uma oportunidade de trabalho para a
construo de um profissional com olhar diferenciado para os espaos rurais, bem como seus
atores, alm de permitir aos petianos e petianas compreenderem como se d todo o processo
que abrange os aspectos sociais, econmicos, ambientais e culturais de uma comunidade rural
atravs da extenso universitria.
Resumo: O Poncirus trifoliata var. monstrosa Flying Dragon (FD), uma mutao do Poncirus
trifoliata que surgiu no Japo. A principal caracterstica desta variedade o nanismo que este
porta-enxerto confere s plantas enxertadas sobre ele, que pode facilitar os tratos culturais,
otimizar a rea de plantio por possibilitar culturas intercalares. Entretanto, o uso deste porta-
enxerto restrito devido ao seu demorado tempo de crescimento para produo de mudas em
viveiro telado e tambm a sua reportada incompatibilidade com algumas laranjeiras doces.
Neste contexto, um experimento foi realizado com o objetivo de avaliar a ao do cido
giberlico na emergncia de plntulas de citros. Foram utilizadas bandejas plsticas (442 x 280
x 75 mm), contendo 7,350 kg de areia lavada e peneirada como substrato. Em cada bandeja
(tratamento) foram distribudas 25 sementes por repetio, totalizando 100 sementes por
tratamento. As sementes de citros FD foram pr-embebidas nas solues (tratamentos)
durante 1 hora. Os tratamentos foram: 0, 75, 100, 125, 150, 175, 200 mg de GA3 L-1 . Em
seguida foi escoado o excesso de soluo de cada tratamento para proceder a semeadura.
Durante a semeadura, as mesmas foram cobertas com uma camada de 2 cm de areia. Em
seguida o substrato foi umedecido at atingir 70% de sua saturao hdrica. As caixas foram
mantidas no viveiro de mudas de Embrapa temperatura ambiente. A varivel estudada foi
ndice de velocidade de emergncia (IVE). Para a determinao do IVE, foi realizada a
contagem do nmero de plntulas emergidas diariamente a partir do primeiro dia 1 DAE (dia
aps a emergncia) e foi avaliada at o 35 DAE. O ndice de velocidade de emergncia (IVE)
foi obtido atravs de avaliao direta das plntulas emergidas diariamente. O IVE foi calculado
atravs da frmula proposta por Maguire (1962): IVE = E1/N1 + E2/N2 + ... + En/Nn. Onde E1,
E2, En = nmero de plntulas normais na primeira, segunda, at a ltima contagem e N1, N2,
Nn = nmero de dias desde a primeira, segunda, at a ltima contagem realizada. O
delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 7 tratamentos e 4 repeties de
25 sementes cada. Os dados foram submetidos anlise de varincia e as mdias dos
tratamentos, a regresso polinomial. Para a anlise estatstica, foi utilizado o programa
estatstico SISVAR. A variedade estudada mostrou-se sensvel ao GA3. Portanto, a anlise
estatstica revelou que no houve diferenas significativas entre os tratamentos avaliados.
Novos estudos precisam ser realizados para ratificar os efeitos do cido giberlico na
emergncia de plntulas da variedade estudada.
Resumo: O consumo de bebida mista cada vez maior no Brasil, motivado, principalmente,
pela populao que deseja encontrar nos produtos alimentcios a praticidade desses tipos de
bebidas, que, alm de serem nutritivas, proporcionam ao seu consumidor diversas vantagens.
Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar as caractersticas fsico-qumicas de uma bebida
mista base de gua de coco e suco de laranja e acerola. A atividade foi realizada no
Laboratrio de Anlise Fsico-Qumica do Centro de Cincias Agrrias, Ambientais e Biolgicas
da Universidade Federal do Recncavo da Bahia. O coco, a acerola e a laranja foram
adquiridos no mercado local da cidade de Cruz das Almas - BA. As frutas foram higienizadas
atravs da imerso em soluo clorada de 50 ppm de cloro ativo por 20 minutos e ento foi
feito o enxague em gua potvel e secadas em temperatura ambiente. A formulao da bebida
mista foi feita com 70% de gua de coco verde + 15% de suco de laranja + 15% de suco de
acerola + 10% de acar cristal. A bebida depois de formulada recebeu um tratamento trmico
de 85C, em tacho aberto de ao inoxidvel. Em seguida, procedeu-se o enchimento a quente
(hot fill) em garrafas de vidro, hermeticamente fechadas, com tampas metlicas atravs de
cravamento manual. A amostra da bebida foi submetida a anlises fsico-qumicas com trs
repeties, quanto ao pH, acidez titulvel, acares redutores e no redutores, slidos solveis
(Brix) e teor de cido ascrbico (vitamina C). O pH do produto, aps o processamento, foi de
3,92. Valor considerado adequado pois contribui para que no se desenvolva microrganismos
patgenos ao organismo humano. O valor encontrado para acar redutor e acar total foi de
5,09(g.100 g- de glicose) e 14,66(g.100 g- de glicose), respectivamente, resultados que
diferiram de algumas literaturas, e podem ser explicados em virtude da diversidade de matrias
primas utilizadas no processamento dos produtos pesquisados, pois cada fruta tem o seu teor
de acar redutor e total especfico. Para a anlise de Vitamina C obteve-se um valor de
aproximadamente 167,2(mg.100 mL-1 de cido ascrbico), suficiente para suprir a IDR
(Ingesto Diria Recomenda) desse nutriente para um adulto, de acordo com a ANVISA. A
acidez, ndice importante para conservao e ao ataque de patgenos, ficou com mdia inferior
aos citados em outros trabalhos, com valor de 0,28(g.100 g- de cido ctrico). De acordo com
os resultados obtidos das anlises fsico-qumicas da bebida mista de acerola, laranja e gua
de coco pode-se concluir que o produto encontra-se dentro do padro estabelecido pela
legislao brasileira.
Resumo: Em um mundo cada vez mais competitivo, a concorrncia entre diversos produtos no
mercado se torna acirrada. O conhecimento do perfil do consumidor se tornou extremamente
importante para as empresas e os setores nacionais e internacionais, pois neste ambiente as
inovaes e as mudanas ocorrem de forma acelerada, tornando os consumidores cada vez
mais exigentes, com diferentes necessidades a serem atendidas. O trabalho teve como
objetivo avaliar e comparar o comportamento de compra entre consumidores de vinho em duas
regies extremamente vincolas: norte da Bahia (Brasil) e Bordeaux (Frana). Participaram
desta pesquisa 100 consumidores de vinho, sendo 50 franceses e 50 brasileiros. Os locais
para realizao dessa pesquisa foram escolhidos onde havia comercializao do produto,
abordando, por consequncia, reais consumidores da bebida. A coleta de dados foi realizada
atravs do preenchimento de um questionrio de mltipla escolha, para perguntas referentes
frequncia de consumo, inteno e finalidade da compra de um vinho, fatores que influenciam
essa compra, local de aquisio, preferncia pelo tipo de vinho (tinto ou branco, seco ou suave)
e por vinhos estrangeiros. Foram considerados os resultados quantitativos e qualitativos da
pesquisa para cada regio. A frequncia de consumo de vinho pelos consumidores franceses
mensal, e a maior parte dos entrevistados prefere o vinho tinto seco (74,4%) para saborear ou
presentear algum quando comparado ao vinho branco seco. No norte da Bahia o vinho tinto
suave o mais apreciado (80%) e consumido s vezes, geralmente em datas comemorativas
ou para promover um ambiente romntico. O atributo sabor o primeiro critrio que mais
influencia a compra de um vinho nas duas regies, principalmente em Bordeaux (37%) e norte
da Bahia (27%), o atributo preo o segundo critrio avaliado pelos consumidores em
Bordeaux, devido a isso o critrio promoes tambm cria certa importncia para esta regio.
O atributo marca do produto foi o segundo critrio avaliado pelos consumidores do norte da
Bahia (16%) depois do critrio sabor, os entrevistados afirmam que diante uma grande oferta, a
marca do vinho conhecida transmite confiana no colocando em risco a escolha pelo produto.
O local para a compra dos vinhos sofre influncias externas e culturais, no norte da Bahia a
exclusividade da compra feita em supermercados (80%) o que transmite uma necessidade
por lojas especializadas voltadas para o setor vincola. Por fim, os vinhos brasileiros causam
interesse em somente 1,2% dos entrevistados franceses. Porm os vinhos franceses causam
interesse por 24,4% dos brasileiros, sendo esse vinho a segunda preferncia pelos
entrevistados logo aps os vinhos de Portugal.
Resumo: O hidromel uma bebida alcolica que contm entre 4-14% de lcool por volume,
sendo produzido atravs da fermentao realizada por leveduras, de uma soluo diluda de
mel, obtida atravs da adio de uma quantidade de gua adequada. A base da produo do
hidromel normalmente com o mel de A. mellifera, sendo pouco conhecido o hidromel obtido a
partir do mel de abelhas sem ferro, como Melipona scutellaris, uma espcie comum nas reas
de matas midas do Nordeste Brasileiro, cujo o seu mel tem apresentado uma demanda
crescente de mercado em diferentes regies do Brasil, obtendo preos mais elevados que o
das abelhas do gnero Apis devido a algumas caractersticas particulares, como elevada
umidade, aroma pronunciado e sabor cido. Desse modo, necessria a otimizao do
processo de fermentao de hidromel usando o mel dessas abelhas, de forma a obter uma
bebida com caractersticas sensoriais particulares e agradveis. Nesse sentido, o presente
estudo teve como objetivo elaborar e caracterizar o hidromel produzido a partir do mel M.
scutellaris com diferentes teores de acares e de lcool. O mel utilizado para preparar o
hidromel foi analisado para verificar se estava fora dos padres. A fermentao foi monitorada
diariamente atravs da quantificao dos seguintes parmetros: acares redutores, biomassa
celular e viabilidade celular. Ao produto final foram feitas as seguintes anlises: sulfuroso total,
etanol, acidez total, acidez voltil, pH, acares redutores, nitrognio assimilvel e a
quantificao de glicose, frutose, glicerol, cido actico e etanol por cromatografia liquida de
alta eficincia (CLAE). Os valores mdios encontrados nas amostras de hidromel seco e doce
para pH foram de 3,11 e 3,26, nitrognio assimilvel (24,11 e 32,67 mg.L-1 YAN), etanol (16,04
e 20,00 %), acidez total (7,83 e 6,01 g.L-1 cido tartrico), acidez voltil (1,56 e 0,97 g.L-1
cido actico), sulfuroso total ( 52,91 e 64,85 mg.L-1), acares redutores (5,99 e 157,75 g.L-
1), e por CLAE a glicose (4,90 e 50,50 g.L-1), frutose (5,45 e 99,99 g.L-1), glicerol (9,44 e 8,67
g.L-1), cido actico (1,10 e 1,01 g.L-1) e etanol (16,04 e 19,55 g.L-1), respectivamente.
Constatou-se que alguns parmetros fsico-qumicos como o teor alcolico e acidez voltil
encontraram-se fora dos limites estabelecidos pela Legislao Brasileira para hidromel.
Resumo: O Brasil um dos maiores produtores agrcolas do mundo, tendo como sua principal
cultura de exportao a cana-de-acar. A cana-de-acar constitui a matria-prima para
produzir vrios produtos de importncia econmica. fonte de vrios tipos de acares, cuja
forma mais bruta de extrao do acar da cana o mascavo. O acar mascavo o produto
do processamento artesanal de indstrias de pequeno porte e tem tido uma grande aceitao.
O objetivo do estudo foi observar atributos sensoriais caractersticos utilizando o mtodo CATA
(check-all-that-apply) e avaliar a aceitabilidade em cinco marcas de acares mascavo, bem
como checar a inteno de compra e o preo a se pagar pelo produto. O teste sensorial CATA
foi realizado com metodologia que consiste na seleo de palavras pelos provadores que
considerarem apropriadas para descrever o produto (por meio de questionrio), de 60
julgadores. Os julgadores realizaram tambm a avaliao global (aceitabilidade) de cada
amostra utilizando escalas hednicas estruturadas de nove pontos e indicaram a disposio a
pagar por 1 kg do produto para cada amostra. Um levantamento demogrfico foi realizado e
determinou 46,67% eram do sexo feminino e 53,33% do sexo masculino. As anlises e mapas
foram obtidas com o auxlio do software R, pacote SensorMineR. Da variabilidade total dos
dados foi explicada 60,14% desta pelas dimenses do mapa obtido, e verificou a correlao de
palavras descritas para caracteriz-las, observando correlao em mbito geral para as
amostras A e D: saboroso, sabor de rapadura, aroma de rapadura, textura fina, cor amarela e
cor marrom claro e mbito especfico para as amostras B, C e E para cor: marrom escuro,
sabor: rapadura e gosto: ruim. Para o teste de preferncia com escala hednica de nove
pontos foi utilizado o software CONSENSOR 1.1, e foi possvel verificar que as amostras A, B e
D possuam a mesma faixa na escala hednica, com uma nota aproximadamente igual a 7,
traduzindo-se para gostei moderadamente. As amostras C e E, a faixa na escala hednica foi
aproximadamente igual a 6, indicando: gostei ligeiramente, podendo-se reafirmar isto atravs
da inteno de compra (R$) para 1 kg de cada amostra, por meio da mdia aritmtica. Conclui-
se que as amostras tiveram correlao entre si em aspectos gerais foram: A e D e em aspectos
especficos foram: B, C e E. Alm disso, as cinco amostras comerciais tiveram boa aceitao
pelos julgadores, porm as que mais se destacaram foram A, B e D, devido nota observada
pela escala hednica no teste de preferncia.
Resumo: O semirido tambm conhecido como serto uma regio com grandes
peculiaridades que demandam um saber especifico, tendo assim a necessidade da construo
do conhecimento para conviver com a realidade. Regio essa onde se concentra altas
temperaturas, com regimes pluviomtricos irregulares e com longos perodos de seca, desta
forma a convivncia com o semirido possvel graas a adaptao ao ambiente, existindo a
viabilidade de produo de alimentos pelos agricultores familiares que buscam tcnicas de
aproveitamento dos recursos naturais para sua gerao de renda como tambm visando
implementar solues para melhor armazenamento e distribuio de gua favorecendo
emprego de prticas produtivas ecologicamente mais equilibradas, como a diversificao de
cultivos e menor uso de insumos industriais. As mulheres do campo contribuem mais com a
renda familiar (42,4%) do que as que vivem nas cidades (40,7%). O Nordeste a regio onde a
colaborao monetria das mulheres rurais maior (51%). Parte dessa melhoria da
contribuio monetria das mulheres na famlia tem a ver com os programas de incluso
produtiva, considerando que o perfil do meio rural se caracteriza em grande parte, pela
agricultura familiar. No Brasil, a comercializao de produtos da agricultura familiar via mercado
institucional um fenmeno relativamente recente. As primeiras experincias dessa natureza
foram desenvolvidas por governos municipais e estaduais interessados em incentivar a
agricultura familiar e a produo local de alimentos. Pela lei 11.947/2009, nacionalmente, as
prefeituras passaram a ter a obrigao de adquirir gneros alimentcios fornecidos por
comunidades de agricultura familiar do mesmo municpio em pelo menos 30% da verba
destinada merenda escolar. Entretanto, a Resoluo CD/FNDE 26/2013, afirmou a
obrigatoriedade da aplicao da regulamentao sanitria (RDC n 275/2002) a esses
produtos, visando a melhoria da qualidade em nveis aceitveis sob o ponto de vista nutricional
e de risco sade. O que de difcil implementao a estas comunidades, devido a falta de
informao e treinamento. Desta maneira, essas carncias podem ser supridas atravs do
intercambio com a Universidade, visando a necessidade de proteo do publico a consumir
estes alimentos. Sendo assim, o presente trabalho visa, por meio de visitas s Comunidades
de agricultura familiar de Feira de Santana (Serrinha, gua Fria, Itiba, Cansano, Monte
Santo, Uau, Euclides da Cunha e Capim Grosso), promoo de aulas de Boas Praticas de
Fabricao (BPF) e aplicao de checklist, capacitando as comunidades e possibilitando um
diagnstico dos problemas que precisam ser corrigidos. Desta forma, esperamos contribuir com
a qualidade sanitria e a conformidade dos produtos alimentcios com os regulamentos
tcnicos. Com as orientaes transmitidas por meio das aulas aos manipuladores, os mesmos
passaram a realizar um melhor processamento e armazenamento dos alimentos, favorecendo
assim, uma maior durabilidade dos produtos e consequentemente aumento da gerao de
renda da comunidade.
Resumo: A bananeira umas das culturas mais exigentes no uso dos recursos hdricos para a
sua produo. Cultivada principalmente por agricultores familiares, que utilizam pouca
tecnologia no manejo da produo, promovendo a degradao do solo, e com isso obtendo
uma baixa produtividade no Brasil e na Bahia. A prtica cultural de cobrir o solo pode trazer
benefcios ao produtor como a manuteno da umidade do solo e a minimizao das perdas de
nutrientes por lixiviao, diminuindo as necessidades de fertirrigao. A fertirrigao associada
a prticas conservacionistas, como o uso da cobertura morta da bananeira, podem contribuir
para mudana deste cenrio de baixa produtividade e desenvolver tecnologias acessveis e de
baixo custo para os agricultores familiares foram os objetivos deste trabalho. Diversos
mecanismos podem ser utilizados para avaliar a qualidade dos solos, a atividade
microbiolgica em solo cultivado e a anlise de atributos biolgicos presentes no solo, tais
como a atividade das fosfatases cidas, um dos mtodos fceis e simples de serem
aplicadas. As fosfatases cidas so enzimas liberadas por microrganismos importantes para o
fornecimento de fsforo s plantas em sistemas naturais. O experimento foi desenvolvido em
um pomar de bananeira BRS Princesa, instalado na rea experimental da Embrapa Mandioca
e Fruticultura em Cruz das Almas BA. Cada parcela experimental foi constituda de quatro
plantas teis no espaamento 2,5 x 2,0 m, irrigadas a cada trs dias por gotejamento com dois
emissores com 4 L h-1 de vazo por planta e microasperso com um emissor de 60 L h-1 de
vazo para cada quatro plantas. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com
quatro repeties e seis tratamentos: T1 Irrigado por gotejamento com adubao
convencional; T2 Irrigado por microasperso com adubao convencional; T3 Fertirrigado
por gotejamento com cobertura morta da bananeira; T4 Fertrrigado por gotejamento sem
cobertura morta da bananeira; T5 Fertirrigado por microasperso com cobertura morta da
bananeira e T6 - Fertirrigado por microasperso sem cobertura morta da bananeira. Os
maiores nveis de atividade enzimtica foram observados no solo sob fertirrigao localizada
por microasperso e o gotejamento, associados ao uso da cobertura morta do solo.
Resumo: Atualmente a hidroponia vem sendo uma tcnica bastante utilizada na produo de
hortalias, sendo uma alternativa vivel para o uso de guas salobras, guas estas,
encontradas principalmente em Regies Semiridas. O sistema hidropnico do tipo NFT
(Tcnica de Fluxo Laminar de Nutrientes) destaca-se por ser um sistema comercial no que se
refere produo de hortalias folhosas, sendo favorito dentre os inmeros sistemas
disponveis. Objetiva-se com esse estudo avaliar o consumo hdrico e a eficincia do uso de
gua na produo de couve-folha hidropnica produzida em sistema NFT com guas salobras.
O experimento foi realizado nas dependncias do Programa de Ps-Graduao em Engenharia
Agrcola da Universidade Federal do Recncavo da Bahia-UFRB, na cidade de Cruz das
Almas-BA utilizando-se a cultura da couve-folha, variedade manteiga, cv. Top Bunch da
SAKATA. A escolha dessa cultivar foi devido sua maior produtividade, valor econmico e
menor custo com manuteno das plantas em funo do ciclo precoce. O experimento foi
conduzido em blocos aleatorizados, sendo os tratamentos formados por diferentes nveis de
salinidade da gua, quais sejam: 0,3; 1,0; 2,0; 3,0, 4,0 e 5,0 dS m-1 produzidos pela adio de
NaCl gua doce local. O nvel 0,3 dS m-1 refere-se testemunha, ou seja, gua sem adio
artificial de sais. A gua salobra foi usada tanto para o preparo da soluo nutritiva quanto para
a reposio das perdas por evaporao, havendo um crescimento contnuo da salinidade ao
longo do tempo. A evoluo da salinidade nos tratamentos foi acompanhada com medies
peridicas na prpria calha do sistema hidropnico NFT atravs de condutivmetro porttil a
cada 2 dias e com a mesma frequncia, avaliou-se o pH. Foi observado um efeito altamente
significativo (P<0,01) da salinidade sobre o consumo hdrico acumulado, ajustando-se um
modelo linear, conferindo que a evapotranspirao decresceu linearmente no domnio dos
nveis de salinidade estudados. O maior consumo de gua pela cultura da couve-folha foi de
17,96 L obtido com a gua doce (0,36 dS m-1), durante 45 DAT e o menor consumo foi de
10,76 L com o tratamento (5 dS m-1), com uma reduo em relao testemunha de 59,91%,
em que podemos constatar que houve um efeito osmtico da salinidade reduzindo, portanto a
disponibilidade de gua para a planta. Quanto eficincia do uso da gua no houve
resultados significativos, o que quer dizer que a salinidade no influenciou nesse sentido.
Resumo: A couve-folha (Brassica oleracea L), uma hortalia da famlia Brassicacea, rica em
vitamina C, clcio, ferro, beta caroteno, fsforo e compostos sulfurosos. Sua maior produo se
encontra nos Estados de So Paulo, Rio De Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Paran e Santa
Catarina e tem a agricultura familiar como principal produtora. No Nordeste brasileiro,
principalmente na Regio Semirida, que caracterizada por apresentar baixos ndices
pluviomtricos, solos rasos e altas temperaturas, a gua superficial bastante escassa,
restando como fonte alternativa a utilizao de guas subterrneas para a irrigao, muito
embora estas apresentam-se com altos nveis de sais, que comprometeria os cultivos pelo
mtodo tradicional. Com base nesta afirmao a hidroponia surge como alternativa para
utilizao destas guas em contrapartida ao cultivo em solo. Com esse propsito, objetiva-se
com esse estudo, avaliar a produo de couve-folha em sistema hidropnico do tipo NFT com
guas salobras. O experimento foi realizado em casa de vegetao na Unidade Experimental
do Ncleo de Engenharia, gua e Solo (NEAS), da Universidade Federal do Recncavo Da
Bahia, Campus Cruz Das Almas-BA. O sistema utilizado foi o NFT (Tcnica de Fluxo Laminar
de Nutrientes), sistema fechado, com recirculao da soluo nutritiva, permitindo sua
reutilizao. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, constitudo de
42 unidades experimentais divididas em sete blocos com tratamentos compostos por seis
nveis de salinidade, sendo: 0,3; 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 e 5,0 ds m-1 obtidos atravs do acrscimo de
NaCl a gua doce local, sendo o nvel 0,3 ds m-1 o tratamento testemunha, sem adio de sal.
As mudas foram obtidas atravs de semeadura, na qual utilizou-se copos descartveis com
fibra de coco e vermiculita, introduzindo-se cinco sementes de couve-folha cv, Top Bunch. O
transplantio ocorreu aos 30 dias aps a semeadura (DAS), aos 15 dias aps o transplantio
(DAT) foi realizada a primeira colheita de folhas, em que se quantificou a massa de matria
fresca das folhas, por conseguinte foram realizadas colheitas peridicas a cada 15 dias, sendo
assim divididas: 15, 30, 45 e 60 (DAT). A produo acumulada aos 15 DAT sofreu uma
reduo de 1,39 g para cada acrscimo unitrio da salinidade da gua, e para 30, 45 e 60
(DAT) observou-se queda na produo de 11,90g, 14,68g e 33,59 g para cada acrscimo
unitrio da salinidade. Portanto, constatou-se que com o aumento da salinidade nas solues,
houve queda na produo de massa fresca o que ratifica a interpretao que de fato a
salinidade exerce influncia nos processos fisiolgicos da planta, principalmente no seu
crescimento e desenvolvimento. Diversos fatores podem explicar a queda contnua na
produo como o estresse hdrico, toxicidade causada por ons dos sais e efeito osmtico,
causando assim, uma queda direta na produo.
Palavras-chave: CAE,LVPR,Maedi-Visna
Palavras-chave: Trichostrongyldeos,Eimeriose,Diagnstico
Resumo: A neosporose, uma patologia causada pelo Neospora caninum causa grande
impacto econmico no setor agropecurio por provocar importantes alteraes reprodutivas em
rebanhos bovinos. O parasito infecta e causa leses em diversos tecidos do hospedeiro,
apresentando um tropismo pelo Sistema Nervoso Central (SNC). No existe nenhum
tratamento para a neosporose, no entanto diversos trabalhos vm sendo realizados utilizando-
se a prpolis, devido as suas aes farmacolgicas, entre elas antiprotozoria. O objetivo deste
trabalho foi testar a situao patolgica ou normal dos astrcitos cultivados e tratados atravs
da expresso da protena cida do gliofilamento (GFAP) utilizando a imunomarcao dela.
Alguns testes foram utilizados para testar a viabilidade do tratamento das culturas com a
prpolis, a exemplo da imunicitoqumica, onde se recorre imunomarcao da protena cida
do gliofilamento (GFAP), protena pertencente ao grupo dos filamentos intermedirios do
citoesqueleto celular, sendo um marcador especfico dos astrcitos. O parasito pertencente
cepa NC-Bahia foi cultiva em culturas de clulas Vero e posteriormente purificado. As culturas
de astrcitos foram obtidas a partir do crtex de ratos neonatos dissociados mecanicamente e
mantidas em meio DMEM suplementado com soro fetal bovino, cido pirvico e glutamina. As
culturas foram incubadas. Aps 7 dias de cultura o meio foi suplementado com a prpolis e
infectadas no vigsimo dia de cultivo. As alteraes morfolgicas foram avaliadas pela
imunomarcao da protena cida do gliofilamento (GFAP). As culturas foram fixadas em
metanol e bloqueados com BSA por 1 hora. Em seguida foram marcadas com anticorpo IgG
anti-GFAP diludo a 1:400 overnight em cmera mida a 4C, posteriormente incubadas com
anticorpo anti-IgG conjugado. Este trabalho mostrou que as culturas que receberam tratamento
no apresentaram leso de membrana, observando-se alteraes morfolgicas nos grupos
testados, quando comparados com o grupo controle, onde as culturas infectadas com o N.
caninum apresentaram reduo do corpo celular e aumento no nmero de prolongamentos,
enquanto que nas culturas tratadas com prpolis houve reduo bastante acentuada do corpo
celular e na expresso de GFAP. Assim, esse resultados demonstraram que a prpolis pode
exercer um papel antiprotozorio contra Neospora caninum, no entanto mais estudos so
necessrios para se elucidar os mecanismos de ao deste produto.
Resumo: O termo biossegurana entendido como a segurana da vida em relao aos riscos
das atividades que exercemos. Se constitui um conjunto de condies e prticas direcionadas
para a preveno, minimizao ou eliminao de riscos. Dentro de laboratrios de pesquisa e
aula h vrios tipos de riscos inerentes a atividade, pois, desde a posio ao realizar
determinada ao at a finalizao do procedimento, o indivduo manipula agentes patolgicos,
substncias qumicas e promove aes repetitivas que trazem risco ergonmico, fsico, qumico
e biolgico. Sendo assim, caracterizar os riscos e identifica-los so formas importantes de
sensibilizar o indivduo para autoproteo antes mesmo que comece a exercer o procedimento
a que se pretende. Com base neste pressuposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar e
determinar, atravs do mapeamento, as reas de risco dentro do Laboratrio de Doenas
Infeciosas do Hospital de Medicina Veterinria da Universidade Federal do Recncavo da
Bahia. Observou-se as atividades realizadas em cada local do laboratrio e como o laboratrio
dividido fisicamente em duas reas: rea de apoio para lavagem de material, preparo e
recebimento de amostras e rea de procedimentos, espao onde os testes so efetivados.
Levantou-se os riscos existentes em ambas as reas buscando classificar e observar o risco
mais predominante, elaborou-se ainda uma lista contendo local, risco e tipo de risco. A par
destas informaes, o local foi mapeado e com o auxlio de um programa de computador foi
elaborado um mapa do local com sinalizao dos riscos a partir de smbolos para cada tipo de
risco. Conclui-se que quanto aos tipos de risco, tanto as reas de execuo de atividades
quanto na rea de apoio os indivduos esto sujeitos aos mesmos tipos de risco. O risco fsico
se destaca em ambas as reas e tal fato justificado pelo uso de materiais, e equipamentos
que podem ser cortantes, eltricos, e de excessiva temperatura utilizado em ambos os locais,
mas com maior significncia na rea de apoio. Em contrapartida o risco biolgico maior na
rea de execuo de testes, j que h maior manipulao de agentes bacterianos e fngicos
para realizao de cultivo, alm dos testes sorolgicos realizados com antgenos que tambm
conferem risco. Os riscos ergonmicos e qumicos tambm so maiores nesta rea por ter
maior quantidade de reagentes, equipamentos, bancadas e armrios. Em relao ao
mapeamento, a elaborao do mapa de riscos foi de suma importncia para o Laboratrio de
doenas infeciosas por fornecer informaes e alertar os indivduos que fazem uso do espao,
j que ao tomar conhecimento dos riscos a que esto sujeitos, estes ao se expor ao local,
atravs da visualizao do mapa sensibilizado ao uso de Equipamento de Proteo Individual
(EPI) e Equipamento de Proteo Coletiva (EPC).
Resumo: O nim uma planta indiana utilizada de forma emprica pelos produtores brasileiros
para controle de endo e ecto parasitas de ruminantes. O uso deste fitoterpico vem ganhando
cada vez mais espao no mercado porm seu uso indiscriminado pode trazer efeitos colaterais
ainda desconhecidos. O objetivo deste estudo foi verificar a influncia do uso do nim sobre a
fisiologia reprodutiva das fmeas bovinas. Para tanto foram utilizadas 18 vacas, maduras
sexualmente, distribudas em trs grupos (GI, GII e GIII) que receberam trs tratamentos
distintos (0, 3% e 5%) de folha de nim desidratada e triturada adicionada rao. Durante o
perodo experimental (60 dias), foi realizada a observao diria de cio no incio da manh e
final da tarde, e acompanhamento ultrassonogrfico em dias alternados do D0 ao D30, e
diariamente do D31 ao D60 para verificar a dinmica folicular. Todos os procedimentos
realizados com os animais foram aprovados pela Comisso de tica no Uso de Animais da
UFBA, sob parecer de n 006/15. Ao avaliar a expresso do comportamento de cio, registrou-
se um total de 57 manifestaes sendo que o GI apresentou 21 (70,0%), GII 19 (63,3%) e GIII
17 (56,7%), demonstrando uma relao inversamente proporcional, quanto maior a
concentrao de nim ingerida pelos animais, menor a quantidade de cio, o que pode indicar um
efeito negativo do uso dos derivados do nim na fisiologia reprodutiva destas vacas. As dietas
com nim no GII e GIII, no influenciaram significativamente no nmero de dias entre o primeiro
e o segundo cio e nem entre o segundo e o terceiro. Do total de 57 cios, 54,4% expressaram
ovulao no ovrio direito, e 46,6% no ovrio esquerdo, mostrando que no houve interferncia
na taxa de ovulao dos ovrios. Quanto ao dimetro folicular, os animais do GII apresentaram
aumento crescente no dimetro dos folculos observados no momento do cio (15 mm no
primeiro cio; 15,7 mm no segundo e 17,1 mm terceiro cio), uma correlao positiva significativa
de 0,544 (P<0,05) enquanto que no GIII (15,1 mm no primeiro cio; 15,8 mm no segundo; 14,9
mm terceiro cio) foi verificada uma correlao negativa (-0,02) entre o dimetro folicular e a
concentrao da folha, observando-se que quanto maior a concentrao de nim, menor foi o
dimetro folicular destes animais, apesar desta correlao no ser significativa
estatisticamente. Pode-se concluir que o uso de folhas de nim na dieta de vacas em idade
reprodutiva demonstra um comportamento dose-dependente e que em concentraes maiores
sua utilizao pode interferir no ciclo reprodutivo das vacas, contudo novos estudos devem ser
realizados para avaliar por um maior perodo de tempo seu efeito na funo reprodutiva das
fmeas bovinas.
Resumo: Biossegurana, etimologicamente, provm do radical grego bio, que significa vida, e
da palavra segurana que significa vida livre de perigo, assim, de maneira geral a
biossegurana considerada como medidas que favorecem a segurana das pessoas,
animais, meio ambiente alm qualidade e segurana das tcnicas executadas. Em relao a
qualidade das tcnicas o procedimento operacional padro (POP) uma ferramenta que busca
manter um modelo de tcnica seguro, eficaz e com resultados fidedignos. Apesar de existir
uma instruo de como a tcnica deve ser executada, em muitos laboratrios ainda pouco
comum a pratica de ter um manual de tcnicas ajustadas e padronizadas pelos integrantes de
acordo as especificidades de cada laboratrio. Este fator pode ser justificado pela rotatividade
existente nestes locais, destacando principalmente os laboratrios de pesquisa e ensino. Com
base nesta observao, o presente trabalho teve por objetivo realizar um levantamento dos
procedimentos operacionais padro elaborados pelo Laboratrio de Doenas Infeciosas do
Hospital Universitrio de Medicina Veterinria da Universidade Federal do Recncavo da
Bahia; e, a partir da anlise, elaborar um manual de procedimento visando colaborar com a
qualidade do laboratrio analisado. Para tanto foram realizadas coletas de informaes acerca
das atividades desenvolvidas dentro do Laboratrio de Doenas Infeciosas (LDI), em seguida
foram listadas as atividades executadas verificando quais as atividades que possuam POPs.
Para as atividades que no haviam POP estes foram elaborados, revisados e avaliados para a
elaborao de um manual de uso vivel, com descrio correta, e prtica. A partir da anlise
dos dados observou-se que alguns dos modelos das tcnicas existentes no LDI precisavam de
adequao e que apesar de existir o modelo da tcnica para 93,3% dos protocolos das
atividades existentes, apenas 13,3% possuam o Procedimento Operacional Padro (POP) e
deste apenas 6,6% no eram necessrias adequaes pois j estavam dentro das normas de
biossegurana. Para tanto levando em conta a pequena quantidade de POPs existentes, foi
elaborado um manual de Procedimento Operacional Padro para o LDI tendo em vista que
este seja de suma importncia para o laboratrio, por fornecer um material de consulta para
estagirios, tcnicos, professores e alunos que frequenta e trabalham no LDI.
Resumo: O gnero Lentivrus agrupa agentes infecciosos impactantes na sade dos animais e
do homem. Abrange os causadores das imunodeficincias humana, smia, bovina e felina;
anemia infecciosa equina, artrite-encefalite caprina (CAE) e maedi-visna (MV). Entretanto,
existem lacunas quanto aos seus mecanismos patognicos, dificultando o desenvolvimento dos
programas de preveno, controle e erradicao destas enfermidades. Com relao aos
lentivirus de pequenos ruminantes (LVPR), causadores da CAE e da MV, destaca-se a
caracterstica destes agentes no serem espcie-especficos, implicando em novas
abordagens epidemiolgicas. Assim, para melhor elucidar a infeco de ovinos por lentivrus
caprino (LVC), sob aprovao da Comisso de tica no Uso de Animais da Universidade
Estadual do Vale do Acara (Cear), de nmero 001/12, foi realizado o acompanhamento (do
nascimento aos dois anos de vida) de um rebanho ovino infectado experimentalmente pelo
LVC, a partir da mamada de leite e colostro de cabras infectadas. Detectou-se DNA pr-viral do
LVC no sangue destes ovinos por PCR nested, como tambm a soroconverso pelo
Immunoblotting. Alm disso, quando na maturidade sexual do rebanho, verificou-se a presena
de DNA pr-viral de LVC no smen dos machos e no leite das fmeas. Constatou-se tambm a
retransmisso do vrus s crias destas fmeas. Ademais, o rebanho infectado no apresentou
manifestaes fsicas da enfermidade. Assim, foi possvel confirmar a complexidade dos LVPR,
desde a infeco silenciosa, perpassando pelo difcil diagnstico, acrescentado s
diversificadas formas de transmisso, juntamente com as minuciosas medidas de controle.
Com relao transmisso, salienta-se que as imunoglobulinas do colostro no protegem o
neonato do vrus, inclusive facilitando a entrada do mesmo nas clulas-alvo. Ressalta-se ainda
que o DNA pr-viral contido nas clulas do colostro, leite e smen potencialmente infectante.
O contato direto dos animais pode ser tanto ou mais eficaz na transmisso da enfermidade que
a amamentao. Uma vez ocorrendo transmisso interespcies, o comportamento da doena
em um animal recm-infectado com cepa heterloga pode ser diferenciado: a soroconverso
quase inexistente e o perodo de latncia pode ser longo. No entanto, em situaes de
estresse, como a puberdade e a gestao, a multiplicao viral pode ser potencializada,
possibilitando a adaptao viral ao novo hospedeiro, intensificando a virulncia, o que
estimularia a resposta imunolgica, e consequentemente, a manifestao clnica da
enfermidade. Destaca-se ainda a possibilidade de compartimentalizao viral, quando a
infeco e a replicao se restringem a rgos como glndula mamria e testculos, facilitando
a disseminao viral, sem deteco no sangue. Quanto ao uso de sorologia, esta auxilia
programas de controle da enfermidade, propiciando o descarte de animais soropositivos, com
consequente diminuio da manifestao clnica no rebanho. Entretanto, a erradicao
dificultada pela ocorrncia de animais que no soroconvertem, mas que so fontes de infeco.
Neste caso, a associao de tcnicas sorolgicas e moleculares apresenta melhor eficcia.
Logo, necessita-se de estudos que ampliem os conhecimentos sobre a diversidade de
caracterstica das lentiviroses, inclusive apontando medidas de controle prticas e
economicamente viveis para os produtores.
Palavras-chave: erliquiose,babesiose,diagnstico
Resumo: No dia sete de julho de 2016 foi atendida uma cadela Sem Raa Definida (SRD) no
Hospital Universitrio de Medicina Veterinria da Universidade Federal do Recncavo da Bahia
(HUMV - UFRB). O animal havia sido atropelado a cerca de oito dias e apresentou hematria
neste perodo. A paciente tambm apresentava paresia de membros posteriores e no
conseguia manter-se em estao, alm de escoriaes por todo o corpo. No exame fsico a
frequncias cardaca e respiratria, mucosas, estado nutricional, hidratao, tempo de
preenchimento capilar, pulso e linfonodos estavam dentro dos parmetros de normalidade, com
exceo do reflexo da prega anal, que encontrava-se reduzido. Foram realizados os exames
complementares para saber as concentraes de hematcrito (HT) e protena plasmtica total
(PPT), o HT estava abaixo dos valores de normalidade. As PPT apresentaram-se dentro dos
valores de referncia.Aps o exame fsico e exames complementares chegou-se a concluso
que seus sinais clnicos eram decorrentes da fratura em membro torcico direito na regio de
articulao mero-radioulnar, causadas pelo atropelamento.A teraputica foi realizada com os
frmacos: amoxicilina + clavulonato 150mg/ml, 2ml por via subcutnea, BID, durante sete dias;
Maxicam 0,2%, 1,5ml, por via subcutnea, SID, durante sete dias; ETNA, TID durante 30 dias,
e suplemento vitamnico, por via oral durante 30 dias. Somado a curativos dirios.Aps o
tratamento, a paciente apresentou melhora, entretanto, no obteve reabilitao total, indicando
que havia outra doena concomitante, a partir da, realizou-se um hemograma completo,
detectando-se a presena do protozorio e todos os linfcitos e moncitos ativados,
diagnosticando assim, a hepatozoonose canina.A hepazoonose canina uma enfermidade
causada por um protozorio do gnero hepatozoon e espcie canis, sendo transmitida pela
Riphicephalus sanguneos, mais conhecido como carrapato marrom do co. Os hospedeiros
vertebrados apresentam macrogametas e microgametas nos neutrfilos e moncitos. O
carrapato ingere o organismo durante o repastejo sanguneo no animal infectado e o oocisto se
desenvolve.Depois que o carrapato infectado ingerido pelo co, esporozotos so liberados e
infectam os fagcitos mononucleares e as clulas endoteliais do bao, do fgado, do msculo,
dos pulmes e da medula ssea, formando cistos contendo macromerontes e micromerontes.
Os micromerontes evoluem para micromerozotos, que infectam os leuccitos e se
desenvolvem em gametcitos. uma afeco que acomete todas as faixas etrias, porm
mais comum em ces jovens ou animais que apresentem infeces ou imunossupresso
concomitantes. Os sinais clnicos so febre, perda de peso, hiperestesia grave nas regies
paraespinhais, paresia de membros posteriores, anorexia, anemia, depresso, corrimento
culo-nasal e diarria sanguinolenta. Dentre estes, a paciente apresentou febre, hiperestesia
grave nas regies paraespinhais, paresia de membros posteriores, anemia e depresso,
corroborando com a literatura. O protocolo utilizado para o tratamento da paciente foi
Doxiciclina injetvel, 3,5ml, por via oral, SID, durante 21 dias; Atropina 1%, 0,03ml, por via
subcutnea; e Imizol 120mg/ml, 0,6ml, por via subcutnea. A atropina e o Imizol foram 6
aplicaes a cada 14 dias. Alm de fisioterapia diria. Aps o tratamento, o animal apresentou
melhora significativa do quadro clnico e segue com a fisioterapia.
Palavras-chave: Strongyloidose,Trichostrongyldeos,Caprinocultura
Resumo: Corpo estranho refere-se a qualquer material ingerido por um animal que no pode
ser digerido, a exemplo temos pedras e plsticos, ou objetos que so digeridos lentamente,
como por exemplo ossos. A ingesto de corpos estranhos por bovinos ocorre principalmente
devido a pouca sensibilidade dos lbios e lngua desses animais e ao hbito de mastigar de
modo grosseiro os alimentos. Alguns casos de ingesto de corpos estranhos podem ser
acidentais, quando algum objeto est misturado ao alimento, como por exemplo presena de
arames em fenos, pedaos de sacos em raes. Outra causa que leva o animal a ingerir uma
grande variedade de corpos estranhos, so as deficincias nutricionais, como por exemplo a
carncia de clcio e fsforo, consequentemente o animal acaba por desenvolver um
comportamento que chamamos de apetite depravado, da observa-se a importncia da
suplementao mineral para os bovinos. O objetivo deste trabalho relatar um caso de
ingesto de corpo estranho por um bovino. Em Agosto de 2015, no Hospital de Medicina
Veterinria HMV da Universidade Federal do Recncavo da Bahia UFRB, foi atendida uma
bezerra, SRD, com aproximadamente 18 meses de idade com quadro de diarria. Aps a
identificao do animal procedeu-se a anamnese e o exame clnico geral. Na anamnese a
queixa principal foi de que o animal a aproximadamente trs dias no estava se alimentando,
com diarreia e no estava ruminando. Tambm durante a anamnese o proprietrio relatou ter
observado h trs meses o animal apresentando emagrecimento progressivo. Durante a
realizao do exame fsico o animal se apresentou caqutico, aptico, ligeiramente
desidratado, porm sem alteraes da temperatura e mucosas. O animal permaneceu no
hospital durante seis dias sob tratamento (antibioticoterapia) para diarreia, no entanto no
houve melhora no quadro. Como nos exames fsicos dirios o animal apresentava atonia
ruminal, foi levantada a suspeita clnica de corpo estranho, sendo indicada a realizao de uma
ruminotomia exploratria. Durante a realizao da ruminotomia observou-se a presena de
corpo estranho (sacola plstica) no rmen do animal. Aps a cirurgia o animal se recuperou da
afeco do sistema digestivo, porm permaneceu no hospital por um perodo de
aproximadamente um ms para tratamento da ferida cirrgica que necrosou. A ingesto de
corpos estranhos resultado de fatores ligados a situaes acidentais, habito prprio da
espcie ou ainda as deficincias nutricionais que leva o desenvolvimento do apetite depravado
pela necessidade orgnica de suprir a carncia de tais nutrientes, desta forma, a correta
mineralizao essencial para prevenir o hbito desordenado de ingerir corpos estranhos. J
em casos acidentais devem se tomar cuidados com sacos de raes, arames de feno e sacos
plsticos em pastos.
Resumo: A AIE uma doena infecciosa de carter crnico que pode ser conhecida como
Malria equina, Febre dos pntanos, Mal do cochilho ou cochilho e AIDS do cavalo. uma
doena incurvel e a legislao vigente preconiza o sacrifcio dos animais soro positivos.
Acomete equinos, muares e asininos, causada pelo Vrus da Anemia Infecciosa Equina
(VAIE). um Lentivrus da famlia Retroviridae, que causa uma infeco persistente. O teste
preconizado pela OIE como teste padro ouro o Imunodifuso em Gel de Agarose (IDGA). A
AIE hoje um grande obstculo para o avano da equideocultura, pois se trata de uma doena
incurvel e transmissvel com grande facilidade, acarretando prejuzos aos criadores que
necessitam da comercializao desses animais e prejudicando o aprimoramento das raas,
alm de impedir o acesso ao mercado internacional. uma enfermidade que apresenta uma
grande variabilidade de mortalidade e morbidade, pois a transmisso pelos insetos depende da
presena de insetos hematfagos, do VAIE, quantidade de picadas, quantidade de sangue que
transferida, da quantidade de sangue que transferido, e da quantidade do vrus que os
animais infectados apresentam. O No Brasil no h como garantir ao certo a situao
epidemiolgica, pois a prevalncia estimada em exames laboratoriais que so feitos em
animais para transito interestadual e que participam de eventos agropecurio ou esportivo que
controlado por servios oficiais de defesa sanitria animal, sendo que grande percentual dos
animais testados apresenta elevado valor zootcnico, oriundo de rebanhos em que apresenta
controle da doena, uma vez que esses animais so submetidos a exames periodicamente,
mesmo assim um pais considerado endmico para a doena. O presente trabalho teve como
objetivo fazer um levantamento soro epidemiolgico no municpio de So Felipe BA,
utilizando como teste diagnostico o IDGA. Foram utilizados 89 animais, oriundos de 38
propriedades, cujos foram colhidos sangue em tubo sem anticoagulante (EDTA), o soro foi
alquotado em tubos tipo eppendofh e congelados at o teste ser realizado. O exame foi
elaborado no Laboratrio de Doenas Infecciosas (LDI) da Universidade Federal do Recncavo
da Bahia (UFRB). Todas amostras submetidas ao IDGA foram negativas, a partir de leituras
feitas com 24 e 48 horas, conforme protocolo do Ministrio da Agricultura Pecuria e
Abastecimento (MAPA).
Resumo: A Etnoveterinria uma cincia que estuda a relao dos medicamentos caseiros
oriundos dos conhecimentos populares. Nesse sentido, o trabalho objetivou promover uma
compreenso das possibilidades que famlias de zonas rurais possuem na tentativa de oferecer
melhor qualidade sade dos animais, alm de relacion-las com a busca de atendimento
veterinrio. O tipo de pesquisa escolhido foi a pesquisa de campo, e, os procedimentos
utilizados para coleta dos dados foi entrevista, na qual foi aplicada, nos povoados Pumba e
Sapucaia do municpio de Cruz das Almas, Bahia, tendo como amostra nove pessoas de cada
localidade; alm disso, foram entrevistados dois mdicos veterinrios. Os resultados
apontaram os nomes de alguns remdios caseiros administrados, como: banho com enxofre,
quarana (planta), bredo, areia, ch de capim-santo, fumo de corda e cachaa. Sobretudo no
tratamento de enfermidades relacionadas a pele como as infestaes ectoparasitrias. O
campo destacou ainda que grande parte dos entrevistados obtiveram o conhecimento dos pais
e dos avs (um conhecimento tradicional, passado entre geraes). Dentre os entrevistados,
38,8% afirmaram usar ou que j usaram algum tratamento caseiro, no entanto, a maioria dos
entrevistados (61,1%)respondeu que no utiliza medicamentos caseiros.A pesquisa retratou
tambm que a busca ao profissional veterinrio baixa, apenas um indivduo, de cada
local(11,2%), relatou que j levou seu animal a uma consulta. Em relao vacinao, h um
interesse atravs da campanha,j que todos na Sapucaia e muitos na Pumba
(aproximadamente 94,4%) vacinam seus animais anualmente, logo, os tutores se mostraram
bem conscientes quanto campanha contra a Raiva. Um dado curioso que 55,5% dos
indivduos do nome aos seus animais de estimao, um indicativo que tende a refletir para
afetividade entre o tutor e seu animal.Comparando os resultados encontrados na Sapucaia e
na Pumba, a populao deste, talvez por ser mais afastado, procuram a Casa do Fazendeiro
enquanto que quatro, dos entrevistados na Sapucaia, procuram um mdico veterinrio. Em
ambos, percebeu-se que a maioria dos moradores j tinha feito algum tratamento em seu
animal, seja preventivo ou no. Os tratamentos mais comuns so as vacinas antirrbica e os
carrapaticidas, embora uma pequena parcela j havia levado seu animal a um consultrio
veterinrio ou realizado um tratamento alternativo. J na relao dos profissionais veterinrios,
estes afirmaram confiar em frmacos pois so fundamentados em pesquisas cientficas e
dizem que faltam pesquisas para comprovar os efeitos das aplicaes caseiras. Um dado
importante sobre a pesquisa ao entrevistar os profissionais, que, apenas um deles conhecia
sobre o termo etnoveterinria e ressalta que j havia tido experincias prticas e um deles
afirmou que estes produtos caseiros poderiam atuar como coadjuvante, porm de forma
acompanhada e controlada. Por fim, conclui-se que h baixa procura de atendimento
veterinrio em ambas localidades e carncia de campanhas informativas de como prevenir e
tratar algumas doenas que acometem tais animais, oferecendo a populao local o
conhecimento sobre a medicina preventiva. As informaes obtidas mostraram que a questo
cultural que preconizada pela etnoveterinria no se faz presente 100% diante as amostras
feitas desses dois bairros.
Resumo: O estudo teve como objetivo avaliar o efeito da incluso de leo de linhaa no
diluidor, atravs de testes complementares para criopreservao de smen caprino. Utilizou-se
cinco machos caprinos da raa Anglo Nubiana, de idades diferentes, com fertilidade
comprovada, segundo os parmetros do Colgio Brasileiro de Reproduo Animal, mantidos
em regime semi-intensivo de criao, em pastagem e suplementao com concentrado. As
coletas de smen foram realizadas por mtodo de vagina artificial, duas vezes por semana,
utilizando-se uma fmea estrogenizada como manequim, de acordo com os procedimentos
aprovados pelo Comit de tica no Uso dos Animais da UFRB (23007.006635/2014-60). Os
ejaculados formaram um pool, e em seguida fracionados em quatro alquotas e diludos em
citrato-gema acrescido de nveis de leo de linhaa, sendo: T1: 0,00g (controle); T2: 0,52g;
T3:1,16g e T4: 1,8g de leo de linhaa. O smen foi criopreservado em mquina de
congelao (TK 3000) em duas etapas, com o fim do congelamento as palhetas foram
submersas em nitrognio lquido, acondicionadas em raques e armazenadas em botijo
criognico, e descongeladas a 37C por 30 segundos para realizao testes complementares.
As anlises laboratoriais foram realizadas no Laboratrio de Reproduo Animal (NERA) da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB), onde avaliou-se integridade funcional
da membrana plasmtica, atravs do Teste Hiposmtico (HO), possveis danos causados ao
acrossoma pelo Teste de Membrana Acrossomal e integridade funcional de mitocndrias, por
meio do Teste de Atividade Mitocondrial. Para os dados com distribuio normal foram
analisados por ANOVA e teste de regresso e para os dados no paramtricos foram avaliados
pelo teste de Kruskal Wallis a 5% de probabilidade. No houve diferena no teste Hiposmtico,
com 32,108,20% de espermatozoides reativos. No houve diferena no teste Acrossomal,
com 66,6315,77 para acrossoma ntegro; 12,815,83 para irregular; 14,107,91 para
desprendimento parcial e 5,6226,14 para desprendimento total. No houve diferena para
teste de atividade mitocondrial nas classes I e III, com mdias de 24,254,70 e 13,853,77%.
Houve comportamento quadrtico positivo para atividade mitocondrial na classe II. Houve
diferena para o teste de atividade mitocondrial na classe IV (P<0,05). A incluso entre 0,52g e
1,8g de leo de linhaa dourada no diluente para criopreservao do smen de caprinos no
promoveu melhora nos parmetros de qualidade seminal ps-descongelamento, havendo
reduo da atividade mitocondrial dos espermatozoides.908
Palavras-chave: Abcessos,Ovinocaprinocultura,Bahia
Resumo: A Hepatozoonose canina uma doena de maior ocorrncia em meio rural, acomete
principalmente os ces, causada por um protozorio do filo apicomplexa conhecido com
Hepatozoon Cannis. A transmisso ocorre de forma horizontal por intermdio da ingesto via
oral do carrapato Rhipicephalus sanguineous infectado, contendo oocistos esporulados na sua
hemocele. Estes atravessam o epitlio digestivo do co, podendo assim entrar em contato com
a veia porta afetando bao, linfonodos e medula ssea, resultando em anemia, febre, perda de
peso, anorexia e letargia. O carrapato torna-se infectado ao ingerir sangue de um co
parasitmico, tornando-se assim um hospedeiro definitivo da doena. O diagnstico desta
enfermidade comumente baseado na identificao de clulas leucocitrias parasitadas em
esfregaos sangneos. Para o tratamento da Hepatozoonose canina, existem vrias drogas,
entretanto algumas drogas apresentam resultados controversos. O controle eficaz para evitar
disseminao deste protozorio deve ser feito apartir da eliminao de carrapatos do ambiente.
Assim, o presente trabalho tem como objetivo relatar o caso de uma cadela Sem Raa Definida
(SRD), com aproximadamente quatro anos de idade, atendida no setor de Clinica Mdica de
Pequenos Animais do Hospital Universitrio de Medicina Veterinria (HUMV) da Universidade
Federal do Recncavo da Bahia (UFRB). O animal chegou para avaliao mediante a
apresentao de intenso prurido, anorexia e corrimento vaginal purulento. Ao exame fsico
revelou caquexia, alopecia, desidratao, prurido, infestao por carrapatos Rhipicephalus
sanguineus e temperatura corporal de 38.9 C. Foram solicitados alguns exames
complementares sendo eles hemograma e ultrassonografia abdominal total, para avaliar
possvel piometra. Ao hemograma o animal apresentou anemia normoctica normocrmica e
hiperproteinemia. Atravs do esfregao sanguneo foi identificada a presena de moncitos
ativados, linfcitos reativos e Hepatozoon cannis. No foi detectada presena de piometra pelo
exame de imagem. O tratamento institudo foi uma cpsula de Omeprazol de 20 mg, via oral, a
cada 24 horas juntamente com Cefalexia na dose de 30mg/Kg, por via oral, a cada 12 horas
durante 15 dias e Dipropionato de imidocarb(Imizol) na dose de 5mg/Kg, via subcutnea em
um total de 2 aplicaes com intervalo de 14 dias entre elas. Conclumos que aps tratamento,
o animal apresentou melhora clinica de todas suas alteraes tendo ento recebido alta.
Resumo: Miase pode ser simplesmente definida como o parasitismo de larvas de dpteros em
ferida de tecido vivo (primrias) ou morto (secundrias) de vertebrados, sendo que em se
tratando de animais de produo, e mais especificamente os bovinos, uma das miases mais
importantes devido grande perda econmica causada a tambm conhecida como
bicheira, que tem como agente etiolgico o dptero Cochliomyia hominivorax, que na fase
adulta no parasita o animal, pois se alimenta de seiva de plantas, tendo apenas as larvas
parasitando o animal. O tratamento iniciado com a retirada das larvas e uma antissepsia
cuidadosa da ferida, e uso de anti-inflamatrio, alm do que, por ser porta de entrada para
infeces secundrias, as vezes torna-se necessrio o uso de antibiticos. Diante da
relevncia do assunto, o objetivo deste trabalho foi relatar um caso de miase causada por C.
hominivorax em um bovino atendido no Hospital Universitrio de Medicina Veterinria da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia (HUMV- UFRB). O caso relatado ocorreu em um
bovino, fmea, com um ano de idade, pesando aproximadamente 180 kg, que deu entrada no
hospital veterinrio da UFRB com um quadro de miase causada por C. hominivorax na regio
da vulva. Ao exame clnico, verificou-se tambm, a presena de papilomas espalhados pelo
corpo do animal, principalmente na regio da barbela e da vulva, sendo provavelmente o fator
predisponente da miase. O animal foi tratado com oxitretaciclina (Biogental) 20 ml por via
intramuscular e clorobutanol (Verrutrate) um ml por via subcutnea ambas em dose nica.
Alm disso, foi feita a antissepsia do local da miase com gua e detergente seguido da
retirada das larvas e do tecido necrosado. O curativo foi feito atravs da aplicao de pomada
a base de Penicilina, sulfato de Dihidroestreptomicina e uria (Ganadol) e um cicatrizante e
repelente em spray a base de Sulfadiazina de prata, alumnio e Cipermetrina (Bactrovet
Prata) durante 15 dias de tratamento. Aps esse perodo o animal j estava recuperado,
demonstrando o sucesso do protocolo utilizado. Sendo assim, pode-se concluir que miases
causadas por C. hominivorax so afeces importantes na bovinocultura, pois causa danos
diretos aos animais. Dessa forma uma vez diagnosticada precocemente facilmente tratada
desde que seja feito corretamente. Os resultados ainda permitem concluir que o protocolo
escolhido foi eficaz para o tratamento de miase causada por C. hominivorax em bovino.
Resumo: Feridas extensas por perda de viabilidade tecidual e com grande afastamento podem
ter difcil cicatrizao, nestes casos so indicadas tcnicas reconstrutivas por meio de flaps e
enxertos (SCHEFFER et al. 2013). O enxerto pediculado uma das tcnicas que demonstram
ter grande vantagem na promoo da revascularizao de reas isqumicas, cobertura e
proteo de ossos, cartilagens, tendes e ligamentos expostos (SLATTER, 2007). Foi recebido
no Hospital Veterinrio Universitrio da UFRB, campus de Cruz das Almas- BA, um felino,
adulto, 4 quilos. O animal tinha uma ferida lacerada na parte lateral distal do Membro posterior
esquerdo, aproximadamente oito centmetros de dimetro e com exposio de msculos,
tendes e fbula. O qual foi submetido a tratamento como ferida aberta por 3 dias sob
bandagem mida. Tambm foi realizado exames de rotina, para posterior encaminhamento
para cirurgia reconstrutiva. O animal foi pr-anestesiado com acepromazina (0,03mg/kg) e
morfina (0,5mg/kg), induzido com propofol (5mg/kg), e a anestesia geral inalatria foi mantida
com isoflurano. Foi realizada desbridamento cirrgico com a remoo de todo tecido
desvitalizado e necrtico. No momento da escolha da tcnica a ser utilizada, foi levado em
conta a localizao da ferida e por isso para cobrir a leso cutnea, foi criado um retalho
pediculado de padro axial na poro lateral da coxa esquerda. O retalho foi transposto sobre a
ferida cutnea na poro lateral do membro sobre a ferida, sendo as extremidades do enxerto
suturadas ao leito receptor, em padro de sutura tipo simples descontinuo com fios de
mononylon. Alguns pontos foram aplicados entre a face interna do enxerto e o leito da ferida,
utilizando fio polipropileno, na tentativa de diminuir o espao morto entre o enxerto e a leso. A
ferida cutnea da poro lateral da coxa esquerda a qual foi retirado o enxerto, foi aproximada
e suturada de maneira convencional. O ps-operatrio constou da administrao do opiide
tramadol na dose de 2,0 mg/kg pela via subcutnea, de 12 em 12 horas por cinco dias,
meloxican(0,1 mg/kg) a cada 24 horas durante trs dias por subcutnea e ceftiofur (5,0 mg/kg)
a cada 24 horas por 7 dias por via subcutnea. Decorrido 15 dias do procedimento cirrgico a
ferida estava completamente cicatrizada com adeso do enxerto.
Resumo: A utilizao de xilanas para modificao de fibras celulsicas tem atrado muito
interesse nos ltimos anos. Isto se deve s melhorias que estas macromolculas provocam nas
propriedades do papel, contribuindo significativamente na refinabilidade, na resistncia e ainda
na reduo do efeito de hornification das fibras. Uma estratgia que pode ser adotada pela
indstria de celulose e papel para produzir papel com alto teor de xilanas consiste em remov-
las de determinada fonte e introduzi-las polpa celulsica. No caso do Brasil, h matrias-
primas bem interessantes para a extrao destes polissacardeos, como o sisal (Agave
sisalana), o capim-elefante (PennisetumpurpureumSchum.), o bambu (Bambusavulgaris) e o
bagao de cana-de-acar (Saccharumofficinarum). Estes materiais lignocelulsicos, que esto
sendo amplamente estudados como potenciais matrias-primas para a produo de etanol
podem fornecer as xilanas, pois a tendncia a remoo destas hemiceluloses, desde que as
mesmas prejudicam o processo de hidrlise, essencial para o sucesso da produo de lcool.
Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo extrair as hemiceluloses do bambu para
caracterizao e adsoro a polpas celulsicas de eucalipto. Para a extrao e isolamento das
xilanase adio a polpas kraft de eucalipto, as fibras foram submetidas extrao com KOH
10% temperatura ambiente, por 3,5 hs, sob agitao magntica e o pH foi ajustado para 5,5.
O tratamento de adsoro de xilanas polpa celulsica foi realizado com amostras
equivalentes 50 g de polpa seca. A adio foi realizada sob agitao contnua, temperatura
de 60C, pH 8, consistncia de massa de 3% e 60 minutos de tratamento. A dosagem de
xilanas foi de 8% base peso seco de polpa. As polpas tratadas foram armazenadas em sacos
de polietileno sob refrigerao. Aps a adsoro, o teor de xilanas presente na polpa foi
quantificado por Cromatografia Lquida de Alta Eficincia. Nas analises qumicas das polpas
celulsicas, as hemiceluloses do bambu apresentaram baixos nveis de adsoro, com
incrementos de 0,9% de xilanas polpa. Por apresentar massa molecular mdia relativamente
baixa, tiveram um baixo nvel de adsoro polpa celulsica. Com os valores do ndice de
reteno de gua (IRA) e do fenmeno de hornification das fibras para as polpas referncia
(P) pode-se observar que o contedo de xilanas influencia na quantidade de gua retida pelas
fibras, sendo que a polpa onde foram adicionadas xilanas do bambu resultou em maiores
valores de IRA. Estes resultados so explicados pelo fato de que as xilanas minimizam a
formao de agregados de microfibrilas, favorecendo a reumidificao das polpas tratadas.
Sendo assim, conclui-se que a polpa de eucalipto misturada s hemiceluloses do bambu
podem ser utilizada na fabricao de papel, com melhoria de sua qualidade.
Resumo: A espcie Swietenia macrophylla (King) conhecida como Mogno uma rvore que
pertence famlia Meliaceae, com rpido crescimento inicial, madeira de mdia densidade, que
utilizada para diversos fins madeireiros e com alto valor comercial. Para o desenvolvimento
das plantas importante absoro a nveis satisfatrios dos nutrientes necessrios
provenientes do solo. O conhecimento das exigncias nutricionais em espcies florestais de
grande importncia, pois imprescindvel no crescimento e na distribuio de biomassa. Os
macronutrientes primrios, nitrognio, fsforo e potssio tem grande influncia na qualidade e
no desenvolvimento das plantas e so rapidamente removidos do solo pelas plantas. Assim,
esse trabalho tem como objetivo avaliar a importncia da aplicao de diferentes doses de
fsforo e nitrognio no crescimento inicial das mudas Swietenia macrophylla (King). Este
presente estudo foi realizado na casa de vegetao da Universidade Federal do Recncavo da
Bahia, no campus de Cruz das Almas. As amostras de Latossolo Amarelo foram coletados com
a profundidade de 0 a 20 cm da superfcie do solo, caracterizado com: pH em gua 5,6; Ca =
0,2 cmolc/dm; Mg = 0,6cmolc/dm; K = 0,2 cmolc/dm; Na = 0,3 cmolc/dm; Al = 0,2cmolc/dm;
(H+Al) = 5,1 cmolc/dm. Os tratamentos foram representados por um fatorial de 5x2 consistindo
em doses crescentes de adubao com fsforo e nitrognio em 0, 150, 300, 450 e 700 mg.dm-
3, com quatro repeties totalizando 40 vasos com 1,5 dm de solo. Como fonte do fsforo
usou o Superfostato Simples e a fonte de Nitrognio a ureia. Avaliando os parmetros altura
(H) e o dimetro (D) aos 83 dias aps o plantio, verificou que os tratamentos que foram
adicionados doses de Fsforo at 300 mg.dm-3 tiveram como resultado o aumento em relao
a altura, principalmente os tratamentos com presena de Nitrognio. Analisando o parmetro
de dimetro verificou que os tratamentos P2N0, P3N0 e P4N0 apresentaram menores valores
de dimetro, contudo, os tratamentos apresentaram valores significativos com a presena do
Nitrognio. Foi observado tambm que ao adicionar doses crescentes de fsforo nos
tratamentos, houve um aumento elevado inicialmente na produo, contudo as mesmas
decresceram sucessivamente nos parmetros avaliados nos tratamentos.
Palavras-chave: Fsforo,Tratamentos,Mogno
Resumo: A Mata Atlntica um dos biomas tropicais mais importantes do mundo, e mesmo se
encontrando altamente fragmentada e ameaada, considerada um hotspot, ou ponto quente
de biodiversidade, apresentando diversas espcies endmicas e necessitando urgentemente
de conservao das reas remanescentes, preservao da biodiversidade e recuperao das
reas degradadas. Os processos de explorao na poca da colonizao, como a supresso
da mata nativa para implantao de culturas agrcolas, como caf e cana-de-acar, e a
explorao do ouro, foram contribuintes essenciais para a considervel diminuio da rea da
Mata Atlntica no Brasil, atualmente restando somente cerca de 8% da rea inicial do bioma.
Na regio de Minas Gerais, essa perda foi ocasionada em sua maior parte pela grande
expanso populacional e adensamento urbano, a instalao de ferrovias, a implantao da
cultura do caf e, principalmente, pela atividade mineradora. As mudanas ocorridas na
legislao especfica para a Mata Atlntica ao longo do tempo tambm no indicam eficincia
no processo de conservao de suas reas restantes, j que sabe-se que, mesmo com a
legislao vigente, nos ltimos anos a supresso da mata nativa ainda tem aumentado, devido
fiscalizao ineficaz. Assim, o presente trabalho objetivou acompanhar a evoluo do
desmatamento da Mata Atlntica ao longo de cerca de 20 anos, utilizando-se de imagens de
satlite obtidas no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE, e da base de
dados da Organizao No-Governamental SOS Mata Atlntica. As imagens foram tratadas no
software ArcGis verso 10.3, sobrepondo-se imagens da rea de mata nativa em 1992 e em
2013 para realizar esse comparativo. No ano de 1992, a rea de Mata Atlntica existente no
municpio de Chal - MG era de 38,62 km, e em 2013 essa rea passou a ser de 18,87 km.
Isso representa uma rea perdida de 51,14% ao longo desses anos. As reas de Mata
Atlntica consideradas no municpio em 1992 j eram fragmentos da rea inicial, indicando que
boa parte da mata original j havia sido perdida. Por fim, a situao do bioma no restante do
pas muito semelhante da cidade de Chal. A perda de rea vem acontecendo em todas as
regies onde a Mata Atlntica ocorre, em alguns locais mais do que em outros, mas ainda
assim, a diminuio dessas reas e a fragmentao do bioma muito alarmante, o que
evidencia a importncia de se tomar as medidas cabveis urgentemente para conservar as
reas restantes desse bioma, tanto em termos de criao de mais reas de preservao e de
unidades de conservao, quanto em termos de modificaes e melhorias na legislao
vigente, para que a fiscalizao se faa mais presente e eficiente e que as leis sejam aplicadas
de forma correta.
Resumo: As nascentes so os olhos dgua ou minas existentes nas reas rurais e as reas
que as contornam, alm de constiturem todo um sistema de vegetao, solo, relevo e demais
componentes das reas de recarga a montante. necessrio verificar a fragilidade das
nascentes, diante das agresses a que esto sujeitas, sendo estas favorecidas pela ao
antrpica, pelo desenvolvimento urbano, pelas atividades relacionadas a agricultura e pecuria
extensiva. Desta forma, estes fatores so perceptveis na regio do Recncavo e, com isso,
seus recursos naturais se tornaram escassos. Nesse contexto, o presente trabalho objetivou
verificar os danos de uma nascente, avaliando o nvel de degradao, impacto sobre a
vegetao natural na rea e ao entorno da nascente, esclarecendo a respeito da explorao
imprpria deste recurso natural. A nascente de estudo est localizada na Universidade Federal
do Recncavo da Bahia, no municpio de Cruz das Almas, Bahia, a 12 39 44.64 de Latitude
Sul e 39 5 37.27 de Longitude Oeste. Foi feito o deslocamento at a rea onde, realizando
uma avaliao visual macroscpica, utilizando alguns equipamentos para visualizao da zona
de impacto sobre a nascente, sendo estes: trenas, mquina fotogrfica Canon PowerShot
A2200 HD, prancheta de anotao, bloco de anotaes, lpis, e GPS para obteno das
coordenadas, e com isto a rea foi demarcada por meio de imagens obtidas pelo Google Earth.
Constatou-se que a nascente possui olho dagua de 5,5 m de dimetro, e ao seu entorno foi
verificado a presena de plantas invasoras e indicadores de degradao, animais e lixo, o que
demonstra uma rea intensamente antropizada. Alm disso, gua est contaminada por
resduos slidos, sua rea de captao desmatada, deixando a nascente desprotegia, sua
vazo encontra-se alterada por causa da eroso da encosta (assoreamento), do acmulo de
outros detritos e do pisoteio por animais que danificam o olho dgua. A rea no possui os 50
metros de raio estabelecidos pelo Cdigo Florestal, e desrespeita a legislao em vigor. A
presena de indicadores de degradao ambiental demonstra que medidas precisam ser
executadas de forma imediata pelos rgos responsveis, para manuteno de seu curso d
agua e restabelecimento da vegetao natural. Desta forma, importante adotar como
medidas de recuperao a delimitao de rea de preservao permanente, redirecionando o
caminho para o fluxo de pessoas e animas e, sobretudo, a reimplantao de espcies que
colaborem para restruturao da nascente, por meio de aes de recuperao que
restabeleam seu fluxo.
Resumo: A fruteira-po (Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg) uma planta extica cultivada
nas regies tropicais do mundo. Seu fruto, a fruta-po, utilizado como alimento, por
apresentar valores nutricionais elevados, alto teor de carboidratos, alm de ser livre de toxinas.
A espcie apresenta duas variedades, a Artocarpus altilis var. apyrena, conhecida como fruta-
po de massa e a variedade seminfera, com frutos com sementes normalmente consumidas
sob a forma torrada e externamente. Externamente, o fruto com semente apresenta casca com
inmeros "picos", e de colorao verde-amarelada, quando maduro. A fruteira-po, tambm
apresenta grande potencial madeireiro, tendo como possibilidade o uso da casca para extrao
de fibras e confeces de cordas e esteiras, e da madeira, para a fabricao de forros, portas,
instrumentos musicais e carvo. O ltex produzido na planta, quando associado fibra, pode
ser utilizado para impedir a passagem de lquidos ou de ar em barcos. A madeira
considerada resistente ao ataque de insetos e de fcil manejo. O objetivo do trabalho foi avaliar
o crescimento de fruteiras-po seminfera da coleo de fruteira-po var. seminfera instalada
na Fazenda Experimental do Centro de Cincias Agrrias, Ambientais e Biolgicas da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB), em Cruz das Almas, Bahia. Foram
caracterizadas 37 plantas com seis anos de idade, oriundas de sementes provenientes do
Par. As avaliaes foram realizadas no perodo de agosto a setembro de 2016, mensurando-
se as variveis quantitativas: altura do solo at a primeira ramificao, dimetro do caule, a
0,20 m do solo, dimetro do caule altura da primeira ramificao e dimetro da copa. As
medidas das variveis foram realizadas com o auxilio da fita mtrica e trena de 25 m. Os dados
foram analisados por estatstica descritiva, realizada com auxlio do programa R. A plantas tm
apresentado crescimento vigoroso, com florescimento iniciado em 2015. Foram observadas
mdias de 0,58 m para altura altura da primeira ramificao, 0,21 m para dimetro altura do
solo, 0,18 m para dimetro do caule altura da primeira ramificao, indicando fuste uniforme,
e 5,0 m para dimetro da copa. A maior variao foi para altura da primeira ramificao, com
mnimo de 0,49 m e mximo de 1,88 m, e coeficiente de variao de 62,91%. O dimetro da
copa variou de 2,11 a 7,22 m, sendo a varivel com menor coeficiente de variao, 24,45%. O
crescimento apresentado at o momento est compatvel com a descrio apresentadas pelos
autores em regies em que a planta ocorre mais frequentemente e indica possibilidade do uso
da madeira.
Palavras-chave: Fruteira-po,Caracterizao,Madeira
Resumo: A Tabebuia Alba (Chamiso) Sandwith (Ip amarelo) uma espcie nativa do Brasil,
abrange a Floresta Pluvial da Mata Atlntica e da Floresta Latifoliada Semidecdua, ocorrendo
principalmente no interior da Floresta Primria Densa. Devido a exuberante beleza de sua copa
e florao, amplamente utilizada em todo o pas na arborizao urbana. O preparo e manejo
do solo para o cultivo uma etapa crucial em uma produo florestal, pois atravs dessa
etapa que iremos fornecer planta os elementos essenciais que podem no estar disponvel
no solo por diversos fatores. A deficincia de nutrientes no solo um fator limitante para a
produo, por esse motivo os estudos de tcnicas de adubao para espcies florestais so
muito importantes pois tendem a potencializar o desenvolvimento da planta, diminuindo custos
e as perdas causadas por deficincia de nutrientes no solo, aumentando assim a produtividade
do plantio. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi avaliar o crescimento de mudas da
espcie Tabebuia Alba a partir da aplicao de diferentes doses de fosforo e potssio em
amostras de solo de um Latossolo amarelo. O experimento foi conduzido em casa de
vegetao na cidade de Cruz das Almas, Bahia, no ano de 2015. As sementes de Ip foram
colocadas para germinar em recipiente contendo vermiculita como substrato at ocorrido o
desenvolvimento radicular, posteriormente foram transplantadas para os recipientes contendo
os tratamentos. O solo foi incubado com 1,66g de calcrio agrcola (CaCO3 + MgCo3) em cada
vaso para neutralizar o pH. Os tratamentos foram representados por uma fatorial 4x2, sendo 4
doses de fosforo (0, 150, 300 e 700 mg.dm-3) e duas doses de potssio (0 e 100 mg.dm-3), em
um delineamento inteiramente casualizado com 5 repeties, totalizando 40 vasos com 1,5 dm
de solo cada. Como fonte de fsforo usou-se o superfostato triplo, enquanto que para potssio
utilizou-se cloreto de potssio (KCl). Aos 90 dias aps o plantio avaliou-se a altura (H) e o
dimetro (D) para avaliar a interao P e K. Observou-se que houve desenvolvimento das
plantas, tanto em dimetro quanto em altura, at a dosagem de 150 mg.dm de fosforo na
ausncia de potssio. J nas maiores doses de fosforo com presena de potssio houve
decrscimo nos parmetros. As amostras que receberam os tratamentos com ausncia de
potssio apresentaram melhores resultados de dimetro assim como de altura.
Resumo: O gnero Eucalyptus uma das essncias florestais mais utilizadas na indstria de
papel e celulose e no setor energtico em escala mundial, distribudos em mais de 600
espcies j descritas em literatura. Com a crescente demanda dos produtos e a necessidade
do aumento na produtividade, as grandes empresas esto investindo de forma crescente no
setor de produo de mudas, no qual a melhora da qualidade nesse processo acarretar no
bom desenvolvimento da floresta. O recipiente utilizado na produo de mudas influencia
diretamente na qualidade final da muda, por isso pesquisas tecnolgicas esto sendo
executadas com o intuito de utilizar um recipiente economicamente vivel e produtivo. O
trabalho teve como objetivo avaliar os parmetros de crescimento em dimetro e altura, de trs
procedncias de Eucalyptus, sendo eles: Eucalyptus urophylla, E. robusta, e E. citriodora
submetidos a crescimento em tubetes de 55 centmetros cbicos. O experimento foi conduzido
no Campus experimental da Universidade Federal do Recncavo da Bahia, no municpio de
Cruz das Almas BA, com coordenadas (124019 latitude sul e 390623 de longitude oeste
de Greenwich e com altitude mdia de 220 m) em viveiro florestal, dispostos em um
delineamento inteiramente casualizado distribudos em 3 tratamentos contendo 4 repeties
em cada um, sendo 49 mudas por repetio. Foram coletados medidas da altura e dimetro a
cada 15 dias, totalizando 105 dias, valores mdios de crescimento foram utilizados para obter a
curva de desenvolvimento das mudas ao longo das avaliaes. De a acordo com os resultados
observados, percebe-se que o E. robusta possui melhores valores em altura, sendo superior a
30 cm nos 90 dias de avaliao, j o E. citriodora obteve menores valores de altura at o final
da avaliao. Ao final dos dias avaliados, a procedncia que obteve maiores valores de
dimetro foi a E. citriodora, podendo tambm observar que o desenvolvimento da procedncia
E. urophylla obteve valor mdio prximo da citada anteriormente. A espcie E. robusta
apresentou menores valores de dimetro comparadas as citadas anteriormente ao final de 105
dias. Em relao a tempo de retirada da muda do viveiro, o tempo mdio ideal para a insero
da muda do viveiro para o campo de 90 dias aps a semeadura.
Palavras-chave: Silvicultura,Altura,Dimetro
Resumo: A intensa explorao de florestas nativas para fins de abastecimento florestal tem
causado uma grande escassez de matria-prima, assim as indstrias madeireiras tm investido
cada vez mais em tcnicas avanadas e em espcies com melhores caractersticas de
reflorestamento. O Paric (Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex. Ducke)
Barneby) por sua vez, uma espcie que apresenta um grande potencial econmico, sendo
muito utilizada nos ltimos anos, principalmente para reflorestamentos de reas degradadas. A
geoestatstica uma ferramenta pouco utilizada quando se trata de florestas nativas,
necessitando assim maiores estudos para que possa compreender melhor o comportamento
destas florestas, seu principal objetivo e buscar o incremento da produtividade. A geoestatstica
tambm se destaca por evidenciar com detalhes a localizao exata do plantio que houve
maior desenvolvimento, ao contrrio das demais ferramentas estatsticas, a geoestatstica pode
ser considerada uma importante ferramenta que est sendo cada vez mais difundida nos
estudos florestais. Assim o estudo em questo foi implantado na regio do Recncavo da
Bahia, O preparo do solo foi realizado por meio de duas operaes, inicialmente utilizou um
trator agrcola com implemento para prtica de subsolagem com profundidade de 60 cm. Esta
operao teve a finalidade de eliminar a camada compactada do solo, identificada por meio de
penetrmetro digital. A segunda operao foi realizada com grade aradora e grade
destorroadora niveladora tracionadas por trator agrcola, afim de preparar o solo para receber
as culturas. Aps isso cada muda de Paric foram plantadas em diferentes espaamentos e
organizados em um delineamento de blocos inteiramente casualizados contendo 5 tratamentos
com 4 repeties de 36 plantas cada. Em consrcio com o Paric foi plantado duas variedades
de mandioca, caracterizando um sistema agroflorestal. Os espaamentos utilizados foram T1=
3X2m, T2= 3X2,5m, T3= 3X3m, T4= 3X3,5m e T5= 3X4m. Foram realizadas as medies
iniciais de indivduos sobreviventes e o georreferenciamento de cada rvore. Foram coletados
o dimetro a altura do solo e a altura de cada indivduo, os dados foram avaliadas a partir da
geoestatstica. Nas anlises das distribuies espaciais e semivariogramas, utilizou-se o
software especializado GS+. Os espaamentos que apresentaram melhores desenvolvimentos
aos 2 anos foram os 3x2,5, 3x3,5 seguidos pelos 3x3 e 3x2. Desta forma, conclui-se que a
geoestatstica apresentou resultados que podem auxiliar os pesquisadores de forma a ampliar
a compreenso do povoamento de florestas nativas.
Palavras-chave: Paric,Nativa,Geoestatstica
Resumo: O Brasil encontra-se entre os pases com as maiores reas plantadas de eucaliptos
do mundo. O sistema semimecanizado um dos mais difundidos para o corte do eucalipto,
sendo o rudo gerado pela motosserra um dos principais problemas para o operador de
extrao florestal. A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), possui normas
tcnicas que trata das medies dos nveis de rudos em mquinas agrcolas. Destacam-se as
normas, NBR 9999 e a NBR-1052, que estabelece os nveis de rudo para o conforto acstico,
e a NR 15 da portaria 3214/78, do Ministrio do Trabalho e Previdncia Social (MTPS),
referente s atividades de operaes insalubres, onde determina que o nvel mximo de rudo
no seja superior a de 85 decibis (dB) para exposio diria de 8 horas de trabalho. Neste
contexto, objetivou-se com este trabalho avaliar os nveis de rudos gerados por um motosserra
em funo de dois ambientes sendo estes, um ambiente de floresta e um de campo aberto. O
trabalho foi desenvolvido na Universidade Federal do Recncavo da Bahia, em duas reas
distintas, sendo elas, uma rea eucaliptal e em uma rea de campo aberto, onde foram
amostrados 16 pontos em cada uma, distantes entre si 5 metros. A operao foi avaliada
durante o processo de corte em discos de uma tora de eucalipto e foi utilizada uma motosserra
modelo Husqvarna 272 XP, operando em acelerao constante. As avaliaes foram feitas
considerando o rudo que os trabalhadores estavam expostos. Os valores dos rudos foram
obtidos atravs de um equipamento decibelmetro, sendo ambos comparados com os valores
limites de exposio existentes na NR-15, que determina os nveis mximo de exposio de
rudo estejam entre 85 115 dB. Nas anlises das distribuies espaciais e semivariogramas,
utilizou-se o software especializado GS+. Os resultados da anlise geoestatstica, mostraram
que os dois ambientes analisados apresentaram dependncia espacial na escala de
amostragem adotada. O grau de dependncia espacial resultou em forte dependncia espacial
nas duas reas, sendo 0,95 para a rea de eucaliptal e 0,99 para a rea de campo aberto. Nos
dois tipos de ambientes estudados, o nvel de rudo ultrapassou os exigidos pelas normas.
Resumo: O rio Jequitinhonha que percorre os estados da Bahia e Minas Gerais entre os
paralelos 16 e 18S e os meridianos 39 e 44W, nasce na Serra do Espinhao em Minas
gerais, com altitude de 1.300m, abrangendo uma rea de 70.315km2. Devido a sua extenso
tido como um respeitvel recurso natural da regio, que alm do seu potencial hdrico,
possibilita diversas atividades econmicas. Sua bacia hidrogrfica, que est relacionada com a
produo de gua da regio, compreende a maior parte do nordeste do estado de Minas
Gerais e uma poro menor no sudeste da Bahia. Sabendo da necessidade de anlise de
diferentes reas da bacia hidrogrfica do Jequitinhonha e de suas respectivas variaes quanto
ao regime pluviomtrico, o presente trabalho objetiva caracterizar o regime hdrico via anlise
do regime de chuva em trs regies avaliando trs estaes pluviomtricas. Para isso, foram
adotados dados fornecidos pela Agncia Nacional de guas ANA, que posteriormente foram
manuseados por meio do aplicativo Hidroweb e por meio do Microsoft Excel para construo
de grficos. Elegeu-se trs estaes, uma no alto Jequitinhonha, localizada no municpio de
Diamantina, outra no municpio de Itapebi, representando o baixo Jequitinhonha e uma terceira
no mdio Jequitinhonha, localizada no municpio de Jequitinhonha, representando assim toda a
bacia. A pluviosidade foi analisada atravs do percentual dirio, mdia mensal, mdia anual,
ano mais chuvoso e ano mais seco. Fora observado que a estao Itapebi, apresentou ndices
pluviomtricos distribudos ao longo dos meses. A estao Jequitinhonha apresenta um
comportamento que se observa uma distino brusca quanto aos ndices ao longo dos meses,
e a estao Mendanha-montante gerou graficamente uma definio distinta de dois perodos
anuais: um extremamente seco e outro chuvoso. Os totais anuais de pluviometria apontaram
que na estao Itapebi raramente o ndice de precipitao alcana mdia superior a 1400mm.
Na estao Jequitinhonha as mdias oscilam entre 600mm a 1400mm e a estao Mendanha-
montante exibe anos de precipitao elevado, chegando a alar o total de 2190mm. Os dados
evidenciaram que a bacia tem apresentado um decaimento de total pluviomtrico no decorrer
dos anos que tem refletido sobre as vazes de gua disponveis, encaminhando o rio
Jequitinhonha a um perodo crtico de secas intensas. Deste modo, foi possvel detectar que o
regime pluviomtrico da bacia tende a contrastar, possivelmente devido s distintas
caractersticas topogrficas e climticas de cada regio analisada. Assim, afirma-se a
necessidade de se conhecer as caractersticas fsicas de uma bacia e a oscilao de sua
capacidade no decorrer de determinado perodo, pois pode prever e impedir impactos
hidrolgicos de ao antrpica, problemas de drenagem e abastecimento de gua, lanamento
de efluentes, definir a necessidade de recuperao ambiental, e ainda avaliar a implementao
de empreendimentos agrcolas, que exigem alta demanda de gua.
Resumo: As reas de Preservao Permanente (APPs) so aquelas que devem ser mantidas
intactas, independentemente de qualquer outra providncia ou condio e destina-se, em
virtude da sua natural funo ambiental, para preservar os recursos hdricos, a paisagem, a
estabilidade geolgica e a biodiversidade, alm de facilitar o fluxo gnico da fauna e da flora,
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populaes humanas. Tendo como ponto de
referncia os rios, o Cdigo Florestal (Lei n 12.727/12, Art. 4), define as faixas marginais de
qualquer curso d`gua natural, perene ou intermitente, e estabelece para a classe de APPs de
cursos d`gua que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura devem-se respeitar
faixas mnimas de 50 (cinquenta) metros, desde a borda da calha do leito regular. Utilizando-se
das tcnicas de geoprocessamento, este trabalho teve como objetivo delimitar as reas de
preservao permanente e levantar informaes que permitam identificar eventuais usos e
ocupaes instaladas no interior das APPs de um trecho do rio Jiquiri. Para a metodologia
deste trabalho foram utilizados diferentes planos de informao de forma a facilitar o acesso e
manuseio para a delimitao e anlise das APPs das margens do rio. Assim sendo, obteve-se
junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) dados cartogrficas para
delimitao do municpio de Jiquiri-BA e foram obtidas imagens de satlite, atravs do
software Google Earth com Sistema de referncia WGS84, Zona UTM-24S. O mapeamento foi
realizado utilizando o software ArcGIS 10, onde foram desenvolvidas as seguintes etapas: a
converso dos arquivos e definio do sistema de referncia; georreferenciamento das
imagens do Google Earth; criao do buffer das APPs com base na legislao ambiental
brasileira e vetorizao dos usos do solo. Os resultados demonstraram que existem no interior
das APPs diversas reas de floresta, ocupao urbana, agricultura, pastagem, estradas e
extrao de areia. A partir das margens do rio foi utilizada uma faixa de domnio de 50 m, onde
a rea total da APPs correspondeu a 85,1717 ha, desse total, cerca de 62,1792 ha foi
caracterizada como rea de uso indevido, ou seja, no cumpre a Legislao utilizada referente
ao Cdigo Florestal (Lei n 12.727/12). Entre as classes de usos irregulares no interior das
APPs pode-se destacar a expanso urbana com 4% (3,2893 ha); pastagem, extrao de areia
e estrada correspondeu a 69% (58,8899 ha), e finalmente, apenas 27% (22,9925 ha) das reas
de preservao permanente esto protegidas por vegetao nativa. Conforme os resultados e
com base na anlise dos dados no trecho do rio Jiquiri, foi possvel confirmar a existncia de
degradao, usos e ocupao irregular no interior das reas de Preservao Permanente
(APPs).
Resumo: A utilizao de xilanas para modificao de fibras celulsicas tem atrado muito
interesse nos ltimos anos. As melhorias que estas macromolculas provocam nas
propriedades do papel contribuem significativamente na refinabilidade, resistncia e reduo do
efeito de hornification das fibras. Uma estratgia que pode ser adotada pela indstria de
celulose e papel para produo de papel com alto teor de xilanas, atividade que consiste em
remov-las de determinada fonte e introduzi-las polpa celulsica. Existem matrias-primas
bem interessantes para a extrao destes polissacardeos, como o capim-elefante (Pennisetum
purpureum Schum) que apresenta matria-prima bem verstil de rpida renovao e baixa
rotao, e ainda apresentam boas caractersticas fsico-mecnicas. A metodologia utilizada foi
extrao das xilanas com KOH 10%, em seguida, ajustou-se o pH para 5,5 com cido actico,
e precipitou-se as hemiceluloses com etanol. As xilanas foram adicionadas a polpa Kraft de
Eucalipto, e a mistura foi mantida sob agitao mecnica e temperatura controlada. A dosagem
de xilanas foi de 8% base peso seco de polpa. As polpas tratadas foram armazenadas
temperatura de 4C, e o teor de xilanas presente na polpa foi quantificado por Cromatografia
Lquida de Alta Eficincia. O rendimento de extrao de hemiceluloses encontrado nas fibras
de capim-elefante foi de 23% e o resultado da anlise qumica das polpas foi de 83,9% de
glicanas e 13,8% de xilanas. As caractersticas qumicas das hemiceluloses influenciam
diretamente na adsoro de xilanas polpa celulsica. Estudos evidenciam que ocorre
adsoro preferencial de hemiceluloses com maior massa molecular. As hemiceluloses do
capim-elefante, por apresentem alta massa molecular mdia (Mw, 36.557 g.mol-1), tiveram um
bom nvel de adsoro polpa celulsica, de 2,4%. Na avaliao do ndice de Reteno de
gua (IRA) na polpa que teve tratamento de adio de fibras de sisal ficou evidente que o
contedo de xilanas influenciou na quantidade de gua retida pelas fibras, sendo que a polpa
onde foram adicionadas xilanas do capim-elefante resultaram nos maiores valores de IRA.
Verificou-se tambm que nas polpas marrons com maior contedo de xilanas o fenmeno de
hornification foi menos pronunciado. Estes resultados so explicados pelo fato de que as
xilanas minimizam a formao de agregados de microfibrilas, favorecendo a reumidificao das
polpas tratadas.
Resumo: O Sisal (Agave sisalana) tem grande importncia econmica e social no Pas, porm
ainda no so muito exploradas as informaes na literatura sobre a qumica dos trs
principais constituintes da fibra: celulose, hemiceluloses e lignina. E dentre estes compostos,
as hemiceluloses tm despertado grande interesse mundial, devido variedade de aplicaes
industriais. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito das hemiceluloses isoladas das fibras do
sisal nas propriedades do papel Kraft. A metodologia utilizada foi extrao das xilanas com
KOH 10%, onde ons hidroxila presentes na soluo,causam o inchamento da celulose, o
rompimento das ligaes de hidrognio entre a celulose e as hemiceluloses e a hidrlise de
ligaes steres de polissacardeos da parede de ligao celular, resultando na solubilizao
de quantidades substanciais de hemiceluloses.Em seguida, ajustou-se o pH para 5,5 com
cido actico, e precipitou-se as hemiceluloses com etanol. O rendimento de extrao de
hemiceluloses encontrado nas fibras de sisal foi de 35%. As xilanas foram adicionadas a polpa
Kraft de Eucalipto, e a mistura foi mantida sob agitao mecnica e temperatura controlada. As
caractersticas qumicas das hemiceluloses influenciam diretamente na adsoro de xilanas
polpa celulsica. Avaliou-se a qualidade da polpa atravs do ndice de reteno de gua (IRA)
e o efeito hornification. Aps a adsoro, foram encontrados baixos nveis de adsoro de
xilanas polpa, com porcentagem 0,6%. As hemiceluloses do sisal, embora apresentem alta
massa molecular mdia (Mw, 36.557 g.mol-1), apresentam cerca de 20% de hemiceluloses de
baixa massa molecular, Mw, 2.346 g.mol-1, que provavelmente no so adsorvidas polpa,
levando a um menor rendimento do processo. Na avaliao do ndice de Reteno de gua
(IRA) na polpa que teve tratamento de adio de fibras de sisal ficou evidente que o contedo
de xilanas influenciou na quantidade de gua retida pelas fibras, sendo que a polpa onde foram
adicionadas xilanas do sisal resultaram nos maiores valores de ndice de Reteno de gua.
Verificou-se tambm, que nas polpas marrons com maior contedo de xilanas o fenmeno de
hornification foi menos pronunciado. Estes resultados so explicados pelo fato de que as
xilanas minimizam a formao de agregados de microfibrilas, favorecendo a reumidificao das
polpas tratadas.
Palavras-chave: Chuva-de-ouro,danos,sementes
Palavras-chave: Compactao,Tratamento,Desenvolvimento
Resumo: A espcie Ficus benjamina L. (Moraceae) tem sido muito utilizada para
ornamentao devido suas folhas serem perenes e brilhantes e por ser adaptvel em
ambientes internos com pouca iluminao. Sua madeira tambm pode ser utilizada na
construo civil. Algumas espcies de Ficus sp. so hospedeiros de algumas espcies de
insetos da Ordem das lepidpteras. Lepidpteras so espcies holometbolos e possui grande
diversidade no pas, podem viver ou no em espcies de plantas economicamente importantes,
ou ainda prejudiciais a sade humana causando acidentes com reaes de irritao e/ou
inflamaes cutneas. O uso de inseticidas visa ao imediata e ou de preveno contra a
proliferao e ocorrncia de pragas que podem causar danos diretos ou indiretos no cultivo de
plantas, afetando a produo e proliferando doenas e/ou patgenos. Objetivou-se neste
estudo, avaliar a taxa mortalidade de Halysidota sp. (Arctiidae: Arctiinae) sob ao de 7 em
diferentes tratamentos inseticida a 24, 48, 72, 96 e 120 horas encontradas em espcies de
Ficus sp. O experimento foi realizado no Laboratrio de Entomologia Florestal na Universidade
Federal do Recncavo da Bahia (UFRB), localizado na cidade de Cruz das Almas, Bahia,
Brasil. Os inseticidas utilizados foram NeenMax (0,63ml/0,25L), Fastac-100 (0,15ml/0,25L),
Galil (0,19mL/0,25l), Sumithion 500 EC (2,5ml/0,25l), Karate Zeon 50 CS (0,02ml/0,25l),
Inseticon Jardim (2,5g/0,5l), Evidence 700 WG (0,01875g/0,5l) e a testemunha foi utilizado
apenas gua em folhas de Ficus sp. Foram utilizados 10 indivduos por tratamento de 4
repeties, a dosagem do uso dos inseticidas foram baseados em descries das bulas dos
mesmos em outras espcies de lepidpteras. Foi utilizado o software Genes VS 2013.5, para
fazer a Analise de Varincia (ANOVA) e o Test-T, e a equao ABBOTT para determinar
valores relativos mortalidade dos insetos e Anlise Fatorial Mltipla (AFM) com o software
estatstico R. Os inseticidas Evidence 700 WG (53,4%), NeenMax (49%) e Karate Zeon 50
CS (45,8%) demonstraram terem melhores taxas de ao inseticida em cerca de 120 horas
entre os 7 tratamentos. Todos os tratamentos no atingiram dosagens suficientes para serem
considerados eficientes no controle da praga, que de 80%, e com o uso da AFM o tempo no
teve relao significativa com as mortes dos insetos. So necessrios mais estudos para
encontrar as melhores dosagens dos inseticidas nesta espcie desfolhadora.
Resumo: A regio composta pelo Vale do Jequiria e o recncavo baiano, destacam-se por
apresentarem grande parte de suas reas relacionadas ao setor primrio. A atividade voltada a
agricultura responsvel em grande parte pela arrecadao financeira dos municpios. Sabe-
se que o processo exploratrio relacionado ao comrcio, nestes minifndios, por muitas vezes
geram impactos ambientais negativos. Portanto, importante que as populaes locais
estabeleam um aproveitamento racional e ecologicamente sustentvel da natureza em
benefcio prprio. Com o intuito de controlar essas atividades, foi criado Sistema de Cadastro
Ambiental Rural (SICAR). Em vista da situao atual e a falta de informao por grande parte
da populao referente ao CAR, foi aplicado um questionrio em trs cidades da Bahia, Cruz
das Almas, Jaguaquara e Ubara. O questionrio abordava os produtores com perguntas a
respeito de suas propriedades, quanto ao CAR e os benefcios disponibilizados atravs da
realizao do cadastro. Aplicou-se cerca de 10 questionrios por cidade, sendo que na cidade
de Cruz das Almas os questionrios foram aplicados a pequenos produtores na feira livre,
enquanto que nas demais cidades os questionrios foram aplicados por meio de visita aos
imveis rurais. Dos trinta entrevistados, cerca de 4 produtores foram do sexo feminino e os
demais do sexo masculino, com idades entre 35 e 68 anos. No final todos os entrevistados
foram esclarecidos a respeito de cada ponto intrnseco ao assunto, alm de terem sido
informados da importncia das atividades sustentveis exploratrias em suas propriedades, a
fim de mitigarem os impactos ambientais negativos. Como resultado foi estimado que 26,66%
das propriedades rurais esto aptas a serem cadastradas, a maioria localizadas no municpio
de Jaguaquara Ba. Destas 63,33% produz produtos agrcolas, 16,66 produtos agropecurios,
16,66% produzem produtos tanto agrcolas quanto agropecurio e 3,33% se apresentaram
como produtores de produtos florestais, alm de 56,66% dos produtos produzidos nas
propriedades, serem destinados ao consumo e o comrcio, seguido de apenas comrcio com
40% e para o prprio consumo apenas 3,33%; 62,5% dos produtores rurais j recorreram a
algum rgo para receber apoio financeiro destinada propriedade. A respeito do
conhecimento alguma lei ambiental destinada a imveis rurais, 87,5% possui o
conhecimento, e os mesmos j ouviram falar do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Todas as
propriedades no possuem cadastro, porm na cidade de Jaguaquara h o desejo dos
produtores de faz-lo, enquanto que os produtores das cidades de Cruz das Almas e Ubara
optaram por no fazer. Ademais, em Jaguaquara, 87,5% sabem da importncia e dos
benefcios que essa lei traz propriedade e a que rgo recorrer para este fim. 12,5% dos
produtores rurais recebem apoio do sindicato rural local, porm foi relatado que em nenhuma
das reunies foram abordados assuntos sobre o Cadastro Ambiental Rural. 62,5% dos
entrevistados j receberam algum suporte tcnico gratuito e 87,5% concordam que mudariam
suas formas de administrar a propriedade se as informaes fossem mais acessveis.
Resumo: O fogo a partir do seu domnio foi um grande passo na conquista de ambientes
inspitos. O homem aprendeu a utilizar o fogo a seu favor, com grandes benefcios, como:
usando as chamas pra suportar as noites frias, e habitar zonas temperadas e at rtica;
cozinha alimentos que crus seriam impossveis de digerir; confeco armas metlicas,
ferramentas; entre outros, alm de ajudar no desenvolvimento da sociedade. Ainda assim,
um elemento de difcil controle, onde no tem seu domnio total, devido aos diversos fatores
que o influenciam como, a temperatura, umidade relativa do ar (UR), vento e topografia do
terreno. Incndio florestal a ocorrncia de fogo sem controle que incide sobre qualquer forma
de vegetao, podendo ser provocado pelo homem (intencional ou negligncia) ou por fonte
natural (raio) (ALVARES et al, 2014), gerando danos na rea afetada. Esses efeitos podem ser
positivos, quando a queimada for realizado de forma responsvel atravs de seu manejo em
reas agrosilvipastoris ou at em Unidades de Conservao, ou efeitos negativos, quando
provocados de forma irresponsvel pelo homem. Este trabalho busca objetivar, o entendimento
das estratgias que podem ser adotadas num povoamento florestal, seja ele nativo ou
plantado, para evitar, controlar e/ou combater os incndios florestais. A preveno a incndios
florestais compreende em um conjunto de atividades que procuram reduzir a probabilidade do
incndio iniciar e limitar sua propagao (SOARES, 2007). As aes preveno dos incndios
por causas humanas, podem ser: atravs da educao da populao, da aplicao de
legislao efetiva e de outras medidas. Levando em considerao a preveno para
propagao, se tem: Construo e Manuteno de Obras de Infraestrutura (aceiros, divisrias
e contornos, cortinas de segurana), Construo e Manuteno de Fontes de gua e Reduo
de Material Combustvel. J quando o incndio est ocorrendo, devem-se procurar tcnicas
adequadas, para manejar o material combustvel e impedir ou dificultar atravs de aceiros, a
sua propagao. Cada povoamento florestal tem uma particularidade, no existe uma receita
pronta a ser seguida, pois tem que ser levado em considerao o tipo e a importncia da
vegetao como um todo. O ecossistema um meio muito varivel, e apresenta mltiplas
facetas que so influenciadas pelo solo, umidade do ambiente, temperatura, relevo etc.
Aspectos ambientais ligados diretamente na propagao do fogo. Empresas florestais fazem
testes em seus povoamentos para treinar os funcionrios em caso de ocorrncia de incndios,
testam tecnologias como: drones, cmeras, sensores, meios que podem ser uma chave
importante no combate ao fogo. de suma importncia a adoo de tcnicas e medidas de
preveno contra incndios florestais cada vez mais eficientes e atualizadas. A silvicultura
preventiva constitui uma importante aliada no planejamento da proteo contra o fogo em
plantios florestais. Monitoramento atravs de torres, a melhor opo para controle e combate
em Unidades de conservao de florestas nativas. Desta forma, corroborou-se que a
preveno de incndios florestais mais eficiente que o combate propriamente dito, em termos
de manuteno da biodiversidade e de reduo de custos com combate ao fogo.
Palavras-chave: Leguminosae,conservao,levantamento
Resumo: As reas de Preservao Permanentes (APPs) nos ltimos anos esto sofrendo com
as constantes degradaes, devido ao aumento intensificado das atividades antrpicas sobre
essas reas. Com isso surge a necessidade do uso de tcnicas de geoprocessamento para os
estudos ambientais, que objetiva a manipulao das informaes espaciais a partir da coleta
de dados com o auxlio do Sistema de Informao Geogrfica (SIG) permitindo a anlise
complexa desses dados. No geoprocessamento, o uso sensoriamento remoto tambm
indispensvel para a interpretao desses dados em funo das tcnicas que permitem
observar e obter informaes sobre a superfcie terrestre atravs de imagens dos satlites
orbitais. O uso dessas ferramentas tem facilitado e melhorado os estudos que possuem
objetivos de identificao e mapeamento de APPs e remanescentes florestais. O objetivo
desse trabalho foi identificao de conflitos de uso em APPs da APA do Pratigi. Foi realizado o
trabalho na rea da APA do Pratigi, baixo sul da Bahia, que possui uma extenso de 1700 km.
Para gerao dos mapas de hipsometria e declividade, foi utilizado o SRTM (Shuttle Radar
Thematic Mapper) de 30 metros junto ao software ArcGIS. Os valores hipsometricos para a
APA do Pratigi, so maiores nas faixas altimtricas entre 0 a 300 metros, o que representa
cerca de 85% de sua rea total. A classe mais alta encontrada de, no mximo, 700 metros
que compe apenas 0,1% de toda a rea da rea. No estudo da declividade da declividade
foram utilizados intervalos de 6 classes com a maior classe sendo 45%, possuindo o total de
579,25 km. Em contrapartida a menor area, 0,001% pertenceu a classe forte montanhoso,
com declividade >100%. O mapeamento de APPs tambm foi feito pelo SRTM e obedecendo
as leis do Cdigo Florestal. Com o mapeamento das APPs foram possveis a identificao e
quantificao de suas reas, sendo as APPs de rios somando um total de 273,14 km, as de
nascentes de 11,96 km, de mangue o valor foi de 60,80 km e APPs de reas declivosas
somaram no final 0,163 km, totalizando ao final uma rea de 345,90 km de APPs na APA do
Pratigi. Os resultados alcanados desse trabalho demonstram a importncia do uso do
geoprocessamento para identificao das reas de preservao permanentes e tambm se
torna indispensvel para o auxlio da legislao ambiental.
Resumo: A cultura de eucalipto tem grande importncia econmica, sendo atualmente uma
das espcies mais utilizadas no setor florestal. O objetivo deste trabalho foi realizar um
levantamento populacional da entomofauna associada a plantios de Eucalyptus spp, capturada
por meio de armadilhas adaptadas do modelo desenvolvido pelo IAPAR - Instituto Agronmico
do Paran com iscas de cairomnio em comparao a isca contendo apenas lcool. O
levantamento foi realizado em dois povoamentos de Eucalyptus sp. na Universidade Federal do
Recncavo da Bahia (UFRB), localizado na cidade de Cruz das almas Bahia. Para a realizao
das capturas dos insetos foram utilizadas armadilhas adaptadas do modelo desenvolvido pelo
IAPAR, cujo dispositivo atrai o inseto atravs de uma isca feita com lcool ou com cairomnio.
No laboratrio de Entomologia da Universidade Federal do Recncavo da Bahia foram
confeccionadas seis armadilhas, para a produo das mesmas utilizou-se os seguintes
materiais: garrafa PET de dois litros com tampa, frasco de vidro de 10 mililitros com tampa de
borracha, pisseta, tesoura de ponta, caneta hidrogrfica, pedao de cartolina, arame
galvanizado e estaca de 1,5 metro. Instalou-se trs por povoamentos, cada armadilha foi fixada
com arrames em estacas de aproximadamente 1,5 m, afastada uma da outra obedecendo a
uma distncia de aproximadamente 20 m e identificadas para diferenciar as com frasco
contendo lcool das com cairmonios e foram colocados no fundo de cada garrafa 200 ml de
gua com 5 % de sabo lquido para o afogamento dos insetos. Foram realizadas duas coletas,
sendo uma por semana, para auxiliar na realizao das coletas os contedos de cada
armadilha foram colocados em um recipiente plstico com tampa e devidamente identificados.
Aps cada coleta a gua com sabo lquido era renovada das armadilhas e os insetos
capturados separados, em seguida armazenados em refrigeradores e depois foram
encaminhados para o laboratrio de Entomologia da Universidade Federal do recncavo da
Bahia (UFRB), onde foram identificados e realizado anlise quantitativa atravs da contagem
direta dos exemplares presentes em cada armadilha. O total de insetos capturados envolvendo
os dois povoamentos foram 321, sendo estes pertencentes ordem (Himenptera, Dptera,
Coleptera, Odonata). Nas armadilhas colocadas nos dois povoamentos utilizando cairomnio
53% dos insetos capturados foram Colepteras, porm nas armadilhas com lcool os
colepteros foram 97% e dentre esses insetos coletados a famlia que apresentou maior
importncia devido aos danos que causam aos plantios florestais foram os escolitdeos que
pertencem a ordem Coleptera.
Palavras-chave: Entomofauna,Inseto-praga,Armadilha
Resumo: Sabe-se que o bioma Mata Atlntica apresenta uma grande biodiversidade e
endemismo, porm, ao mesmo tempo, est ameaada de extino pelo uso exacerbado dos
seus recursos devido a este est inserido em grande parte em proximidades urbanas. Visto
isso, existem as UCs (Unidades de Conservao), que permitem controlar e amenizar os
impactos causados pela ao antrpica, fazendo uso de forma responsvel destes recursos.
Nesse contexto, o trabalho teve como objetivo realizar o levantamento florstico e anlise
estrutural do estrato arbreo de um fragmento de Mata Atlntica, caracterizado como floresta
estacional semidecidua na APA Lago de Pedra do Cavalo no municpio de So Gonalo-BA.
Foram mensurados 1054 indivduos, com DAP > 5 cm, a uma altura de 1,30m. Para o
levantamento alocou-se 20 parcelas temporrias de 50x10 (500m). Foram identificados 851
indivduos, distribudos em 27 famlias, 67 espcies e 51 gneros. Neste contexto, obteve-se
destaque para famlias: Fabaceae, Myrtaceae, Phyllantaceae, Solanaceae e Anacardiaceae.
Considerando as que obtiveram maior riqueza de espcies tem-se: Fabaceae, Myrtaceae e
Phyllantaceae. Avaliando os parmetros de Dr (densidade relativa), DoR (dominncia relativa)
e IVI (ndice de valor de importncia), com base na anlise estrutural, as espcies que se
destacaram foram: Poincianella pyramidalis (Dr = 10,69; DoR = 12,15; IVI = 22,84), Capsicum
parvifolium (Dr = 9,40; DoR = 9,99; IVI = 19,39) e Astrocasia jacobinensis (Dr = 9,28; DoR =
9,00; IVI = 18,29). Avaliando a distribuio por classe de dimetro verificou-se que 47,82% dos
indivduos pertencem ao intervalo entre 5,0 Ⱶ 9,6cm seguido do intervalo entre 9,6
Ⱶ 14,2cm com 26,56% dos indivduos. Cerca de 25,61% dos indivduos apresentaram
DAP maior que 14,2 cm. Cerca de 25,61% dos indivduos apresentaram DAP maior que 14,2
cm. Foi construdo um intervalo de confiana de α = 0,05 para o nmero de indivduos e
rea basal, onde a rea basal mdia foi de 16,0 m ha-1 com 52,70 ind.ha-1. De acordo com a
resoluo do CONAMA N 392, 26 de junho de 2007, este fragmento de floresta estacional
semidecidua encontra-se em estgio mdio de regenerao, apresentando estratificao
incipiente com formao de dois estratos: dossel e sub-bosque. O estudo em questo
fundamental para alavancar estudos mais avanados neste fragmento, como posteriores
projetos de restaurao, definindo com base na composio florstica apresentada e estrutura
da floresta, as espcies necessrias que possam ser implantadas na rea.
Resumo: O Baixo sul da Bahia, regio da rea de estudo, como j mostrado em diversos
trabalhos, possui reas com maiores ndices de diversidade de espcies arbreas do mundo. A
rea de Proteo Ambiental (APA) do Pratigi est localizada prxima a esta regio, e tem
como principal parceiro na conservao a Organizao de Conservao da Terra (OCT). A
Organizao busca com os inventrios florestais, realizar o levantamento florstico e mensurar
o estoque de carbono florestal, objetivando, subsidiar a valorao dos servios ambientais
prestados pelo fragmento da Serra da Papu. No estudo em caso, foi realizado um
mapeamento detalhado dos extratos florestais de remanescentes situados na rea da APA do
Pratigi, Sul do estado da Bahia. Esse mapeamento teve como objetivo estratificar a floresta a
fim de subsidiar o inventrio florestal para alcanar melhor acurcia na determinao do
estoque de biomassa da rea. As imagens utilizadas foram do satlite Rapideye, obtidas na
pgina de internet Geocatlogo do Ministrio do Meio Ambiente (MMA), referentes aos anos
2014 e 2015. Foi utilizado o software QGIS 2.14.2 como ferramenta para os procedimentos de
mosaicagem e classificao supervisionada. Utilizou-se a interpretao visual, utilizando os
parmetros cor, tonalidade, textura e comportamento espectral das unidades que compe a
paisagem para realizao do treinamento. Foram coletadas amostras de treinamento das
classes de uso e cobertura do solo referente a: mata em estgio de sucesso avanado,
estgio de sucesso inicial, Cabruca, solo exposto, gua, agricultura e silvicultura
(posteriormente unidas classe Agrossilvicultura), zona urbana e pastagem. Nuvens e
sombras tambm tiveram amostras de treinamento coletadas a fim de identificao. A
classificao da imagem seguiu de forma supervisionada, utilizando o algoritmo de Mxima
Verossimilhana. A estratificao se deu pela separao da rea coberta por floresta em quatro
estratos, sendo eles Floresta avanada, Floresta inicial, Cabruca e Plantios Silviculturais, este
ltimo incorporado a classe Agrossilvicultura. A rea de Floresta avanada foi estimada em
aproximadamente 51331 ha, o que corresponde a aproximadamente 30% da rea total. A
cobertura de floresta inicial foi de 20090 ha, correspondendo a aproximadamente 11% da rea
total. A classe Cabruca correspondeu a 9399 ha, equivalente a 5,53% da rea total. Portanto, o
resultado alcanado com o trabalho possibilita o direcionamento para tomada de deciso a fim
de reduzir os custos e a preciso do inventrio, em decorrncia do controle da variao.
Resumo: As madeiras pertencentes ao gnero Pinus spp. fornecem material de boa qualidade
para a produo de celulose, alm de apresentarem caractersticas tecnolgicas adequadas
para seu aproveitamento em serraria. Mas este gnero apresenta baixa resistncia ao de
organismos xilfagos, apresentando a necessidade de aplicar produtos preservantes. O
preservativo de madeira caracterizado por toda substncia qumica com capacidade de
provocar intoxicao dos nutrientes celulares da madeira fazendo com que esta torne-se
resistente ao ataque de fungos e insetos. O extrato pirolenhoso apresenta-se como um produto
de origem natural passvel de utilizao como preservativo de madeira, apresentando-se como
uma forma menos agressora ao meio ambiente do que os produtos produzidos de forma
sinttica que formada atravs da condensao da fumaa que sai no processo de
carbonizao da madeira composta por mais de 200 componentes qumicos. Os cupins so
insetos conhecidos pelo hbito de se alimentarem preferencialmente de celulose, atacando por
esta razo papis, livros, estruturas de madeira, compensados e aglomerados. Este trabalho
tem como objetivo avaliar o efeito de diferentes dosagens de Extrato Pirolenhoso (EP) na
preservao da madeira de Pinus sp. em ensaio de alimentao forada de cupins da espcie
Nasutitermes globiceps. O experimento foi conduzido no Laboratrio de Entomologia e no
Laboratrio de Tecnologia Florestal da Universidade Federal do Recncavo da Bahia sendo
composto por vinte corpos-de-prova atravs de um Delineamento Inteiramente Casualizado em
esquema fatorial 5x4 com 5 tratamentos (0%,25%,50%,75%,100% do preservante) e 4
repeties. Os cupins foram coletados na rea florestal da UFRB mantidos em frascos de vidro
em sala climatizada para anlise de desgaste da madeira. Os tratamentos 5 (concentrao de
100% de Extrato Pirolenhoso), tratamento 2 (concentrao de 25% de Extrato Pirolenhoso) e
tratamento 3 (concentrao de 50% de Extrato Pirolenhoso) no apresentaram diferenas
significativas entre si, quanto perda de massa. O tratamento 2 (concentrao de 0% de
Extrato Pirolenhoso) apresentou-se como o de maior perda de massa. O tratamento 4
(concentrao de 75% de Extrato Pirolenhoso) proporcionou menor perda de massa em
madeira de Pinus sp. Conclui-se que o Extrato Pirolenhoso teve efeito inibitrio sobre a ao
de cupim Nasutitermes globiceps em madeiras de Pinus sp. apresentando melhores resultados
na concentrao de 75% de Extrato Pirolenhoso.
Resumo: Mimosa caesalpiniifolia Benth., uma espcie arbrea de pequeno porte nativa da
regio Nordeste, principalmente utilizada como fonte de madeira (para produo de estacas,
por exemplo), como alternativa energtica e essa espcie arbrea pode ser empregada
tambm como planta ornamental e suas folhas podem constituir importante fonte de forragem,
alm de ser ideal para reflorestamentos heterogneos destinados recomposio de reas
degradadas. Este trabalho teve como objetivo avaliar a existncia dependncia espacial da
varivel dimetro nos indivduos em plantio desta espcie. O presente estudo foi realizado na
Universidade Federal do Recncavo da Bahia, municpio de Cruz das Almas Bahia, (latitude:
-12.653, longitude: -39.1219) de clima tropical quente e mido segundo a classificao de
Kppen. O plantio foi realizado sob diferentes espaamentos (1,5m x 3m; 2,5m x 3m; 3m x 3m;
1m x 3m; 2m x 3m), divididos entre 4 blocos de 5 parcelas cada. Cada parcela continha em si
36 indivduos que tiveram a circunferncia de suas bifurcaes medidas e obtidos os dimetros
mdios. Foram medidas as circunferncias das bifurcaes de cada indivduo utilizando uma
fita mtrica, a uma altura convencionada pelo CAP = 1,30m. Aps isso, foi obtida a
circunferncia mdia de cada indivduo para que, finalmente, pudesse ser feita a converso de
circunferncia para dimetro, de posse dos dados de dimetro mdio de todos os indivduos
georreferenciados numa planilha de dados, foi dado incio anlise geoestatstica atravs do
software GS+ para avaliar se h dependncia espacial na varivel dimetro nos diferentes
espaamentos. As anlises estatsticas do dimetro das plantas foram realizadas para todas as
parcelas em cada bloco fazendo uso da krigagem, estudando a estrutura dos dados e da
variabilidade espacial para, por fim, gerar os mapas de contorno para a varivel dimetro das
plantas, no geral os dados apresentaram mdia dependncia espacial para o aumento em
dimetro de Mimosa caesalpiniaefolia nos diversos blocos, excetuando-se o bloco 1 que obteve
forte dependncia espacial com IDE superior a 75% (IDE = 0.820). Concluiu-se que o mtodo
de krigagem ordinria permitiu a confeco de mapas temticos para estudos onde permitiram
a visualizao da distribuio espacial desta varivel na determinada rea de estudo da
espcie sabi.
Resumo: A crescente expanso da piscicultura tem levado a uma demanda cada vez maior
pelas formas jovens de peixes, entretanto, a larvicultura de espcies de peixes nativos ainda
o ponto crtico da cadeia produtiva, principalmente, devido a fatores relacionados nutrio
das ps-larvas e problemas com a predao por insetos aquticos. Uma das grandes ameaas
so as larvas de Odonata, onde o hbito altamente predatrio desses organismos representa
um problema no Brasil e em outros pases. Portanto, avaliar a taxa de predao de larvas de
Odonata, em diferentes estgios do desenvolvimento, sobre estgios larvais de peixes pode
fornecer subsdios para melhorar o manejo durante a fase de larvicultura. A partir desse
pressuposto, o experimento teve como objetivos: avaliar a predao de larvas de Odonata
sobre ps-larvas de tambaqui; avaliar se as ps-larvas de tambaqui apresentam mecanismos
comportamentais de defesa diante do risco de predao e monitorar os parmetros de
qualidade da gua. O experimento foi conduzido em sala climatizada a 29C e com foto perodo
de 12 horas. Utilizou-se uma bateria de aqurios com capacidade para 12,8L instalados em
uma bancada e abastecidos com gua limpa. Foi avaliada a predao das larvas de Odonata
sobre ps-larvas de tambaqui, distribudas em quatro tratamentos e trs repeties, mais trs
unidades controle (apenas ps-larvas de tambaqui), totalizando 15 unidades experimentais, em
um Delineamento Inteiramente Casualizado. As larvas de Odonata foram identificadas em nvel
de famlia, medidas com o auxlio de um paqumetro digital e distribudas em quatro classes de
tamanho (8,55 mm; 9,06 mm; 10,91 mm e 12,17 mm). Foi feita uma seleo dos tambaquis,
visto que os mesmos apresentaram tamanhos variados mesmo sendo provenientes de uma
mesma desova, buscando sempre os menores exemplares. Os peixes apresentaram
comprimento padro mdio de 24,86 mm. Foram colocadas em cada aqurio cinco ps-larvas
de tambaqui e uma larva de Odonata. Os indivduos vivos remanescentes foram contados a
cada trs horas, no perodo de 24 horas, e os mortos repostos para restabelecer a densidade
inicial. Foram feitas anlises de dureza, alcalinidade e amnia total no incio e ao trmino do
experimento, atravs dos kits colorimtricos Dureza Total GH (CaCO3) e Amnia Txica.
Durante o perodo experimental no houve predao, assim como no foi presenciada
nenhuma tentativa de ataque, evidenciando que, apesar de se mostrarem predadores vorazes,
as larvas de Odonata evitam presas maiores. Observou-se a formao de pequenos cardumes,
comportamento utilizado como ttica anti-predatria. Tanto os valores de dureza total quanto
de amnia txica apresentaram os mesmos valores no incio e ao final do experimento (3 a 8
dH e 0,25 ppm, respectivamente).
Resumo: A maior concentrao da carcinicultura est nos estados do Rio Grande do Norte e
Cear, sendo responsvel por cerca de 78% do total nacional no ano de 2011. A populao
tem buscado nos ltimos anos uma melhor qualidade de vida, podendo ser um dos fatores para
o aumento no consumo do pescado que passou de 9,9 kg na dcada de 1960 para 19,2 kg em
2012. O consumo do camaro em pores fracionadas traz benefcios a sade por ser uma
boa fonte de protenas e por conter cidos graxos poli-insaturados do tipo mega 3. Objetivou-
se com o presente estudo, caracterizar o consumo de camaro na cidade de Cruz das
Almas/BA, bem como a receptividade de novos produtos base de camaro. A pesquisa foi
realizada nos meses de julho e agosto de 2016 com 110 participantes na cidade de Cruz das
Almas/BA. O questionrio de mltipla escolha, elaborado contendo 11 questes, acrescido de
uma questo livre para que os participantes pudessem indicar um produto base de camaro
no qual gostariam de encontrar no mercado. A amostragem foi No-Probabilstica Intencional
(NPI) e os dados obtidos organizados em planilha eletrnica Microsoft Excel (Verso 2016).
Dentre o pblico entrevistado predominou o sexo feminino com 56,4% diante do pblico
masculino de 43,6%, com maioria de faixa etria entre 18 e 25 anos (34,5%). A renda mensal
foi expressa em 45,4% para uma faixa entre um e trs salrios mnimo, j o grau de
escolaridade predominou em 33% para superior incompleto. Foi constatado que no dia-a-dia o
hbito de consumo de aves (33,6%) maior em relao ao consumo de camaro (6,4%) e
cerca de 61,7% dos entrevistados informaram que consomem camaro mensalmente ou
raramente, j a forma que os entrevistados mais adquirem defumado (31,11%). Dentre os
pratos mais consumidos a opo mais repetida pelos entrevistados foi a moqueca (49,1%),
seguido do camaro frito (23,6%). Os consumidores entrevistados se mostraram receptivos a
novos produtos base de camaro, com 87,2% afirmando terem interesse, sendo a linguia o
produto mais escolhido com 33,6%, seguida do bob de camaro com 19,6%. No quesito livre,
dentre os produtos sugeridos estiveram o pat de camaro, espetinho, sopas, escondidinho,
nuggets, coxinha com recheio de camaro, estrogonofe e paoca de camaro. Diante dos
resultados o consumo reduzido do camaro pode ser atribudo a relao oferta x demanda,
relacionado diretamente ao preo do mercado local, colocando este alimento como no
prioridade, o pouco conhecimento em relao aos seus benefcios para sade pode ser um
fator limitante do seu consumo e ainda um perfil histrico cultural da regio, justifica-se tambm
a insero de novos produtos no mercado base de camaro com alternativas de fcil preparo
e preos competitivos, atraindo os consumidores, j que as preferncias nos mostra um
mercado a ser mais explorado.
Palavras-chave: carcinicultura,nutrio,carboidrato
Palavras-chave: zooplncton,ecloso,purificao
Resumo: A mariscagem uma modalidade da pesca artesanal exercida por grupos familiares,
e realizada com o intuito comercial e de subsistncia. No local de estudo, a Reserva
Extrativista Marinha da Baa do Iguape, esta atividade exercida principalmente por mulheres
que possuem o conhecimento local adquirido no dia a dia e que so repassados entre os
membros da famlia e da comunidade. Porm, podemos destacar que a frequncia com que a
mariscagem praticada e a falta de um plano de manejo na rea, fazem com que essa
atividade ocorra de forma predatria e comprometa os estoques naturais de moluscos bivalves.
Esses estudos constituem uma ferramenta importante para gerar dados sobre a produo de
moluscos bivalves e auxiliar nos acordos de gesto de pesca artesanal. Levantamentos
mensais sobre a CPUE de Lambreta foram obtidos no perodo de MAR/16 a JUL/16, junto s
marisqueiras em trs bosques de mangue (Grande, Maria de Minata e Porto de Mel) na
comunidade de Baixo de Gua, municpio de Maragojipe, Bahia. Para georreferenciar as reas
e calcular o tempo de mariscagem, um tcnico do projeto acompanhou as marisqueiras a partir
de um ponto de sada e chegada pr-estabelecidos com o auxilio de um GPS. As espcies de
L. pectinata capturadas foram acondicionadas em sacos plsticos e levadas para o Laboratrio
de Ecologia Aqutica e Aquicultura (Leaaq) na UFRB, onde foram feitas as biometrias com o
auxlio de um paqumetro e a pesagem atravs de uma balana. Para a espcie Lucina
pectinata na comunidade Baixo do Gua, o valor mdio da CPUE no perodo foi de 0,840 kg/h.
O maior valor obtido para a CPUE foi de 1,700 kg/h, no ms de maro/16, e o menor foi de
0,267 Kg/h, no ms de junho/16. As diferenas observadas para os valores da CPUE entre os
meses de amostragens podem ser atribudas diversos fatores, tais como: (i) a marisqueira e
sua experincia; (ii) a ao das mars que pode ter maior ou menor tempo de variao; e (iii)
caractersticas estrutura do manguezal e textura do sedimento. Dos fatores apresentados, a
experincia da marisqueira a que mais tem influenciado nos valores finais da CPUE.
Palavras-chave: Ictiologia,Taxonomia,Conservao
Resumo: A regio estuarina da Baa do Iguape dispe de ecossistemas como mata atlntica
remanescente, floresta secundria, manguezal e restinga, abrigando milhares de famlias que
vivem destes ecossistemas prprios ou associados. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
qualidade da gua numa regio de cultivo de ostras da referida Baa. Foram realizadas coletas
mensais no perodo de 04 meses (maro a junho de 2016) em cinco pontos, sendo 4 em
Maragogipe e 1 em Cachoeira, sendo pontos 1 e 2 nas comunidades de Baixo do Gua e
Capanema, respectivamente; ponto 3 em rea de manguezais, ponto 4 no atracadouro e, ponto
5 em Cachoeira na comunidade quilombola do Kaonge. Em campo foram medidos os
parmetros de temperatura, pH, OD, condutividade eltrica, slidos dissolvidos e salinidade,
atravs da sonda multiparmetros HI 9828 HANNA e transparncia com o auxlio do disco de
Secchi. Foram coletados ainda 2000 ml de gua de cada ponto para anlise em laboratrio das
seguintes variveis: alcalinidade, fsforo total e solvel, amnia, nitrito, e clorofila-a. As
amostras de gua foram coletadas em garrafas plsticas, acondicionadas em caixas trmicas e
levadas para o laboratrio de Qualidade de gua e Gesto Ambiental do Ncleo de Estudos
em Pesca e Aquicultura da UFRB. A temperatura entre os pontos variou de 27,5 C no ponto 3
a 31,5 C no 5. O oxignio dissolvido variou de 0,48 mg.L-1 a 4,93 mg.L-1 no ponto 4 e mdia
de 2,61 mg.L-1 entre os cinco pontos. A condutividade variou de 39890 a 54674 S.cm-1 nos
pontos 2 e 4, respectivamente, com mdia de 45520 S.cm-1. A alcalinidade teve seu valor
mnimo no ponto 2 (103,8 mg.L-1), atingiu seu valor mximo no ponto 4, 160,1 mg.L-1 no ms
de junho e teve mdia igual a 143,4 mg.L-1. A concentrao mdia de amnia entre os pontos
foi de 34,2 g.L-1. Com valores mnimo e mximo entre os pontos 3 e 2 (30,6 g.L-1 e 140,6
g.L-1,respectivamente), o fsforo total teve valor mdio igual a 51,9 g.L-1. O fsforo solvel
teve concentrao mxima no ponto 2 (66,6 g.L-1) e mnimo no ponto 5 (18,6 g.L-1), com
mdia de 29,8 entre os pontos. O valor mdio de nitrito foi de 0,651g.L-1, com mdia mensal
variando de 0,311a 1,621g.L-1 nos meses de junho e maro, respectivamente.Os valores de
clorofila a variou de 0 g.L-1 no ponto 1 a 2,12 g.L-1 no ponto 4. De uma maneira geral, no
ponto 3 foram obtidos os melhores parmetros fsico-qumicos em relao aos outros quatro
pontos analisados, coincidentemente esse terceiro ponto o que apresenta suas
caractersticas ambientais menos influenciadas por aes antrpicas e mais conservadas. Foi
possvel concluir que os estudos sobre qualidade de gua e anlise dos parmetros fsico-
qumicos so fatores indispensveis nas regies estuarinas, onde a populao depende
diretamente dos recursos aquticos. Isto , torna-se visvel a necessidade desse tipo de
trabalho e sua importncia, tanto para instituies de pesquisa e ensino, quanto para as
comunidades que subsistem desses mesmos recursos.
Resumo: A demanda por alimento no mundo crescente e cada vez mais motivo de grande
preocupao, visto que, no h rea agricultvel para atender essa demanda. Nesse sentido,
tecnologias so desenvolvidas para aumentar a produtividade, a exemplos de avanos no tipo
de irrigao, mecanizao, fertilizantes e agrotxicos. Dentre essas tecnologias, o uso de
produtos fitossanitrios tem se tornado cada vez mais intenso. J que os agrotxicos so
utilizados para controlar inmeras pragas das culturas, no entanto, outros insetos no alvo
tambm so atingidos. Um dos principais insetos so as abelhas, que ao desempenhar seu
principal papel que a polinizao, ficam expostas a contaminao por esses produtos
aplicados nas lavouras. Contudo, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do contato de
abelhas Melipona scutellaris em superfcie contaminada com azadiractina . O experimento foi
realizado em laboratrio da Universidade Federal do Recncavo da Bahia, onde foram
retirados discos de crias prestes a emergir das colnias de M. scutellaris do meliponrio do
grupo de pesquisa Insecta e acondicionados em cmara com temperatura controlada a 27 5
C, umidade de 70 5% na ausncia de luz. As abelhas operrias recm-emergidas foram
coletadas diariamente e transferidas para gaiolas com dimetro de 100 50 mm de altura, com
tampas recobertas por voil. As abelhas operrias recm-emergidas foram coletadas
diariamente e transferidas para gaiolas com as mesmas medidas citadas anteriormente. Aps
cinco dias da emergncia, as abelhas foram submetidas ao tratamento, utilizando Azamax
200 mL/100 L (azadiractina) e gua destilada para a testemunha, distribudos em cinco
repeties, cada uma contendo 15 abelhas. As abelhas foram mantidas em gaiolas com
dimetro de 100 50 mm de altura forradas com um disco de papel filtro contaminado,
previamente embebido por cinco minutos na soluo do inseticida e postos para secar, e
mantidas em cmara com temperatura controlada a 27 C 5 C com umidade relativa de 70%
5% na ausncia de luz. Nas gaiolas com as abelhas da testemunha foi utilizado papel filtro
embebido em gua destilada. As observaes foram realizadas no intervalo de uma; duas; trs;
quatro; cinco; seis; nove; 12; 15; 18; 21; 24; 30; 36; 42; 48; 60; 72 e 96 horas aps o incio da
sua exposio ao produto. Os dados foram submetidos a anlise de sobrevivncia pelo mtodo
de Kaplan-Meier. Observou-se os primeiros efeitos letais a partir das 30 horas aps a
exposio das abelhas ao inseticida, matando 16 % das abelhas as 96 horas de avaliao. Ao
avaliar os efeitos subletais, verificou-se que as abelhas evitavam a superfcie contaminada,
contudo, aps o contato notou-se alteraes comportamentais como desorientao, se
locomoviam com dificuldade e posteriormente morriam com a glossa e uma das asas
estendidas. Indicando que houve efeitos txicos do inseticida sobre Melipona scutellaris em
condies controladas.
Resumo: O sisal (Agave sisalana, famlia Agavaceae) uma planta cultivada em regies
semirida, a Bahia o principal produtor nacional, essa produo concentra - se na regio
denominada regio sisaleira. Em Valente, est localizada uma das maiores indstrias txteis
de sisal do mundo, a APAEB. Produzindo carpetes, tapetes, capachos e fios. Nesse processo
no utilizado a maior parte da folha, esses resduos que seriam desperdiados pela indstria
pode ser usado na alimentao de ruminantes. O uso dos resduos na alimentao uma
alternativa interessante e vivel para aplicabilidade dessas sobras. Para obter um uso mais
eficiente desses resduos necessrio conhecer suas qualidades nutricionais. Neste contexto,
o presente trabalho tem como objetivo avaliar o valor nutricional atravs de analises
bromatolgicas de amostras da folha do sisal para uma correta utilizao na alimentao de
ruminantes. Foram coletadas folhas do sisal na fazenda experimental (ncleo de produo
vegetal), localizado na universidade federa do recncavo da Bahia campus de Cruz das Almas
Bahia. Foi feita anlises da composio bromatolgica da folha do sisal in natura. Aps coleta
das folhas, foi feita a pesagem e depois a pr secagem na estufa com circulao forada de ar
a temperatura 55-65C por 72h, depois a amostra foi moda e submetida a anlise de matria
seca (MS), cinzas ou matria mineral, protena bruta (PB), estrato etreo (EE), fibra detergente
neutro (FDN) e fibra detergente cido (FDA) e lignina, que foi realizada segundo as
metodologias descrita no INRC adaptada do mtodo de Van Soast. O sisal apresentou um teor
mdio de matria seca de 14,32 valor considerado baixo pode ter impacto negativo na
qualidade de uma silagem, assim, a secagem prvia do material ou a adio de aditivos
sequestrantes de umidade podem ser indicadas para a melhora da qualidade da silagem.
Protena bruta 6,22, fibra em detergente neutro 35,87, fibra em detergente cido 22,40, o teor
de matria mineral 13,31, Lignina 4,52 e estrato etreo de 1,78. Estes valores nos permite
determinar os nveis timos de incluso nas dietas de ruminantes. O sisal apresentou uma alta
concentrao de cinza e baixo teor mdio de protena bruta, para viabilizar o uso podemos
adicionar ureia, que pode elevar os nveis de protena bruta, melhorando a converso do
Nitrognio No Proteico (NNP) em protena, pela microbiota do rmen. A utilizao dos
resduos oriundos da indstria uma soluo vivel para reduo dos custos na produo de
ruminantes, alm de estar disponvel no perodo de escassez e apresentar caractersticas
nutricionais ideais para o consumo dos animais, sendo necessria apenas a adio de
elementos que estejam ausentes para viabilizar o uso equilibrado. A anlise realizada do sisal
apresenta teores indicado para sua utilizao em dieta de ruminantes, principalmente quando
adiciona aditivos que contribui para um melhor aproveitamento pelo animal.
Resumo: A produo brasileira de frango de corte uma das mais eficientes do mundo,
ocupando primeira posio no ranking mundial de exportao, devido principalmente aos
baixos custos em instalaes, entretanto as condies dessas instalaes e o manejo
inadequado comprometem o nvel de bem estar dos animais. Objetivou-se avaliar, com base
nas cinco liberdades definidas pelo Comit Brambell, do Reino Unido, o nvel de bem estar de
12 mil aves de corte da linhagem Cobb 500, com 38 dias de idade, criadas em um sistema
intensivo em galpo aberto e com ventilao natural no municpio de Governador Mangabeira,
Bahia, no ms de maio de 2015. As cinco liberdades analisadas foram: livre de sede e fome
(liberdade fisiolgica); livre de desconforto (liberdade ambiental); livre de dor, ferimentos ou
doena (liberdade sanitria); livre para expressar seu comportamento natural (liberdade
comportamental) e livre de sentir medo e estresse (liberdade psicolgica), cada liberdade foi
analisada separadamente e variaram numa escala de pssimo, ruim, regular, bom e timo. A
liberdade fisiolgica foi a primeira a ser avaliada e apresentou um grau regular de bem estar,
visto que a rao e a gua eram disponibilizadas ad libitum, porm a gua no apresentava
condies apropriadas para consumo, pois continha resqucios de fezes e de rao. A
liberdade ambiental foi considerada ruim, pois a temperatura dentro do galpo estava em torno
de 29 C, sendo que a faixa de conforto trmico ideal para as aves nesta idade de 15-25 C.
Observou-se tambm que a temperatura retal das aves foi, em mdia, de 43C, dois graus
acima da temperatura fisiolgica, fato que evidencia desconforto trmico. A liberdade sanitria
foi classificada como boa, tendo em vista que a vacinao foi realizada de acordo com as
normas estipuladas em manual de criao de aves de corte e segundo o tratador no havia
ocorrncia de parasitoses e o indicie de mortalidade era de 3%. O parmetro biossegurana foi
considerado bom, pois eram aplicadas tcnicas como vazio sanitrio, vassoura de fogo e troca
da cama. A densidade alta e a presena de aves mutiladas indicaram um nvel ruim para a
liberdade comportamental. A densidade ideal sugerida pelo manual de manejo de frangos de
corte de 30 Kg/m2, neste estudo a densidade observada foi de 32,7 Kg/m2. A liberdade
psicolgica foi considerada pssima, pois apesar de haver telas de proteo, as mesmas
apresentavam danos aparentes comprometendo a segurana devido presena de
predadores, como gavies e cachorros no ambiente circunvizinho promovendo estresse
psicolgico nas aves. Com o presente estudo foi possvel chegar concluso que a granja
proporciona um grau geral regular de bem estar, e, portanto, precisa de ajustes principalmente
no que tange a liberdade psicolgica.
Resumo: O trfico de aves silvestres uma prtica antiga, comum desde a poca do
descobrimento e veio se intensificando ao longo dos anos. Atualmente uma atividade muito
difundida em todo o territrio brasileiro, apesar de ser ilegal. A caa e o comrcio de aves
silvestres uma tradio muito forte em todas as regies do pas, principalmente na regio
Nordeste, transmitida, segundo o que parece, de gerao a gerao. Mas atualmente j se
sabe que essa uma atividade ilegal e prejudicial ao meio ambiente, que causa grandes
desequilbrios natureza devido importncia ecolgica que esses animais possuem. O
presente estudo tem como objetivo diagnosticar os impactos produzidos pela captura, criao e
comercializao ilegal de aves silvestres no povoado de Marimbondo, zona rural da cidade de
Muritiba,Bahia e averiguar se os aspectos scio-culturais e econmicos dos comerciantes e
caadores entrevistados esto relacionados disseminao desta prtica na regio. Para
conduo do trabalho, esto sendo realizadas entrevistas abertas e aplicao de questionrio
semi-estruturado, contendo questes a cerca da caa, captura, domesticao e
comercializao das aves silvestres e tambm do seu uso na alimentao humana, alm das
informaes de ndole socioeconmica. Pretende-se com esse trabalho identificar e descrever
quais as espcies de aves silvestres que com maior freqncia so mantidas em cativeiro na
comunidade, definir as causas e razes (sociais, culturais e econmicas) que provocam essa
atividade zootcnica, identificar as principais tcnicas de caa, captura e domesticao
utilizados pelos informantes, estabelecer quais as espcies mais comuns e mais procuradas
pelos passarinheiros e compradores e, por fim, qual o seu valor econmico. De acordo com a
anlise parcial dos dados coletados, j foram identificadas e catalogadas 13 (treze) espcies
de aves silvestres que sofrem maior presso de captura na comunidade, com o objetivo de
serem comercializadas, sendo as principais as espcies do gnero Sporophila, tal o caso do
Papa-capim (S.nigricollis), a Coleirinha (S. caerulescens), e o Caboclinho (S.bouvreuil), todos
da famlia Emberezidae, pssaros canoros muito apreciados pelo seu canto e beleza e que
devido a sua excessiva captura esto se tornando cada vez mais raros de serem encontrados
soltos na natureza. E foram identificadas 8 (oito) espcies que so capturadas para consumo,
sendo a rolinha (Columbina talpacoti ) e a codorna silvestre (Nothura maculosa), as que so
capturadas com maior freqncia. Aps a coleta e anlise total dos dados obtidos, pretende-se
promover oficinas, palestras, e a preparao de materiais educativos como estratgia de
conscientizao da populao a respeito da problemtica causada ao empobrecimento dos
ecossistemas, em decorrncia da intensa captura e comrcio ilegal de aves silvestres. A
premissa na promoo de uma mudana comportamental ser a da incompatibilidade deste
comercio com o passado obscuro de escravido que viveu a regio e o pas, antes que se
continue investindo em medidas repressivas por parte do Ministrio Pblico e demais
autoridades competentes.
Resumo: A catingueira (Caesalpinea pyramidalis Tul) uma espcie arbrea com fins
forrageiros, sendo uma boa alternativa de alimentao no semirido. uma forrageira que
possui elevada capacidade de se adaptar a solos e climas diferentes, com tolerncia a seca.
Visando um melhor uso do feno de catingueira o respectivo trabalho tem como objetivo avaliar
a composio bromatolgica da Caesalpinea pyramidalis Tul. O Feno de catingueira foi
proveniente de um experimento realizado na fazenda experimental da Universidade Federal do
Recncavo da Bahia, onde o processo de fenao foi ao sol por um perodo de 24 horas. As
folhas da catingueira vieram da regio de So Jos do Jacupe Capim grosso - Bahia. Foi
feita a pesagem do material para uma pr-secagem na estufa de ventilao forada de ar
temperatura de 55-60 C por um perodo de 72 horas, aps esse perodo as amostras foram
retiradas da estufa e novamente pesadas para saber o quanto se perdeu de umidade. Depois
do alimento pr-seco ele foi modo em um moinho de facas tipo Willey passando por uma
peneira com o crivo de 1mm e posteriormente foram feitas as anlises de matria seca (MS),
cinzas, extrato etreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente cido (FDA),
lignina (LIG) e protena bruta (PB). Todas as anlises foram realizadas segundo mtodos para
anlise de alimentos INCT. O feno de catingueira apresentou valores de 84,719% de matria
seca, 6,7994% de matria mineral, 2,5941% de extrato etreo, 58,915% de fibra em detergente
neutro, 30,1014% de fibra em detergente cido, 13,981% de lignina e 13,95% de protena
bruta. O teor de extrato etreo nesse trabalho um valor aceitvel, j que altos teores de
lipdios na rao para ruminantes podem causar efeitos deletrios sobre os micro-organismos
ruminais, principalmente, em ovinos, podendo afetar a digesto da fibra. Segundo a literatura a
catingueira pode ter valores de protena variando entre 11% e 17%, portanto o valor de
protena nesse trabalho est de acordo com a literatura e atende os requerimentos nutricionais
dos ruminantes preconizados na literatura como limitantes de consumo e digestibilidade. A
grande desvantagem da catingueira analisada o teor de fibra em detergente neutro (FDN)
muito alto (58,915%) que um limitante na digesto desse alimento. O teor de lignina
superior ao encontrado na literatura (12,70%). A catingueira analisada uma alternativa para
alimentao animal na caatinga visto que a disponibilizao dessa forragem abundante e os
teores de protena so ideais para a produo animal, sendo um empecilho apenas o valor de
fibra em detergente neutro. Recomenda-se a feno de catingueira para alimentao de
ruminantes
Resumo: A fruticultura no Brasil um setor com grande destaque, devido sua relevncia na
economia do pas e a presena em todos os estados. Ao agregar valor fruticultura, como na
indstria processadora de polpa de frutas, surge uma diversidade de resduos que so
destinados ao ambiente, que pode comprometer os lenis freticos e os solos. Com a anlise
bromatolgica desses resduos pode-se viabilizar valor econmico e ambiental, com uma
possvel utilizao na nutrio animal, em especial os ruminantes. Diante deste contexto,
realizou-se esse trabalho para avaliar a composio bromatolgica dos resduos de goiaba
(Psidium guayaba L.) 1 estgio e do caroo da manga tommy (Mangifera indica L.). As
anlises foram realizadas no laboratrio de anlises bromatolgicas, da Universidade Federal
do Recncavo da Bahia, localizada no municpio de Cruz das Almas- Bahia. As amostras
recebidas da indstria de processadora de polpas de frutas (FRUTAB Frutos da Bahia LTDA)
nomeou-se de goiaba 1 estgio devido ao milmetro da peneira que utilizado para retirar a
polpa e o caroo de manga devido a retirada de toda a polpa. No laboratrio, as amostras
foram pesadas, levadas a estufa de 55C por 72h, para pr secagem, processadas em moinho
de facas, tipo Willey, na peneira de 1,5mm. Foram ento realizadas as anlises para estimativa
de: matria seca, protena bruta, fibra em detergente neutro, fibra em detergente cido, lignina,
extrato etreo e matria mineral. Todos os procedimentos foram feitos com base na
metodologia que o laboratrio trabalha. Os valores encontrados para matria seca foram
63,56% da goiaba 1 estagio e 47,70% do caroo de manga, esse valor corresponde ao peso
da amostra sem a umidade e importante para a determinao dos nutrientes, est
relacionado com a capacidade de consumo. A protena responsvel pelo fornecimento de
aminocidos, os quais so responsveis pela construo e reparao do organismo, o que
afeta diretamente o crescimento, a reproduo e a produo do animal, o resduo de goiaba
apresentou 10,67% de protena, enquanto o de manga 4,32%. A fibra tem por funes, a
fermentao por microorganismos no rmen, estimula a ruminao, auxilia o metabolismo
lipdico, o teor de fibra da goiaba 1 estgio e caroo de manga respectivamente foram de
86,4% e 65,63%. Contudo a lignina, fator limitante de consumo, obteve valor de 33,50% e
8,98%. O extrato etreo, responsvel por fornecer energia para as atividades metablicas do
organismo animal disps de 11,68% e 7,03%, respectivamente. Os minerais so nutrientes
com funo plstica e reguladora do organismo, nos materiais analisados foram encontrados
1,29% no resduo da goiaba e 1,75% no caroo de manga. De acordo com a composio
bromatolgica encontrada nos respectivos resduos, os resultados indicam um potencial de uso
na alimentao de animais ruminantes.
Resumo: O conhecimento das fraes dos carboidratos que compe os ingredientes das
dietas dos ruminantes pode contribuir com o aumento do aproveitamento dos nutrientes da
dieta, de maneira a obter maior eficincia do sistema de produo. Objetivou-se por meio deste
estudo quantificar as fraes de carboidratos do tero superior da rama de diferentes
variedades de mandioca (Manihot esculenta Crantz). O experimento foi conduzido na
Universidade Federal do Recncavo da Bahia e as variedades de mandioca foram fornecidas
pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria - EMBRAPA Mandioca e Fruticultura. O
experimento foi instalado em um delineamento em blocos casualizados, com quatro blocos e
cinco tratamentos, sendo os tratamentos as cultivares Isabel Souza, Kiriris, Poti Branca,
Salango e Tapioqueira. As plantas foram colhidas com dezoito meses de idade e a poro da
planta utilizada foi o tero superior da parte area. As amostras foram pr-secas e trituradas a
1 mm para serem submetidas anlise do fracionamento de carboidratos. A frao A + B1 foi
obtida por diferena entre os carboidrato totais (CT) e a fibra em detergente neutro corrigida
para cinza e protena (FDNcp), sendo CT = 100 (% protena bruta + % extrato etreo + %
cinzas). A frao B2 foi obtida pela diferena entre a FDNcp e a frao C. A frao C foi obtida
pela lavagem do resduo da incubao ruminal, por 312 horas, na soluo de detergente
neutro, por 1 hora, a 100C. As propores de carboidratos totais obtiveram mdia de 73,20%,
sendo que no houve diferena estatstica (P>0,05) entre as variedades estudadas. A frao
A+B1 alcanou teor mdio de 38,13%, e tambm no foi constatada diferena estatstica
(P>0,05). A frao B2 variou de 2,5% a 11,3%, onde as variedades Tapioqueira (11,30%), Poti
Branca (8,88%) e Salango (8,76%)apresentaram mdias superiores (P<0,05) em relao
Kiriris (2,50%), porm a Poti Branca e a Salango no diferiram da Isabel Souza (6,25%). A
frao C apresentou diferena estatstica (P>0,05) entre as variedades, onde a variedade Kiriris
(32,66%) apresentou mdia superior as demais variedades estudadas, seguida das variedades
Isabel Souza (26,84%) e Tapioqueira (26,17%) e as menores mdias foram observadas na Poti
Branca (22,20%) e Salango (20,86%). Diante do que foi exposto neste estudo pode-se afirmar
que as variedades mais indicadas para uso na alimentao de ruminantes so Salango e Poti
Branca, pois apresentam menor teor da frao C, que a parte indegradvel e influencia
negativamente na qualidade das forragens.
Resumo: As abelhas Apis mellifera no so nativas das Amricas, foram introduzidas no pas
juntamente com o processo de colonizao e imigrao. Porm na dcada de 50, devido alta
mortalidade e baixa produo dessas abelhas, foi introduzida a subespcie africana A. m.
scutellata, para estudos genticos, essas abelhas fugiram do apirio onde os estudos estavam
sendo realizados e miscigenaram-se com as subespcies europeias existentes, formando o
polihbrido denominado abelha africanizada, existente em todo o Brasil e parte das Amricas.
Na dcada de 70, juntamente com rainhas importadas do Paraguai, tambm foi importado o
caro Varroa destructor. Um ectoparasita, original da espcie asitica A. cerana, que, com o
desenvolvimento mundial da apicultura, se dispersou, sendo hoje presente em praticamente
toda criao de Apis no mundo. O V. destructor se alimenta da hemolinfa tanto das crias com
das abelhas adultas, e sua presena pode influenciar no desenvolvimento e expectativa de vida
das abelhas, alm de atuar como vetor transmissor de vrus, causando perdas econmicas
para os apicultores. Devido ao impacto que essa doena causa para o mercado apcola
estudar a sua incidncia e ndice de infestao se torna necessria. E este foi o objetivo desse
trabalho. Para tanto, foram coletadas 300 abelhas no interior de trs diferentes colnias em
dois diferentes apirios (apirio em rea coberta ApC e em rea mais aberta ApA) na
cidade de Cruz das Almas, Bahia. Sendo avaliadas trs colnias de cada apirio. Para verificar
a presena do caro, as abelhas foram avaliadas individualmente, sendo contados o nmero
total de abelhas coletadas e o nmero de caros encontrados. O ndice de infestao foi
calculado pela diviso do nmero de caros encontrados pela quantidade de abelhas
coletadas, multiplicado por 100. Os resultados obtidos, submetidos anlise de varincia, com
mdias testadas pelo teste de Tukey (P<0,05). A presena do caro foi constatada em todas as
amostras avaliadas, porm as mdias obtidas no apresentaram diferenas significativas
(P>0,05). No entanto, o apirio ApC apresentou maior ndice de infestao que o ApA (3.56% e
2.71% respectivamente). A no significncia provavelmente foi causada pelo fator colnia, pois
existiu grande diferena entre o ndice de infestao em cada colnia de abelhas estudada
individualmente. Esses valores variaram de 0,17% a 4,15% em ApA e 1,23% a 7,16% em ApC.
O valor individual por colnia pode indicar melhor gentica e resistncia ao caro, o que
explicaria a diferena entre os valores. No entanto, o a infestao pelo caro V. destructor nas
colnias estudadas pode ser considerado baixo, no causando danos suficiente que possam
causar danos s colnias.
Resumo: A utilizao a torta de dend como alternativa alimentar para ruminantes tem
despertado grande interesse, principalmente em relao aos fatores favorveis ao seu cultivo,
alta produtividade, mercado em expanso, baixo impacto ambiental e o seu aproveitamento da
produo de biodiesel, alm de ser uma alternativa econmica para conter na dieta de
ruminantes. O objetivo com este trabalho foi avaliar as caractersticas ( morfomtricase
compacidade corporal) de cordeiros da raa mestios de Santa Ins a pasto, suplementados
com concentrado contendo nveis de torta de dend.O experimento foi conduzido no setor de
ovinocultura da Universidade Federal do Recncavo da Bahia, campus Cruz das Almas BA.
Foram utilizados 40 ovinos machos, no castrados, da raa Santa Ins, com peso mdio inicial
de 25,20 2,62 kg e idade mdia de 5 meses e o perodo experimental foi de 90 dias, em que
15 dias destinaram-se para adaptao s dietas.Os animais mantiveram-se em piquetes de
capim Massai delimitados por cerca de arame farpado e providos de bebedouros, distribudos
em um delineamento inteiramente casualizado dividido em 4 lotes com 10 animais cada um,
devidamente selecionados para no haver diferena.Os tratamentos foram compostos por
nveis de incluso da torta de dend, sendo estes 0%, 15%, 30% e 45% na matria seca do
concentrado. Os animais eram mantidos em piquetes, recebendo suplementao uma vez ao
dia em comedouro privativo, o nvel de ingesto de matria seca estimado sendo suprido em
70% proveniente do volumoso e 30% do concentrado. Os animais foram pesados a cada 15
dias, quando tambm foram realizadas as medidas para caractersticas morfomtricas e
compacidade corporal dos animais.. Os dados obtidos foram submetidos ao estudo estatstico
com testes de normalidade e homogeneidade e teste no paramtrico de Kruskal-Wallis no
programa estatistica SAS para dados no normais. O Permetro torcico foi maior para o
tratamento sem incluso da torta de dende (72cm). Para o comprimento corporal os
concentrados sem incluso e com 30% de torta de dend apresentaram as maiores mdias
(62 cm e 63 cm) que os demais nveis de incluso (15 e 45% de torta de dend) que obtiveram
comprimento corporal de 61cm. A espessura de cocho foi maior para o tratamento com
incluso de 15 % de torta de dend (35 cm). A altura de cernelha foi maior para os animais
suplementado com rao com 15% de torta de dend (65cm) . A torta de dend pode ser
includa at 45% na rao concentrada de cordeiros mantidos a pastos, sem causar perdas na
morfometria do animal in vivo.
Resumo: A mandioca (Manihot esculenta Crantz) uma planta originria do Brasil, que pode
ser quase totalmente aproveitvel para o consumo. Porm, enquanto grande parte de suas
razes so destinadas indstria ou ao consumo humano, a parte area descartada ou
aproveitada apenas para produo de manivas. Esta frao pode ser utilizada na alimentao
animal, devido ao seu valor nutricional e seu potencial forrageiro, porm, pouco se estuda a
cerca de diferentes variedades na forma de silagem. Objetivou-se avaliar as silagens da parte
area de cinco variedades de mandioca, em relao recuperao de matria seca e pH, e as
perdas por gases e efluentes. Realizou-se o estudo na Universidade Federal do Recncavo da
Bahia. Foram utilizadas a parte area de cinco variedades de mandioca, sendo estas: 2020,
Corrente, Dourada, Formosa e Gema de Ovo; fornecidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuria - Embrapa Mandioca e Fruticultura, com quatro repeties de cada uma das
variedades. Aos 18 meses de idade, aps a colheita, o tero superior da parte area da
mandioca foi picado em mquina forrageira e ensilado em silos experimentais de PVC de 50
cm de altura e 10 cm de dimetro, com tampas providas de vlvulas do tipo Bunsen.
Separado da forragem por uma tela fina, foi colocado areia no fundo de cada silo, para
absoro do efluente. O conjunto, antes da ensilagem e os silos cheios e tampados, foram
pesados, para determinao das perdas por gases e efluentes, e da recuperao de matria
seca, pelo mtodo gravimtrico. Os silos foram abertos 30 dias aps o armazenamento da
ensilagem, que esteve mantida a temperatura ambiente durante esse perodo. Para a varivel
recuperao de matria seca foi observada diferena estatstica (P<0,05) onde a variedade
Dourada (98,62%) mostrou-se superior s variedades Gema de Ovo (93,71%), 2020 (92,56%)
e Corrente (91,42%), e a Formosa (96,89%) foi semelhante tanto a Dourada quanto a Gema de
Ovo. Em relao s perdas por gases, as variedades Formosa (16,19%) e Corrente (15,99%)
apresentaram maiores valores do que as variedades Gema de Ovo (11,80%) e 2020 (11,63%),
sendo que a Dourada (12,22%) diferiu apenas da Formosa. As perdas por efluentes foi maior
na variedade Formosa (10,34%) e as demais variedades no diferiram entre si, onde a
variedade Gema de Ovo apresentou mdia (3,93%), 2020 (2,29%), Corrente (2,17%) e
Dourada (1,25%). O pH das silagens no apresentou diferena (P>0,05) entre as variedades
estudadas, apresentando a mdia igual a 4,13. Com o que foi observado no presente estudo,
podemos concluir que as melhores variedades para serem utilizadas no processo de ensilagem
so Dourada e Gema de Ovo, por apresentarem maior recuperao de matria seca e
menores perdas por gases e efluentes.
Resumo: A apicultura uma atividade Zootcnica que requer conhecimento de manejo bem
como seus agentes causadores patologias visando a obteno plena do desempenho da
colnia, sem que a mesma seja prejudicada por injurias causadas por doenas. O caro
Varroa destructor e um parasita que possui colorao avermelhada e forma ovalada, infesta
clulas de operrias em estado de transio larva para pupa e abelhas adultas e se
alimentando de hemolinfa das abelhas parasitadas, foi introduzido no Brasil em meados da
dcada de 70 por meio de rainhas e crias infestadas do Paraguai se dispersando por todos os
estados brasileiros em menos de dez anos. A importncia do estudo desses caro parasita, se
da por sua associao com a transmisso de patgenos que podem causar serias doenas as
abelhas como inflavirus, causador da deformao de asas das abelhas (DWV e o IAPV) alm
de impactar o tamanho e desempenho de vida til das abelhas, esse patgeno est associado
ao fenmeno global do desaparecimento das colnias.Este estudo teve por objetivo avaliar o
nvel de infestao do caro Varroa destructor em colnias de Apis mellifera, ao longo de um
ano, no municpio de Cruz das Almas-BA. A avaliao populacional e o nvel de infestao em
adultos e pupas de A. mellifera foram realizados no Apirio Experimental do Grupo de
Pesquisa Insecta e da Universidade Federal do Recncavo da Bahia, quando tambm foi
obtido dados climticos no mesmo perodo. Observou-se que apenas a precipitao
pluviomtrica foi um fator impactante para as colnias, tanto em relao populao quanto ao
ndice de infestao do caro. A populao de adultos apresentou diminuio no inverno fator
no observado na quantidade de pupas. A infestao pelo caro Varroa foi maior em pupas
quando comparado com adultos, sendo encontrados esse parasita durante todo o perodo
estudado. possvel inferir que o inverno o perodo mais crtico para as abelhas, pois ocorre
declnio da populao de adultos e aumento de ndice de infestao pelo caro V. destructor.
recomendado que nos meses anteriores, quando ocorre o aumento de pupas, o apicultor
remova todas as clulas de zanges, para que ocorra o controle desse caro.
Resumo: A erva-cidreira (Lippia alba (Mill.) N.E.Brown) uma planta largamente utilizada no
Brasil devido s propriedades calmante, antiespasmdica suave, analgsica, sedativa,
ansioltica e levemente expectorante. Alm disso, apresenta atividade antimicrobiana, frente a
diversos microrganismos. Essas propriedades podem ser resultantes da ao de compostos
qumicos presentes no leo essencial. O Aspergillus niger um fungo necrotrfico, que
possuem inmeras enzimas hidroltica e toxinas responsveis por causar a morte celular de
diversas culturas, dentre elas o amendoim, a cebola e a uva. O objetivo do trabalho foi avaliar a
Concentrao Mnima Inibitria do leo essencial de dois acessos de Lippia alba sobre o fungo
Aspergillus niger. O material vegetal foi coletado de dois acessos da espcie L. alba cultivados
no campo experimental do CCAAB/UFRB, (L01 e L02). A parte area foi seca em estufa a 40C
e moda para a extrao do leo essencial por hidrodestilao em aparelho de Clevenger
durante duas horas. O leo foi armazenado em frasco de vidro mbar sob refrigerao at a
realizao das anlises. A concentrao inibitria mnima do leo de L. alba no crescimento
micelial de Aspergillus niger foi avaliada pela tcnica de microdiluio em caldo em microplacas
com 96 poos. O fungo foi incubado em meio BDA, temperatura de 28 C por 7 dias. Para o
ajuste da concentrao de esporos da suspenso, realizou-se contagem em cmara de
Newbauer, com auxlio de microscpio ptico, padronizando a concentrao final da suspenso
de esporos para 2x104 condios mL-1. Para a determinao da concentrao fungicida mnima
utilizou-se o meio de cultura BDA em placas de Petri com 10 μL das amostras onde
foram detectados a concentrao inibitria minma e incubado em BOD a 28 C. A
concentrao inibitria mnima para o acesso L001 foi de 1,25 mg mL-1 e para o acesso L02
de 2,50 mg mL-1. A concentrao fungicida mnima para o acesso L01 foi de 2,50 mg mL-1 e
para o acesso L02 no foi detectado. Os leos essenciais dos acessos L01 e L02 de L. alba
apresentou atividade fungicida e/ou fungisttica frente aos fungo Aspergillus Nger, permitindo,
assim, evidenciar o potencial destes leos possibilitando que estudos futuros sejam realizados
com o objetivo de investigar isoladamente o potencial antifngico dos principais compostos
presentes nos leos essenciais.
Resumo: A gua uma substncia essencial toda forma de vida, ela abundante no planeta
Terra e oriunda de diversas fontes naturais. indiscutvel que a gua no totalmente pura
podendo conter microrganismos, coliformes fecais e outros tipos de impureza. Alguns
microrganismos so nocivos sade humana, provocando doenas atravs do contato com a
gua contaminada. As fontes naturais presentes na Universidade Federal do Recncavo da
Bahia (UFRB) do campus de Cruz das Almas-Ba nutrem grande parte da fauna e da flora da
regio, sendo usadas tambm pelas comunidades localizadas entorno da universidade estando
os mesmos passveis de contaminao por dejetos humanos, de forma direta ou atravs de
contaminao do lenol fretico por fossas spticas. A contaminao dessas fontes naturais
afetam diretamente queles que se banham, ou indiretamente por contaminar animais que
posteriormente sero consumidos. Diante desse pressuposto esta pesquisa foi desenvolvida
objetivando identificar protozorios e platelmintos patognicos sade humana onde buscou-
se verificar a hipteses de que havia presena de platelminto Schistosoma mansoni, causador
da esquistossomose, doena parasitria comum no Brasil, na forma de cercaria ou
metacercria. Este estudo de carter exploratrio e traz uma abordagem qualitativa onde foi
realizado uma pesquisa de campo desenvolvida na instituio de ensino Universidade Federal
do Recncavo da Bahia, situada no municpio de Cruz das Almas-Ba, para a coleta de dados
foram colhidas quatro amostras da gua de quatro fontes naturais em terrenos pertencentes a
UFRB no ms de Junho de 2016. Para a visualizao dos protozorios foram preparadas
culturas em vasilhames de vidro devidamente identificados, os quais foram vedados com gaze
e elstico, e deixados em local iluminado. Na preparao das culturas utilizou-se gros de
arroz. Passados trs dias da realizao da coleta iniciaram-se as observaes em laboratrio.
Utilizou-se pipeta para adicionar gua das amostras nas lminas e adicionou-se corante azul
de metileno (concentrao de 1,5%), feito isso, cobriu-se com lamnulas e observou-se no
microscpio tico nas objetivas de 4x,10x,40x e 100x. Tambm foram realizadas observaes
ao estereoscpio, onde as amostras foram colocadas em placas de Petri, sem a adio de
corantes. Para a visualizao de platelmintos foram realizadas anlise imediatas a coleta, para
isto seguiu-se os mtodos j citados. Observou-se apenas protozorios, tendo resposta
negativa a presena de platelmintos. Os microrganismos encontrados foram Colpidium, Coleps,
Chilodonella, Paramecium e Spirostoma pertencentes ao Filo Ciliophora, Ameba do Filo
Rizpode e Diatomcea do Filo Stramenopila. Os resultados foram negativos para presena de
protozorios e platelmintos nocivos sade humana, porm essa afirmativa no indica que as
fontes estejam isentas destes seres, pois so referentes s amostras coletadas, podendo haver
presena dos parasitas em outros locais das fontes. A partir da anlise dos dados foi possvel
observar que as amostras que mais apresentaram platelmintos foram as mais acessadas por
animais. A amostra que apresentou menor porcentagem de platelmintos foi a que apresentava
curso de gua e pouco contato de animais por conta de ser de difcil acesso aos animais
devido a presena de vegetao densa.
Palavras-chaves: gua Contaminada, Nascentes, Microrganismos
Resumo: O Brasil abriga uma das maiores diversidades avifaunas do mundo, com nmero de
espcies estimado em mais de 1.825. Atividades antrpicas por sua vez afetaram
significativamente as espcies de aves que habitam os ecossistemas naturais brasileiros. A
resposta das aves s aes humanas varia desde aquelas que se beneficiam com as
alteraes do habitat aumentando suas populaes at aquelas que foram extintas da
natureza. Objetivou-se atravs desse levantamento quantitativo, estabelecer uma lista
completa possvel da diversidade avifaunstica na Fazenda Santana, localizada no municipio de
Ia-Ba. A Fazenda caracteriza-se por uma extensa rea de caatinga arbrea densa, campos
abertos e pequenos lagos. O levantamento e a composio das espcies de avifauna foram
obtidos por meio das observaes somente nas reas de estudo. Foram realizadas trs
observaes semanais durante um perodo de duas horas cada, de maio a julho de 2015, a
atividade prtica iniciou-se nas primeiras horas da manh, pois, as observaes so mais
proveitosas, quando as aves esto mais ativas, e saem procura de alimento at o fim da
tarde. Para a realizao do trabalho foram utilizados binculo 20x50, mquina fotogrfica digital
SONY (8X) e planilha de campo. Para a identificao das espcies adotou-se a nomenclatura
proposta por Sick (1997). Foram encontradas 53 espcies de aves, classificadas a nvel de
espcie. As espcies encontradas foram: Pseudoseisura cristata (carrega madeira) Colaptes
campestris (pica pau) Guira guira (anu branco) Crotophaga ani (anu preto) Elanus leucurus
(gavio peneira) Megascops choliba (coruja do mato)Caracara plancus (gavio carcar),
Bubulcus ibis (gara vaqueira) Athene cunicularia (coruja buraqueira) Vanellus chilensis (quero
quero) Formicivora melanogaster (formigueiro-de-barriga-preta); Taraba major(chor-boi);
Pseudoseisura cristata (casaca-de-couro); Pitangus sulphuratus (bem-te-vi); Phacellodomus
rufifrons (joo-de-pau); Synallaxis frontalis (Petrim); Tolmomyias flaviventris (bico-chato-
amarelo); Todirostrum cinereum (ferreirinho-relgio); Euscarthmus meloryphus (Barulhento);
Camptostoma obsoletum (Risadinha); Phaeomyias murina (bagageiro); Myiarchus tyrannulus
(maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado); Machetornis rixosa (suiriri-cavaleiro); Tyrannus savana
(tesourinha); Fluvicola nengeta (lavadeira-mascarada); Arundinicola leucocephala (freirinha);
Xolmis irupero (noivinha); Pygochelidon cyanoleuca (andorinha-pequena-de-casa);
Stelgidopteryx ruficollis (andorinha-serradora); Progne chalybea (andorinha-domstica-grande);
Tachycineta albiventer (andorinha-do-rio); Troglodytes musculus (corrura); Pheugopedius
genibarbis (garrincho-pai-av); Donacobius atricapilla (japacanim); Turdus rufiventris (sabi-
laranjeira); Turdus leucomelas(sabi-barranco); Mimus saturninus(sabi-do-campo); Anthus
lutescens (caminheiro-zumbidor); Coereba flaveola (cambacica); Saltator similis (trinca-ferro-
verdadeiro); Compsothraupis loricata (ti-cabur); Nemosia pileata (sara-de-chapu-preto);
Thlypopsis srdida (sa-canrio); Ramphocelus bresilius(ti-sangue); Lanio pileatus(tico-tico-rei-
cinza); Tangara sayaca (sanhau-cinzento); Tangara palmarum (sanhau-do-coqueiro);
Tangara cayana (sara-amarela); Paroaria dominicana (cardeal-do-nordeste); Tersina viridis
(sa-andorinha); Conirostrum speciosum (figuinha-de-rabo-castanho); Zonotrichia capensis(tico-
tico); Ammodramus humeralis (tico-tico-do-campo); Sicalis flaveola (canrio-da-terra-
verdadeiro); Volatinia jacarina (tiziu); Sporophila nigricollis (baiano); Sporophila leucoptera
(choro); Sporophila bouvreuil (caboclinho); Cyanoloxia brissonii (azulo); Parula pitiayumi
(mariquita); Icterus jamacaii (corrupio); Gnorimopsar chopi (grana); Chrysomus ruficapillus
(garibaldi); Agelaioides fringillarius (asa-de-telha-plido); Molothrus bonariensis (vira-bosta);
Sporagra magellanica (pintassilgo); Euphonia chlorotica (fim-fim); Euphonia violacea
(gaturamo-verdadeiro); Estrilda astrild (bico-de-lacre); Passer domesticus(pardal); Cacicus
Apoio: CAPES, CNPQ, FAPESB, UFRB.
chrysopterus (Tecelo); Coereba flaveola (Cambacica); Coryphospingus cucullatus (Tico-tico-
rei); Cyanoloxia brissonii (Azulo); Estrilda astrild (Bico-de-lacre); Euphonia violcea (Guriat);
Fluvicola nengeta (Lavandeira); Furnarius rufus (Joo-de-barro). Pode-se concluir que a
fazenda uma importante rea na manuteno da avifauna local, uma vez que pode oferecer
condies para que espcies oriundas de reas naturais adjacentes zona urbana possam se
estabelecer no ambiente urbanizado, encontrando abrigo, alimento e condies bsicas
necessrias para sua reproduo.
Resumo: No Brasil, as abelhas sociais que possuem ferro e produzem mel, so formadas
pelo cruzamento de subespcies de Apis de origem africana e europeia. Estas abelhas no so
nativas das Amricas, foram introduzidas no pas juntamente com o processo de colonizao e
imigrao. Porm na dcada de 50, devido alta mortalidade e baixa produo das abelhas
Apis mellifera, foi introduzida a subespcie africana A. m. scutellata, para estudos genticos,
essas abelhas fugiram do apirio onde os estudos estavam sendo realizados e miscigenaram-
se com as subespcies europeias existentes, formando o polihbrido denominado abelha
africanizada, existente em todo o Brasil e parte das Amricas. Na dcada de 70, juntamente
com rainhas importadas do Paraguai, tambm foi importado o caro Varroa destructor. Um
ectoparasita, original da espcie asitica A. cerana, que, com o desenvolvimento mundial da
apicultura, se dispersou, sendo hoje presente em praticamente toda criao de Apis no mundo.
O V. destructor se alimenta da hemolinfa tanto das crias com das abelhas adultas, e sua
presena pode influenciar no desenvolvimento e expectativa de vida das abelhas, alm de
atuar como vetor transmissor de vrus. Em virtude disso, o parasitismo deste caro preocupa a
produo apculas no pas, hoje quinto maior produtor do mundo nesse setor. Diante desse
contexto, faz-se relevante o esforo de analisar o ndice de infestao do caro V. destructor
em colnias de A. mellifera. Para tanto, foi realizado um estudo sobre a presena e infestao
do caro V. destructor no territrio de Piemonte do Paraguau BA. Foram coletadas
aproximadamente 300 abelhas em trs diferentes colnias de A. mellifera por apirio
localizados nos municpios de Itaberaba, Boa Vista do Tupim e Rafael Jambeiro. Para verificar
a presena do caro, as abelhas foram avaliadas individualmente, sendo contados o nmero
total de abelhas coletadas e o nmero de caros encontrados. O ndice de infestao foi
calculado pela diviso do nmero de caros encontrados pela quantidade de abelhas
coletadas, multiplicado por 100. Os resultados obtidos, submetidos anlise de varincia,
demonstraram que no h diferena significativa (P<0,05). A presena do caro foi confirmada
em todas as cidades pesquisadas, porm, o ndice de infestao encontrados nos apirios
estudados no apresentaram diferenas significativas (P>0,05). As mdias de infestao pelo
Varroa foram 3,42% (Boa Vista do Tupim), 7,50% (Itaberaba) e 8,64% (Rafael Jambeiro). Nos
municpios de Itaberaba e Rafael Jambeiro as mdias encontram-se prximas a 10%, o que
coloca em alerta os produtores locais, pois um nvel considerado potencialmente danoso, que
pode levar a perda de colnias, sendo recomendado o monitoramento destas.
Resumo: Passiflora coccinea Aubl. uma espcie silvestre conhecida como maracuj-de-flor-
vermelha. originria da regio tropical da Amrica do Sul e possui resistncia a virose e
bacteriose, isso viabiliza sua utilizao em programas de melhoramento gentico. Tambm
apresenta grande valor ornamental devido a presena de belssimas flores de colorao
vermelha que pode ser utilizada em revestimento de cercas, portais, etc. O presente trabalho
teve como objetivo avaliar a emergncia de plntulas de P. coccinea em funo do grau de
umidade das sementes e do perodo de armazenamento, visando subsidiar o estabelecimento
de protocolo para a conservao de sementes dessa espcie. Para isso foram realizados dois
experimentos, ambos conduzidos em casa de vegetao na Embrapa Mandioca e Fruticultura,
localizado em Cruz das Almas - BA. Os frutos de P. coccinea foram coletados aps a absciso.
As sementes foram retiradas dos frutos, lavadas e colocadas imersas em gua para eliminar as
sementes que boiaram. Em seguida, elas foram colocadas para secar sobre papel para retirar
o excesso de gua. Parte dessas sementes foi deixada em bancada por um dia. Dessas
sementes deixadas em bancada por um dia, uma parte foi colocada em dessecador contendo
500 g de slica gel. Assim obteve-se os seguintes graus de umidade: Dia Zero (U= 27,1%);
sementes secas em bancada (U= 7,6%) e as provenientes do dessecador (U= 2,5%). Metade
dessas sementes foi utilizada para o experimento com sementes recm-colhidas com
diferentes graus de umidade e a outra parte foi acondicionada em sacos plsticos e
armazenada em refrigerador temperatura de 7 C para o experimento com sementes
armazenadas por um ms com diferentes graus de umidade. Para ambos foram utilizadas trs
repeties com 15 sementes cada. As sementes de P. coccinea foram semeadas em tubetes
de 280 cm3 contendo substrato vegetal Vivatto, previamente autoclavado. As avaliaes
foram dirias, a partir da semeadura at o incio da emergncia, com novas avaliaes a cada
dois dias. Os dados foram submetidos anlise de varincia e comparao das mdias pelo
teste Tukey a 5% de probabilidade. A emergncia de plntulas de P. coccinea para as
sementes recm-colhidas mostrou-se alta e uniforme, sendo observada emergncia at aos 30
dias aps a semeadura (DAS) com 91% de emergncia para o melhor tratamento; sendo esse,
o de sementes com grau de umidade de 27,1%. Para o experimento com sementes
armazenadas por um ms, aos 30 DAS no foi observado diferena estatstica na emergncia
de plntulas para os trs graus de umidade. Mas, aos 60 DAS, foi observado que as sementes
com grau de umidade de 27,1% obtiveram o melhor resultado com 100% de emergncia. J os
graus de umidade de 7,6% e 2,5% mostraram-se estaticamente iguais. Diferente de muitas
espcies de Passiflora, P. coccinea apresentou sementes com boa germinao, demostrando
ausncia de dormncia para sementes recm-colhidas com grau de umidade de 27,1%. Para
sementes armazenadas por um ms com grau de umidade de 27,1%, houve uma germinao
mais desuniforme, o que gera a necessidade de mais ensaios para verificar a origem desse
problema.
Resumo: A Mata Atlntica possui uma das maiores biodiversidades e taxas de endemismo de
espcies de animais e vegetais do planeta. Atualmente fragmentos florestais so os ltimos
representantes da vegetao original desse ecossistema e so importantes pelo seu valor
ecolgico e taxonmico, pois se constituem numa coleo viva de espcies representativas da
flora local e de sua diversidade gentica, funcionando como um banco de informaes sobre
sua estrutura e funcionamento. A Mata de Cazuzinha um fragmento de Mata Atlntica que
apesar de est circundado por reas urbanas, ainda guarda caractersticas originais.
Localizada no municpio de Cruz das Almas, cerca de 80 km de Salvador, Bahia, o fragmento
frorestal vem sendo estudada desde 2008. por meio de coleta e identificao de espcies
vegetais, gerando dados de relevncia que podem subsidiar projetos nas reas de sistemtica,
ecologia da restaurao, educao ambiental e zoologia. O presente estudo tem como o
objetivo identificar as espcies de Lamiales ocorrentes na Mata de Cazuzinha; avaliar as
pocas de florao e frutificao; e elaborar descries e ilustraes das espcies
identificadas. Foram feitas coletas quinzenais ao longo das trilhas no perodo de agosto de
2015 a julho de 2016 que se restringiram aos subfragmentos de mata localizados entre a
Secretaria Municipal de Agricultura e a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrcola (EBDA)
devido falta de segurana em outros trechos. Aps a coleta o material foi devidamente
processado e depositado no HURB, para posterior identificao segundo literatura
especializada, comparao com exsicatas de herbrios e consulta a especialistas. Todas as
exsicatas de Lamiales foram depositadas no Herbrio da Universidade do Recncavo da Bahia
(HURB). As espcies foram marcadas, observadas e avaliadas quanto a florao e frutificao.
As ilustraes das espcies foram feitas em grafite sobre papel lay-out A4. Foram registradas
20 espcies distribudas em 3 famlias que se encontram distribudas mundialmente e em
muitos fragmentos de Mata Atlntica, so elas: Acanthaceae com 8 espcies que tem como
gnero mais representativo Ruellia (Nees) Wassh com trs espcies sendo que espcies R.
breviflora (Pohl) C. Ezcurra e R. menthoides (Ness) Hiern, tiveram seu primeiro registro na
Bahia; Bignoniaceae com 5 espcies e Verbenaceaecom7espcies e tem como gnero mais
representativo Stachytarpheta Kunth. Das espcies, 3 encontram-se indeterminadas e 2 foram
identificadas at o nvel de gnero. Acanthaceae apresentou. Foi observada maior florao nos
meses de novembro e fevereiro com 7 espcies cada, seguido de abril e setembro, com 6
cada. Os meses que tiveram menor florao foram maro, junho, julho e agosto com apenas
uma espcie o que pode ser explicado por ser tratar da estao de inverno. Quanto a
frutificao o ms com maior evidncia foi fevereiro com 4 espcies, seguido de julho e
dezembro com 2 espcies cada. Nos meses de abril, junho, setembro e outubro esse estado
no foi observado. Todas as espcies registradas encontram-se ilustradas para posterior
descrio.
Resumo: O mel o produto mais explorado comercialmente entre os criadores de abelha sem
ferro. Este produto tem despertado o interesse do consumidor pelas caractersticas
diferenciadas relacionadas ao seu aroma e sabor, principalmente, quando comparado com mel
de abelhas africanizadas, dentre os fatores que interferem nas caractersticas desse produto
encontram-se a origem botnica e a espcie de abelha que o produziu. A caracterizao
botnica e geogrfica dos mis tem sido objeto de estudo de muitos pesquisadores, pois estas
informaes podem agregar valor ao produto, considerando que os consumidores muitas vezes
escolhem o mel pela sua origem floral em funo das caractersticas do mel de determinada
espcie vegetal. Ocorrente no estado da Bahia, Melipona scutellaris Latreille, 1811
(Hymenoptera, Apidae, Meliponini) uma abelha nativa conhecida como uru. A criao desta
abelha no estado vem se destacando no tocante a produo de mel, no entanto o
conhecimento da flora meliponcola utilizada por M. scutellaris ainda muito pontual. Desta
forma, o objetivo desse estudo foi identificar os tipos polnicos presentes no mel produzido por
M. scutellaris, provenientes do municpio de Lauro de Freitas, Bahia contribuindo para o
conhecimento da flora explorada por essas abelhas. O material foi coletado utilizando seringas
descartveis em potes de mel operculados, obtidos das colnias mantidas em meliponrio
localizado em uma rea com fragmentos de Mata Atlntica no municpio de Lauro de Freitas,
Bahia. Um total de 12 amostras foi coletado em um perodo de 12 meses. As amostras foram
encaminhadas e acondicionadas no Laboratrio do Ncleo de Estudos dos Insetos da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia, Cruz das Almas. Para processamento das
amostras foi utilizada uma massa de 10 g de mel, dissolvidos em 10 mL de gua e 50 mL de
lcool etlico a 95%, em seguida o material passou por uma srie de centrifugaes,
desidratado com cido actico glacial, sendo o sedimento resultante submetido ao
procedimento de acetlise. O material polnifero resultante foi montado entre lmina e lamnula
de microscopia, fotomicrografados, identificados e contados quando possvel at 1000 gros de
plen. Foram identificados 27 tipos polnicos distribudos em 11 famlias. Fabaceae (32,0%),
Myrtaceae (16,0%) e Anacardiaceae (12,0%) foram as famlias que apresentaram maior
diversidade de tipos polnicos. Mimosa caesalpiniifolia (Fabaceae-Mimosoideae), Solanum
(Solanaceae), Tapirira (Anacardiaceae) e Tibouchina (Melastomataceae) ocorreram como
plen dominante e acessrio entre as amostras. No entanto, os tipos polnicos mais frequentes
foram M. caesalpiniifolia (Fabaceae-Mimosoideae) e Serjania (Sapindaceae), representados
por 83,33% e 75,0%, respectivamente. A composio dos mis analisados demonstrou
diversificao nos tipos polnicos coletados por M. scutellaris, portanto os mis foram
classificados como heteroflorais. Os resultados indicaram que essas abelhas concentraram
mais suas atividades de coleta no local estudado em espcies botnicas das famlias
Fabaceae, Myrtaceae e Anacardiaceae, demonstrado por meio do espectro polnico dos mis.
Resumo: A medicina tradicional ainda um refgio para cerca de 80% da populao mundial
que busca a cura, na utilizao de extratos de plantas e seus princpios ativos. Alguns testes
so imprescindveis para garantir a qualidade de ervas medicinais, alguns destes testes so:
pureza, identidade, anlise microscpica e macroscpica, entre outros. Uma vez que o controle
de qualidade de ervas medicinais de fundamental importncia e sua principal finalidade
atender ao consumidor, trazendo benefcios com o seu consumo sem gerar riscos a sua sade.
O objetivo desse trabalho foi avaliar o padro de qualidade das ervas medicinais quebra
pedra(Phyllanthus niruri L.), espinheira santa (Maytenus ilicifolia Mart.), erva doce(Pimpinella
anisum L.), carqueja (Bacharis crispa Spreng) e boldo (Peumus boldus Molina) comercializadas
na cidade de Santo Antnio de Jesus - BA. As amostras analisadas foram obtidas em trs
estabelecimentos diferentes (01,02 e 03). Cinco amostras comerciais de P. niruri , P. anisum ,
M. ilicifolia, B. crispa e P. boldus foram utilizadas, separando caules das folhas, tendo em vista
identificao de materiais estranhos. Todo o material presente nas embalagens foram
pesados e depois esse material selecionado foi organizado numa superfcie plana, e foram
analisados os fragmentos sendo que foram retirados os resduos estranhos, esses materiais
estranhos foram pesados, depois foi feito um clculo da percentagem de elementos estranhos
comparado ao total em massa descrito no rtulo. O clculo foi realizado a partir de uma regra
de trs em que a quantidade total de amostra correspondia aos 100% e a quantidade
encontrada de material estranho correspondia percentagem que foi encontrada. No
estabelecimento 01 todas as amostras de ervas medicinais apresentaram valores fora da faixa
especificada. No estabelecimento 02 apenas a P. anisum e a B. crispa foram aprovadas quanto
anlise de materiais estranhos, enquanto que as amostras de P. boldus, M. ilicifolia e P. niruri
foram reprovadas. J no estabelecimento 03 apenas a P. anisum apresentou-se dentro da faixa
de especificao de materiais estranhos preconizada pela Farmacopeia Brasileira de 2010, que
de no mximo 2,0%. A B. crispa dos trs estabelecimentos foi a erva que apresentou as
maiores porcentagens de materiais estranhos 58,43% no estabelecimento 01; 45,74% no
estabelecimento 02 e; 37,0% no estabelecimento 03 sendo que a Farmacopeia Brasileira de
2010 preconiza que a B. crispa deve apresentar no mximo 2,0% que deve corresponder a
ramos cilndricos, no entanto as amostras de todos os estabelecimentos apresentaram alm
dos ramos cilndricos, talos e pequenas folhas. Avaliar a percentagem de materiais estranhos
em amostras de ervas medicinais de fundamental importncia, uma vez que o consumo de
plantas medicinais cada vez mais frequente.
Resumo: A Mata Atlntica composta de uma srie de fitofisionomias que propiciaram uma
significativa diversidade l. Sua degradao aumentou a partir do perodo de colonizao,
restando atualmente pequenos fragmentos florestais e estes so considerados muito
importantes pelo valor ecolgico e taxonmico. A Mata de Cazuzinha um fragmento urbano
do municpio de Cruz das Almas. Ainda apresenta uma vegetao em estgio secundrio de
conservao, podendo gerar dados que contribuam para a adoo de estratgias de
conservao e preservao de suas espcies. O elemento mais evidente de uma paisagem a
vegetao que pode ser caracterizado tanto por espcies que a compem um determinado
local como tambm pela combinao de caractersticas estruturais e funcionais. Este trabalho
objetivou descrever fisionomicamente o fragmento florestal da Mata do Cazuzinha, se valendo
do diagrama de perfil e de copas, de forma comparativa em dois trechos diferenciados do
fragmento. O estudo foi desenvolvido em duas reas divididas pela estrada que atravessa a
mata partindo da sede da (EBDA) em direo a (ADAB). A primeira localizada direita da
estrada, denominada rea I e a segunda situada esquerda da estrada, denominada rea
II. Em cada rea foi definido um transecto de 50m x 2m, sendo amostradas todas as espcies
lenhosas com dimetro a altura do peito(DAP). A cobertura da copa foi obtida pela distncia no
cho entre dois observadores posicionados na projeo dos extremos das copas. Diagrama de
perfil, planilhas e grficos foram gerados a partir das observaes em campo. Na rea I,
observa-se que o local apresenta trilha com evidente impacto antrpico. A cobertura arbrea
no apresentou variao, contendo dois estratos. H predominncia de espcies arbreas e
arbustivas de pequeno dimetro, temos tambm uma expressiva quantidade de lianas. Em
relao aos resultados quantitativos foram mensurados 24 indivduos, altura mdia de 8,05 m,
sendo o maior com 45 m e uma mdia diamtrica de 0,16m. A sobreposio das copas
demonstrou a presena de dois nveis com vrias clareiras. Na rea II, a esquerda da estrada,
no apresenta sinais evidentes de trilhas, assim no possuindo evidencias claras da
interveno humana. A cobertura arbrea tem uma composio bem definida, com trs
estratos. Possuindo uma fisionomia arbrea dominante, com formao de um dossel fechado e
relativamente uniforme na composio. Sendo pouco expressiva a presena de trepadeiras e
de clareiras. A altura media de 10,51 m, o maior chega a 30 m, uma mdia diamtrica de
0,13 m. Sendo continua a sobreposio das copas e o entrelaamento da massa foliar.
Conclui-se que rea I apresenta mudanas abruptas na sua fisionomia j a rea II apresentou
vegetao com menor adensamento, a presena de trs estratos bem definidos, poucas
clareiras, copas bem adensadas e com significativa sobreposio com pouca luminosidade no
sub-bosque se comparado rea I. O que nos permite observar o seu menor impacto
antrpico.
Resumo: Na Serra da Jiboia, Bahia, encontra-se a mais significativa rea de Mata Atlntica do
Recncavo Sul, com 32% do remanescente florestal (7.200 ha) em continuo estado de
regenerao. Localiza-se numa regio de transio entre a Mata Atlntica e Caatinga, o que
torna a regio extremamente peculiar e importante. O presente estudo teve como objetivo
analisar a riqueza de colepteros da Famlia Staphylinidae, alm de contribuir para o
conhecimento sobre a fauna local. Foram realizadas seis coletas entre os meses de abril
junho de 2015 na Serra da Jiboia, em trs pontos diferentes: Reserva Jequitib, Morro da
Pioneira e Fazenda Baixa de Areia. As armadilhas foram recolhidas aps 48 e 96 horas de
permanncia na rea, ou seja, houve duas coletas para cada ponto. Estas foram realizadas por
meio de coletas passivas, utilizando-se 50 armadilhas do tipo pitfall estabelecidas
aleatoriamente nos locais das coletas. Essas armadilhas continham quatro tipos diferentes de
iscas: Sardinha, Aveia, Banana e Melao e Controle, sendo 10 armadilhas para cada tipo.
Foram coletados 372 indivduos da Famlia Staphylinidae classificados em 3 subfamlias, 9
gneros e 17 morfoespcies. Do total de espcimes coletados, 79,30% (295 indivduos)
pertencem aos gneros Leptacinus (48,39%) e Phacophallus (30,91%), sendo que o gnero
Leptacinus foi o que apresentou o maior nmero de morfoespcies (n=5). Das trs subfamlias
coletadas a que teve o maior nmero de gneros e indivduos coletados foi Staphylininae. Na
Fazenda Baixa de Areia constatou-se a maior abundancia e riqueza dentre os pontos
amostrados, com 46,5% dos indivduos (n=173) e 16 morfoespcies. Observou-se que a
Reserva Jequitib foi o segundo ponto mais abundante com 29,5% (110 indivduos), e esse
ponto tambm foi o segundo quanto ao nmero de morfoespcies (n=15). O Morro da Pioneira
foi a rea com a menor abundancia dentre as trs, representando apenas 23,9% (n=89) dos
indivduos coletados e tambm foi o que apresentou o menor nmero de morfoespcies (n=12).
A Reserva Jequitib apresentou a maior diversidade (H= 2,244) e a menor dominncia (1-D=
0,8688). O ponto com a maior riqueza de morfoespcies foi a Fazenda Baixa de Areia, apesar
de haver uma grande dominncia de Phacophallus sp1 e Leptacinus sp4 em relao as
demais. Diante das analises realizadas neste trabalho, percebemos que entre os pontos
estudados, a Reserva Jequitib obteve a maior diversidade. Estudos futuros iro estabelecer a
estrutura e o funcionamento da comunidade de Staphylinidae na Serra da Jiboia, fornecendo
subsdios para sua conservao.
Resumo: Sementes de milho doce, por conterem elevados teores de acares solveis, e
pouca reserva de amido no endosperma (30%), associados presena de pericarpo tenro,
apresentam rpida perda da viabilidade, acarretando a baixa uniformidade do stand. Com
isso, lotes de sementes de baixa qualidade, alm de reduzirem, retardarem e desuniformizarem
a emergncia no campo, podem causar alteraes na competio de plantas na comunidade
vegetal. Com o objetivo de avaliar os efeitos de bioestimulante vegetal, aplicado via tratamento
de sementes e pulverizao foliar em parmetros do crescimento foliar do milho doce, um
experimento foi conduzido em viveiro de mudas e no Laboratrio de Tecnologia de Alimentos
do Instituto Federal de Educao Campus Governador Mangabeira. Foram utilizadas
sementes de milho doce e o bioestimulante vegetal ROOTMAX que possui a seguinte
composio: 3,6% de N, 18% de P2O5, 5% de K2O e 3% de carbono orgnico alm da frao
orgnica composta por aminocidos essenciais e os hormnios vegetais auxinas, giberilinas e
citocininas. Inicialmente, sementes de milho foram pr-embebidas por 1 hora, em solues
contendo o produto diludo em gua, nas seguintes concentraes (tratamentos): T1 = 0,0 mL
(controle), T2 = 2,0 mL, T3 = 4,0 mL, T4 = 6,0 mL, T5 = 8 mL, T6 = 10 mL, T7 = 12 mL do
produto por litro de soluo. Aps o tratamento das sementes (pr-embebio), as mesmas
foram colocadas para escorrer o excesso do produto. Em seguida foi realizada a semeadura,
trs sementes por vaso, em recipientes plsticos com 3,5 kg de substrato comercial Vivato.
Aps a emergncia (3 DAE) foram realizadas duas pulverizaes foliares. Aos 9 e 23 DAE
(dias aps a emergncia), foram realizadas pulverizaes foliares. As aplicaes foliares foram
feitas de forma a uniformizar o produto por toda a planta, ou seja, molhadas intensamente, at
ser atingido o ponto de escorrimento. A irrigao dos vasos, quando necessria, foi feita
aplicando gua at atingir 60% de saturao hdrica, buscando a uniformidade da irrigao em
todos os vasos. Aos 37 DAE, as plantas foram retiradas cuidadosamente dos vasos para
serem avaliadas: rea foliar (AF), massa seca de folha (MSF) e nmero de folhas (NF). Para
obteno da massa seca, as plantas foram acondicionadas em sacos de papel devidamente
identificados e levados para estufa a 65C, at atingirem peso constante e permanecer na
estufa por 72 horas. A rea foliar foi determinada mediante a relao da massa seca dos
discos foliares (dez discos) e a massa seca total das folhas, cujos discos foliares foram obtidos
com o auxlio de um perfurador de rea conhecida. Em seguida foram realizadas as pesagens
em balana de preciso digital. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com
sete tratamentos e dez repeties. As variveis se mostraram sensveis ao produto no intervalo
de 2,0 a 4,0 mL de Rootmax L-1 de soluo. Portanto, so necessrias novas pesquisas
visando ratificar a eficincia do biestimulante.
Resumo: Identificada pela primeira vez na regio Nordeste, estado da Bahia, a espcie
Psidium cauiflorum pertencente famlia Myrtaceae e encontra-se associada ao bioma Mata
Atlntica. Apesar de ser considerada uma espcie distinta e rara, aps sua descoberta poucos
estudos foram realizados, a exemplo da diversidade gentica por meio de marcadores
moleculares. Diante do exposto e objetivando o estudo da diversidade gentica por meio de
marcadores moleculares foram realizados testes quanto ao armazenamento do material
biolgico, macerao das folhas, protocolos de extrao visando a obteno de DNA genmico
da espcie. Para tanto, foram coletadas folhas jovens e saudveis de 15 rvores matrizes
localizadas na rea de Proteo Ambiental da Pedra do Cavalo, So Gonalo-BA. O material
biolgico foi armazenado em ultrafreezer (-80C) e em geladeira (4C) at o momento da
extrao. As folhas foram maceradas: (1) em nitrognio lquido e (2) diretamente no tampo de
extrao. Tambm, foram testados dois protocolos de extrao amplamente utilizados para
obteno de DNA genmico vegetal: (A) Doyle e Doyle (1990) e (B) Muray e Tompson (1980).
Para verificao da quantidade e qualidade, o DNA extrado foi submetido eletroforese em
gel de agarose a 0.8%, corado com brometo de etdeo, visualizado em transluminador e
fotodocumentado. A quantificao foi realizada por comparao do DNA isolado com um DNA
de concentrao conhecida (DNA lambda). Os tratamentos que permitiram a obteno de DNA
em um maior nmero de amostras foram: folhas armazenadas em ultrafreezer, macerao com
nitrognio lquido e o protocolo de extrao B. Amostras maceradas diretamente em tampo de
extrao apresentaram alto grau de degradao do DNA. Os dois protocolos de extrao
possibilitaram o isolamento de DNA genmico para P. cauliflorum . No entanto, o protocolo B
foi mais eficiente, com a obteno de DNA em um maior nmero de amostras (92,86%) e de
melhor qualidade em comparao ao protocolo B (66,67%). As concentraes de DNA
extrados, em ambos os protocolos, variaram entre 44,0 a 00,0 ng/ul, com mdia de 17,73 ng/ul
para o protocolo A e 30,57 ng/ul para o protocolo B. A maior eficincia do protocolo B pode ser
atribuda a utilizao de uma maior concentrao de 2-mercaptoetanol (4%) no tampo de
extrao. No protocolo A utiliza-se uma concentrao de 0,4% de 2-mercaptoetanol. Em geral,
concentraes de 2-mercaptoetanol entre 1,0% a 5,0% apresentam resultados melhores
quanto visualizao das bandas, garantindo maior pureza do DNA e consequentemente
baixa degradao. Outro reagente relevante utlizado no protocolo B o acetato de sdio na
precipitao do DNA, com uma maior purificao das amostras. A obteno de DNA genmico
em boa quantidade e boa qualidade necessria para amplificao in vitro (PCR) do DNA de
espcies nativas, a exemplo de P. cauliflorum.
Resumo: Garcinia mangostana L. uma planta asitica, conhecida no Brasil, como mangostin,
mangosto ou fruto da rainha. Do pericarpo do mangosto extrada a xantona denominada
de α-mangosto (α-mangostin) que apresenta propriedades antioxidantes, proteo
do DNA, antifngicas, antineoplsicas, dentre outras. O objetivo do presente trabalho foi avaliar
a interao do α-mangosto com a molcula de DNA, extrada de clulas animais, e
sugerir uma possvel rota metablica para induo de morte celular. O DNA foi extrado de
salmo (CAS Number: 438545-06-3) e o α-mangosto isolado do pericarpo de G.
mangostana (CAS Number: 6147-11-1), ambos adquiridos na Sigma-Brazil. O DNA foi
solubilizado em tampo BPES estril (6 mM Na2HPO4, 2 mM NaH2PO4, 1 mM Na2EDTA, 185
mM NaCl, pH 7.0) na concentrao de 0,001% (m/v) e o α-mangosto foi solubilizado em
1 mM de hidrxido de sdio (NaOH) na concentrao de 100 M. Para avaliar a interao do
α-mangosto com DNA foram preparadas reaes em eppendorfs: i) somente DNA
solubilizado em tampo (controle negativo 1), ii) α-mangosto solubilizado em NaOH
(controle negativo 2) e ii) DNA e α-mangosto na proporo de 2:1. As reaes foram
levemente agitadas e mantidas temperatura de 37 C por 24 h, na ausncia de luz. Em
seguida, as reaes foram submetidas evaporao em speed vacum (vacum packing
machine) por 3 h, at a completa evaporao do solvente. O material slido, oriundo das
reaes, foi coletado e misturado ao brometo de potssio (Kbr) e submetido presso de 10
toneladas para produzir a pastilha a ser analisada no Espectrofotmetro de Infravermelho com
Transformada de Furier (Perkin Elmer Spectrum 400 FT-IR/FT-NIR spectrometer). A
absorbncia foi adquirida com a resoluo de 4 cm-1 em 16 scans. O resultado do complexo
DNA-α-mangosto foi analisado luz dos controles (DNA livre e α-mangosto
analisados separadamente) a partir do deslocamento das bandas presentes nos espectros
obtidos. O resultado mostra que o α-mangosto interagiu com DNA especificamente com
a timina, adenina e citosina. Os dados demonstram que no houve deslocamento da banda da
guanina que apresentou o valor de 1714 no DNA livre e no complexo formado pelo DNA-
α-mangosto, mas ocorreu deslocamento da banda a partir da timina cujo deslocamento
foi de 1644 para 1630, no complexo DNA-α-mangosto. A banda da adenina (1603) e da
citosina (1484) no apareceram no complexo DNA-α-mangosto. A partir dos dados
pode-se concluir que o α-mangosto interage com o DNA formando um complexo DNA-
α-mangosto. Estudo realizado com leveduras mutantes mostrou que a interao do
α-mangosto com DNA culmina com a formao de crosslink. O teste foi realizado com
as leveduras sensveis formao de crosslink e portando ao reparo do DNA sugerindo que
mecanismo de induo de morte celular pode ser pela formao de crosslink que inviabiliza o
processo de transcrio impedindo a diviso celular. Portanto, o α-mangosto interage
com o DNA e forma crosslink induzindo a morte celular.
Palavras-chave: Aquicultura,PCR,Endogamia
Resumo: A hepatite B, infeco viral transmitida por meio do contato com sangue ou lquidos
corporais contaminados, possui como meios mais comuns de transmisso o contato sexual, o
compartilhamento de agulhas e a transmisso vertical da me para o beb. H uma relevncia
especial para a Hepatite B na gestao devido ao alto risco de transmisso da me para o
beb e tendncia da cronificao da hepatite B quando o contato ocorre em idade precoce.
Portanto, o objetivo deste estudo foi quantificar a prevalncia da imunizao para hepatite B
em gestantes no ano de 2014. A pesquisa foi realizada em 7 Unidades de Sade da zona
urbana do municpio de Cruz das Almas BA em 186 pronturios de gestantes que deram
luz em 2014 e que foram atendidas no programa de pr-natal das unidades, com uma
abordagem quantitativa, analtica, transversal. Foi utilizado um questionrio para procurar
informar a idade, o nvel socioeconmico, o estado civil, a quantidade de gestaes da me e
se houve imunizao em todas as gestaes. Dentre 186 gestantes que deram luz no ano de
2014, a mdia de idade foi de 27,236,94 anos, onde 39,78% estavam em sua primeira
gestao e 58,06% foram gestantes mais de uma vez. 44,09% das gestantes foram
imunizadas, 41,94% no completaram o esquema vacinal e 10,22% no tomaram nenhuma
dose da vacina. Observamos que a maioria das gestantes (72,04%) viviam com um
companheiro e, apesar de possurem este apoio, maior idade (28,706,46 anos), experincia
de gestaes anteriores (61,94%) e maior nvel de escolaridade, apresentaram um percentual
de imunizao completa contra hepatite B semelhante ao grupo de gestantes solteiras. As
mulheres com gestaes previas apresentaram uma imunizao de 37,04%, nmero inferior
taxa de imunizao das gestantes que estavam em sua primeira gesta (51,35%). Os resultados
indicaram ainda soropositividade em 4,3% das gestantes, sendo todas elas casadas e com
idade mdia de 25,25 7,96. Este dado pode ser explicado pela confiana que as mulheres
monogmicas depositam em seus parceiros que nem sempre so recprocos, resultando na
no utilizao de preservativos e na consequente exposio destas mulheres contaminao
por Doenas Sexualmente Transmissveis. Observou-se tambm que h uma deficincia por
parte dos profissionais de assistncia ao pr-natal ao realizarem o preenchimento do pronturio
da paciente, deixando muitas lacunas. Essa falta de informao pode afetar a confiana e
dificultar o controle interno e externo dos dados coletados. Face ao exposto, podemos
constatar que a maioria das gestantes no completam o seu esquema vacinal contra hepatite
B, aumentando os riscos de transmisso vertical e comprometendo a sade do beb. Fatores
como nvel de escolaridade, idade, estado civil e experincia gestacional prvia no foram
elementos determinantes na prevalncia da imunizao deste grupo populacional. Desta
forma, torna-se necessrio promover campanhas educativas e preventivas para
conscientizao das gestantes sobre a importncia da imunizao contra o vrus e maior
comprometimento por parte da equipe de sade em registrar todos os dados nos pronturios,
facilitando o acompanhamento destas mulheres para definir estratgias cada vez mais
eficazes.
Palavras-chave: AIE,Retrovirus,Equino
Resumo: O melhor aproveitamento de substratos orgnicos pode ser ainda obtido com a
inoculao das plantas ou com a infestao do substrato com micro-organismos benficos ao
crescimento de plantas, seguido da incorporao de alguma fonte de matria orgnica. A
introduo de actinobactrias no solo pode trazer benefcios diretos para a produo agrcola
e, ao mesmo tempo, ser uma alternativa de cultivo com menor uso de insumos agrcolas.
Nesse sentido, este trabalho teve por objetivo estudar o potencial de uso de actinobactrias do
gnero Streptomyces e do p modo proveniente do resduo slido de sisal isolados e/ou
combinados no crescimento de mudas de tomateiro. Avaliou-se a incubao do solo por 30
dias com os isolados AC 39 e BFT 7, seguida da incorporao do p de sisal na dose
equivalente a 20g/vaso, cada vaso contendo 2 litros de solo, correspondendo dose em
campo de 20 toneladas por hectare de p modo de sisal, seguido do plantio de tomateiro. Os
tratamentos foram os seguintes: AC 39, BFT 7, AC 39 + BFT 7, p de sisal, AC 39 + p de
sisal, BFT 7 + p de sisal , AC 39 + BFT 7 + p de sisal, alm da gua, como tratamento
testemunha, com 10 repeties. Aos 40 dias aps a inoculao, as plantas foram coletadas e
avaliadas quanto ao crescimento e densidade populacional de actinobactrias no substrato.
No houve diferena significativa entre os tratamentos para as variveis de crescimento. A
quantificao dos isolados de actinobactrias, aos 30 dias aps a incubao e aps a coleta
dos tomateiros, revelou densidade populacional superior ao tratamento testemunha. No
tratamento testemunha, observou-se a presena de actinobactrias, mesmo em baixa
concentrao, provavelmente, so micro-organismos nativos. O maior aumento da densidade
populacional aos 30 dias aps a incubao foram verificados em todos os tratamentos com a
inoculao do isolado BFT 7 seguido ou no da incorporao do resduo de sisal. Ao avaliar
aps a coleta do experimento, verificou-se que o tratamento apenas com o resduo de sisal no
diferiu dos tratamentos com o isolado AC 39 e o tratamento com o resduo de sisal + AC 39.
Entretanto, foi observado que em todos os tratamentos com a inoculao do isolado de
actinobactria BFT 7 houve aumento da densidade populacional, no diferenciando entre si. O
enriquecimento do solo com isolado BFT 7 seguido da incorporao do p de sisal favorece o
aumento da populao de actinobactrias.
Resumo: A prpolis e a geoprpolis so produzidas pela abelha a partir de cera, resina, plen
e secrees salivares, sendo a geoprpolis acrescida de barro. Dentre as principais funes
destes produtos est sua ao antimicrobiana. Para avaliar a ao antibacteriana frente
Bacillus cereus, foram coletadas amostras de prpolis e geoprpolis provenientes da Baa de
Iguape, Bahia, Brasil, em duas pocas do ano: uma seca (dezembro de 2013 e janeiro de
2014) e outra chuvosa (julho de 2014), sendo duas amostras para cada perodo, aqui,
denominadas como amostras 1 e 2 referentes ao perodo seco e amostras 3 e 4 assinalando o
ms chuvoso. Para o preparo dos extratos secos, foram pesadas 4 g de prpolis e geoprpolis
e adicionados 50 mL de lcool etlico a 70% em tubos falcon, que passaram por banho
ultrassnico e centrifugao, o extrato resultante foi transferido para placas de Petri colocadas
em capela de exausto para evaporao do etanol por 24/48 horas, aps retirar a umidade no
dessecador, o extrato seco foi raspado e armazenado em freezer at a sua utilizao. Para a
anlise antibacteriana, os extratos secos foram solubilizados a partir da concentrao inicial de
500 mg.mL-1 utilizando como solventes: o Dimetilsulfxido (DMSO) 1:4 (p/v) e o etanol 70%.
As avaliaes foram realizadas por meio da tcnica de microdiluio em microplacas de 96
poos contendo o extrato de prpolis e geoprpolis solubilizados em oito concentraes (140,
120, 100, 80, 60, 40, 20 e 10 mg.mL-1), utilizando o meio de cultura Caldo Brain Heart Infusion
(BHI). Foram utilizados 100 L do extrato e 100L de microrganismo em escala Mc Farland 0,5
(108 ufc.mL-1), as microplacas foram incubadas temperatura de 36C por 24 horas. Aps
este perodo foram adicionados 20 L de Cloreto de Trifenil Tetrezlico (TTC) em todos os
poos, incubando novamente por um perodo de 3 horas. Os resultados da Concentrao
Mnima Inibitria (CMI) foram efetuados, visualmente, observando-se uma mudana na
colorao dos poos onde no houve inibio por reao do B. cereus com o TTC. Os
resultados de CMI para prpolis foram de 10 mg.mL-1 a 40 mg.mL-1 e para a geoprpolis
foram de 10 mg.mL-1 a 60 mg.mL-1. O melhor solvente para obteno da CMI foi o etanol,
sendo que os extratos da estao chuvosa apresentaram inibio superior aos da estao
seca. Estes valores foram satisfatrios, visto que este o primeiro estudo realizado com a
prpolis e geoprpolis da regio.
Palavras-chave: E. coli,S.aureus,Resistncia
Resumo: O conhecimento sobre o poder de cura de algumas plantas medicinais um elo que
une a populao humana s plantas medicinais, sendo que a utilizao dessas plantas
medicinais , muitas vezes, o nico recurso disponvel para o tratamento de doenas de
algumas comunidades. A Punica granatum L. uma fruta que pertence famlia Punicaceae e
popularmente conhecida como granada, rom e ma punica. Objetivo deste trabalho foi
avaliar a ao dos extratos vegeteis de Punica granatum L. in vitro na bactria Streptococcus
pyogens . O trabalho foi realizado no laboratrio de microbiologia da Faculdade Maria Milza.
Foi preparado extrato aquoso e etanlico com a casca e polpa da rom e os mesmos foram
avaliados em diferentes concentraes (5, 10 e 15%) sobre o nmero de Unidade Formadora
de Colnias (UFC). A cepa da bactria utilizada foi Streptococcus pyogens existente no
Laboratrio de microbiologia da Faculdade Maria Milza em Governador Mangabeira - BA. Nas
placas de Petri com meio de cultura Mueller Hinton gar (MHA) contendo diferentes
concentraes do extrato etanlico e aquoso foram transferidos 1,0mL da suspenso
bacteriana de S. pyogens com concentrao de 1x10-9 que foi plaqueada nesse meio com o
auxlio da ala de Drigalski. As placas foram incubadas em estufa bacteriolgica a 35C
durante 24 horas. No teste controle as bactrias foram cultivadas no meio MHA sem as
concentraes dos extratos. O extrato da casca de rom foi eficaz para inibio do crescimento
de S. pyogens, porm na amostra controle foi encontrada a maior quantidade de Unidade
Formadora de Colnias (UFC) para os dois extratos (aquoso e etanlico), mas para o extrato
etanlico a quantidade de UFC foi inversamente proporcional a concentrao do extrato de
rom, pois quanto maior a concentrao do extrato menor a quantidade de UFC. No entanto,
com o extrato aquoso a quantidade de UFC apresentou-se maior no extrato de maior
concentrao e isso se explica pela ausncia de etanol na composio do extrato.. Os extratos
etanlico e aquoso da polpa de rom tambm foram capazes de inibir o crescimento
bacteriano. A maior quantidade de UFC foi encontrada na amostra controle e medida que se
aumentou a concentrao do extrato foi diminuindo o nmero de UFC. Houve uma pequena
diferena entre a quantidade de UFC do extrato aquoso e do extrato etanlico, pois o extrato
etanlico apresentou melhores resultados para inibio do crescimento bacteriano. A melhor
capacidade de inibio do crescimento bacteriano foi apresentada com o extrato etanlico, isso
porque o etanol consegue uma melhor extrao dos princpios ativos polares da planta,
refletindo diretamente na ao antibacteriana. Uma vez que diversos compostos
antimicrobianos j identificados em plantas medicinais so aromticos ou saturados de
molculas orgnicas, tornando o etanol um solvente ideal. Conclui-se que os extratos
elaborados da casca e da polpa de rom capaz de inibir o crescimento de S. pyogens, sendo
o extrato etanlico o mais eficaz para a inibio desse patgeno.
Resumo: O conhecimento sobre o poder de cura de algumas plantas medicinais um elo que
une as populaes humanas s plantas medicinais, sendo que a utilizao dessas plantas
medicinais , muitas vezes, o nico recurso disponvel para o tratamento de doenas de
algumas comunidades. A Punica granatum L. uma fruta que pertence famlia Punicaceae e
popularmente conhecida como granada, rom e ma punica. Objetivo deste trabalho foi
analisar extratos de Punica granatum L. frente ao perfil microbiolgico do Streptococcus
pyogens. As amostras de rom foram obtidas em Feira de Santana-BA. As linhagens
bacterianas testadas foram linhagens comerciais da bactria Streptococcus pyogens existente
no Laboratrio de microbiologia da Faculdade Maria Milza em Governador Mangabeira-BA.
Nas placas de Petri com meio de cultura Mueller Hinton gar (MHA) contendo diferentes
concentraes do extrato etanlico e aquoso foram transferidos 1,0mL da suspenso
bacteriana de S.pyogens que foi plaqueada nesse meio com o auxlio da ala de Drigalski. As
placas foram incubadas em estufa bacteriolgica a 35C durante 24 horas. No teste controle
as bactrias foram cultivadas no meio MHA sem as concentraes dos extratos. O extrato da
casca de rom da cidade de Feira de Santana-BA foi eficaz para inibio do crescimento de S.
pyogens. Na amostra controle foi encontrada a maior quantidade de Unidade Formadora de
Colnias (UFC) para os dois extratos (aquoso e etanlico), mas para o extrato etanlico a
quantidade de UFC foi inversamente proporcional a concentrao do extrato de rom, pois
quanto maior a concentrao do extrato menor a quantidade de UFC. No entanto, com o
extrato aquoso a quantidade de UFC apresentou-se maior no extrato de maior concentrao e
isso se explica pela maior quantidade de gua que foi utilizada para o preparo do extrato, uma
vez que a gua um facilitador do crescimento microbiano. Os extratos etanlico e aquoso da
polpa de rom tambm foram capazes de inibir o crescimento bacteriano. A maior quantidade
de UFC foi encontrada na amostra controle e medida que se aumentou a concentrao do
extrato foi diminuindo o nmero de UFC. Houve uma pequena diferena entre a quantidade de
UFC do extrato aquoso e do extrato etanlico, pois o extrato etanlico apresentou melhores
resultados para inibio do crescimento bacteriano. De acordo com os resultados obtidos, o
extrato da casca e da polpa de rom capaz de inibir o crescimento de S. pyogens, sendo o
extrato etanlico o mais eficaz para a inibio desse patgeno.
Resumo: O Brasil est entre os maiores produtores mundiais de abacaxi estando atrs apenas
das Filipinas no ranking atual dos pases produtores, mas a fusariose, causada pelo fungo
Fusarium guttiforme, considerada como principal doena desta cultura, ocasionando perdas
elevadas na produo. Atrelado a estas condies, a crescente reduo do efeito dos produtos
qumicos sobre os micro-organismos fitopatognicos tem demandado pesquisas por novos
agentes antimicrobianos. Alm disso, o uso prolongado de agrotxicos pode trazer graves
problemas para a sade humana e para o meio ambiente. Diante disso, a demanda por
alternativas de controle s doenas e pragas tem ganhado destaque. Estudos realizados com
extratos brutos ou leos essenciais, provenientes de plantas medicinais tm mostrado efeito
significativo no controle de fitopatgenos. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito
fungitxico in vitro do extrato vegetal das folhas de velame sobre o fungo Fusarium guttiforme f.
sp. ananas. O extrato foi avaliado em seis concentraes (0; 5%; 15%; 25%;35%;45%) e cinco
repeties sobre o crescimento micelial e a esporulao do fungo. Para avaliar o crescimento
micelial, um disco de colnia fngica de 6 mm de dimetro foi depositado no centro de placas
de Petri contendo o meio Batata-dextrose-gar (BDA). Avaliou-se o dimetro das colnias em
dois sentidos opostos a cada 72 horas, utilizando uma rgua milimetrada. Realizou-se a
contagem de esporos do fungo em cmara de Neubauer, nove dias aps incubao. Definiu-se
a percentagem de inibio do crescimento micelial (PIC) e a percentagem de inibio da
esporulao (PIE) para cada tratamento em relao testemunha, e os dados foram
analisados Os dados foram analisados pelo programa estatstico SISVAR. Os resultados
demonstraram que o uso do extrato de velame nos tratamentos cujas concentraes foram
acima de 15%, inibiram completamente o crescimento do fungo F. gutiforme. Observou-se que
os tratamentos a partir da concentrao de 25% inibiram em 95% a esporulao. O extrato das
folhas de velame in vitro, interfiriram no crescimento micelial e na esporulao do fungo F.
gutiforme. Desta forma percebe-se que o extrato das folhas de velame pode ser uma
alternativa ao controle qumico do F. guttiforme, visto que o mesmo se apresentou como
potente agente fungicida.
Palavras-chaves: Bactrias,Biotecnologia,Canamicina
Resumo: A gua um recurso finito fundamental vida, sade, produo dos alimentos e
ao desenvolvimento sustentvel. Na agricultura, tanto a quantidade quanto a qualidade so de
grande valia para o cultivo, haja vista que a utilizao de gua contaminada na irrigao afeta a
qualidade das hortalias produzidas, podendo gerar risco sade dos comensais. Dessa
forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a qualidade das guas utilizadas na irrigao de
hortalias em comunidades rurais de Santo Antonio de Jesus (Bahia). Foram estudadas 9
hortas localizadas em quatro comunidades rurais do municpio, sendo estas distantes entre si.
A coleta da gua foi realizada no ponto de sada para irrigao. Foi realizada uma coleta na
estao chuvosa (agosto a outubro/2015) e uma na estao seca (maro a abril/2016). Foram
coletados de cada horta 1,5 L de gua em frasco de polietileno de primeiro uso. Na anlise
microbiolgica, foi verificada a presena de coliformes totais (CT) e Escherichia coli por meio
do mtodo rpido Readycult Coliforms 100 (Merck KGaA), estimadas as populaes de
bactrias heterotrficas (BH) por meio do mtodo de contagem rpida Petrifilm Aqua
Heterotrophic Count (AQHC, 3M Company); e bolores e leveduras (BL) utilizando placas
Petrifilm AquaYeast and Mold (AQYM, 3M Company). As anlises de pH, temperatura,
oxignio dissolvido e salinidade foram realizadas em campo logo aps a coleta por meio de
medidor multiparmetro AK88 (AKSO). Utilizou-se anlise de varincia (ANOVA) para avaliar
possveis diferenas significativas nos nveis de contaminao microbiolgica entre os perodos
de coleta (p<0,05). Foi verificado que a fonte de abastecimento de gua prevalente utilizada
para irrigao das hortalias era cisterna (55,5%). Constataram-se condies insatisfatrias
das guas destacando-se que as guas no possuam tratamento em 89% das hortas. Os
resultados microbiolgicos demonstraram que 100% das amostras coletadas no perodo
chuvoso (PC) e 67% das amostras coletadas no perodo seco (PS) estavam em desacordo
com a legislao apresentando contaminao por CT, BH e E. coli. Os valores de temperatura
estavam fora dos limites aceitveis (25 a 30 C) em 44% das amostras nos dois perodos de
coleta. Os valores de pH obtidos estavam abaixo do permitido (6,0 a 9,0) em 44% das
amostras no PC e em 22% no PS. O oxignio dissolvido (OD) encontrava-se abaixo do
permitido (>5 mg.L-) em 33% das amostras nos dois perodos de coleta. Os valores de
salinidade encontram-se adequados em 100% das amostras nos dois perodos caracterizando
as guas como doces e prprias para irrigao. Houve diferena estatstica significativa entre
os nveis de contaminao por BH entre o PS e PC (p = 0,04). A falta de saneamento bsico
nas comunidades pode acarretar na contaminao das fontes de abastecimento, interferindo
na qualidade da gua utilizada na irrigao das hortalias. Destarte, faz-se necessrio o
tratamento dessa gua antes do uso na irrigao. A clorao pode ser uma alternativa vivel e
de baixo custo para desinfeco da gua utilizada na irrigao, acompanhado de
monitoramento rotineiro na sua qualidade, de modo que seja possvel a produo de um
alimento sem riscos de contaminao.
Resumo: A geoprpolis um produto resinoso produzido por abelhas sociais sem ferro com a
finalidade de proteger a colmeia de invasores, composto por uma mistura de resinas de
plantas, ceras e terra. Muitas propriedades so atribudas a geoprpolis, tais como, anti-
inflamatria, antibacteriana, antifngica e antioxidante. Os fungos fitopatognicos so
responsveis por causar perdas significativas na produo da agavecultura, bananicultura e
citricultura, geram perdas econmicas que comprometem a sustentabilidade dessas culturas.
Nesse sentido o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do extrato aquoso da geoprpolis no
crescimento de fungos fitopatognicos. As espcies de fungos utilizados no trabalho foram
Aspergillus niger, Fusarium oxisporum f. sp. cubense e Colletotrium acutatum pertencente a
coleo de cultura do Laboratrio de Fitoqumica do Centro de Cincias Agrrias Ambientais e
Biolgicas da Universidade Federal do Recncavo da Bahia. A geoprpolis foi coletada de
caixas de abelha uruu (Melipona scutellaris Latreille, 1811) por meio de raspagem com
esptula e em seguida foi encaminhado para o laboratrio de fitoqumica. Para a obteno do
extrato da geoprpolis, as amostras foram maceradas e submetidas extrao com etanol
70% em temperatura ambiente em banho ultrassnico em seguida centrifugado. Aps esse
processo, foi realizada a filtragem para separao da parte inorgnica (terra), onde o
sobrenadante foi evaporado sob baixa presso para produzir o extrato seco. Desse extrato
seco foi pesado 1 mg e foi diludo em 1 ml de gua destilada esterilizada (soluo padro).
Dessa soluo foram determinadas cinco concentraes por meio do v/v (soluo/gua
destilada). As concentraes testadas foram: 0%, 25%, 50%, 75% e 100%. O teste
antimicrobiano foi realizado em placas de Petri de 9 cm contendo o meio BDA (Batata Dextrose
Agar). Foi retirado um disco de 5 mm da colnia de cada fungo e colocado no centro das
placas e 5 l do extrato aquoso de cada concentrao foi adicionado em disco de papel
esterilizado. As placas foram incubadas a 28C durante oito dias. Ao final do perodo de
incubao foi mensurado o dimetro das colnias com auxilio de uma regula milimtrica. O
delineamento foi o inteiramente casualizado composto por cinco tratamentos e dez repeties.
As mdias dos dimetros das colnias foram submetidos anlise de varincia (P< 0,05) e
quando constatada significncia, fez-se anlise de regresso linear e no-linear para selecionar
os modelos com os melhores ajustes com base no coeficiente de determinao (R). O extrato
aquoso se mostrou ineficiente em inibir o crescimento dos fungos testados, nem a
concentrao de 100% (soluo padro) foi capaz de inibir o crescimento. Esse resultado
mostra que o extrato aquoso de geoprpolis no recomendado para o controle de fungos
fitopatognicos, entretanto estudos futuros devem ser realizados com a utilizao de outros
tipos de solventes e posteriormente testar a sua eficcia no controle dessas ou de outras
espcies de fungos.
Resumo: As formigas da tribo Atinni possuem uma complexa relao com diversos
microrganismos que auxiliam na degradao do material vegetal, favorecendo assim a dieta de
larvas e adultos. Entre esses microrganismos encontram-se leveduras associadas ao jardim de
fungos. No entanto, muito pouco se conhece sobre a identidade taxonmica dessas leveduras.
Acredita-se que, assim como outros microrganismos, essas leveduras produzam compostos,
como enzimas, que auxiliem nessa complexa simbiose. Assim, esse trabalho teve como
objetivo a identificao molecular de amostras de leveduras isoladas dos jardins de fungos
dos ninhos de formiga Atta robusta Borgmeier. Para a reativao os isolados foram incubados
em placas contendo meio GYMP (2% de glicose, 0,5% de extrato de levedura, 1% de peptona
e 2% de gar). As placas permaneceram a 25 C (2 C) por 48 horas. Aps esse perodo
seguiu-se a extrao do DNA dos isolados utilizando o kit de extrao Wizard Genomic DNA
Purification. As amostras obtidas passaram pelo processo de Reao em Cadeia da
Polimerase (PCR) no qual foram utilizados o par de iniciadores ITS4
(TCCTCCGCTTATTGATATGC) e ITS5 (GGAAGTAAAAGTCGTAACAAGG) para a
amplificao da regio ITS (Internal Transcribed Spacer) que separa os genes 18S e 28S do
rDNA e constitui uma regio conservada entre fungos. Em seguida, os fragmentos foram
visualizados por meio de eletroforese em gel de agarose 0,8% sobre luz ultravioleta e
fotodocumentados. Os produtos da amplificao foram purificados com o kit Illustra GFX PCR
DNA and Gel Band Purification (GE Healthcare Life Sciences), quantificados pelo Qubit
(invitrogen) e encaminhados para a empresa ACTGene Anlises Moleculares LTDA, onde
ocorreu o sequenciamento utilizando o sequenciador automtico ABI-Prism 3500 Genetic
Analyzer (Applied Biosystems). A identidade taxonmica das sequncias geradas de cada
isolado foi obtida aps comparao com sequncias tipo depositadas no banco de dados
pblico, NCBI. Entre os 18 isolados de levedura obtidos, sete foram identificados at o
momento, sendo 4 representantes da espcie Candida neerlandica e os demais so C.
railenensis, C. quercitrusa e Wickerhamomyces sydowiorum. Espcies de Candida spp so
identificadas em diferentes ambientes, mas associadas a ninhos de formiga podem reportar ao
hbito alimentar, dinmica populacional de microrganismos em simbiose, estao do ano e at
mesmo como indicador de ao antrpica. Sobretudo, leveduras isoladas de ninhos de formiga
apresentam aporte biotecnolgico, pois muitos mecanismos de ao enzimtica so requeridos
para adaptao a condio de simbiose.
Resumo: As formigas da tribo Atinni possuem uma complexa relao com diversos
microrganismos que auxiliam na degradao do material vegetal, favorecendo assim a dieta de
larvas e adultos. Entre esses microrganismos encontram-se leveduras associadas ao jardim de
fungos. No entanto, muito pouco se conhece sobre a identidade taxonmica dessas leveduras.
Acredita-se que, assim como outros microrganismos, essas leveduras produzam compostos,
como enzimas, que auxiliem nessa complexa simbiose. Assim, esse trabalho teve como
objetivo a identificao molecular de amostras de leveduras isoladas dos jardins de fungos
dos ninhos de formiga Atta robusta Borgmeier. Para a reativao os isolados foram incubados
em placas contendo meio GYMP (2% de glicose, 0,5% de extrato de levedura, 1% de extrato
de malte e 2% de gar). As placas permaneceram a 25 C (2 C) por 48 horas. Aps esse
perodo seguiu-se a extrao do DNA dos isolados utilizando o kit de extrao Wizard Genomic
DNA Purification. As amostras obtidas passaram pelo processo de Reao em Cadeia da
Polimerase (PCR) no qual foram utilizados o par de iniciadores ITS4
(TCCTCCGCTTATTGATATGC) e ITS5 (GGAAGTAAAAGTCGTAACAAGG) para a
amplificao da regio ITS (Internal Transcribed Spacer) que separa os genes 18S e 28S do
rDNA e constitui uma regio conservada entre fungos. Em seguida, os fragmentos foram
visualizados por meio de eletroforese em gel de agarose 0,8% sobre luz ultravioleta e
fotodocumentados. Os produtos da amplificao foram purificados com o kit Illustra GFX PCR
DNA and Gel Band Purification (GE Healthcare Life Sciences), quantificados pelo Qubit
(invitrogen) e encaminhados para a empresa ACTGene Anlises Moleculares LTDA, onde
ocorreu o sequenciamento utilizando o sequenciador automtico ABI-Prism 3500 Genetic
Analyzer (Applied Biosystems). A identidade taxonmica das sequncias geradas de cada
isolado foi obtida aps comparao com sequncias tipo depositadas no banco de dados
pblico, NCBI. Entre os 18 isolados de levedura obtidos, 7 foram identificados at o momento,
sendo 4 representantes da espcie Candida neerlandica e os demais so C. railenensis, C.
quercitrusa e Wickerhamomyces sydowiorum. Desta forma, conclui-se que todas as sequencias
j so conhecidas, alm disso, pode-se considerar que o sequenciamento da regio ITS foi
eficiente na identificao dos isolados e os resultados iro contribuir para o enriquecimento de
dados genticos dos fungos. Espcies de Candida spp so identificadas em diferentes
ambientes, mas associadas a ninhos de formiga podem reportar ao hbito alimentar, dinmica
populacional de microrganismos em simbiose, estao do ano e at mesmo como indicador de
ao antrpica. Sobretudo, leveduras isoladas de ninhos de formiga apresentam aporte
biotecnolgico, pois muitos mecanismos de ao enzimtica so requeridos para adaptao a
condio de simbiose.
Resumo: A produo de ostras uma fonte de renda importante para a economia de muitas
comunidades pesqueiras, sobretudo, devido ao aumento mundial do consumo de moluscos
bivalves. As ostras so organismos filtradores que acumulam partculas e microrganismos em
seus tecidos, motivo pelo qual apresentam risco biolgico a sade humana quando ingeridas in
natura. Alm disso, a elevada resistncia antimicrobiana a diferentes agentes antimicrobianos
comerciais pode vir a dificultar o tratamento de pacientes com infeces alimentares. Baseado
nisso, este trabalho teve como objetivo estabelecer o perfil de suscetibilidade antimicrobiana de
Escherichia coli isoladas de moluscos bivalves na regio do Baixo Sul da Bahia. Para isso,
foram realizadas seis coletas de ostras de bancos naturais durante o perodo de junho de 2015
a janeiro de 2016, totalizando 720 ostras de extrativismo (bancos naturais) extradas do
esturio de Tapero. Para os testes de suscetibilidade antimicrobiana foram utilizados 15
frmacos de seis famlias, utilizando a tcnica de difuso de disco em placas. Foram
identificadas fenotipicamente 05 cepas de Escherichia coli. Desse total, 03 (60%) estirpes de
Escherichia coli apresentaram perfil de resistncia e 01 (20%) apresentou resistncia
antimicrobiana intermediria. O aumento da resistncia em cepas ambientais preocupante,
uma vez que cepas de Escherichia coli resistentes podem alcanar a microbiota intestinal do
homem por meio da ingesto de ostras cruas e por conjugao, conferir resistncia a diferentes
frmacos s bactrias comensais do trato intestinal. Com relao ao perfil de multiresistncia,
40% das cepas de Escherichia coli apresentaram resistncia a mais de um agente
antimicrobiano, tendo uma delas apresentado ndice de mltipla resistncia antimicrobiana
(MAR) de 0,20, ou seja, resistncia a trs antimicrobianos. Escherichia coli resistente a dois
ou mais antimicrobianos pode est associado a fenmenos de presso seletiva que
favorecem a instalao, manuteno e propagao de caractersticas de resistncia entre as
populaes bacterianas no ambiente. Diante disso, a presena de Escherichia coli
multirresistente em amostras de ostras representa um risco sade dos consumidores por
servir de veculo para a disseminao de bactrias resistentes a diferentes antimicrobianos,
uma vez que o descarte contnuo de resduos de antimicrobianos em ambientes aquticos
prejudica a microbiota residente.
Resumo: O sisal (Agave sisalana Perrine ex. Engelm) produzido no semirido da Bahia,
principal produtor nacional de fibra. uma cultura adaptada as condies edafoclimticas do
semirido, produzida por pequenos agricultores sem tratos culturais ou quaisquer outros
manejos. Neste aspecto tem ocorrido perdas na produo da fibra devido a podrido vermelha
do sisal causada pelo Aspergillus niger, cujo controle biolgico a alternativa economicamente
e efetivamente vivel. O projeto foi desenvolvido nos Laboratrios de Microbiologia Agrcola e
Biologia Molecular da Universidade Federal do Recncavo da Bahia, campus de Cruz das
Almas-BA, onde os fragmentos do caule obtidos foram lavadas em gua corrente e com
detergente neutro e a seguir seccionadas em fragmentos com 5 mm de dimetro para posterior
desinfestao em lcool 70% por 1 minuto, seguida de hipoclorito de sdio a 3% por 3 minutos
e novamente em lcool 70% por 30 segundos para ento serem lavadas com gua destilada
estril. Destarte, foram isolados fungos endofticos de caule de sisal, onde ocorre a doena
supramencionada, na perspectiva de identificar fungos com potenciais mecanismos de ao
contra o patgeno A. niger. O isolamento foi realizado pela tcnica de isolamento indireto
utilizando a metodologia descrita por Pereira et al., (1993) seguido do plaqueamento em meio
BDA batata dextrose gar + cloranfenicol (50 mg/L-1) e incubados em BOD 25 C por 15
dias para obteno de isolados. As culturas foram purificadas, criopreservadas e utilizadas
para extrao de DNA com o kit Wizard Genomic DNA Purification (Promega, Madison, EUA),
seguindo as recomendaes do fabricante. Aps quantificao das amostras de DNA obtidos
foram utilizados 60 ng de cada amostra para as amplificaes da regio ITS do rDNA por PCR
os primers ITS1 e ITS4, descrito por White et al. (1990). Os produtos de PCR (amplicons)
foram purificados utilizando o kit Illustra GFX PCR DNA and Gel Band Purification (GE
Healthcare Life Sciences) os quais foram quantificados pelo Qubit (invitrogen). Asamostras
foram sequenciadas pela empresa ACTGene Anlises Moleculares LTDA no sequenciador
automtico ABI-Prism 3500 Genetic Analyzer (Applied Biosystems). As sequncias obtidas
foram comparadas em bancos de dados pblicos (NCBI e Mycobank) que resultaram na
identificao preliminar de seis gneros e quatro espcies: Myceliophthora lutea, Fusarium
oxysporum, Gliomastix polychroma, Aspergilus caelatus, Fusarium sp., Curvularia sp. Estes
fungos sero utilizados em testes de antagonismo, competio e outros mecanismos de ao
contra A. niger em condies in vitro e em casa de vegetao.
Resumo: O sisal (Agave sisalana Perrine ex. Engelm) uma planta que se destaca por ter
grande importncia socioeconmica para o semirido da Bahia devido produo de fibra e
por ser resistente ao clima da regio. Tal produo tem sofrido declnio nos ltimos anos
devido podrido vermelha do tronco do sisal, causada pelo Aspergillus niger. O controle
biolgico o mtodo mais eficiente e economicamente vivel para patossistemas, uma vez que
no ha tratos culturais e por ser um patgeno presente no solo. Os estudos sobre a
comunidade microbiana presente na cultura do sisal ainda so incipientes, sendo assim, so
poucas as informaes a cerca desses micro-organismos, que podem ter potencial para serem
explorados em estudos biotecnolgicos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi isolar e
identificar fungos endofticos de folha de sisal os quais sero estudados quanto atividade
antagnica ao patgeno. O isolamento foi realizado pela metodologia descrita por Pereira et al.,
(1993). As culturas obtidas foram purificadas, criopreservadas e utilizadas para extrao de
DNA com o kit Wizard Genomic DNA Purification (Promega, Madison, EUA), seguindo as
recomendaes do fabricante. As amostras foram quantificadas por fluorometria e
padronizadas para 60 ng de DNA e PCR com os primers ITS1 e ITS4 descrito por White et al.
(1990) que codificam para a regio ITS do rDNA. Os produtos de PCR (amplicons) foram
purificados com o kit Illustra GFX PCR DNA and Gel Band Purification (GE Healthcare Life
Sciences) e em seguida quantificados por fluorometria usando o Qubit (invitrogen). As
amostras foram enviadas para a empresa ACTGene Anlises Moleculares LTDA para serem
sequenciadas. Aps comparao das sequncias obtidas com outras depositadas no NCBI e
Mycobank foram identificados espcies de Fusarium oxysporum e Fusarium sp., Aspergillus
caelatus e A. nomius, Trichoderma harzianum, Chaetomium globosum, Paecilomyces variotii e
Cladosporium cladosporioides. Muitos desses j foram relatados na literatura pelo potencial de
biocontrole de doenas em outras culturas, bem como aporte biotecnolgico, seja na
agricultura, na rea alimentcia e mdica. Este estudo contribui para o conhecimento da
micobiota do sisal que ainda incipiente, bem como na identificao de fungos que podem
apresentar ao antagonista ao principal patgeno que acomete a cultura do sisal.
Resumo: A anta um animal que apresenta grande disperso nas amricas, central e do sul,
e sia. Existem poucas espcies atualmente e, algumas delas, j extintas. A espcie atual do
gnero Tapirus terrestris apresenta distribuio restrita a mesoamrica e regio norte da
amrica do sul. A T. terrestris desempenha fundamental papel relacionado a manuteno de
espcies vegetais por ser dispersora de sementes. Alguns destes espcimes j habitaram
territrio baiano, restando apenas fsseis encontrados na regio do recncavo. A anta
considerada animal vulnervel de extino e a compreenso de suas caractersticas biolgicas
fornecem subsdio as aes conservacionistas para a espcie. Atravs da anlise do crnio de
um animal possvel identificar caractersticas significativas como sexo, habito alimentar e
idade estimada. O presente trabalho teve como objetivo determinar landmarks da poro facial
e do neurocrnio de um exemplar de T. terrestris para futura comparao com espcime pr-
fssil. Foi utilizado um crnio adulto, pertencente ao acervo didtico-cientfico do Parque
Zoobotnico de Salvador. O exemplar oriundo do prprio plantel do parque, tendo vindo a
bito de forma natural, por motivo de doena. Conforme Instruo Normativa 154/2007 do
IBAMA e registrado com o n 29/2016, o projeto foi aprovado em Conselho de Comit de tica,
em julho de 2016. Os mtodos utilizados para o estudo do crnio foram a morfometria
tradicional com uso de paqumetro e definio de 20 pontos de referncia, registro fotogrfico e
anlise radiogrfica digital. Aps a realizao das medidas, foram cruzadas informaes
existentes na literatura de referncia e observado dois componentes principais: largura e
comprimento do crnio. Estas medidas guardaram maior correlao com padres de referncia
para determinao da relao entre espcimes diferentes do gnero Tapirus. A anlise
radiogrfica permitiu verificar diferenas filogenticas significativas entre espcies de mesma
ordem perissodctila, a anta e o equino. Foram estabelecidas dimenses do seio frontal,
essenciais para caracterizao de espcimes fsseis, pr-fssil e atual. As diferenas de
hbito alimentar podem ser evidenciadas pela morfologia da superfcie oclusal dos dentes pr-
molares e molares das arcadas maxilar e mandibular. A anlise das caractersticas
morfolgicas do crnio determinou achados relevantes como a fuso completa de linhas de
suturas. A literatura acadmica e cientifica apresenta escassez de dados relacionados ao tema
abordado, deste modo, faz-se necessrio a realizao de pesquisas que contribuam com
novas evidncias e forneam subsdios para a prtica cientifica. Esses estudos so
preliminares e serviro de base para a comparao e determinao da escala filogentica de
espcimes fsseis.
Resumo: A Anta brasileira o maior mamfero das Amricas. Segundo o sistema integrado da
biodiversidade esta espcie do gnero Tapirus, atualmente, se encontra em risco de extino.
H pouco descrito sobre a morfologia desta espcie animal. Muitos trabalhos, de forma geral,
estabelecem um comparativo morfomtrico entre espcimes extintos com o T. pinchaque e
bardii e o atual T. terrestris. Conhecer a morfologia ssea de espcimes atuais viabiliza o
estudo comparativo para determinao de subespcies e identificao futura de elementos
fsseis mediante anatomia animal comparada. E, em relao a espcimes atuais h a
possibilidade de se estabelecer parmetros de imagem em diagnstico, normais, para
produo de dados que serviro em investigaes clnicas de indivduos deste gnero. A
mudana de caractersticas morfolgicas pode refletir adaptaes ambientais, sociais e
conhec-las pode determinar medidas importantes para conservao animal. Os estudos
morfomtricos de estruturas anatmicas por mtodos quantitativos permitem a deteco e a
avaliao de alteraes intra e interespecficas. Sendo assim, o presente estudo objetivou
comparar as tcnicas de tomografia computadorizada e radiologia digital na aquisio de
parmetros morfomtricos do seio frontal do crnio de Tapirus terrestris em comparao a
espcime pr-fssil de Tapirus sp. Obtidas a partir de tcnicas de tomografia computadorizada
(TC) e radiografia digital (RD). Foi escolhido um exemplar de Tapirus terrestris pertencente a
coleo do parque Zoobotnico de Salvador-BA, que veio a bito por causas naturais, e um
espcime pr-fssil de coleo particular da Universidade Federal do Recncavo da Bahia.
Este trabalho segue a instruo normativa 154/2007 do IBAMA e foi registrado com o nmero
de protocolo 29/2016, aprovado em Conselho de Comit de tica, em julho de 2016. O estudo
do seio frontal nesta espcie permite a descrio filogentica diferenciando espcimes fsseis
de atuais. Para este estudo foram aferidas duas medidas do seio frontal: a profundidade do
seio (PSF), desde o ponto mdio da sutura interfrontal at a lmina horizontal interna do osso
frontal e a largura do seio (LSF) perpendicular primeira medida no ponto de maior distncia.
As medidas obtidas atravs da RD foram PSF: 38 mm e LSF 60 mm e atravs da TC foram
PSF: 35,4mm e LSF: 56,2mm. A variao entre tcnicas foi calculada e determinada em
31,58%. Tal variao ocorre devido a magnificao das tcnicas radiogrficas simples
secundria a distncia do objeto ao filme. A presena de sobreposio na imagem radiogrfica
um fator complicador na obteno das medidas, enquanto que atravs da TC possvel
selecionar o melhor corte tomogrfico para as mensuraes. A tomografia computadorizada
como tcnica radiogrfica foi mais precisa na determinao de medidas cranianas que
objetivam traar um perfil evolucionrio de espcimes do gnero Tapirus.
Resumo: A espcie Tapirus terrestris, tambm conhecida como anta brasileira considerada
como o maior mamfero terrestre da Amrica do Sul. Os estudos anatmicos contribuem para o
conhecimento dos aspectos e do comportamento das espcies, assim como semelhanas e
diferenas. Os estudos anatmicos desta espcie subsidiam o manejo, a medicina veterinria
teraputica e contribuem para a preservao da espcie, uma vez que, cada espcie,
apresenta caractersticas morfolgicas prprias, adaptadas a condies ambientais e
comportamentais. Os estudos morfomtricos de estruturas anatmicas por mtodos
quantitativos permitem a deteco e a avaliao de alteraes intra e interespecficas. As
tcnicas radiolgicas so ferramentas importantes na avaliao de parmetros morfomtricos.
Sendo assim, o presente estudo objetivou comparar as tcnicas de tomografia
computadorizada e radiologia digital na aquisio de parmetros morfomtricos do seio frontal
do crnio de um exemplar de Tapirus terrestris obtidas a partir de tcnicas de tomografia
computadorizada (TC) e radiografia digital (RD). Foi escolhido um exemplar de Tapirus
terrestris pertencente a coleo do parque Zoobotnico de Salvador-BA, que veio a bito por
motivo de doena. Conforme Instruo Normativa 154/2007 do IBAMA e registrado com o n
29/2016, o projeto foi aprovado em Conselho de Comit de tica, em julho de 2016. O estudo
do seio frontal nesta espcie permite a descrio filogentica diferenciando espcimes fsseis
de atuais. Para este estudo foram aferidas duas medidas do seio frontal: a profundidade do
seio (PSF), desde o ponto mdio da sutura interfrontal a lamina horizontal interna do osso
frontal e a largura do seio (LSF) perpendicular primeira medida no ponto de maior distancia.
As medidas obtidas atravs da RD foram PSF: 38 mm e LSF 60 mm e atravs da TC foram
PSF: 35,4mm e LSF: 56,2mm. A variao entre tcnicas foi calculada e determinada em
31,58%. Tal variao ocorre devido a magnificao das tcnicas radiogrficas simples
secundaria distncia do objeto ao filme. A presena de sobreposio na imagem radiogrfica
um fator complicador na obteno de medidas, enquanto que atravs da TC possvel
selecionar o melhor corte tomogrfico para as mensuraes. A tomografia computadorizada
como tcnica radiogrfica se mostrou mais precisa na determinao de medidas cranianas que
objetivam traar um perfil evolucionrio de espcimes do gnero Tapirus.
Resumo: Doenas provocadas por parasitas esto consideravelmente relacionadas com casos
de morbidade e mortalidade, muito fatores de risco esto presentes nos lares ou em condies
de moradia da comunidade, o que indica a importncia da realizao de uma abordagem que
oriente as famlias sobre preveno. Atravs do projeto Parasita Low, uma proposta da
disciplina de parasitologia do curso de enfermagem, buscou-se orientar famlias pertencentes
comunidade de Capoeiruu, na cidade de Cachoeira, Bahia, sobre as medidas profilticas que
podem ser aplicadas no dia-a-dia contra as doenas parasitrias- Esquistossomose e doena
de Chagas, bem como incentivar a importncia da participao comunitria. A
Esquistossomose, causada por Schistosoma Mansoni considerada como um problema de
sade pblica, geralmente est relacionada com falta de saneamento bsico e gua tratada
que se aliam a pobreza e condio socioeconmica desfavorvel. A transmisso se d atravs
das cercrias oriundas dos caramujos infectados que penetram no epitlio humano dentro da
gua, os sintomas clnicos vo desde mal-estar, febre, diarreia, desconforto abdominal, at
formas mais graves da doena como esplenomegalia, hepatomegalia e ascite. O trabalho na
preveno da Esquistossomose importante pois visa induzir a diminuio tanto da
transmisso, da carga parasitria e da evoluo das suas formas graves. J a doenas de
Chagas causada por hospedeiros intermedirios de Trypanosoma Cruzi, transmitida por meio
de vetores, mais comumente o barbeiro, entretanto a transmisso pode ocorre por meio de
transfuses sanguneas, transplantes de rgos e atravs do ato sexual. O controle se d por
meio de eliminao do vetor e tambm contra a transmisso transfusional. Como profissional
de sade o enfermeiro est intimamente relacionado com o papel de educao em sade da
comunidade, a princpio com intuito de conhecer quais eram as doenas parasitrias mais
prevalentes no histrico relatado pelas famlias foi aplicado um formulrio, e partir das
informaes adquiridas, trs famlias foram selecionadas para receber as visitas, o critrio de
escolha das famlias se baseou em quais apresentavam mais condies de risco para doenas
parasitrias na moradia, que possuam um pobre conhecimento e tambm o histrico dessas
doenas na famlia. No dia 13 de abril de 2016, trs visitas domiciliares foram realizadas onde
foi possvel orientar por meio de palestra, o conceito dessas doenas, sintomas, tratamento e
diagnstico tambm quanto as medidas de preveno e controle e da importncia de
disseminar essas informaes para vizinhos e conhecidos ao redor. Um panfleto ilustrado
autoexplicativo sobre as doenas abordadas e uma sntese das informaes relatadas foi
deixado junto famlia. Essa metodologia aplicada nos fez identificar que muitas famlias esto
carentes de informaes e se encontram em condies propensas, reafirmando mais uma vez
a importncia de aes educativas. Tais aes em sade so uma ferramenta para a
promoo e preveno na experincia do enfermeiro em lidar com a famlia e comunidade,
promovendo reflexo, vnculos e transformao de saberes, reconhecendo as particularidades
de cada comunidade e, na circunstncia desse relato de experincia, poder articular junto s
famlias, medidas profilticas sobre as doenas provocadas por parasitas, mais
especificamente Esquistossomose e Doenas de Chagas.
Resumo: A infeco por Toxoplasma gondii constitui-se uma relevante causa de morbidade e
mortalidade em pacientes com SIDA ("Sndrome da Imunodeficincia Humana Adquirida").
Quando a infeco pelo parasito ocorre durante a gravidez pode acontecer a transmisso
congnita que se d por via hematognica, sendo a transmisso placentria etapa obrigatria,
podendo ocasionar implicaes patolgicas para o feto, cuja gravidade das sequelas depende
da idade gestacional em que ocorreu a infeco. Deste modo, podem trazer impactos na
qualidade de vida desta gestante e tambm do seu filho. Nesta perspectiva, este trabalho tem
como objetivo descrever o quadro epidemiolgico destas infeces em gestantes, identificar e
analisar os fatores de risco na infeco por toxoplasmose e/ou HIV neste grupo; discutir o
papel do acompanhamento pr-natal na minimizao de fatores de risco e morbidade das
infeces e; correlacionar os impactos das manifestaes clnicas decorrentes da infeco por
toxoplasmose e/ou HIV na qualidade de vida da gestante. Para tanto, realizou-se uma reviso
sistemtica da literatura referente a pesquisas sobre o tema, realizadas entre janeiro de 2014 e
janeiro de 2015, atravs da consulta a banco de dados secundrios, legislaes e artigos
cientficos. Como principais resultados tem-se que, a prevalncia da infeco pelo T. gondi
sofre variaes de distribuio, dentre outros motivos, est a questo climtica, sendo
observada maior prevalncia em climas quentes e midos. No Brasil, a regio Norte de clima
equatorial mido tem maior prevalncia de anticorpo anti-T gondii, com 71%. Alm disso, a
ocorrncia da toxoplasmose se relaciona diretamente com a frequncia de exposio a fatores
de riscos que incluem aspectos sociais, culturais e ambientais. Assim, o conhecimento do
panorama epidemiolgico da toxopasmose contribui para uma melhor percepo desses
fatores de risco. Sendo que, a mulher grvida com SIDA, fica mais propensa a desenvolver co-
infeco e aumenta a intensidade das manifestaes clnicas. Nesta perspectiva, a adequada
assistncia pr-natal se torna essencial. Deste modo, o programa de pr-natal pode funcionar
como importante aliado contra as sequelas da infeco congnita. Assim, enfatiza-se a
necessidade de polticas pblicas obrigatrias e acessveis para todas as gestantes, que visem
o diagnstico e controle da toxoplasmose, bem como, medidas educativas em sade para
gestantes.
Resumo: O estudo do solo de suma importncia para a Parasitologia, pois este pode ser
responsvel pela transmisso de diversas agentes infecciosos ou parasitrios. Segundo a
Organizao Mundial de Sade (OMS), as transmisses de helmintos podem acontecer por
solos, alimentos e/ou ambientes contaminados, locais que tenham saneamento bsico precrio
ou que no apresentem o mesmo; onde o nvel socioeconmico seja baixo, como o caso de
muitas comunidades de zona rural. Dessa forma, objetivou-se com este trabalho, avaliar os
solos de residncias de uma comunidade da zona rural de Santo Antnio de Jesus, quanto
presena de parasitos. Para a realizao da pesquisa, foram coletadas amostras de solos em
residncias de uma comunidade da zona rural de Santo Antnio de Jesus Bahia, durante o
perodo de maro a junho de 2016. Os materiais coletados foram processados no laboratrio
de Parasitologia no Centro de Cincias da Sade, da Universidade Federal do Recncavo da
Bahia. Para anlise parasitolgica, coletou-se 100 gramas de solo, na profundidade de 20 cm,
de quatro pontos da casa (frente, fundo, lado esquerdo e lado direito). As mesmas foram
identificadas, armazenadas em sacos plsticos para transporte e, posteriormente, analisadas
pelas tcnicas de sedimentao espontnea e Rugai, adaptadas para a pesquisa parasitria
em solos, e a leitura realizada em lminas duplicadas. Os responsveis pelas residncias
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Coletou-se 132 amostras de 33
casas participantes, e 100% foram positivas, pelo menos, para uma forma parasitria. As
principais formas parasitrias encontradas foram: cistos de protozorios ciliados e no ciliados;
cistos especficos de Endolimax nana e de Entamoeba histolytica; larvas (rabditoides e
filariides) e adultos (machos e fmeas) de nematelmintos; ovos de ancilostomdeos, de
Trichostrongylus sp e de outros nematodas. Diante da positividade relevante dos resultados
obtidos em todas as casas, percebe- se que o solo influencia diretamente na susceptibilidade e
exposio dessa populao a doenas parasitrias. Ressalta-se a importncia destes
resultados pelos achados de parasitos patognicos, bem como no patognicos, alguns de
vida livre e outros que se constituem em indicadores das condies sanitrias locais. Fatores
como, a ausncia de saneamento, higiene e medidas educacionais em sade, podem estar
diretamente ligados aos resultados encontrados nessa pesquisa. Desta forma, conclu-se que
os estudos para buscar a qualidade do solo e seus fatores de contaminao so importantes
para indicar agentes que possam influenciar diretamente na sade da populao, salientando o
descarte adequado de dejetos de humanos e animais, a fim de evitar tanto a contaminao do
solo quanto a infeco dos circulantes no local. Medidas de educao em sade devem ser
adotas, incluindo a populao em seu prprio cuidado e ateno sade.
Palavras-chave: Enteroparasitos,Socioeconmico,Infeco.
Resumo: Cisticercose uma infeco que adquirida no ser humano, pela ingesto dos ovos
da taenia solium. Essa transmisso acontece atravs da ingesto de alimentos contaminados
como frutas e verduras que esto infectadas pelos ovos da tnia. A doena adquire importncia
clinica devido as suas complicaes potencialmente letais a partir do envolvimento de rgos
vitais, constituindo um grave problema de sade pblica em pases em desenvolvimento. Aps
a contaminao a cisticercose pode causar vrios sintomas no ser humano, que so eles, dor
de cabea, convulses, palpitaes, cibras e at problemas de viso a depender do local
onde a larva se aloja. O enfermeiro exerce um papel importante na conscientizao da
comunidade acerca das formas de preveno, visto que a doena gera um alto custo para a
sade pblica devido s suas graves complicaes, tratamento e pela facilidade de
disseminao quando no se h, principalmente, saneamento bsico. Descrever a experincia
da realizao de visitas domiciliares a duas famlias de Capoeiruu, Cachoeira, Bahia, para
educao em sade, que tratou sobre a doena parasitaria da cisticercose, suas formas de
transmisso, preveno e tratamento o objetivo deste relato. Trata-se ento de um relato de
experincia, vinculado realizao do Projeto Parasita Low, da disciplina Parasitologia do
curso de enfermagem da Faculdade Adventista da Bahia. O Parasita Low uma extenso da
sala de aula que proporciona a aproximao da realidade e o desenvolvimento de atividades
de educao em sade. Para tanto foram visitadas duas famlias residentes em Capoeiruu,
Cachoeira, Bahia, no dia 18 de maro de 2016. As estratgias utilizadas incluram a realizao
de palestras, a discusso, e a entrega de cartilhas autoexplicativas e ilustrativa sobre
cisticercose. O presente relato permitiu destacar que muitas famlias eram carentes de
informaes, a respeito de hbitos rotineiros que poderiam evitar ou prolongar doenas
parasitarias, principalmente sobre a cisticercose que ainda desconhecida por parte da
populao. A palestra e a cartilha conscientizaram e orientaram as famlias visitadas sobre as
formas de preveno, transmisso, como ocorre ou at reduzir a ocorrncia dessas
parasitoses. Ficou evidente que aes educativas em sade uma estratgia eficiente para
promover reflexo, conhecimento e aprendizado para a comunidade. Alm disso, possibilitou a
promoo da sade atravs de estratgias de aproximao famlia-estudante de enfermagem
numa esfera prtica, estabelecendo interaes educacionais de sade, que a melhor forma
preventiva para evitar maiores complicaes de vrias doenas, e confirmou ainda que os
comportamentos podem diminuir os ricos para desenvolvimento da cisticercose e outras
parasitoses.
Resumo: As Lutas corporais embora seja contedo da Educao Fsica escolar (BRASIL,
1998; COLETIVO DE AUTORES, 1992) estudos apontam (NASCIMENTO e ALMEIDA, 2007;
RUFINO e DARIDO, 2015; GASPAROTTO e SANTOS, 2013) a sua pouca valorizao dentro
dos ambientes escolares brasileiros. Investigaes feitas por Matos et al. (2015) e Pereira
(2014) indicam ausncia do contedo Lutas nas escolas da regio do Vale do Jiquiria,
principalmente na cidade de Amargosa-Ba, ainda segundo os estudos, a falta de formao e
materiais, a no especialidade em uma modalidade de Luta, a atribuio das Lutas a violncia
so fatores que influenciam nessa desvalorizao. Diante disso, o objetivo desse relato
apresentar uma interveno feita com o contedo Lutas em aulas de Estgio nos anos inicias
do Ensino Fundamental em uma escola na cidade de Amargosa-BA. As intervenes
ocorreram durante as aulas de Estgio do curso de Educao Fsica da UFRB em uma escola
da rede municipal, da cidade de Amargosa-Ba em duas turmas do 3 ano do ensino
fundamental. Os perodos de durao das atividades foram de um ms, totalizando quatro
aulas em cada turma, com uma durao de duas horas cada. Como proposta de contedo
Lutas utilizou a defendida por Gomes (2008) e as intervenes baseadas nas Propostas
interacionistas apresentadas por Hirama et al (2014). A primeira aula foi apresentado o
contedo a turma, tal como a diferenciao de Lutas e Brigas e os Princpios Condicionantes
das Lutas, sendo trabalhado atravs de vdeos, discusses e experimentao de jogos; j a
segunda aula retomamos os contedos da aula passada e apresentamos as Lutas de mdia
distncia que se caracteriza por socos e chutes, nesse momento exibimos em vdeos e fotos
de modalidades que so consideradas Lutas de mdia distncia e em seguida as turmas
experimentaram jogos que estimulassem os socos e chutes; a terceira aula, foram retomados
os contedos das aulas anteriores e introduo das Lutas de longa distncia que se caracteriza
por uso de implementos, nessa aula conheceram as Lutas que se configuram como longa
distncia, construram implementos, como escudos e espadas, em seguida experimentaram
atividades com os materiais construdos; a quarta aula apresentamos as Lutas de curta
distncia que caracteriza-se pelo uso de aes, como agarrar, puxar e empurrar, quais
modalidades podem ser consideradas de curta e a experimentao de jogos que se exigiam
contato com o colega. Posterirormente fizemos uma discusso com alunos sobre o que eles
acharam do contedo. Antes do incio das atividades notamos que os alunos no conseguiam
diferenciar as lutas da briga, contudo aps a interveno notamos que muitos conseguiam
realizar tal diferenciao, quando perguntados sobre o que acharam as turmas indicaram que
gostaram do contedo e durante as aulas vimos grande aceitao, no presenciamos
situaes de violncias dentro das aulas, situao contrria a que as professoras das turmas
achavam que aconteceriam. Conclumos que a interveno com o contedo Lutas, embora
curta, se constituiu como um importante momento de quebra de paradigmas dentro da escola e
indicado que sua insero em aulas de Educao Fsica escolar possvel.
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido por dois discentes do curso de licenciatura em
Educao Fsica da Universidade Federal do Recncavo da Bahia/Centro de Formao de
Professores e tem como objetivo relatar experincias que envolveram questes de gnero
vivenciadas durante o estgio em educao fsica II. O mesmo, foi desenvolvido na Escola
Professora Dinorah Lemos da Silva, situada na cidade de Amargosa/Ba, numa turma do 6 ano
com alunas/os com faixa etria entre 10 e 12 anos. Os contedos trabalhados nesse perodo
foram Esportes Adaptados, Dana e Futsal/Futebol. Durante as aulas tericas e prticas com
esse ltimo contedo, surgiram diversas atitudes e falas preconceituosas vindas de alguns
alunos que no aceitavam a participao das meninas nessas aulas, pois tinham uma viso de
que as meninas no podiam e no sabiam jogar futsal/futebol, falas essas como as meninas
s sabem atrapalhar o jogo, elas no sabem nem receber a bola, imagina fazer gol. Algumas
meninas silenciavam-se ao escutar a essa situao, e outras contestavam Do mesmo modo
que vocs podem jogar, ns meninas tambm podemos, direitos iguais. Devido a esse forte
preconceito, buscamos desmistificar esse pensamento dialogando com todos, expondo vdeos
de mulheres jogando futebol e futsal, falando tambm sobre algumas jogadoras que so
grandes referncias no futebol feminino. Algumas meninas que silenciavam-se ao que os
meninos falavam, nas aulas prticas chegavam a falar no iremos atrapalhar o jogo?. Com
isso, surgem duas situaes o preconceito e o auto preconceito. Nas aulas prticas
dividamos sempre a turma em equipes mistas, com intuito de desconstruir certos pensamentos
e mostrar que as meninas podiam jogar, porm os meninos no passavam a bola para as
meninas, o que tornava o jogo desmotivador para elas. Desse modo, inclumos uma regra no
jogo, onde s as meninas poderiam fazer o gol, num primeiro instante houve uma grande
resistncia dos meninos e de algumas meninas tambm por se acharem incapazes, porm
todos seguiram o que tinha sido proposto, tornando o jogo mais igualitrio, participativo e
coletivo, principalmente quando uma das meninas fez gol. H anos, o futsal/futebol era
destinado apenas para os homens, uma vez que muitos tinham uma viso de que a prtica da
mulher nesses esportes poderia colocar em risco a sua feminilidade. Apesar dessa viso, a luta
feminina para romper os preconceitos e esteretipos vem crescendo gradativamente,
possibilitando a insero da mulher em diversos espaos sociais e no mundo esportivo.
Embora haja esse crescimento, notrio nos dias atuais o forte preconceito relacionado a
participao da mulher no futsal/futebol, inclusive no mbito escolar. Com isso, cabe a ns
professores desmistificar essa viso, fazendo com que as/os estudantes compreendam que as
mulheres podem e so capazes de participar de diversas prticas corporais.
Resumo: Por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia PIBID foram
realizadas observaes e colaboraes nas aulas da disciplina Educao Fsica da
professora/supervisora, em um Colgio Estadual parceiro, com o intuito de vivenciar as prticas
pedaggicas em sala de aula. A partir da, foi identificado algumas problemticas recorrentes
no cotidiano da escola. Entre estas, foi paraa grande quantidade de alunos circulando pelos
corredores, devido falta de professores por atestado de ausncia, e a grande quantidade de
lixo encontrado nas salas de aula e no ptio da escola. sabido que o descarte indevido do lixo
um grave problema ambiental, podendo gerar doenas e tambm danos ambientais, como:
poluio de rios, contaminao do solo e enchentes. Alm destes malefcios, tambm atrapalha
o desenvolvimento das prticas corporais, quando estas so desenvolvidas na natureza. Na
busca por uma ao transformadora, o subprojeto de Educao fsica do PIBID props o
desenvolvimento de oficinas ministradas pelos bolsistas, sendo estas intituladas como
Pibidianos em Brechas. Essas oficinas tem a metodologia fundamentada na Pedagogia
histrico-crtica, onde ocorrem cinco momentos:a Prtica Social Inicial, onde se busca o
conhecimento prvio do aluno, a Problematizao, onde so aprofundadas as principais
questes do contedo, a Instrumentalizao, com construo e sistematizao do
conhecimento cientfico, a Catarsemomento em que os alunos devem sintetizar o que foi
apreendido, e a Prtica Social Final, momento em que ocorre a adaptao uma nova leitura,
no s do fenmeno estudado.Na existncia da ausncia de algum/a professor/a, da escola.
Os bolsistas ministravam aulas nestas turmas em que os horrios estavam vagos. As aulas
seguiam um roteiro de mdulos desenvolvidos pelos bolsistas. Os mdulos eram:Introduo ao
lixo, Corrida Orientada, Frescobol, Parkour e Arvorismo.O primeiro trata-se de uma introduo
ao contedo lixo, momento que proporcionavaa percepo dos alunos acerca do contedo. No
segundo foi trabalhado a problematizao, questionando os alunos sobre o contedo e sobre a
realidade existente, atrelado ao esporte Corrida Orientada, que desenvolvido na natureza. No
terceiro mdulo, a prtica do frescobol articulada com o contedo lixo de forma sistematizada,
fazendo uma instrumentalizao do tema. No quarto, a Catarse, momento em que os alunos
apreendem o que foi dialogado e desenvolvido, juntamente com a prtica do Parkour.
Finalizando com a prtica social final, com a prtica do Arvorismo, tratando juntamente as
questes ambientais.Ao final dos mdulos, observamos avanos na compreenso dos
problemas causados pelo descarte indevido do lixo, como isso afeta a natureza e
consequentemente a prtica dos esportes na mesma. Esse entendimento resultou em uma
nova postura dos alunos, observadas atravs de aes de preservao e descarte devido na
escola, e tambm na realidade social em que esto inseridos.
Resumo: A sade mental dos docentes universitrios tem sido alvo de investigao nos
estudos epidemiolgicos, por se tratar de uma atividade que tem alta demanda tanto fsica
quanto psicolgica, e consequentemente expe os professores a riscos de adoecimento
psquico e pode contribuir para o desenvolvimento dos Transtornos Mentais Comuns (TMC),
considerados atualmente, um grave problema de sade pblica. Nesse cenrio, a adoo de
hbitos de vida saudveis, especificamente a prtica regular de atividade fsica, pode contribuir
para reduzir ou at mesmo prevenir o adoecimento mental nessa populao. Analisar a
associao da prtica de atividade fsica e transtornos mentais comuns entre os professores
de uma universidade da Bahia, tendo como objetivos especficos estimar a prevalncia de TMC
entre os docentes; descrever a ocorrncia de TMC e da prtica de atividade fsica segundo
aspectos sociodemogrficos da populao de estudo. Trata-se de estudo transversal,
exploratrio, populacional. Os aspectos relacionados sade mental dos profissionais foram
investigados atravs do Self-Reporting-Questionaire (SRQ-20). A prtica de atividade fsica foi
avaliada atravs do seguinte questionamento: voc pratica alguma atividade fsica? As opes
de resposta foram 1. Sim e 2. No. Foram considerados expostos aqueles que referiram no
praticar nenhum tipo de atividade fsica e no expostos aqueles que referiram praticar
atividades fsicas. A pesquisa foi aprovada pelo Comit de tica em Pesquisa com Seres
Humanos da Universidade Estadual de Feira de Santana. A amostra foi constituda por um total
de 314 professores universitrio. Em sua maioria do sexo feminino (53,3%), com at 45 anos
de idade (64%), que possuam companheiro(65,7%). Mais da metade (65,8%) referiu possuir
uma renda mdia mensal maior do que 10 salrios mnimos. Em relao carga horria de
trabalho, quase a totalidade dos professores, (95,1%), declarou trabalhar 40 horas semanais
ou em regime de Dedicao Exclusiva (DE). Pouco mais da metade dos professores (56,1%)
referiu praticar algum tipo de atividade fsica, enquanto, quase metade (43,9%), relatou no
praticar nenhum tipo de atividade fsica. A prevalncia de TMC mostrou-se elevada 20,2%. Foi
verificada associao positiva, entre prtica de atividade fsica e TMC (RP: 2,05; IC: 1,27
3,30; p = 0,006), sendo estatisticamente significante. Praticar atividade fsica comportou-se
como fator protetor ocorrncia de TMC, essa associao encontra respaldo na literatura, visto
que, a prtica de atividade fsica favorece o alvio do estresse e tenso, por aumentar a
liberao de um conjunto de hormnios neuroprotetores, denominados endorfinas. Dessa
maneira, o comportamento ativo, pode favorecer a elevao da autoestima e melhorar as
relaes sociais. Efeitos positivos sobre o estado de humor das pessoas, diminuio da tenso,
da ansiedade, da raiva e da depresso podem ser alcanados atravs da prtica regular de
atividade fsica, alm de proporcionar aumento do vigor fsico. Esses achados confirmam a
necessidade de adoo de polticas de sade do trabalhador voltadas para essa populao,
visto a especificidade desse campo de atuao, que expe seus trabalhadores a altas
demandas psicolgicas de trabalho.
Resumo: Esse trabalho tem como objetivo apresentar a importncia dos jogos e brincadeiras,
para crianas entre cinco a seis anos de idade do 1 ano do ensino fundamental I de uma
Escola Municipal do municpio de Amargosa- BA. Atualmente os jogos e brincadeiras mudaram
bastante quanto aos jogos de antigamente, e percebemos o quanto as crianas se divertem em
computadores, vdeo games, tabletes, tudo que envolve a tecnologia e acabam esquecendo-se
das brincadeiras ingnuas que no precisava de tecnologia para brincar. Com todos esses
recursos que o mundo nos oferece as brincadeiras ocorrem mais dentro de casa, e a cada dia
o numero de pessoas sedentrias cresce devido ao uso dessas tecnologias. Recordar Jogos,
brinquedos e brincadeiras tradicionais, muitas vezes nos faz lembrar-se dos tempos difceis em
que havia poucos e raros brinquedos. Sendo assim, concordamos que as brincadeiras
tradicionais infantis so fontes enriquecedoras enquanto resgate da cultura e prtica do ldico.
E foi pensando nos alunos, que resolvemos trabalhar o contedo Jogos e Brincadeiras para
que possamos desenvolver a coordenao motora ampla, a socializao, a qualidade de vida,
mudana de comportamento, novo valores, respeito e resgatar culturalmente alguns jogos e
brincadeiras esquecidas. A metodologia do nosso trabalho foi centrada na pedagogia Histrico-
crtica, a qual estruturada em momentos didticos articulados, que viso organizar a
apreenso do conhecimento cientfico. De acordo com Saviani (2009), essa pedagogia
desenvolvida em cinco momentos, que acontecem de forma articulada, sendo estes a Prtica
Social Inicial, a Problematizao, a Instrumentalizao, a Catarse e a Prtica Social Final. Para
que houvesse um controle das atividades desenvolvidas utilizamos um Caderno de Bordo, no
qual registramos o desenvolvimento de cada aula. Apesar de muitas crianas s falarem em
tecnologias, quando conversamos com eles o que iramos trabalhar durante o estgio eles
reagiram com muita euforia e aceitao, adoraram a idia de ir fazer atividade em outros
espaos que no fosse sala de aula, alm disso, eles no tm aulas de educao fsica nas
series iniciais, apenas uma vez na semana eles tem um momento chamado de recreio, e a
regente disse apenas trabalhar com cantigas de rodas, morto-vivo, entre outras. Vimos tambm
que o perodo da regncia a oportunidade que temos de entender, compreender e analisar
cada passo na prtica pedaggica, concebendo assim a teoria e a prtica vivenciada na
escola. De uma forma geral percebemos que o estgio nos proporciona a analise de que a
teoria e prtica devem caminhar juntas, possibilitando reflexes acerca da profisso docente e
na construo da identidade profissional de educador. Sendo assim percebemos que nossas
aulas foram dinmicas e interativas, permitindo as crianas criar, inventar, errar e assim
reaprender.
Resumo: O Servio de Atendimento Mvel de Urgncia, SAMU 192 Reconvale, foi planejado a
partir de uma articulao regional solidria e inaugurado em 16 de setembro de 2011
(DALTRO; BARBOSA; PITUBA, 2011). Atualmente, ele responsvel por prestar atendimento
na rea de abrangncia das Regies de Sade de Santo Antnio de Jesus e Cruz das Almas,
Estado da Bahia, envolvendo 32 municpios e uma populao total de aproximadamente
695.849 habitantes (IBGE, 2012). Os servios do SAMU 192 Reconvale funcionam em regime
de planto nas 24 horas, 07 dias por semana. Por se tratar de um servio relativamente novo,
no h estudos sobre a estrutura, processos ou resultados deste servio em mbito regional,
sendo esta a principal motivao para a realizao da pesquisa em tela. O presente trabalho
tem como objetivo descrever algumas caractersticas do perfil dos profissionais de sade do
SAMU 192 Reconvale que atuam nos nove municpios integrantes da Regio de Sade de
Cruz das Almas, Estado da Bahia. Para tanto, realizou-se uma pesquisa documental de
abordagem quantitativa, utilizando-se dados secundrios, obtidos junto ao Cadastro Nacional
dos Estabelecimentos de Sade, disponveis na plataforma online do Departamento de
Informao do SUS, referentes competncia setembro de 2015. Conforme a anlise dos
dados, 100% dos municpios da Regio de Sade de Cruz das Almas dispem de Base
Descentralizada do SAMU 192, nas quais trabalham 122 profissionais de sade entre
enfermeiros, tcnicos de enfermagem, mdicos e condutores. Estes dados demonstram que o
SAMU 192 Reconvale, para alm da importncia sanitria, tem importncia econmica dado ao
volume dos postos de trabalho gerados na regio. Em relao ao tipo de vnculo estabelecido
entre os profissionais atuantes no SAMU 192 Reconvale e os municpios da Regio de Sade
de Cruz as Almas, mais de 92,6% destes profissionais no tem vnculos trabalhistas estveis.
Conforme Machado, Oliveira e Moyses (2011), a situao crtica dos vnculos de trabalho na
sade pblica brasileira denominada precariedade do trabalho e tem sido alvo de
estratgias integradas com vistas a minorar sua presena no mbito do Sistema nico de
Sade. De acordo com o sexo, de forma geral, h relativo equilbrio entre mulheres e homens
profissionais de sade atuantes no SAMU 192 da regio em estudo. Entretanto, na categoria
Tcnico de Enfermagem h predomnio de mulheres (75,5%), condio que se inverte na
categoria Condutor onde 11,3% so mulheres. Estudos apontam que a feminizao do trabalho
est em expanso e que at mesmo em profisses historicamente masculinas tm-se
observado o aumento da participao das mulheres (WERMELINGER et al, 2010, apud
MACHADO, OLIVEIRA E MOYSES, 2011). Conclui-se, portanto, que o perfil dos profissionais
do SAMU 192 Reconvale que atuam nos nove municpios integrantes da Regio de Sade de
Cruz das Almas, Estado da Bahia, aproxima-se do perfil de trabalhadores da sade em mbito
nacional.
Resumo: Introduo: A cultura pode ser definida como um conjunto de elementos que mediam
e qualificam qualquer atividade fsica ou mental, que no seja determinada pela biologia, e que
seja compartilhada por diferentes membros de um grupo social. A cultura inclui valores,
smbolos, normas e prticas e deve ser incorporada s prticas em sade. Objetivo:Refletir
sobre a insero da cultura no contexto do cuidado clnico hospitalar no mbito da atuao em
Enfermagem. Metodologia:Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo reflexo terica
sobre a atuao profissional em Enfermagem frente cultura no contexto do cuidado clnico,
realizado a partir das atividades curriculares da disciplina Ateno Sade do Adulto I, do
Curso de Enfermagem da UFRB, a partir da realizao das prticas em umhospital pblico no
Recncavo da Bahia, no primeiro semestre de 2016. Como forma de obteno dos dados,
realizou-se discusses terica, observao participante das prticas adotada pela equipe de
enfermagem e dos dilogos com os pacientes e seus familiares/acompanhantes. Resultados:o
cuidado com perspectiva cultural, permite a construo de um plano teraputico nico, singular,
particularizado, que reala as identidades, saberes, ritos, tradicionalidades, crenas, valores
prprios de cada indivduo em determinada insero social. Na perspectiva do cuidado
implementado pelas equipes de Enfermagem, este planejamento de incluir e respeitar as
prticas culturais, compreendendo-as como fortes elementos para a produo do cuidado em
sade no contexto da hospitalizao. A cultura no mbito das prticas do cuidados ser
determinante e influente nas decises quanto ao tratamento, adeso s tcnicas e
propeduticas em sade, e da realizao de aes tais como a alimentao, higiene,
autoestima, interesse, utilizao de medicamentos, realizao de exames e adequao s
normas e rotinas institucionais. Discusso:Como forma de garantir que a cultura seja levada
em considerao, dispe-se a rea da Enfermagem da Teoria Transcultural de Madeleine
Leininger, como forma de fazer despertar para a incluso das diversidades, sejam elas
tnicos/raciais, religio/espiritualidade de gnero, regionalidade ou localizao geogrfica,
linguajar, aparncia, dentre tantas outros aspectos, que so presentes no cotidiano de trabalho
em Enfermagem. Alm dessa teoria, devem ser consideradas a Poltica Nacional de Educao
Popular em Sadee das Prticas Integrativas e Complementares, como forma de garantir que
as manifestaes culturais sejam vistas, respeitas e exploradas dentro das instituies de
sade, inclusive hospitalares, e dessa maneira, sejam melhor compreendidos os
comportamentos, entendimentos e manifestaes e superao do modelo biomdico e
hegemnico ainda vigente, que visibiliza determinadas aes tais como as das parteiras,
benzedeiras, raizeiros, dos terreiros e comunidades tradicionais, a exemplo das populaes
quilombola, indgena, do campo, das florestas e das guas. Concluso: Considerar os aspectos
culturais implementao dos planos teraputicos em Enfermagem, garantir a ampliao e
efetivao dos princpios do SUS de acesso universal, equnime, integral e humanizado em
qualquer estabelecimento de sade, reduzindo violncias institucionais, bem como a negao
da expressividade humana. Assim, este estudo torna-se relevante por debater uma temtica
pouco discutida no campo profissional e acadmico, alm de desvelar reflexes para a
construo de novos modelos de produo do cuidado.
Resumo: No Estado da Bahia temos o hemocentro regulador que composto pela Fundao
de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba), o qual integrado por uma rede de
Unidades Hemoterpicas de coleta e processamento de sangue, entre Hemocentros e Bancos
de Sangue (Unidades de Coleta e Transfuso - UCT) pblicos em todas as regies do Estado.
No municpio de Feira de Santana (FSa.) a UCT sediada em um hospital de grande porte,
que desenvolve atividades de coleta e transfuso. O presente estudo tem como objetivo relatar
as experincias das discentes durante a vivncia num projeto de interveno para captao de
doadores voluntrios de sangue em parceira com a UCT de FSa. - BA. O relato foi construdo a
partir da vivncia das discentes do 8 semestre do curso Enfermagem da UFRB, aps um
evento de extenso do tipo Campanha, que visa a orientao dos indivduos. A atividade foi
intitulada como Semana: Eu curto doar sangue. O evento foi realizado em um hospital geral,
um hospital referncia em atendimento peditrico, e numa praa pblica localizada no centro
da cidade em parceria com o UCT-Hemoba, de 09 a 12 de setembro de 2014. Tendo como
pblico alvo, acompanhantes e familiares dos pacientes internados dos dois hospitais, a equipe
de funcionrios e profissionais da sade dos setores, bem como a populao em geral. Aps a
realizao da campanha os dados secundrios referentes ao perodo da atividade foram
obtidos a partir do Sistema Hemovida do Hemoba de FSa., que fica no prprio HEMOBA/UCT
de FSa. Apresentaram-se ao servio 155 possveis doadores, os quais 121 (78,06%) foram
classificados como aptos doao e 34 (21,94%) como Inaptos. Os resultados monstraram
que a relao sexual com parceiro novo a menos de 6 meses sem uso de preservativo
configurou a maioria, 14,7%, entre os motivos para a inaptido. Seguido pela falta de repouso
com 11,76%. Endoscopia digestiva, nveis de Ht/Hb alto ou baixo, tatuagem, brinco, piercing,
uso de medicamentos/ antibiticos empatados com 8,8% das inaptides. Esses dados
reforam a necessidade para o aumento do nmero de doadores, pois mesmo entre aqueles
que se dispem a doar, fatores impeditivos sejam eles temporrios ou definitivos, reduzem os
nmeros de doaes. A campanha de captao de doadores teve um efeito positivo contando
com 46,45% das doaes realizadas durante a semana, ultrapassando a mdia de 100
doaes do hemocentro por semana, para 121 bolsas coletadas. Apesar do xito das
campanhas, sabe-se que elas no so a soluo definitiva para as dificuldades encontradas
pelos servios de hemoterapia, por serem intervenes pontuais para sanar problemas que so
recorrentes. A doao de sangue no uma prtica realizada pela maioria da populao, a
quebra dos paradigmas e a resistncia da populao um processo necessrio, que possvel
com estratgias de captao, educao e a sensibilizao da sociedade. De maneira geral, o
projeto de interveno possibilitou a compreenso do universo dos servios dos hemocentros,
as grandes dificuldades encontradas pelo servio, bem como a importncia da captao de
doadores.
Resumo: O espao de cirurgia de um hospital pode ser considerado o setor mais complexo e
que envolve riscos iminentes aos pacientes, tanto para os que so submetidos s cirurgias
eletivas quanto aos que necessitam de cirurgia de emergncia. O paciente cirrgico est
sujeito a muitas complicaes e alteraes sistmicas nos perodos pr-operatrio,
transoperatrio e ps-operatrio, visto que, deve-se haver uma assistncia especfica,
identificando alteraes e agravos e, prontamente, contrapor aes que mudem o quadro
clnico, visando recuperao da sade do indivduo. Com base na relevncia da temtica,
justifica-se a necessidade de conhecer cada ambiente e o trabalho da equipe enfermagem no
momento da graduao. O seguinte trabalho tem como objetivo descrever e discutir as
situaes rotineiras evidenciadas em um hospital pblico do interior da Bahia, tratando-se de
um relato de experincia do tipo descritivo e com abordagem qualitativa a partir de vivncias
prticas em Clnica Ortopdica (CO) de um hospital do interior da Bahia. Neste aspecto,
enquadram-se aes que proporcionam a integrao acadmica na perspectiva do processo
de ensino/aprendizagem, o que caracteriza como prtica integral da Sistematizao de
Assistncia a Enfermagem (SAE) e os princpios do Sistema nico de Sade (SUS). Boa parte
do perodo de prtica foi no ambiente da CO, onde buscou-se aplicar o conhecimento terico
sobre os cuidados que seriam necessrios na admisso do paciente ao ps-operatrio,
criando-se um dilogo com anlise de cada caso frente situao sade-doena apresentada
de maneira crtica-reflexiva e educao em sade relacionada aos cuidados necessrios em
domiclio para cuidadores aps a alta hospitalar. Foi escolhido o caso de uma paciente vtima
de acidente de moto, com fratura interna de tbia e leves escoriaes no dorso. Contudo, o
membro atingido estava extremamente infectado, apresentando diversos flictenas de tamanhos
variados e com secreo serosanguinolenta, demonstrando que a leso foi de alto grau. Esse
momento foi importante para que se tivesse a oportunidade de traar os cuidados de
enfermagem, realizar os procedimentos e orientar a paciente quanto ao autocuidado. A
abordagem cirrgica no pde ocorrer devido o nvel de infeco do membro, sendo a paciente
tratada com antibioticoterapia e, posteriormente, encaminhada para tratamento domiciliar. A
CO tem fundamental importncia, pois oferece um espao com cuidados especficos ao
paciente com fraturas, advindos ou no da clnica cirrgica ou centro cirrgico. O contato do
estudante de enfermagem com atividades dirias em uma unidade hospitalar somado
realizao das prticas acadmicas, alm de incorporar novos desafios relacionados
profisso, fazendo desse, um momento de consolidao, qualificao do processo educativo e
realizao pessoal.
Resumo: Segundo a OMS, o aumento da obesidade observado nos ltimos anos tem
assumido carter epidmico. Em 2004, pela primeira vez, o nmero de pessoas com peso
acima do recomendado ultrapassou o nmero de desnutridos em nosso planeta, atingindo
cerca de um bilho de adultos com excesso de peso, sendo 300 milhes clinicamente obesos.
Os dados mostram que o estado nutricional na primeira infncia repercute na vida adulta.
Neste contexto, a puericultura surge como ferramenta oportuna no acompanhamento integral
do crescimento e desenvolvimento infantil, voltando-se para os aspectos de preveno e
promoo da sade de modo que a criana atinja a vida adulta sem influncias desfavorveis
trazidas da infncia. O objetivo desse trabalho relatar a experincia da assistncia prestada
por acadmicas do curso de enfermagem da Universidade Federal do Recncavo da Bahia
(UFRB) s crianas com sobrepeso/obesidade durante a consulta de puericultura. Trata-se de
estudo descritivo, do tipo relato de experincia, realizado durante consultas de puericultura em
uma Unidade de Sade da Famlia de um municpio do Recncavo da Bahia. Dentre as 15
crianas atendidas, duas encontravam-se com IMC acima do recomendado para a idade e
foram selecionadas para este trabalho. As consultas foram realizadas segundo o caderno de
ateno bsica do Ministrio da Sade. Os resultados obtidos relatam as experincias vividas
durante a consulta de puericultura com duas crianas de 1 ano e 10 meses e 9 meses de
idade. O primeiro caso, E.S.A, foi atendida em duas oportunidades, no primeiro atendimento,
apresentava IMC 22,97, >Percentil 99,9 e escore Z >+3 indicando obesidade infantil. No
segundo atendimento, a criana no apresentou alteraes, porm a genitora referiu algumas
mudanas alimentares na rotina. No segundo caso, D.L.S.S foi atendido pelo grupo em uma
nica oportunidade, o mesmo encontrava-se com IMC 21,24 Escore z +3 indicando sobrepeso.
Detectado o problema, buscou-se, assumir o papel da enfermagem na preveno da
obesidade infantil, realizando orientaes de incentivo s boas prticas alimentares e
atividades fsica, juntamente com a famlia da criana, e o atendimento multiprofissional
especializado, constituindo um meio essencial para preveno e controle da obesidade infantil.
Conclui-se que o enfermeiro, seja nas consultas de puericultura, orientaes alimentares e
acompanhamento do programa bolsa famlia, tem a oportunidade de promover, prever e
acompanhar a criana obesa ou em risco para desenvolv-la, sendo sua atuao de suma
importncia ao identificar fatores de risco e inserir estratgias para a famlia no cuidado a essas
crianas.
Resumo: Dentre todas as fases da vida, a juventude marcada como a poca das
descobertas, independncia e desafios. Ao ingressarem no ensino superior muitos jovens
saem de suas casas, criam novos ciclos de amizade e vivenciam as mais diversas experincias
que levam desde a momentos de diverso, a situaes consideravelmente estressantes. Por
essa razo, esse grupo encontra-se entre os que mais utilizam substncias psicoativas,
principalmente o lcool e o tabaco. Desta forma, esse trabalho teve por objetivo identificar e
analisar as informaes disponveis nos peridicos, referentes ao uso de substncias
psicoativas por jovens universitrios. O presente estudo trata-se de uma reviso integrativa da
literatura que utilizou as bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Cincias da Sade), MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e
SCIELO (Scientific Electronic Library Online) para a busca bibliogrfica. Os artigos
selecionados foram os realizados entre 2006 e 2016, e que estavam consonantes com os
critrios de incluso pr-construdos. Foram encontrados 11 artigos aps leitura na ntegra,
onde a maioria pesquisava sobre o uso tanto de substncias lcitas quanto ilcitas por
estudantes. Por unanimidade, o lcool, seguido do tabaco, foram as drogas mais utilizadas
pelos estudantes. As pesquisas foram realizadas tanto em instituies privadas, como em
pblicas, e em quase todos os artigos questiona-se sobre o papel dessas escolas de nvel
superior frente a este problema de sade pblica. O consumo de substncias psicoativas por
jovens universitrios e suas implicaes sade um tema complexo e que merece devida
ateno pelas consequncias que o uso abusivo dessas drogas traz. Por se tratar de um grupo
altamente vulnervel, os universitrios (em especial queles que pretendem se tornar
profissionais de sade, tendo em vista a importncia da representatividade para os pacientes e
a boa sade desses profissionais a fim de evitar prejuzo na assistncia prestada), devem ser
abordados de uma forma diferenciada, informados e conscientizados acerca das
consequncias do uso de drogas. Essa reviso integrativa evidenciou o problema do uso de
drogas entre estudantes universitrios, e que medidas, tais como promoo, preveno e
reduo de danos, devem ser utilizadas para a diminuio ou a responsabilizao no momento
do uso.
Resumo: O Suporte Bsico de Vida (SBV) confere por meio de uma cadeia de sobrevivncia,
elementos universais e integrados para o atendimento em situaes onde ocorra uma parada
cardiorrespiratria e que sejam indicados cuidados e manobras de ressuscitao. O Objetivo
do trabalho descrever e identificar lacunas no conhecimento dos profissionais de sade frente
ao desempenho do Suporte Bsico de Vida. Trata-se de uma reviso integrativa da literatura,
realizada nas bases de dados cientficos Scielo, Lilacs e BDENF. A busca das produes foi
conduzida pelos descritores: Suporte Bsico de Vida, profissional da sade e Foram includos
estudos nacionais, publicados na ntegra dos anos de 2010 2015. Excluram-se os estudos
duplicados, com resultados inconsistentes, teses, dissertaes, anais de eventos. Foram
encontradas 514 produes, porm aps a aplicao dos critrios e incluso e excluso, foram
selecionadas 12 artigos e que respondiam a pergunta de investigao: qual o conhecimento
dos profissionais de sade frente ao desempenho do Suporte Bsico de Vida. Os estudos
selecionados foram publicados em regies diversas do pas, com destaque para a regio
Nordeste, sendo realizados com profissionais de sade, prevalecendo os da Enfermagem.
Notou-se que os estudos apontaram muitas fragilidades quanto ao conhecimento dos
profissionais. As maiores deficincias foram relacionadas abordagem inicial das vias areas
(manuseio, tcnica de abertura e fornecimento das ventilaes), cuidados ps-ressuscitao (
reconhecimento precoce das alteraes cardacas, deteco precoce da parada
cardiorrespiratria (PCR), aplicao da cadeia de sobrevivncia sistematizada e SBV
recomendada pela American Heart Association e tcnica de compresso cardaca externa
(relao compresso/ventilao, ciclo das compresses, profundidade, retorno visvel e
elevao do trax) e quanto a utilizao do desfibrilador externo automtico (DEA) e
desbribrilador/cardioversor (posio das ps para colocao do DEA, carga em joules na
desfibrilao, afastamento das pessoas/profissionais da vtima durante a aplicao do
choque). Os estudos tambm apontaram que a aproximao dos profissionais com essa
temtica na formao, bem como na realizao de cursos de formao contribuem para a
aquisio de conhecimento e na reduo dos erros e fragilidades, inclusive na conduo das
prticas profissionais, pois ficou evidenciado o maior percentual de acertos em pr-testes e
ps-testes das pesquisas naqueles profissionais que j tinham realizados treinamentos na
rea, comprovando a necessidade e relevncia da educao permanente em sade, alm de
garantir maior sobrevida s vtimas/pacientes. Foram recomendados nos estudos pontos a
serem revistos, tais como a necessidade de atualizao e capacitao profissional na rea com
periodicidade, como forma de corresponder o desempenho das habilidades com qualidade,
alm de apontar que o conhecimento cientfico quanto no atualizado tem a declinar com o
passar do tempo, comprometendo a assistncia sade. O estudo apontou a externa
necessidade quanto a aquisio de conhecimento para desempenho das habilidades frente
conduo do Suporte Bsico de Vida, como forma de possibilitar o restabelecimento e a
manuteno da vida das pessoas em situaes crticas de sade, tal como as paradas
cardiorrespiratrias. Sendo assim, este estudo torna-se relevante por abordar temtica que
detm importncia social, acadmica e para o avano da assistncia sade.
Resumo: O presente relato de experincia parte da anlise dos resultados obtidos atravs de
uma interveno elaborada como ao integrante do Seminrio Multiprofissional em Patologia
em sua dcima primeira verso, j sendo caracterizado como um evento de extenso
permanente no Centro de Cincias da Sade. Sua periodicidade de acontecimento ocorre a
cada semestre e os alunos se mobilizam para a construo do mesmo. Esse evento envolve
discentes dos cursos de graduao em Medicina, Enfermagem, Nutrio e Bacharelado em
Sade desse centro, divididos em 04 grupos para discutir multiprofissionalmente subtemas
relacionados ao tema central: Dialogo entre as comunidades tradicionais Quilombola e os
saberes em sade: em uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar.Tendo como
objetivo: sensibilizao dos discentes para trabalhos em equipes multiprofissionais; ampliao
do entendimento multidimensional do adoecimento em ciclos da vida diferentes e avaliao de
aspectos epidemiolgicos, histricos, socioculturais, econmicos, patolgicos, teraputicos e
psicoemocionais de agravos sade provocado por patologias que mais acometem as
comunidades tradicionais.Os discentes se envolveram na atividade e para sua realizao
movimentam a cidade para captar patrocnio e para convidar a comunidade local para esse
evento no dia referido. Nesse semestre a possibilidade de fazer um seminrio itinerante,
fazendo dessa oportunidade uma ao CCS (cientfica, cultural e solidria) na comunidade do
Dend, situada no distrito de Iguape, Cachoeira-Bahia. A escolha desse local se deu pela forte
influncia dessa comunidade ser tradicional quilombola, tendo a necessidade de discutir
diversos temas que permeiam a sade da criana, do homem, da mulher e do idoso. As aes
se desenvolveram de forma ldico-cultural promovendo uma interveno em base a ludoterapia
e arteterapia voltada para a comunidade do Dend, Kaonge e Kalemb, a fim de minimizar a
vulnerabilidade social destes grupos. Com o recurso de mesas demonstrativas foram
abordados subtemas.A multidisciplinaridade envolvendo estudantes de graduao de diversos
cursos proporcionou viso ampla em diversos aspectos positivos nos quesitos de interveno
em sade para a comunidade. A troca de conhecimento e o entrosamento entre classes de
sade que em determinados momentos trabalham isoladas quando deveriam se complementar
em um contexto que coloca a sade como algo multiprofissional foi possvel ser realizado no
evento o que trouxe pontos positivos e uma vontade incansvel de manter este projeto de
extenso multiprofissional vivo trazendo bons frutos para os graduandos que conseguem abrir
seu campo de viso sobre a pluralidade que trabalhar com a promoo da sade de forma
plena.A oportunidade de participar da organizao e construo do evento proporcionou um
olhar direcionado possibilidade de interao do que cultural atrelado ao que cientfico,
sem desconstruir o que a cultura nos traz em sua raz complementando com os conhecimentos
cientficos de forma respeitosa para ambas as partes. Sem dvidas a experincia contribuiu
para um olhar mais amplo sobre o que promover sade e as formas de como essa promoo
pode ser feita. Os diferentes tipos de saberes no excluem ou anulam qualquer outro, mas se
completam e tem ao de soma positiva.
Resumo: O HTLV um vrus que acomete a clula imunolgica linfcito T. Ele classificado
em HTLV-1 e HTLV2 e diferem de acordo com as manifestaes clnicas. O HTLV-1 pode
ocasionar doenas neurolgicas, como a paraparesia espstica tropical e mielopatia associada
ao HTLV, uvetes e linfomas de clula T, j o HTLV-2 causa menos danos ao organismo. No
Brasil a infeco pelo HTLV constitui um problema de Sade Pblica que no foi devidamente
assumido, por esse motivo permanece, sem uma diretriz de poltica pblica especfica em seu
enfrentamento, alm de ser uma doena desconhecida pelo pblico em geral, e pouco
estudada pelos profissionais de sade. Analisar o sentido do adoecimento pelo HTLV,
explorando aspectos ligados ao autocuidado. Trata-se de um estudo descritivo e exploratrio
com abordagem qualitativa. O lcus da pesquisa o Centro de Testagem e Aconselhamento
(CTA) localizado no municpio de Santo Antnio de Jesus (SAJ) /Bahia (BA). Os sujeitos do
estudo so as pessoas soropositivas para o HTLV cadastradas no CTA/SAJ, includas a partir
dos seguintes critrios: serem adultos de ambos os sexos, aceitarem participar
espontaneamente do estudo e terem diagnstico confirmado de sua condio sorolgica para o
HTLV. Como fonte de coleta das informaes so utilizadas a tcnica da entrevista em
profundidade e tcnica projetiva do desenho-estria com tema. Os dados provenientes da
entrevista em profundidade so analisados atravs da anlise de contedo temtica, tendo
como referencial terico a Teoria do autocuidado de Orem. Viver com o HTLV impe imensos
desafios, dentre eles o cuidado com o corpo enfermo. Foi possvel identificar as pessoas
acometidas pelo HTLV, que fazem o acompanhamento no CTA/SAJ, alm de avaliar o nvel de
conhecimento dessas pessoas sobre a infeco/doena pelo HTLV e o autocuidado. de
suma importncia que os profissionais de sade, em especial a enfermagem, tenham aporte
terico sobre o autocuidado, de modo a orientar os soropositivos para o autocuidado,
promovendo, prevenido e tratando os soropositivos para o HTLV. O HTLV uma doena pouco
discutida, sendo um problema para a sade pblica. O estudo contribui e fornece dados para
subsidiar o cuidado de enfermagem voltado aos homens e mulheres acometidos pelo HTLV.
Para que as pessoas soropositivas possam se cuidar preciso que estejam motivadas e
informadas, sendo necessrio, que os profissionais de sade, em especial a enfermagem,
tenham aporte terico sobre o autocuidado, de modo a orient-los e incentiv-los ao
autocuidado.
Autor(es): ELIETE DOS SANTOS ALMEIDA, ANDERSON REIS SOUSA, CRISTIANE DOS
SANTOS FERREIRA, CARINNE MARINS LIMA, GLACIANE PAIXO BEZERRA, MAYLA
MORAES
Resumo: O uso das plantas medicinais constitui em uma prtica ativa e viva desde os tempos
mais remotos at os dias atuais, no se restringindo apenas a uma classe social, desde aquela
comunidade com menor poder aquisitivo at a camada mais abastada da sociedade. Com os
avanos na rea cientfica, houve progresso no desenvolvimento mais seguro e eficaz dos
fitoterpicos, demonstrando um cenrio promissor da utilizao das plantas medicinais,
evidenciado pelo crescimento nas ltimas dcadas das prticas alternativas, entre elas a
fitoterpica, evidenciada atravs da implementao da Poltica Nacional de Prticas
Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC). Na assistncia de Enfermagem e na
sociedade os profissionais enfermeiros interagem com indivduos com variadas formaes
culturais, que influencia a forma como o cuidado prestado. Nesse sentido a enfermagem
interage com pacientes de forma transcultural, em que Madeline Leininger, autora da Teoria
Transcultural, descreve a cultura que envolve valores, crenas, em que o centro do cuidado o
cliente. O objetivo descrever as contribuies da insero das plantas e leos medicinais, ao
cuidado clnico para a Assistncia de Enfermagem em um hospital pblico do Recncavo da
Bahia. Trata-se de um relato de experincia, qualitativo, realizado no primeiro semestre de
2016, pelos discentes do Curso de Graduao em Enfermagem da Universidade Federal do
Recncavo da Bahia, do componente curricular de Enfermagem em Sade do Adulto 1. A
interveno foi dividida em quatro etapas, primeiro foi realizada uma reviso bibliogrfica da
literatura, com busca eletrnica de artigos em bases de dados cientficos, livros e manuais da
rea. No segundo momento, foi aplicada uma enquete semi-estruturada, para obter
informaes das plantas medicinais utilizadas pelos pacientes internados no hospital. No
terceiro momento houve uma ao emponderativa, de forma ldica, atravs da utilizao de
leos medicinais, e orientaes sobre sua funo e benefcios. No quarto momento aconteceu
uma atividade de educao em sade com os pacientes e acompanhantes sobre a eficcia das
plantas medicinais frente aos agravos clnicos de sade, com a confeco de um livro
informativo, pelos discentes mediante enquete, com descrio das plantas medicinais e sua
aplicabilidade, com a oferta de chs, e entrega de sementes para serem plantadas aps alta
hospitalar. Em meio aos trabalhos realizados na instituio hospitalar ressalta-se a importncia
em garantir a promoo da sade, reconhecendo teraputicas e saberes populares adotados, e
uni-los junto prtica mdica dispensada nos hospitais. Apesar de haver respaldo em polticas
de sade, as prticas integrativas ainda no so prioridades entre as equipes de sade.
Limitaes foram superadas, havendo interatividade, sensibilizao das equipes para a
aplicao das tcnicas, bem como adeso dos pacientes, acompanhantes, que contribuio para
prtica em Enfermagem frente ao processo de produo do cuidado aos pacientes. Diante do
contexto apresentado, evidenciou-se a necessidade da adoo das prticas integrativas e
complementares como forma de desvelar a educao popular em sade, promover cuidado
integral como forma de valorizar o sujeito, sua cultura e conhecimento. Foi possvel identificar a
partir dos relatos e da adeso s aes, contribuies para a Assistncia de Enfermagem.
Resumo: O uso das plantas medicinais constitui em uma prtica ativa e viva desde os tempos
mais remotos at os dias atuais, no se restringindo apenas a uma classe social, desde aquela
comunidade com menor poder aquisitivo at a camada mais abastada da sociedade. Com os
avanos na rea cientfica, houve progresso no desenvolvimento mais seguro e eficaz dos
fitoterpicos, demonstrando um cenrio promissor da utilizao das plantas medicinais,
evidenciado pelo crescimento nas ltimas dcadas das prticas alternativas, entre elas a
fitoterpica, evidenciada atravs da implementao da Poltica Nacional de Prticas
Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC). Na assistncia de Enfermagem e na
sociedade os profissionais enfermeiros interagem com indivduos com variadas formaes
culturais, que influencia a forma como o cuidado prestado. Nesse sentido a enfermagem
interage com pacientes de forma transcultural, em que Madeline Leininger, autora da Teoria
Transcultural, descreve a cultura que envolve valores, crenas, em que o centro do cuidado o
cliente. O objetivo descrever as contribuies da insero das plantas e leos medicinais, ao
cuidado clnico para a Assistncia de Enfermagem em um hospital pblico do Recncavo da
Bahia. Trata-se de um relato de experincia, qualitativo, realizado no primeiro semestre de
2016, pelos discentes do Curso de Graduao em Enfermagem da Universidade Federal do
Recncavo da Bahia, do componente curricular de Enfermagem em Sade do Adulto 1. A
interveno foi dividida em quatro etapas, primeiro foi realizada uma reviso bibliogrfica da
literatura, com busca eletrnica de artigos em bases de dados cientficos, livros e manuais da
rea. No segundo momento, foi aplicada uma enquete semi-estruturada, para obter
informaes das plantas medicinais utilizadas pelos pacientes internados no hospital. No
terceiro momento houve uma ao emponderativa, de forma ldica, atravs da utilizao de
leos medicinais, e orientaes sobre sua funo e benefcios. No quarto momento aconteceu
uma atividade de educao em sade com os pacientes e acompanhantes sobre a eficcia das
plantas medicinais frente aos agravos clnicos de sade, com a confeco de um livro
informativo, pelos discentes mediante enquete, com descrio das plantas medicinais e sua
aplicabilidade, com a oferta de chs, e entrega de sementes para serem plantadas aps alta
hospitalar. Em meio aos trabalhos realizados na instituio hospitalar ressalta-se a importncia
em garantir a promoo da sade, reconhecendo teraputicas e saberes populares adotados, e
uni-los junto prtica mdica dispensada nos hospitais. Apesar de haver respaldo em polticas
de sade, as prticas integrativas ainda no so prioridades entre as equipes de sade.
Limitaes foram superadas, havendo interatividade, sensibilizao das equipes para a
aplicao das tcnicas, bem como adeso dos pacientes, acompanhantes, que contribuio para
prtica em Enfermagem frente ao processo de produo do cuidado aos pacientes. Diante do
contexto apresentado, evidenciou-se a necessidade da adoo das prticas integrativas e
complementares como forma de desvelar a educao popular em sade, promover cuidado
integral como forma de valorizar o sujeito, sua cultura e conhecimento. Foi possvel identificar a
partir dos relatos e da adeso s aes, contribuies para a Assistncia de Enfermagem.
Resumo: A dor est presente na maioria dos processos patolgicos, entretanto se caracteriza
de diversas maneiras. Pacientes que sofrem das mesmas patologias podem experimentar
diferentes nveis de dor, o que a torna subjetiva e pessoal. Este estudo teve como objetivo
relatar a experincia das contribuies para a Assistncia de Enfermagem a partir da insero
das prticas integrativas e complementares para o manejo e alvio da dor no mbito clnico.
Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experincia, realizado por
discentes do Curso de Graduao em Enfermagem da Universidade Federal do Recncavo da
Bahia, do componente curricular Sade do Adulto I, na unidade de clnica mdica em um
hospital pblico do Recncavo da Bahia, Brasil. As aes pautaram-se nas discusses tericas
do Processo de Enfermagem, Sistematizao da Assistncia de Enfermagem, bem como da
educao popular em sade e das prticas integrativas e complementares no SUS para
entendimento do manejo e alvio da dor. As aes foram dividida em etapas. Inicialmente
elaborou-se um questionrio multidimensional sobre a vivncia no contexto hospitalar, as
questes que envolviam o adoecimento e a presena da dor. Posteriormente foi realizada as
intervenes assistenciais juntos aos pacientes nas enfermarias coletivas, aplicando a escala
visual e EMADOR para caracterizao quanto a intensidade, qualidade e avaliao do limiar de
dor. Participaram dessa entrevista 14 pacientes, em que investigou-se ainda quais eram os
elementos ou estratgias utilizadas para alvio da dor, e foram fornecidas informaes sobre as
tcnicas adequadas para o manejo tal como a insero das prticas integrativas. Foram
realizada aps o conhecimento sobre a dor, massagens teraputicas, associadas a
musicoterapia. A partir da realizao das intervenes, evidenciou-se que intensidade da dor
foi variante entre 3 a 10, como indicao numrica, em que 6 disseram se agudas e 8 crnicas,
intensificadas no perodo noturno, com interferncia da dor em atividades de vida diria, e
apresentao em mais de um local no corpo, com destaque para a regio lombar, membros
inferiores, e regio torcica. Com relao das aes realizadas, os pacientes reagiram de
forma positiva, declarando alvio da dor e diminuio do estresse. As atividades foram
recebidas com boa adeso por partes dos pacientes, sendo evidenciado o alvio da dor,
promoo do conforto e acolhimento, mediante aos relatos emitidos. Tal interveno
proporcionou contribuies efetivas para a conduo das prticas em Enfermagem, pois
tivemos a oportunidade de perceber a motivao/sensibilizao e interesse da equipe de
Enfermagem em desenvolver tais tcnicas s suas atividades cotidianas para a produo do
cuidado. Este estudo tornou-se relevante por apresentar a insero das tcnicas das prticas
integrativas e complementares junto conduo da Assistncia de Enfermagem frente aos
pacientes com agravos clnicos. Tal interveno promoveu reflexes direcionadas prtica
acadmica, que suscita a realizao de produes extensionistas e de pesquisa como forma
de produzir conhecimento para a minimizao da dor no contexto da internao hospitalar.
Resumo: A Esclerose Mltipla (EM) apresenta-se como uma doena neurolgica, crnica e
autoimune que compromete o Sistema Nervoso Central. Tipicamente acomete adultos jovens
com idade entre 20 a 40 anos e em maior frequncia, indivduos do sexo feminino. Devido seu
carter degenerativo e progressivo, esta doena pode causar comprometimentos que podem
variar de um paciente para outro. A EM em sua evoluo resulta em graves dficits
neurolgicos, ocasionando significativas limitaes. At o momento no existe a cura para essa
doena, pois ainda no se tem uma concluso sobre os mecanismos bsicos dessa patologia.
Este estudo tem como objetivo relatar as intervenes de Enfermagem realizadas frente ao
agravo da esclerose mltipla, a partir de vivncias prticas curriculares em Enfermagem. Trata-
se de um relato de experincia decorrente da aplicabilidade do processo de enfermagem em
um hospital pblico do Recncavo da Bahia, na qual foram conduzidos cuidados de
enfermagem voltados aos casos de EM, durante as prticas curriculares do componente
curricular Enfermagem na Ateno ao Adulto I. Foi aplicada a realizao de exame fsico e
entrevista para posteriormente realizar o levantamento dos diagnsticos de Enfermagem, e em
seguida traar os planos de cuidados. Durante a realizao da consulta de enfermagem foi
explanado sobre a patologia, suas causas e consequncias, e tambm foi informado sobre a
importncia da adeso aos tratamentos medicamentosos e sobre a mudana de hbitos de
vida, alm da preservao do estado de sade mental. Em seguida foram realizadas algumas
prescries de enfermagem necessrias, em que se obteve bom xito. Contemplou-se na
assistncia, os alcances e metas para o restabelecimento dos possveis agravos neurolgicos,
bem como para o conhecimento eficiente e enfrentamento para promover sensibilizao quanto
ao desenvolvimento dos cuidados de adaptao, to necessrios no contexto dos
adoecimentos crnicos. Dentro desse contexto verificou-se a importncia da atuao da equipe
de enfermagem frente a pessoa com EM, como forma de contribuio para o incentivo ao
autocuidado, proteo, segurana e habilitao para melhoria da qualidade de vida cotidiana.
O presente estudo nos proporcionou experincias edificantes que propuseram-nos buscar,
aprofundar e discutir sobre a patologia em questo, bem como o desenvolvimento das aes
de Enfermagem, no mbito regional, e alm incentivar a propagao de conhecimentos seja no
mbito dos servios, como tambm da formao acadmica, sobre tal agravo ainda pouco
conhecido.
Resumo: O Sistema de Informaes sobre Mortalidade (SIM) foi criado e implantado no ano de
1975, para a obteno regular de dados sobre mortalidade no pas. A partir da criao do SIM
foi possvel a captao de dados sobre mortalidade, de forma abrangente, para subsidiar as
diversas esferas de gesto na sade pblica. Entretanto, muitos bitos so registrados no
sistema, sem clareza quanto a causa da morte. O referido sistema tem papel importante na
produo de estatsticas da mortalidade e constri um dos principais indicadores de sade,
isso quando o bito registrado adequadamente, servido de parmetro para anlise e
planejamento na rea de sade. Entretanto, quando no estabelecido a real causa da morte,
deve-se fazer uma investigao posterior, utilizando formulrios padronizados, a fim que
nenhuma causa de bito fique subnotificada ou registrada como bito sem causa de morte.
Neste sentido, o objetivo do presente estudo analisar os bitos por causas mal definidas
segundo o sexo no municpio de Santo Antnio de Jesus BA, entre os anos de 2010 a 2014.
Trata-se de um estudo retrospectivo, que utiliza dados secundrios de domnio pblico,
extrado do DATASUS, MS/SVS/CGIAE, da plataforma Sistema de Informaes sobre
Mortalidade, para o municpio de Santo Antnio de Jesus, entre os anos de 2010 a 2014. Como
resultados, foram registrados 21 bitos por causa mal definidas no ano de 2010, sendo 08 para
o sexo masculino e 13 bitos do sexo feminino; 20 bitos no ano de 2011, onde 16 foram do
sexo masculino e 04 do sexo feminino; 33 bitos no ano de 2012, sendo 14 para o sexo
masculino e 19 para o sexo feminino; em 2013 ocorreram 42 bitos, 29 do sexo masculino e 13
do sexo feminino; j no ano de 2014, foram registrados 40 bitos por causas mal definidas,
sendo 24 para o sexo masculino e 16 para o sexo feminino. De acordo com os dados
encontrados, percebe-se que ao longo dos anos o nmero dos bitos registrados com causas
mal definidas vem aumentando, e que os resultados foram mais significantes para o sexo
masculino. Estes resultados apontam para necessidade de intensificar a qualificao dos
profissionais de sade responsveis pelo preenchimento das declaraes de bitos, com o
propsito de melhorar a qualidade do sistema de informao para que sejam realizadas
anlises estatsticas, epidemiolgicas e scio‐demogrficas mais fidedignas.
Resumo: A maneira pela qual o corpo percebido na sociedade denota a dimenso simblica
da corporificao das necessidades sociais e culturais que condicionam as percepes sexuais
diante de uma idealizao do belo. Neste contexto, a ostomia intestinal repercute no bem estar
biopsicossocial do ser envolvido, por trazer junto a ele marcas de um corpo mutilado,
modificado fisicamente. Destarte, quais as repercusses para a pessoa que vivencia a
condio de ostomizada e como elas interferem no desenvolvimento de sua sexualidade foi
pergunta norteadora dessa pesquisa. Para tanto, o objetivo incluiu identificar e analisar a
produo cientfica acerca das repercusses para a sexualidade da pessoa que vivencia a
condio de ostomizada. Trata-se de reviso integrativa da literatura, cujo perodo de produo
de artigos encontrados nas bases de dados - Scielo, Bdenf, Lilacs, na coleta de dados, foi entre
2011 e 2015, todos disponveis na ntegra, Qualis A1 e B2, no idioma portugus. Para anlise
dos dados, utilizou-se a tcnica de anlise de contedo temtica. Dentre os artigos, seis foram
selecionados, todos com abordagem qualitativa e com autores enfermeiros. Aps a explorao,
trs dimenses foram estabelecidas, mantendo relao entre si: alteraes psicoemocionais;
alteraes fsicas e sociais; apoio multiprofissional. A sexualidade da pessoa ostomizada no
deixa de "beber" do constructo social, assim mulheres e homens ostomizados passam a ter
implicaes na sua sexualidade por fatores distintos, podendo, em algum momento, justificar-
se por questes congneres e subjetivas - medo, vergonha e inferioridade. As repercusses
para a sexualidade da pessoa ostomizada alterada por limitao fsica e, principalmente, no
que tange a autoestima. Na assistncia pessoa ostomizada, a sexualidade uma temtica
pouco contemplada pelos profissionais de sade, assim, esta celeuma se perpetua, tanto por
parte dos profissionais, quanto dos ostomizados. Desta forma, a sexualidade sob a gide da
desinformao configura um elemento condicionante do processo de assexualizao do
ostomizado. Portanto, permitiu-se, por meio do estudo, compreender que a pessoa ostomizada
apresenta mudanas reais no seu cotidiano, regidas pelo desafio dirio na manuteno das
redes sociais e da sexualidade, pelo sentimento, sobretudo, de insegurana e medo da
rejeio. No decurso desse trabalho no houve o interesse em esboar uma crtica que
apontasse, apenas, a incongruncia de valores sociais (beleza, corpo, sexualidade, higiene e
autocontrole), mas dar subsdio para quem o l ou quem vivencia esta condio, no intuito de
invalidar um processo de violao e perdas expressivas de aspectos da vida humana e da
vivencia de sua sexualidade.
Resumo: A procura por alimentos nutritivos e seguros est crescendo cada vez mais dentro da
populao de forma geral. A ingesto de alimentos balanceados a maneira mais correta de
evitar ou mesmo corrigir problemas de sade como: obesidade, diabetes, desnutrio,
cardiopatias, entre outros que tm origem, em grande parte, nos erros alimentares. As barras
de cereais atendem a esta tendncia, elas so utilizadas como opo de lanche rpido e
saudvel. um alimento nutritivo de sabor adocicado e agradvel, obtidos da compactao de
cereais, frutas secas, castanhas, aromas, ingredientes ligantes, fonte de vitaminas, sais
minerais, fibras, protenas e carboidratos complexos. Por outro lado a modificao de alguns
ingredientes na elaborao desse alimento fornecem novas possibilidades de matrias-prima
com propiedades nutricionais., A adio de farinhas a partir de certas frutas na produo de
alimentos passveis de serem includos na alimentao humana aumenta o seu teor de fibras,
modifica o valor energtico e reala o sabor destes produtos alimentcios, contribuindo para
melhorar a aceitabilidade dos consumidores. As prticas alimentares saudveis devem ter
como enfoque prioritrio o resgate dos hbitos alimentares regionais, produzidos em nvel local
e de alto valor nutritivo. Dessa forma, este trabalho teve por objetivo avaliar
bromatologicamente a farinha de Artocarpus heterophyllus (caroo de jaca) testando o mesmo
como possvel substituinte da aveia na elaborao de barras de cereais. As amostras de
semente de jaca foram coletadas no municpio de Laje-BA, foram devidamente secadas em
estufa de ar forado a 72C por 72 horas, depois modas em moinho tipo facas com 2mm de
abertura para obteno da farinha que teve seu potencial nutritivo avaliado atravs de anlises
bromatolgicas: protena bruta, extrato etreo, fibras totais, carboidratos, cinzas e valor
energtico. As amostram apresentaram em mdia 6g de protena, 1g de gordura, 36g de
carboidratos, 1,5g de fibras, para cada 100g de semente de jaca. Os resultados das anlises
mostraram que as amostras de semente de jaca apresentam propriedades nutricionais
semelhantes da aveia e adequadas para sua utilizao na produo de barras de cereais.
Desse modo, com esse trabalho possibilita agregar valor cultura da jaca, tradicional na regio
nordeste e regio do recncavo baiano, criando alternativas para a utilizao de um subproduto
dessa cultura.
Resumo: O Zizyphus joazeiro Mart. rvore nativa da regio Nordeste do Brasil, e pertence
famlia Rhamnaceae. Distribui-se desde as zonas secas do Piau at Minas Gerais, onde
utilizada pela populao no tratamento de febre, bronquite, lceras gstricas, doenas do
sangue e dores de cabea, sendo conhecida popularmente pelos nomes de joazeiro, juazeiro,
jo, ju, ju-espinho, ju-mirim, laranjeira-de-vaqueiro, ju-de-boi, ju-bravo. A alface (Lactuca
sativa L.) uma espcie usada nos bioensaios para verificar a atividade aleloptica porque tem
a germinao rpida, em aproximadamente 24h, crescimento linear insensvel s diferenas de
pH em ampla faixa de variao e insensibilidade aos potenciais osmticos das solues. Este
trabalho teve como objetivo avaliar o ndice de Velocidade de Germinao (IVG) da semente
de alface nas diferentes concentraes do extrato aquoso da casca e folha de Juazeiro. Para a
realizao do extrato os rgos foram postos a secagem em estufa de circulao de ar forado
por um perodo de 48 horas 40C, depois triturou formando um p, logo aps pesou uma
poro de 75g do p de cada rgo da planta em balana de preciso. Em seguida cada
contedo foi submetido a uma triturao em liquidificador domstico com 500 mL de gua
destilada por um minuto e, logo aps, passou por uma filtragem em papel filtro, no qual ficou
retido todo o material fibroso. A partir do extrato bruto utilizou-se 100 mL de cada extrato a fim
de serem feitas diluies em gua destilada para obter as concentraes (v/v) de 10, 20, 30, 40
e 50% a temperatura ambiente. O efeito dos extratos foi comparado com o controle (gua
destilada, considerada 0%). Os bioensaios foram dispostos em um delineamento inteiramente
casualizado, em esquema fatorial 5x2 (5 concentraes e 2 tipos de extratos (casca e folha)),
com cinco repeties. A parcela foi constituda por cada placa contendo 25 sementes de alface.
Em cada parcela experimental foram colocados 4 mL do extrato sobre duas folhas de papel-
filtro, e em seguida foram distribudas uniformemente, com o auxlio de uma pina, 25
sementes de alface. As placas foram acondicionadas em cmara tipo BOD com temperatura de
25 2C e fotoperodo de 12h. De acordo com os resultados obtidos, pode-se perceber que o
IGV foi reduzido nas maiores concentraes do extrato adquirido a partir das folhas do juazeiro,
com valores inferiores ao da testemunha, enquanto que no extrato da casca, este ndice no
ocorreu grande discrepncia quando comparando ao da testemunha. Deste modo, conclui-se
que, em condies laboratoriais, os extratos aquosos da casca e folha do juazeiro, favoreceram
na induo da germinao das sementes de alface nas diferentes concentraes avaliadas.
Resumo: O uso de plantas com fins medicinais, para preveno, tratamento e cura de doenas
se perpetuaram na histria da civilizao humana e chegou at os dias atuais, sendo
amplamente utilizada por grande parte da populao mundial como recurso alternativo ou
complementar aos tratamentos alopticos. Inserida neste contexto, est a utilizao de plantas
medicinais pelos pacientes hipertensos, tanto na preveno da elevao da presso arterial,
quanto na reduo dos valores pressricos que j se encontram elevados. O saber popular
subsidia dados importantes para novas descobertas cientficas e as pesquisas acadmicas
podem contribuir com novas informaes sobre as propriedades teraputicas das plantas
medicinais utilizadas pela populao. Em funo da necessidade de se conhecer mais sobre
esse saber popular que cada vez mais estudos etnobotnicos so realizados. A partir do
exposto, este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento etnobotnico visando
identificar as plantas medicinais usadas como recurso alternativo teraputico pelos indivduos
portadores de hipertenso arterial sistmica, atendidos pelo programa Hiperdia cadastrados na
Unidade Bsica de Sade em Santo Antnio de Jesus, Bahia. Foi realizado um estudo
exploratrio, descritivo e quantitativo, atravs da aplicao de questionrios estruturados, no
perodo de dezembro de 2015 a junho de 2016, em trs bairros (Amparo, Calabar e Centro)
atendidos pela unidade Estratgia de Sade da Famlia (ESF). Foram entrevistados pacientes
hipertensos de ambos os sexos que participavam do programa Hiperdia (Hipertensos e
Diabticos) dos bairros supracitados, sendo aplicados 104 questionrios, resultando em 18
espcies de plantas que podem ser utilizadas com finalidades teraputicas no tratamento da
hipertenso arterial, distribudas em 13 famlias botnicas, com maior representatividade para
as famlias Asteraceae e Lamiaceae. As plantas mais citadas foram: erva cidreira (Lippia alba
L.), capim-santo (Cymbopogon citratus (DC.) Stapf), pepino (Cucumis sativus L.), quioi
(Ocimum basilicum L.) e chuchu (Sechium edule (Jacq.) SW.), estando s folhas (53%), o
farmacgeno mais utilizado e a infuso (71%) o modo de preparo mais usual. Dos pacientes
hipertensos entrevistados, cerca de 26% conservam o ch e/ou suco pronto na geladeira por,
no mximo, 24 horas, porm, tal prtica no deve ser feita pois geralmente o preparado entra
em fermentao e perde seus princpios ativos, logo no apresenta o efeito farmacolgico
desejado. A principal forma de obteno da planta pelos pacientes hipertensos foi por cultivo
prprio (39%), isso mostra que a utilizao das plantas facilitada pois os mesmos cultivam. O
conhecimento sobre o uso e preparo das plantas medicinas no tratamento da hipertenso foi
adquirido com vizinhos (28%), sendo que, 79% dos entrevistados transmitem esse
conhecimento entre seus descentes e pessoas prximas, o que mostra que tal conhecimento
difundido pelas populaes ao longo de vrias geraes. Os resultados demonstram uma
diversidade de plantas utilizadas como recurso alternativo teraputico no tratamento da
hipertenso pelos pacientes hipertensos do municpio, no dispensando a necessidade de
mais estudos.
Resumo: Nos ltimos anos, a microcefalia tornou-se um dos temas mais discutidos e
divulgados devido a sua relao com a infeco causada pelo Zika vrus. Desde o fim do ano
de 2015, milhares de casos de microcefalia comearam a ser registrados no Brasil. O nmero
de neonatos se multiplicou e sua distribuio se deu em todo o mundo, emergindo como um
problema de sade mundial. Investigaes sobre o tema esto em andamento para esclarecer
questes como a transmisso desse agente, a sua atuao no organismo humano e a infeco
do feto, contudo, informaes relacionadas ao tema ainda so escassas. O Zika vrus apesar
de ser pouco conhecido, tem sido muito comentado e estudado por cientistas, que buscam
comprovar sua relao com outros problemas de sade. O objetivo desse estudo foi buscar
evidncias literrias em base de dados, para reunir e sintetizar o conhecimento produzido
sobre a relao de alto ndice de microcefalia em neonatos desde o ano de 2015 e as
abordagens na interveno fisioteraputica para uma melhor qualidade de vida. Tal estudo foi
realizado por meio de reviso interativa, literria e em base de dados no perodo de 2015 a
2016 com os descritores: Zika vrus, microcefalia e estimulao precoce. A partir da busca das
referncias nas bases Scielo, Elsevier, ScienceDirect, sites governamentais (Ministrio da
Sade e Fundao Oswaldo Cruz - FioCruz) entre outros, permitiu a identificao de artigos e
protocolos que adequaram a critrios estabelecidos. Na busca dos artigos foram relatados as
melhores evidncias e maior nmero para os que relatavam abordar a infeco atravs do Zika
vrus e encontrado apenas um artigo que falava sobre atuao da fisioterapia na melhora de
vida das crianas. A patogenia da microcefalia multifatorial, acometido por causas genticas
ou questes ambientais, como no caso da microcefalia ser causada pelo mosquito Aedes
aegypti transmissor do Zika vrus, interferindo no desenvolvimento cerebral do feto. O
desencadeamento de uma malformao congnita do sistema nervoso central interfere em
qualquer fase da embriognese, podendo gerar microcefalia, mielomenigocele e encefalocele.
Como no h tratamento medicamentoso para este caso, as formas de tratamento so por
meio da realizao de terapias, sendo a fisioterapia fundamental para qualidade de vida dessas
crianas. A fisioterapia auxilia no desenvolvimento motor, exercendo um papel fundamental nas
habilidades cognitivas, sensoriais, melhoria da respirao, funcionalidade e melhoria das
atividades de vida diria. O diagnstico de microcefalia pode despertar uma srie de emoes
nos pais das crianas, por conta de uma mudana de rotina em suas vidas, provocando
emoes como medo, preocupao e culpa. Por conta de serem crianas que precisam de um
acompanhamento por uma equipe profissional, faz-se necessrio uma melhor abordagem a
esses pacientes, sendo criada uma rotina de capacitao dos profissionais da sade para a
preveno, diagnsticos e tratamento de tais alteraes. A interveno da fisioterapia em
indivduos com quadro de microcefalia visa proporcionar desde os primeiros anos um melhor
desenvolvimento e qualidade de vida, sendo a estimulao precoce a principal abordagem por
no haver uma cura definitiva para a microcefalia.
Resumo: A cidade de Santo Amaro (Bahia) foi palco de intensa atividade de processamento
de minrio de chumbo (Pb) pela Companhia Brasileira de Chumbo (COBRAC). Tais atividades
iniciaram em 1960, no qual se estendeu por mais de 30 anos. Com o trmino de suas
atividades a COBRAC deixou na cidade cerca de 490 mil de toneladas de rejeitos
contaminados com o chumbo e outros metais pesados como o cdmio (Cd). A contaminao
de plantas proporcional a quantidade de metal presente no solo, dessa forma espcies de
vegetais que so cultivadas prximas da fbrica a COBRAC, uma rea potencialmente
contaminada por metais pesados, apresentam grande potencial de estarem contaminadas e de
perpassarem a contaminao ao longo da cadeia alimentar quando consumidas. Este trabalho
tem como objetivo caracterizar microscopicamente os alimentos quiabo, coentro e aipim,
provenientes de Santo Amaro. A metodologia empregada para seleo dos alimentos foi dada
a partir do resultado do questionrio de frequncia alimentar (QFA), que foi aplicado em
voluntrios residentes em Santo Amaro. Os alimentos foram coletados de forma assptica, em
cinco pontos de produo para cada produto hortcola. Para a anlise histolgica as amostras
de vegetais foram includas em soluo de formaldedo 10% por aproximadamente 12 horas e
mantidas em lcool etlico 70% at o momento do processamento histolgico. Durante o
processamento as amostras foram desidratadas em bateria de etanol (em gua, v/v),
diafanizadas em xilol e includas em parafina lquida a 60C. Os cortes histolgicos (5m) de
coentro e quiabo foram corados em soluo de Fucsina Fenicada de Ziehl-Neelsen e contra-
coradas com Azul de Metileno, enquanto as amostras de aipim foram coradas com Azul de
Toluidina. Aps montagem em Blsamo do Canad, os cortes foram analisados sob
microscopia de luz e os resultados foram registrados por fotomicrografias. A partir da anlise
microscpica dos vegetais as espcies apresentaram conservao das suas estruturas no
havendo alteraes significantes que esperadas na contaminao de metais pesados em
vegetais. Dessa forma a ausncia desses achados nas amostras de vegetais localmente
cultivados, de forma que ainda devem ser realizadas pesquisas para verificao de possveis
alteraes dos nveis da concentrao qumica destes metais nestas amostras, assim como
devem ser utilizados outros mtodos de colorao alternativos para maior detalhamento das
estruturas microscpicas existentes.
Resumo: INTRODUO: Cncer o termo usado para se referir a um grupo de mais de 100
doenas causadas pelos mais diversos fatores e que afetam milhes de pessoas anualmente,
necessitando de medidas de preveno para reduzir o nmero de casos. O cncer de clon e
reto (CCR), que merece ateno por sua alta incidncia, possui uma forte relao com os
hbitos alimentares, evidenciando a necessidade por mtodos de preveno, como o consumo
de mega-3. OBJETIVO: O objetivo desse estudo foi avaliar a distribuio do CCR no Brasil,
sua relao com hbitos alimentares e como o mega-3 pode atuar na preveno dessa
doena. METODOLOGIA: Foi feita uma reviso bibliogrfica de artigos publicados entre 2004 e
2016 nos bancos de dados MEDLINE, PUBMED, SCIELO e peridicos CAPES e dados do
DATASUS. RESULTADOS: Os dados revelam diferenas na distribuio da incidncia e
mortalidade de CCR no Brasil que podem ser associadas com o consumo de determinados
tipos de alimentos. A carne vermelha e a carne processada se mostraram como importantes
alimentos carcinognicos, enquanto que frutas, hortalias e alimentos ricos em fibras auxiliam
na proteo contra o CCR. Na carne vermelha, aminas heterocclicas e hidrocarbonetos
policclicos aromticos encontrados em carnes bem passadas tem sido propostos como
precursores do processo de carcinognese, enquanto que a carne processada rica em
nitratos que reagem com aminas, amidas e outros precursores da nitrosao no trato
gastrointestinal, para formar compostos N-nitrosos (NOC), cuja maioria so potentes
carcingenos animais. A colonoscopia possui grande eficcia como meio de diagnstico e
preveno para o CCR, mas exige um alto custo e maior infraestrutura. O mega-3 possui
propriedades que auxiliam na preveno contra o cncer, mas sua eficcia contra o CCR ainda
no est devidamente confirmada. A ausncia de estudos recentes se mostrou como um fator
limitante. CONSIDERAES FINAIS: Foi verificado que a distribuio do CCR no Brasil est
associada com as diferenas nas dietas regionais. A ausncia ou insuficincia de estudos que
relacionem mais grupos alimentares presentes na dieta do brasileiro com o CCR limita a
discusso sobre quais alimentos devem estar presentes em uma potencial dieta preventiva
contra essa neoplasia no pas. Alm disso, apesar do seu promissor potencial como
mecanismo de preveno primria de baixo custo, o mega-3 necessita de mais estudos para
confirmao da sua eficcia na preveno contra o CCR.
Resumo: Diante dos vestgios da antiga indstria de minrio de chumbo na cidade de Santo
Amaro, Bahia (entre 1960 e 1993), que resultou em impacto significativo na contaminao do
ambiente do municpio, incluindo contaminao do solo e consequente contaminao das
plantaes e animais que ali habitam, este estudo objetivou, atravs da microscopia de luz,
analisar fgados e msculos de frangos provenientes de reas de risco contaminao por
metais pesados, sendo as coletas desses animais subsidiadas pelos dados da Secretaria de
Agricultura Municipal de Santo Amaro - BA. A partir de estudos realizados anteriormente foi
possvel identificar alimentos muito consumidos e que apresentaram maiores e menores riscos
sade da populao do loca de estudo. As amostras de frango foram obtidas no comrcio
dos locais de criao, sendo os animais encaminhados ao matadouro, onde foram abatidos.
Aps coleta dos animais, os tecidos foram dissecados com o auxlio de material cirrgico. As
amostras foram ento fixadas em soluo de formol aquoso (10%) por 12 horas e mantidas em
lcool 70% at o momento de processamento histolgico. Durante o processamento
histolgico, as amostras foram desidratadas em bateria de etanol (em gua, v/v), diafanizadas
em xilol e includas em parafina lquida a 60C. Os cortes histolgicos (5-7 m) foram
corados em hematoxilina e eosina (HE). Aps montagem em Blsamo do Canad os cortes
foram analisados em microscpio de luz e os resultados foram registrados por fotomicrografias.
As amostras dos tecidos (fgado e msculo) mostraram alteraes morfolgicas que podem
indiciar contaminao por metais pesados em Santo Amaro e risco sade da populao que
consome este tipo de alimento. As alteraes histolgicas demonstraram que estes animais
podem estar sofrendo os efeitos da contaminao por metais pesados presentes na cidade,
mesmo aps dcadas da desativao da indstria de chumbo que foi instalada no municpio. E
o consumo desses alimentos pode, portanto, ser considerado uma fonte de exposio aos
metais pesados, podendo acarretar problemas sade da populao que os consomem, j
que se trata de uma importante fonte de consumo alimentar para a populao santamarense.
Sendo assim, faz-se necessrio a relevncia das anlises histopatolgicas na avaliao da
contaminao de animais por metais pesados, em Santo Amaro- BA, tendo em vista os
impactos causados sade humana pelo consumo dos alimentos que possam estar
contaminados.
Resumo: Entre os anos de 1960 e 1993, em Santo Amaro, Bahia, manteve-se em atividade
uma indstria de beneficiamento de minrio de chumbo que, devido utilizao de tecnologias
que no previam o controle seguro sobre os efluentes slidos, lquidos e gasosos, provocou
significativa contaminao ambiental no municpio, destacando-se: poluio atmosfrica;
poluio do rio Suba e lenis freticos; contaminao do solo; contaminao da biota e;
contaminao da populao de Santo Amaro por metais pesados, com a gerao de cerca de
491 mil toneladas de escria rica em chumbo e cdmio. Considerando que mesmo aps 17
anos desde a desativao da indstria a presena de metais pesados persiste em nveis
preocupantes em Santo Amaro, bem como os complexos processos envolvendo a fixao,
disperso e transporte destes contaminantes durante dcadas, no presente verifica-se a
relevncia de serem conduzidos estudos que venham contribuir para o mapeamento destes
impactos ambientais. Caracterizar a atual situao de contaminao de chumbo e cdmio a
que o meio ambiente e a populao esto expostos, no entorno da fbrica minero metalrgica
instalada em Santo Amaro, no Recncavo Baiano, baseado em testes ecotoxicolgicos com a
utilizao de bioindicadores (crustceos) e biomarcadores (vegetais e microcrustceos), dando
suporte a aes governamentais que possam contribuir para mitigar o passivo ambiental
encontrado neste local. Nesse plano de trabalho, o bioindicador avaliado foi o crustceo Ucides
Cordatus, popularmente conhecido como caranguejo u, comercializado em Santo Amaro e
regio. O teor de metais encontrados nesses animais pode significar relevante risco a
segurana alimentar dos que os ingere, portanto, faz-se necessrio conhecer o nvel dessa
contaminao. Os primeiros resultados da anlise qumica do material processado
apresentaram alteraes com nveis de metais pesados acima do preconizado pela legislao
brasileira, que estabelece os limites mximos de tolerncia dos contaminantes inorgnicos.
Com relao ao chumbo, em anlise qumica de brnquias e hepatopncreas desses
crustceos, temos uma mdia de 1,7248mg/kg, enquanto o estabelecido para peixes e
produtos de pesca de 2mg/kg. Em msculo e brnquias, temos uma mdia de 2,9484mg/kg,
um valor que ultrapassa o preconizado. Com relao a contaminao por cdmio, os valores
encontrados estavam dentro do limite estabelecido. Em hepatopncreas e brnquias, por
exemplo, a mdia foi de 0,3804mg/kg, enquanto que o valor mdio estabelecido de 1,0mg/kg.
Considerando que, mesmo aps 17 anos desde a desativao da indstria, a presena de
metais pesados persiste em nveis elevados em Santo Amaro, bem como os complexos
processos envolvendo a fixao, disperso e transporte destes contaminantes durante
dcadas. Os nmeros acima citados nos levam a sugerir que a ingesto desse crustceo pode
acarretar risco sade de quem os consome. A disponibilizao dos resultados obtidos neste
projeto para a sociedade, empresas e rgos governamentais, poder respaldar aes e
mecanismos de controle que venham a contribuir para mitigar o passivo ambiental encontrado
atualmente na cidade de Santo Amaro e seu entorno.
Resumo: A alimentao uma necessidade bsica do ser humano e o ato de comer, embora
possa parecer comum, envolve uma multiplicidade de aspectos que influenciam a qualidade de
vida do indivduo. Porm, problemas alimentares e nutricionais da atualidade revelam a
insegurana alimentar tanto do ponto de vista do acesso ao alimento, quanto em relao
qualidade nutricional e compreenso deste aprendizado no tecido social, como entraves. A
formao das prticas alimentares influenciada por fatores fisiolgicos, psicolgicos, scio-
culturais e econmicos, desta forma, a comida e o nutrir-se adquirem posio importante no
convvio social. Nesse sentido, a Educao Alimentar e Nutricional (EAN) pode ser considerada
fundamental, porque a aprendizagem decorrente dessa educao influencia as escolhas
alimentares e mobiliza formas de interpretar e compreender a alimentao humana. Para que
este processo se efetive, preciso uma experincia com os indivduos e com a cotidianidade
em que a comida e o comer se construram, sendo desejvel a existncia de processos
educativos que promovam o emancipar de todos os envolvidos neste processo. A escola um
ambiente favorvel para implementao de aes de promoo da sade e desempenha papel
fundamental na formao de valores, hbitos e estilos de vida, entre eles, o da alimentao.
Este trabalho se dispe a interpretar o significado da alimentao para os escolares. Utilizou-se
da observao participante e anlise de dados documentados oriundos de experincias de
oficinas de educao alimentar realizadas com escolares, tais como resumos de discusso
grupal, relatrios das oficinas e dirios de campo. A amostragem foi composta por 15
escolares, com faixa etria entre 12 a 15 anos, que estudam no Colgio Municipal de Santo
Antnio de Jesus, da 5 e 6 srie. Estes participaram de 05 oficinas de EAN realizadas no
colgio, com durao de 60 minutos cada, com atividades ldicas correspondentes ao tema de
cada encontro. Identificou-se como aspecto relevante que em cada fase da vida os hbitos
alimentares so alterados por sofrerem influncias diferentes decorrentes do contexto
vivenciado pelo sujeito. Os estudantes no significam a alimentao escolar como direito e
consideram preconceituosa a oferta da alimentao estar associada a um perfil de pobreza. A
experincia mostrou-se efetiva por proporcionar aos sujeitos pensarem sua relao com a
comida e despertar a aprendizagem significativa, valorizando a participao social e o dilogo
entre os saberes populares e tcnico-cientficos. Ainda assim, refora a necessidade de
desenvolvimento de tecnologias sociais de educao alimentar e nutricional integrada as
polticas de proteo social e de empoderamento coletivo.
Resumo: No incio da dcada de 60, iniciou-se em Santo Amaro, Bahia, as atividades de uma
indstria de beneficiamento de minrio de chumbo. Ao ser desativada, essa indstria trouxe
inmeros transtornos populao santamarense, a qual, sofreu com a emisso descontrolada
de metais pesados causando ento contaminao do solo e rios do municpio. O fluxo dos rios
pode ter auxiliado no trnsito dos metais pesados, levando o chumbo e o cdmio a se
depositarem em razes de vegetais e em tecidos de animais, como por exemplo, do tipo
pescado. Sabendo-se que a ingesto de alimentos uma via de contaminao importante em
seres humanos, acredita-se que estes alimentos contaminados por metais pesados e
posteriormente consumidos pela populao podem se apresentar como fontes prejudiciais a
esta populao. Alm de ser uma fonte se subsistncia, animais do tipo pescado tambm so
ricas fontes de renda para a populao de Santo Amaro, sendo assim, a venda no se
restringe a regio local e acaba abastecendo a regio de entorno, fazendo com que o prejuzo
causado pela contaminao desses alimentos seja disseminado a outros municpios. Diante
deste quadro nota-se que o estudo dos animais do tipo pescado (utilizados como animais
bioindicadores) muito importante e necessrio para avaliao da presena dos metais
pesados nestes alimentos, representando ento um risco para a sade, ao serem consumidos.
O presente estudo tem como objetivo avaliar por microscopia de luz tecidos (hepatopncreas,
brnquias e msculos) de bioindicadores, como o Caranguejo U (Ucides cordatus), em Santo
Amaro, Bahia, para avaliar e/ou determinar possveis alteraes morfolgicas nestes tecidos e
inferir sobre a contaminao ambiental local. A partir dessas anlises foi possvel identificar os
efeitos da provvel contaminao por metais pesados na rea de estudo mesmo aps dcadas
da desativao da indstria. Verificou-se que as brnquias apresentaram alteraes
histolgicas enquanto msculo e hepatopncreas apresentaram padro tecidual normal. Desta
forma, verifica-se a relevncia das anlises histopatolgicas do Caranguejo U (Ucides
cordatus) como bioindicador na avaliao da contaminao por metais pesados das guas e
dos sedimentos dos manguezais do entorno de Santo Amaro e na estimativa de risco sade
humana decorrentes do consumo de alimentos potencialmente contaminados.
Resumo: Entre os anos de 1960 e 1993, em Santo Amaro, Bahia, manteve-se em atividade
uma indstria de beneficiamento de minrio de chumbo que, devido utilizao de tecnologias
que no previam o controle seguro sobre seus efluentes provocou significativa contaminao
ambiental por metais pesados, principalmente o chumbo (Pb). Destaca-se, em diversos
estudos, que indivduos expostos s altas concentraes de Pb, podem apresentar diferentes
quadros clnicos. Esse efeito pode estar relacionado com polimorfismos genticos do gene
ALAD (sr1800435), responsvel pela sntese da enzima cido Delta Aminolevulnico
Desidratase, estando relacionada com a sntese da poro heme da hemoglobina. Este
trabalho objetiva avaliar o perfil allico do gene ALAD de 96 indivduos residentes da zona rural
em Santo Amaro - BA, analisando e inferindo relaes dos polimorfismos desse gene com o
grau de contaminao, possibilitando a discusso dos possveis riscos individuais no processo
de contaminao por metais pesados. Esse estudo faz parte do projeto Avaliao de riscos no
consumo de alimentos potencialmente contaminados em Santo Amaro BA, submetido e
aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da Universidade Federal do Recncavo da Bahia
(n 04022312.0.0000.0056). As amostras sanguneas foram coletadas, por meio de puno da
veia intermdia do brao e submetidas extrao de DNA. Aps extrao, o DNA extrado foi
quantificado atravs de mtodo espectrofotomtrico e o perfil genmico, dos voluntrios de 7
Unidades Bsicas de Sade (UBS), feito atravs da amplificao do DNA extrado (tcnica de
PCR-RFLP com digesto com Msp I) e verificado em gel de agarose 0,8%. Denotou-se que
100% dos indivduos apresentaram gentipo ALAD 1-1, com a presena da banda de 582pb.
No foram observadas bandas de 511pb em nenhuma das amostras, o que revela a ausncia
dos gentipos ALAD 1-2 e ALAD 2-2. As diferenas genticas podem predispor um
determinando indivduo, ou grupo de indivduos geneticamente semelhantes, aos efeitos
txicos do Pb. Dependendo do rgo alvo, a presena do alelo ALAD 2 pode proteger contra a
toxicidade do chumbo (por exemplo, no SNC), ou, pelo contrrio, aument-la (por exemplo, nos
rins) devido s alteraes na biodisponibilidade do chumbo. Nesse contexto, a literatura
permite criar diversas interpretaes na avaliao dos resultados encontrados nos indivduos
de Santo Amaro. Como a prevalncia do gene ALAD 2 foi ausente na populao estudada,
podemos inferir, segundo alguns autores, a no proteo dessa populao contra efeitos
neurotxicos causados pelo Pb. Por outro lado, existem diversas opinies na literatura sobre o
papel dos alelos polimrficos da ALAD e as concentraes de chumbo na corrente sangunea.
Desta forma, urge a necessidade de chegar a um consenso mais indicado para associar a
concentrao corporal do chumbo e os seus riscos para a sade.
Resumo: A hipnose pode ser considerada um conjunto de tcnicas que podem ser aplicadas
de forma direta ou indireta, objetivando alterar o estado de conscincia por meio da
dessensibilizao do fator crtico da pessoa, de forma a produzir fenmenos hipnticos dentro
de uma semiologia prpria. Dessa forma, na busca por uma abordagem centrada no sujeito,
torna-se recurso de importante valor como alternativa s abordagens caracteristicamente mais
duras. Na medicina, dentre essas abordagens, destaca-se o controle da dor naqueles casos
cuja origem no esclarecida, pela sua apresentao crnica ou quando se objetiva reduo
ou no utilizao medicamentosa. Assim, destaca-se nesse contexto a dismenorreia, por conta
da sua frequncia de apresentao, predominncia de origem fisiolgica, pelo impacto social e
influncia na qualidade de vida da mulher, mostrando-se um fenmeno relevante para
acompanhamento hipntico. O estudo se deu com uma paciente de 23 anos, estudante,
sedentria, nuligesta, com ciclo menstrual regular de 28 dias, queixando-se de dor hipogstrica
retropbica em aperto, tipo clica, escala de dor 17 (0-20), iniciada h 1 dia com a
menstruao, sem fator de piora, tendo como fator de melhora Butilbrometo de Escopolamina
(indisponvel no momento), decbito dorsal ou ccoras. Sem comorbidades ou alteraes no
exame fsico. Iniciou-se a sesso em decbito dorsal com o paciente de olhos fechados
utilizando a Tcnica da estrela, Aprofundamento das escadas, Modulao da dor pelos
sistemas representacionais, Ancoragem na regio do msculo adductor transversus pollicis
da mo esquerda, teste de ancoragem, reforo de ancoragem e de-hipnotizao. A sesso foi
realizada em decorrncia do sofrimento relatado e impossibilidade da paciente adquirir o
medicamento no momento, sugerindo-se a hipnose como alternativa. Alm disso, foi orientada
a buscar um mdico para investigao de dismenorreia secundria assim que lhe fosse
possvel. Ao trmino da sesso, a paciente relatava dor 1/20 na escala subjetiva e aps 2
minutos desaparecimento total. Ao sinal de recidiva, a paciente utilizava a ancoragem e o
desconforto desaparecia novamente, perdurado o efeito at o fim do ciclo menstrual (5 dias)
sem necessidade de reforo. Apesar da metodologia prpria para induo e aprofundamento, a
literatura cientfica nacional e internacional, apontam a hipnose como uma valiosa alternativa
para atenuao de dores, principalmente as de apresentao crnica como dores oncolgicas,
lombalgia, artrite, anemia falciforme, dor na articulao temporomandibular, fibromialgia,
desability-related pain (sic), dor crnica mista e parto, alm disso, como um fator relevante no
manejo da aflio em procedimentos mdicos relatados em metanlise, o que tambm pode
influenciar os aspectos de dor ps-procedimento na clnica. Por fim, sem elevar a tcnica
hipntica a uma panaceia, mas sim, a um recurso teraputico de valor a ser considerado na
clnica, se prope que maiores investigaes sejam realizadas tendo em vista as
consideraes relacionadas ao carter subjetivo da dor, o aperfeioamento das tcnicas
hipnticas, a possibilidade de retomada do papel ativo do sujeito, seno de um receptculo de
medicamento, com a auto-hipnose, uma (re)orientao de abordagem mais ecolgica em
sade, a reduo do risco de iatrogenias e sua eficcia no controle lgico em acordo com a
literatura.
Resumo: A alimentao uma necessidade bsica para que o ser humano possa se
desenvolver. E esta, sendo oferecida de maneira inadequada nos seus primeiros anos, pode
gerar complicaes na sade na vida adulta. Nos dias atuais houve uma diminuio
significativa da ingesto de frutas, verduras e legumes, e concomitantemente um aumento no
consumo de alimentos industrializados, sendo estes ricos em gorduras, acares e calorias,
por isso a importncia de estimular o consumo de uma alimentao saudvel. A escola
constitui-se como ambiente favorvel para o desenvolvimento de estratgias pedaggicas que
envolvem a alimentao, nutrio e sade. O objetivo deste trabalho foi estimular os escolares
a despertarem o interesse no que se refere alimentao saudvel, atravs de uma ao
sobre educao alimentar e nutricional, utilizando a metodologia ldica, no intuito de promover
a melhora da qualidade de vida. O trabalho trata-se de um estudo de abordagem quantitativa e
qualitativa, oriundo do projeto de pesquisa Desenvolvimento integrado de prticas em
educao alimentar e nutricional na formao de agentes multiplicadores de diferentes grupos
sociais., tendo sido aprovado pelo comit de tica sob protocolo nmero 112793/2015,
financiado pelo CNPq. O trabalho foi realizado em uma escola pertencente rede pblica de
ensino do municpio de Cruz das Almas, nas turmas do 2 e 3 ano, perfazendo um total de 37
escolares na faixa etria de 07 a 10 anos. A atividade foi composta por dois momentos: Um a
apresentao da pirmide alimentar e a outra a elaborao da pirmide pelos escolares. Para
cada grupo da pirmide alimentar, foi explicado detalhadamente em exposio de banner, os
alimentos que compe em cada grupo, os quais devem ser consumidos em maior e menor
quantidade, seus benefcios e qual fonte de nutriente predominante h em cada subgrupo. Em
seguida, os escolares construram a sua prpria pirmide alimentar de acordo com os
conceitos e conhecimentos trabalhados. Durante o desenvolvimento, houve bastante interao,
de modo que aproximadamente 97% das crianas conseguiram identificar a localizao correta
de cada alimento na pirmide alimentar. Este fato admitiu notar que grande parte dos escolares
compreenderam o tema abordado. Essa ferramenta didtica caracterizou-se como um ponto
positivo para o desenvolvimento da atividade, e conseguiu atender ao seu objetivo. Ainda
possibilitou a estimulao dos alunos quanto construo do conhecimento crtico relacionado
escolha alimentar e demonstrou ser capaz de sensibilizar as crianas quanto adoo de
uma alimentao saudvel.
Resumo: A trombose venosa profunda (TVP), em sua forma mais comumente diagnosticada,
pode ser definida como um episdio de trombose, envolvendo as veias profundas dos
membros inferiores. O relato de caso teve como objetivo descrever a conduta nutricional
realizada durante o acompanhamento de um paciente diagnosticado com um quadro clnico de
trombose venosa profunda em um Hospital da cidade de Santo Antnio de Jesus-BA. O
paciente do estudo em questo era do sexo masculino, 46 anos de idade, branco, fumante e
etilista abstmio h um ano. Apresentava histria clnica pregressa de diabetes melitus (DM),
hipertenso (HAS) e acidente vascular cerebral (AVC) prvio. O acompanhamento foi realizado
pela estagiria de Nutrio durante quatro dias alternados, o qual contemplou o perodo de
estgio Supervisionado em Nutrio Clnica, da Universidade Federal do Recncavo da Bahia,
evoluindo acamado, estvel com motricidade e sensibilidade em p esquerdo preservado,
disartria, obstipao, emagrecimento, inapetncia. Foi realizada a avaliao nutricional a partir
de dados antropomtricos, exame fsico, inqurito alimentar e exames bioqumicos. Ao exame
fsico, apresentou-se inicialmente com: couro cabeludo ntegro; face preservada; mucosas
oculares hipocrmicas (+/IV); mucosa oral ressecada; dentio incompleta (sem prejuzo na
mastigao); abdome plano e indolor palpao; turgor e elasticidade da pele reduzidos;
regio infra e supraclavicular preservada; hemiplegia em MSS direito; hemiparesia em MII
direito; eritema e edema em gastrocnmio esquerdo. Tendo leve depleo em regio supra e
infraclavicular at o final do acompanhamento. O paciente evoluiu com baixa aceitao da dieta
por via oral tendo poucos perodos de melhora na aceitao, inapetente, baixa ingesto hdrica,
ritmo intestinal lento inicialmente e depois foi se normalizando at o final do acompanhamento.
Os exames bioqumicos, em sua maioria, apresentaram resultados dentro da normalidade.
Porm exibindo quadro de leucocitose, devido ao quadro inflamatrio das patologias, e de
hiponatremia. Em relao aos dados antropomtricos, como se tratava de um paciente que no
deambulava, o peso e altura foram estimados e calculados com base em frmulas existentes
na literatura, s foi possvel aferir a circunferncia braquial (CB), circunferncia da panturrilha
(CP), prega cutnea tricipital (PCT). Observou-se uma perda de peso grave (2,9%) durante o
perodo de acompanhamento (menos de 1 semana) e os indicadores de adequao da CB e
da PCT indicaram desnutrio. Com base em todos esses dados, o paciente teve diagnstico
nutricional final de desnutrio leve, sendo classificado como paciente tercirio de acordo com
o nvel de assistncia. A conduta nutricional instituda objetivou: contribuir com a melhora do
quadro clnico; manter o estado nutricional evitando a piora deste; favorecer a aceitao da
dieta; contribuir para a melhora dos nveis pressricos e glicmicos. O presente relato permitiu
acompanhar o paciente e estabelecer uma conduta nutricional com vrias estratgias com o
intuito de melhorar a aceitao da dieta e consequentemente promover o aumento do
consumo, para a promoo de melhora do estado clnico e nutricional do paciente.
Palavras-chave: Bichectomia,Riscos,Vantagens
Resumo: Quando se pensa ou se fala em sade, logo a definio dada a este termo pela
Organizao Mundial da Sade (2006) aparece como uma das mais referidas. Todavia, esta
concepo varia nas diversas culturas do mundo, bem como as crenas sobre o que
proporciona ou no a sade. O termo lazer denota permisso de ocupao pessoal com
descompromisso de tempo e sem a vinculao de obrigatoriedade e de compromisso com o
trabalho. Lazer e sade so partes fundamentais da vida, ambos se confundem na construo
de pensamentos, formao de ideias e personalidade humana, suas ideias conceituais
possuem diversos pontos positivos e convergentes principalmente relacionados qualidade de
vida. O processo de colonizao e crescimento do municpio de Santo Antnio de Jesus -BA
valorizou o comrcio e a economia local em detrimento da criao de reas de lazer, sobretudo
em obras pblicas abastadas do centro comercial. Nesse vis, torna-se imprescindvel a
caracterizao do impacto que a ausncia desses espaos pode acarretar na sade de
crianas e adolescentes em um bairro perifrico do municpio. Realizou-se um estudo
epidemiolgico observacional, quantitativo e descritivo tendo como instrumento de coleta um
questionrio semiestruturado, objetivando analisar os espaos pblicos de lazer presentes ou
no no bairro Loteamento Salomo situado na cidade de Santo Antnio de Jesus-Bahia entre
os meses de outubro/2015 janeiro/ 2016. Os sujeitos da pesquisa abrangeram crianas e
seus respectivos responsveis que aceitaram participar da pesquisa durante a visita dos
pesquisadores, sendo convidados a assinar o TCLE. A inexistncia de equipamentos
adequados prtica de lazer para as crianas/adolescentes, evidenciou-se pelos dados
referentes necessidade de praas, parques e quadra poliesportiva para que as
crianas/adolescentes pudessem dispor de um local destinado prtica de atividades ldicas.
Equipamentos de lazer promovem sade, melhor desenvolvimento fsico e psicolgico, bem
estar, e o afastamento das crianas/adolescentes do possvel contato com drogas ilcitas e
prticas criminosas. A partir dos dados obtidos durante a entrevista, possvel perceber que a
populao do bairro sente falta de vrios espaos de lazer. Isso pode indicar que a falta desses
ambientes afeta tambm adultos, que tambm necessitam de espaos de convivncias.
Espaos como praas e parques ajudariam a atender demanda de pessoas de diversas
idades, pois seriam locais de encontro para adultos e idosos. Portanto, a ausncia dos mesmos
veemente prejudicial, preocupando a populao local quanto sade (em seu sentido pleno)
de seus filhos. Espera-se que esses resultados contribuam para a sensibilizao de instncias
pblicas quanto necessidade de contemplar a populao infanto-juvenil com o direito ao
lazer, que lhe garantido pelo Estatuto da Criana e do Adolescente - ECA contribuindo assim
para sua melhor qualidade de vida.
Resumo: Esse estudo tem como escopo apresentar o trabalho desenvolvido por um estagirio
do curso de Psicologia da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB) no Estgio
Bsico I, realizado em Unidade Bsica de Sade no municpio de Santo Antnio de Jesus nos
meses de junho e julho do ano de 2016. O presente trabalho buscou fazer um dilogo com as
teorias sobre a atuao do Psiclogo na Ateno Bsica, os Princpios e Diretrizes do SUS,
Apoio Matricial em Sade Mental e a teoria humanista de Carl Rogers. As atividades de estgio
foram divididas em trs fases, sendo a primeira fase a de conhecer a equipe da unidade bsica
de sade, a segunda fase de levantamento de demandas, e a terceira fase para execuo do
plano de ao criado. Nas visitas domiciliares ficaram evidentes a importncia da relao de
ajuda, como abordado por Carl Rogers. A rea de visita caracteriza-se por pacientes
acamados, hipertensos, diabticos, deficientes fsicos e visuais, usurios de lcool, casos de
depresso. Nessas visitas pode ser constatado o quanto o apoio matricial importante no
processo de sade mental desses usurios, e foi diagnosticado falhas, pois os usurios so
atendidos no Centro de Ateno Psicossocial (CAPS) e Unidade Bsica de Sade (UBS) de
formas separadas, no tem um acompanhamento por profissionais que se comunicam ou
dividem informaes para promover sade aquele sujeito. Existiram em alguns momentos
atividades desenvolvidas com a equipe do Ncleo de Apoio a Sade da Famlia (NASF), em
uma delas houve a articulao de toda a equipe para uma discusso sobre hipertenso e
diabetes com foco no autocuidado, aonde o estagirio trouxe discusses sobre a autoestima no
cuidado pessoal, fazendo uma ligao com as demais reas de sade. Na etapa final da
atuao no estgio foram feitos dois encontros com a equipe para tratar de assuntos
relacionados ao cuidar dos cuidadores, em um desses eventos foi tratado o treino assertivo, e
discutimos essas tcnicas assertivas para o mbito do processo de atuao dos profissionais
de sade. Por fim, pensar em uma Psicologia a servio de todos e para todos o que deve ser
colocado em prtica profissional. Essa dimenso assistencial faz toda diferena nos servios
de sade mental na sade pblica, que comea e deve ter toda continuidade na rede de
ateno bsica. Essa rede mais eficaz e vive a descentralizao no processo de sade, ela
est ali forte e atuando com a comunidade, e importante uma articulao multiprofissional.
Resumo: Esse estudo tem como escopo apresentar o trabalho desenvolvido por um estagirio
do curso de Psicologia da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB) no Estgio
Bsico I, realizado em Unidade Bsica de Sade no municpio de Santo Antnio de Jesus nos
meses de junho e julho do ano de 2016. O presente trabalho buscou fazer um dilogo com as
teorias sobre a atuao do Psiclogo na Ateno Bsica, os Princpios e Diretrizes do SUS,
Apoio Matricial em Sade Mental e a teoria humanista de Carl Rogers. As atividades de estgio
foram divididas em trs fases, sendo a primeira fase a de conhecer a equipe da unidade bsica
de sade, a segunda fase de levantamento de demandas, e a terceira fase para execuo do
plano de ao criado. Nas visitas domiciliares ficaram evidentes a importncia da relao de
ajuda, como abordado por Carl Rogers. A rea de visita caracteriza-se por pacientes
acamados, hipertensos, diabticos, deficientes fsicos e visuais, usurios de lcool, casos de
depresso. Nessas visitas pode ser constatado o quanto o apoio matricial importante no
processo de sade mental desses usurios, e foi diagnosticado falhas, pois os usurios so
atendidos no Centro de Ateno Psicossocial (CAPS) e Unidade Bsica de Sade (UBS) de
formas separadas, no tem um acompanhamento por profissionais que se comunicam ou
dividem informaes para promover sade aquele sujeito. Existiram em alguns momentos
atividades desenvolvidas com a equipe do Ncleo de Apoio a Sade da Famlia (NASF), em
uma delas houve a articulao de toda a equipe para uma discusso sobre hipertenso e
diabetes com foco no autocuidado, aonde o estagirio trouxe discusses sobre a autoestima no
cuidado pessoal, fazendo uma ligao com as demais reas de sade. Na etapa final da
atuao no estgio foram feitos dois encontros com a equipe para tratar de assuntos
relacionados ao cuidar dos cuidadores, em um desses eventos foi tratado o treino assertivo, e
discutimos essas tcnicas assertivas para o mbito do processo de atuao dos profissionais
de sade. Por fim, pensar em uma Psicologia a servio de todos e para todos o que deve ser
colocado em prtica profissional. Essa dimenso assistencial faz toda diferena nos servios
de sade mental na sade pblica, que comea e deve ter toda continuidade na rede de
ateno bsica. Essa rede mais eficaz e vive a descentralizao no processo de sade, ela
est ali forte e atuando com a comunidade, e importante uma articulao multiprofissional.
Palavras-chave: Rezadeiras,Cura,Religiosidade
Resumo: Ao longo dos anos a populao mundial vem alterando os padres de sono,
reduzindo o intervalo entre dormir e acordar para cumprirem as tarefas dirias. O sono um
elemento fundamental para uma vida saudvel, e este quando insuficiente/ausente gera
repercusses negativas na qualidade de vida dos trabalhadores. Algumas ocupaes, em
funo das demandas laborais, tm registrado alteraes nos ciclos de sono e viglia dos
trabalhadores, dentre elas os docentes. As exigncias da produo de conhecimento, em ritmo
acelerado e ininterrupto, tm ocasionado esgotamento fsico e mental, com srias
consequncias na realizao das atividades docentes. Aspectos relativos s caractersticas do
trabalho podem interferir negativamente na qualidade do sono dos docentes. Este estudo
objetiva descrever caractersticas do trabalho docente relacionadas dificuldade de dormir de
docentes universitrios. Realizou-se estudo do tipo seccional, com abordagem descritiva. O
estudo foi realizado com 340 docentes de uma universidade pblica da Bahia, selecionados,
aleiatoriamente por amostragem estratificada por departamento e tipo de vnculo empregatcio.
Utilizou-se questionrio autoaplicvel que avaliou perfil sociodemogrfico dos docentes e
caractersticas do trabalho. A dificuldade para dormir foi avaliada com base na escala Mini-
Sleep Questionnaire (MSQ). As queixas de dificuldade para dormir foi mais frequente entre o
sexo feminino (50,6%), quem no tinha filhos (46,4%), nem companheiros (52,0%). Entre os
docentes que disseram ser bolsistas de produtividade em pesquisa, 54,5% apresentaram
dificuldades para dormir. Entre aqueles que realizavam atividades administrativas, 42,5% e,
entre aqueles que assumiam coordenao de colegiado, mais da metade, 58,0% tambm
apresentou sono irregular. Os resultados apontaram que a dificuldade para dormir foi mais
frequente entre as mulheres, e aqueles que realizavam um quantitativo maior de atividades de
produo cientfica, de administrao e gerncia, possuindo assim, outras atribuies
acadmicas, alm das atividades do ensino docncia. As exigncias associadas s atividades
laborais podem alterar a qualidade de vida no trabalho e contribuir para a ocorrncia de
alteraes do sono, comprometendo o desempenho docente. Os achados reforam a
necessidade de aprofundamento de estudos sobre essa temtica visto que estas condies
desfavorveis, alm de afetar a qualidade do sono, podem impactar em vrias dimenses da
vida e sade desse grupo de trabalhadores.
Resumo: A Ateno Bsica (AB) tem papel crucial na organizao da Rede de Ateno
Psicossocial (RAPS), especialmente na continuidade do cuidado em sade mental. Embora as
polticas pblicas tenham conseguido estruturar um novo modelo de ateno para os usurios
com transtornos mentais severos, especialmente atravs dos Centros de Ateno Psicossocial
(CAPS), percebe-se ainda incipiente a ampliao desse cuidado no contexto da AB. Em 2015,
o municpio de Santo Antnio de Jesus recebeu sua primeira turma de residentes do Programa
Estadual de Residncia Multiprofissional Regionalizado em Sade da Famlia (PERMUSF) pela
Escola Estadual de Sade Pblica Professor Francisco Peixoto Magalhes Netto (EESP),
sendo os residentes vinculados a uma Unidade de Sade da Famlia (USF). A partir da
vivncia dos mesmos, foi percebido que essa realidade, anteriormente contextualizada,
tambm era notvel na USF de referncia, onde seus profissionais no se reconheciam como
co-responsveis pela ateno psicossocial dos usurios de seu territrio. Tendo em vista a
importncia da AB na continuidade do cuidado e no desenvolvimento de estratgias
promotoras e protetoras da sade mental, pensou-se no desenvolvimento de aes de
educao permanente para os profissionais da equipe mnima. Esse relato tem como objetivo
descrever a primeira reunio para educao permanente em sade mental, realizada pelos
residentes na USF de referncia. Se fizeram presentes na reunio os residentes, os agentes
comunitrios de sade, a equipe de sade bucal, a psicloga e a nutricionista do NASF (Ncleo
de Apoio Sade da Famlia) e estudantes de medicina e nutrio da Universidade Federal do
Recncavo da Bahia (UFRB). Inicialmente, foi realizado um brainstorm relacionado s
palavras-chave Luta Antimanicomial e Reforma Psiquitrica, seguida de discusso e
reflexo. Essa escuta inicial buscou identificar o conhecimento que os profissionais detinham
acerca das propostas da Reforma Psiquitrica e a percepo destes sobre a implantao e o
funcionamento da rede de servios que contemplam as aes em sade mental. Em seguida,
foram organizados 3 grupos para a leitura de casos clnicos fictcios. Assim, cada grupo
discutiu e compartilhou com os demais algumas propostas de manejo, destacando os fatores
de risco e de proteo em cada um dos casos. Percebemos uma participao ativa, tanto dos
profissionais, quanto dos estudantes, j que ao decorrer da atividade estes foram se
posicionando e compartilhando experincias pessoais ou profissionais voltadas sade
mental. Com essa proposta, esperamos uma maior autonomia dos profissionais da equipe
mnima no cuidado em sade mental, de forma a qualificar a assistncia aos usurios e
famlias do territrio. A participao dos estudantes da UFRB tambm foi importante para o
fortalecimento da articulao ensino-servio, contribuindo para o desenvolvimento de prticas
intersetoriais. Entende-se que a inteno da Reforma Psiquitrica vai alm da
desinstitucionalizao, pois trata-se do esforo em ultrapassar fronteiras sanitrias, de forma a
enfrentar o desafio da intersetorialidade e do trabalho em rede, o que implica na adoo de
modelos de ateno integral e de base territorial. Assim, a AB se configura como um dispositivo
potencializador da qualidade do cuidado em sade mental, o que implica na importncia da
constante capacitao de seus profissionais.
Resumo: O solo funciona como um tipo de hospedeiro e/ou vetor de agentes infecciosos e/ou
parasitrios, proporcionando um ambiente favorvel ao desenvolvimento de certas espcies
patognicas como os geohelmintos, e dessa forma, contribuindo para a manuteno da trade
epidemiolgica da infeco. Nesse sentido, a contaminao do solo com material fecal
humano, animal ou gua contaminada se torna uma questo de sade pblica, principalmente
quando ocorre no ambiente residencial, onde o contato direto com o solo tende a ser maior, em
especial na sua superfcie, onde at um caminhar descalo pode gerar o contato indesejvel. A
partir do supracitado, o presente estudo teve como objetivo identificar e analisar
qualitativamente a contaminao parasitria nas superfcies dos solos de casas da
Comunidade do Onha, na zona rural de Santo Antnio de Jesus (Bahia, Brasil). O estudo foi
realizado com 33 casas em 4 pontos distintos de cada, no perodo de maro a abril de 2016.
Em cada um dos pontos, foi colhido aproximadamente 100 g de areia/terra pesados em
balana porttil, trs amostras por ponto: uma superficial, uma com 10 cm de profundidade e
outra com 20 cm de profundidade, somando 396 frascos obtidos no trabalho, mas para esta
pesquisa foram analisados 132 frascos, correspondentes a superfcie. As medidas de
profundidade foram feitas com auxlio de rgua, os materiais coletados foram armazenados em
sacos plsticos estreis, identificados e imediatamente transportados para o Laboratrio de
Parasitologia do CCS/UFRB. Todas as coletas foram realizadas durante o perodo da manh,
entre 8h e 11h horas, em dias ensolarados. Para anlise foram utilizados os mtodos
modificados de Rugai (apropriado para pesquisa de larvas de helmintos) e da Sedimentao
Espontnea (apropriado para a pesquisa de demais formas parasitrias). Os dados foram
tabulados e analisados no programa SPSS for Windows 9.0 e as anlises estatsticas foram
realizados por este programa, com grficos e tabelas geradas a partir do Microsoft Office Excel
2010. Dentre as 227 amostras analisadas, cerca de 95% estavam positivas para pelo menos
uma forma parasitria. Das amostras positivas, 23,2% foram para cistos de protozorio ciliado,
20,9% para larva rabditoide de nematelminto, 18,1% para cisto de protozorio no identificado,
16,1% para larva filarioide de nematelminto (estgio infectante), 11,6% e 4,6% para fmea de
nematelminto e macho de nematelminto, respectivamente, e 1,4% para Endolimax nana e
Entamoeba histolytica. Menos de 1% das amostras positivas foram para ovo de Ascaris
lumbricoides, ovo de Ancilostomdeo e caro. Em suma, os achados apontam para o grande
potencial contaminante que o solo possui, podendo causar, por contato direto, a infeco de
moradores e visitantes desta localidade. Destaca-se a presena de alguns parasitos
patognicos no solo que podem terimpacto expressivo na sade da populao infantil e de
idosos bem como em indivduos imunossuprimidos, evidenciando a importncia da realizao
de medidas de cunho profiltico voltadas aos cuidados com o solo.
Resumo: Considerada uma emoo positiva de bem-estar, a satisfao com o trabalho resulta
da avaliao que o trabalhador faz sobre o seu trabalho e da realizao de seus valores por
meio da atividade que executa. Influencia o comportamento da(o) trabalhador(a) e repercute na
maneira como ele(a) se relaciona com seu ambiente de trabalho, com implicao direta no
processo de sade e bem-estar. Objetiva-se descrever os nveis de satisfao com o trabalho
entre enfermeiras(os) segundo aspectos sociodemogrficos e caractersticas do trabalho.
Trata-se de estudo transversal, realizado com 213 enfermeiras(os) atuantes nos servios de
mdia complexidade e ateno bsica, de cinco municpios baianos, Feira de Santana, Jequi,
Santo Antnio de Jesus, Itabuna e Salvador (Centro Histrico). A pesquisa foi aprovada pelo
Comit de tica em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual de Feira de
Santana sob parecer n081/2009. A satisfao com o trabalho esteve associada positivamente
com os seguintes fatores: no possuir companheiro; possuir vnculo efetivo de trabalho;
jornada semanal de trabalho de at 40 horas; em contrapartida, associou-se negativamente
aos seguintes fatores: ser do sexo masculino e cor da pele autorreferida branca. No foi
verificada associao entre satisfao e idade; ter filho(s), turno de trabalho e possuir direitos
trabalhistas. Houve significncia estatstica apenas para os seguintes fatores: possuir jornada
de trabalho de at 40 horas semanais (Razo de Prevalncia (RP): 1,57; p-valor: 0,042) e ser
do sexo masculino (RP: 0,35; p-valo: 0,026). Contudo, muitas(os) enfermeiras(os) relataram
estarem insatisfeitas(os) com o trabalho, sendo a prevalncia global de insatisfao com o
trabalho de 31,3%. O elevado nvel de insatisfao observado entre as(os) enfermeiras(os)
pode estar associado organizao e s condies do trabalho, sendo que a literatura aponta
a falta de integrao entre os membros das equipes de sade e a falta de suporte para o
desenvolvimento das aes (seja apoio profissional, de gesto, espao fsico adequado,
recursos financeiros, educao continuada), juntamente com a sobrecarga de trabalho, os
baixos salrios e a desvalorizao profissional como fatores relacionados insatisfao desses
trabalhadores. Investigar a satisfao em enfermeiras(os) pode contribuir para a identificao
de problemas nos servios de sade, planejamento de possveis solues visando a sade e
bem-estar desses(as) trabalhadores(as), melhorias no ambiente de trabalho, na qualidade dos
servios prestados e, consequentemente, viabilizar o fortalecimento do Sistema nico de
Sade (SUS), sendo a sade do trabalhador, uma das reas estratgicas de atuao do SUS.
Palavras-chave: Hipertenso.,Internao.,Sade.
Resumo: A dengue uma doena viral transmitida aos humanos por mosquito do gnero
Aedes sp. O vrus da Dengue (DENV), agente etiolgico desta doena, pertence famlia
Flaviviridae, gnero Flavivrus, um vrus envelopado cujo genoma constitudo por RNA de
fita simples polaridade positiva. As infeces pelo DENV podem se apresentar sob as formas
assintomtica e sintomtica, por meio de duas formas clnicas principais: a febre clssica da
dengue (FD) e a febre hemorrgica da dengue (FHD), com ou sem sndrome do choque da
dengue (SCD), podendo levar o paciente a bito. Esta patologia apresenta alto impacto na
sade pblica do Brasil e de outros pases tropicais e subtropicais, devido a sua ampla
distribuio e sua capacidade de causar significativa morbidade e mortalidade em humanos.
Nos ltimos anos, sua incidncia tem aumentado significativamente, com surtos frequentes
ocorrendo em 5 das 6 regies de sade classificadas pela Organizao Mundial de Sade. No
Brasil, segundo dados divulgados pela Secretaria de Vigilncia em Sade, em 2015 foram
notificados 1.649.008 casos de dengue, contra 589.107 em 2014; com incidncia de 813,1 e
289,4 nos respectivos anos. Especificamente, na Bahia, foi observado um aumento significativo
na incidncia em 2014 (91,3) em comparao a 2015 (354). Diante do exposto, este presente
estudo teve como objetivo traar o perfil scio epidemiolgico das notificaes de dengue na
regio de sade de Santo Antnio de Jesus- BA no ano de 2015. Os dados utilizados foram
coletados no banco de dados da Superintendncia de Vigilncia Sanitria (SUVISA) da Bahia e
analisados por meio da realizao da frequncia absoluta e relativa. Em 2015, na regio de
sade de Santo Antnio de Jesus, foram notificados 610 casos de dengue em 2015, sendo
maio (156 - 25,5%) e julho (125 - 20,5%) os meses que apresentaram maior nmero de casos.
Em relao faixa etria, 222 indivduos (36,3%) tinham entre 20 e 34 anos e 152 (24,9%)
entre 35 e 49 anos. Sobre a cor/raa, 243 (39,8%) eram pardos e 36% foi ignorada; na
escolaridade, 89 (14,5%) possuem ensino mdio completo, 86 (14%) de 1 a 8 srie
incompleta e 296 (48,5%) ignorada. Ao analisar o sexo, mostrou-se que a maioria dos
indivduos infectados era do sexo feminino (53,11%). Com relao classificao, 82 (13,4%)
foi dengue clssica, 286 (46,8%) descartados, 242 (39,6%) inconclusivos. Na evoluo, 338
(55,4%) evoluiu para cura, o restante foi ignorado. De acordo com os resultados obtidos, na
regio de sade de Santo Antnio de Jesus, a infeco pelo DENV foi observada
predominantemente na populao jovem com idade entre 20 e 34 anos, do sexo feminino, de
raa parda, com ensino mdio completo. Apenas a FD foi observada no perodo estudado,
entretanto, no podemos afirmar que a FHD, com ou sem a SCD, tenha ocorrido, pois houve
grande quantidade de casos ignorados no perodo de evoluo. Embora seja desconsiderada
por alguns profissionais, a notificao de fundamental importncia para o estabelecimento de
novas estratgias de trabalho nas reas de promoo, proteo e controle da doena.
Resumo: De acordo com a organizao mundial de sade a cesrea uma interveno efetiva
para salvar a vida de mes e bebs, porm apenas quando indicada por motivos mdicos.
Assim, a presente pesquisa se prope a verificar e comparar a frequncia de tipos de parto,
procurando- se identificar associaes com as variveis sociodemogrficas. Metodologia:
Estudo transversal aninhado coorte prospectiva do estudo de coorte NISAMI, envolvendo
1091 gestantes com o objetivo de descrever nascimentos via cesariana e vaginal e identificar
associao com variveis sociodemogrficas em Santo Antnio de Jesus, Bahia. As
informaes foram coletadas entre junho de 2012 e fevereiro de 2014, atravs de um
questionrio previamente estruturado aplicado as gestantes no momento do acompanhamento
pr-natal em unidades de sade do municpio Santo Antnio de Jesus, BA. O tipo de
nascimento foi analisado conforme faixa etria, raa/cor, escolaridade, prematuridade consumo
do lcool, tabagismo, perodo de inicio do pr-natal e a ocorrncia de anemia gestacional.
Resultados: Foi observado que no perodo de 2012 a 2014, 36% dos partos foram normais
contra 63% por via cesrea. A proporo de parto vaginal foi menor na faixa etria de 18 a 24
anos (45%), 25 a 34 anos (27%). Na faixa etria de maiores de 35 anos, 74% tiveram seus
filhos por via cesrea. 61% dos bebs prematuros tiveram nascimentos por cesariana e 38%
de parto normal. Para raa/cor 63% das declaradas negras realizaram o parto via cesrea. A
anemia gestacional ocorreu em 253 gestantes e destas 58% foram por via normal. Nas
gestantes com nvel mdio 65% realizaram o parto cesreo. No nvel superior a porcentagem
aumenta para 73%. Em relao ao consumo do lcool durante a gestao, 62% dos
nascimentos foi por via cesrea. Quanto ao tabagismo na gestao e ao nvel fundamental de
escolaridade, houve empate entre as gestantes que optaram pelo parto vaginal e cesreo, com
50% cada. No presente estudo, 662 mulheres iniciaram o pr-natal no primeiro trimestre de
gestao, dessas 67% optou por parto cesreo. Das que iniciaram no segundo trimestre de
gestao, 46% dos partos foram por via vaginal. Consideraes finais: Dessa forma o perfil
sociodemogrfico das gestantes que optaram por cesreas foi de 25 a 34 anos de idade, com
ensino mdio completo, negras, nunca fumaram , pararam de beber durante a gestao. Elas
no tiveram anemia e os bebs nasceram a termo e com peso normal.
Resumo: Introduo: O diabetes uma doena autoimune que acomete, em geral, crianas e
adolescentes e tem como caracterstica uma disfuno do metabolismo da glicose
condicionada pela falta ou m absoro de insulina. Objetivo: O presente estudo tem por
objetivo elencar os principais fatores que contribuem positiva ou negativamente para adeso ao
tratamento em diabticos tipo 1, fazendo correlao com o perfil epidemiolgico dessa
populao, bem como apresentar os agravos mais frequentes provenientes da alterao no
controle glicmico. Metodologia: Foram pesquisados artigos publicados no perodo
compreendido entre 1996 e 2016, indexados na base de dados do Scientific Eletronic Library
Online (SciELO), Science Direct, Perodo da Pesquisa e Biblioteca Virtual em Sade
relacionados diabetes melito tipo 1, dos quais 55 foram selecionados e compuseram a verso
final deste artigo. Resultados e discusso: O Diabetes tipo 1 representa cerca de 5 a 10% do
total de casos de diabetes, sendo mais prevalente entre os 5 e 15 anos de idade. O diagnstico
geralmente ocorre depois da apresentao dos sintomas, quando as clulas beta pancreticas
se encontram em estgio avanado e irreversvel do quadro de autoimunidade, restando ao
indivduo o tratamento base de insulinoterapia. Os principais agravos da diabetes esto
correlacionados com a diminuio do controle glicmico. Fatores desfavorveis adeso ao
tratamento encontrados na literatura foram: a dificuldade na utilizao da medicao, a falta de
apoio de uma equipe multiprofissional, aspectos psicolgicos como a aceitao da doena, o
receio dos sintomas, a falta de recursos financeiros para busca da melhor teraputica e falta de
recursos disponibilizados no Sistema nico de Sade. Quanto aos fatores que favorecem a
adeso e eficcia do tratamento, foram descritos: abordagens educativas com base em
atividades ldicas, execuo de colnias de frias para gerao e disseminao de
conhecimento acerca do diabetes e a prtica de atividade fsica enquanto motivadora da busca
na qualidade de vida. Consideraes finais: Para que as prticas teraputicas obtenham xito,
necessria a participao conjunta da equipe de sade com o paciente e seus entes
prximos. O dilogo nessa trade precisa ser harmnico. No obstante, imprescindvel que se
invista na produo de novas tecnologias que venham tornar o tratamento prtico e que tenha
menos incmodo, e para tal o SUS, por sua vez, precisa garantir o acesso de toda a populao
a tais tecnologias.
Resumo: A criao dos Ncleos de Apoio Sade da Famlia (NASF) para proporcionar
matricamento tem impulsionado o cuidado de pessoas com transtorno mental severo e
persistente (TMSP) na Ateno Bsica (AB). Isto decorre da introduo de modalidades de
cuidado interdisciplinares e multiprofissionais, de diferentes diretrizes que possibilitam a
atuao sobre problemas de sade que antes eram tratados apenas em servios
especializados. A incluso de profissionais da Sade Mental (SM), alm de outros profissionais
de sade, nas equipes de Sade da Famlia permitiu atender s questes deste campo a partir
das aes da sade em geral. Tal ateno acontece atravs de grupos, visitas domiciliares,
salas de espera e buscas ativas. O interesse sobre o matriciamento em SM desenvolvido junto
ao NASF cresce, pois favorece a relativizao do uso de psicofrmacos, diminui as
reinternaes e permite a manuteno de pessoas com transtorno mental prximas de suas
redes sociais. A partir destes fatos este relato busca retratar a implantao e cotidiano do
dispositivo teraputico em Sade Mental construdo atravs do matriciamento implementado
por um NASF na AB visando acometidos de TMSP, seus familiares ou acompanhantes durante
maio de 2014 e novembro de 2015. Entre as aes foram enfatizados os grupos pela sua
pretenso em desenvolver a autonomia no cuidado e a ressocializao na comunidade atravs
dos relatos de experincias das vivncias com os TMSP. Foram produzidos dirios de campo
com relatos que permitem snteses crticas de inspirao etnogrfica das etapas de
implantao e a execuo da estratgia. O mtodo escolhido pelo NASF para os grupos foi a
Ajuda-Mtua. Este modelo consiste em uma forma de dinmica grupal na qual ocorrem trocas
de experincias, afetos e sentimentos entre os participantes. Foram produzidas compreenses
a cerca dos efeitos da participao dos usurios e familiares nas aes e, principalmente, nos
grupos. Os usurios e familiares apresentaram mobilizao dos afetos e sentimentos e foi
possvel observar a produo de vinculao. Ainda foi possvel reconhecer o potencial das
aes e, em especial, do mtodo de ajuda-mtua em agregar os usurios e familiares, por
meio de identificaes produzidas no contato com os relatos e ampliao da autoestima dos
participantes na confrontao de experincias. Foi possvel constatar que o mtodo de ajuda
mtua, neste contexto, apresentou limitaes quanto centralidade na oratria. Este fato
acarretou em frequncia oscilante dos participantes e para sua estabilizao, foi introduzida a
apresentao de trabalhos manuais. Foram realizadas oficinas de artesanato com valorizao
das habilidades produzidas pelas matrizes culturais. Entretanto, a demanda demonstrou-se
medicalizada e para arrefecer isso as aes foram produzidas de modo integrado. Por fim, foi
possvel depreender que o mtodo de ajuda-mtua tem permitido aos usurios e familiares se
empoderarem dos seus cuidados a partir da amplitude das suas experincias de sofrimento e
estratgias imaginativas. As aes em sade mental conseguiram ainda reforar a importncia
da atuao territorial da rede de AB na produo de adeso aos tratamentos, no apenas
psiquitricos como de sade em geral e, deste modo, a ateno em Sade Mental tem se
consolidado para alm das formas tradicionais.
Resumo: O tabagismo durante a gestao tem implicaes que vo alm dos prejuzos
sade materna. Os malefcios sobre a sade fetal so tantos, que justificam dizermos que o
feto um verdadeiro fumante ativo. Estudos epidemiolgicos identificaram vrias
consequncias nocivas associadas ao consumo do tabagismo durante a gestao, dentre elas
a prematuridade. A Organizao Mundial da Sade (OMS) define o recm-nascido prematuro
aquele que nasce entre 20 e 37 semanas de gestao. A mortalidade e a morbidade neonatal
so maiores entre os neonatos prematuros, alm disso, a carga econmica associada a esses
nascimentos significativa na medida em que o parto prematuro demanda assistncia e
cuidados de maior nvel de complexidade nem sempre acessveis, tornando este fenmeno um
problema de sade pbica. Este estudo tem por objetivo analisar a associao entre tabagismo
materno e a prematuridade em uma cidade do recncavo da Bahia. Estudo transversal
aninhado a uma coorte prospectiva do Ncleo de Investigao em Sade Materna e Infantil
da Universidade Federal do Recncavo da Bahia. Estudou-se 921 gestantes, cadastradas nas
unidades bsicas de Sade de Santo Antnio de Jesus-BA no perodo de junho de 2012
fevereiro de 2014 por meio de um questionrio semi-estruturado aplicado na ocasio da
consulta pr-natal. Os dados referentes a prematuridade foram coletados na maternidade e na
vigilncia epidemiolgica dos mesmo municpio. A mdia de idade materna foi 25,66,2 anos,
dos 921 recm-nascidos 11,5% apresentaram prematuridade. Das gestantes avaliadas, 35,6%
relataram terem fumado durante a gestao. Quando observado a prematuridade, o grupo das
mes no fumantes apresentou 10,4% de nascimentos pr-termo. Nesse estudo o tabagismo
no mostrou associao com prematuridade (Razo de Prevalncia (RP) =0,93; Intervalo de
confiana (IC) 95% 0,81 - 1,07). Porm, observou-se que as gestantes fumantes maiores de
30 anos (RP=1,20; IC 95% 0,50 - 2,91), da raa no negra (RP=1,17; IC 95% 0,64 - 2,13),
possuem um aumento do risco do nascimento pr-termo sem significncia estatstica. As
consequncias acarretadas pelo o tabagismo apontam para a necessidade dos profissionais de
sade e autoridades pblicas de incentivar o abandono do hbito de fumar entre as gestantes,
especialmente entre aquelas com a idade mais avanada, devido ao risco aumentado de
prematuridade neste grupo especfico.
Resumo: Nos ltimos anos o movimento de Universidades Promotoras da Sade (UPS) tem
ganhado fora em pases da Amrica Latina e Europa. No Brasil a discusso sobre as UPS
ainda escassa, levando a uma lacuna na literatura em lngua portuguesa sobre a temtica.
Tendo por base esse contexto, o presente estudo teve como objetivo analisar a literatura sobre
UPS em lngua espanhola disponvel no Google Acadmico. A primeira etapa de identificao e
seleo da literatura ocorreu durante o ms de agosto de 2016, o descritor utilizado foi
universidades promotoras de la salud entre aspas gerando apenas resultados na mesma
ordem do descritor, sem delimitao de perodo da produo. Alm da literatura disponvel na
lista inicial de busca, tambm foram inseridas as que surgiram a partir da busca na opo
relacionados a estes, recurso que mostra arquivos que estavam relacionados queles
acessveis na busca inicial. O critrio de incluso utilizado foi a existncia do termo
Universidad Promotora de la Salud ou Universidades Saludables no ttulo ou resumo, ser
documento ou declarao oriunda de encontros de UPS, das Redes de UPS ou artigo
publicado em peridico e estar disponvel na ntegra. A busca gerou 108 documentos, foram
selecionados 11. Na segunda etapa foi realizada reviso integrativa da leitura com foco nas
seguintes questes: pas, rea e tipo da produo e convergncias entre as literaturas. As
produes so oriundas da Colmbia (4), Mxico (1), Peru (1) e Chile (5) e ocorreram entre os
anos de 2006 e 2015. Os materiais dividiram-se entre: diretrizes para o movimento (1),
glossrio de conceitos (1), reviso de literatura (2), relato de experincia (3), reflexo crtica (3)
e pesquisa sobre resultados (1). No que tange ao contedo, foi observado que os autores e
autoras corroboram sobre o que so as UPS, considerando que estas incorporam ao seu
cotidiano aes que tenham como objetivo a promoo da sade e qualidade de vida da
comunidade acadmica, revisando seus sistemas e construindo uma cultura institucional
voltada para sade que atue constantemente sobre os determinantes da sade. Entre as aes
propostas ou relatadas observou-se o foco na mudana de estilos de vida, especialmente no
que tange a melhoria do nvel de atividade fsica e da qualidade dos alimentos, reduo do uso
de lcool, tabaco e outras drogas e preveno de doenas sexualmente transmissveis. Aes
voltadas a utilizao do tempo livre, hbitos de sono, condutas de autocuidado, tambm foram
apresentadas, porm em menor nmero. A educao em sade tambm foi ressaltada com
fator relevante nas UPS, tendo como uma das formas a introduo da promoo da sade nos
currculos de todos os cursos. A anlise mostrou que as UPS so realidade em diversos pases
da Amrica Latina, que a constituio de redes de UPS uma forma relevante de
fortalecimento das aes e os encontros internacionais tm se configurado como espao para
divulgar/discutir/construir aes. Conhecer estas informaes de grande relevncia para a
construo de propostas de UPS no Brasil, no entanto, a proposta deve levar em considerao
as especificidades do pais.
Resumo: Europa, uma das quatro luas de Jpiter, um satlite planetrio que vem
despertando interesse da comunidade cientfica. Esse satlite planetrio, juntamente com as
outras luas, Io, Calisto e Ganmedes, foram descobertos em 1910 por Galileu Galilei em Padu.
Europa a quarta maior lua de Jpiter, com um raio orbital de cerca de 670.900 km, uma
excentricidade de apenas 0,009, rbita quase circular, e sua inclinao orbital em relao ao
plano equatorial de Jpiter em torno de 0,470◦, desperta interesses da comunidade
cientfica, pois em 1998 a Sonda Galileu descobriu que existe um oceano embaixo de sua
superfcie gelada, uma possibilidade de um ambiente propcio vida, o que motiva a criao de
misses para Europa, como, por exemplo, Jupiter Icy Moons Orbiter (JIMO) e Europa Jupiter
System Mission (EJSM) que so misses propostas para os satlites galileanos. A distribuio
no uniforme de massa de Europa deve ser levada em conta ao estudar a dinmica de um
satlite artificial em torno dessa lua de Jpiter, pois ela causa constantes alteraes no
movimento orbital do satlite artificial. Os coeficientes harmnicos J2, J3, Jn e C22
representam a no esfericidade da lua, e que estes ainda no so determinados com preciso.
Os Jn so coeficientes que representam as deformaes zonais, so adimensionais e por isso
podem ser determinados experimentalmente e o C22 o coeficiente relacionado com a
elipticidade equatorial de Europa. Neste trabalho ser analisado o efeito da no esfericidade de
Europa na rbita do satlite artificial considerando os harmnicos zonais J2-J6 e o termo
setorial C22. nfase ser dada para o caso de rbitas congeladas. O movimento orbital
descrito por seis variveis chamadas de elementos orbitais, so elas: semieixo maior,
excentricidade, inclinao, argumento do pericentro e anomalia mdia. Nas simulaes sero
fixados alguns desses elementos, como o argumento do pericentro e inclinao e variaremos
outros parmetros para verificar o comportamento da rbita. As simulaes numricas sero
realizadas utilizando o software Maple para investigar o comportamento da rbita do veculo
espacial. Tambm ser includa uma anlise da inclinao crtica de um satlite artificial em
torno de Europa considerando apenas os efeitos causados por sua no esfericidade, J2 e C22.
Resumo: A bananeira uma planta tpica das regies tropicais midas que necessita para seu
desenvolvimento calor constante, uma elevada umidade e precipitaes bem distribudas.
Alm disso, atualmente o fruto mais consumido no Brasil, com uma mdia de produo
mundial superior a 106 milhes de toneladas/ano. Sendo importante destacar que atualmente a
cultura da banana essencialmente de carter familiar e com baixo nvel de gerenciamento.
Por esta razo, este trabalho visa desenvolver um sistema simples e funcional de
gerenciamento da produo e da irrigao de bananas, com o intuito de proporcionar uma
melhor produtividade, qualidade dos frutos e um fluxo de caixa eficaz, em especial, para os
pequenos e mdios produtores. Para tal, foi desenvolvido um sistema de irrigao com Arduino
Uno, sensor de temperatura e umidade DHT11 e mdulo XBee para transmisso dos dados
coletados no campo. Estes elementos foram escolhidos devido ao seu baixo custo, fcil
controle, compatibilidade com o microprocessador Arduino Uno e uso de rede de sensores sem
fio. Esta tem apresentado uma srie de vantagens frente a transmisso tradicional de dados via
cabo, a exemplo, menor interferncia de transmisso, baixo custo e baixo gasto energtico. O
sistema de irrigao compara os dados de temperatura, umidade e frequncia de irrigao pr-
estabelecida pelo usurio no software de gerenciamento da produo, compara com os dados
coletados pelo sensor e avalia de forma autnoma a necessidade de efetuar a irrigao. Tendo
assim trs situaes: se a umidade se encontra acima de um nvel mximo estabelecido o
sistema de irrigao se anula; se a umidade se encontra durante um perodo de tempo
programvel abaixo do nvel prefixado o sistema de irrigao se ativa, independentemente de
estar ou no no horrio estabelecido para a irrigao; se a temperatura do ar superar o limite
prefixado, a irrigao dura at que a temperatura se encontre abaixo da mxima permitida. No
referente ao gerenciamento da produo foi desenvolvido um software para desktop em
linguagem Java por meio do NetBeans IDE 8.1. O sistema em questo foi dividido em seis
mdulos, sendo estes: zona, irrigao, plantio, gastos, colheita e caixa. Neste apresentado
um balano geral dos gastos e lucros do produtor, um resumo mensal e um histrico geral das
atividades financeiras.
Resumo: Estima-se que haja um arsenal de 15,2 milhes de armas de fogo nas mos da
populao brasileira. Destas, 8,5 milhes no so registradas e 3,8 milhes esto na posse de
criminosos. A magnitude do arsenal guarda estreita correspondncia com a mortalidade que
essas armas originam. Os registros do Ministrio da Sade permitem verificar que, entre 1980
e 2014, morreram perto de 1 milho de pessoas (967.851), vtimas de disparo de armas de
fogo. Apesar de um nmero to elevado de casos, o Brasil possui taxas de elucidao desses
crimes extremamente baixa (entre 5% e 8%), quando comparadas a outros pases. Diante
deste cenrio, a administrao de algumas cidades, como Rio de Janeiro/RJ e Canoas/RS,
optaram por aderir a uma tecnologia que j vem sendo usada em mais de 50 cidades nos
Estados Unidos e apresentado resultados significativos na reduo de ndices de homicdios.
Esse sistema consiste em uma rede de sensores acsticos e uma central de processamento
capazes de determinar se um sinal impulsivo proveniente de disparo de arma de fogo ou de
outro evento, tais como bombas e britadeiras. Sendo um tiro, o sistema determina a localizao
do disparo atravs de tcnicas como a direo de chegada do som nos sensores e
triangulao, tudo isso em questo de segundos. Esta agilidade do sistema possibilita a rpida
locomoo da fora policial, ocasionando a gil avaliao e notificao da ocorrncia. Estes
microfones so preferencialmente arranjados com 4 ou 7 microfones coplanares, determinando
a direo de chegada do som por meio de uma triangulao dos sensores que recebem o sinal
com maior intensidade de volume. Apesar da eficincia apresentada na notificao e
elucidao de casos, esta tecnologia possui alto custo de instalao e manuteno. O trabalho
proposto almeja o desenvolvimento de um sistema de baixo custo capaz determinar a direo
de chegado do som atravs da diferena de potncia nos microfones do sensor. A diferena de
potncia nos microfones ampliada atravs de um gabinete plstico projetado para bloquear
frentes de onda com direes de chegada maiores que 90. Simulaes considerando o efeito
da difrao foram realizadas, indicando desempenho satisfatrio da tcnica.
Resumo: Devido grande necessidade energtica dos seres humanos o planeta sofre com
poluies, resduos e mudana no habitat natural em vrios locais. Com isso, surgiu a
necessidade de usufruir de uma energia limpa, com os mnimos impactos ao meio ambiente
que deve ser usada livremente sem se preocupar com a destruio que ela pode causar no
futuro e que tenha uma grande disponibilidade. Assim, surgiram alternativas promissoras de
energia limpa e renovvel. O principal exemplo de energia limpa a energia solar, a qual pode
ser utilizada para produo de energia trmica e energia eltrica. Para a direta produo de
energia eltrica a partir da energia solar necessrio o uso de clulas fotovoltaicas,
dispositivos esses que captam os raios luminosos provenientes do sol e transformam a energia
transportada por tais raios em energia eltrica. Esse trabalho tem por objetivo produzir clulas
fotovoltaicas usando LEDs (Light Emitting Diode) para utilizao da matriz energtica solar.
Tambm, analisar as performances em captao de energia solar e tambm a gerao de
energia eltrica de duas clulas, a produzida com LEDs e uma clula fotovoltaica comercial
encontrada e adquirida no mercado. Para tal objetivo, fez-se necessrio pesquisas em livros e
artigos sobre propriedades dos LEDs para que fosse escolhido dispositivos com caractersticas
diferentes e adequadas para o trabalho e tivesse maior riqueza de informaes. A partir da,
houve a construo da clula fotovoltaica com os LEDs. Essa construo se deu com nmeros
e associaes diferentes dos LEDs. Com isso, foi analisado a captao de energia solar da
nossa clula, como tambm a criao de energia eltrica da mesma. Confeccionado o painel
solar de LED, observa-se os valores obtidos de sua voltagem e corrente gerada, por meio de
um multmetro, devido exposio a uma fonte de luz. Com isso, possvel comparar esses
valores com aqueles gerados por uma placa fotovoltaica industrializada, analisando seus
custos benefcios e rendimentos. Portanto, uma clula solar de LED, pode trazer grandes
benefcios a rea de energias renovveis por ser um componente mais acessvel, com alta
durabilidade, fcil manuteno, mnimo impacto ambiental e gerando energia como as placas
fotovoltaicas comerciais.
Resumo: O conforto ambiental de uma edificao est atrelado s esferas fsica, fisiolgica e
cultural s quais um grupo est sujeito. Se os prdios desde a antiguidade tinham como
princpio a solidez, a beleza e a utilidade, buscadas pelo modelo vitruviano, a modernidade
inseriu nos pilares, o conceito de eficincia energtica. Alcana-la, entretanto, pode ser to
complexo quanto a busca de sustentabilidade no nosso cotidiano. Envolve estudo,
planejamento e investimentos, muitas vezes adicionais, que traro reduo de consumo a
longo prazo. O presente trabalho analisou o desempenho trmico de uma sala de aula (Sala 6)
do Centro de Cincia e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade localizado em Feira de
Santana-BA, de acordo com a norma NBR-15575. Para tal, foram feitos os clculos de
transmitncia trmica e fluxo de calor necessrios para a zona bioclimtica 8 e comparados
com os valores de referncia indicados na norma. Tambm foram medidas as temperaturas da
sala utilizando a plataforma Arduno e sensores de temperatura LM35: a parede externa, a
interna e no meio do local. Foi encontrada a transmitncia da cobertura do local equivalente a
3,38 W/m2k, valor acima do que a NBR diz ser satisfatrio, o qual < 2,3 W/m2k. Tendo em
vista que a determinao do conforto trmico para alm de uma tarefa tcnica, uma tarefa
subjetiva, buscou-se atravs de questionrios, obter a opinio dos usurios (estudantes e
professores). Observou-se que mesmo a sala estando desconfortvel se mantida com ar
condicionado desligado, o oposto tambm no agradvel pela maioria (59%), que considera
a sala fria na maior parte do tempo. Ainda, cerca de um tero dos participantes acusaram
sofrer algum incmodo no uso do aparelho de refrigerao (respiratrio, alrgico ou outros).
Realizando um estudo de carga trmica do centro, os ar-condicionados mostraram representar
cerca de 80% do consumo de energia eltrica mensal, superando em muito os 48% dos
prdios pblicos indicados pelo estudo da Eletrobras 2007b. Ou seja, o centro mantm
elevadas despesas de ar condicionados sem conseguir, contudo, garantir o conforto trmico
para a maioria dos usurios. O setor residencial, sendo no Brasil o segundo maior consumidor
de eletricidade (21,2%) - apenas atrs do setor industrial - deve rever suas prticas, na busca
de maior sustentabilidade. Aumentar a eficincia em edificaes tanto buscar mitigar -
diminuindo a demanda -, como uma estratgia de adaptao para as presentes e futuras
mudanas climticas.
Resumo: Existem materiais cuja viscosidade no est bem definida, em corpos compostos por
esses materiais a taxa de deformao no diretamente proporcional as tenses de
cisalhamento aplicadas. Isto significa que dependendo da presso ou tenso aplicada sobre o
material ele pode ser tornar um slido ou um lquido. Os materiais que possuem tais
caractersticas so chamados de fluidos no-newtonianos. Tais fluidos recebem esse nome por
se comportarem de maneira distinta aos fluidos de Newton, os quais possuem a sua
viscosidade constante e no sofrem alterao em seu estado quando aplicada uma tenso de
cisalhamento. Este projeto visa demonstrar o comportamento de um fluido no newtoniano, a
mistura de gua com amido de milho. Alm de demostrar a fascinante maneira a qual se
comporta este fluido, visamos tambm mostrar de maneira terica o porqu de tal
comportamento, bem como outros materiais que detm tais caractersticas. Para atingir o
objetivo do trabalho foi-se pesquisado, em livro e trabalhos feitos sobre o assunto, quais as
formas mais fceis de analisar e apresentar tais propriedades. Com tais informaes viu-se que
a utilizao da mistura gua e amido de milho se faz suficiente para o tal. Assim, utilizou-se
esferas como objeto para teste e notou-se que quando a bola lanada com muita fora contra
o fluido, ela ricocheteia. Enquanto que quando a repousamos sobre o fluido ela afunda. Com
tais experimentos, chegou-se concluso que ora a mistura escolhida comporta-se como
slido e ora como lquido. O fator que a faz mudar de comportamento a tenso aplicada
sobre ela. Assim, concluiu-se que a depender de cada situao a qual seja submetido o fluido
adquire um comportamento diferente, o qual pode ser ou um lquido ou um slido, e a partir de
vrios testes estimada a fora, tenso que deve ser aplicada sobre o corpo, alm de demais
fatores tais como angulao e tempo para que ele apresente tais comportamentos. muito
interessante fazer a anlise desses materiais to comuns no dia-a-dia e que podem se
comportar de maneira incomum e apesar de ser um assunto em um nvel complexo, atravs
experimentos possvel ter uma viso mais simples do fenmeno.
Resumo: A produo de energia eltrica um assunto bastante abordado nos dias atuais.
Vrias pesquisas e projetos so desenvolvidos no sentido reduzir os impactos ambientais
gerados durante o processo de produo de energia. Alm dos impactos ambientais gerados, a
quantidade de energia produzida est caminhando para a saturao. A necessidade de novas
fontes energticas uma realidade que j no pode ser negada. Uma fonte de energia
renovvel de grande potencial energtico o Sol, fornecendo aproximadamente 1,5x1018kWh
de energia a atmosfera terrestre. Em matria de radiao solar, o Brasil, ocupa papel de
destaque, apresentando altos ndices solarimtricos durante todo o ano. A utilizao da
radiao eletromagntica proveniente do Sol como fonte de energia para aplicaes na terra,
exige que esta energia seja transformada em outra, por exemplo: eltrica e trmica. Para que
essa converso seja realizada instrumentos especficos precisam ser empregados para tal fim,
levando em considerao ao qual tipo de energia se deseja obter. Um exemplo prtico a
converso da energia solar em energia eltrica em que utilizamos os famosos painis solares
fotovoltaicos. Os painis fotovoltaicos em sua grande maioria utiliza o silcio como elemento
semicondutor, que apresenta uma sensibilidade que vai de 400 a 1000 nm. Compreender qual
o potencial de radiao que chega na regio, principalmente na faixa de interesse, um dado
estratgico quando se deseja implantar um parque solar. A medida da radiao solar
realizada utilizando instrumentos chamados de radimetros, os quais possuem um alto valor
agregado. Alm do valor dos instrumentos comerciais a manuteno desses no barata e,
considerando que necessitam ser calibrados com frequncia a relao custo beneficio para
pequenos centros de pesquisa invivel. Buscando uma alternativa para realizar essas
medidas, estamos estudando a possibilidade de utilizar pequenas clulas fotovoltaicas como
sensores de radiao, baseados em dados j indicados na literatura. Estas clulas nos
fornecem a radiao solar justamente na faixa de converso fotovoltaica do silcio. O
radimetro que estamos desenvolvendo apresenta como elemento sensor uma clula
fotovoltaica de silcio acoplada com uma plataforma Arduino, fornecendo independncia a
estao de medida, pois, os dados tanto podem ser envidados diretamente para o computador
como podem ser armazenados em um carto de memoria. O baixo custo atrelado ao sistema,
possibilita a sua reproduo por vrios outros centros de pesquisa, escolas e outros segmentos
interessados em medir a radiao solar.
Resumo: Partindo dos conceitos de dinmica, assunto esse das Disciplina de Fsica Geral I e
II e usando princpios de conservao de energia foi idealizado o projeto de iniciao cientifica
com o objetivo de construir um lanador de planadores. O projeto teve como fase inicial o uso
de pesquisas bibliogrficas para identificar qual o melhor aeromodelo para a construo,
levando em considerao modelos discutidos em sala de aula. Foi analisado em principio o
material e em segundo plano o peso. Aps a construo do aeromodelo foram iniciadas as
observaes com relao ao lanador e como ele seria construdo e adaptado para a mini
aeronave j pronta. Foi decido ento que o lanador teria uma mola num determinado ngulo
de 45 com relao ao solo e uma superfcie para apoiar o planador e consequentemente
impulsionar o mesmo, esse impulso teria como base a lei de conservao de energia potencial
elstica. importante ressaltar que antes de ambos, planador e lanador, ficarem prontos foi
iniciada a anlise de conceitos aerodinmicos utilizando avies de grande porte como exemplo.
Foi discutido a sustentao, peso e arrasto, foras importantes para um voo, vale lembrar que
a parte de trao mesmo sendo fundamental no foi abordada por conta do aeromodelo no
possuir motor de propulso para se manter voando, fazendo uso apenas do impulso inicial
realizado pelo lanador. O fsico Isaac Newton definiu sustentao e arrasto atravs de duas
formulas fundamentais, as quais foram analisadas e utilizadas no aeromodelo construdo, ele
percebeu tambm que tanto a sustentao como o arrasto estavam ligados com o chamado
ngulo de ataque, ficando conhecida como lei do seno-quadrado. A grande dificuldade em
construir aeromodelos justamente o tamanho da asa e o ajuste de acordo com o ngulo de
ataque. Foi observado tambm o princpio de Bernoulli para a montagem da aeronave j
citada, este conceito por sua vez observa o comportamento do ar em relao a asa e
mostrando tambm como funciona a sustentao na prtica utilizando tambm a segunda e
terceira lei de Newton para sua explicao, j que ambos os fsicos explicam de modo
excepcional a dinmica como um todo.
Resumo: Aps dcadas utilizando combustveis fsseis como principal provedor energtico, a
humanidade enxergou a necessidade de obter solues energticas alternativas, que sejam
renovveis e no poluentes. A energia solar tem sido uma boa opo, j que capaz de
produzir energia eltrica atravs do efeito fotovoltaico. Para implantar um parque solar e
estudar os fenmenos que envolvem a radiao necessrio o uso de alguns aparelhos
especficos, como o piranmetro de termopilha e o piranmetro de silcio. Atualmente os
radimetros ainda no possuem um preo acessvel, isso dificulta que escolas e pequenos
centros tcnicos possam adquirir um aparelho como este. Outro elemento que deve ser levado
em considerao o custo de manuteno desses equipamentos, que precisam de calibrao
peridica. A proposta do trabalho consiste em projetar, construir e caracterizar um radimetro
utilizando LEDs como sensores espectrais (em teste iniciais), interligados a plataforma arduino,
que ficar responsvel por receber a tenso fornecida pelos LEDs quando expostos a radiao
solar, decodificar, transformar em dados e transmitir ao microcomputador. Para realizar o
projeto necessrio o estudo da fsica da radiao solar, eletrnica, da programao na
plataforma arduino, conhecer o funcionamento dos LEDs, separa-los de acordo com suas
faixas de resposta espectral e realizar leituras da radiao solar. A escolha de LEDs como
elementos sensores motivada tanto por ser um material acessvel como pelo fato de
podermos estudar vrias faixas do espectro eletromagntico do sol. O estudo dessas faixas
nos possibilita a identificao de elementos presentes na atmosfera terrestre. Espera-se
produzir um equipamento de boa qualidade utilizando materiais de baixo custo, fazer a
calibragem usando equipamentos de referncia no mercado para que o radimetro a ser
montado seja o mais preciso possvel, visando o uso posterior do mesmo e de rplicas em
outras universidades, centros tcnicos, escolas e semelhantes. Posteriormente o equipamento
ser instalado em um ponto do CETENS (ainda a ser escolhido) para que seja realizada a
medida dos nveis de radiao solar no perodo de um ano, gerando curvas de radiao dirias
para que possam ser empregados em pesquisas futuras. Aps os devidos testes de eficincia
almeja-se empregar o equipamento em uma pequena estao meteorolgica a ser implantada
no prprio CETENS.
Resumo: A iluminao (artificial) um avano ocasionado pelos seres humanos, que por sua
vez, veio para melhorar nossas vidas, o que nos possibilitou um grande avano
tecnolgico e at mesmo social, tendo em vista seus grandes benefcios como:
Aumento da segurana local, possibilidade de lazer, orientao das vias pblicas, etc,
logo fator essencial para promover a vida atualmente. A precariedade da iluminao
acarreta em malefcios para aqueles que precisam transitar nas ruas por motivos gerais e que
a falta desse recurso influencia no aumento da criminalidade na regio. Em virtude dos
grandes ndices de violncia dentro e ao redor do campus da UFRB Cruz das Almas
BA, julga-se que um dos aspectos que influenciam os casos de criminalidade a precariedade
de iluminao nas vias da universidade juntamente com a falta de segurana. Devido a fatores
como: a grande extenso do campus, a falta de planejamento da rede eltrica, fiscalizao
precria, falta de polticas pblicas, descaso do rgo ocorre o grande dficit da
iluminao. O presente artigo tem a finalidade de propor uma possvel soluo para o
problema, por uma implementao sustentvel, onde foi analisado diversas alternativas.
Fontes de energias renovveis so as provenientes de recursos naturais nas quais so
naturalmente reaproveitadas. Atualmente a uma grande utilizao de dois tipos dessas fontes
a energia elica e a energia solar. Em nosso caso de estudo foi analisado cuidadosamente
qual desses dois tipos de energias seriam mais viveis para o melhor resultado. Apesar
da grande viabilidade econmica da implementao da energia elica temos o descaso da
eficincia de produo de energia devido a localizao do campus, j que esse tipo de
energia renovvel requer uma grande velocidade das linhas de vento algo que em nosso
pas encontrado nas zonas litorais e em localizaes afastadas do permetro urbano.
Portanto, essa energia no se aplica ao que buscamos. A energia solar a energia que tem
como fonte o sol, e atualmente buscada como fonte de energia alternativa visando
sustentabilidade em que o mundo atravessa. Considerada como energia limpa,
recomendada para locais onde h um maior ndice de irradiao solar (radiao solar
por unidade de rea) por um longo ou considervel tempo do dia.
Resumo: O papel das prticas experimentais possibilitar aos alunos uma melhor
compreenso dos contedos que estaro sendo aplicados pelos professores atravs da
observao, investigao e verificao para que o mesmo visualize o fenmeno fsico e
entenda a importncia de estudar a Fsica. Este trabalho discute a importncia de se trabalhar
com experimentos na Fsica no ensino mdio. O objetivo principal mostrar que atravs da
prtica experimental os alunos iro adquirir conhecimentos cientficos, compreender as leis e
teorias fsicas, de forma que os levem a refletir e analisar suas ideias corriqueiras em relao
ao que est sendo abordado e discutido, reestruturando, assim, suas explicaes a respeito
dos fenmenos estudados. O referente trabalho est sendo baseado na abordagem
construtivista de PIAGET. A realizao desta pesquisa ser de cunho qualitativa e descritiva,
onde usaremos a coleta de dados que sero os questionrios. Os questionrios sero
aplicados aos professores do ensino mdio de fsica de diferentes escolas do ensino mdio,
em relao a sua prtica e ensino, sobre sua viso da importncia de inserir o mtodo da
pratica experimental no ensino de Fsica. Ser feita uma proposta para os professores
trabalharem com os contedos de Fsica discutidos em sala de aula, mas desta vez com o
apoio da pratica experimental sendo ela demonstrao, investigao ou verificao. Cabe ao
professor explorar o mximo dos conhecimentos prvios dos alunos, motivando a participao
dos mesmos, lembrando que cabe ao professor analisar e ter cuidado na hora da atividade em
relao ao grau de direcionamento, se o mesmo ser aberto ou fechado. fundamental para o
aprendizado dos alunos explorar, investigar e verificar os experimentos, para que haja uma
assimilao do que est sendo dado e demostrado no experimento, como tambm papel do
professor orientar e buscar fazer perguntas sobre o contedo, no deixar o aluno ser o
mediador do seu aprendizado. Em seguida, os professores irar aplicar uma atividade escrita
para os seus alunos, para verificar se houve uma aprendizagem. Como queremos analisar a
viso do professor do ensino mdio do ensino de Fsica sobre a importncia do papel da
pratica experimental no ensino de fsica, iremos aplicar o mesmo questionrio que foi aplicado
no incio da pesquisa, para assim podermos analisar a sua viso antes e depois da utilizao
da pratica experimental nos ensinos de Fsica no ensino mdio. Os resultados que queremos
alcanar com esta proposta que o professor responda um questionrio antes da aplicao da
atividade em sala de aula e depois responda o mesmo questionrio, mas agora com a
atividade aplicada e com a utilizao das prticas experimentais, para que ele visualize o que
deu certo e o que no deu certo? importante mesmo utilizar o mtodo experimental em sala
de aula? Se importante, qual a metodologia adequada para uma melhor aprendizagem para
meus alunos? Levando em considerao esses aspectos caberia aos professores refletirem
sobre os resultados alcanados referente a atividade aplicada, se os mesmos superam suas
expectativas de ensino e aprendizagem sobre o que foi trabalhado.
Resumo: Por meio do som, feita a comunicao mais eficiente que conhecemos nos dias de
hoje. As ondas sonoras se propagam em todas as direes, tanto por via area como por vias
estruturais. O som uma onda mecnica, do tipo que precisa de um meio para se propagar. A
vibrao de um determinado corpo provoca variaes na presso e na densidade do meio.
Com inmeras reprovaes e desistncias nos cursos que regem as cincias exatas, surge a
preocupao com a necessidade de assegurar uma permanncia de alunos na
universidade.Embora a explicao mais cabvel para este problema ainda seja com a base dos
alunos nos ensinos mdio e fundamental, a situao tambm pode ser explicada com a falta de
dinamismo em algumas aulas, aliado falta de situaes do cotidiano em que determinados
assuntos podem ser relacionados. Tendo em vista o despertar do interesse do aluno pela rea
da fsica, por exemplo, as ondas sonoras, foi confeccionada uma bancada didtica capaz de
projetar em uma superfcie plana as variaes de presso causadas pela emisso de sons com
diferentes propriedades (frequncia, intensidade e comprimento de onda). Para confeccionar a
bancada didtica, foi necessrio: sobras de madeira, uma luva cirrgica, pregadores de roupa,
um espelho de aproximadamente 1 cm, pregos, uma fonte emissora de laser vermelho, uma
lata de leite em p, uma caixa de som de 4 cm e um eletroduto. A utilizao dos componentes
em conjunto acontece da seguinte forma: A caixa de som atua como emissora de ondas
mecnicas que viajam no interior do eletroduto at o interior da lata. As ondas continuam a se
propagar at encontrar a fina membrana que veda a superfcie da lata, fazendo com que esta
comece a vibrar. O laser se apoia na haste de madeira com o auxlio dos pregadores e sua luz
incide na superfcie do espelho, que reflete curvas de diferentes formas em outra superfcie
plana. Isso s possvel com a vibrao provocada pela emisso de som. A utilizao da
bancada pode ser vinculada no somente em salas de aula do ensino mdio, fundamental e
superior, mas tambm em oficinas e feiras de divulgao cientfica que costumam acontecer
periodicamente na UFRB.
Resumo: O servio pblico de abastecimento de gua potvel, ainda que mesmo sendo de
fundamental importncia ainda negligenciado em muitas cidades do Brasil, fazendo com que
parte da populao tenha acesso a gua sem qualidade e/ou periodicidade requerida para o
desenvolvimento das atividades. A populao da cidade de Cruz das Almas sofre
constantemente com o desabastecimento de gua tornando o uso de guas subterrneas uma
alternativa para suprir a demanda no atendida. A zona rural do municpio tambm enfrenta a
falta de gua devido ausncia de rede distribuidora de gua. A gua subterrnea utilizada
para fins potveis e no potveis. Em geral, os poos particulares de captao de gua so do
tipo cacimbas e poos tubulares, onde o primeiro construido manualmente e o segundo de
forma mecanizada. Pontos de captao (poos) que estejam instalados nas proximidades de
fontes potenciais de contaminao podem acarretar em prejuzos sade da populao
atendida. O potencial de contaminao devido ausncia de saneamento aliado
vulnerabilidade natural dos aquferos contaminao corroboram com a contaminao das
guas subterrneas, gerando riscos sade pblica. Teores acima de 50mg/L de
〖NO〗_3^- presentes na gua podem causar metemoglobinemia (oxidao
da hemoglobina pelo nitrito) . Esta reao resulta em hidrxido de metemoglobina, que
incapaz de transportar oxignio pela corrente sangunea e incompatvel vida . Presena de
cepas de Escherichia coli, na gua, indicam contaminao fecal. Os sintomas manifestam-se,
no homem, entre 3 e 9 dias aps o contato, podendo, em casos mais severos, ocasionar bito.
Dentre os sintomas incluem-se: dores abdominais; fezes lquidas, podendo conter sangue;
vmito; febre; comprometimento da funo renal;. Nesse contexto, fazem-se necessrio o uso
de medidas para proteo dos aquferos contra a contaminao. A avaliao da vulnerabilidade
uma importante ferramenta de gesto das guas subterrneas, pois indica locais de maior
suscetibilidade ocorrncia de contaminao antrpica . Neste trabalho foi utilizado o mtodo
GOD, proposto por Foster e Hirata em 1988, o qual considera o grau de confinamento, estratos
de cobertura e profundidade do nvel dgua. Para a elaborao do mapa de vulnerabilidade,
foram analisados o perfil de 23 poos perfurados no municpio, os quais esto cadastrados no
banco de dados SIAGAS. Concluiu-se, que a geologia do municpio representada
principalmente por embasamento cristalino do perodo arqueano, com alguns depsitos
sedimentares mais recentes. Os aquferos so do tipo fraturado na maior parte da sua
extenso, com ocorrncia de captao em aquferos porosos de formaes
tercirias/quaternrias. O mapa do ndice GOD indicou vulnerabilidade baixa em 27% da rea,
moderada em 64% e elevada em 9%. As regies de vulnerabilidade elevada esto associadas
aos poos perfurados em formaes sedimentares mais recentes (tercirio/quaternrio) sendo
que, parte dessa rea inclui-se na poro urbana do municpio, exigindo ainda mais dos
gestores um controle do uso e ocupao do solo nessas reas, bem como uma melhoria no
sistema de abastecimento pblico de gua.
Resumo: Pela ampla aplicabilidade da Estatstica Circular, o pouco conhecimento das suas
possibilidades e a sua reduzida utilizao em anlises estatsticas onde seu uso mais
eficiente e recomendado que o da Estatstica Clssica (Linear) foi realizado o levantamento do
estado da arte da Estatstica Circular, Direcional ou Esfrica que pode ser aplicada em vrios
campos cientficos, a exemplo da Biologia, Oceanografia, Meteorologia, Geologia, Geografia,
Psicologia, Medicina e a Engenharia, entre outros, onde os dados dos ngulos medidos se
referem orientao ou ao sentido de certos fenmenos, em especial a sua distribuio
espao-temporal. O objetivo do trabalho foi levantar o estado da arte da Estatstica Circular,
nas suas mais diversas aplicaes e delimitar um paralelo entre esta e a estatstica clssica,
nos diversos campos cientficos que podem ser utilizadas e produzir como resultados materiais
instrucionais e audiovisuais sobre o tema estudado, como forma de disseminar a sua
aplicabilidade em situaes que a sua eficincia maior do que a da estatstica linear. O
desenvolvimento deste trabalho justifica-se pelo no conhecimento da amplitude dos estudos e
pesquisas nesta rea de conhecimento, que tem apresentado um crescimento tanto
quantitativo, quanto qualitativo na sua aplicabilidade. Diferentemente das metodologias j
consagradas em estudos experimentais em reas como as das cincias exatas e biolgicas,
foram utilizados procedimentos comparativos e articulados que permitiram alcanar os
objetivos pr-estabelecidos. Buscou-se o refinamento do tema no atual estado conhecimento,
por meio da reviso de literatura e de contatos com especialistas e usurios da estatstica
circular, na busca e identificao de professores e pesquisadores das reas afins com a
aplicabilidade da estatstica circular. Como resultados foram elaborados materiais instrucionais
no formato de tutoriais, em audiovisuais, meio eletrnico e impressos, com um roteiro analtico
alicerados nos conceitos bsicos necessrios sobre trigonometria e vetores, com exemplos
nos diversos campos cientficos em que so aplicadas com maior freqncia e eficincia, em
linguagens e estilos acessveis a estudantes de graduao e ps-graduao, pesquisadores e
leigos interessados e/ou possveis usurios do conhecimento, reforando os conceitos,
aplicaes, vantagens, desvantagens e a eficincia do seu uso em relao aos mtodos mais
convencionais da estatstica linear ou clssica.
Palavras-chave: Metaloporfirina,Catlise,Oxidao
Resumo: Um desafio enfrentado pelos professores de Qumica numa sala de aula regular
transpor a linguagem cientfica para os alunos com Necessidades Educacionais Especiais
(N.E.E.). A carncia de discusses sobre diversidade na sua formao implica em professores
despreparados para acolher alunos com N.E.E. na sua classe, gerando dificuldades no ensino
e aprendizagem e favorecendo a excluso destes alunos. Alunos com N.E.E. necessitam de
ateno especfica direcionada a sua necessidade e isso pode ocorrer quando o professor
possui uma formao melhor embasada nas propostas da Educao Inclusiva. Essa
problemtica nos levou a pensar sobre a qualidade do ensino de Qumica direcionado aos
alunos com N.E.E. e como os professores desta disciplina lidam com esta situao. Dentro
deste contexto, este trabalho teve como objetivo produzir uma Prancha Conceitual para auxiliar
professores a transpor os contedos de Qumica aos estudantes com N.E.E. A Prancha
Conceitual, desenvolvida no Programa Visual de Escrita do Centro de Formao de
Professores, uma lmina construda artesanalmente em frente e verso com materiais de
baixo custo e que tem como propsito elucidar um conceito de modo visual e ttil para pessoas
com e/ou sem deficincia. Este instrumento faz parte de uma compreenso sobre o
processamento de informaes visuais e tem como objetivo explorar a capacidade dos
estudantes de construrem conceitos de maneira mais sinttica possvel e em breve perodo de
tempo. Este foi adaptado a partir das dificuldades evidenciadas pelos docentes para ensinar os
contedos de Qumica para estudantes com N.E.E. e das dificuldades apontadas por um aluno
com N.E.E. no seu processo de aprendizagem. Para sondar as dificuldades destes sujeitos
utilizamos questionrios mistos e entrevistas informais. Estes foram utilizados para coletar
dados de um aluno surdo e de quatro professoras de Escolas do Ensino Mdio e do Ensino
Fundamental II de Amargosa-BA. Elaborou-se ento o recurso didtico diferenciado a partir das
demandas apontadas por uma professora e pelo seu aluno surdo. O tema apontado pela
docente foi o Ciclo do Carbono e do Oxignio. A pesquisa demonstrou que os professores de
Qumica tm carncia de recursos didticos e humanos que facilite o aprendizado dos alunos
com N.E.E. e que, a falta de formao numa perspectiva da Educao Inclusiva e a falta de
apoio pedaggico, faz com que estes sintam dificuldades em ensinar alunos deficientes. O
aluno surdo relatou sua dificuldade em aprender Qumica, pois no h intrprete na sala de
aula que o auxilie. Ficou explcito o sofrimento deste em no conseguir um dilogo entre seus
pares. Ao ser avaliado pela professora, o recurso foi considerado autoexplicativo, didtico, com
boa funcionalidade e que pode ser apreciado pelo aluno surdo e por todos os alunos da turma,
permitindo a incluso. Conseguimos com essa pesquisa ressaltar a importncia em utilizar
recursos didticos diferenciados nas aulas de Qumica e como este contemplou dois pilares
para a aprendizagem do aluno surdo. Pois, permite que a partir das representaes visuais
interligadas aos sinais em LIBRAS o aluno possa ter a viso ampliada dos conceitos referentes
ao Ciclo do Carbono e Oxignio.
Resumo: Nas ltimas dcadas, as discusses voltadas aos problemas ambientais tm sido
acentuadas em funo das alteraes e desequilbrios que tem ocorrido no planeta, algumas
vezes influenciados por aes humanas. Dentre os problemas ambientais, destacam-se dois
prximos da populao: a pouca implementao do saneamento bsico nas cidades brasileiras
e o direcionamento e tratamento de resduos humanos e orgnicos. Assim, sabendo-se que em
alguns bairros da cidade de Amargosa-Ba os problemas supracitados so evidenciados, por
meio desta pesquisa procurou-se investigar as concepes da populao de Amargosa a
respeito dos impactos ao ser humano e ambiental, provido por esgoto domstico a cu aberto e
produo com pouca ou sem gesto dos resduos orgnicos gerados nos restaurantes da
cidade. Para o desenvolvimento do estudo, utilizou-se a pesquisa de campo exploratria de
base qualitativa/quantitativa e foi dividida em trs etapas: a) Triagem dos locais de pesquisa; b)
Aplicao de questionrios; e c) Anlise estatstica. Como instrumento para coleta dos dados,
foi aplicado um questionrio (I) aos moradores do bairro onde se encontrava o esgoto a cu
aberto e ao pblico da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB) no Centro de
Formao de Professores (CFP), ao qual passava pelo esgoto a cu aberto. Outro questionrio
(II) foi aplicado aos proprietrios/funcionrios de alguns restaurantes da cidade, os quais
produziam quantidade significativa de resduo orgnico. Sobre o Questionrio I, uma das
questes abordava sobre o que era esgoto domstico (ED). A partir da anlise das respostas,
foi possvel observar que mais da metade dos informantes (62%), compreendem o que significa
ED, no entanto, alguns (18%) no souberam descrever de forma clara o conceito, 18%
apresentaram concepes errneas e 2% deixaram em branco, ou seja, no souberam definir.
Em outra pergunta foi pedido que os informantes mencionassem quais as doenas possveis
de serem adquiridas a partir do contato com o esgoto domstico e foi possvel observar uma
diversidade de respostas, dentre as mais citadas esto: leptospirose, verminoses e dengue.
Por fim, 29% dos sujeitos acreditam que somente os rgos governamentais so responsveis
por sanar o problema e 4% mencionaram numa parceria prefeitura/comunidade. Quanto ao
Questionrio II, pde-se observar que a maioria (80%) dos sujeitos compreendem o que so os
resduos orgnicos e poucos (20%) demonstraram no entender o assunto. Foi questionado
sobre a produo diria de resduos orgnicos pelos estabelecimentos, atravs das respostas,
notamos que a produo diria de resduos orgnicos em (80%) dos restaurantes acumulam-
se em torno de 10 kg e foi possvel observar que os resduos mais comuns descartados pelos
restaurantes foram; verduras/legumes (30%), arroz/feijo/macarro (30%) e frutas (20%).
Todos os questionados apontaram a falta de um programa que reutilizasse esses resduos,
culminando em espaos com alta exposio de lixo, afetando a higiene da cidade e
proporcionando aos moradores riscos com potenciais transmissores de doenas. Acredita-se
na importncia deste trabalho no que tange qualidade de vida que a comunidade est
submetida, fundamental esse tipo de discusso frente aos problemas reais que esto ao
nosso entorno, a fim de problematizar, alertar e conscientizar a populao
Resumo: Extratos de flores, especialmente as de cor laranja, vermelha, rosa ou roxa, podem
ser utilizados como indicador de pH. Tais cores nas flores refletem a presena de antocianinas,
que uma substncia indicadora de pH, responsvel por uma grande variedade de cores
observadas em flores, frutos, algumas folhas, caules e razes de plantas, que podem variar do
vermelho vivo ao violeta/azul. A finalidade deste trabalho avaliar o potencial dos extratos de
diferentes espcies de flores como indicadoras de pH, coletadas no campus de Cruz das
Almas da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB). As flores foram coletadas
entre os meses de maro e julho de 2016 na UFRB, sendo somente as ptalas selecionadas
para anlise qumica. Para cada tipo de flor, uma massa de 20 g de ptala foi pesada,
macerada em almofariz e pistilo, com 25 mL de lcool etlico PA, sendo em seguida o extrato
filtrado em filtro de papel, armazenado em frasco coberto com papel alumnio e guardado na
geladeira, com o objetivo de minimizar a exposio luz solar, promovendo assim a maior
conservao dos extratos. Em tubos de ensaio foram preparadas solues na faixa de pH 0 a
12 com uso de gua destilada, sendo que os ajustes de pH foram feitos com solues diludas
de hidrxido de sdio e cido sulfrico, e a comprovao do pH foi feita atravs de fita
indicadora. Alm disso, foram feitas faixas de pH para cada tipo de flor utilizada. Para obteno
das faixas, em diferentes tubos de ensaio foram adicionadas 10 gotas de indicador, sendo os
tubos tampados e, em seguida, agitados. Cada faixa de pH foi fotografada, para a posterior
construo de um encarte de cores. Os resultados sero usados para produzir um material
didtico que poder ser usado em escolas pblicas e particulares, e em aulas prticas de
qumica geral na universidade. Importante destacar que a utilizao de extrato de flor um
mtodo qualitativo barato, para facilitar o entendimento dos estudantes com relao s
caractersticas de diferentes cidos e bases, e das caractersticas dos indicadores de pH. Alm
do quesito econmico favorvel, o uso e produo dos extratos so relativamente acessveis,
visto que os materiais utilizados so de fcil encontro e manuseio.
Resumo: O PIBID nas aulas de campo: Um relato de atividade acerca dos fenmenos
qumicos envolvidos na fabricao de tijolos em olarias no povoado de Gameleira, Milagres-
BA.Janiele da Silva Souza Jairo dos Santos Souza Aline de Jesus Santos Rosemare dos
Santos Silva Llia Thiana Borges Pereira,Gil Luciano Guedes dos Santos.Palavras Chave:
PIBID. Ensino de Qumica. Fabricao de tijolos.As escolas pblicas brasileiras, em geral,
apresentam uma srie de dificuldades no ensino de Qumica, uma delas a inexistncia de
laboratrios de qumica para a realizao de aulas prticas, ferramenta que contribui de forma
significativa para a aprendizagem dos alunos. Esse um obstculo presente tambm na
Escola Municipal de Tartaruga, situada no distrito de Tartaruga, pertencente ao municpio de
Milagres-BA, na qual, no possui laboratrios para os professores ministrarem suas aulas
prticas das disciplinas de Cincias Naturais, em especial, a Qumica. No entanto, esta
Instituio de Ensino tem parceria com o Programa Institucional de Bolsa de Iniciao
Docncia (PIBID) desde o ano de 2014. Esta parceria permite a troca de experincias entre os
bolsistas de Iniciao a Docncia (ID) e os alunos, os professores e os dirigentes. Sendo
assim, muitas intervenes tm sido realizadas nestes ltimos anos, tais como: atividades
experimentais, palestras, feiras, olimpadas, visitas tcnicas e aulas de campo. No povoado
denominado Gameleira, localizado neste mesmo municpio, por exemplo, foi realizada uma
visita com o objetivo de conhecer a realidade dos discentes inserido no projeto e, em particular,
o funcionamento de uma fbrica de tijolos, na qual foi possvel relacionar o processo artesanal
de fabricao de tijolos com o conhecimento terico de qumica discutido em sala de aula.
Nessa visita, os alunos nativos da regio puderam explicar a todos (as) os procedimentos de
cada etapa do processo de fabricao de tijolos e sugerir os possveis fenmenos qumicos
que acontecem na produo dos tijolos como as transformaes qumicas ocorridas na argila
durante a etapa de aquecimento, por exemplo. Foi possvel observar, tambm, que esta
atividade promoveu a interao entre os alunos, bolsistas, supervisor e coordenador, alm de
possibilitar aos alunos da unidade escolar, relatos orais sobre a temtica da aula, alm da
demonstrao do mtodo de produo de tijolos de forma prtica. Foi um momento de troca de
conhecimentos e experincias entre os indivduos envolvidos, em que os alunos puderam ver e
compreender de perto, assuntos relacionados qumica, abordados na sala de aula, no dia a
dia deles. Diante dos fatos observados durante a aula de campo no distrito de Gameleira,
percebeu-se o interesse dos alunos na apresentao para os bolsistas de ID sua rotina de
trabalho, mostrando na prtica o passo a passo da fabricao dos tijolos e os possveis
processos qumicos existentes neste processo. Foram momentos de muita aprendizagem, com
muita interao e trocas de conhecimentos e experincias, onde foi possvel discutir Qumica
de forma descontrada e mostrar o quanto importante e valoroso para aquela comunidade a
fabricao de tijolos.
Resumo: O presente trabalho o efeito de uma pesquisa feita por alunos bolsistas do PIBID
de qumica da UFRB com alunos de uma escola pblica do municpio de Santa Terezinha,
interior da Bahia, no presente ano de 2016, para estudar a temtica do aprendizado em
conceitos qumicos. O foco era em relao aos conhecimentos e informaes adquiridas pelos
discentes no assunto especifico da tabela peridica. Para isso, fez-se uma interveno
pedaggica, buscando facilitar e melhorar o aprendizado dos educandos, onde foi abordado
esse tema. , Analisando-se por um ponto de vista mais realista e problematizador, correto
afirmar que o interesse e os mtodos de ensino conservadores vem perdendo o seu poder
devido a vrios fatores sejam eles, alunos cada vez mais desinteressados, novas tecnologias
que vem facilitando e chamando muito mais a ateno dos jovens do que a sala de aula e um
quadro a sua frente, com um professor tentando competir com esses outros vrios meios
acessveis. Sendo assim, necessrio diversificar e inovar as formas de ensinar em uma
tentativa de despertar a ateno do aluno para o contedo que est sendo discutido em
aula.Neste contexto, vale a pena arriscar com todas as possibilidades acessveis. Uma delas
so os jogos educativos que segundo alguns pesquisadores e profissionais da rea sim uma
possibilidade vivel e interessante de se trabalhar em sala de aula quando feita de maneira
planejada e responsvel, que chame a ateno do jovem, seja pela premiao, competio
etc.Pensando assim usamos um jogo educativo com alunos do ensino mdio denominado
bingo polivalente, com o assunto tabela peridica. Neste bingo foi trabalhado um texto sobre a
tabela peridica onde os alunos, em dupla, leram, discutiram e escolheram palavras chaves do
contedo. Depois, foram falando as palavras, uma dupla por vez at algum preencher a
cartela. Percebemos que os alunos demonstraram interesse e participao durante a
realizao da atividade. Aps a atividade, foi aplicado um questionrio no intuito de conhecer
o aluno e as maneiras que o mesmo acha mais fcil e atrativa de aprender, questionrio esse
que ser o modelo do seguinte trabalho onde ele embasa-se apenas nas perguntas feitas aos
alunos e as respostas dos mesmos, analisando, evidenciando e comparando com dados e
pesquisas j existentes na literatura Fica ratificado que para se obter a efetivao das
propostas inclusivas, temos que pensar em planos de forma a contemplar a construo de uma
nova escola, um novo ponto de vista no qual o conhecimento seja acessvel a todos e a
educao seja abrangida como um dos pilares bsicas para o desenvolvimento do ser humano
e para a construo de um mundo mais humano. Trata-se de uma empreitada difcil em que se
devem avaliar fatores de maior amplitude, ou seja, considerar um processo em construo que,
por sua vez, est permeado de conflitos, contradies, avanos e recuos, interesses polticos,
sociais e econmicos.
Resumo: O uso de compostos com ons trivalentes de terra rara vm tendo um crescente
destaque e uma grande importncia na sociedade, como novos luminforos para iluminao,
dispositivos eletroluminescentes com alta eficincia, agente de contraste para ressonncia
magntica de imagem, sonda luminescente para biomolculas e sensor emissor de luz em
diagnsticos clnicos tipo fluoroimunoensaio (que o caso para este trabalho). Assim sendo, o
presente trabalho concentra-se na sntese de um novo material envolvendo a combinao de
um precursor do tipo, [Eu(TTA)3.(H2O)2] (Eu3+=Eurpio; HTTA= 2-tenoiltrifluoroacetona;
H2O= gua), no qual o 2-tenoiltrufluoroacetona um ligante com alta absortividade molecular,
efetiva ao quelante e estabilidade com o ligante mesilato de deferoxamina, produzindo um
novo material altamente luminescente emitindo intensamente a cor vermelha na regio
caracterstica do Eu3+ (~612nm) no UV-vis (Ultravioleta/visvel), em que as molculas de gua
foram substitudas pelo referido ligante. O mesilato de desferoxamina, conhecido como
Desferal, um agente quelante especfico do ferro e utilizado em alguns tratamentos e
doenas, sendo estes: Tratamento de sobrecarga crnica de ferro; Hemossiderose por
transfuso na talassemia maior, anemia sideroblstica, anemia hemoltica autoimune,
hemocromatose idioptica ou associada com porfiria cutnea tardia; Tratamento da intoxicao
aguda por ferro, e; Tratamento da sobrecarga crnica por alumnio em pacientes com
insuficincia renal terminal submetidos dilise contnua. A deferoxamina (DFO) forma
complexos predominantemente com os ons trivalentes de ferro e alumnio. O novo material foi
obtido baixa temperatura (-2C), tal abaixamento de temperatura foi importante, pois devido a
isto produziu a diminuio dos acoplamentos vibrnicos, gerando ganho na emisso final do
sistema quando submetido excitao no UV (Ultravioleta) e ao longo do processo da sntese
foi necessrio o artifcio da nucleao (via atrito) da soluo para aumentar a formao do
slido melhorando o rendimento reacional. O composto obtido possui cor branca e em forma de
p. Tal ensaio aponta para alternativas de novas combinaes envolvendo molculas
orgnicas, e centros metlicos luminescentes para fabricao de sensores emissores de luz
em ensaios clnicos tipo fluoroimunoensaios, ou seja, a possibilidade de aplicaes neste setor,
o que auxiliar no diagnstico de doenas de formas menos invasivas ou que se tenha o
mnimo possvel de efeitos colaterais, por exemplo.
Resumo: A categoria Caboclo tem por finalidade dar conta dos ndios do candombl, mas
tambm engloba outras entidades que se aproximam por ter caractersticas semelhantes, como
os boiadeiros (caboclos de couro) e os marujos, sendo assim uma categoria medinica
especfica, cujo posicionamento, no candombl, estruturalmente inferior ao dos Orixs.
Santos (1995) considera que o candombl de Caboclo tenha se originado dos candombls de
origem banto e assinala diversos elementos bantos nos cultos, como os atabaques tocados
com as mos, as msicas com letras em portugus que apresentam termos das lnguas
bantas, a forma de falar do Caboclo e o samba de caboclo como sendo uma resultante do
samba de roda, que por sua vez descenderia das danas de roda de Angola e Congo. Em
sntese, o candombl de Caboclo seria uma vertente do candombl de origem banto e que
estaria relacionado diretamente prtica destes povos (bantos) de cultuar os ancestrais e
antigos donos da terra (LOPES, 1997). Os bantos, ao cultuarem os caboclos, os donos da
terra, apaziguaram as relaes de conflito possveis, estabelecendo um acesso aos domnios
indgenas, ou seja, agenciando poderes atravs da funo integrativa do ritual, que, visto sob
uma perspectiva terica de Turner (1996), corresponderia a uma ao
reparadora/regenerao no modelo de drama social. Ainda assim, a definio terica desta
entidade deve ser submetida a um exame apurado, pois assumir como verdadeiro o discurso
nativo, que, ao ser questionado sobre, afinal, o que o caboclo? Nos responderia: um
ndio; no significa admitir que a realidade dos espritos seja autnoma, mas compreende-las,
enquanto verdades e agncias, no interior de posies ocupadas numa relao entre diversos
seres. Como aponta Espirito Santo: a questo que, de modo a estruturar a ontologia dos
espritos neste universo, igualmente necessrio decifrar uma conceitualizao local da
conscincia humana e sua capacidade de, literalmente, engendr-los (2014:72). Neste
sentido, uma antropologia de experincia e da performance podem servir de ponte para a
formulao de uma ontologia dos caboclos, indagando as interseces cultura e mente na
formao de uma memria coletiva. Trata-se de explorar o potencial terico desses campos e,
aceitando, de maneira criativa, uma proposta de Goldman (20014:215) colocar em dilogo
produes etnogrficas e reflexes tericas oriundas de dois (ou mais) domnios
tradicionalmente separados da antropologia.
Resumo: Os festejos juninos se constituem como uma das maiores expresses culturais do
Brasil, na Bahia desde os anos 90, quando o governo do estado passou a incrementar estes
eventos com grande aporte financeiro, no sentido de intensificar a turistificao destas festas,
conferiu aos festejos juninos o status da maior festa do estado, visto que esta ocorre na maioria
dos seus 417 municpios. Porm estes eventos passam a ter uma constituio que sofre
bastantes interferncias, o que atualmente vem sendo diretamente marcado pela
espetacularizao bem como pela mercantilizao ocasionada pela produtificao/turistificao
dos festejos juninos, propiciando assim uma verdadeira efervescncia em sua dinmica cultual
o que torna esse estado um local muito profcuo para estudos que apreendam sobre essas
mudanas ocorridas nas suas expresses culturais juninas. O recncavo da Bahia, por ser a
regio mais prxima da Capital do estado, consequentemente, uma das que mais sofrem
com essas influencias, assim, compreendendo que existe uma certa polaridade exercida pelas
cidades mais desenvolvidas dessa regio, nesse caso, Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas
e Santo Antnio de Jesus, passamos a observar que a cidade de Conceio do Almeida que
fica situada na regio meridional do recncavo, tendo nas suas adjacncias as cidades ao
Norte (Sapeau e Cruz das Almas); ao Leste (So Felipe e Dom Macedo Costa); ao Sul (Santo
Antnio de Jesus); e ao Oeste (Castro Alves), possuindo aproximadamente 18 mil habitantes,
fazendo parte da zona Turstica Caminhos do Jequiri, que compreende o Circuito do Vale do
Jiquiri e Recncavo Sul, no se diferencia desse contexto, porm, notamos uma
singularidade com relao aos eventos realizados em praa pblica nesta cidade, pois, os
arrastes que acontecem nesse perodo nos oferece uma luz divergente das demais. Dos
diversos arrastes que ocorrem nesta cidade desde meados dos anos 90, tomamos para
anlise o Arrasto e Forr do Passa-Passa, que um tipo de evento no qual, as pessoas
reinventam o seu costume de festejar o So Joo. Nesse sentido apreendemos neste trabalho
sobre como este arrasto se configura nessa cosmofestividade, no sentido de compreender
se este realmente interage nesse campo como uma espcie de rearranjo eventual, propiciado a
partir de uma autonomizao da esfera cultural desenvolvida com a espetacularizao dos
festejos juninos no recncavo baiano.
Resumo: Os festejos juninos se constituem como uma das maiores expresses culturais do
Brasil, na Bahia desde os anos 90, quando o governo do estado passou a incrementar estes
eventos com grande aporte financeiro, no sentido de intensificar a turistificao destas festas,
conferiu aos festejos juninos o status da maior festa do estado, visto que esta ocorre na maioria
dos seus 417 municpios. Porm estes eventos passam a ter uma constituio que sofre
bastantes interferncias, o que atualmente vem sendo diretamente marcado pela
espetacularizao bem como pela mercantilizao que ocasionada pela
produtificao/turistificao dos festejos juninos, propiciando assim uma verdadeira
efervescncia em sua dinmica cultual o que torna esse estado um local muito profcuo para
estudos que apreendam sobre essas mudanas ocorridas nas suas expresses culturais
juninas. O recncavo da Bahia, por ser a regio mais prxima da Capital do estado,
consequentemente, uma das que mais sofrem com essas influencias, assim, compreendendo
que existe uma certa polaridade exercida pelas cidades mais desenvolvidas dessa regio,
nesse caso, Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas e Santo Antnio de Jesus, passamos a
observar a cidade de Conceio do Almeida que fica situada na regio meridional do
recncavo, tendo nas suas adjacncias as cidades ao Norte (Sapeau e Cruz das Almas); ao
Leste (So Felipe e Dom Macedo Costa); ao Sul (Santo Antnio de Jesus); e ao Oeste (Castro
Alves), possuindo aproximadamente 18 mil habitantes, fazendo parte da zona Turstica
Caminhos do Jequiri, que compreende o Circuito do Vale do Jiquiri e Recncavo Sul, no
se diferencia desse contexto, porm, notamos uma singularidade com relao aos eventos
realizados em praa pblica nesta cidade, pois, os arrastes que acontecem nesse perodo
nos oferece uma luz divergente das demais. Dos diversos arrastes que ocorrem nesta cidade
desde meados dos anos 90, tomamos para anlise o Arrasto e Forr do Passa-Passa, que
um tipo de evento no qual, as pessoas reinventam o seu costume de festejar o So Joo.
Nesse sentido apreendemos neste trabalho sobre como este se configura nessa
cosmofestividade, numa espcie de rearranjo eventual, propiciado a partir de uma esfera
cultural desenvolvida com a espetacularizao dos festejos juninos no recncavo baiano.
Resumo: O presente artigo teve como objetivo trazer uma relao entre direitos humanos e
trabalho escravo, apresentando um panorama de dcadas da luta contra o trabalho escravo
contemporneo. O desenvolvimento desta pesquisa deu-se por meio de um estudo ecolgico
observacional descritivo analtico, baseado em uma reviso de literatura especializada,
realizada entre maro e maio de 2015, atravs da consulta a banco de dados secundrio,
expondo a escravido colonial e imperial, que recebeu apoio do conhecido movimento
abolicionista ganhando fora em 1880 sendo abolida no Brasil pela lei urea no dia 13 de maio
de 1888, e o trabalho forado na atualidade, denominado no Brasil como trabalho escravo. A
superexplorao da fora humana deixou fortes marcas no processo de desenvolvimento
econmico mundial e, especialmente, no processo de colonizao do territrio brasileiro, tendo
sido a vlvula propulsora para o incremento da economia no perodo colonial. Dessa forma o
artigo traz uma anlise na qual possvel ser feita uma comparao, em que a histria oficial
da escravido ainda persiste na sua histria real, sendo visvel que a escravido uma
realidade do presente, onde o trabalho forado gera lucro anualmente, atingindo milhes de
pessoas que so vtimas dessa atividade ilegal, principalmente, crianas, mulheres e meninas,
trabalhadores do meio rural, em diferentes atividades, em especial aquelas ligadas pecuria,
produo de carvo, produo de cana de acar, dentre outras, sendo visado apenas o
interesse em aumentar o lucro custa do trabalhador. A escravido uma realidade histrica
presente em muitos lugares, de um lado a procura por mo-de- obra barata; do outro, pessoas
desesperadas e famintas oferecendo-se para trabalhar de forma submissa e com baixo salrio.
O artigo vem numa perspectiva buscando analisar os principais fatores que contribuem para a
gerao e manuteno desta forma criminosa de trabalho, indo contra o direito humano onde
diz que todos tm direito, sem discriminao alguma, a salrio igual por trabalho igual.
Demonstrando tambm a fragilidade do Estado em seu combate, e trazendo sugestes
preventivas e repressivas para o enfrentamento deste problema, com implemento de novas
polticas pblicas que levem em conta a integrao de vrias aes na rea educacional,
voltadas principalmente qualificao da mo-de-obra, aperfeioamento dos procedimentos
fiscalizatrios, para que seja efetivamente combatido o trabalho escravo, de maneira a compor
condutas mltiplas para a efetivao do princpio da valorizao do trabalho humano. Numa
perspectiva positiva, o Brasil j deu passos firmes no sentido de erradicar a escravido, mas
ainda, infelizmente, h grande quantidade de pessoas vivendo nessa condio, trabalho
escravo a negao do direito de ser gente. A escravido desumana, na medida em que
discrimina o ser humano e lhe rouba a liberdade.
Resumo: Esta apresentao tem por objetivo refletir sobre o encontro entre a arte tradicional
africana com a arte europeia e ocidental no perodo ps-colonial, tendo por base a anlise
sistemtica da produo das obras do artista contemporneo do Benin, Dominique Zinkp.
Atentamos principalmente para como subjazem padres referentes s experincias mgico-
religiosas e funcionais quando deslocados da tradio artstica deste continente, que
prioritariamente foi estudada sob esta perspectiva, para uma produo moderna e
contempornea que exige uma anlise que abranja tambm outras perspectivas, sociais,
polticas e globais. Neste sentido esta apresentao prioriza as teorias ps-estruturais,
transformando o fazer artstico contemporneo gerado no contexto ocidental em objeto de
anlise e comparao. Pretende-se expor determinadas sintaxes, smbolos e identidades
africanas que se apresentam nestas obras em relao aos padres e mtodos da arte moderna
contempornea ocidental. Busca-se assim expor a coexistncia neste artista de fontes de
inspirao ora locais, ora globais com os mtodos contemporneos, de maneira a compreender
o globo presente em sua vila e vice-versa. Se trata de uma anlise antropolgica que visa
esclarecer os fundamentos tradicionais encontrados na arte contempornea produzida pelo
artista africano Dominique Zinkp, explicitando os caminhos traados pela arte africana no
perodo ps-colonial. A anlise tambm foge s interpretaes clssicas que imputam arte
produzida por artistas africanos um carter essencialmente religioso. Aqui, pretende-se
encontrar onde esto esses signos, como aparecem na obra de Zinkp, como ele se reinventa
a partir da sua experincia no Benin, inserindo-se de maneira bem-sucedida no mercado
internacional da arte contempornea. H ento imputada aqui uma anlise estrutural da esfera
artstica comparando os trajetos histricos na tradio africana, tanto quanto na ocidental,
colocando o conceito de arte" como objeto de anlise e comparao a fim de explicitar as
nuances entre a universalidade e a localidade das obras de Zinkp. O ps-estruturalismo e o
ps-colonialismo fornecem os principais referenciais tericos desta pesquisa. Enfim, a
apresentao vai expor como neste artista plstico opera a assimilao da arte europia a
elementos considerados sagrados pelas culturas tradicionais do Benin (Fon e Yorub). Em
suma, se trata de uma anlise antropolgica da arte africana, buscando os elementos do
sagrado tradicional na arte contempornea, sua interpretao e desdobramentos no mundo da
arte moderna contempornea e na concepo esttica local a partir do estudo de caso do
artista Dominique Zinkp.
Resumo: O cncer de mama uma doena complexa, multifatorial que leva a mulher a uma
constante tenso dialtica entre a vida e a morte, alm da situao limite que ele impe com as
mutilaes e perdas, impostas pelo tratamento e a nova dimenso dada ao tempo. A mama
traz em si representaes relacionadas ao sentido de ser mulher, sexualidade e a
reproduo, de modo que pensar numa doena que a afeta implica em pensar nas alteraes
significativas na autoimagem e nos efeitos emocionais e sociais, alm da interferncia no
exerccio da sexualidade. Objetivo: discutir sobre corpo e sexualidade de mulheres submetidas
retirada da mama em decorrncia de um cncer. Metodologia: trata-se de um estudo de
abordagem qualitativa, com orientao fenomenolgica, tendo a pesquisa de tipo etnogrfica
como referncia metodolgica. O ensaio fotogrfico foi utilizado como uma etapa de uma
pesquisa em desenvolvimento. A captao das mulheres, a assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, e a realizao das fotos ocorreram entre os meses de maio
e julho. Resultados: Foram captadas para o ensaio seis mulheres, incluindo a autora, com
idade entre 49 e 63 anos, mas uma delas adoeceu durante o perodo e no pde prosseguir.
As fotos foram realizadas em um estdio fotogrfico em Salvador Bahia. Houve uma
preocupao de as fotos serem feitas por uma fotgrafa, de maneira a deixar as mulheres mais
vontade. O cenrio foi construdo especificamente para compor ou garantir o anonimato
dessas mulheres. A presena de luz e sombra nas imagens conduz a ateno do olhar para
determinados pontos importantes na fotografia. As imagens foram reveladas em preto e
branco. Discusso: As Despidas se manifestaram por meio de suas poses e expresses,
influenciando na construo de sentidos da fotografia. Na transformao de mulher para
mulher com cncer de mama, so percebidas marcas corporais que se constituem em
cicatrizes visveis/invisveis, palpveis/impalpveis, fazendo da ausncia, um vazio que negocia
as vivencias femininas desse corpo no mais adequado aos padres estticos, modificando a
identidade social dessas mulheres. O ensaio operou no imaginrio das mulheres, exercendo
um momento livre de coeres, criando condies de reflexo para o empoderamento. As
experincias vividas no ensaio, partilhadas, trouxeram no s a possibilidade de
ressignificao individual, mas tambm a beleza alternativa que resiste s ablaes e cicatrizes
sobre o corpo. Consideraes finais: A nudez provocatria gerada pelo ensaio desencadeou
manifestaes de cicatrizao da dor emocional, pois a mastectomia a parte da doena que
representa uma interferncia definitiva na estrutura corporal que redefinir sua maneira de
atuao e percepo deste corpo. A catarse do ensaio possibilitou s mulheres um novo
dilogo com o espelho.
Resumo: O cncer de mama uma doena complexa, multifatorial que leva a mulher a uma
constante tenso dialtica entre a vida e a morte, alm da situao limite que ele impe com as
mutilaes e perdas, impostas pelo tratamento e a nova dimenso dada ao tempo. A mama
traz em si representaes relacionadas ao sentido de ser mulher, sexualidade e a
reproduo, de modo que pensar numa doena que a afeta implica em pensar nas alteraes
significativas na autoimagem e nos efeitos emocionais e sociais, alm da interferncia no
exerccio da sexualidade. Objetivo: discutir sobre corpo e sexualidade de mulheres submetidas
retirada da mama em decorrncia de um cncer. Metodologia: trata-se de um estudo de
abordagem qualitativa, com orientao fenomenolgica, tendo a pesquisa de tipo etnogrfica
como referncia metodolgica. O ensaio fotogrfico foi utilizado como uma etapa de uma
pesquisa em desenvolvimento. A captao das mulheres, a assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, e a realizao das fotos ocorreram entre os meses de maio
e julho. Resultados: Foram captadas para o ensaio seis mulheres, incluindo a autora, com
idade entre 49 e 63 anos, mas uma delas adoeceu durante o perodo e no pde prosseguir.
As fotos foram realizadas em um estdio fotogrfico em Salvador Bahia. Houve uma
preocupao de as fotos serem feitas por uma fotgrafa, de maneira a deixar as mulheres mais
vontade. O cenrio foi construdo especificamente para compor ou garantir o anonimato
dessas mulheres. A presena de luz e sombra nas imagens conduz a ateno do olhar para
determinados pontos importantes na fotografia. As imagens foram reveladas em preto e
branco. Discusso: As Despidas se manifestaram por meio de suas poses e expresses,
influenciando na construo de sentidos da fotografia. Na transformao de mulher para
mulher com cncer de mama, so percebidas marcas corporais que se constituem em
cicatrizes visveis/invisveis, palpveis/impalpveis, fazendo da ausncia, um vazio que negocia
as vivencias femininas desse corpo no mais adequado aos padres estticos, modificando a
identidade social dessas mulheres. O ensaio operou no imaginrio das mulheres, exercendo
um momento livre de coeres, criando condies de reflexo para o empoderamento. As
experincias vividas no ensaio, partilhadas, trouxeram no s a possibilidade de
ressignificao individual, mas tambm a beleza alternativa que resiste s ablaes e cicatrizes
sobre o corpo. Consideraes finais: A nudez provocatria gerada pelo ensaio desencadeou
manifestaes de cicatrizao da dor emocional, pois a mastectomia a parte da doena que
representa uma interferncia definitiva na estrutura corporal que redefinir sua maneira de
atuao e percepo deste corpo. A catarse do ensaio possibilitou s mulheres um novo
dilogo com o espelho.
Resumo: Esta apresentao pretende buscar caminhos numa chave interpretativa decolonial
compreenso da base ideolgica que sustenta a plataforma poltica do deputado Jair Messias
Bolsonaro por meio de sua participao no Debate da TV Cmara, exibido dia 26/11/14. Jair
Bolsonaro deputado federal pelo Rio de Janeiro, apesar de ser paulista nascido na cidade de
Campinas em 1955. O mesmo obteve no ltimo pleito (2014) o quantitativo de 464.772 votos
no estado do Rio. Alm de deputado, ele tambm militar da reserva, formou-se na Academia
Militar das Agulhas Negras em 1977. Ele est em seu stimo mandato como deputado,
obtendo, dessa maneira, carreira poltica de prestgio. Reconhecido por sua postura
conservadora, saudosista do regime militar, defensor da famlia tradicional crist, Bolsonaro
possui nmeros expressivos de admiradores/as de sua ideologia em mbito nacional, mas que
tambm motivo de crticas por muitos grupos sejam estes pertencentes ou no a movimentos
sociais que discordam de sua postura, como por exemplo, os movimentos LGBT, o movimento
negro, etc. Aps o sufrgio de 2014 em que a presidente Dilma Vana Rousseff foi reeleita, uma
onda de manifestaes, vinda majoritariamente da classe mdia e alta, contrrias fazia
inmeras exigncias, dentre estas, as mais emblemticas foram sada da candidata via
impeachment e a volta do governo militar. O ator poltico investigado neste trabalho um dos
muitos polticos que tambm comunga desta postura e que se fez presente em algumas das
manifestaes. E neste contexto que Bolsonaro e Domingos Dutra so convidados para
debater o tema em rede nacional. Utilizando o mtodo de anlise de contedo foi possvel
tornar o debate ocorrido na Tv Cmara objeto analtico. As consideraes acerca do tema me
levaram assertiva de que Jair Bolsonaro age e pensa baseado em premissas coloniais. Dito
isto, o conceito de Colonialidade do Poder se torna fundamental para a anlise proposta, visto
que tal conceito permite evidenciar no apenas as reminiscncias do poder colonial que
mesmo aps o fim das administraes coloniais continua exercendo sua fora sobre os pases
em desenvolvimento, como demonstra tambm o desenho do padro de poder
moderno/colonial do sistema mundo.
Resumo: O presente trabalho tem o objetivo de refletir sobre o uso das Artes enquanto
mediadores e facilitadores do Ensino de Filosofia e de que forma o professor de Filosofia pode
utilizar-se das suas propriedades. Podemos perceber a Arte, e suas variaes estilsticas, em
toda a Histria da Humanidade. Plato na Repblica menciona com certa desconfiana sobre
as artes quando imitativas, por exemplo, no que diz respeito pintura, ele questiona se sua
finalidade imitar a realidade ou a aparncia dos objetos, ao que Glauco responde que imitar
a aparncia. Sendo a pintura ento uma arte de imitar, ela estaria longe da verdade. Contudo
a msica, da qual proponho falar com mais afinco, ouso dizer possuir influncia direta com os
aspectos da conduta humana.Para os gregos h uma correlao entre sons musicais e
processos naturais capazes de influenciar a conduta humana.A doutrina do ETHOS, expressa
a ordenao, diferenciao e o equilbrio dos componentes rtmicos meldicos, poticos. A
sincronia destes elementos era um fator determinante na influncia da msica sobre o carter
humano, podendo agir e modificar os estados de espirito nas pessoas. A msica pode
fortalecer ou enfraquecer o equilbrio mental de um individuo. O Ethos gregos pode influenciar
o comportamento humano de quatro maneiras, o primeiro podendo induzir a ao, ethos
praktikon; o segundo manifestando fora, nimo ethikn; o terceiro podendo provocar fraqueza
no equilbrio moral, ethos malakn ou threndes, o quarto produzindo estado de inconscincia,
ethos enthousiastikn. Cada regio grega possua um jeito e um instrumento caracterstico,
dando as execues um carter particular e sempre reconhecvel. Desta forma o modo ou
harmoniai de cada regio, induziria na alma uma sensao diferente.Podemos pensar a Arte
enquanto facilitadora da Filosofia, utilizando da sua capacidade de sensibilizao para inserir e
contextualizar os temas filosficos. Numa perspectiva professor-aluno, onde sabemos da
dificuldade de ensinar filosofia de forma tradicional, com uso dos textos dos filsofos, visto que
muitos dos alunos no sentem-se dispostos a permanecer nas aulas e/ou entendem a
disciplina enquanto algo enfadonho e desnecessrios, possvel utilizar da msica enquanto
facilitadora do ensino e a partir dela trazer a disciplina para mais perto dos alunos.
Resumo: O presente texto produto de aes de pesquisa e extenso, cujo cerne consistiu
em interpretar o espao urbano, bem como as representaes contidas nas identidades
cambiantes proclamadas pelos atores sociais que performatizam no cenrio urbano. Para
proceder anlise, detivemos ao espao de Santo Amaro da Purificao, com foco principal em
festas tpicas e em lugares de memria que fazem parte da configurao espacial. Vale
destacar que a pesquisa foi norteada pelas questes: Quais so as memrias mais
recorrentemente reconstrudas pelos locais acerca da cidade? Quais componentes ideolgicos,
(re) construdos no curso da histria, participam das narrativas? O percurso metodolgico foi
composto por ampla anlise de literatura sobre cidade, memria e identidade, alm da
aplicao de quarenta questionrios, quinze entrevistas e visitas a campo no decorrer do ano
de 2015. Os instrumentos de pesquisa foram robustecidos por atividades extensionistas, a
exemplo de exposio fotogrfica sobre o Bemb do Mercado, que contriburam para
problematizao dos temas discorridos. Ademais, foi possvel notar que na concatenao de
fatos histricos residem pistas para entendimento da forma como os sujeitos significam a
cidade. Em Santo Amaro, memrias ora invocam saudosismo, ora repulsa pelo passado, diante
dos signos grafados na urbe, que acentuam fissuras da prtica social, expressas no ufanismo,
como estratgia de sublimao. Por fim, consideramos que nas expresses culturais, os
sujeitos encontram, tanto uma possibilidade de amenizar os dissabores contidos na histria,
como tambm consumam desejos de pertencimento e continuidade. No nos ocupamos em
qualificar tais processos como alienantes ou saudveis aos grupos sociais, mas o que valido
salientar que a cultura, a religiosidade e as representaes neles contidos refletem
peculiaridades inerentes aos sujeitos. Outro aspecto conclusivo relevante foi a construo da
ideia de baianidade, muito difundida no Recncavo no final dos anos 1980. Quando o turismo
foi compreendido como alternativa para enfrentamento de crises que assolaram o Brasil
naquele perodo, houve forte investimento nos signos representativos da singularidade baiana.
A capoeira, a msica, a culinria, bem como a religiosidade, foram intensamente utilizados
como mecanismos de propagao da ideologia ufanista. Nesse contexto, os cenrios urbanos
foram fortemente utilizados como instrumento de coeso social, visando fortalecer um
sentimento de orgulho local e de pertencimento ao lugar. Obviamente, este processo ocorreu
permeado por relaes de poder que reforaram a sujeio das pessoas ideia de
subordinao aos mais velhos, pioneirismo da cultura e pureza de uma suposta identidade
local. Trafegadas no curso da histria pela memria social, essas representaes ufanistas
foram perenizadas nos discursos dos sujeitos, que periodicamente evocam personagens
emblemticos da cultura local como meio de reforar o senso de continuidade. Ademais, no
queremos incorrer o equvoco de negar as reconstrues e renegociaes desses sentidos,
mas apenas salientamos que o passado contribui para autenticar a forma como as pessoas se
percebem na cidade.
Resumo: O presente projeto tem como foco apresentar as possibilidades de ensino de Histria
da frica utilizando a arte africana como objeto de estudo. O mesmo objetiva-se na anlise
das descries dos objetos expostos no catlogo da exposio de 2003, ocorrida no Rio de
Janeiro, e da exposio permanente em Salvador, ambas sobre a arte da frica. Mostrando
como possvel construir um material didtico para o ensino de Histria a partir de elementos
vistos como artsticos.Um dos aspectos mais importantes para o ensino bsico atualmente foi a
obrigatoriedade da incluso dos contedos da Histria da frica e cultura Afro-brasileira nas
escolas e nos livros didticos. Ponderamos que ela no surgiu de imediato e nem foi algo
aleatrio. Esta admisso veio depois de muitas lutas contra a negao dessas histrias que
tanto contriburam e contribuem na construo da identidade brasileira. Com a promulgao
da lei 10.639/03 que torna obrigatrio o ensino de Histria da frica, Cultura Africana e Afro-
brasileira no Sistema de Ensino Bsico do Brasil, notamos que a incluso desses contedos
nos currculos escolares uma conquista, embora ainda no venha atender todas as carncias
bsicas na aprendizagem e no cotidiano da sociedade. A lei um grande avano, no entanto,
sua prtica est mais evidente em perodos marcados, datas, fatos de destaque ou apenas
para atender as polticas educacionais.Neste caso, a disciplina de Arte, muitas vezes, pouco
valorizada nas escolas pode ser uma alternativa juntamente com a Histria para oferecer
possibilidades para o ensino sobre a frica. A Arte representa ideias, traos de uma sociedade,
perodos, situaes vividas, fatos histricos, entre outros aspectos que podem servir de
alternativas para o estudo da Histria.A proposta de uma abordagem interdisciplinar foi
pensada como uma possibilidade metodolgica com o propsito de trabalhar com temticas
voltadas para a Histria da frica atravs da arte africana, que traz riquezas de detalhes que
possibilitam uma investigao do contexto histrico em que a produo foi criada. Outro ponto
oferecer para o professor mais uma opo de material didtico para as prticas de ensino em
sala de aula.A arte africana traz consigo um conjunto de histria que agrega origem, valores,
prticas do cotidiano, grupos de pertencimentos, religio, entre outras funcionalidades, que so
pistas, indcios para o estudo das Histrias africanas. Sendo assim, encontramos objetos
pertencentes s diferentes regies do continente e cada pea tem sua histria particular,
carregando em seus traos elementos que identificam sua regio. So, dessa forma, um vasto
caminho de possibilidades para o processo de aprendizagem sobre os pases.
Resumo: Fato que as ltimas dcadas do sculo XX podem ser consideradas como divisores
de guas quando me refiro s formas de comunicao entre as pessoas. A internet modificou e
alargou radicalmente as possibilidades de contato que rompem com as limitaes territoriais e,
principalmente, com a noo do tempo. Acontecimentos que se desenrolam em lugares
longnquos podem ser assistidos em tempo real. No Brasil, milhes de pessoas se conectam
na internet diariamente, quase que vinte e quatro horas por dia. Do computador de casa para
os pequenos celulares portteis. Esses novos suportes, que possibilitam conexo rede
mundial, tm dado facilidade e mobilidade para o acesso em todos os lugares. Mas de que
maneira essas mudanas reverberam na produo do conhecimento histrico? Ou melhor,
quais so as dificuldades enfrentadas por historiadores (as) com o advento de um novo campo
de pesquisa que a Histria Digital? Proponho nesse trabalho elucidar quais so os principais
problemas que os pesquisadores profissionais enfrentam para produzir conhecimento cientfico
a partir dos contextos digitais. O texto est dividido em dois momentos. No primeiro, pondero
sobre produes no campo da Histria Digital extraindo os principais debates e as dificuldades
de pesquisa na rea. Limitar-me-ei em analisar apenas obras produzidas por pesquisadores
(as) brasileiros (as). Por fim, contribuo expondo resultados incipientes sobre anlises das
fontes apropriadas para o desenvolvimento do meu projeto de pesquisa. As fontes digitais, no
meu caso, as fontes extradas da plataforma Facebook (audiovisuais, fotografias e mensagens
de textos) parecem romper completamente com a relao emissor/receptor,
produtor/consumidor. As fontes provindas dos contextos digitais possibilitam que os produtos
culturais consumidos se desenvolvam de maneira horizontal e no mais verticalizado, como o
caso da mdia televisiva. Importante esclarecer que os resultados iniciais das anlises sobre
essas fontes no podem e nem devem ser tomadas como manuais. Como indicarei ao longo
do texto, a Histria Digital um campo recente, com produes ainda em andamento e que
tambm necessitam de maior prudncia em suas concluses. Espero conseguir excitar o
interesse do pblico leigo e especializado sobre o campo e, ao mesmo tempo, despertar
interesses para pesquisas na rea, sendo a internet um fenmeno com bastante influncia nas
relaes entre as pessoas na contemporaneidade.
Resumo: Esse trabalho tem o papel de analisar a festa da boa morte em cachoeira no
recncavo da Bahia, dando nfase na construo e importncia social dessa manifestao de
resistncia, para as mulheres negras do recncavo.A Irmandade da Boa Morte dos dias atuais,
como em toda sua historia composta apenas pormulheres negras. Estas mulheres, durante o
perodo escravocrata sua histria confundia-secom os papeis de preocupao social, sendo
que muitos destes problemas sociais aindacontinuam latentes na Bahia e na prpria sociedade
cachoeirana.A Irmandade da Boa Morte tambm um patrimnio imaterial e constitui-se como
fenmeno cultural de grande importncia para o Recncavo Baiano, por toda a trajetria da
cidade de Cachoeira e pelo prprio significado cultural que o movimento representa para a
cultura brasileira, uma vez que este brotara durante a ebulio do escravismo no recncavo da
Bahia.tendo em vista isso abordaremos qual sua importncia nos primrdios de sua criao e
como se deu essa turistizao da festa, onde para muitas pessoas at mesmo da prpria
cidade s a ver como entretenimento. durante os dias da festa a cidade tem uma dinmica
diferente de outros dias, durante esses dias acontecem varias missas, cortejos, e procisses
onde o sincretismo religioso visto a todo momento, e se misturam com a manifestao
religiosa festa profana ou pag. para entender como essa manifestao se tornou to popular e
conhecida necessrio fazer essa observao de como ela foi criada e qual o papel dessa
Instituio dentro da realidade que viviam as irms, ainda bem aceito fazer um estudo de
como se deu essa resistncia da irmandade atravs do tempo, para que hoje tenha tanta fora
como manifestao religiosa. Por outro lado necessrio explicitar qual a viso das pessoa
sobre a irmandade e a festa da boa morte nos dias atuais, partindo dessa viso de espetculo
da manifestao.Enxergar o valor cultural por trs de um evento to belo, algo necessrio
para que se entenda o por qu dessa festa ser indispensvel para as irms da boa morte.A
secular Irmandade da Boa Morte,atravs de suas atuais irms, procura dar continuidade
responsabilidade outorgada porsuas antecessoras. O legado cultural material e imaterial.
Material no sentido das jias,adereos, roupas, imagens, casario, entre outros. Imaterial,
intangvel, no sentido dosimbolismo ritualstico, da devoo, da f, das crenas e dupla-
pertena religiosa. Oconjunto destes, aliado ao prestgio da Irmandade, contribui junto
composio dofenmeno da turistizao da Festa da Boa Morte.
Resumo: Esse trabalho tem o papel de analisar a festa da boa morte em cachoeira no
recncavo da Bahia, dando nfase na construo e importncia social dessa manifestao de
resistncia, para as mulheres negras do recncavo. A Irmandade da Boa Morte dos dias atuais,
como em toda sua historia composta apenas por mulheres negras. Estas mulheres, durante o
perodo escravocrata sua histria confundia-se com os papeis de preocupao social, sendo
que muitos destes problemas sociais ainda continuam latentes na Bahia e na prpria sociedade
cachoeirana. A Irmandade da Boa Morte tambm um patrimnio imaterial e constitui-se como
fenmeno cultural de grande importncia para o Recncavo Baiano, por toda a trajetria da
cidade de Cachoeira e pelo prprio significado cultural que o movimento representa para a
cultura brasileira, uma vez que este brotara durante a ebulio do escravismo no recncavo da
Bahia. tendo em vista isso abordaremos qual sua importncia nos primrdios de sua criao e
como se deu essa turistizao da festa, onde para muitas pessoas at mesmo da prpria
cidade s a ver como entretenimento. durante os dias da festa a cidade tem uma dinmica
diferente de outros dias, durante esses dias acontecem varias missas, cortejos, e procisses
onde o sincretismo religioso visto a todo momento, e se misturam com a manifestao
religiosa festa profana ou pag. para entender como essa manifestao se tornou to popular e
conhecida necessrio fazer essa observao de como ela foi criada e qual o papel dessa
Instituio dentro da realidade que viviam as irms, ainda bem aceito fazer um estudo de
como se deu essa resistncia da irmandade atravs do tempo, para que hoje tenha tanta fora
como manifestao religiosa. Por outro lado necessrio explicitar qual a viso das pessoa
sobre a irmandade e a festa da boa morte nos dias atuais, partindo dessa viso de espetculo
da manifestao. Enxergar o valor cultural por trs de um evento to belo, algo necessrio
para que se entenda o por qu dessa festa ser indispensvel para as irms da boa morte. Esse
legado cultural material e imaterial, Material no sentido das jias, adereos, roupas, imagens;
Imaterial, intangvel, no sentido do simbolismo, da devoo, da f, das crenas e sincretismo
religioso. O conjunto destes, aliado ao prestgio da Irmandade, contribui junto composio do
fenmeno da turistizao da Festa da Boa Morte.
Resumo: Observa-se que a Psicologia Analtica, a partir das pesquisas e do trabalho clnico de
C. G. Jung no mbito da psiquiatria inicialmente apresenta uma compreenso da esquizofrenia
e do indivduo esquizofrnico divergente da perspectiva meramente nosolgica preconizada
pela psiquiatria clssica. sobretudo atravs da teoria dos complexos que a referida
abordagem prope um novo olhar sobre as psicopatologias, que abarca o significado de cada
sintoma, de cada manifestao de comportamento, a nvel corpreo ou psquico, na
compreenso do indivduo integralmente. De maneira correlata, mas utilizando-se de outras
formas de expresso, a literatura contribui para a reflexo sobre os mesmos aspectos,
favorecendo a disseminao de informaes de maneira crtica e a modificao de condutas;
possvel perceber que o conto O Alienista (Machado de Assis) e a novela Enfermaria n6
(Anton Tchekhov) contribuem para uma compreenso, tanto do ponto de vista histrico quanto
atual, da psicopatologia e do seu tratamento. O objetivo da presente comunicao salientar
as particularidades da atuao da psicologia analtica no contexto psiquitrico; para tal,
realizou-se uma interface rea da literatura, a partir de reflexes sobre obras dos escritores
realistas mencionados. Foi realizada pesquisa bibliogrfica acerca das obras junguianas e de
autores ps junguianos que abordam o tema da psicopatologia. Em relao a essa, pretendeu-
se salientar o conceito de dinmica psquica para uma percepo dos mecanismos presentes
na manifestao da esquizofrenia. Por fim, buscou-se discriminar as peculiaridades do trabalho
clnico da psicologia analtica no contexto psiquitrico e de modo correlato, as contribuies da
literatura em relao ao assunto, notadamente quanto s obras mencionadas, a partir de
reflexes proporcionadas pela tica da psicologia analtica. A atuao da Psicologia Analtica
prope uma compreenso preponderante do humano a partir da relevncia conferida ao
significado das suas manifestaes no curso de um processo psicopatolgico, que aponta para
a caracterstica de autorregulao psquica de acordo ao referencial que a abordagem prope;
dessa forma, possvel explicitar que, desde a prtica inicial de C. G. Jung no mbito
psiquitrico (a partir da primeira dcada do sculo XX), a Psicologia Analtica antecipa
temticas relevantes condizentes a movimentos futuros de reforma psiquitrica (meados do
sculo XX), assim como a literatura, atravs das obras em anlise, enunciara mudanas
vindouras no mbito psiquitrico.
Resumo: A educao em tempo integral uma poltica pblica que vem gerando vrios
debates no campo da educao e reas afins. Associada ao processo de escolarizao, a
educao integral possui o objetivo de trazer novas experincias culturais aos estudantes,
criando espaos de discusso que formem cidados crticos e empenhados socialmente. As
atividades podem ser realizadas dentro do espao escolar ou fora dele, sob orientao
pedaggica. A presente pesquisa quantitativa de tipo exploratria, teve como objetivo investigar
e discutir a viso de estudantes das sries finais do Ensino Fundamental acerca da escola de
tempo integral. Participaram do estudo 144 discentes de uma instituio pblica de tempo
integral de um municpio do recncavo da Bahia, que responderam um questionrio com
questes fechadas acerca da escola, com os seguintes tpicos: estrutura fsica da escola,
estrutura pedaggica, relaes interpessoais e perspectiva frente escola. Os resultados
indicaram que, aparentemente, os estudantes se sentem satisfeitos com a escola; porm
questionou-se a criticidade envolvida no processo de tais respostas, uma vez que, a literatura
aponta que a instituio em tempo integral tem se aplicado mais como uma maneira de permitir
s crianas e aos jovens maior tempo na escola e nem sempre tem realmente promovido um
desenvolvimento integral. Outros resultados evidenciaram qual a viso dos alunos sobre a
escola que estudam, como: as interaes dos alunos com os colegas, professores, monitores,
equipe gestora e funcionrios foram consideradas satisfatrias; j a estrutura fsica das salas
de aula e dos banheiros apresentaram o maior ndice de insatisfao, porm, as salas multiuso
implantadas para atender as oficinas do Projeto Mais Educao foram consideradas como
satisfatrias. Cabe lembrar que, tais oficinas so vistas como um diferencial por apresentarem
um carter ldico e atividades que proporcionam mais movimento no contexto escolar, ainda
to marcado por prticas tradicionais. Em contraposio, os resultados mostraram que os
discentes preferiam o perodo matutino em detrimento ao perodo da tarde, apesar deste ltimo
ser destinado s disciplinas diversificadas e oficinas; fato que aponta a necessidade de
reflexo sobre extenso do tempo de horas na educao escolar e sua qualidade, pois a
educao em tempo integral no necessariamente compreende a educao integral do aluno.
No que se refere a perspectiva de futuro da unidade escolar, os resultados demonstraram uma
crena favorvel sobre a instituio para o prximo ano, aspecto que merece maior
aprofundamento em anlise futura. Em suma, constatou-se a necessidade de novas reflexes
sobre as reais condies que as escolas em tempo integral possuem, uma vez que tem por
finalidade promover prticas inovadoras que auxiliem no processo educativo emancipatrio,
crtico e participativo. Ainda, seria interessante a realizao de novas pesquisas de cunho
qualitativo para acessar os alunos de maneira mais especfica.
Resumo: A famlia a principal fonte de suporte do idoso diante das tenses geradas pelos
eventos de vida e as novas configuraes familiares demandam maior conhecimento das
fragilidades e potencialidades dos relacionamentos. O objetivo deste estudo foi identificar a
percepo de afetividade e conflito nas dades familiares de idosos com o
cnjuge/companheiro, os filhos e os netos e verificar as associaes entre a percepo de alta
afetividade com o sexo, a idade e a capacidade funcional. Mtodo: Participaram do estudo 134
idosos sem dficit cognitivo. Os dados foram coletados por entrevista domiciliar utilizando-se os
instrumentos: a) Questionrio sociodemogrfico; b) ndice de independncia nas atividades
bsicas de vida diria; c) Escala de desempenho de atividades instrumentais de vida diria; d)
Familiograma. Foi utilizado o teste qui-quadrado ou o teste de Exato de Fisher (na presena de
valores esperados menores que 5) para comparar as variveis categricas (p<0,05).
Resultados: A idade dos participantes variou de 60 a 95 anos, sendo 77,6% do sexo feminino,
96,3% independente para as atividades bsicas e 58,2% independente para instrumentais de
vida diria. Nas dades familiares, a tipologia predominante foi alta afetividade e baixo conflito.
A anlise comparativa mostrou que no relacionamento com o cnjuge a percepo de alta
afetividade foi mais frequente entre os homens e os idosos independentes; no relacionamento
com os filhos a percepo de alta afetividade foi mais frequente entre as mulheres.
Concluses: Os dados mostram que embora a maioria dos idosos apresente a tipologia mais
funcional de famlia, a dependncia funcional de um membro idoso e o senso de sobrecarga
relativo ao papel feminino pe em risco a percepo de afetividade nas dades familiares,
especialmente quanto ao relacionamento conjugal. Homens e mulheres vivenciam seus
relacionamentos familiares de forma diferente. O papel de cuidadora da mulher favorece uma
relao afetiva mais prxima na dade com os filhos, mas por outro lado lhe impe sobrecarga
afetando a percepo de afetividade no relacionamento conjugal. A convivncia intrageracional
e intergeracional vem trazendo mudanas das dinmicas familiares, renovando estratgias de
coabitar com pessoas de diferentes geraes, e exigindo constantes adaptaes para que se
alcance um bem estar coletivo.
Resumo: O Ambulatrio de Ateno a Pessoas que Vivem com Condies Crnicas (APC)
um programa de extenso permanente que oferece atendimento clnico psicolgico, breve,
focal e gratuito para pessoas que convivem com condies crnicas, seus familiares e
cuidadores profissionais ou informais. Por conseguinte, o APC tambm produz conhecimento
terico e prtico atravs da pesquisa clnica e documental com base na Terapia Cognitivo
Comportamental (TCC) e contribui para formao continuada de profissionais na rea da
sade. Dessa forma, foi desenvolvido um manual com o objetivo de auxiliar estudantes e
profissionais com protocolos e informaes elementares para uma atuao clnica nesta rea.
Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo apresentar a experincia do autor no
APC, assim como descrever o manual construdo e suas implicaes. Trabalho de carter
qualitativo baseado em reviso de literatura envolvendo adoecimento crnico e Terapia
Cognitivo Comportamental e anlise de instrumentos especficos utilizados no APC. Foi
desenvolvido uma verso preliminar de um manual para equipe de graduandos e
extensionistas que desenvolvem atividades clnicas em Psicologia no APC. Neste material
descrito a origem e as atividades desenvolvidas no grupo APC, caractersticas do estgio
supervisionado em psicologia e do atendimento prestado, processo de triagem, tcnicas e
instrumentos utilizados, estrutura e fases da terapia na abordagem da Terapia Cognitivo
Comportamental e algumas temticas pertinentes prtica desenvolvida com pessoas que
vivem com doenas crnicas (Depresso e adoecimento crnico, manejo da ansiedade
associada a condies crnicas, sobre cuidar e cuidadores, atendimento domiciliar a pacientes
com mobilidade reduzida, morte e luto, aliana teraputica, transtornos de personalidade,
instrues para elaborao de Relatrio de estgio e Trabalho de Concluso de Curso). Alm
disso, foi montado um banco de dados para poder traar o perfil da populao que procura e
atendida pelo APC. A relevncia deste material instrucional reside no fato do mesmo poder
subsidiar a prtica de profissionais e estudantes, organizando e registrando os modos de
trabalho em psicologia desenvolvidos pelo APC envolvendo adoecimento crnico e TCC, uma
vez que h escassez de materiais envolvendo a temtica. Alm disso, esta uma iniciativa de
destaque e pioneira na Regio no apenas por sua gratuidade, mas principalmente por voltar-
se para a temtica das Condies Crnicas de Sade e primar pela adequao cultural das
teorias e tcnicas psicolgicas ao perfil epidemiolgico e escolar da populao assistida.
Resumo: O presente estudo tem como objetivo delinear o perfil clnico dos pacientes atendidos
pelo Ambulatrio de Ateno Psicolgica a Pessoas que Vivem com Condies Crnicas
(APC), que faz parte do Servio de Psicologia vinculado a Universidade Federal do Recncavo
da Bahia (UFRB). Foram avaliados 81 pronturios de pacientes que procuraram o servio entre
outubro de 2013 a julho de 2016. Os pacientes foram alocados em duas categorias durante a
triagem realizada pelo servio, pacientes crnicos e cuidadores. A primeira categoria
compreende as pessoas que convivem com condies crnicas cuja populao analisada foi
composta de 58 pessoas, j a segunda categoria com a populao de 23 foi formada por
pessoas que exercem algum tipo de cuidado formal ou informal a pacientes crnicos. Os
resultados mostraram que: a) a maioria dos pacientes eram mulheres em ambas as categorias
pacientes crnicos 65,5% (n=38) e 82,6% dos cuidadores (n=19); 41,4%; b) na primeira
categoria 93,10% (n=54) dos casos triados para atendimento psicoteraputico individual no
APC, na segunda categoria todos os casos tiveram esse desfecho; c) a maior parte dos
pacientes havia buscado espontaneamente o atendimento; d) as queixas principais na primeira
categoria foram de sintomas de depresso e ansiedade ligadas s condies crnicas
entretanto na segunda categoria os sintomas depressivos e o estresse relacionam-se com a
atividade de cuidar ou de adaptar-se a condio crnica do cuidado; e) o motivo de
encerramento dos atendimentos nas duas categorias em grande parte deu-se por mltiplas
faltas consecutivas cerca de 34,5% dos pacientes (n=20) e 43,5% dos cuidadores atendidos
(n=10) sendo est uma prerrogativa para finalizao dos atendimentos segundo as normas do
servio; f) As principais condies crnicas atendidas pelo servio foram o cncer, o diabetes,
a insuficincia renal crnica e a depresso;. O estudo revelou que o perfil clnico da clientela
atendida neste servio assemelha-se ao perfil de transio das condies agudas para as
condies crnicas. H indicativos da efetividade geral do servio e do modelo de psicoterapia
cognitivo-comportamental adotado. O APC vem se mostrando um importante instrumento de
apoio rede de servios psicolgicos na regio. Inconsistncias nos registros e dados no
preenchidos nos pronturios configuraram-se como desafios durante a pesquisa. Os resultados
da pesquisa orientaram a adoo de diversas medidas para melhorar a qualidade dos registros
e subsidiar estudos futuros.
Resumo: Nos ltimos anos a infncia e a adolescncia tm sido alvo dos fenmenos da
patologizao e medicalizao, os quais transformam manifestaes comportamentais da vida
comum em patologias de carter biolgico. Uma dessas patologias que est na moda o
Transtorno do Dficit de Ateno e Hiperatividade (TDAH). Ele ė caracterizado como um
Transtorno do Neurodesenvolvimento pela quinta verso do Manual Diagnstico e Estatstico
de Transtornos Mentais (DSM-V), no entanto, no h um marcador biolgico definido e seu
diagnstico feito com base no quadro clnico comportamental (a desateno e a
hiperatividade-impulsividade). Os diagnsticos tm sido feitos, em geral, apenas por mdicos
(quando deveriam ser realizados por uma equipe multiprofissional), a partir do relato de
responsveis e de educadores que lidam com o estudante na escola. O presente trabalho tem
como objetivo descrever uma experincia de problematizao do TDAH com professores da
rede municipal de ensino, realizada durante o Estgio Bsico I do curso de Psicologia da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia, entre abril e julho de 2016. O objeto da
experincia foram oficinas sobre o TDAH com professores de uma escola municipal de ensino
fundamental 1 e 2 de Santo Antnio de Jesus. As oficinas foram realizadas em quatro teras-
feiras (24 de maio, 07 de junho, 05 de julho e 19 de julho), no horrio destinado Atividade
Complementar (AC) dos professores (das 18:00 s 19:30 horas). As oficinas tiveram a
finalidade de: discutir sobre os padres de normalidade impostos pela sociedade e sobre o
modelo de aluno ideal; apresentar o conceito de TDAH a partir de uma perspectiva crtica,
dando nfase ao sintoma desateno; apresentar os critrios diagnsticos do TDAH, fazer a
diferenciao dos conceitos de hiperatividade e indisciplina, muitas vezes confundidos; fazer
uma problematizao entre o modo como tem sido feito o diagnstico de TDAH e o modo como
de fato deve ser feito; e discutir, a partir de um recurso audiovisual, sobre o fenmeno da
medicalizao, o crescimento da indstria farmacutica, e, sobretudo, sobre os efeitos e os
riscos do medicamento dado a crianas e adolescentes. Como forma de registro da experincia
eram feitos dirios de campo pelas estagirias, nos quais eram descritas as atividades, as
reaes dos professores e seus comentrios indicando as repercusses das reflexes nos
seus modos de pensar. Ao trmino de cada oficina as estagirias solicitavam que os
professores avaliassem o encontro e indicassem o que deveria ser modificado. Todas as
oficinas foram bem avaliadas, sendo apontada pelos professores a importncia das discusses
para que refletissem sobre o TDAH, a banalizao do diagnstico e os perigos da
medicalizao. Constata-se com base na participao e nos relatos orais dos professores que
a experincia de formao contribuiu para que eles repensassem de forma crtica o TDAH e a
patologizao da infncia, patologizao da educao, patologizao da vida.
Resumo: Brincar indispensvel para o desenvolvimento infantil, uma vez que estimula a
imaginao e a criatividade, viabilizando a vivncia, criao e recriao de diversas atividades
cotidianas. O brincar est para alm da utilizao de brinquedos, ele envolve brincadeiras,
leitura/contao de histrias, entre outros. Com a instalao de determinadas doenas a
criana impedida de desenvolver as atividades regulares do seu cotidiano, e, quando a
enfermidade exige hospitalizao a criana afastada do lar, dos amigos, e inserida em um
ambiente desconhecido do seu habitual, com uma rotina completamente alheia sua. Desse
modo, quando o cuidado dentro do hospital associado a atividades simblicas e ldicas, o
brincar, por exemplo, h possibilidades de minimizar os danos psicolgicos que a internao
causa criana. A atividade do brincar , portanto, um instrumento indispensvel no cuidado
de crianas hospitalizadas. A presente pesquisa teve como objetivo compreender as
concepes dos profissionais de sade sobre a utilizao do brincar como um recurso de
cuidado a crianas hospitalizadas. A pesquisa foi realizada no Hospital Regional de Santo
Antnio de Jesus, o qual oferece atendimento peditrico em regime de internao. Os
participantes foram 11 profissionais da equipe peditrica (4 enfermeiras (os) e 7 tcnicas (os)
em enfermagem da pediatria) e 6 crianas hospitalizadas com faixa etria entre 09 meses e 11
anos de ambos os sexos. Os instrumentos de coleta de dados foram: entrevista individual
semiestruturada com os profissionais da equipe peditrica e observao participante com as
crianas e com os responsveis. Alm disso, foram utilizados os seguintes materiais: papel, giz
de cera, lpis colorido, bonecas, carrinhos, blocos de montar, joguinho de engenheiro, mini
bolas e livros de histrias. A partir da anlise dos dados foram encontradas algumas
categorias. Na primeira delas (opinio sobre a importncia do brincar durante a hospitalizao
de crianas), sete dos entrevistados relataram que o brincar extremamente importante para a
adaptao ao ambiente hospitalar, uma vez que a criana est num ambiente diferente do que
est acostumada e, alm disso, repleto de restries. A segunda categoria encontrada no
processo de anlise das entrevistas foi sobre a promoo do brincar, estratgias utilizadas
pelos profissionais do HRSAJ, considerando que o hospital possui brinquedoteca. Todos os
profissionais apresentaram posicionamento favorvel utilizao do brincar como um recurso
de cuidado, mas cinco deles afirmaram no ter tempo para brincar com as crianas. Na ltima
categoria (opinio sobre a relevncia da brinquedoteca) houve unanimidade nas respostas:
todos consideraram essencial a presena da brinquedoteca no hospital, mas nem todos fazem
uso desse espao. Os resultados apontam que tanto o "no ter tempo" para brincar como a
pouca frequncia do uso da brinquedoteca "denunciam" que o brincar no est na
instucionalidade dos servios de sade, que ainda est marginalizado nas prticas dos
profissionais: no est includo enquanto processo de trabalho pelos profissionais da pediatria
do HRSAJ.
Resumo: O cuidado para com as pessoas com deficincia teve suas bases na segregao,
sendo custodial e institucionalizado em asilos e manicmios. Esta segregao era justificada
pela crena de que, isolados, estes seriam mais bem cuidados e, ao mesmo tempo, a
sociedade estaria protegida dos considerados desviantes A partir da dcada de 1990, vrios
pases, entre eles o Brasil, adotam o paradigma da Educao Inclusiva. A educao inclusiva
conceituada como um processo de educar de maneira conjunta e incondicional, nas classes do
ensino regular, alunos com ou sem deficincias, que apresentem ou no necessidades
educacionais especiais (NEE). A educao inclusiva como paradigma para NEE no Brasil
adotou como uma das polticas pblicas a implantao de Salas de Recursos Multifuncionais
(SRM), como um mecanismo para facilitar o acesso do estudante com NEE ao currculo regular
e a integrao destes com os demais estudantes da classe regular. As Salas de Recursos
Multifuncionais (SRM) com os equipamentos e materiais pedaggicos previstos e professores
bem qualificados, representam um grande avano na poltica de incluso escolar, pois elas
oferecem apoio especializado aos alunos com necessidades especiais e apoio aos professores
das salas regulares. Com isso, possibilitam a esses alunos condies para o efetivo progresso
de sua aprendizagem. Logo, por considerarmos a importncia destas salas para o programa de
Educao Especial e do trabalho realizado nas mesmas para benefcio da incluso, o presente
estudo se props a descrever o trabalho docente realizado em uma sala de recursos
multifuncionais atravs de um estudo de caso realizado com uma professora na cidade de
Santo Antnio de Jesus. O estudo, de carter qualitativo, se apoiou em autores que tm se
dedicado ao estudo sobre a Educao Inclusiva no Brasil, alm dos documentos do MEC sobre
a incluso escolar, especialmente a respeito do Atendimento Educacional Especializado e das
Salas de Recursos Multifuncionais. Para coleta de dados foi utilizada uma entrevista
semiestruturada e para discusso dos dados, anlise temtica. Os resultados indicam que
existem conquistas no mbito da incluso, mas os professores de SRM ainda enfrentam
desafios nos mbitos da formao, de recursos disponveis, apoios necessrios e aceitao
dentro da escola. Apesar de todas as dificuldades, a professora afirma enfaticamente a
importncia da SRM para a vida e a incluso desses alunos. Portanto, corroborando que a
SRM uma importante poltica de educao inclusiva, constituindo-se numa ferramenta
importante na luta contra a segregao de pessoas com NEE, propiciando a estas um espao
de desenvolvimento e incluso.
Resumo: Resumo: Este resumo tem o objetivo de relatar minha experincia sobre as aulas de
monitoria da disciplina CCA 348 Administrao Contbil e Financeira, na qual participei como
aluna. Ao adentrar o universo acadmico a grande maioria dos alunos oriundos de um ensino
educacional pblico deficitrio encontram-se uma maior dificuldade na aprendizagem, agora
como estudante de graduao no entendimento de contedo universitrio, principalmente no
que se refere s disciplinas especficas como as exatas. Nesse sentido a figura do monitor, tem
duas vertentes de analise. Uma como aluno e outra como professor. Essa figura se torna
indispensvel no transcorrer das disciplinas em cursos da graduao, pois alm de ensinar a
matria o monitor tambm ao mesmo tempo aluno, que com uma linguagem mais acessvel
ao entendimento dos colegas vem facilitando o entrosamento e a aprendizagem do contedo,
onde mostra uma viso diferenciada da disciplina. A monitoria assim como o monitor estudante
tem o objetivo de transmitir informaes e troca de saberes entre ambos os atores envolvidos
dentro desse processo. Ele auxiliado pelo professor presta assistncias aos companheiros e
companheira de curso os quais apresentam alguma deficincia no aprendizado da disciplina
em questo, alm disso, desmistifica algumas caricaturas criadas sobre a matria, seja ela pela
dificuldade na aprendizagem, conhecimento ou afinidade dos alunos pela mesma. Nas
disciplinas de exatas assim como em outras o aluno se depara com novos contedos onde s
vezes nunca foram apresentados para esses discentes. As experincias de monitoria como
aluna aconteceram de forma presencial em sala de aulas e envolveu diretamente alunos e o
professor da rea de Administrao Contbil e Financeira, esta ofertada no 3 semestre do
curso Tecnlogo de Gesto em Cooperativas, no mbito da Universidade Federal do
Recncavo da Bahia- UFRB e envolveu indiretamente funcionrios da referida instituio de
ensino, que disponibilizavam as salas para a monitora ministrar as aulas, muitas vezes
ultrapassando horrios e dias regulares do curso. As aulas de monitoria me serviram como
auxilio no que diz respeito parte terica e principalmente a prtica, viabilizando
conhecimentos, criando condies mais favorveis para responder contedos relevantes para
a minha aprovao final. Alm disso, me proporcionou afinidade, maior interesse pela
disciplina, capacitao para me tornar uma profissional com reforos e viabilidade no
conhecimento com aprendizagem medida que as aulas iam ocorrendo e na execuo das
atividades na prtica. Nesse aprendizado todos saem ganhando, a monitora com nova
experincia representando a professora, mas com um olhar de aluna, a docente pelo apoio
destinado disciplina e o reforo as suas aulas e os discentes, agregando conhecimento e
aprendendo de forma mais prazerosa atravs dessas iniciativas.
Resumo: Atualmente vivemos em um mundo globalizado, onde cada vez mais estamos
integrados ao meio tcnico-cientfico-informacional. Assim, a tecnologia e a cincia esto
sendo entendidas como fatores determinantes da inovao e da apropriao do conhecimento.
Com a institucionalizao da cincia e da tecnologia, a busca pelo conhecimento e sua
proteo tornou-se essencial na promoo dos processos de inovao e de desenvolvimento.
Nesse contexto, a propriedade intelectual surge como uma ferramenta jurdica voltada
proteo de bens intangveis ligados a atividade industrial. A Indicao Geogrfica uma forma
de proteo reconhecida nacional e internacionalmente. No Brasil ela est legalmente
amparada na Lei de Propriedade Industrial. Partindo do pressuposto da relevncia da proteo
da propriedade intelectual, o objetivo deste trabalho discutir sobre Indicao Geogrfica a
partir de uma possvel Indicao de Procedncia da carne de fumeiro produzida em
Maragogipe-BA. Formatado com uma reviso terica, resultante da construo de fichamentos
e resenhas, o trabalho foi estruturado em quatro etapas. A primeira trata da introduo, a
segunda sobre Indicao Geogrfica, a terceira sobre a carne de fumeiro e por fim as
consideraes finais. O municpio de Maragogipe, localizado no Recncavo Baiano, est
ganhando notoriedade pela produo de defumados sunos conhecidos como carne de fumeiro
ou apenas fumeiro. A confeco da iguaria 100% artesanal, sendo uma tradio passada de
pai para filho. Porm, essa tradio est sendo ameaada pela dificuldade dos produtores em
se adaptarem s exigncias impostas pelo Ministrio da Agricultura e pela Vigilncia Sanitria.
Dessa forma, o presente trabalho tem o objetivo de discutir sobre a importncia da utilizao da
indicao geogrfica como instrumento para garantir a manuteno da tradio e a agregao
de valor na produo da carne de fumeiro em Maragogipe-BA. Atravs das anlises feitas
chega-se concluso que um registro de Indicao de Procedncia da carne de fumeiro
produzida no municpio seria capaz de contribuir para a valorizao do produto. Haveria o
incentivo a adequao s exigncias dos rgos reguladores, divulgao da iguaria,
organizao/capacitao dos produtores, mantendo viva assim a tradio e garantido ganhos
econmicos para os envolvidos direta e indiretamente e para a regio. Mas para que isso
ocorra faz-se necessrio a unio dos produtores, o interesse da iniciativa pblica do municpio
e da regio e o apoio tcnico de instituies como SEBRAE e universidades por exemplo.
Resumo: O Colgio Estadual da Cachoeira (CEC) foi fundado em 26 de maro de 1928 pelo
educador Ansio Teixeira (1900-1971). Considerado expoente da educao no Brasil, Ansio
Teixeira, proporcionou aos discentes da cidade de Cachoeira-Ba um novo modelo curricular,
apoiado na proposta inovadora de escola integral, tendo registro em Ata institucional de
26/03/1928 como a primeira (escola tcnica) do seu gnero no Estado da Bahia, confirmando
a importncia do modelo escolar instalado na cidade de Cachoeira. Com quase um sculo de
registros e cerca de 35 mil documentos, o arquivo do CEC est organizado por colees em
estantes de madeira, acondicionados em caixa e pasta arquivo. So documentos de arquivos
escolares produzidos em atividades dirias. Vestgios das prticas do passado - dcada de
1920 at os dias atuais - fontes primrias para produes cientficas em diversas temticas
como: gnero, prticas pedaggicas, capacitao de mo de obra, histria social, entre outros,
materiais relevantes para as construo histrica da cidade de Cachoeira e regio. Consiste
em arquivo ativo, devido necessidade constante de manuseio e consultas dos documentos
pelas secretarias, a fim de certificar e/ou diplomar os estudantes e aposentar os servidores. No
perodo de 4 meses, foi realizado o diagnstico da coleo de encadernados, utilizando o
mtodo 1 a 1. Foi identificado documentos da dcada de 1930 at 2014 com as seguintes
temticas: Ata de resultado de provas, registro de entrega de diplomas, registro de admisso,
livro de ponto, livro de caixa, horrio de atividades de docentes, relatrio de estgio, registro
de associaes, livro de matrcula, ata de conselho, transferncias recebidas, regimento
escolar, entre outros. As patologias encontradas foram s seguintes: ataque de insetos
xilfagos, foxing, microorganismos, amarelecimento do suporte, desprendimento da capa,
perda da capa, perda de revestimento da capa (total e parcial), rompimento da costura (total e
parcial), desprendimento do miolo (total e parcial), desprendimento dos cadernos, folhas soltas,
perda parcial do suporte, perda parcial da lombada, rasgos, oxidao dos grampos metlicos.
Optou-se pela classificao do estado de conservao em: timo/Bom, Regular, Ruim. Foram
analisadas 134 encadernaes - 22 em Bom/timo, 81 em Regular e 31 em Ruim estado de
conservao. Atravs das prticas de conservao preventiva objetiva-se salvaguardar a
memria institucional, executando atividades planejadas de conservao preventiva. Sero
realizadas prticas de higienizao, pequenos reparos, digitalizao e acondicionamento,
visando a salvaguarda do arquivo e principalmente, o acesso a pesquisa nesta importante fonte
de documentao.
Resumo: A proposta desta pesquisa apresentar alguns conceitos presentes nos sistemas
complexos dentro do poema Complexidade e Caos em Canto, desenvolvido com o objetivo
de aproximar reas distintas a exemplo de Sistemas de Informtica, Poesia e Difuso do
Conhecimento. O ato de interpretar um poema no pode ficar restrito a sua forma de
apresentao sobre uma pgina ou declamao, como ocorre na disposio das palavras, dos
versos, das rimas e das estrofes, escritas e/ou pronunciadas. Apresentar alguns conceitos dos
sistemas complexos atravs de um poema proporciona um momento aberto experimentao
artstica e cientfica, que transforma indivduos em leitores aptos a interpretar e compreender
um texto potico, alm de suscitar o interesse pela pesquisa acadmica, visto que o gosto pela
leitura do poema deve ser seguido pelo interesse em conhecer com maior especificidade os
conceitos ora apresentados e que, no caso, so relacionados aos Sistemas Complexos. Assim,
tecemos como objetivo para esta proposta, construir um texto potico com tpicos do tema
complexidade e caos e proceder a uma anlise dos referidos termos a partir de definio,
comparao e construo de rede semntica. Entendemos que a complexidade e caos se
traduzem em aferies matemticas, geometria, fsica, energia, formas de cincias presentes
na natureza, na humanidade (em seus registros) e nos sistemas complexos de informtica. O
ingresso e interesse em pesquisar a temtica tem busca de dilogo com pesquisadores
contemporneos que vem renovando o interesse por temas relacionados aos aspectos
caticos de fenmenos naturais e humanos vistos como interdisciplinar e, mais
essencialmente, situados numa regio fronteiria entre a ordem e o caos; ordem como
evoluo previsvel, regular e caos como sistema mutvel permanente com irregularidade
completa. Os temas pesquisados e que foram significativos para nossa compreenso partem
da complexidade, dos sistemas caticos, dos sistemas dissipativos, dos fractais, da
criticalidade auto-organizada, das redes, da prpria evoluo dos sistemas, da memria e de
sistemas adaptativos. Traz-los para a potica foi uma busca por construo / interpretao
distintas, num fazer com nveis ampliados na construo subjetiva e determinao conceitual
de sistemas complexos que vo para o canto em um estado indissocivel e sublime. Ademais
reconhecemos que outros cantantes ho de (re)buscar textos com temas convergentes; esta
anlise aqui difundida tende, posteriormente, a outras etapas a serem pesquisadas; aqui, alm
de atender a um propsito em linhas mais gerais, pensamos numa construo simultnea entre
poema e pesquisa bibliogrfica, desenhando um resultado pautado em exclusivismo,
contemporaneidade, evoluo metodolgica, poesis, tanto no conjunto da produo atual,
quanto em outros momentos que pretendemos premonitoriamente avanar, sem esgotamento
em cada etapa.
Palavras-chave: Educao,Audiovisual,Conhecimento
Resumo: No primeiro episdio de Orange is the New Black, lanada pela Netflix em 2013, trs
detentas chegam a priso ficcional de Litchfield: Piper Chapman, branca; Dayanara Diaz,
latina; e Janae Watson, negra. Esses trs grupos raciais so frequentemente representados na
srie, que vem sendo elogiada pela diversidade de seu elenco. Este trabalho quer, atravs da
anlise das trs personagens citadas, estudar a representao racial na srie. No primeiro
episdio, Morello, detenta branca que recebe as novatas, presenteia apenas Piper com itens
de higiene, justificando-se que o costume tribal, e no racista (Janae, ao fundo da cena,
parece discordar). Os apelidos dos dormitrios indicam que a separao racial , inclusive,
espacial. O das latinas chamado de Harlem Espanhol, o das negras de Gueto e o das
brancas de Subrbio, porm tal diviso no intransponvel. Piper, por exemplo, designada
para o Gueto. A trajetria de Piper se inicia um dia antes de se entregar. Entre o noivo e os
amigos, percebemos uma vida confortvel de classe mdia alta. Atravs de flashbacks,
descobrimos que, recm-formada na faculdade, envolveu-se com uma traficante de drogas.
Encarando a situao como uma aventura que a diferenciava dos pais conservadores, sofre as
consequncias ao ser presa, 10 anos depois, quando seu estilo de vida j estava muito
prximo do que antes repelia. Sua relao com o conselheiro prisional Sam Healy traz marcas
de seu privilgio branco. Ela tem tratamento diferenciado e a relao s se complica quando
ela falha em se encaixar no perfil de boa garota branca que ele esperava. Janae,
questionadora e irritadia, prxima das outras detentas negras, mas sua amizade com elas
no muito explorada. Atravs de flashbacks, descobrimos que ela era uma esportista de
grande potencial, quando foi pega por roubo, em uma aventura adolescente. Um crime
pequeno, que nos pe a refletir se ela seria presa, caso sua situao social fosse outra. Na
priso, sua personalidade lhe traz problemas, como quando enviada para a solitria por se
recusar a deixar um guarda homem a revistar. Ao longo da temporada, a relao de Dayanara
com a me, tambm presa, explorada. A histria faz referncia ao ciclo da pobreza e uma
das decepes de Aleida que a filha tenha cometido os mesmos erros dela. Outra relao
significativa de Dayanara com o guarda Bennet, com quem se envolve romanticamente. O
interessante dessa relao que ela no uma latina caliente, o interesse dele se d pela
personalidade sonhadora e artstica dela, e no meramente por uma questo sexual. A escolha
de colocar a personagem principal ao lado de Janae Watson e Dayanara Diaz aponta para a
inteno da criadora de abrir a srie para histrias diversas, ainda que o ponto de vista de
Piper prevalea durante a srie. Em relao a construo dessas personagens, a srie foge de
alguns esteretipos clssicos ou, ao menos, quando os reproduz, tenta acompanh-los de uma
justificativa que crie empatia no espectador, que passa a entender as motivaes das
personagens.
Resumo: Este artigo analisa como as notcias sobre crime, violncia e polcia so abordadas
no Jornal Nacional e como o discurso ideolgico garante a visibilidade de alguns grupos sociais
em detrimento do no aparecimento de outros.O trabalho parte do mapa das mediaes de
Jess Martim-Barbero para compreender como se d a mediao entre a realidade social e o
receptor (pblico), considerando valores hegemnicos e a interferncia da dimenso simblica.
As anlises mostram que as notcias pautadas sobre crimes violncia e polcia no Jornal
Nacional tm uma marca geogrfica, ou seja, apenas notcias das regies Sudeste e Centro-
Oeste do Brasil, com destaque para os estados do Rio de Janeiro, So Paulo e Braslia, so
veiculadas com frequncia no Telejornal.Durante a pesquisa realizamos uma reviso da
literatura relativa aos estudos culturais, monitoramos o telejornal de maior audincia do pas e
fizemos uma anlise crtica e minuciosa procurando entender a construo da credibilidade do
Jornal Nacional e a reproduo do pensamento hegemnico burgus e eurocntrico referente
as notcias sobre crime, violncia e polcia. Aplicamos como metodologia desta pesquisa o
percurso do mapa noturno, cujo diagrama informa que as mediaes culturais esto
posicionadas em dois eixos: diacrnico ou histrico relacionados as matrizes culturais com os
formatos industriais e o sincrnico, as lgicas de produo com as competncias da recepo
buscando articular referncias da sociologia, antropologia, pragmtica, semitica e esttica
alm de identificar aspectos da relao entre comunicao, cultura e poltica.Utilizamos a
teoria do jornalismo para fundamentar a anlise e interpretar como o critrio de noticiabilidade
interfere na seleo das notcias e o discurso hegemnico opera como mediador nas lgicas de
produo e competncias de recepo (consumo), uma vez que notcias sobre violncia, neste
telejornal, exerce o poder simblico, cujo os valores sociais e o modo de enquadramento das
notcias so pautados a partir dos interesses e referencial dominante.Conclumos que a forma
como o Jornal Nacional constri estas notcias privilegia os discursos institucionais interfere
no s na representao da realidade social do pas, como tambm expressa maior
sensibilidade com as notcias sobre crimes, violncia e polcia destas regies e falha na
promessa de oferecer cobertura nacional.
Resumo: O presente artigo teve como base estudos realizados no Projeto de Pesquisa
conveniado entre o Ministrio Pblico do Estado da Bahia e a Universidade Estadual de Feira
de Santana, realizado no ano de 2014, sob a orientao do professor da Universidade e
promotor de justia do Ministrio Pblico Cludio Jenner de Moura Bezerra. O presente
trabalho tem a inteno de compreender a violncia contra a mulher alm de fatores causais
exclusivamente sobre a pessoa do agressor. Teve-se como delimitao espacial de pesquisa a
Comarca de Feira de Santana, e por perodo temporal compreendido do ano de 2010 a 2013.
Foram escolhidos 400 (quatrocentos) autos processuais criminais, tomando como referncia
que em todos os processos pesquisados o uso do lcool tenha sido feito pelo agressor. A
hiptese inicial a de que, nos casos onde o uso do lcool foi apontado pelas vtimas como o
fator determinante da ocorrncia da violncia, possvel observar, atravs dos mesmos
depoimentos, a existncia de outros fatores causais aparentemente no visualizados. Para o
desenvolvimento do trabalho de pesquisa, fez-se, inicialmente, um estudo da literatura de
pesquisas acerca da violncia domstica e familiar em que tais pesquisas, ao se debruarem
sobre a percepo das vtimas a respeito da conduta do agressor, concluram ser comum para
elas a ideia de que o ato de violncia um resultado particular da embriaguez do autor da
violncia. Na metodologia de aferio de fatores desencadeantes da violncia, mediante a tica
de classificao da Teoria Ecolgica, amealharam-se subsdios essenciais compreenso da
multicausalidade da violncia. Com as amostras dos processos pesquisados, e com o auxlio
da tcnica de anlise de contedo sobre os depoimentos das vtimas, foi possvel inferir que as
prprias mulheres agredidas transparecem em suas falas elementos diversos da embriaguez
do agressor, os quais, se analisados em cotejo com a base terica estudada, comprovam a
existncia de mltiplos fatores a desencadearem o fenmeno pesquisado, tais como cimes,
vulnerabilidade social e machismo. O vcio do lcool, assim, tratar-se-ia de um mero catalisador
de multifrios fatores pessoais e contextuais j arraigados no agressor os quais apenas
irrompem aguados pelo encorajamento de agir conforme seus desgnios mais ntimos de
subjugar a mulher. A crena social de que a embriaguez gera violncia resvala em teorias
simplistas as quais ignoram o contexto no qual a violncia contra a mulher historicamente se
insere. Esse esquecimento da influncia dos valores do patriarcado na sociedade fortalece a
manuteno desses mesmos valores e afasta a possibilidade de se pensar na necessidade de
mudana cultural sobre a coletividade. Em concluso aos resultados, observou-se que o
agressor no agride movido to somente pelo combustvel do lcool, mas sustentado tambm
por uma base slida dos valores que erigem a cultura machista sobre a qual se assenta a
sociedade brasileira. Assim, dizer que o problema da violncia foi ensejado pelo uso da bebida
alcolica uma falcia de percepo pelos sujeitos da violncia que atua como forte papel
lenitivo da responsabilidade do sujeito agressor.
Resumo: O presente trabalho analisa como o medo tem transformado o modo de se viver a
cidade e como ele afeta as relaes sociais em nome da segurana. Atrelado a isso, traz
reflexes de como esse medo utilizado pelas empresas de vigilncia, pelas grandes
construtoras (com a venda dos novos modelos habitacionais), e bem como a mdia explora a
questo da violncia nos seus noticirios. A relevncia da pesquisa de cunho jurdico e
social, pois consiste numa anlise de como o crescimento urbano est acontecendo na
atualidade, verificando de que forma isso afeta o modus vivendi das relaes sociais urbanas,
visto que a cultura do medo cria novos esteretipos a partir da interdiscurso entre os
componentes: pobreza, criminalidade e espaos pblicos. Com base nisso, procuramos
entender como esse novo conceito de viver com segurana vem reafirmando as
desigualdades e a segregao socioespacial a partir de uma abordagem metodolgica
bibliogrfica, documental e dialtica. A toda parte sentimos-nos ameaados, entretanto, sem
saber o que poder acontecer, pois o que vislumbramos so apenas hipteses do que pode
ocorrer com a integridade de nossos corpos, de nossos pertences ou sobre a segurana de
nossos familiares.O medo funciona assim como um mecanismo que fica em stand by, em
alerta para que possamos nos esquivar dos perigos ou nos defender a tempo assim que a
ameaa se concretizar. Nesse sentido, conforme "Estudo Global sobre Homicdio 2013",
divulgado pelo Escritrio sobre Drogas e Crime das Naes Unidas, o Brasil ocupa a 16
posio entre os pases mais violentos do mundo. Atrelado a esta posio, a grande mdia
nacional, vem, em seus noticirios, dando grande nfase aos casos de violncia. H, na
verdade, uma demasiada explorao do tema, visto que se trata de um assunto que muito
agua a curiosidade e o imaginrio da populao. Cria-se uma espetacularizao dos casos,
onde a prpria sociedade analisa e julga os personagens das matrias, criando-se uma
comoo geral em torno do assunto. Isso acaba ocasionando um estado generalizado de
pnico social, levando-nos acreditar que o ndice de violncia e criminalidade seja maior do que
realmente . Em contrapartida a essa cultura de medo descrita, a populao acaba exigindo
perante o Estado, meios drsticos para que a violncia acabe. Dentre tais medidas, podemos
citar: interveno das foras armadas, diminuio da maioridade penal, pena de morte, dentre
outras. H com isso, um clamor social para que o direito penal brasileiro endurea ainda mais
as suas leis, alimentando uma falsa ideia de que punies mais severas impediro o
acontecimento do delito. As classes mdia e alta, nesse contexto, acabam se segregando dos
espaos urbanos, seja indo morar em condomnios fechados e mais afastados dos grandes
centros, ou se ausentando dos espaos culturais e comerciais pblicos da cidade. O medo de
serem assaltadas ou mortas, levam estas pessoas a criarem grandes muralhas, escondendo-
se do mundo em sua volta.
Palavras-chave: Patrimnio;,Memria;,Identidade.
Palavras-chave: Patrimnio;,Memria;,Identidade.
Resumo: O ladrilho hidrulico (LH) um revestimento de pisos e paredes, que foi muito
utilizado no final do sculo XIX, totalmente artesanal, produzido a mo pea por pea, tem
seu nome hidrulico pois seu processo de cura no passa pela queima e sim pela gua. Possui
uma durabilidade estimada em mais de 100 anos, com decoraes variadas em cada forma e
estampa, que vo das mais simples as mais complexas, tornando assim o LH um verdadeiro
elemento arquitetnico decorativo. Atualmente podemos encontrar esse revestimento em
muitas casas da cidade de Cachoeira, mas corremos o risco de no t-los mais devido a
crescente retirada do piso pelos moradores, em razo disso a documentao se tornou to
essencial para salvaguardar esse patrimnio. O projeto documentou os pisos de ladrilho
hidrulico das edificaes histricas de Cachoeira, atravs do levantamento das fontes
documentais (escritas e iconogrficas), juntamente com visitas tcnicas ao atelier de ladrilhos
hidrulicos da cidade, posteriormente realizamos a pesquisa de campo com registro fotogrfico
e preenchimento de ficha especfica. Na anlise dos dados obtidos, elaboramos uma
cartografia das edificaes que possuem ladrilhos hidrulicos na cidade, como tambm com os
resultados da pesquisa foram desenvolvidas oficinas juntamente com a comunidade juvenil da
cidade, a atividade ocorreu na semana de museus e trouxe uma melhor compreenso do
patrimnio pblico para os juvenis. Na pesquisa foram identificados 32 imveis que possuem
ladrilhos hidrulicos. As edificaes onde foram mais encontrados foram os estabelecimentos
comerciais, onde a ocorrncia de LH majoritariamente no hall de entrada. A maioria dos
imveis pesquisados possuem tapetes com mais de 1.000 peas de 20x20cm. Foram
analisados tambm as patologias que aparecem com maior frequncia nos edifcios
pesquisados, constatamos que a ocorrncia de manchas no ladrilho a patologia mais comum
por se tratar de um material naturalmente poroso, porm em um certo modo os ladrilhos
pesquisados na cidade se encontram em bom estado de conservao. A pesquisa vem trazer
uma importante contribuio aos estudos sobre o revestimento de piso de ladrilho hidrulico
por se tratar de um tema com to pouca bibliografia. Por meio desse estudo, agora temos um
conjunto de informaes fichadas e catalogadas que permaneceram no Laboratrio de
Documentao e Arqueologia podendo ser utilizadas em futuras pesquisas.
Resumo: O projeto Ladrilhos hidrulicos de Cachoeira, Bahia - Brasil vem integrar o conjunto
de pesquisas realizadas pelo Grupo de Pesquisas Recncavo Arqueolgico. Os ladrilhos
hidrulicos so revestimentos feitos artesanalmente com aglomerantes hidrulicos contendo
trs partes: o tardoz, a camada intermediria e a camada pigmentada. Este pavimento chega
ao Brasil no penltimo quartel do sculo XIX com os imigrantes italianos. O projeto tem como
objetivo principal a documentao de pisos de ladrilho hidrulico das edificaes histricas de
Cachoeira, em concomitncia com os objetivos especficos do plano de trabalho individual, que
consiste em: realizar levantamento nas fontes documentais sobre os ladrilhos hidrulicos;
entrevistar trabalhadores das oficinas que ainda fazem ladrilhos; analisar os padres
compositivos dos ladrilhos hidrulicos; divulgar os resultados da pesquisa em fruns
acadmicos (especialmente no Seminrio de Arqueologia da UFRB e Seminrio Estudantil da
UFRB). A metodologia prevista no plano de trabalho do projeto foi dividida em quatro
momentos principais e norteadores, o primeiro momento foram realizadas as leituras das
bibliografias previstas no projeto, seguidas de fichamentos dos textos; o segundo momento foi
dedicado ao delineamento dos aportes tericos; na terceira fase do trabalho foi realizado o
trabalho de campo, no qual foram feitas atividades, como, o preenchimento de fichas de
registro e captura de imagens; a ltima etapa metodolgica foi a sistematizao e interpretao
dos dados colhidos em campo. Com a anlise e o processamento de dados em laboratrio foi
possvel perceber a predominncia dos pisos de ladrilhos hidrulicos nos prdios histricos da
cidade de Cachoeira e acompanhar o processo de crescimento da arquitetura da cidade,
atravs da insero de novos materiais nas construes histricas do local. Na cidade de
Cachoeira, nos prdios do sculo XVII e XVIII no possuem ladrilhos, as construes possuem
lajotas rsticas e o segundo andar dos prdios so compostas por assoalhos de madeira. Nos
prdios mais recentes, do XIX, uma grande quantidade contm ladrilhos hidrulicos. Na etapa
de campo, foi feito o levantamento de 80 tapetes nos edifcios histricos e casas residenciais
da cidade. Sendo que foram documentados 28 padres diferentes de tapetes. Existe uma
repetio de padres e cores muito grande em Cachoeira, provavelmente esse fato se deu pela
presena de oficinas de ladrilhos na cidade. As cores mais comuns so o amarelo, vinho, bege,
cinza, preto e branco. Dos 28 padres documentados, 18 das composies so geomtricos,2
de padro cubox, 7 so com desenhos florais. Dentro desse nmero tambm est o tapete
patchwork. As formas geomtricas foram as figuras predominantes nos ladrilhos encontrados.
O padro tem muitos desenhos inspirados nas formas simples da geometria, como o quadrado,
retngulo, losango, hexgono, octgono, crculo. Os desenhos chamados cubox, cubinho e
cubo mdio tambm so formas geomtricas, mas so classificadas com esse nome por
possurem particularidades. O padro tambm conhecido em muitas fbricas como
psicodlico por causarem ao observador a sensao de visualizarem o desenho em trs
dimenses. O padro floral, tambm muito comum, foi dividido em duas categorias devido ao
formato das flores que compem os desenhos, florais orgnicos e geomtricos.
Resumo: Como exerccio da disciplina Pesquisa Social II: Mtodos Qualitativos foi
desenvolvida a pesquisa ora apresentada no Centro de Artes, Humanidades e Letras. O tema
foi escolhido a partir das inquietaes por parte dos discentes do curso de Servio Social, que
nas observaes cotidianas, puderam perceber comportamentos os quais supostamente
invisibilizam estes funcionrios. O norteamento da pesquisa se deu com a questo: A
invisibilidade configura a expresso da precarizao do trabalho dos funcionrios terceirizados
do Centro de Artes Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recncavo da
Bahia/UFRB? Com o objetivo de analisar as relaes de poder no ambiente de trabalho;
identificar sob a tica dos funcionrios terceirizados as relaes de poder e identificar as
percepes dos funcionrios terceirizados acerca da precarizao do trabalho sentiu-se a
necessidade de ter uma aproximao com os funcionrios terceirizados e ouvir a sua opinio.
Para isso, optou-se pela entrevista semiestruturada que seria realizado a priori com sete
funcionrios terceirizados do CAHL de postos distintos como um motorista, um auxiliar de
servios gerais, uma copeira, uma atendente da biblioteca, um porteiro, um segurana, um
tcnico de informtica (TI). Considerando que o nmero de funcionrios terceirizados
reduzido, todos foram consultados sobre o interesse em participar da pesquisa, entretanto
houve uma recursa muito grande por conta de algumas demisses e apenas quatro
funcionrios concederam a entrevista para os discentes. Alm disso, para compreender a
relao entre terceirizao x trabalho, foram realizadas pesquisas bibliogrficas que
contribussem no entendimento deste fenmeno e como essas relaes esto postas, alm de
fatores determinantes que possam contribuir para esta (in) visibilidade. Aps a elaborao do
instrumento e a produo de dados, partiu-se a para a anlise temtica destes. Dessa forma, o
presente trabalho est subdividido em trs sees onde na seo 1 expe-se a fundamentao
terica, a seo 2 o processo de produo de dados, tal como os pontos positivos e negativos
durante todo o processo do trabalho, e na seo 3 os resultados preliminares e discusso da
pesquisa. Assim, a pesquisa, permitiu-nos uma aproximao com os funcionrios terceirizados
e seu campo de trabalho, e com isso possibilitou-nos chegar aos seguintes resultados:
primeiro, ao fato da precarizao do trabalho em que a empresa prestadora de servios
universidade no garante em sua totalidade as condies necessrias para o exerccio do
trabalho dos funcionrios terceirizados, tendo em vista a falta de materiais e instrumentos para
a sua efetivao, bem como atraso no pagamento dos salrios; segundo, a relao de poder
que atravs da relao hierrquica e diferenciao dos papis exercidos gera a desvalorizao
dos funcionrios; terceiro, a insegurana, a instabilidade no emprego e a inverso de funes.
Outrossim, considera-se a temtica aqui apresentada de grande relevncia para compreender
e ajudar em estudos futuros sobre a existncia da invisibilidade dos funcionrios terceirizados e
como este processo configura expresso da precarizao do trabalho a partir da opinio dos
prprios funcionrios.
Resumo: O fenmeno das famlias lideradas por mulheres tem alcanado, notoriamente,
ndices relevantes, pois traduz uma realidade que perpassa a fronteira do senso comum,
mostrando alguns elementos dessa condio, muitas vezes desprestigiada, que testificam as
transformaes impressas na sociedade contempornea. No cruzamento dos relatos aqui
sintetizados, possvel afirmar que a situao de "lider de famlia" no est diretamente
condicionada questo da pobreza; que os determinantes "passeiam" sim pela diminuio do
poder econmico, mas tambm por fatores subjetivos de ordem psicossocial. Nessa
perspectiva, o presente trabalho tem como objetivos a investigao das limitaes que
impactam no processo de insero da mulher lder de famlia na dinmica socioeconmica de
uma comunidade perifrica; traar o seu perfil e identificar os fatores que contribuem para um
processo em potencial de invisibilidade, conhecendo a opinio dessas mulheres diante da
afirmativa da existncia de um protagonismo das famlias monoparentais femininas na
atualidade. Para tanto, realizei uma pesquisa exploratria descritiva, aplicando uma entrevista
semiestruturada por um perodo de trinta dias a um grupo composto por dez mulheres, em sua
maioria, adultas solteiras que desenvolvem alguma atividade informal como fonte de renda; a
maioria delas se declarou da cor parda e tem em comum a escolarizao mxima do nvel
mdio incompleto. Foi possvel identificar em algumas mulheres pesquisadas a ausncia do
sentimento de pertencimento; como que por opo ou outras convices, preferindo manter-se
afastadas daquilo que oferecido na comunidade como possveis espaos de interao; de
modo que, as limitaes que impactam no processo de insero da mulher lder de famlia na
dinmica socioeconmica da referida comunidade acontece, muitas vezes, de maneira
intrnseca considerando que a maioria das mulheres pesquisadas, da mesma forma como
abdicaram de muitas coisas no passado em detrimento da sobrevivncia do grupo familiar,
ainda hoje continua abdicando porque os fenmenos continuam se reproduzindo e hoje elas
precisam garantir da mesma forma a manuteno dos filhos dos seus filhos que, direta ou
indiretamente, ainda dependem delas. Tais escolhas se refletem na escolarizao, na
capacitao para o mercado de trabalho e na qualidade de vida; por outro lado, existem outros
processos que atuam claramente na delimitao do espao de interao social da mulher lider
de famlia. Foi possvel concluir que o processo de invisibilidade se apresenta controverso se
tomarmos por parmetro o direito da escolha de cada uma delas; elas continuam tomando
suas decises baseadas na sobrevivncia do grupo; no entanto este posicionamento continua
contribuindo para a quebra de antigos conceitos, promovendo a negao do esteretipo da
fragilidade feminina, padronizado e alimentado no mbito de uma sociedade pautada na
hierarquizao da conduo familiar tendo a figura masculina como o nico referencial.
Resumo: Este artigo fruto do resultado de uma pesquisa aplicada a 80 professores da rede
pblica de ensino de Salvador, pelo Grupo de Trabalho de Servio Social na Educao da
UFRB e o NESSE- Ncleo de Estudos em Servio Social na Educao de Salvador. A
pesquisa buscou identificar o perfil dos educadores, sua capacitao profissional e a relao
existente entre professores e alunos, professores e famlias, escola e comunidade, no intuito de
analisar os impactos das situaes de vulnerabilidades vivenciadas pelo estudantes no
processo de ensino aprendizagem.Segundo Paulo Jos Orso Se a educao a forma como
seus membros ensinam os demais a viverem em sociedade, ento para entender educao
preciso entender a sociedade. A sociedade hoje mostra um tempo onde s conquistas sociais
alcanadas esto sendo devastadas pela avalanche Neoliberal no mundo inteiro, onde a
destituio de direitos naturalizou-se e a as esferas pblicas desresponsabilizam-se pelas
demandas da populao. Da possvel identificar na realidade da comunidade escolar
diversas expresses da Questo Social reflexos da organizao social capitalista, onde impe-
se dificuldades para efetivao do trabalho docente.As transformaes da reestruturao
capitalista influenciam no modo de vida dos trabalhadores, expressas atravs das relaes
sociais individualistas, competitivas e miserveis. O capital precisa ensinar valores e princpios
que reproduzam as relaes egicas, formando indivduos acrticos e apolticos.
Neste sentido, o capital utiliza-se da escola como um instrumento de dominao
ideolgica para formao de trabalhadores que no questionem os baixos salrios, as
condies indignas e inseguras de trabalho, reproduzindo e mantendo a ordem vigente.
Segundo Socorro Osterne, Questo Social uma nominao surgida no sculo XIX a partir das
manifestaes de misria e pobreza advindas da explorao das sociedades capitalistas com o
desenvolvimento da industrializao. Alis, o que se apreende ao longo da histria do
capitalismo que h uma relao direta entre cada perodo dessa formao social -
concorrencial, monopolista e tardio - com os sistemas de proteo social e, no caso especfico,
de assistncia social.A Questo Social reflexo das lutas de classes e da desigual participao
na distribuio de riqueza social expressando-se atravs da fome, da violncia, da misria, da
gravidez precoce, dos altos ndices de mortalidade de jovens negros dentre outras. A Questo
Social deve ser considerada uma nica, a desigualdade social, econmica e politica que se
manifesta atravs de diversos fenmenos. Como forma de responder as demandas da
populao e as expresses da Questo Social, o Estado constri Politicas Pblicas, que
parcialmente responsabilizam-se por determinadas necessidades da sociedade. Essa foi uma
pesquisa de campo, que sistematizou informaes acerca das problemticas vivenciadas pelos
educandos, a apartir da tica dos educadores, sendo elas formas de manisfestar-se da
Questo Social no mundo capitalista.
Resumo: O presente trabalho aborda como tema, a Construo e Desconstruo Esttica dos
Discentes da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB), no Centro de Artes,
Humanidades e Letras (CAHL), sendo este o resultado da proposta feita na disciplina Pesquisa
Social II: mtodos qualitativos, do curso de Servio Social. A equipe realizadora do projeto
voltou seu interesse diversidade presente no CAHL, e como esta se evidncia na esttica dos
discentes. Partindo do pressuposto de que, o tema em questo relevante e evidenciado,
neste contexto universitrio, salientando analisar se o supracitado ambiente implica nessa
construo e desconstruo esttica, os dirigentes do projeto, fizeram deste tema o seu objeto
de pesquisa, e baseando-se nesse aspecto, indagou-se a formulao de uma pergunta de
investigao, tendo como intuito nortear a pesquisa, na qual se buscou englobar o objetivo da
equipe acerca da mesma, desta forma foi elaborada a pergunta: o ambiente universitrio
exerce influncia na construo e desconstruo esttica dos discentes da UFRB-CAHL, em
que grau?. O mtodo utilizado para analisar a pergunta de investigao foi um grupo focal,
seis discentes foram convidados e responderam oito perguntas ligadas ao tema, alm da
discusso direta sobre o tema, foram abordados outros pontos relacionados de onde saram
algumas categorias, como, empoderamento, famlia, aceitao da comunidade, etc. A equipe
fez uso de pesquisas, a fim de obter base terica sobre o tema do projeto e as outras
categorias advindas dele. Alm das categorias citadas, buscou-se ainda discusses acerca do
ambiente universitrio, visando a compreenso deste e suas implicaes para os discentes.
Faz-se oportuno destacar que, este projeto resultado da pesquisa realizada no Centro de
Artes, Humanidade e Letras, tendo como tema a construo e desconstruo esttica no
Centro, composto pela produo de dados, onde est descrito o trabalho em campo; o
referencial terico, que assegura teoricamente os assuntos abordados na pesquisa; e os
resultados preliminares e discusso, que apresentam os resultados da pesquisa e os
elementos tericos. A equipe responsvel pelo projeto visa alcanar a anlise da Construo e
Desconstruo Esttica dos Discentes do CAHL, assim como, a forma como a Universidade se
insere nesse contexto e nas especificidades em torno delas. Diante do exposto, entende-se a
relevncia do tema, alm da busca para compreenso da esttica dos discentes, partindo do
aparente, e como representao de alguns outros fatores que esto inseridos fora e dentro do
ambiente ou contexto universitrio.
Resumo: O tema das manifestaes nas paredes do CAHL surgiu do exerccio de observar o
ambiente do centro de artes, humanidades e letras no perodo de aulas, seus frequentadores e
seu ambiente fsico como um todo. Haja vista que nas paredes encontram-se poesias, frases
de protesto, textos e imagens de diversos movimentos sociais, como o LGBT, feminismo, luta
racial, etc. Alm de reinvindicaes acerca dos impasses vividos no ambiente universitrio.
Sendo assim, e levando-se em considerao que todos os tipos de manifestaes visuais
trazem consigo um significado especfico para quem as desenvolve e principalmente para
quem as visualiza, percebemos a importncia de dar incio a uma pesquisa voltada para essa
temtica. Nesses termos, construmos a pergunta de investigao que norteou nossa pesquisa:
Qual o significado das manifestaes nas paredes do CAHL a partir do semestre 2015.1 para
as pessoas que frequentam o centro?. Com objetivo especfico de Identificar quatro pessoas
que frequentam o centro que pertenam a grupos diferentes para entrevista-las; Transcrever as
entrevistas e identificar as categorias tericas que aparecero; Analisar as categorias com
base no referencial terico e construir os resultados com base nessas anlises. O tema
levantado para a pesquisa gira em torno de um assunto bastante polmico: a liberdade de
expresso dentro da Universidade. Ou seja, at onde vai essa liberdade, se ela implica no meu
direito apenas ou se ela perpassa o limite do direito do outro. Nesse mesmo caminho que
encontramos as manifestaes visveis (artsticas para alguns, ofensivas para outros) que se
encontram nas paredes das cidades, das instituies, das casas, dentro da escola e, no caso
especfico deste projeto de pesquisa, nas paredes internas da universidade, as quais
provocaram nossa curiosidade haja vista quo impactantes elas podem ser para todos que
frequentam o centro, impactos positivos ou negativos. A produo da pesquisa se deu por
entrevistas semiestruturada, com um total de 04 participantes, com faixa etria entre 23 e 50
anos, selecionados por grupos que se encontravam dentro da pesquisa. Todos assinaram os
termos de consentimento livre e esclarecido e gentilmente concederam as entrevistas, que
foram realizadas todas no centro. As entrevistas foram todas gravadas, sempre com a
autorizao do (a) entrevistados e posterirormente foram feitas as transcries, e as gravaes
foram destrudas. O problema central dessa discusso diz respeito ao modo como esses
indivduos assimilam as informaes, pinturas, desenhos nas paredes e o grau de tolerncia e
aceitao do diferente que essas pessoas possuem. O mago da questo de toda a
problemtica das manifestaes nas paredes da universidade, da liberdade de expresso, da
desigualdade social, da aceitao ou no dessas manifestaes volta-se mais uma vez para as
questes imbricadas na nossa sociedade desde os primrdios excludente e reprodutor dessa
excluso. O que essas pessoas que picharam ou grafitaram em todas as paredes do centro
queriam demonstrar seus sentimentos.
Resumo: O Programa Topa Todos Pela Alfabetizao foi criado em 2003, pelo Governo
Federal, faz parte do Programa Brasil Alfabetizado que, em 2007, foi implementado pela
Secretaria do Estado da Bahia via Universidade do Estado da Bahia - UNEB. O objetivo era de
diminuir o ndice de analfabetismo na Bahia e incentivar a continuidade dos estudos e que por
algum motivo deixaram de estudar ou nunca frequentaram a sala de aula.O TOPA j beneficiou
varias pessoas em todo o Estado. Isso tudo se no fosse parceria com prefeituras municipais
e entidades dos movimentos sociais e sindicais, universidades pblicas e privadas. Quando se
construiu o TOPA, alguns elementos foram decisivos: o diálogo, a
participação, a mobilização social, a intersetoriali- dade, o
investimento em gestão, informatização e formação, a
parceria com as universidades e a convicção de que não
alcançaría os objetivos sem a ação conjunta do governo com a
sociedade civil. Parece simples mais para desempenhar tal papel o alfabetizador enfrenta
desafios que vo muito alm de cumprir. Fazer com que os alfabetizandos permaneam
estudando um dos desafios, pois muitos se matriculam, mais por algum motivo acabam
desistindo, seja por falta de incentivo dos prprios familiares, mais se faz necessrio ir de
encontro a esses alfabetizandos procurar ouvi cada um e assim construir com eles as aes a
parti das situaes significativas de seu contexto. A sala de aula um lugar onde o
alfabetizador vai ensinar tudo o que ele sabe e tambm aprender junto com os alfabetizandos
suas experincias de vida, a sala de aula deve ser um lugar de partilha e trocar informaes
adquiridas ao longo da vida. Desta forma, as atividades educacionais no podem depender s
da boa vontade ou da boa inteno do alfabetizador e nem to pouco podem ser reduzidas a
meros mtodos e tcnicas soltas, devem ser precedidas de pressupostos tericos bsicos bem
delineados que ira possibilitar a consistncia de sua pratica.Certamente no uma tarefa fcil
assumir a condio de alfabetizador pela sua falta de preparao ou at mesmo pela falta de
matrias necessrios para que se possa dar aula. Os alfabetizadores chegam at financiar do
seu prprio bolso os materiais necessrios, tendo que usar algumas vezes a criatividade para
desenvolver um trabalho voltado para Educao de Jovens e Adultos. Os livros que chegam na
maioria das vezes no so adequados e adaptados para os alfabetizando.Portanto o TOPA
chegou a muitos lugares e transformou muitas vidas. H muitos desafios ainda pela frente e a
continuidade dessa luta pressupe pesquisa, sistematizao, registro, reflexo sobre o que foi
realizado para que se possa propor a ao futura. Preservar a memria no significa ficar
preso ao passado, mas ampliar as possibilidades de reinventar o futuro.
Resumo: O presente estudo traz uma breve anlise acerca das condies de trabalho em que
esto submetidos os (as) assistentes sociais alocados nos equipamentos da poltica de
Assistncia Social no municpio de Cruz das Almas/BA. Em sua sequncia explanado uma
breve caracterizao do municpio sob a tica da poltica social em questo. Em seguida
evidencia trs eixos principais no tocante pesquisa (realizada no segundo perodo de 2013).
A qual se dividiu em perfil profissional, anlise do processo de trabalho e anlise das condies
de trabalho. Para tanto com o anseio de galgar os meandros que envolvem as condies de
trabalho destes profissionais. A metodologia empregada, teve como suporte, o mtodo critico
dialtico. Tendo em vista que o mesmo permite uma interao com o objeto pesquisado na
tentativa de atingir sua essncia, mediante aproximaes sucessivas. Nesse limiar a discusso
aqui evidenciada vai ao sentido de adensar o debate acerca das condies de trabalhos destes
profissionais, principalmente no municpio, e especialmente no Recncavo da Bahia. Dada
ingerncia da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB) nesta regio, enquanto
lcus privilegiado de discusso, cabe chamar ateno no toca as prticas de carter
extensionista, as quais possam cogitar possveis estratgias e proposies que discutam a
prtica profissional e fomentem a formao continuada. E ainda chamar ateno para a
relao e/ou interferncia das condies precarizadas de trabalho na viabilizao dos direitos
socioassistenciais. Cuja intencionalidade, consiste prioritariamente, em perseguir a relao de
unidade entre teoria e prtica e os princpios fundamentais elencados pelo Cdigo de tica
do/a assistente social no que tange a ao interventiva dos mesmos. Destarte o enfrentamento
das atuais e sutis formas de explorao da fora de trabalho, como a precarizao das
condies de trabalho, a terceirizao dentre outras formas, especialmente no que toca os
trabalhadores assistentes sociais. Faz-se necessrio e urgente. Nesse limiar, cabe mencionar
a relevncia que projeto tico-Poltico reverbera o enfrentamento das formas de espoliao do
capital para com o mundo do trabalho. Da a importncia de enveredar por esse estudo, em
apreender, ir alm das aparncias, na direo de desmitificar o natural dado e fortalecer uma
perspectiva de luta da classe trabalhadora, e consequentemente, da organizao poltica dos
assistentes sociais.
Resumo: O presente artigo apresenta um estudo de caso sobre os resultados obtidos com a
implementao do Programa de Assistncia e Apoio ao Estudante (PAAE), vinculado a Poltica
de Assistncia Estudantil do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia da Bahia-
IFBA, campus Vitria da Conquista, entre os anos de 2014 2016. Este programa destinado
aos estudantes que esto em situao de vulnerabilidade social e visa permanncia dos
mesmos na instituio. Os impactos da vulnerabilidade social interferem diretamente no
acesso, na permanncia e na concluso de curso dos (as) estudantes brasileiros, sendo a
Assistncia Estudantil uma poltica pblica fundamental na transposio de dificuldades
enfrentadas no processo de ensino-aprendizagem. Buscou-se verificar neste estudo se o PAAE
tem atingido seus objetivos e desenvolvido aes permanentes que gerem resultados a curto e
a longo prazo. Para tanto, o estudo identifica e traz reflexes sobre os principais impactos da
vulnerabilidade social na trajetria acadmica dos (as) estudantes contemplados (as) no
programa, analisa os resultados quantitativos da efetivao do programa no trinio 2014-16 e
avalia se o PAAE tem possibilitado a permanncia de estudantes na instituio, oportunizando
uma qualificada formao profissional que contribui para uma futura insero no mercado de
trabalho. Diante disso, para construo e caracterizao do estudo de caso, foram utilizadas a
pesquisa bibliogrfica, a coleta de dados dos resultados provenientes da execuo do PAAE
nos anos de 2014 a 2016, a pesquisa documental - fontes documentais do Servio Social do
IFBA, campus Vitria da Conquista, bem como a realizao de entrevistas com estudantes
contemplados(as) pelo programa nesse perodo e que atualmente esto inseridos (as) ou no
no mercado de trabalho. Os resultados demonstraram que quanto mais precria a condio de
vida dos (as) estudantes, mais fragilizadas so as possibilidades de acesso, permanncia e
concluso de curso, ficando estes(as) mais propensos (as) a evaso ou reteno, refletindo na
insero no mercado de trabalho. Concluiu-se que a efetivao do PAAE influencia diretamente
na trajetria de vida dos (as) estudantes e de suas famlias, viabilizando a permanncia
qualitativa no instituto e construindo possibilidades para novos projetos de vida e oportunidades
de mudana social.
Resumo: O grande potencial de inovao, quando desenvolvido dentro das universidades, traz
uma gama de possibilidades para o desenvolvimento e aprimoramento do conhecimento que
se torna vital para as grandes transformaes no campo social, econmico e cultural das
naes. Neste trabalho realizado durante o ano de 2014 na forma de uma monografia de
concluso de curso, apresenta-se uma viso geral sobre propriedade intelectual, mas destaca-
se a importncia das patentes como mecanismo de proteo do conhecimento, estabelecer o
estado da arte da propriedade intelectual e principalmente descrever o processo de redao da
patente desenvolvida na UFRB, estabelecendo um documento que oriente futuros
pesquisadores que se interessem em elaborar uma patente ou que queiram conhecer sobre o
tema abordado. Foi realiada uma reviso literria, embasada em artigos cientficos, teses,
dissertaes e materiais dos rgos responsveis por gerir a propriedade intelectual. Buscou-
se compreender e assimilar informaes que contriburam para a elaborao do pedido de
patente, atravs da realizao de um curso de redao de patentes. Para submeter o pedido
ao INPI, foi dado inicio ao processo de elaborao do documento de patente. As fases de
elaborao consta como ponto principal neste trabalho, visto que se aconselha antes de
publicar quaisquer dados tcnicos sobre a patente, proteg-la anteriormente, sendo essas
fases: busca por anterioridade, relatrio descritivo, sumario, desenho tcnico da inveno,
descrio detalhada, reivindicaes e o resumo final. O trabalho realizado permitiu demonstrar
a importncia das patentes como mecanismo de proteo das criaes da mente e explorar o
processo de redao de uma patente. O final deste processo culminou com redao do pedido
de patente foi depositada no INPI em 09/02/2015 sob o titulo de DISPOSITIVO REMOVEDOR
DE EXCESSOS DE POLIESTIRENO EXPANDIDO PARA ACABAMENTOS DE TETOS
MONTADOS A PARTIR DE VIGOTAS PR-MOLDADAS. O caso especfico apresentado aqui
estimula o ambiente acadmico, demonstrando a importncia de se proteger os resultados das
pesquisas desenvolvidas como maneira de criar um crculo virtuoso de inovao na UFRB.
Nesse sentindo, importante fomentar a cultura da propriedade intelectual e da inovao alm
de incentivar a proteo do conhecimento por meio das patentes, para impulsionar o
desenvolvimento da UFRB e a sociedade em torno dela. Esta redao do pedido de patente
possibilitou na prtica um conhecimento tcnico sobre o tema, e proporcionou uma base para
que futuras pesquisas que resultem em inovaes sejam protegidas.
Resumo: Este estudo debrua-se sobre as dimenses do contexto na formao dos indivduos
para o Turismo de Base Comunitria- TBC no Antigo Quilombo Cabula, projeto desenvolvido
desde 2010 pela Universidade do Estado da Bahia- UNEB em parceira com a Fundao de
Amparo Pesquisa do Estado da Bahia- FAPESB e das comunidades do entorno da
universidade que constituem rea onde antes existiu o Quilombo Cabula. Neste estudo aborda-
se as possibilidades e obstculos que o contexto e as percepes do contexto inferem ao
processo de mobilizao para o Turismo de Base Comunitria- TBC. As oficinas de formao
para TBC vm acontecendo desde 2010 sempre baseadas na educao popular atravs das
rodas de conversa sempre orientadas pela perspectiva scio construtivista situada no
materialismo histrico dialtico, no caso especfico este trabalho se desenvolve a partir das
experincias nas oficinas de roteirizao turstica para o TBC. Estas oficinas ocorreram
primeiro com pblico misto principalmente com lderes comunitrios e moradores politicamente
engajados no ano de 2012 e depois em segundo momento com as escolas parceiras estaduais
de ensino fundamental: Colgio Estadual Edvaldo Fernandes, Colgio Estadual Helena
Magalhes, Colgio Estadual Governador Roberto Santos, Colgio Estadual Ministro Aliomar
Baleeiro no ano de 2015. Apesar da diferena entre os perfis dos indivduos e do tempo
decorrido de um momento at o outro, a persistncia da viso miditica sobre as comunidades
nos discursos iniciais destes indivduos apontava para um processo de alienao e
depreciao de suas vidas e de suas prticas, resultando numa baixa autoestima e no no
reconhecimento inicial de uma intensa produo cultural. Constata-se que as inferncias do
contexto e principalmente da percepo deste contexto vo delimitar a forma e em certo ponto
na elaborao dos contedos necessrios para uma formao que atenda ao mesmo tempo a
necessidade de contemplar o saber especfico da rea do turismo e o saber popular, contido
em suas prticas e nos significados que constituem tambm o contexto, articulando saberes
acadmicos e comunitrios na construo de novos conhecimentos e prticas que articulem e
mobilizem a comunidade para uma prtica social consciente e ancorada na solidariedade e na
cooperao para tanto a validao da comunidade em todo o processo imprescindvel e
permeia todas a s fases transversalmente.
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo compreender questes especficas sobre o
ensino e a aprendizagem de Geografia nos anos iniciais do ensino fundamental de uma escola
da rede pblica na cidade de Amargosa-Ba. Atravs de uma investigao com professor e
alunos de uma turma da escola Rosalina Souza Bittencourt, localizada no centro da mesma
cidade, buscou-se compreender para posterior anlise as concepes geogrficas aprendidas
e ensinadas nessa turma do 3 ano, onde as crianas tinham de 8 a 15 anos. Este um recorte
de uma pesquisa coletiva realizada pelos discentes do curso de licenciatura em Pedagogia da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia. O desejo de investigao da temtica surge
devido os estudos e reflexes realizadas durante as aulas do componente Ensino e
aprendizagem de Geografia que, ao tencionar a relevncia da Geografia na formao do
sujeito, faz pensar sobre de que forma se d o ensino e a aprendizagem dessa disciplina nos
anos iniciais do ensino fundamental. Para embasar teoricamente as discusses empreendidas
nesse artigo utilizamos das escritas de Callai (2005), Straforini (2004), Moraes (1994)
apoiando-nos desta forma, em duas principais vertentes de concepes geogrficas para
anlise dos dados, que foram a Geografia Tradicional e a Geografia Crtica. Quanto a
metodologia a pesquisa se caracteriza como qualitativa, e como instrumentos para coleta dos
dados utilizamos questionrio para o professor afim de identificar qual a sua concepo de
geografia, e anlise de desenhos para os alunos, considerando que o desenho seria eficaz por
ser parte do cotidiano do aluno e meio de expresso de suas ideias e opinies. Por
conseguinte o que discutimos e sustentamos nesse estudo uma nova perspectiva para o
ensino de Geografia pautada nos princpios da Geografia Crtica e que seja capaz de promover
a alfabetizao geogrfica colaborando para emancipao do sujeito. Com base nesse
prembulo, reafirmamos a necessidade do ensino de Geografia nos anos iniciais do ensino
fundamental, uma vez que nessa fase que se estabelece a relao do sujeito com o mundo.
O ensino de Geografia deve portanto, estar pautado na leitura de mundo, e fazer leitura de
mundo, fazer leitura do espao.
Resumo: As dcadas de 60 e 70 foram uma das pocas mais frutferas para se estudar de que
forma os discursos moldavam e eram moldados pelas prticas sociais. Ao analis-las, h a
possibilidade de fazer um resgate, ainda que sucinto, do captulo recente da histria do pas
a ditadura militar e tentar entender de que forma os discursos se encaixavam dentro de um
contexto de fortes represses polticas e sociais. Nesse sentido, um componente ganhou
destaque: a MPB. Atravs do uso da palavra, que era tecida com cautela e sempre tomando
cuidado para no esbarrar na censura, os compositores a utilizavam como veculo que, ao
mesmo tempo informava, alertava aqueles que conseguiam compreender a mensagem das
letras das canes, e entretia uma parte da populao. Objetivou-se neste trabalho, atravs de
uma anlise cuidadosa da poca, observar as condies de produo, o contexto scio-poltico
em que se encontrava o Brasil nas dcadas de 60 e 70, bem como a importncia da MPB
como espao privilegiado de afirmao ideolgica. Partindo-se das hipteses de que as
msicas da poca refletiam a opresso pelo cidado em todas as esferas sociais , assim como
o fato das letras das canes criticarem o abuso de poder e violncia por parte dos militares,
aos quais interessava formar brasileiros alienados, que se acreditava haver fortes censuras
nas produes culturais e por isso limavam qualquer tentativa de reflexo sobre a realidade.
Para desenvolver o trabalho proposto aqui, foram colhidos materiais disponveis em livros,
artigos, letras de msicas, anais, revistas, entre outras fontes que tenham tratado do tema em
questo. Num primeiro momento foi feito um levantamento bibliogrfico sobre os materiais
disponveis na internet. Depois foram feitas as sistematizaes da leitura e anlise dos livros,
anlise de letras de algumas canes da poca, que foram selecionados para a pesquisa. Por
fim, foi realizada a anlise qualitativa dos dados que foram contextualizados, cruzados,
relacionados e apresentados no embasamento terico. Este trabalho foi decorrente da
pesquisa desenvolvida no curso de especializao em lingustica e que resultou num artigo
para ser apresentado na disciplina anlise do discurso. Como resultado, tem-se a
conscientizao de que a MPB surgiu e se consagrou num momento de grandes
transformaes scio-poltico, econmico e cultural. As canes expressavam, ainda que no
to explicitamente, as imagens de justia social, liberdade, modernidade e as ideologias
socialmente emancipatrias como um todo. Sendo assim, perceber-se que, no que diz respeito
MPB, verificou-se um elevado ndice de produtividade, bem como o surgimento de
compositores que, atravs de sua coragem, construram suas canes carregando-as com os
anseios de liberdade e justia, to aclamados naquele momento.Palavras-chave: Msica,
ideologia, sociedade.
Resumo: O perodo ditatorial no Brasil permaneceu por 21 anos, mas sua existncia ainda
consta na mentalidade nacional demonstrando, assim, que obter o controle essencial seja
fsico ou mental e um dos meios pela abordagem educacional. Os militares eram contrrios
poltica educacional vigente (oficializada nas leis federais de 42 e 46) e aps a tomada do
Estado, a proposta educacional militar acarretou o fim da disciplina Filosofia nas escolas.
Porm, no porque os militares odiassem a filosofia, mas pela incompatibilidade da filosofia
com a nova poltica educacional (consolidada em 1968) resumida no ttulo do Frum de 68: A
Educao que Nos Convm. Este frum foi criado com o propsito de demostrar a viso
ideolgica assumida pelo regime militar (de modo a estender o controle fsico economia
mental das pessoas). Esta poltica educacional tinha como intento vincular a educao pblica
aos interesses e necessidades do mercado sob vis da teoria do capital humano, dos
princpios de racionalidade, eficincia e produtividade, os quais se pautavam numa concepo
produtivista de educao que, filosoficamente, bebe na concepo positivista e afeta de modo
majoritariamente discreto os currculos, os mtodos de ensino e as abordagens sobre
aprendizagem na educao geral e nos cursos de Cincias, promovendo alienao e
mercantilizao dos alunos e dos contedos. Dito isso, o propsito deste texto demonstrar os
efeitos negativos decorridos da poltica educacional militar que, dado a sede pelo controle
amplo sobre as pessoas, ainda inferem na educao bsica acerca do ensino de cincias e da
formao docente universitria nos cursos de cincias atravs da elaborao de currculos,
compreenso da disciplina cincias pelos alunos e professores e de como esta disciplina
possui como objetivo final do egresso, sobretudo um profissional qualificado no sentido de um
bom tcnico. Isto , confunde-se educao cientfica com treinamento profissional e, portanto,
formam-se nestes cursos discentes poucos crticos e conscientes sobre a natureza da cincia,
a funo social de um cientista e sua relao com um mercado de trabalho cada vez mais
sedento por profissionais obedientes e passivos. Como maneira de averiguao e
procedimento dessa situao e efetivao dos objetivos, recorremos a uma pesquisa
qualitativa (na medida em que predominar uma hermenutica comunitariamente respaldada
das fontes utilizadas) e terico-explicativa alimentada por textos, livros, artigos e outros
materiais publicados em meios e por autores reconhecidos nacional e internacionalmente.
Aps as anlises, o resultado imediato da pesquisa nos mostra como, embora o regime militar
tenha influenciado no modelo educacional a partir de 1964 e resistido s crticas as quais foi
exposto nos anos de 1980, conseguiu fazer germinar sua viso produtivista da educao nos
dias atuais. Como exemplo, possvel apontar sua presena na construo da LDB/96 e no
menos no Plano Nacional de Educao aprovado em 2001, contribuintes de uma viso
empresarial na gesto educacional e produtivista enquanto objetivo final para todo esforo
escolar. Em suma, se conclui que o regime militar afetou o sistema educacional e a economia
mental de toda a sociedade brasileira at os nossos dias.
Resumo: Neste trabalho ser defendido que a insero da histria das cincias no ensino de
cincias pode viabilizar uma compreenso adequada do que a cincia e um entendimento do
desenvolvimento cientfico, alm de favorecer uma aprendizagem mais significativa dos
contedos de cincias. Assim sendo, as pesquisas em histria das cincias so ferramentas
eficazes para um ensino de cincias mais atraente, as quais ajudam na formao crtica dos
estudantes e na aprendizagem dos contedos cientficos. Nesse sentido, contrrio ao que
poderia ser alegado quanto histria das cincias no ensino de cincias, a saber, que a
histria das cincias seria uma abordagem causadora de dificuldades (j que afirmaria que
os contedos da cincia do passado so difceis para os alunos de hoje), desmotiva (pois traz
elementos que j no so relevantes para o conhecimento atual) e confunde (pois os alunos
podem confundir ambos os conhecimentos e conceitos), defenderemos o oposto. Como
objetivo do texto, pretende-se, fundamentalmente esclarecer que atravs de uma anlise
concreta e menos partidria possvel da histria das cincias, como apoio do caso de
Semmelweis e a febre puerperal, evidenciaremos as dimenses histrico-sociais do processo
de produo do conhecimento cientfico, as disputas dos problemas internos da luta de teorias
propostas e, mais precisamente, defenderemos os ganhos que tal abordagem traz para o
prprio contedo, para os estudantes e para a compreenso da rea, ou seja, a desconstruo
da ideia de que a introduo de histria das cincias confunde, desmotiva e dificulta a
aprendizagem de contedos e conceitos cientficos. Como maneira de averiguao e
procedimento dessa situao e efetivao dos objetivos, recorremos a uma pesquisa
qualitativa (na medida em que predominar uma hermenutica comunitariamente respaldada
das fontes utilizadas) e terico-explicativa alimentada por textos, livros, artigos e outros
materiais publicados em meios e por autores reconhecidos nacional e internacionalmente.
Como resultado, temos que a anlise do relato dos filsofos explorados no caso da febre
puerperal reforar a ideia de que a histria das cincias apresenta elementos que configuram
um entendimento do que e de como funciona a cincia, existindo, portanto uma teia de
relaes entre a histria e a natureza da cincia. Nesse sentido, a histria das cincias, para
ser contributiva com o proposto nos objetivos, precisa ser inserida no ensino de cincias de
maneira apropriada, isto , expondo uma imagem de cincia no-deformada e por
problematizao. Como concluso, se pode defender que a pesquisa neste campo nos leva ao
entendimento de que a histria das cincias oferece bons meios para uma aprendizagem no-
reducionista e no simplista da cincia, enfatizando as dimenses histrico-sociais do processo
de produo do conhecimento cientfico e tambm os problemas internos de luta entre teorias
propostas, sendo por isso eficaz para tornar o ensino mais interessante e estimulante,
conectando a cincia com as questes sociais, econmicas, polticas e pessoais prximas as
que os estudantes vivenciam, permitindo maior interesse sobre os processos para uma
aprendizagem dos contedos da cincia.
Resumo: Esta comunicao se refere a uma investigao que se voltou para a relao entre
ensino e pesquisa e o tipo de docncia a ser formada a partir da observao a anlise da
matriz curricular do curso de Licenciatura em Letras do Centro de Formao de Professores da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia. A orientao de pesquisa como princpio
educativo, regulou o olhar do pesquisador diante da aproximao ou distanciamento dessa
construo curricular e buscou os indcios da adoo ou no dos princpios de flexibilidade,
contextualizao e interdisciplinaridade, recomendados para a construo curricular de uma
licenciatura contempornea que promove uma ressignificao da docncia. Sendo documental,
priorizou observar o projeto poltico pedaggico da referida licenciatura e a sua matriz
curricular. Observou o lugar e a intensidade dos eixos em torno do ensino e da pesquisa na
referida matriz curricular, a partir das possibilidades ou dificuldades de conexes entre os
vrios componentes curriculares entre si e a coerncia com o projeto poltico-pedaggico do
curso. Alm disso, buscou analisar a possibilidade de dilogo dessa matriz curricular com o
contexto no qual est inserido o CFP por meio das ementas de ensino. As principais
concluses que a matriz curricular se baseia na generalizao, tem uma forte barreira
disciplinar e uma permanncia da ideia de momentos distintos, fragmentados e hierarquizados
do ensino e da pesquisa. Por ser uma matriz de licenciatura, a sua construo objetiva uma
concepo de docncia e neste caso, a predominncia da formao bacharelesca em
contraposio formao de licenciatura, condiciona a formao de uma docncia distanciada
da formulao de professor pesquisador, com fortes indcios de dicotomizao do ensino e da
pesquisa, com dificuldades de ampliao da atuao do docente e da criao de uma nova
docncia que se oriente pelo contexto, que seja flexvel por meio da interdisciplinaridade entre
os componentes curriculares, favorecendo assim, a permanncia de uma formao que prioriza
a docncia consumidora do conhecimento. Essa constatao traz a crtica a partir da reflexo
da importncia e da repercusso da interveno do ensino universitrio no recncavo. Com um
pouco mais de dez anos de existncia, a universidade precisa se nutrir de concepes de
construo curricular de licenciaturas que buscam uma docncia contextualizada no
recncavo, pois possui peculiaridades que no se comparam com contextos urbanos. A
formao docente deve estar pautada na ideia de uma formao que dialogue com as
demandas locais, para que esta no permanea diluda e subalterna ao contexto geral. A
concluso provisria que a investigao sugeriu a necessidade de uma reformulao
curricular que amplie os critrios para a construo de sua matriz curricular. Essa ampliao
no pode esperar apenas pelo currculo praticado por meio da iniciativa individual de cada
professor. necessrio que conste como recomendao em seu projeto poltico pedaggico e
expresse em suas ementas de componentes curriculares. Deste modo, as matrizes curriculares
podem estar em sintonia com a misso da UFRB que diz respeito sua misso singular de
atuao no Recncavo da Bahia.
Resumo: A escola como um ambiente que reproduz caractersticas sociais diversas, necessita
estar adequada para preparar seus alunos para os conhecimentos que a sociedade ir exigir.
Assim, devemos refletir sobre todos os componentes que se inserem no cotidiano escolar e na
vida social dos estudantes, especificamente quando as tecnologias e as mdias inseridas neste
ambiente possibilitem tanto para o professor quanto ao aluno o contato com um mundo de
informaes e desenvolvimento educacional no processo de aprendizagem. As novas mdias e
tecnologias esto relacionadas com todas essas transformaes pela qual passa o abrangente
sistema educacional, assim, se o professor possui acesso tecnologia, h possibilidades de
incentivo aos alunos, com explorao de suas capacidades para o aprendizado, alm da
cooperao e da criatividade diante de novas situaes que podem e devem ser ampliadas.
Desta forma, as TICs podem e devem ser utilizadas por professores e alunos como recursos e
instrumentos que facilitam a aprendizagem e o conhecimento. Podem abrir novas
possibilidades entre os docentes e estudantes, sendo este, o principal objetivo na realizao de
um trabalho didtico/pedaggico (minicurso), desenvolvido com alunos do 3 ano do Ensino
Mdio visando aplicao informacional diretamente ligados aos aspectos tericos e
metodolgicos da Fsica, na Escola Estadual Joaquim Ribeiro no municpio de Rio Claro,
Estado de So Paulo. O planejamento da sequncia didtica, abordando conceitos de
Eletrosttica, contemplou 5 horas-aula envolvendo a utilizao de experimentos virtuais do site
Fisicanimada.net.br, como complemento s aulas ministradas pelo professor regente da turma,
realando principalmente sua aprendizagem conceitual, mas tambm como modo de analisar
as vantagens da utilizao de plataformas educacionais da internet com caractersticas
construtivistas para subsidiar os professores na mediao do aprendizado com os alunos,
possibilitando-lhes a construo de conhecimento autnomo a partir de softwares livres
disponveis na WEB. A metodologia utilizada na investigao do trabalho foi a anlise de
contedo de BARDIN (1977), o que possibilita uma leitura aprofundada dos dados que vai alm
de uma leitura aparente presente no material a ser analisado. Os resultados revelaram a pouca
utilizao de tecnologias digitais nas aulas, mesmo com os recursos tecnolgicos disponveis,
pois, o professor ainda traz consigo uma dificuldade que o conduza a modificar seu ponto de
vista ao se utilizar novas tecnologias em sala de aula, que poderia ser minimizado com o uso
das mdias digitais nas prticas pedaggicas.
Resumo: O mosquito Aedes aegypti um culicdeo originrio do Egito e, desde o sculo XVI,
tem se espalhando pelas regies tropicais e subtropicais do mundo. O mosquito migrou para o
continente americano nas embarcaes que transportavam escravos. O Aedes aegypti vetor
de vrios arbovrus (vrus que se desenvolvem em mosquitos) globalmente importantes,
incluindo o vrus da dengue (DENV), o vrus da febre amarela (YFV), o vrus chikungunya
(CHIKV) e o vrus zika (ZIKV). A sade pblica brasileira vem enfrentando uma grave crise
decorrente das epidemias de dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo Aedes aegypti.
Considerando o papel da escola na difuso do conhecimento e na promoo das aes de
educao ambiental e em sade, o presente estudo, de natureza descritiva, objetivou relatar
atividades contextualizadas que embasaram a campanha de mobilizao contra o Aedes
aegypti, no municpio de Cruz das Almas-BA. Estas atividades envolveram os bolsistas PIBID
Biologia da UFRB, toda a comunidade escolar do Colgio Estadual Dr Lauro Passos (CELP) e
a comunidade do bairro da COPLAN, promovendo a reaproximao entre teoria e prtica como
caminho para construo da prxis e a contextualizao do tema no cotidiano das
comunidades envolvidas. Foram realizadas, no perodo de Janeiro a Julho de 2016, atividades
de extenso que envolveram oficinas de educao ambiental e promoo sade (produo
de repelente natural e construo de mosquitos com materiais reciclveis); mutiro de limpeza
da UFRB, com eliminao de possveis focos do mosquito; passeata de conscientizao da
populao do entorno da escola, no bairro COPLAN; e I Concurso de Fotografias do CELP,
tendo como objeto temtico O Aedes aegypti e sua relao com os humanos, buscando
mostrar, atravs da linguagem fotogrfica dos estudantes, a co-evoluo inseto-homem. Todas
as aes desenvolvidas foram norteadas pelo mtodo de pesquisa colaborativa, e apoiadas na
linha de abordagem terico-metodolgica do princpio freireano de ao-reflexo-ao, a partir
da problematizao da realidade. Todas as atividades foram muito exitosas e este trabalho
revela que iniciativas de articulao escola-comunidade-universidade so factveis, cada vez
mais valoradas e necessrias, alm de permitem conexes entre os saberes construdos na
universidade e aqueles cotidianamente produzidos, a viso interdisciplinar curricular, a
integrao entre os sujeitos e a reflexo sobre a prxis.
Resumo: Este artigo intituladoAprendizagem para adultos: experincias online e offline como
letramento na EJA apresenta resultados de uma pesquisa de abordagem qualitativa. Aborda
dois exemplos de prticas docentes oriundas da Modalidade de Ensino Semipresencial
efetuadas no Colgio Estadual Kleber Pacheco de Oliveira, da cidade de Lauro de Freitas-Ba.
O artigo objetiva divulgar os resultados da pesquisa sobre a percepo de discentes adultos ao
interagirem e aprenderem a partir de prticas docentes de letramentos em leitura e escrita em
momentos offline e online mediadas por computador conectado internet dos discentes da
Educao de Jovens e Adultos (EJA) do referido Colgio. A metodologia utilizada foi o estudo
de caso que, ao longo dos, anos vem tomando projeo como um potencial de pesquisa em
educao relacionada escola. Para a coleta de informaes, utilizamos como instrumento as
duas atividades descritas acima. Priorizamos, assim, a anlise das subjetividades encontradas
nos textos escritos pelos sujeitos desta pesquisa. A nfase maior foi dispensada para retratar a
perspectiva dos participantes atravs das inferncias pertinentes ao escopo deste trabalho pela
anlise do contedo. Na produo de informaes, utilizamos estratgias didtico-pedaggicas
em duas etapas. Primeiramente, realizamos a interpretao infogrfica com o gnero textual
charge com a participao de vinte e cinco discentes. Para tanto, fizemos uma sequncia
didtica em duas aulas, cada uma com cem minutos sobre leitura e interpretao de charges,
histrias em quadrinhos e tirinhas. Na aula seguinte, dividimos a turma em trios e mediamos
atividade com orientaes solicitadas pelos discentes. A segunda atividade foi outra sequncia
didtica em dois momentos, o primeiro um encontro offline com a discusso do texto Bal, de
Marcelino Freire. No segundo momento, efetivamos a atividade online no chat desenvolvida em
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), do Moodle. Doze discentes participaram desse
encontro, mas apresentamos, apenas, participaes que apresentaram dilogos entre os
participantes da atividade. Para as duas atividades, procuramos responder a seguinte questo:
como discentes adultos interagem e respondem a atividades de leitura e escrita? Como
resultado, percebemos que as atividades offline e online foram eficazes por seduzirem os
discentes produo de texto com autorreflexo e criticidade, o que corrobora os saberes
advindos da experincia de vida dos discentes propostos por Freire possibilidade do
sociointeracionisno elucidado por Vygotsky (1989). Assim, propusemos um dilogo com Freire
(2000; 2006) por entender que esse autor est bem prximo da teoria sociointeracionista de
Vygotsky (1989) por sempre acreditar na aprendizagem a partir da interao. Alm de Vygotsky
(1989), Freire (2000; 2006), tomamos, tambm, como referncia Barton e Lee (2015), Rego
(1995), La Taille (1992), Strret (2014), Coscarelli (2016), Silva; Pesce; Zuin (2010), Silva
(2014), entre outros.Salientamos que novos desafios devem ser lanados para os discentes da
EJA, porque eles so to capazes como os outros. Estar na EJA uma condio temporal e
social. Muitas das vezes, por falta de polticas pblicas que respaldem um ensino que
corrobore a no evaso escolar e tambm por problemas de infraestrutura educacional, por
exemplo, tais questes so negligenciadas.
Resumo: A Doena Falciforme (DF) uma das doenas genticas de maior prevalncia no
mundo. No Brasil, particularmente na Bahia, esta frequncia elevada, sendo o Estado com
maior nmero de casos no pas. Alguns trabalhos realizados na regio do Recncavo Baiano
tm demonstrado a incidncia de 1/134 nascidos vivos com Doena Falciforme. Clinicamente,
a doena apresenta expressividade varivel, com sintomatologia clnica heterognea, sendo as
crises dolorosas as manifestaes mais frequentes. Na escola, a adaptao dos discentes que
vivem com DF merece ateno especial, pois apresentam maiores chances de ausncia das
salas de aulas em virtude das manifestaes clnicas frequentes, interferindo na rotina escolar
que resultam em distores significativas na relao idade/srie esperada, e aumenta a evaso
em torno de 50%. A proposta deste trabalho foi compreender o grau de conhecimento e a
percepo do docente sobre a DF para a formao do educando que vive com a Doena
Falciforme em escolas municipais de Cruz das Almas-BA. Para isso, realizou-se a aplicao de
questionrio estruturado de cunho exploratrio para anlise quantitativa dos resultados,
agrupados em banco de dados no software Excel e avaliado as frequncias em programa
estatstico R. Alm disso, foram realizadas palestras educativas com discusses em grupo
sobre as principais caractersticas da doena, histria natural, aspectos genticos,
psicossociais e comportamentais, fisiopatologia, epidemiologia, sintomas clnicos, autocuidado,
diagnstico e o papel da escola. A maioria dos professores entrevistados afirmou possuir
conhecimentos sobre a Doena Falciforme e que seriam capazes de contribuir com a
popularizao do tema. No que se refere s condutas que devem ser realizadas em momento
de crise 75% (15) responderam corretamente que deveria observar o comportamento da
criana, entrar em contato com os responsveis, estimular a ingesto de lquidos, e se
necessrio encaminhar para uma UBS. Entretanto, observou-se de maneira geral que os
professores possuem concepes equivocadas sobre a doena sob outros aspectos.
Considerando a forma de transmisso, 55% (11) dos professores responderam que o indivduo
portador do trao falciforme pode evoluir para a Doena Falciforme; sobre as condutas que
devem ser realizadas em momentos de crises, 95% (19) dos docentes afirmaram no saber
sobre o papel do professor e da escola; e 45% (09) dos professores afirmaram no
desenvolver atividades com o tema. Assim, estes resultados preliminares demonstraram que
h necessidade de um programa de capacitao permanente sobre a Doena Falciforme nas
escolas envolvidas no trabalho considerando o conhecimento incipiente sobre o tema para o
atendimento das necessidades educacionais especiais dos discentes que vivem com Doena
Falciforme nas escolas que participaram do estudo.
Resumo: A Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB) por meio dos Programas
Institucionais de Iniciao Cientfica e Tecnolgica (IC & T) introduz os discentes de graduao
e do ensino mdio na pesquisa, habilitando-os no somente ao domnio do conhecimento,
como tambm, profissionais aptos a encontrar solues desconhecidas diante de um problema,
por meio da investigao cientfica. Nesse sentido, o acompanhamento do perfil evolutivo
destes programas ponto chave para que se aprimorem os programas e se estimule cada vez
mais a participao dos discentes, permitindo a contribuio destes para o desenvolvimento da
cincia no Brasil. Nesse sentido a UFRB entende a importncia do levantamento do perfil
cientfico e tecnolgico do Programa Institucional de IC & T. O objetivo desse trabalho foi
caracterizar a concesso de bolsas do Programa de Iniciao Cientfica e Tecnolgica da
UFRB no perodo de 2011 a 2015, bem como a participao de estudantes egressos dos
Programas de IC&T da UFRB, neste mesmo perodo, em Programas de Ps-Graduao nesta
mesma Instituio. O trabalho foi realizado com base nas informaes obtidas por meio dos
Relatrios de Gesto da Pr-Reitoria de Pesquisa, Ps-Graduao, Criao e Inovao
(PPGCI) da UFRB e por meio do acesso s informaes na Plataforma Sucupira, a base de
referncia do Sistema Nacional de Ps-Graduao (SNPG). Dentro da Universidade existem os
programas: Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica (PIBIC), Programa
Institucional de Bolsas de Iniciao em Desenvolvimento Tecnolgico e Inovao (PIBITI),
Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica Aes Afirmativas (PIBIC AF). O
nmero total de bolsas tem crescido consideravelmente, evoluindo de 78 bolsas em 2006 para
310, em 2016, refletindo a crescente demanda na instituio. Atualmente com 290 bolsas o
PIBIC o programa com o maior nmero de Bolsistas, decorrncia do maior nmero de bolsas
disponveis pelas agncias de fomento. No que diz respeito aos estudantes egressos dos
Programas de IC & T da UFRB que foram matriculados em algum dos programas da Ps-
Graduao da UFRB tem-se que a participao deste tambm vem ocorrendo de forma
gradativa, sendo que em 2011 essa participao variou de 18,18% aumentando para 22,45%
em 2015. Conforme demonstra os resultados do trabalho, a prtica da iniciao cientfica e
tecnolgica vem sendo incrementada na UFRB e vem ganhando maior espao no decorrer dos
anos com a insero crescente dos egressos dos Programas de IC & T para os Programas de
Ps-Graduao da UFRB. Apesar do aumento gradativo de bolsas ofertadas ao longo dos
anos, necessrio o aumento do nmero deste benefcio, haja vista o aumento do nmero de
discentes da UFRB.
Resumo: O presente trabalho uma pesquisa de campo realizada em Ubara-Ba, com alguns
moradores deste municpio que buscou compreender como a educao tem sido levada s
pessoas, j que ela dever do estado e direito da populao. Faz se necessrio, portanto,
entendermos o motivo de muitos brasileiros no serem sequer alfabetizado. O principal objetivo
do projeto discutir a respeito da veracidade do direito a educao no Brasil, para alm das
leis, isso atravs de leitura de textos e aplicao de questionrio. O questionrio foi entregue a
dez pessoas de ambos os sexos, com as seguintes perguntas: Quais idades tinham? Ate que
serie estudaram? Em que ano pararam de estudar? Porque pararam de estudar? E, se
voltariam a estudar? Atravs das respostas obteve se os seguintes resultados: As idades
variavam entre 25 e 55 anos, sendo que ningum concluiu o ensino fundamental. 20%
relataram ter parado de estudar por dificuldades de acesso a escola, 10% por falta de
interesse, 10% mudou de cidade, 30% precisava trabalhar, 20% engravidou e 10% parou por
falta de condies financeiras. Destes apenas 20% tm interesse de voltar a estudar. Diante
disso, pode se concluir que h uma enorme divida educacional, pois, no foram oferecidas as
condies adequadas para que as pessoas desfrutassem da educao que aparentemente
estava sendo ofertada. Para algumas pessoas, a acessibilidade era precria j que as escolas
onde eles tinham acesso eram nas roas e s tinha disponibilidade de ensino at a 4 serie, as
series seguintes s eram oferecidas na cidade do municpio que fica cerca de 20 km da
localidade, isto fez com que muitos alunos repetissem est serie vrias vezes para no sair da
escola, a falta de transporte na poca tambm dificultou muito o acesso, sendo que a maioria
dos entrevistados era de classe mdia baixa e uma grande parte precisava trabalhar para se
manter ou ajudar aos pais, isso devido ao sistema capitalista do nosso pas, que propicia a
diviso de classes, fazendo com que nem todos tenham igualdade de direitos. Entendemos,
portanto, que o estado deve cumprir, de fato com o seu dever de ofertar uma educao de
qualidade, possibilitando a todos o acesso, e a permanncia nas escolas.
Resumo: A pesquisa tem foco analisar quo e quais obras cientficas foram produzidas sobre
a Ecopedagogia, no intuito de refletir teoricamente sobre os motivos que geram a carncia de
prticas ecopedaggicas no Ensino Fundamental. Para tanto, foi necessrio, especificamente:
mapear as produes existentes na base CAPES sobre a Ecopedagogia, bem como identificar
e caracterizar as prticas pedaggicas que enfatizam a Ecopedagogia. Como fonte de
pesquisa, a mesma fundamentou-se nas obras de Albanus (2008), Carvalho (2001), Ferrero e
Holand (2004), Freire (1996), Gadotti (2000, 2009), Guttirrez e Prado (2008), Leff (2002),
Sandes (2013), dentre outros tericos, cujas contribuies subsidiaram a construo do
conhecimento acerca da referida temtica e suas especificidades. De predominncia
qualitativa, a referente pesquisa bibliogrfica classifica-se como bsica, em relao sua
natureza; sendo objetivamente descritiva e valendo-se de diferentes tcnicas e procedimentos
da coleta de dados, bem como de anlise sistemtica, em forma de levantamento, alm de
utilizar, analiticamente, o mtodo indutivo. A pesquisa proporcionou a compreenso de que a
carncia de prticas ecopedaggicas no Ensino Fundamental causada pela falta de
aproximao dos docentes com a temtica, embora a Ecopedagogia esteja amparada atravs
da base legal e, mesmo no sendo produzidas em um ndice to expressivo no contexto
nordestino, as prticas ecopedaggicas esto disponveis, no mbito nacional, atravs de
produes acadmicas encontradas em bases de pesquisas confiveis e atravs de outras
fontes. Desse modo, o conhecimento est disponvel para todos; necessrio que as pessoas
o busquem; que os cursos de formao de professores fomentem o debate e possibilitem o
desenvolvimento criativo e crtico de tais prticas. vlido ressaltar tambm que a sua
insero no contexto educacional, est intrnseco Educao Ambiental, a qual amparada
legalmente pela Lei 9795/99, tendo ainda como subsdios vrios tericos que fornecem
contribuies significativas. No entanto, a carncia de prticas ecopedaggicas nos leva a
elaborar o seguinte questionamento: Se a Lei determina que tais prticas sejam inseridas e
desenvolvidas no mbito educacional em todas as modalidades, por que estas no so
desenvolvidas de maneira plausvel? Com base nesse questionamento, possvel afirmar que,
embora as prticas ecopedaggicas ofeream contribuies capazes de (res) significar as
aes humanas no que concerne relao do homem com os ecossistemas, no contexto
nordestino a mesma ainda engatilha de maneira muito lenta, sendo considerada - de certa
forma - uma proposta utpica. Deste modo, apropriado ressaltar a necessidade da promoo
de uma formao docente pautada nos princpios da Educao Ambiental e,
concomitantemente, nas propostas ecopedaggicas, pois o educador deve ser dinmico e
precisa facilitar o processo de aprendizagem dos educandos, encorajando diferentes formas de
dilogo, explorando alternativas e vises. De maneira geral, os professores - de forma
transversal - precisam desenvolver, sobretudo, a flexibilidade e a adaptao necessria s
condies intelectuais e emocionais de seus alunos, considerando o contexto no qual esto
inseridos, respeitando o seu ritmo individual e estimulando no grupo a cooperao, a tica, o
cuidado e a solidariedade, princpios esses que compreendem a Ecopedagogia.
Resumo: O referente trabalho tem como objetivo compreender de que forma o RAP (ritmo e
poesia) contribui como prtica educativa para formao de sujeitos conscientizados. Tendo em
vista que o rap possui uma repercusso social negativa, por estar inserida nas margens da
sociedade. Surge ento como uma proposta de manifesto poltico e artstico que tende a
cantar, rimar, gritar os problemas de uma determinada comunidade, sociedade ou do mundo.
As (os) rappers trazem uma proposta de conscientizao do sujeito com seu espao, com seu
corpo, com seus direitos, buscando realmente a emancipao. Mostra ento que no s
conhecer os problemas e ficar calado, preciso dialogar sobre. As relaes devem ser
conflituosas, no sentido de questionar e lutar pelas melhorias almejadas. A arte quando trazida
de forma consciente, sabendo quem so os sujeitos e a comunidade que est sendo falada,
transforma, e faz com que estes tenham uma relao de interesse. Surge assim, a
necessidade de saber utilizar o rap e as inquietaes que ele deve trazer quando aplicado para
certo grupo ou comunidade. Cada letra/poesia tem seu objetivo e podem ser utilizadas em
vrios contextos. As poesias de Donato, Emicida, Mc Carol dentre outros, devem/podem ser
utilizadas para fazer com que os sujeitos reflitam sobre a sociedade, seja olhar seu corpo sem
a viso padronizada imposta, ou tambm a visar o governo e a forma como existem as
relaes de poder entre os opressores e os oprimidos. O rap ainda precisa travar muitas
batalhas, tanto para sua visibilizao como tambm para a conscientizao. No existe muita
perca ao ser considerado arte marginal, pois ele veio com uma proposta o da conscientizao,
emancipao dos sujeitos, e este, vai contra o padro social e as desigualdades impostas.
Utilizar o rap pode ser mais fcil e estimulante que imaginamos, por ser considerada uma arte
marginal, est mal vista e pouco visibilizada na educao formal, apesar de que algumas
escolas apesar de ainda serem poucas convidam e fazem programas que englobam a (o)
rapper em suas atividades. O trabalho com o rap pode/deve ser uma proposta na educao
no formal, um meio de alcanar os sujeitos que muitas vezes no foram representados em
outros espaos. Quando levada em questo a emancipao, deve-se primeiro analisar para
quem essa emancipao, pois cada um necessita de uma forma diferente de libertao, seja
de um padro determinante sobre seu comportamento, sobre seu corpo ou social.
Resumo: O presente artigo tem por objetivo apresentar o potencial e relevncia dos espaos
no formais como alternativas possveis para o ensino de Cincias nos anos iniciais do ensino
fundamental, tendo como referncia dois espaos visitados pelos discentes do curso de
Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal do Recncavo da Bahia, do Centro de
Formao de Professores - UFRB/CFP. Sendo o Projeto Tamar, considerado referncia
internacional da preservao de tartarugas marinhas, ao desenvolver campanhas de
sensibilizao e conscientizao ambiental, prope a subsistncia no predatria para os
pescadores e suas famlias realizando aes de insero social atravs de parcerias com
cooperativas, valorizando a cultura e o artesanato local, proporcionando por intermdio de
oficinas e cursos profissionalizantes a possibilidade de renda familiar. E o Projeto Floresta
Sustentvel que tem como meta reparar reas degradadas de Mata Atlntica, conservar o meio
ambiente da floresta Sapiranga, promover a educao ambiental, propor atividades de gerao
de renda entre outros. Ambos projetos visitados so desenvolvidos no Municpio de Mata de
So Joo-BA. Os projetos apresentam um potencial extraordinrio para a aprendizagem em
espaos no escolares/formais. A partir das observaes, ficou evidente o quanto tm a
contribuir com o ensino de Cincias nos anos iniciais rompendo paradigmas e os muros da
escola, e, sobretudo, colaborando para a cidadania, emancipao e formao humana. Com
isso, partindo do pressuposto que essencial essa modalidade de ensino, uma vez que,
contrapem aos condicionantes de um currculo normativo e beneficamente h uma nfase nas
discusses que contemple os educandos, seja na metodologia ou nos modos de ser e viver
dos sujeitos. Alm de assinalar o quanto mister e emergente formar educadores nessa
perspectiva, e evidenciar a relao entre teoria, e a percepo no cotidiano dos sujeitos. No
entanto, para que essa relao ocorra o professor exerce um fundamental papel, mediar
construo do conhecimento cientfico e fazer com que os sujeitos percebam na prtica
cotidiana como algo imanente as suas vidas. Para tanto, foram utilizados como aporte terico
desta discusso os respectivos autores (a) Bizzo (2009), Ghno (2009), Jacobucci (2008),
Queiros et al (2011), entre outros. Considerados fundamentais para a problematizao e
reflexo do tema.
Resumo: A pesquisa prope analisar a questo da linguagem em Plato, mesmo sabendo que
este pensador no formulou ou desenvolveu uma teoria da linguagem no verdadeiro sentido
do termo, o que no significa dizer que no se pode encontrar em seus escritos algo que possa
nos ajudar na compreenso e no uso da linguagem em suas diversas formas. preciso
ressaltar, no entanto, que a pesquisa em questo no envolver a totalidade da obra de Plato,
mas apenas debruar sobre o seu dilogo intitulado Crtilo. O que orienta essa pesquisa
nesse dilogo, no outra coisa seno a busca da compreenso do problema da chamada
correo dos nomes. Um problema que, visivelmente, surge no dilogo entre Scrates e seus
interlocutores, Hermgenes e Crtilo, como uma questo que abrange apenas o mbito
lingustico, mas que uma leitura minuciosa e atenta do texto, mostra que ela deve ser tomada,
tambm, em termos do ser e do conhecimento dos nomes. Nesse sentido, Plato cria uma
teoria prpria sobre as questes dos nomes que deve ser compreendida de forma adequada,
para que seja possvel a compreenso da totalidade do dilogo. Uma teoria que envolve no
apenas a definio e a defesa da correo dos nomes, mas tambm a apresentao dos seus
pontos positivos e negativos, a partir da discusso sistemtica do seu ser e da sua etimologia.
Portanto, preciso notar que apesar de Plato nunca desenvolveu ou elaborou uma teoria da
linguagem no sentido em que o termos habitualmente usado, preciso ressaltar que seus
estudos sobre a linguagem ou sobre os nomes, no deixam de ser relevantes tanto quanto
uma teoria especfica sobre esse assunto. Se prestarmos ateno, podemos perceber,
inclusive, que o que Plato discute parece ir muito mais alm do uma simples teoria sobre a
linguagem, ele busca compreender o ser e o significado prprio dos nomes, ou seja, ele quer
saber a origem e o sentido dos nomes que todos ns empregamos, por isso seus estudos
devem ser considerados de extrema importncia para a pesquisa cientifica, pois no parece
que possvel pesquisar qualquer coisa, sem pelo menos nomea-la adequadamente, e nisso
Plato tem uma contribuio relevante a proporcionar.
Resumo: Projeto de pesquisa definido como sendo investigao realizada para obteno de
resultados cientficos, que consiste na formulao de um plano de trabalho, cujas atividades de
pesquisa so elaboradas e desenvolvidas a partir da exposio de ideias, delimitao do tema,
formulao do problema, objetivos, metodologia adotada na pesquisa, entre outros parmetros.
Todo esforo realizado na pesquisa tem como escopo a produo e a promoo constante de
novas tcnicas e inovaes cientficas e tecnolgicas nas mais diversas reas do
conhecimento. Considerando a importncia do projeto de pesquisa para a produo do
conhecimento, objetivou-se analisar a evoluo dos projetos de pesquisa na Universidade
Federal do Recncavo da Bahia (UFRB). Foi realizado um levantamento por meio do Sistema
online de cadastro dos projetos de pesquisa da Pr-Reitoria de Pesquisa, Ps-Graduao,
Criao e Inovao (PPGCI), com vistas a obter as informaes detalhadas referentes
evoluo do nmero de projetos cadastrados nos sete Centros de Ensino da UFRB, durante o
perodo de 01/2010 a 09/2016. Conforme informaes extradas do Sistema de Projetos, at a
data de 10/09/2016, a UFRB tem registrado um total de 1.217 projetos de pesquisa, sendo 290
em andamento, 714 concludos e 213 aguardando aprovao, representando um incremento
de 17% (n = 207), em comparao ao nmero total de projetos cadastrados at o ano de 2015,
o que denota que houve uma evoluo do nmero de projetos de pesquisa realizados na
UFRB. No entanto, se compararmos a mdia anual das atividades de pesquisa cadastradas em
2016 houve uma reduo em torno de 29,05% em relao ao ano de 2015. Ainda de acordo
com os dados do sistema de projetos, o CCAAB (Centro de Cincias Agrrias, Ambientais e
Biolgicas) o centro que contempla o maior nmero de projetos (n = 520), seguido do CETEC
(Centro de Cincias Exatas e Tecnolgicas) (n = 207) e CCS (Centro de Cincia da Sade) (n
= 207). Foi Realizada uma anlise quanto rea de conhecimento do CNPq (Conselho
Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico) relacionadas s pesquisas
desempenhadas na Instituio, destacando-se a rea de Cincias Agrrias (32%), seguida das
Cincias Sociais Aplicadas (16%). Em suma, a UFRB vem aumentando o nmero de projetos
pesquisa ao longo dos anos contemplando diversas reas do saber cientfico, visando
fortalecer o processo formativoacadmico e profissional, bem como impulsionar o incremento
da produo cientfica e a inovao tecnolgica, promovendo melhorias em diversos setores da
sociedade.
Resumo: Tendo em vista as graves alteraes ocorridas no planeta e que tendem a se agravar
em um futuro prximo, as sociedades se deparam com a necessidade urgente de repensar
suas prticas. Considerando o fato de que a escola espao modificador das posturas sociais,
sobretudo quando os conceitos e valores associados a boas prticas ambientais so
introduzidos no contedo pedaggico desde a educao bsica, pode-se afirmar que a
Educao Ambiental, quando inserida como princpio nas prticas escolares, significar a
abordagem de saberes mais integradoras do ambiente. A presente pesquisa de trabalho de
concluso de curso, de natureza qualitativa, visa compreender a viso de professoras e futuras
professoras das sries iniciais do Ensino Fundamental sobre a possibilidade de se tomar os
banheiros escolares como referncia para atividades educativas em Educao Ambiental no
contexto da proposta de se caminhar no sentido de construo de escolas sustentveis. Para
isso, foi elaborada uma sequncia didtica que tem como objetivo colaborar no processo da
Educao Ambiental das crianas das sries iniciais do Ensino Fundamental, podendo
subsidiar a prtica pedaggica. A partir dessa pesquisa foi possvel identificar concepes que
tendem a uma perspectiva de Educao Ambiental preservacionista, embora tenham
prevalecido concepes que se aproximam de uma perspectiva de Educao Ambiental crtica.
Tambm foi possvel evidenciar que as professoras e futuras professoras reconhecem a
importncia da Educao Ambiental na construo de cidados responsveis e validaram a
sequncia didtica, a partir da sua experincia, dando sugestes para aperfeio-la, para que
se torne mais efetivo o processo educativo no sentido de construo de um ambiente mais
equilibrado.Portanto, tendo como referncia a pesquisa que norteou a conduo deste
trabalho, conclui-se que os educadores e educadoras so o alicerce fundamental do processo
de ensino, portanto, no se pode deixar de destacar a necessria busca de formas para
melhorar a formao dos educadores de modo a superar a crise socioambiental presente e
futura. Cada vez torna-se mais urgente a atuao e mediao de docentes para superar o
desafio de mobilizar a comunidade escolar para que juntos possam pensar em estratgias que
permitam tornar a escola um espao educador sustentvel. Promover nas escolas,
principalmente nas sries iniciais, quando os alunos esto construindo os seus conceitos e
atitudes, projetos com nfase nas questes ambientais, de forma contnua, contribui para a
formao de crianas que desenvolvero, no seu cotidiano, prticas responsveis com o meu
ambiente, tornando-se atuantes e comprometidos na construo de uma realidade
socioambiental comprometida com a vida.
Resumo: Pretende-se com este artigo suscitar reflexes sobre a efetivao da Lei 11.645, de
10 maro de 2008, que alterou a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 j modificada pela Lei
10.639, de 9 de janeiro de 2003, para incluir e tornar obrigatrio no currculo oficial da rede de
ensino nacional no nvel fundamental e mdio e nos setores pblico e privado o estudo da
histria e cultura afro-brasileira e indgena. O principal objetivo dessa pesquisa investigar se
a Lei 11.645 efetivamente cumprida em cinco diferentes colgios do municpio de Sapeau-
Ba. Foram consultados oito professores ligados a cinco instituies municipais, que
responderam a um questionrio semiestruturado constitudo por cinco perguntas. Conforme
deliberado a Lei 9.394 ganhou uma nova redao e passou a estabelecer a obrigatoriedade no
ensino da Histria Cultura Afro-Brasileira e Indgena em todo o currculo escolar, mas em
especial nas reas de artes, literatura e histria do Brasil, contudo ser que realmente ela est
sendo devidamente cumprida? . O resultado da investigao demostraram que embora todos
os professores consultados afirmaram saber da existncia da lei, apenas 3 declararam
conhecer inteiramente o que a lei determina. Quando questionados se o tema esta sendo
abordado em todo o currculo escolar ou minimamente nas disciplinas de histria, arte e lngua
portuguesa, todos os professores consultados admitiram que apenas os professores da
disciplina de Histria ministram sobre o assunto em sala de aula. Sobre a pergunta caso o
contedo no esteja sendo abordado em todo o currculo escolar ou nas disciplinas indicadas
pela lei, dois professores afirmaram que para eles o tema apresenta maior relao com o
contedo da disciplina de Histria, trs disseram que o professores de histria possui maior
preparo para ministrar sobre o assunto e trs afirmaram no ter conhecimento adequado para
tratar do tema. Quando questionados sobre quais as maiores dificuldades para abordar o tema
em sala de aula, seis professores disseram que alm de no estarem preparados para
ministrar o contedo no existem materiais que possa auxilia-los. O restante declarou que
Governo no operacionalizou uma formao complementar aos profissionais docentes para
realizar tal atuao com isso, para o professor de algumas disciplinas impossvel abordar o
tema durante a suas aulas. Diante dos fatos mencionados, percebe-se que embora exista a
obrigatoriedade da lei, diversos fatores contribuem para que a sua efetivao no ocorra sendo
necessrio a criao de outras medidas, a exemplo da formao continuada que possibilitem
ao professor adquirir as habilidades necessrias para esta ministrando sobre o tema.
Resumo: Embora muitos autores afirmem que a mdia pode ser uma influncia negativa sobre
a sexualidade precoce, outros acreditam que ela deve servir como auxlio para professores,
pais e alunos. Pois, ela pode melhorar a educao se usada de forma responsvel e crtica.
possvel perceber como os meios de comunicaes, a exemplo da TV, internet e rdio tm sido
acessveis nas ultimas dcadas. O papel da mdia na divulgao de informaes sobre
sexualidade vem se tornando um tema de relevncia, o que remete s reflexes sobre qual
seria o papel do professor diante desse cenrio. O presente trabalho tem como objetivo
abordar a influncia da mdia na sexualidade dos estudantes do ensino fundamental a partir de
uma vivncia com alunos do 8 ano de uma escola da Rede Pblica Estadual do municpio de
Cruz das Almas, Bahia. Aps observaes das aulas de cincias, ministradas foi realizada uma
interveno, a qual foi dividida em trs momentos: No primeiro momento exibiu-se um vdeo
que trazia fragmentos de msicas infantis e pagodes, propagandas de bebidas, de
preservativos e trechos de novelas. No segundo momento foi levantada uma discusso entre
os alunos sobre as influncias dessas mdias que foram demonstradas anteriormente. E no
terceiro momento foi aplicada uma dinmica, denominada Dinmica do Semforo para que
assim os alunos pudessem fazer uma anlise dos pontos positivos e negativos da influncia da
mdia na sexualidade precoce. Em seguida a turma foi organizada em grupos identificados
pelas cores vermelha, laranja e verde para exporem em uma cartolina com cada ponto descrito
anteriormente em que o grupo vermelho representou o alerta, sendo os pontos negativos, o
grupo laranja representando os pontos a serem corrigidos e o verde representou os pontos
positivos, ou seja, os que devem continuar sendo relatados na mdia. Aps a realizao da
atividade cada grupo fez uma breve apresentao do que foi compreendido aps a
visualizao do vdeo e a discusso entre os colegas. Com as apresentaes foi possvel
evidenciar a ao direta da mdia na vida dos adolescentes, verificando-se a precariedade do
conhecimento dos alunos sobre as consequncias que a mdia traz ao expor a sexualidade de
uma forma no informal e sim intencional. Visto que os fragmentos da mdia que foram
relatados em sua maioria no tem a finalidade de apresentar seu produto e manter os
adolescentes informados dos cuidados a serem tomados, mas sim com inteno de influenciar
os jovens a prtica do sexo precoce, foi perceptvel que os estudantes tm conhecimento
apenas superficial de todos os fatores que influenciam a prtica do sexo precoce bem como
suas consequncias, mas os mesmos no tem uma postura crtica perante o que lhe
oferecido pela sociedade por meio da mdia. Aps as analise dos resultados foi possvel
concluir que a atividade colaborou de forma significativa com o tema abordado.
Resumo: Este trabalho surge a partir do Seminrio sobre Acesso e Permanncia no Ensino
Superior, organizado por estudantes dos cursos de Licenciatura em Pedagogia e Matemtica,
do componente curricular Sociologia da Educao, da Universidade Federal do Recncavo da
Bahia/ UFRB, do Centro de Formao de Professores/CFP, localizado na cidade de Amargosa
- BA. Assim, tendo em vista as problematizaes suscitadas a partir destes estudantes, bem
como do seminrio, que tive a honra de palestrar sobre a temtica supracitada, percebe-se a
necessidade de construir um dilogo acerca da permanncia material e simblica de
estudantes em sua maioria negras (os) no ensino superior. O objetivo do trabalho visa
expor algumas inquietaes sobre as condies de permanncia desses estudantes. do
lugar de mulher, negra, cotista, interiorana e da classe popular, que proponho esta discusso,
sobre as condies de permanncia material e simblica que negras (os) [sobre]vivem
cotidianamente. As principais referncias que deram base terica ao Seminrio foram
COULON (2008) em seu livro A Condio de estudante: a entrada na vida universitria e
SANTOS (2009) com a tese Para alm das cotas: a permanncia de estudantes negros no
ensino superior como poltica de ao afirmativa. Assim, o processo de entrada na
universidade, que para a maioria de ns, negras (os), a primeira da famlia a adentrar o
espao acadmico, apesar de almejado tambm provoca medos, inseguranas. A entrada na
universidade marcada inicialmente por trs etapas: estranhamento, adaptao e afiliao.
Nessa perspectiva, uma nova identidade deve ser construda, tendo em vista que as relaes
de saber-poder se do em todos os espaos. Mas, necessrio levar em consideraes que
as trajetrias de vida dos mesmos so diferentes, por exemplo, as experincias campo
cidade, capital metropolitana interior, que influenciaram nos processos de estranhamente,
adaptao e afiliao, assegurando, ou no, sua permanncia material e simblica. A
permanncia material est relacionada as condies de sobrevivncia da (o) estudante, so as
bolsas de estudo que se transformam em salrios, esse dinheiro que deveria ser investido em
livros e participao em eventos, acabam sendo o nico meio para pagar aluguel, alimentao,
transporte, xerox e, em alguns casos, sustentam as famlias dessas (es) jovens. De outro lado,
temos a permanncia simblica que diz respeito as questes pedaggicas de permanecer na
graduao, o processo de insero na pesquisa, produo escrita, participao em grupos e
organizaes institucionais, tambm diz respeito a auto estima, referenciais docentes e
discentes e extenso universitria, as relaes afetivas so de extrema importncia para que a
(o) ingresso tenha condies de se graduar. Destarte, muitos so os desafios que ns,
estudantes, oriundo das classes populares e negras (os), encontramos no ensino superior,
para este pblico incerto a permanncia material e simblica, apesar de existir projetos com
bolsas de estudos e auxlios financeiros que custeiam, ou melhor, garantem a sobrevivncia de
muitas (os) estudantes, tem-se muito o que avanar na luta por um Permanncia Qualificada,
assim, abriremos portas para assegurar ps permanncia.
Resumo: O presente trabalho de pesquisa foi realizado com discentes do ensino mdio regular
de uma escola de educao pblica atendida pelo PIBID-Qumica (Programa Institucional de
Bolsa de Iniciao Docncia), vinculado a UFRB (Universidade Federal do Recncavo da
Bahia). O objetivo da pesquisa foi identificar as dificuldades encontradas pelos alunos na
disciplina de Qumica. Partiu-se da hiptese que a atuao do PIBID poder desenvolver
atividades que contribuam para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem desta
disciplina, estimulando os educandos a participarem de atividades pedaggicas tendo como
objetivo o incentivo do ingresso dos mesmos ao ensino superior. A investigao consistiu na
aplicao de questionrio com perguntas de mltipla escolha que objetivavam conhecer melhor
as necessidades e anseios destes estudantes atendidos pelo programa. A pesquisa foi
realizada em trs turmas do ensino mdio do turno matutino, partindo da premissa que os
alunos so recm concluintes do ensino fundamental, no instante em que no cursaram ainda
a disciplina qumica. O pblico alvo desta pesquisa era composto por setenta e sete alunos,
sendo trinta e trs do sexo masculino e quarenta e quatro do sexo feminino. Os dados foram
analisados atravs da seleo e anlise das respostas dadas s perguntas relativas ao objetivo
desta pesquisa. A maioria dos sujeitos da pesquisa afirmou no possuir afinidade na disciplina
de qumica e ter dificuldade em assimilar os contedos ou formulas provenientes do
componente. Nas respostas os participantes da pesquisa tambm sugeriram que existe a
necessidade de contextualizao dos assuntos em sala de aula e incluso de atividades mais
dinmicas tais como jogos educativos e aulas prticas durante o ensino da disciplina. O atual
ensino de qumica nas escolas de rede pblica, infelizmente, na maioria das vezes deixa a
desejar, por mais evidente que seja, ainda encontra-se escolas sem acesso a laboratrios de
cincias, de informtica, e professores que somente utilizam o livro e o quadro, como
ferramentas de ensino e para transmisso de contedos onde o aluno permanece de forma
passiva. Esta realidade pode impedir o aluno de ter uma viso e uma formao mais slida na
disciplina. Isso foi observado, de acordo com os resultados obtidos e comparao com outras
pesquisas na rea de ensino de qumica.
Resumo: A Matemtica uma das disciplinas que compe o currculo dos estudantes desde o
ensino fundamental I at o ensino mdio. O mundo formado por sentenas numricas, e
aprender essa cincia ainda uma tarefa rdua para os alunos. O projeto A arte de calcular
foi desenvolvido em uma escola particular do municpio de Conceio do Almeida- BA com o
intuito de tornar os contedos de matemtica mais ldicos, assim como mais palpveis para
alunos com e sem deficincia visual. O pblico alvo foram estudantes do 6 e 7 ano do ensino
fundamental. Inicialmente, as aulas sobre o tema Polgono foram ministradas de maneira
expositiva dialgica. Foram explicados os componentes que formam um polgono, como
calcular a rea externa e interna e mostrado as formas de polgonos encontradas na
construo fsica da sala de aula. O aluno com deficincia visual foi convidado a sentir os
vrtices de alguns polgonos para a melhor compreenso do contedo. Em seguida aulas
prticas foram realizadas em torno da rea da escola. Os estudantes foram estimulados a
identificar os polgonos presentes no ambiente, comentando, nomeando-os e classificando-os.
Aps essa aula foi ministrada a oficina de artes como forma de introduzir o ldico e a
multidisciplinaridade. Na oficina houve pintura em tela de figuras existentes em forma de
polgonos, a exemplo um co com a cabea em formato de uma quadriltero, alm de um
cordel com informaes sobre todo o contedo do tema e ilustraes referentes. Houve
tambm a criao de polgonos semi-tridimencional com o uso de massinha de modelar para
facilitar a percepo das figuras construdas. Aps essas duas etapas desenvolvidas foi
aplicada uma prova escrita afim de avaliar os resultados dos conhecimentos adquiridos. Pde-
se perceber o envolvimento total da turma na confeco dos materiais e na descoberta das
figuras presentes em abundncia no nosso meio. Esse envolvimento foi consideravelmente
maior ao envolvimento na aula expositiva dialgica, inclusive do aluno com deficincia visual,
mostrando mais uma vez que o ldico deve ser trabalhado a fim de contextualizar matrias de
difcil compreenso, independente de alunos com deficincias ou no. importante ensinar a
matemtica contextualizando-a para que o aluno possa perceber o porqu de se est
estudando algo que de incio parece to desnecessrio e difcil, mas que na verdade algo
que est inerente a nossa vida.Com relao aos alunos com deficincia visual importante
realizar atividades palpveis. Os resultados comprovados na prova escrita foram comparados
com os resultados de avaliaes anteriores e percebemos um aumento considervel nas notas,
inclusive dos alunos que tinham apresentado um baixo rendimento at ento. Para o aluno com
necessidade especial, usamos uma prova oral em formato de conversa, pois a escola no faz
uso do braile e o mesmo obteve um excelente resultado. O ato de trabalhar a matemtica com
atividades ldicas fez os alunos perceberem que possvel aprender se divertindo e fazendo
algo prazeroso, de forma que eles possam entender e chegar a bons resultados nas avaliaes
onde esses contedos sero cobrados.
Resumo: O Cincia sem Fronteiras foi implantado em 2011 com o objetivo de propiciar a
formao e capacitao de pessoas em instituies de ensino ou centros de pesquisa
estrangeiros de excelncia, alm de buscar atrair para o Brasil jovens talentos e pesquisadores
estrangeiros de elevada qualificao, em reas de conhecimento definidas como prioritrias.
Engenharias, Biologia, Cincias da Sade e Cincias Exatas apresentam-se como reas
principais, eleitas no contexto da economia do conhecimento e dentro da lgica de mundo
ps-globalizado, onde se preconiza que uma nao s tem condies de competir
economicamente em um patamar de igualdade com os pases desenvolvidos se investir em
pesquisas no campo da Cincia, Tecnologia e Inovao. Financiado pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), Coordenao de Aperfeioamento de
Pessoal de Nvel Superior (CAPES) e empresas parceiras, o Cincia sem Fronteiras situa-se
entre aes estratgicas de governo que visam no s expandir, mas fortalecer a indstria
brasileira. Mas, sem dvida, a principal contribuio do programa a oferta de bolsas para
estudantes e pesquisadores realizarem estudos no exterior. De carter indito, o Cincia sem
Fronteiras totaliza 92.880 bolsas implementadas em quatro anos, sendo 79% destas bolsas
destinadas a graduandos. Hoje o futuro do programa incerto e j informao oficial de que
est encerrada a abertura de editais para a modalidade Graduao-Sanduche. Para alm do
debate em torno da magnitude, da conjuntura de implementao e entraves durante a
operacionalizao deste programa, torna-se imprescindvel conhecer o perfil dos bolsistas,
suas impresses e opinies sobre o seu funcionamento e analisar os impactos da experincia
da mobilidade acadmica para a formao de graduao. Para isso, preciso ter em
considerao as desigualdades educacionais e a grande diversidade tnico-cultural inseridas
no contexto das polticas educativas que atingem as instituies de ensino superior. Nesta
perspectiva, esta investigao tem como objetivo compreender o fenmeno da mobilidade
acadmica internacional a partir da experincia do referido programa, identificando
contribuies, limites e desafios decorrentes de sua implementao na Universidade Federal
do Recncavo da Bahia (UFRB). O modelo de anlise qualitativo e o mtodo adotado o
Estudo de Caso. A coleta de dados inclui anlise documental, aplicao de questionrios e
realizao de entrevistas. Neste estudo a amostra coincide com a populao pesquisada que
de 107 estudantes participantes entre 2012 e 2016. A discusso final dos resultados utiliza
anlise estatstica e anlise de contedo. Os resultados demonstram que o programa
importante para a formao acadmica e profissional dos bolsistas, revela a carncia do ensino
de idiomas no pas e as limitaes impostas pelas diferentes concepes curriculares,
dificultando o aproveitamento dos estudos. H um equilbrio na ocupao de vagas no que se
refere a questes de gnero e, mesmo sendo a mobilidade internacional uma realidade de
estudantes de meios sociais favorecidos, possvel identificar estudantes com trajetrias
sociais e escolares antes consideradas improvveis experincia de estudos no exterior.
Resumo: Este trabalho tem por objetivo apresentar o lugar do Programa Nacional de
Integrao da Educao Profissional com a Educao Bsica na Modalidade de Educao de
Jovens e Adultos (PROEJA) a partir da percepo docente, atravs da anlise dos documentos
oficiais (leis, portarias, decretos, dados divulgados, projetos pedaggico e institucional) e
entrevistas realizadas com os professores atuantes do(no) PROEJA- IFBA/ Campus Santo
Amaro. As anlises perpassaram a relao entre a Educao de Jovens e Adultos (EJA) e os
Institutos Federais (IF) a fim de contribuir com os estudos sobre EJA no pas. O referencial
terico desta pesquisa se apoiou tanto nas discusses de Paulo Freire, que define a educao
como prtica libertadora, quanto nas de Gramsci, e na Teoria das Representaes Sociais,
sistematizada por Serge Moscovisci(1961). Com relao metodologia desta pesquisa,
prope-se a anlise documental e a realizao de entrevistas que sero analisadas a partir do
referencial das representaes sociais. Objetiva-se levantar o mximo de dados com os
seguintes passos: Levantamento bibliogrfico e documental, coleta de dados em setores do
IFBA como a CORES, PROEN e a coordenao de curso do PROEJA, e a realizao de
entrevistas com os docentes que fazem parte do Instituto Federal de Educao, Cincia e
Tecnologia da Bahia, visando fazer um diagnstico da percepo dos docentes que integram a
Educao Profissional e a Educao de Jovens e Adultos. Assim, do total de 18 entrevistados,
6 professores pertencem rea propedutica e 12 rea tcnica. Todos responderam
entrevista semiestruturada que, apesar de iniciada com roteiro prvio, foi modificada com o
decorrer da pesquisa, gravada e transcrita pelas pesquisadoras. As questes trazidas pelos
docentes foram agrupadas por assunto e apresentadas a partir de trs eixos da percepo
docente: sobre o PROEJA, sobre sua prtica pedaggica e sobre os discentes. Os anseios e
desafios enfrentados pelos professores do PROEJA apontam a necessidade de refletir sobre
as prticas pedaggicas que devem ser desenvolvidas para atender com qualidade essa
demanda.. Os professores relatam que um dos grandes desafios oferecer uma aprendizagem
crtica e significativa j que dentre os 18 professores que atuam na modalidade nenhum deles
tiveram formao especifica para a EJA e sentem-se inseguros na aplicao metodolgica
adequada. Relatam que a forma de acesso por meio de uma redao afasta o real perfil do
pblico ao qual se destina a poltica. Afirmam que 80% dos alunos j possuem o ensino mdio
completo e inserem-se no curso visando melhor qualificao. Os docentes participantes da
pesquisa avaliam o PROEJA como uma politica em potencial, porm que necessita de ajustes
no que tange a sua efetivao administrativa, pedaggica e metodolgica que se d pela falta
de contedo e formao docente. Nesse sentido, o presente trabalho pode contribuir para a
reflexo, transformao e adequao das prticas pedaggicas no PROEJA, porm, com a
certeza do inacabamento e que esta discusso no se encerra nesta pesquisa em razo de
sua relevncia e amplitude
Resumo: muito comum o docente atribuir como causa do insucesso escolar dos seus alunos
a situao econmica, a famlia e prpria criana. Entretanto, nota-se que o educador no
costuma questionar a sua prtica pedaggica e nem a escola questiona o seu papel em
atender as especificidades do aluno. possvel observar que o professor est convicto que
suas aulas expositivas j so suficientes, e no procura meios de se qualificar, se atualizar
para trazer para sala de aula, novas praticas pedaggicas que despertem interesse do aluno.
Essa pesquisa teve como objetivo analisar a metodologia e a prtica de ensino utilizada pelos
professores que ministram a disciplina de Cincias, observando se o professor est conciliando
a teoria com a prtica em sala de aula. Os resultados foram obtidos atravs de um estudo de
caso com alunos do 9 ano, numa escola em So Jos do Itapor, municpio de Muritiba-BA,
utilizando como instrumento de pesquisa um questionrio com seis questes fechadas. Numa
turma composta por 43 alunos, com faixa etria de 12 a 14 anos, sendo que cerca de 70% da
turma composta por meninas. O resultado do instrumento de pesquisa com base nas prticas
educacionais demonstrou que apesar dos alunos gostarem da disciplina de cincias, a mesma
ministrada de forma no atrativa pela ausncia de prticas. E demonstrou principalmente que
a realidade dos alunos nem sempre levada em considerao pelos professores que planejam
suas aulas sem pensar no cotidiano destes. Como conseguir manter a ateno em uma aula
que o professor apenas fala, apenas escreve no quadro ou ento penas manda que os alunos
leiam o livro. notrio o discurso dos professores falando sobre a desmotivao dos alunos,
no entanto nunca pararam para analisar, se uma das causas desta desmotivao pode a
metodologia utilizada por eles. Desta forma a pesquisa demonstra a necessidade da inovao
das praticas educacionais para o melhoramento no processo de ensino e aprendizagem, esta
mudana se torna necessria, pois as aulas tm sido ministradas de forma obsoleta o que
caracteriza um ensino que no favorece a aprendizagem significativa, pois no apresentam
contedos reveladores e estimulantes aos discentes. Alguns professores afirmam que ausncia
de praticas devido a falta de recursos oferecidos pela escola, no entanto de nada adianta
uma escola totalmente equipada se o professor se porta de forma ultrapassada perante aos
recursos. Desta forma podemos concluir que a melhoria do ensino depende da mudana na
conduta dos professores, pois a partir do momento que estes resolverem adquirir prticas
inovadoras e uma metodologia voltada para o aluno e no simplesmente pensada na forma
menos desgastante de fazer o seu trabalho, a educao poder seguir outros rumos, formando
ento seres pensantes, crticos e participativos.
Resumo: Atualmente o ensino superior vem enfrentando uma dificuldade sistmica advinda da
m formao do ensino mdio. Para as reas de cincias exatas e tecnolgicas esse problema
tem sido um grande desafio, especialmente para o ensino de Fsica Bsica que est presente
em todas as grades ou matrizes desses cursos. No entanto, aprender e ensinar Fsica Geral
tem sido uma tarefa rdua devido carncia do desenvolvimento das habilidades bsicas do
ensino mdio em clculo e lnguas. Alm disso, no decorrer de grande parte dos cursos de
graduao em cincias exatas e tecnolgicas, muitas vezes as componentes de Fsica Geral
so limitadas em transmitir teorias em tpicos sem criar uma ligao entre os mesmos,
deixando isso a encargo discente. Por exemplo, a queda de um objeto envolve mais cincia do
que se aparenta. Tal objeto sofre ao do campo gravitacional, de foras de arrasto, envolve os
conceitos de conservao e no conservao de energia e est envolta em um contexto
histrico de evoluo das ideias da cincia. Este exemplo simples mostra que estudar fsica
envolve muito mais que teorias e frmulas. Envolve conhecimento sobre o mundo e todo o
universo. No intuito de contribuir para o incio da mudana na metodologia de ensino de Fsica
no ensino superior, o projeto em questo desenvolveu um aparato experimental que estuda a
queda livre. O sistema composto de alguns sensores e materiais reciclveis, o que o torna
ainda mais acessvel comunidade acadmica, pelo baixo custo. Em relao ao seu
funcionamento, este tem por objetivo calcular a gravidade com base no movimento de queda
livre com uma boa preciso e exatido. Com esse aparato possvel estimular a construo do
conhecimento quanto a abstrao dos conceitos das grandezas fsicas associadas ao
fenmeno e estimular o uso crtico de conceitos considerando padres de variaes e
invariantes, alm da interdisciplinaridade. Para tanto, foram construdas instrues onde esse
aparato pode ser usado envolvendo conhecimentos de computao, fsica, matemtica e
estatstica; e/ou como uma prtica em sala de aula para discutir o fenmeno, e at mesmo
como uma atividade de Fsica Experimental onde sero exploradas as anlises do fenmeno
em si. Com isso, este projeto pode oferecer aos docentes de Fsica Geral um meio de
dinamizar as aulas, motivando os discentes no desenvolvimento de habilidades para
construo de conhecimento, proporcionando um melhor preparo prtico estimulando o
desenvolvimento imaginativo e crtico auxiliando no preparo de um egresso verstil e
preparado para com o mercado de trabalho.
Resumo: Este trabalho apresenta experincias vivenciadas no estgio dos Anos Iniciais
desenvolvido em uma escola da rede municipal de ensino da cidade de Amargosa-Bahia. Na
Escola Municipal Vivalda Andrade Oliveira, em uma turma de 3 ano do programa pacto pela
alfabetizao na idade certa, no turno da manh, sendo a mesma composta por vinte e cinco
alunos na faixa etria dos oito aos dez anos de idade. As estagirias juntamente com a
professora orientadora do estgio buscaram planejar aes que colaborassem no processo de
ensino e aprendizagem nesse perodo, atuaes e reflexes tericas a partir das observaes
realizadas anteriormente. Realizamos observaes, para conhecermos o trabalho da
professora, o desenvolvimento dos alunos e o cotidiano da sala de aula. O estgio obrigatrio
nas series iniciais um componente curricular do curso de licenciatura em Pedagogia da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia. Entende-se este do processo como uma
oportunidade de colocar em prtica as teorias que estudamos durante o curso e ainda aprender
ensinado, articulando a teoria e a prtica e possibilitando a interao entre a instituio e as
escolas. O estgio obrigatrio tem como finalidade oportunizar ao graduando um contato mais
direto e sistemtico com sua realidade profissional futura, tendo em vista efetivao de
pressupostos tericos, integrados a determinadas prticas especficas, aplicando os
conhecimentos aprendidos no decorrer do curso.Partindo de uma proposta de trabalho
dinmico, criativo, integrado, que os contedos dialogassem de forma significativa e
contextualizada, com o contexto dos educandos e as necessidades que estes apresentaram.O
estgio obrigatrio nas series iniciais um componente curricular do curso de licenciatura em
Pedagogia da Universidade Federal do Recncavo da Bahia. Entende-se este do processo
como uma oportunidade de colocar em prtica as teorias que estudamos durante o curso e
ainda aprender ensinado, articulando a teoria e a prtica e possibilitando a interao entre a
instituio e as escolas. O estgio obrigatrio tem como finalidade oportunizar ao graduando
um contato mais direto e sistemtico com sua realidade profissional futura, tendo em vista
efetivao de pressupostos tericos, integrados a determinadas prticas especficas, aplicando
os conhecimentos aprendidos no decorrer do curso.
Palavras-chave: Esgio,Reflexes,Metodologias
Resumo: A Educao Ambiental (EA) tem como um dos seus objetivos contribuir para que o
homem assuma uma postura ecolgica diante do que julga ambiente. No entanto,
encontramos, a partir de discusses sobre essa temtica, as reflexes feitas no campo da
Geografia no que diz respeito ao seu ensino e a natureza do conhecimento cientfico,
possibilitando novas orientaes para as pesquisas e novos caminhos metodolgicos, a serem
praticados em sala. Adot-la como base preponderante para o auxlio das discusses sobre as
questes ambientais, certamente pode possibilitar a formao do sujeito ecolgico na
contemporaneidade. A partir dessa compreenso, busquei compreender a trajetria da cincia
geografia e as formulaes para o ensino de Geografia que, hoje, contribui diretamente com as
discusses socioambientais. A questo ambiental est presente em todos os espaos sociais,
assumindo maior discusso em espaos de formao social como os escolares, por exemplo.
O ensino contemporneo tem demandado a construo de novos conceitos, contextualizados,
principalmente, no mbito social em que a criana vive, tendo em vista favorecer atitudes e
comportamentos voltados a qualidade de vida em sociedade. Diante dessa compreenso,
nessa pesquisa tive como objetivo investigar as contribuies do ensino da Geografia para
crianas e sua articulao com Educao Ambiental. A pesquisa foi realizada a partir de
observaes diretas - ora participante, ora no -, e de aplicao de questionrios com questes
fechadas e abertas. As observaes foram feitas nos Estgios Supervisionados, em escolas da
rede pblica de ensino no entorno do Cabula, envolvendo seus professores e estudantes da
Licenciatura em Pedagogia do Departamento de Educao do Campus I da Universidade do
Estado da Bahia DEDC I/UNEB. Na anlise de dados, foi possvel perceber que, apesar de
demonstrarem o conhecimento acerca da articulao entre o ensino de Geografia e a
Educao Ambiental, professores e estudantes no tm feito essa articulao. O processo da
pesquisa me levou a procurar conhecer novas metodologias de trabalho no ensino da geografia
e ampliar os espaos de aprendizagem para alm da sala de aula, tomando como base
contedos que abordem as questes sociais e ambientais que discutam aspectos relacionados
ao contexto histrico da Geografia e da E. A.
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar criticamente o questionrio aplicado
com discentes da Universidade Federal do Recncavo da Bahia, no Centro de Formao de
Professores e docentes da rede municipal do ensino pblico, no intuito de refletir acerca das
concepes de pedagogos/as, sobre sua profisso na cidade de Amargosa- BA. A partir das
reformas das Diretrizes do Curso de Licenciatura em Pedagogia, o pedagogo apresenta um
novo perfil na sua formao, que no se restringe sala de aula, podendo atuar tambm em
outros espaos no- escolares. A formao de professores qualificados e humanizados
marcada por grandes desafios durante muito tempo no sistema educacional do Pas. De
acordo com Nvoa (1992), que perpassa no imaginrio desses docentes, a ideia de que sua
profisso esta relacionada atividade magistrio docente, est foi marcada ao longo do sculo
XIX perodo em que atividade docente era confundida com sacerdcio, na qual o professor
estava ali para ensinar e no ser reconhecido profissionalmente. Para realizao da pesquisa
foi destinado um questionrio com 08 perguntas, sendo que as mesmas foram divididas entre
fechadas e abertas, foram entrevistadas 05 pessoas, entre elas trs discentes do curso de
Licenciatura em Pedagogia no Centro de Formao de Professores, UFRB/CFP e dois
docentes da rede municipal de Amargosa, percebeu- se, pela analise das respostas dos
participantes que os motivos para aderir profisso de Pedagogo se deram pelo fato do
conhecimento geral que o curso de Pedagogia prope, pela falta de opo de cursos de
bacharelados no Centro de Formao de Professores, por afinidade e tambm por
enriquecimento do currculo. Nota-se que a escolha de ser pedagogo/a no se deu pelo
significado e nem pelo prazer de ser docente, a anlise demonstra que os futuros
pedagogos/as e os docentes em atividade no escolheram a profisso pelo sentido real da
pedagogia, que trazer o ensino e o conhecimento humanizado, mas sim para obteno de
um lugar no mercado de trabalho, seja ele formal ou informal. Embora haja grandes avanos
com Resoluo CNE/CP n.1/06 das Diretrizes do curso de Pedagogia para formao
pedaggica e valorizao para construo da identidade docente, muito profissional ainda no
descobriu o verdadeiro sentindo de ser pedagogo, devido desvalorizao de sua profisso, o
acmulo de tarefas e responsabilidades, a precariedades do sistema educacional so fatores
sociais que influncia na sua formao docente.
Resumo: A utilizao de jogos dentro da sala de aula vem se tornando uma temtica muito
discutida pelos educadores, cientistas e psiclogos. Os jogos tem o intuito de tornar mais
atrativo, divertido e de facilitar o processo de ensino e aprendizagem, o tornando mais
significativo. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um jogo para auxiliar os alunos do 2 ano
do ensino mdio no reconhecimento das principais caractersticas que diferenciam as ordens
dos mamferos, e avaliar a utilizao deste. Para produo deste jogo, foi desenvolvido um
painel com 16 bolsos anexados, tudo feito em EVA, cada bolso contendo uma ficha de
caractersticas referente a uma das 15 ordens dos mamferos e uma carta brinde com uma
pergunta referente ao grupo dos mamferos no geral. As cartas foram impressas em papel
carto, onde cada carta continham trs caractersticas sobre a ordem, sendo referentes a um
nvel de dificuldade, do difcil (valendo 30 pontos), passando pelo mdio (valendo 20 pontos) e
por fim o nvel fcil (valendo 10 pontos). O jogo foi desenvolvido e aplicado durante a disciplina
de Zoologia dos Vertebrados, do curso de Licenciatura em Biologia da Universidade Federal do
Recncavo da Bahia, na cidade de Cruz das Almas, Bahia. Para aplicao do jogo, a sala foi
dividida em duas equipes com a mesma quantidade de componentes, aps foi realizado um
sorteio e a equipe que iniciou escolheu um numero correspondente ao bolso do painel de onde
retirou a carta contendo as caractersticas de uma ordem de mamferos, esta foi lida pelo juiz
para que a equipe tentasse responder qual ordem de mamferos se tratava. A equipe
vencedora foi a que ao final do jogo ficou com a maior pontuao. A turma mostrou grande
interao durante aplicao do jogo, utilizando os conhecimentos adquiridos durante as aulas
sobre mamferos da disciplina de Zoologia dos Vertebrados. A utilizao do jogo,
aparentemente estimulou os alunos, gerando maior interesse pelo contedo, tornando o
processo de aprendizado mais divertido e possibilitando uma aprendizagem mais significativa.
O jogo se mostrou eficaz como um estimulador do aprendizado, sendo assim indicado para ser
aplicado em uma sala de aula como um facilitador do ensino e da aprendizagem do contedo
em questo.
Resumo: A descoberta de corpos que orbitam o sol e possuem valor de semieixo maior,
superior ao de Netuno, acabou levando a Unio Astronmica a uma nova classificao dos
planetas. Partindo disto, um planeta considerado ano quando o mesmo orbita o sol e
apresenta gravidade suficiente para ter forma aproximadamente esfrica. Atualmente existem 6
planetas anes, sendo que o ltimo o planeta ano descoberto em 2016 e localizado na
periferia do sistema solar e batizado temporariamente como 2015 RR245. Outro destes o
planeta gelado Haumea, situado no Cinturo de Kuiper e considerado alvo de estudo por ser
um dos objetos transnetunianos mais interessantes e ser repleto de caractersticas singulares.
Com o objetivo de conhecer e estudar um pouco mais sobre este elipsoide triaxial foi proposta
uma pesquisa por rbitas de satlites artificiais em torno do planeta ano Haumea, levando em
conta as perturbaes orbitais devido a sua no esfericidade, como a existncia de suas duas
luas. A ao de foras perturbadoras pode causar variaes nos elementos orbitais do satlite
artificial, fazendo com que a sua trajetria possa variar com o tempo. Isto acaba ocasionando
gasto de combustvel quando se procura fazer as correes necessrias na busca por manter
uma rbita mais estvel. O objetivo deste trabalho o estudo de rbitas em termos de
manuteno do semieixo maior, excentricidade, inclinao e argumento do pericentro, onde se
fixaram certos limites. rbitas com menor variao dos elementos orbitais (rbitas congeladas)
sero apresentadas como sugestes para futuras misses espaciais que pretendam visitar o
planeta ano Haumea e suas luas. Dos resultados obtidos foram selecionados dois tipos de
rbitas; a rbita com menor variao dos elementos orbitais e a mais instvel, com maior
variao dos elementos orbitais, onde foram analisadas e discutidas neste trabalho. Dentre as
rbitas estudadas e analisadas a rbita encontrada com os seguintes elementos orbitais
iniciais: excentricidade (e) 0,01, semieixo maior (a) com valor igual a 2513 km, inclinao (i)
90, argumento do pericentro (g) 270, longitude do nodo ascendente (h) 90 a rbita mais
estvel (congelada), sendo esta a menos perturbada tanto pela sua no esfericidade quanto
pela ao da influncia gravitacional da sua lua Namaka. Para trajetrias com semieixo maior
a=3949 km no encontramos rbitas congeladas, ou seja, as rbitas so instveis e os
elementos orbitais apresentam grande variao, o que no interessante para as futuras
misses, pois neste caso, ser necessrio gastar mais combustvel para corrigir a rbita do
veculo espacial. A partir desta anlise, os dados encontrados podem ser utilizados como
sugestes para futuras misses cientficas em torno do planeta ano Haumea.
Resumo: Ao longo dos sculos, o papel das mulheres nas sociedades do mundo ocidental
sofreu considerveis transformaes e evoluiu a tal ponto que conquistaram da liberdade de
expresso at a garantia e segurana do seu espao no mercado de trabalho. O objetivo geral
compreender a reconfigurao da diviso sexual do trabalho que vem ocorrendo no setor da
construo civil h um pouco mais de duas dcadas no Brasil. um trabalho original pela
escolha do corpus da abordagem no que condiz no campo cientfico, pois so poucas as
produes acadmicas sobre este tema, fato que justifica a sua relevncia quando coleta,
organiza e apresenta os resultados da investigao sob a luz das normas preestabelecidas. Na
busca sobre a compreenso do novo cenrio de trabalho na construo civil, realizou-se uma
pesquisa de campo junto a operrias e mulheres que esto fazendo cursos de capacitao na
rea, abordando questes como motivao para entrar no setor, condies de trabalho e
segurana, realizao profissional e expectativas futuras em relao profisso escolhida.
Durante esta coleta de dados abordou-se tambm a opinio dos gestores da construo civil,
bem como os homens, aqueles que esto tambm nos canteiros de obras, dividindo o espao
com as mulheres. Os dados da pesquisa realizada nos cursos de capacitao foram relevantes
pelo fato das mulheres preencherem mais de 50% das quatro salas visitadas. Isso mostra o
interesse da incluso por parte delas no setor da Construo Civil. Este fator leva a
compreenso de dois aspectos: o primeiro que de fato a insero da mo de obra feminina
nos canteiros de obras est em plena fase de ascenso motivada pelo aquecimento do
mercado na rea e o segundo est na reconfigurao da diviso sexual do trabalho, uma
consequncia importante para futuras anlises, seja no comportamento social no local do
trabalho, seja na adaptao especfica para esta mo de obra por parte dos empregadores,
seja nas condies de trabalho oferecidas a mulher trabalhadora. O sexo feminino segundo as
leituras realizadas e vdeos assistidos, tem um destaque nos canteiros de obras, nas funes
que requer tempo, cuidado e habilidade manual. Em poucos meses de preparao elas so
contratadas para funes diversas, como pintar, assentamento e rejuntamento.
Resumo: Para se projetar uma obra com segurana indispensvel o conhecimento das
caractersticas mais relevantes do subsolo do ponto de vista da construo civil de modo que
seja possvel a utilizao de elementos estruturais adequados que possam transmitir as cargas
de uma edificao s camadas mais resistentes do solo. De acordo com a literatura, estes
elementos so denominados fundaes e possuem diversos tipos, os quais se diferem quanto
capacidade de carga que se suporta e ao custo de execuo, sendo responsabilidade do
engenheiro escolher o tipo mais adequado para uma determinada obra. Desse modo, ao se
tratar de fundaes, o engenheiro deve ter em mos os relatrios de sondagem a fim de que se
tenha autonomia suficiente para optar pelo modelo de fundao mais vivel, tanto do ponto de
vista econmico quanto tcnico. Este trabalho resultado do estudo de caso da interao da
fundao estaca do tipo broca com o solo, na construo de um castelo dgua, que se trata de
um reservatrio elevado constitudo de uma torre com uma grande caixa d`gua em sua parte
superior, no campus da Universidade Federal do Recncavo da Bahia em Cruz das Almas
BA. Realizou-se um levantamento bibliogrfico, onde buscou-se conhecer os diferentes
mtodos de investigao do subsolo tais como a sondagem a percusso e as caractersticas
dos diferente tipos de fundao bem como suas restries e vantagens, baseando-se nas
normas vigentes de modo a realizar um comparativo entre os dados tericos e os de campo.
Utilizando os dados de campo obtidos, foi elaborado um mapa estratigrfico do solo, visando
analisar as camadas constituintes do solo e assim verificar a compatibilidade deste com o tipo
de fundao escolhida. Observou-se que a obra uma estrutura elevada, que possui uma
considervel carga concentrada, sofre ao da fora do vento alm do empuxo exercido pela
gua. Para verificao de compatibilidade utilizou-se projetos estruturais de fundao e perfis
de sondagem. Sendo assim, ao realizar as anlises, verificou-se que a escolha da fundao
profunda, do tipo broca foi realizada por esta ser capaz de absorver as tenses ocasionadas
pela carga, empuxo e fora do vento e retransmiti-las ao solo ao longo de todo o elemento de
fundao, conferindo uma maior estabilidade a estrutura. Alm disso, a fundao tipo broca
pode ter sido utilizada por ter uma maior parcela de resistncia de ponta, por ser concretada in
loco, pelo fato da obra submeter o solo a uma aplicao de carga concentrada relativamente
alta e por se tratar de um reservatrio que se apoia em uma estrutura elevada.
Resumo: Neste estudo, desenvolvemos uma anlise do transporte de calor por conduo
atuante nas rochas, por meio de simulao numrica, predizendo a partir de grficos a
capacidade ttrmica condutiva das amostras. Para tal feito foi preciso usar as condutividades
ttrmicas das amostras, colhidas experimentalmente por Cardoso(2013) em sua tese de
doutorado. A anlise foi executada com o Mtodo das Diferenas Finitas e com os
embasamentos dos tericos estudados; permitindo assim a melhor compreenso do transporte
de calor. Os resultados encontrados se mostraram condizentes, assim associando a anlise
numrica juntamente com as teorias colocadas pelos autores. Ainda, foi possvel concluir que
as amostras possuam uma boa condutividade ttrmica, devido a sua composio
mineralgica. O conhecimento do transporte de calor nas rochas e de grande valia a inmeros
campos de estudos, como a Petrofısica, Geofsica, Geologia e as Engenharias. Este tipo
de pesquisa engloba tanto os aspectos fsicos e qumicos quanto a composio mineralgica
da amostra rochosa; autores como Shon (1996); Beardsmore e Cull (2001) ressaltam como
exemplo a importncia do fluxo de calor geotrmico na formao de bacias de hidrocarbonetos.
Para a genes deste evento iremos nos atentar as propriedades ttrmicas condutivas presentes
nas rochas, pois elas descrevem a capacidade de transporte calorfico de cada amostra
analisada. Os autores acima citados, ainda associam condutividade do material a mineralogia
envolvida, que se estende desde a estrutura e organizao atmica at a sua composio
qumica. Segundo Shon, essas investigaes geotrmicas, esto relacionadas a muitas
perguntas das Geocincias, correndo de estudos sobre os estados fsicos da Terra, tectnica,
sismicidade, vulcanismo, alm de estudos sobre problemas prticos em minerao, perfurao,
recursos geotrmicos e mmtodos ttrmicos utilizados na explorao, minerao e
engenharia. Assim o autor, ratifica que para esta anlise e preciso compreender os processos
dinmicos que mantm a homogeneidade da temperatura terrestre. Para Beardsmore e Cull,
qualquer investigao ttrmica se tornar relativamente satisfatria se a condutividade ttrmica
estiver relacionada com outras propriedades fsicas, devendo incluir a considerao de todos
os processos capazes de transportar calor. No intuito de no ampliar tanto nosso campo de
estudo, vamos priorizar o transporte por conduo. Para obtermos uma simulao do
transporte de calor recorreremos aos mmtodos nnumricos, que vo ter um papel
fundamental para tal anlise geotrmica. A partir de parmetros como a condutividade e
condies de contorno, e possvel determinar por meio de aproximaes, como o calor est se
comportando na regiao a ser estudada. Em nosso trabalho iremos nos apropriar do Mmtodo
das Diferenas Finitas (MDF), tendo como objetivo obter uma boa anlise numerica, que deve
condizer com os embasamentos tericos analisados.
Resumo: Patologia para a construo civil entendido como a parte da engenharia que estuda
os sintomas, causas e origens das leses nas edificaes. O Terminal Rodovirio da cidade de
Cruz das Almas foi construdo na dcada de oitenta, apresentando constante fluxo de veculos,
com alta emisso de gs carbnico. Devido aparncia degradada da edificao, o presente
trabalho tem como objetivo estudar as manifestaes patolgicas e determinar um prognstico
atravs de visita na edificao e reviso literria. Na realizao desse trabalho, fez-se uma
visita tcnica ao Terminal rodovirio de Cruz das Almas, seguido de levantamentos de
informaes atravs de dilogos com taxistas (usurios antigos) e fotografias das
manifestaes patolgicas. Durante a visita verificou-se as reas de livre acesso e se
necessrio solicitar autorizaes dos responsveis, levando em considerao a importncia da
anlise de todos os locais, incluindo banheiros e lanchonetes. Alm disso, as reas externas e
seus domnios (caixa dgua e estacionamento), tambm devem ser analisados, para que se
necessrio, avaliar a influncia do meio na edificao em estudo. Deve-se tambm, levar em
considerao para a avaliao o tempo da construo, j que segundo os usurios mais
antigos da edificao (taxistas), o terminal nunca foi submetido a uma reforma completa, s
passou por processos de pintura de suas paredes e reparos. Ento, seguindo os registros
fotogrficos e revises de literatura sobre o assunto, possvel fazer uma anlise sobre as
possveis causas dos danos encontradas na edificao. Pode-se discutir o processo de
realizao de uma edificao compreende as fases de projeto, execuo e utilizao. A
ocorrncia de falha em uma ou mais destas fases, provocam defeitos que podem comprometer
a segurana e a durabilidade do empreendimento. Assim, as principais manifestaes
patolgicas em uma edificao so, pela umidade relacionada origem, infiltrao no telhado,
vazamento nas redes pluviais, infiltrao em lajes e coberturas e pela percolao de gua
oriunda do solo, por ascenso capilar, fissuras, trincas e rachaduras, por recalque de fundao,
por movimentao trmica, sobrecarga e acmulo de tenses e retrao de cimento,
deslocamento de rebocos e pisos: destacamento e greteamento, carbonatao, devido a
exposio do concreto alta concentrao de gs carbnico (CO2), recalque absoluto, de
adensamento, imediato e diferencial. Desta forma, as manifestaes que predominam no
Terminal, so as fissuras, manchas de umidade, segregao em peas de concreto e
recalques. Os estudos mostraram que a edificao necessita de intervenes teraputicas
pertinente a manifestaes patolgicas, acompanhada de profissionais habilitados. Em suma,
mesmo utilizando apenas de exames visuais e revises literrias sobre o assunto, o objetivo do
trabalho foi contemplado. Tambm se podem observar diversas manifestaes patolgicas que
podem ser causadas por diferentes fatores, sendo eles, falta de planejamento, projetos
inadequados, ausncia de estudos preliminares, erros de execuo, interferncia de
fenmenos naturais ou at mesmo mau uso. Por fim, nota-se a necessidade de um estudo
mais aprofundado antes de se realizar reformas no Terminal Rodovirio, de maneira que as
leses existentes sejam devidamente analisadas, uma vez que caso o procedimento de reparo
seja inadequado, as solues podem ser ineficientes.
Resumo: A crescente preocupao com os danos causados pelo homem ao meio ambiente
fez surgir vrias pesquisas sobre o uso de resduos minerais, agrcolas, industriais e at
mesmo o aproveitamento daqueles gerados pela prpria construo civil a fim de melhorarem
propriedades de argamassa e concretos. Resduos tais como cinzas de cascas de arroz, de
cascas de amendoim, escria de alto-forno, cinza de bagao de cana, dentre outros. Uma vez
que a construo civil possui grande potencial para absorver a incorporao de resduos nos
materiais de construo, desde que haja um estudo acerca das propriedades, causando assim
reduo no custo de produo e gerando uma destinao mais adequadas para eles. A
construo civil consume grande parte dos recursos naturais. Por isso, o uso de resduos
provenientes quaisquer tipos de indstria na incorporao nos materiais de construo se faz
importante mesmo em substituio parcial a um recurso naturalmente abundante. Uma vez que
d uma destinao mais adequada para um material que seria descartado na natureza sem
nenhum controle e tratamento, reduz o custo do material e ainda confere melhora em
propriedades de argamassa e concretos. Em vista desses aspectos, este trabalho tinha por
finalidade estudar o uso de Nobuck sinttico modo em substituio parcial a areia em
argamassa para assentamento, analisando a sua resistncia trao quando submetida a
esforos de flexo. Para isso, foram realizados os ensaios de composio granulomtrica
segundo NM 248, de consistncia conforme NBR 13276 e a moldagem dos corpos de prova e
o ensaio de trao na flexo realizados de acordo com a NBR 13279. Foram moldados 6
corpos de prova no trao 1:3 (aglomerante: agregado) nos teores 0, 5, 10 e 15% de adio em
substituio parcial ao agregado mido, num total de 24, sendo cada um com dimenses de
(160 0,8) mm de comprimento, (40 0,4) mm de largura e (40 0,4) mm de altura. Os
presentes ensaios foram realizados nos Laboratrios de Materiais de Construo 1 e 2 da
UFRB-Campus Cruz das Almas, BA. No se conseguiu tornar a granulometria do material
prximo da areia utilizada. Com relao consistncia, notou-se que com o aumento do
percentual de Nobuck empregado foi necessrio elevar o teor de gua para que a argamassa
atingisse a consistncia normal. O Nobuck modo um material de baixa densidade, com isso
necessitou-se de grande volume de partculas para serem adicionadas. Aumentando, assim, a
rea especifica do conjunto do material e consequentemente a demanda por gua para
amenizar o atrito entre as partculas e melhorar a trabalhabilidade da argamassa. Alto teores
de gua em argamassas ou concretos reduzem sua resistncia mecnica, aumentam a
exsudao e o percentual de poros, devido ao excesso de gua de amassamento. gua essa
que perdida durante o processo de cura nas formas nas primeiras 48 h, antes de serem
submetidas a cura em gua saturada com cal. Contudo, notou-se que com relao a
resistncia flexo o Nobuck sinttico adicionado parcialmente areia no mantm a
qualidade e propriedade mecnica das argamassas.
Resumo: Um dos problemas que est presente na engenharia a bastante tempo o ataque
por sulfatos que considerada como uma ao danosa s estruturas, nas regies litorneas h
uma grande incidncia de corroso aos revestimentos, observvel tambm em locais com
temperaturas mais baixas. Logo, se torna necessrio conhecer o comportamento da matriz
cimentcia a uma temperatura abaixo de 5 ℃ e, como esta reage em contato com o
cimento. A gua do mar constituda por diversos sais, estes quando est em contato com o
cimento podem reagir de forma agressiva e causar alteraes na estrutura da matriz cimentcia.
A agua utilizada fora coletada na Orla de Patamares em Salvador- BA. Neste presente trabalho
iremos avaliar o comportamento fsico-mecnicos de matrizes cimentcias com cimento
composto resistente a sulfatos (CPII E 32), submetido cura salina abaixo de 5℃,
observando as suas variaes nos tempos de cura estabelecidas em idades distintas de 28 e
45 dias, a fim de analisar os resultados de resistncia compresso, capilaridade e absoro.
Com base nas NBR 7215, NBR 5739, NBR 9778 e NBR 9779 ABNT. Portanto no ensaio da
determinao da absoro de agua atravs da ascenso capilar observa-se que os corpos de
provas de 28 dias NS, SS e SN tiveram uma elevao maior em relao ao corpo de prova
teste (NN). Porem, ao observar as matrizes cimentcias de 45 dias o corpo de prova teste teve
uma maior elevao em relao aos demais corpos. No ensaio para determinao de absoro
de agua por imerso observou-se que as matrizes cimentcias de 28 dias NS, SS e SN teve
uma pequena variao na absoro de agua em relao matriz cimentcia teste. O mesmo
observa-se nos corpos de prova de 45 dias. No ensaio para determinao da resistncia
compresso axial verifica-se que a resistncia dos corpos de prova aos 28 e 45 dias, NS, SS e
SN, tm um aumento de resistncia em relao a matriz teste. . As reaes qumicas so
devidas ao ataque por sulfatos tais como: Sulfato de magnsio; Sulfato de clcio; Sulfato de
sdio, e por cloretos. Existindo a formao da etringita, gipsita e sais de Friedels entre outros
que contriburam com as propriedades dos corpos de prova.
Resumo: A escassez de gua que houve no estado de So Paulo, regio sudeste do Brasil,
teve seu pice no vero de 2015, e tomou grande destaque em todos os noticirios, no
podendo deixar de ressaltar que este sempre foi um grande problema em outras regies do
Brasil, especialmente na regio nordeste. Com os nveis dos reservatrios mais baixos, a
gerao de energia hidroeltrica fica comprometida e os riscos de apages voltam a assombrar
a populao. Portanto a reduo do consumo de gua ajuda, inclusive, na questo de gerao
de energia e emisso de poluentes, pois uma menor quantidade de termoeltricas precisam ser
ligadas para suprir a deficincia da gerao hidroeltrica. Nesse sentido, a falta de gua na
maior capital da Amrica Latina levou a SABESP - Companhia de Abastecimento do Estado de
So Paulo - a distribuir redutores de vazo facilmente adaptados as torneiras e que
promovessem a reduo no consumo de gua nas residncias. Sendo assim, o objetivo desse
trabalho foi avaliar, atravs de um teste simples, a capacidade de reduo do gasto de gua
com a utilizao do redutor de vazo distribudo pela SABESP; desenvolver um novo modelo
de redutor de vazo baseado no original, buscando o aumento da eficincia do dispositivo; e
realizar a anlise prtica dos dispositivos modificados. Atravs de uma reviso de literatura foi
possvel compreender o funcionamento do dispositivo redutor de vazo distribudo pela
SABESP, desenvolver um modelo terico que, por meio de modificaes, promovesse um
melhor desempenho ao dispositivo original, e realizar testes hidrulicos para verificar a reduo
do gasto de gua proporcionada pelos dispositivos original e modificados, tal como o
comportamento com relao ao conforto do usurio. Assim, durante a realizao deste estudo,
procurou ser desenvolvido um dispositivo que diminusse ainda mais os gastos com as contas
e o consumo de gua tratada, porm a anlise prtica dos dispositivos original e modificados
constatou que o original apresenta uma boa reduo no consumo de gua e conforto ao
usurio quando comparado aos modificados. Todas as iniciativas que visam reduo do
consumo de gua impactam positivamente numa sociedade que vive na iminncia de um
racionamento prolongado, e como foi verificada a soluo j adotada pela companhia
apresenta um desempenho e iniciativa satisfatrios.
Resumo: A patologia das construes possui papel indiscutvel no que diz respeito adoo
de boas prticas na engenharia civil, uma vez que avalia desde a preveno at a possvel
correo dos defeitos de uma edificao, contribuindo para a evoluo das tcnicas
construtivas.O presente trabalho insere-se nesse contexto objetivando a identificao e o
estudo das manifestaes patolgicas existentes no prdio onde funciona a Biblioteca
Municipal Carmelito Barbosa Alves, em Cruz das Almas-BA; sinalizando terapia adequada,
bem como apontando as possveis causas dos problemas identificados no imvel.Para tanto,
foi-se utilizado o mtodo da observao direta, mediante visitas tcnicas ao local, onde se pde
realizar registros fotogrficos dos danos encontrados, para a complementao do diagnstico
tambm recorreu-se anamnese, atravs da qual foi possvel fazer uma sondagem a cerca do
histrico da construo, relacionando-o s manifestaes encontradas. Posteriormente a essa
etapa, foi possvel determinar a medida teraputica necessria para a reparao do problema e
suas possveis origens. Foram encontradas algumas manifestaes patolgicas na edificao
em questo, onde as mais comuns so relacionadas umidade e fissurao de elementos
estruturais, porm em nenhum caso houve o comprometimentodo desempenho ou
funcionamento dos espaos. A maioria dos cmodos apresentaram manchamentos
decorrentes de vazamentos no telhado e falta de impermeabilizao, para essas situaes
recomenda-se o reparo dos sistemas envolvidos, assim como a introduo de tcnicas de
impermeabilizao, que na ocasio inexiste ou ineficiente. No tocante s fissuras, no geral
no comprometem a estabilidade da edificao, configurando um problema esttico e de
durabilidade, uma vez que possibilitam oacessoda gua aos elementos mais internos, e deve
ser evitado com o preenchimento das aberturas com materiais adequados ocorrncia, por
exemplo a utilizao de resina epxi nas fissuras estveis identificadas em pilares. Nota-se
que a maior parte das avarias so relacionadas a materiais ou ainda falhas cometidas durante
a etapa de construo. Foram realizadas algumas reformas a fim de corrigir as imperfeies
citadas, porm com o retorno das mesmas, o carter foi apenas corretivo, ou seja, sem o
objetivo de eliminar as causas, e sim os efeitos. Ao trmino deste trabalho identificou-se uma
falta de conscientizao a cerca da importncia das manutenes preventivas, visto que estas
so de grande relevncia ao bom desempenho dos imveis e tambm na reduo de custos
ligados a essa prtica. Embora esses sintomas patolgicos estejam presentes em todas as
edificaes com o passar do tempo, imprescindvel um planejamento adequado que envolva
concepo, execuo, uso e manuteno regular, no apenas paliativa, pois esta muitas vezes
ineficaz. Assim, ainda que o imvel apresente imperfeies, considerando o seu perodo de
funcionamento, 40 anos, aliado a uma rotina espaada de manutenes, possvel consider-
lo em um bom estado de conservao.
Resumo: Os blocos de concreto j fazem parte das construes brasileiras h bastante tempo,
porm com o passar dos anos as tcnicas construtivas foram evoluindo, tornando a construo
cada vez mais racional. O emprego do bloco de concreto, quando executado de forma ideal,
obtm-se resultados esteticamente modernos, reduo de mo de obra, facilidades para as
instalaes, menores perdas e dimenses uniformes para se trabalhar (ISAH, 2016). Diante de
um cenrio promissor, houve um aumento no nmero de fbricas de artefatos de cimento,
surgindo assim diferentes tipos de blocos para diversas aplicaes. Estes blocos so
confeccionados em empresas com variados processos de fabricao, desde pequenas formas
batidas a mo de maneira artesanal at indstrias totalmente automatizadas (GUIMARES,
2016). Atualmente, a utilizao dos blocos de concreto vem crescendo na regio do recncavo
baiano, principalmente pelos avanos das informaes sobre a utilizao deste artefato, e junto
com essa expanso h o crescimento da quantidade de fbricas, muitas vezes at
clandestinas. Este trabalho visa avaliar a fabricao e a qualidade dos blocos de concreto
apoiando-se na avaliao superficial e nos ensaios orientados pelas Normas Brasileiras. Foram
analisadas cinco fbricas fornecedoras dos blocos de concreto na cidade, submetendo os
artefatos ao ensaios de anlise dimensional, absoro dgua, e resistncia a compresso
axial, exemplificados nas NBR6136:2014 e NBR12118:2013. Foram analisadas cinco das dez
fbricas de artefatos de cimento existentes na cidade. Pelas visitas tcnicas e o guia para
acompanhamento da produo foi possvel verificar que a maioria das fbricas no tem um
conhecimento adequado quando se trata de organizao da produo, sendo assim as
instalaes de todas as empresas analisadas so bem precrias, com espaos reduzidos
dificultando a movimentao dos operrios.Os resultados obtidos indicam que na anlise
dimensional nenhuma das cinco fbricas estudas est em conformidade com a norma, se
tratando do ensaio de absoro, todas as fbricas demonstraram bom rendimento e com
relao capacidade de resistncia compresso axial, nenhuma das empresas estudas
apresenta um desempenho igual ou superior ao indicado pela norma para os blocos de menor
exigncia. Os problemas encontrados nas fbricas de artefatos de cimento da cidade de Cruz
das Almas podem ser minimizados se for realizada uma ao conjunta da universidade com as
empresas fabricantes do bloco de concreto. Podendo ter algumas iniciativas de capacitao
dos funcionrios, realizaes de estudos de layout da produo e estudos de dosagens do
concreto para cada tipo de artefato fabricado nas empresas.
Resumo: Um dos temas mais recorrentes do sculo XXI a sustentabilidade. Neste sentido, o
setor da construo civil busca novas fontes de matria-prima que supram as necessidades e
exigncias do mercado. O desenvolvimento de materiais de construo a partir da reutilizao
de resduos industriais, com o objetivo de reduzir custos e preservar o meio ambiente,
apresenta atrativos para pesquisadores e empresrios. O EVA (Ethylene Vinyl Acetate) um
polmero usado vastamente na indstria caladista para a produo de solados de sapato e
palmilhas. Os resduos slidos gerados na fabricao desses produtos vm sendo estudados,
a fim de aplic-los como matria-prima substituinte. A necessidade de reutilizao dos resduos
slidos gerados pela indstria caladista e as novas exigncias do mercado da construo civil,
solicitaram indiretamente pesquisas relacionadas ao uso do EVA como substituto de materiais.
Esta pesquisa visa a caracterizao de argamassas com substituio da frao fina do
agregado mido por EVA, quanto s suas propriedades ligadas resistncia compresso e
trao, absoro de gua por imerso e por capilaridade e massa especfica. Determinada a
relao gua/cimento que apresente a melhor trabalhabilidade, ser utilizada nos corpos de
prova de argamassa de referncia com traos 1:3 e 1:6, assim como para os corpos de prova
com substituio por EVA. Sero confeccionados os corpos de prova de argamassa com traos
1:3 e 1:6 de referncia e com substituio parcial de 5%, 10% e 15% em massa da frao fina
do agregado mido por EVA. No estado fresco, os corpos de prova sero submetidos ao teste
de densidade de massa da argamassa (NBR13278). No estado endurecido, os corpos de prova
em tempos de cura de 7, 14 e 28 dias em gua saturada de cal sero submetidos teste de
resistncia por compresso axial (NBR7215) e compresso diametral (NBR7222). Outros
corpos de prova produzidos sero sujeitados ao teste de absoro de gua por imerso
(NBR9778) e absoro por capilaridade (NBR9779) no perodo de 28 dias. Dos resultados
obtidos, tem-se que o agregado a ser utilizado, que uma areia lavada, tem massa especfica
de 2,58g/cm e massa especfica aparente de 1,77kg/dm de acordo com as NBR 9776 e 7251,
respectivamente. Utilizando a NBR NM248, obteve-se que a dimenso mxima do agregado
de 2,4 milmetros, e o mdulo de finura de 2,92. Alm disso, a curva granulomtrica traada
revela que a areia est fora da zona utilizvel definida pela NBR7211, devido ao grande
nmero de agregados de frao mdia, especificamente nas peneiras de abertura 0,6 e 0,3
milmetros, cerca de 77,34% do total da massa do agregado. A relao gua/cimento obtida
atravs da NBR13276 foi de 0,5 e 0,95 para os traos 1:3 e 1:6, respectivamente. Pretende-se
com o uso do EVA, que um agregado leve, utilizar a frao fina para melhorar o
empacotamento das argamassas. Espera-se a partir desses experimentos que sejam
produzidas argamassas com massa especfica menor que as argamassas convencionais, a fim
de diminuir cargas estruturais. Alm disso, que tenham resistncia mecnica adequada para
devidas aplicaes na construo civil.
Resumo: A fresagem uma das tcnicas mais utilizadas para manuteno e restaurao de
pavimentos asflticos no Brasil. A aplicao dessa tcnica gera volumes considerveis de
resduos do revestimento antigo, constitudo, basicamente, de agregados diversos e ligante
betuminoso envelhecido. Nesse trabalho foram estudados trs diferentes materiais fresados
proveniente de rodovias distintas, BR-324, BR-101, BA-093, os quais foram caracterizados e
dosados como misturas asflticas recicladas com base nas normas DNIT 031/2006-ES e
033/2005-ES. Inicialmente utilizou-se o rotarex para determinao do teor de CAP existente em
cada material fresado. Essa anlise foi realizada em triplicata e trabalhou-se com o valor mdio
obtido. Esse teor de CAP foi confirmado com o auxlio da tcnica do refluxo com o aparelho
soxhlet. De posse dos agregados obtidos em cada etapa de extrao do CAP com o rotarex
foram realizados ensaios de granulometria para o estabelecimento de uma curva
granulomtrica mdia que representasse cada material fresado analisado. A partir da curva
granulomtrica definida devido ao no enquadramento na faixa C do DNIT, houve a
necessidade de adicionar novos agregados virgens (brita 1 e brita 5/8) para correo da
granulometria e enquadramento na faixa C do DNIT. Com cada fresado com as granulometrias
devidamente corrigidas utilizou-se o mtodo de dosagem Marshall com o material fresado de
cada rodovia, separadamente, adicionou-se para cada material, teores crescentes de CAP
convencional para moldagem trs corpos de prova por teor. Com os corpos de prova moldados
foram definidos percentual de vazios e relao betume/vazios e rompidos na prensa Marshall
para definio da estabilidade e fluncia. No foi possvel analisar a resistncia trao, bem
como o envelhecimento do CAP do fresado em funo da indisponibilidade dos equipamentos
necessrios para a realizao dos ensaios. Os resultados indicaram a viabilidade na dosagem
de misturas asflticas recicladas para a maioria dos parmetros analisados, com exceo da
fluncia na dosagem da BR-324 e BR-101, onde esse parmetro ficou ligeiramente acima da
faixa estabelecida em norma. Ficou evidente a pequena quantidade de CAP adicionado para
obteno do teor timo quando comparado aos teores normalmente demandados para
dosagem de misturas betuminosas quente, convencionais, o que representa um ganho
sustentvel.
Resumo: Para que os macios terrosos possam ser utilizados nos aterros das obras de
terraplenagem, devem apresentar certas propriedades que melhoram o seu comportamento. A
compactao dos solos um processo de grande importncia para a estabilizao destes
macios e o controle do mesmo tem como regra geral tomar-se um ensaio de laboratrio como
referncia e verificar o resultado obtido no campo, com equipamento, comparando-os dentro de
certas especificaes. Os resultados obtidos nos ensaios realizados em laboratrio so
necessrios, uma vez que possvel fazer uma anlise antes de serem aplicados no campo
para um melhor controle de qualidade dos servios. Dentro deste contexto, foram avaliados
ensaios de compactao em laboratrio e em campo, para a camada sublastro da FIOL
(Ferrovia de Integrao Oeste Leste), sendo o foco principal o Lote 05F, com extenso de 162
km, abrangendo os municpios baianos de Caetit, Guanambi, Palmas de Monte Alto, Riacho
de Santana e Bom Jesus da Lapa. Para a realizao dos ensaios foi utilizado o laboratrio de
solos da obra supervisionado pela VALEC Engenharia, Construes e Ferrovias S.A., empresa
pblica, cuja funo a construo e explorao de infraestrutura ferroviria. O referido
laboratrio uma instalao provisria, localizada no municpio de Guanambi, mantida pela
empresa para dar suporte obra. As amostras de solo utilizadas foram submetidas, em
laboratrio, ao ensaio do Proctor Intermedirio, e, em campo, ao mtodo do frasco de areia e
mtodo de Speedy. A finalidade era determinar a densidade mxima do material e a respectiva
umidade tima, fatores preponderantes que influenciam em uma boa compactao. Para
facilitar a compactao, faz-se uso de gua em solo seco, pois medida que esta
acrescentada a densidade final do material compactado aumenta. O acrscimo de gua
benfico at atingir a umidade tima, visto que a partir desse ponto a densidade decresce. Os
fundamentos que conduzem a compactao no campo so parecidos aos de laboratrio, neste
sentido foi constatado que no h necessidade de semelhana das energias de compactao e
dos teores de umidade, pois h diferenas de confinamento do solo, posto que, em laboratrio
o processo feito utilizando um cilindro e j no campo a compactao realizada em
camadas. Devido s limitaes da mquina rolo compactadora p de carneiro e do rolo
compactador liso, a camada de sublastro acabada tem uma espessura de 20 cm. Para a
pulverizao de gua usou-se o caminho pipa e para o espalhamento e homogeneizao a
mquina motoniveladora. Observou-se que o material de emprstimo utilizado na obra
apresentou caractersticas satisfatrias, atendendo s especificaes internas da VALEC,
sendo evidenciados pelos ensaios realizados em laboratrio e em campo baseados nas NBRs
6457/86, 7182/86, 7185/86. Diante do que foi abordado, lcito a necessidade de uma anlise
do material da jazida para uma inspeo do custo-benefcio, por meio da qualidade, a
localizao e a viabilidade econmica da utilizao do mesmo.
Palavras-chave: Compactao;,Ferrovia;,Sublastro.
Resumo: A construo civil vem atingindo nveis de crescimento extraordinrios por todo o
planeta, no entanto, muito embora apresente benefcios e tecnologias incrveis, este ramo
acompanhado de forte explorao ambiental, visto que, depende de alguns recursos naturais
como o caso do minrio. A necessidade de preservao ambiental e a tendncia de escassez
dos recursos naturais fazem com que a construo adquira novos conceitos e solues
tcnicas visando sustentabilidade de suas atividades. Desta forma, busca-se obter materiais
de construo com baixo consumo de energia e capazes de satisfazer aos anseios de
infraestrutura da populao. Portanto, o uso de materiais alternativos que sejam ecolgicos, de
baixo custo e com disponibilidade local, de modo a baratear os custos das habitaes
acompanha esta ideia. Partindo desses princpios, o setor mineral possui um material
denominado pedra britada, que consiste num insumo essencial para a produo de concreto,
alm de ser utilizada tambm em obras de saneamento, pavimentao, drenagem e outras.
Alm disso, a pedra britada apresenta diversas vantagens, pois, alm de possuir um baixo
valor adicionado, a sua produo no envolve grandes custos quando se fala em matria-prima
e mo de obra. No Brasil, quando se pensa em substncias minerais, a produo do material
em estudo a segunda maior, ficando atrs apenas do ferro. Considerando as caractersticas
j mencionadas, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a produo do tijolo ecolgico
utilizando, como parte da sua composio, resduo de pedra britada. O projeto foi desenvolvido
no laboratrio de Materiais de Construo da Universidade Federal do Recncavo da Bahia e
subdividiu-se, basicamente, em trs grandes etapas: confeco dos corpos de prova, ensaios
laboratoriais e anlise dos resultados. Os corpos de prova foram confeccionados a partir de
moldes cilndricos com 50 mm de dimetro e 100 mm de altura e uma mistura compreendendo
o seguinte trao cimento:solo:pdebrita em quatro diferentes propores (1:7; 1:6,5:0,5; 1:6:1;
1:5,5:1,5). Todo o procedimento de moldagem foi realizado com base na NBR 7215. Aps 21
dias de confeco dos corpos de prova, foram realizados os ensaios de absoro de gua e de
resistncia compresso, cujo objetivo foi o de verificar a qualidade e resistncia do material
produzido a fim de concluir sobre a sua aplicao na construo civil. importante salientar
que do total de CPs de cada trao, 4 foram pro ensaio de compresso e 2 para o de absoro
de gua. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que a respeito do ensaio de
absoro de gua, os corpos de prova apresentaram nmeros satisfatrios, em geral, quando
se pensa nos critrios preconizados pelas normas brasileiras. Isso constatado j que, em sua
maioria os corpos de prova apresentaram uma porcentagem inferior a 20%. Os resultados
obtidos neste estudo possibilitam concluir tambm que o material base solo-cimento
juntamente com o p da pedra britada contribuem para melhorar as propriedades fsico-
mecnicas, j que com a substituio do solo apresentam uma resistncia progressiva quando
se reduz o solo e aumenta a porcentagem do resduo.
Resumo: O solo um elemento muito importante no contexto de obras civis. Tanto em aterros
como em fundaes, em estrutura fixa, o solo um grande responsvel da garantia de
estabilidade e ausncia de manifestaes patologias, ele quem suporta todos os
carregamentos existentes, sejam eles permanentes ou acidentais. Portanto, preponderante
um solo que suporte as tenses exercidas com o mnimo de deformaes possveis. Tendo em
vista a necessidade de encontrar meios mais econmicos e sustentveis ao se utilizar um solo
em uma obra, este trabalho teve como objetivo comparar o comportamento mecnico de um
solo argilo silto arenoso compactado natural e quando reforado com fibra de coco.
comprovado por pesquisas que o compsito traz benefcios e pode ser alternativa para a
construo civil como recurso mais simples e barato. As fibras como reforo ao solo agem
redistribuindo as altas tenses entre as partculas do solo proporcionando uma melhor coeso
ao compsito. As fibras vegetais so fibras com grande teor de lignina, contudo, essa
componente existente nas fibras lignocelulsicas no adequado para criao de compsitos
devido a sua influncia na adeso entre matriz e reforo. Sendo necessrio um tratamento
superficial da fibra tendo em vista a aplicao como reforo em alguma matriz. As fibras de
coco (fibras lignocelulsicas) obtidas para a realizao do trabalho foram cortadas no tamanho
de trs centmetros, tratadas com soluo de hidrxido de sdio (NaOH) a 10% p/v,
impermeabilizadas e, posteriormente, foram analisadas quanto a absoro. O solo foi
caracterizado por meio dos ensaios de granulometria, limites de Atterberg e compactao com
energia de proctor normal. As fibras e solo formaram compsitos com o solo na sua umidade
tima de compactao, em teores de 0,5%, 0,75% e 1%. Em seguida, analisou-se o
comportamento mecnico do fibrossolo comparado com o solo natural a partir de ensaios de
compresso simples.A partir da granulometria, o solo foi classificado como argilo silto arenoso
e a partir dos ensaios dos limites de Atterberg com ndice de plasticidade de 11,26 e umidade
tima, atravs da compactao com energia de proctor normal, de 15,3. Os teores de fibras de
1% e de 0,75% apresentaram melhores resultados quando submetidos a tenses elevadas,
chegando a 495 kPa e a 357 kPa, respectivamente, para 15% de deformao. A matriz sem
reforo apresentou ruptura frgil com tenso mxima de 268 kPa.Por fim, pode-se concluir que
o fibrossolo com teor de 0,75% e 1% tornou o solo mais resistente a partir de uma determinada
tenso, com aumento de resistncia a compresso simples mxima de 33% e 85%,
respectivamente, em relao ao solo natural. Portanto, o compsito reforado com fibra de
coco tratada e impermeabilizada com tinta asfltica possui uma resistncia mecnica maior que
o solo sem reforo, comprovando a eficcia da fibra de coco como reforo de solo.
Resumo: Dentre os minerais primrios presentes nos diversos materiais, que originam os
solos, a maioria apresenta o ferro em sua constituio. Este elemento encontra-se na forma
reduzida (Fe2+) constituindo os minerais primrios sendo a principalfonte para a formao dos
xidos de ferro. O Fe2+ liberado e, rapidamente, oxidado a Fe3+ que hidrolisado para
formas secundrias durante a formao do solo. O Brasil apresenta grandes extenses de
solos com significativos teores de xidos de ferro, sendo os mais comuns, a hematita e goethita
responsveis pelas cores vermelha e amarela, respectivamente, dos solos brasileiros. Os
xidos de Fe, principalmente hematita e goethita, esto intimamente relacionados com os
fenmenos de estruturao e agregao dos solos. Alm disso, esses xidos esto ligados,
diretamente, a caractersticas tecnolgicas de interesse do solo, podendo-se referir ao grau de
intemperismo (mineralogia), estrutura (comportamento geotcnico), capacidade de adsoro de
anons (agrcola) e adsoro de metais pesados (geoambiental). Maior permeabilidade gua
e maior resistncia eroso, por exemplo, esto relacionadas presena desse elemento. O
objetivo geral desse trabalho avaliar o efeito da presena do xido de ferro em um solo sob o
ponto de vista geotcnico. Mais especificamente, busca-se analisar as variaes na
plasticidade de um solo quando da adio de xido de ferro. Para isso, foi coletada uma
amostra deformada representativa de um solo, quanto textura e constituio qumica e
mineralgica, que ser, posteriormente, armazenada no Laboratrio de Solos e Fundaes da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia. As amostras foram secas ao ar, destorroadas e
passadas na peneira de abertura nominal de 2 mm. Acrescentou-se um pigmento de cor
vermelha, conhecido popularmente como P Xadrez no teor de 40 g por kg de solo seco.
Esse produto a base xido de ferro sinttico comercialmente distribudo para a utilizao na
colorao de argamassas e concreto. Para avaliar o comportamento do solo quando submetido
a adio xido de ferro foram determinados os Limites de Atterberg (LL e LP) no solo natural e
com a adio do P Xadrez no teor citado. A partir destes, foi possvel concluir que com o
acrscimo de xido de ferro ocorreu diminuio na plasticidade (IP) com diminuio do limite
de liquidez e aumento do limite de plasticidade.
Resumo: Artefatos de cimento so termos empregados aos mais diversos produtos de uso na
construo, como tubos de concreto, blocos, telhas, pisos, postes, estacas, entre outros. Este
trabalho tem como objetivo apresentar as caractersticas das fbricas instaladas em Cruz das
Almas e identificar problemas e oportunidades de melhorias na produo desses artefatos de
cimento. Para isso, utilizou-se como mtodo de pesquisa visitas tcnicas, entrevistas,
observaes diretas e registros fotogrficos em fbricas do municpio de modo a caracteriz-
las quanto sua produo, gesto de resduos e aspectos da segurana do trabalho. A partir
da investigao, foi possvel conhecer as principais caractersticas das fbricas. Foram
identificados dez estabelecimentos que produzem artefatos de cimento, porm 50% desses
funcionam de forma clandestina. Dessa forma, foram selecionadas cinco fbricas para dar
seguimento pesquisa, sendo estas de micro e pequeno porte. Os estabelecimentos so bem
simples e no utilizam mo de obra especializada. Em relao produo, foi possvel verificar
que a fabricao de blocos constitui como o principal artefato produzido. Peas como telhas,
moures, pisos, postes, lavanderias, meios-fios, entre outras, completam a produo com uma
quantidade bastante inferior quando comparados com a produo de blocos. Algumas das
fbricas avaliadas usam a calada pblica como local para estoque das peas produzidas e
dos insumos usados na produo. Outro aspecto importante analisado se deu com relao
segurana dos trabalhadores. Constatou-se com as visitas que existe uma total negligncia no
que diz respeito utilizao dos equipamentos para proteo individual. Esse descuido
comea com os prprios empregadores que no disponibilizam por completo, nem cobram, a
utilizao dos EPIs aos seus funcionrios. Verificou-se que os artefatos produzidos nessas
fbricas so comercializados sem nenhum controle de qualidade. Mesmo no apresentando
boa qualidade visual, so facilmente absorvidos pelo mercado do municpio. Em nenhuma das
fbricas pesquisadas constatou-se a existncia de profissional responsvel tcnico registrado
no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia CREA, at mesmo as fbricas que
comercializam lajes estruturais pr-moldadas. A falta de fiscalizao, tambm, observada na
destinao final dos resduos gerados nesses estabelecimentos, sendo que nenhuma das
empresas avaliadas se mostrou hbil com o gerenciamento de seus resduos. Constatou-se
que grande parte destes acaba acumulado no interior das fbricas, sem destinao apropriada,
sendo muitas vezes lanados em terrenos abandonados, desrespeitando as recomendaes
da resoluo n 307 do CONAMA. Com o diagnstico efetuado, buscaram-se solues para as
fbricas, nas reas detectadas com carncias. Assim, sugere-se como oportunidades de
melhorias: uma efetiva gesto dos resduos gerados; organizao do layout das fbricas,
definindo locais para matrias-primas, mquinas, equipamentos, ferramentas e artefatos
produzidos, de modo a no utilizar o espao pblico como local de estoque; cumprimento de
normas de segurana e cuidado com a higiene local; armazenar as peas produzidas em
estrados de madeira, evitando o contato do artefato com o solo; somente efetuar o transporte
das peas aps estas terem adquirido uma resistncia mnima para que sejam movimentadas
sem danos. Essas sugestes apontam boas prticas que traro benefcios para fabricantes,
operrios e para clientes que iro adquirir os produtos.
Resumo: A Ergonomia uma cincia do trabalho que busca a adaptao das condies do
mesmo s caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um
mximo de conforto, segurana e desempenho. No Brasil, a NR 17 uma norma
regulamentadora que trata especificamente da Ergonomia, buscando estabelecer diretrizes
relacionadas s condies de trabalho, desde aspectos relacionados ao levantamento,
transporte e descarga de materiais, aos mobilirios, equipamentos e condies ambientais e de
organizao do posto de trabalho. Em Cruz das Almas, as indstrias de artefatos de cimento se
enquadram no grupo de micro e pequenas empresas, sendo que as mesmas no
proporcionam ambiente de trabalho seguro e livre de riscos ergonmicos. Assim, este trabalho
tem por objetivo uma proposta de interveno ergonmica atravs da identificao dos riscos
ergonmicos no ambiente laboral em cinco fbricas, elencando medidas corretivas no intuito de
reduzir ou eliminar esses riscos. Para o estudo foram utilizadas quatro ferramentas para auxiliar
no diagnstico dos riscos encontrados: Censo de ergonomia, lista de verificao dos
cumprimentos da NR 17 e boas prticas, check list de Couto e mtodo RULA. Os resultados
apontam as principais caractersticas das fbricas de Cruz das Almas no que diz respeito
ergonomia, indicando um perfil ergonmico ruim segundo os mtodos de avaliao utilizados.
Diante dos resultados, propem-se melhorias para os problemas encontrados, concluindo que
estas apresentam situaes ergonmicas insatisfatrias e que nenhuma cumpre diretrizes da
NR 17. Nenhuma das fbricas conseguiu pontuao desejvel segundo os critrios de
avaliao de cada mtodo. Todas as fbricas precisam de intervenes ligadas ao mbito
ergonmico. Mais urgentemente, as Fbricas B, C e E, que apesar de apresentarem as
maiores pontuaes na avaliao do cumprimento da NR 17 e boas prticas, todo processo de
fabricao manual, no dispondo de nenhum tipo de equipamento ou ferramenta que venha
auxiliar noprocesso produtivo. As Fbricas A e D tiveram pontuaes menores na avaliao do
cumprimento da NR 17 e boas prticas, por apresentarem equipamentos que emitem um rudo
muito alto, a ponto de impedir a comunicao entre os trabalhadores, por apresentarem pouco
espao para os funcionrios se movimentarem livremente, sem correr risco de se chocar
durante o uso dos equipamentos e por apresentarem processos produtivos feitos
manualmente, sem auxlio de equipamentos. Vale ressaltar que todas as fbricas
apresentaram um fator biomecnico significativo, ou seja, todos os funcionrios dessas fbricas
esto expostos a riscos ergonmicos. Como principais propostas de interveno cita-se:
Aproximar baias das matrias-primas at a central de produo de argamassa/concreto para
diminuir a distncia percorrida transportando os materiais e minimizar o esforo fsico;
Nivelamento do piso das fbricas como soluo para evitar acidentes pelas ms condies do
piso, como queda; Uso de betoneira com carregador, para a facilitar o trabalho do funcionrio e
diminuir a carga transportada; Investir na mecanizao das fbricas; Fornecer equipamentos
de proteo individual, como protetor auricular, cinta lombar, capacete, culos, mscaras e a
aquisio de bancadas/cavaletes regulveis; Desobstruir toda rea destinada produo dos
artefatos, deixando no local apenas o que necessrio ao processo produtivo.
Resumo: Com o aumento das reas urbanas as cidades tm perdido cada vez mais suas
reas verdes para as construes de indstrias, rodovias e edificaes, em virtude desse
aumento da construo civil e do grande adensamento urbano o planeta est sofrendo diversos
problemas ambientais, que se agravam cada dia mais. Diante dessa questo, o mundo tem
buscado solues que possam resolver ou minimizar tais problemas, assim mecanismos
sustentveis surgiram para diminuir os impactos ambientais, dentre esses mecanismos temos o
telhado verde, essa tcnica construtiva tem se mostrado muito eficiente para minimizar alguns
dos problemas ambientais nos grandes centros urbanos A estrutura desse tipo de cobertura
composta por camadas que permitem a diminuio da temperatura, a umidificao do ar, o
aumento dos espaos verdes e da biodiversidade nas grandes cidades, um melhor isolamento
trmico e acstico das edificaes, economia de energia, diminuio das enchentes j que
retm as guas da chuva, sensao de bem-estar aos que vive ao seu entorno e tambm
possibilita o combate ao fenmeno ilha de calor, um tipo de fenmeno climtico muito comum
em cidades de grande porte, devido s altas temperaturas. Para a realizao desse estudo foi
feito um levantamento bibliogrfico tomando como base materiais j publicados, como, livros,
artigos, monografias, teses, dissertaes e materiais disponveis em endereos eletrnicos.
Com esse tipo de procedimento o presente estudo envolveu opinies de autores diferentes,
possibilitando uma maior anlise e compreenso do assunto em questo. A pesquisa tem
como principais objetivos descrever como o telhado verde ajuda a minimizar as ilhas de calor
nas grandes cidades e demonstrar a contribuio positiva do telhado verde para o meio
ambiente e a sociedade. Verifica-se que o telhado verde uma ferramenta sustentvel capaz
de ajudar a minimizar os impactos ambientais que o planeta vem sofrendo ao longo dos ltimos
anos, isso resultante da contribuio positiva que o mesmo proporciona ao meio ambiente
em vrios aspectos. Temos como destaque, a diminuio do fenmeno ilha de calor, que tem
sido um problema nas maiores cidades, permitindo um maior conforto para a sociedade, e
contribuindo com o meio ambiente por aumentar os espaos com vegetao no meio urbano
acarretando no aumento da biodiversidade.
Resumo: Toda novidade implantada pelo setor produtivo por meio de pesquisas e/ou
investimentos, que tem por objetivo aumentar a eficincia do processo produtivo ou que implica
em um novo ou aprimorado produto, considerado uma inovao tecnolgica. Nesse contexto,
o presente trabalho apresenta um estudo a cerca do sistema de lajes grelhadas de concreto
Holedeck, que recentemente venceu o Prmio de Inovao do CTBU 2015 (The Council on Tall
Buildings and Urban Habitat). Segundo a empresa responsvel, essas lajes surgem como uma
forma inovadora que podem ser consideradas essencialmente uma atualizao do tradicional
sistema de lajes, ou seja, uma ideia de otimizar e gastar menos nas construes. As lajes
grelhadas de concreto Holedeck possuem duas espessuras diferentes, com formato modular
cuja estrutura semelhante a uma laje bidirecional convencional no consumo de ao e em
tempo de execuo. Possui a vantagem dos sistemas obterem complementos encaixveis
entre si e aberturas no topo, sendo esta uma grande vantagem com relao ao sistema de
lajes nervuradas que apresentam dificuldades de compatibilizao com outros sistemas. Uma
vez que nas edificaes as lajes so responsveis por uma elevada parcela do consumo de
concreto, necessrio o estudo dos critrios de escolha dos tipos de lajes a serem
empregados tendo em vista a obteno de solues tcnicas e econmicas atravs da reduo
dos materiais empregados bem como a quantidade de pavimentos, como tambm a
sustentabilidade e rapidez do mtodo construtivo. Ao utilizar lajes macias nos pavimentos, a
parcela de concreto utilizada chega usualmente a quase dois teros do volume total da
estrutura, alm de utilizar um elevado consumo de mo de obra e frmas e apresentar
limitao quanto a sua aplicao a grandes vos por conta da demanda de espessura mdia
de concreto exigida para esta situao. Desta forma, foram feitos estudos comparativos entre
as lajes grelhadas de concreto Holedeck com as lajes convencionais macias e nervuradas.
Atravs deste estudo foram identificadas vantagens quanto a reduo de cerca de 55% de
concreto e de 20% do volume total construdo, favorecimento do desempenho acstico do
ambiente, alm de lajes mais finas que permitem um maior nmero pavimentos e reduo do
peso da estrutura e das cargas transferidas para fundaes.
Resumo: Sabe-se que o primeiro instrumento de corda a ser desenvolvido foi o arco musical,
entre 35 e 15 mil anos a.C. Tais instrumentos seguem o princpio fsico das ondas
estacionrias, onde a vibrao da corda quando pressionada, gera ondas mecnicas em forma
de som. Um exemplo de instrumento de corda a guitarra, originalmente criada para tornar o
som do violo mais evidente e metalizado. Seu funcionamento baseado na captao das
frequncias de vibrao das cordas por meio de um m envolvido por uma bobina que gera
campo magntico. A perturbao gera um sinal eltrico que transformado em som por caixas
amplificadoras. O sinal eltrico criado pelas bobinas pode sofrer mudanas ou distoro o que
resulta em distores tambm no som produzido pelas caixas. Partindo deste princpio, este
trabalho baseia-se na construo de um prottipo de pedal de distoro para instrumentos de
cordas, com um baixo custo de produo visando um preo de venda mais acessvel
principalmente para msicos iniciantes. Para a construo do prottipo de distoro foi
montado um circuito eltrico em uma placa contnua, contendo dois resistores de 1MΩ,
um resistor de 10KΩ e um de 18KΩ, para controlar o fluxo de corrente, dois
capacitores eletrolticos (0,22F e 0,47F) para armazenar energia, um diodo Zenner 1N4148
na sada da placa, de forma que regule a onda do som amplificada, um transistor BC517 para
aumentar o som do instrumento, uma chave liga e desliga para controlar o funcionamento do
prottipo, dois Jacks P10 do tipo Mono, para a entrada e sada dos fios conectores, e um
potencimetro de 100K regulando a passagem de tenso permitindo o ajuste do volume. Para
alimentar o circuito, foi utilizada uma bateria de nove volts. A fim de eliminar os rudos no som
produzido pelo prottipo, foi necessrio implantar uma camada de papel alumnio sobre a placa
do circuito e dos fios de conexo. O papel alumnio auxilia no processo de blindagem
eletromagntica, diminuindo os rudos e interferncias causados pela distoro. Foi notria a
percepo de que para a elaborao desse prottipo necessrio o conhecimento bsico
sobre princpios fsicos e de componentes eletrnicos. O custo total do projeto mostrou-se
bastante interessante, pois apresentou um preo de venda de at 70% menor que a mdia dos
preos de distores mais simples no mercado.
Resumo: O programa Baja SAE um desafio lanado para estudantes de diversas reas da
engenharia nas modalidades, mecnica, materiais, eltrica e de produo. O projeto faz com
que o aluno faa parte do desenvolvimento de prottipo veicular off-road em todas as suas
fases. As etapas do programa vo desde a sua concepo, passando pelo projeto, construo,
simulaes computacionais e finalizando com testes prticos para avaliar o desempenho final
do veculo. O objetivo deste trabalho mostrar a influncia da participao do aluno de
cincias exatas em equipes Baja, visando uma melhor percepo do que ir enfrentar no
mercado de trabalho. Para avaliar a influncia do projeto, foi aplicado um questionrio com
doze perguntas de mltipla escolha. A metodologia aplicada foi visando obter a opinio da
comunidade acadmica, sobre a presena de equipes Baja durante a graduao. Dentre as
perguntas, foram abordados questionamentos relacionados ao conhecimento dos entrevistados
sobre a competio, formato do veculo, interesse dos discentes em projetos de extenso ou
iniciao cientfica. O questionrio foi elaborado atravs da plataforma de formulrio da Google
e aplicado por meio de redes sociais, requisitando a opinio dos estudantes, professores,
tcnicos da Universidade Federal do Recncavo da Bahia e pblico em geral. Para a obteno
dos resultados, foi utilizada uma amostra de 50 pessoas que responderam ao questionrio.
Dentre os cinquenta entrevistados, 76% dos entrevistados cursam cincias exatas, 18%
cursam as engenharias (Mecnica, Civil, Sanitria e Ambiental) e os 6% restantes fazem outros
cursos de graduao na UFRB. Quando questionados sobre a divulgao do projeto, 36%
apresentam conhecimento da competio Baja SAE e da existncia de uma equipe Baja na
UFRB. Quando instigados sobre o interesse de participar de equipes Baja, 54% dos
entrevistados mostram interesse em buscar uma melhor preparao para o mercado de
trabalho. Por outro lado 30% no apresentam interesse em participar, pois tem uma carga
horaria alta durante o semestre e no pode dedicar-se totalmente ao projeto. A explicao para
estes dados que 72% dos entrevistados j esto em algum projeto e 16% das pessoas dizem
que participariam somente para complementar a carga horria. Por ltimo, foi perguntado sobre
a importncia do programa Baja SAE na formao do aluno, diante disso constatou-se que
92% dos entrevistados acreditam que fazer parte de uma equipe Baja uma tima
oportunidade para testar na prtica os conhecimentos vistos em sala de aula. A partir dos
dados coletados, verificou-se que a comunidade acadmica tem a percepo que a incluso do
discente em equipes baja durante a graduao em cincias exatas, auxiliando no
desenvolvimento de diversas habilidades, sendo assim um diferencial na sua carreira.
Resumo: O projeto BAJA tem por objetivo a participao de instituies do ensino superior em
uma competio que desafia os estudantes de engenharia a desenvolverem um veculo off-
road, monoposto (veculo com capacidade para um nico individuo) comercialmente atrativo.
Ao montar um veculo BAJA, se faz necessrio atentar a escolha dos componentes da
transmisso, sendo este projetado para pistas acidentadas deve por premissa, levar em
considerao relao custo-benefcio, conforto do piloto, peso real e a uma eficiente
transferncia de torque do motor para as rodas. Devido importncia do sistema de
transmisso para veculos BAJA, torna-se necessria a anlise dos sistemas disponveis.
Deste modo o presente estudo objetiva comparar dois modelos de transmisso comercialmente
utilizados, manual e CVT (continuously variable transmission), e selecionar qual mais
adequado para o veculo. A anlise das opes de escolha para a transmisso foi feita com
base na literatura disponvel sobre o tema, sendo que trabalhos de concluso de curso de
graduao, dissertaes de mestrado, teses de doutorado e artigos cientficos foram os meios
principais. As transmisses CVT e manual podem ser facilmente instaladas e acopladas ao
motor. O CVT composto basicamente por uma correia de metal ou borracha de alta potncia
e polias de entrada e de sada com dimetros variveis, sendo justamente a abertura ou
fechamento destas que permite a variao das marchas que relacionam o virabrequim e a
rvore de transmisso. Esse sistema automtico, ou seja, existem infinitas relaes de
transmisso que dependem apenas da presso aplicada no acelerador, e dessa forma
possibilita que a potncia produzida pelo motor imposto pela SAE (Society of Automotive
Engineers), seja aproveitada ao mximo. No CVT, o pedal do acelerador estar pressionado
enquanto as relaes de transmisso so alteradas pelas polias, no havendo necessidade de
embreagem e alavanca de mudana de relao, possibilitando ao motor o funcionamento de
forma contnua culminando na reduo do gasto de combustvel na faixa de 10% se
comparada a manual. Na transmisso manual, ao se trocar a marcha, a rotao do motor
diminui, pois o pedal do acelerador deixa de ser pressionado, demandando mais trabalho do
motor e consequentemente mais combustvel. Em competies como o BAJA SAE em que o
enduro demanda um perodo de pilotagem superior a 4 horas, a utilizao do CVT possibilita
um nvel superior de conforto se comparada a transmisso manual em que as trocas de
marchas se tornam uma tarefa cansativa para o piloto, causando notria queda de
desempenho deste na competio. A eficincia do sistema CVT supera a de uma transmisso
manual por no possuir marchas pr-definidas, se adequando da melhor forma possvel as
necessidades do veculo, permitindo economia de combustvel, poucas interrupes e
excelente converso de torque. O CVT relativamente leve possibilitando uma significativa
reduo no peso final se comparada a transmisso manual devido principalmente ao fato
dessa possuir elevado nmero de engrenagens de ao. Para um veculo BAJA, objeto deste
estudo, a escolha do CVT o ideal de acordo com trs fatores importantes: eficincia, peso e
conforto.
Resumo: Desde a primeira revoluo industrial no fim do sculo XVIII e incio do sculo XIX o
uso de inmeros elementos tornou-se comum e bastante empregados para compor a
construo de diversas maquinas. Nesses primrdios o superdimensionamento dessas partes
era feito com o objetivo de evitar falhas durante seu uso e devido a isso o custo de produo se
tornava igualmente elevado.Com o passar do tempo e aumento da competitividade do mercado
tornou-se fundamental encontrar uma maneira de dimensionar essas peas de forma a evitar
custos desnecessrios. Para isso o uso da cincia dos materiais contribuiu para uma anlise
mais elaborada desses elementos tornando-os mais eficientes. A partir do sculo XXI com a
era da computao e a possibilidade de simulaes que replicam condies de uso reais, a
utilizao de softwares tornou o dimensionamento de peas ainda mais preciso e contribuiu
para a reduo de falhas e custos de produo. Essas simulaes tornam-se necessrias pois
cada pea contm formas singulares que acabam por distribuir e concentrar tenses de formas
distintas tornando a previso do seu comportamento bem complexa.Atualmente, o
dimensionamento de peas faz parte da concepo da grande maioria dos equipamentos
mecnicos e quase que obrigatrio em um projeto de sucesso. Tendo em vista este fato, o
estudo de como se realiza tal dimensionamento desses elementos e possveis tcnicas que
possam ajudar a otimizar sua anlise se torna de extrema importncia para a rea da
engenharia mecnica. Este trabalho tem como objetivo demonstrar as etapas de
dimensionamento e teste de uma rvore, que por definio uma pea geralmente alongada
que transmite potncia por toro, sujeita a foras externas de trao e toro. Para isso foi
realizada uma anlise inicial utilizando conceitos de cincias dos materiais e elementos de
maquinas para estimar os esforos atuantes. Com isso pode-se ento realizar o desenho e
simulao da pea no software SolidWorks tendo por meta analisar as mudanas de seo,
apoios e outros fatores que so responsveis por concentrao de tenses na pea e estimar a
reao da mesma em condies reais. Tendo a simulao no software mostrado que a pea
resistiria aos esforos, pde-se ento partir a etapa de fabricao desta. Por fim, efetuou-se a
avaliao de seu funcionamento em condies reais obtendo-se assim a constatao que o
estudo previamente realizado valido para estimar condies reais de trabalho.
Resumo: Acetato de Vinila Etil (EVA) um co-polmero termoplstico formado por sequncias
aleatrias de polietileno e poli(acetato de vinila) e atualmente utilizado no mercado em
solados e entressolas de calados, tatames, protetores bucais, entre outros. Cerca de 18% de
massa residual gerada durante o processo de corte e acabamento de placas de EVA para a
obteno de solados de calados no Brasil, gerando aproximadamente 15 toneladas de
resduos de EVA, segundo superintendente da Neomix Concretos: Jos Roberto Romero, por
ano em 2015, apresentando um aumento em relao aos anos anteriores. Frente a este
cenrio este trabalho tem como objetivo a utilizao desse resduo como
revestimento/isolamento acstico, resduo este gerado pela indstria caladista Bibi Calados,
localizada na cidade de Cruz das Almas. Testes acsticos foram efetuados com a finalidade de
observar a atenuao sonora proporcionada pela manta com o intuito de utilizar a mesma
como isolamento acstico. O sistema de medio acstica foi realizado utilizando uma bancada
emissora de rudo constituda de um cubo metlico de 0,125 m revestido com a manta de EVA
e duas caixas de som comuns (Hi-fi Speakers), com freqncia variando de 0 Hz a 10000 Hz.
Com o auxlio de um decibelmetro foram verificadas as intensidades sonoras para as
frequncias nos sistemas com e sem o revestimento (manta) em um ambiente a uma
temperatura de 18,6C. Os resultados das redues de intensidade sonora, obtidos para cada
frequncia foram em Decibis (dB): 9,3% (2000 Hz), 14,8% (4000 Hz), 19,3% (6000 Hz), 10,9%
(8000 Hz) e 22,2% (10000 Hz). Na frequncia de 2000 Hz a manta apresentou a menor
atenuao, com reduo de 5 dB e na frequncia de 10000 Hz apresentou a maior atenuao,
com reduo de 12,7 dB. Ao comparar a maior atenuao (12,7 dB) da manta de EVA com os
dados de atenuao acstica da literatura, nota-se que muito similar a de outros materiais,
como L de Rocha e Fibra de cco, j utilizados no mercado para isolamento acstico,
podendo concorrer com os mesmos em mercado devido aos seus bons resultados de
atenuao, a quantidade de matria prima gerada anualmente pela indstria e do carter
ecolgico de reaproveitamento.
Resumo: O imenso volume de leo residual gerado em uso domstico e industrial tem como
destino a produo de sabo e rao animal, contudo, grande parte desse resduo ainda
disposta de forma inadequada promovendo a contaminao das guas. O uso do biodiesel a
partir de leos e Gorduras Residuais (OGRs) uma das alternativas encontradas para reduzir
os impactos, unindo a necessidade de destinao correta do leo reduo das emisses de
gases poluentes por ser este um combustvel limpo, procedente de fontes renovveis. Nesse
contexto, esse trabalho teve por objetivo a idealizao e construo de um prottipo capaz de
produzir biodiesel em escala de bancada com materiais de baixo custo, permitindo o estudo e a
aplicao dos conhecimentos das diversas reas como, por exemplo, as disciplinas de
programao, fsica, qumica orgnica, alm das matrias especificas do curso ligadas as
questes ambientais e energticas, visando tambm explanar as discusses sobre problemas
ambientais relacionados ao OGR entre os discentes da Universidade Federal do Recncavo da
Bahia (UFRB), auxiliando a complementao das aulas do curso de Bacharelado
Interdisciplinar em Energia e Sustentabilidade, voltado formao dos alunos da UFRB que
cursam Projeto Interdisciplinar. O sistema contm etapas de reao, separao e lavagem,
alm de controle atravs da placa de comando Arduino. As reaes foram realizadas em
triplicata, temperatura ambiente com variao mdia de 30-35C, razes molares de 5:1 e 6:1
de metanol e leos e gorduras residuais, hidrxido de potssio como catalisador utilizando a
razo mssica de 1% em relao massa de leo e tempos reacionais de 60 e 80 minutos.
Destacando ainda que uma ltima etapa de secagem a 100C foi realizada nas amostras de
biodieseis produzidos em uma chapa de aquecimento para que a umidade fosse retirada do
produto, essa etapa ainda no incorporada ao sistema. Os resultados preliminares
apresentados neste artigo indicaram que possvel produzir biodiesel com rendimento mssico
de at 93% no prottipo, sugerindo que esse rendimento tende a aumentar ainda mais na
medida em que as prximas etapas sejam incorporadas. Os resultados de ndice de acidez
indicaram que o ndice de cidos graxos livres diminuiu aps a reao de transesterificao,
contudo, ainda no esto dentro dos limites impostos pela ANP no Brasil. Estes dados
sugerem novos experimentos com condies mais severas de reao para que sejam evitadas
perdas de processos. Alm disso, o aprendizado dos alunos do BES na UFRB foi muito valioso
para que as etapas de processos fossem verificadas de forma minuciosa e para que a
otimizao deste processo seja melhorada a cada etapa do ensino.
Resumo: objetivo da pesquisa foi avaliar a qualidade da gua tratada em Sistemas Locais de
Abastecimento (SLA), em comunidades tradicionais localizadas no municpio de Cachoeira-BA,
distante cerca de 120 km da capital do Estado, Salvador. Foram analisados dados ao longo do
perodo de 2012 2014, com vista em trs comunidades Vila Belm da Cachoeira, Santiago do
Iguape e So Francisco do Paraguau, situadas na Regio da bacia hidrogrfica do
Paraguau. Os parmetros consistiram em avaliaes nos sistemas conforme o controle da
gua captada e distribuda realizado atravs de diagnsticos executados em laboratrios,
seguindo diretrizes do Ministrio da Sade Portaria n. 2914/2011 analisando: cor (UC),
turbidez (NTU), coliformes fecais (%), coliformes termo tolerantes (%), Flor (mg/L) e cloro
residual (mg/L). A portaria estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao
controle e vigilncia da qualidade da gua para consumo humano e seu padro de potabilidade
aos limites mximos permitidos que precisem ser respeitados em toda gua distribuda para
consumo humano. O sistema de abastecimento de gua deve disponibilizar gua potvel a
populao, de forma continuada e em quantidade e presso apropriada, nas ETAs, devem-se
buscar alternativas tcnicas que consintam, no mnimo, a produo de gua que atenda a
portaria vigente ao padro de potabilidade. O nmero de amostra analisadas nas localidades
foram dos mananciais, da capitao, das estaes de tratamento e na rede de distribuio, at
chegar ao consumidor. As tcnicas para o tratamento e tecnologia de guas para o consumo
nas localidades comeou com a captao da gua bruta no manancial, sendo esta
encaminhada a coagulao, floculao, decantao, filtrao e posterior desinfeco e
fluoretao. Os dados foram coletados por meio da Embasa (Empresa Baiana de guas e
Saneamento S.A), disponibilizados em tabelas nos Relatrios Anuais para informaes ao
usurio atravs da Lei n 8.078, de 11/09/1990 da Poltica Nacional das Relaes de Consumo.
Os conhecimentos investigados da tecnologia de tratamento e as informaes coletadas no
abastecimento pblico de gua conclussem teores permitidos dentro de procedimentos e
dados apreciveis de padro de potabilidade da portaria 2914/11 do Ministrio da Sade, nos
Sistemas locais de Abastecimento no Territrio de Identidade do Recncavo da Bahia.
Resumo: Ao redor do globo, em 140 pases, h cerca de 45.000 grandes barragens, alm de
800.000 pequenas barragens. Tal cenrio crescente e, aliado a problemtica das mudanas
climticas e do aumento da demanda de consumo dos usos mltiplos da gua, tm causado
grande desafio e preocupao. Isso ocorre pois esses fatores impactam os ecossistemas
fluviais causando alteraes de fluxo nos corpos hdricos e, por conseguinte, toda a conjuntura
ecolgica (bitica e abitica). Neste contexto, Poff et al. (2010) apresenta a metodologia dos
Limites Ecolgicos de Alteraes Hidrolgicas (ELOHA) para avaliao das necessidades
ambientais de fluxo para os corpos hdricos, trazendo a classificao de rios como um meio
para o entedimento comportamental dos corpos dgua, identificao dos fenmenos e
modificaes ocorridas nesses ecossistemas. As alteraes hidrolgicas podem abalar
tambm a segurana hdrica, suscitando maiores preocupaes em regies onde h pouca
disponibilidade hdrica, como o Nordeste do Brasil, em que a maioria de seus rios so
intermitentes. Nesta perspectiva, este trabalho objetiva classificar trechos do Rio Itapicuru em
pontos monitorados considerando seu estado no-perturbado, gerando uma tipologia de rios
para auxiliar a identificao de trechos impactados por barragens. Foi feita uma busca das
estaes fluviomtricas que apresentavam melhor disponibilidade de dados, visando
representatividade para gerar a tipologia de rios; foram selecionadas as estaes fluviomtricas
50420000 (Jacobina), 50465000 (Queimadas), 50520000 (Ponte Euclides da Cunha),
50540000 (Cip) e 50595000 (Usina Altamira). Buscou-se elaborar a tipologia de rios de
acordo com a proposta do ELOHA, de modo que a categorizao final agrega uma
classificao hidrolgica e uma geomorfolgica. A classificao hidrolgica foi realizada atravs
de anlise feita com o Indicators of Hydrologic Alteration (IHA), representando os aspectos do
regime de fluxo magnitude, variao temporal, durao, previsibilidade e taxa de ascenso e
recesso. Para desenvolver a classificao geomorfolgica, foi aplicado o mtodo River Habitat
Survey para levantamento de dados das caractersticas do ecossistema, de qualidade
ambiental e modificao realizado em visita de campo, em agosto de 2015, em trs das
estaes selecionadas. Para complementar foi levantado dados secundrios de altitude, perfil
transversal e hidrogeologia do local. A partir das anlises, desenvolveram-se quatro classes
hidrolgicas representantes dos trechos estudados. Por fim, foram geradas sete categorias,
caracterizadas pela hidrologia, geomorfologia e geologia dos trechos, classificando segmentos
a jusante de onze barragens presentes na bacia do Itapicuru. A classificao final proposta
com a aplicao dos dois mtodos englobou os seguintes tipos: Rio de Pequena
Dimenso/Embasamento Cristalino (Rio da Prata, Andorinha II, Quice, Sohen); Rio de Pequena
Dimenso/Embasamento Metassedimentar (Aipim, Pindoba, Estao 50420000); Rio
Intermedirio/Embasamento Cristalino (Ponto Novo, Jacurici, Monteiro, Estao 50465000);
Rio Intermedirio/Embasamento Sedimentar (Pedras Altas, Rio do Peixe); Rios de Grande
Dimenso/Embasamento Cristalino; Rio de Grande Dimenso/Embasamento Sedimentar
(Estaes 50520000 e 50540000); Rio de Grande Dimenso Amortizado (Estao 50595000).
A classificao proposta dos trechos do rio Itapicuru serve como base para o entendimento das
mudanas nos ecossistemas fluviais, gesto hdrica, e com importante auxlio em cenrio de
limitao de dados.
Resumo: O manejo adequado dos resduos slidos tem sido um dos objetivos traados pelas
polticas pblicas nacionais para minimizar os danos ambientais causados pelo descarte de
produtos aps o consumo. A Poltica Nacional dos Resduos Slidos (PNRS), Lei 12.305/2010,
define a compostagem como uma das formas de destinao ambientalmente adequada e
tambm prev a implementao de sistemas de compostagem para destinao dos resduos
slidos orgnicos sob a responsabilidade do municpio. Na esfera municipal, um dos principais
contribuintes de matria orgnica so as feiras livres, caracterizadas como um complexo de
relaes sociais e econmicas que ocorrem dentro de um determinado espao pblico. Nesta
perspectiva, o presente trabalho tem como meta verificar a legislao brasileira no campo da
gesto dos resduos slidos, as polticas pblicas voltadas para a destinao dos resduos
slidos na cidade de Cruz das Almas e analisar a compostagem como mecanismo de
atendimento legislao vigente. O enfoque do estudo so os resduos orgnicos de feira livre
como passo inicial para um caminho sustentvel na gesto municipal. O trabalho realizado tem
como alicerce a anlise qualitativa da implantao da compostagem como mecanismo de
atendimento legislao vigente e operacionalizao de polticas pblicas de incentivo
reciclagem dos resduos slidos urbanos do municpio de Cruz das Almas. O mtodo
investigativo de cunho descritivo o estudo de caso. Atualmente, os resduos de feira livre na
cidade de Cruz das Almas so direcionados a um aterro sanitrio, que alm de resduos
slidos domsticos, recebe os entulhos, os resduos de podas e de sade que so dispostos
separadamente em valas especficas. O municpio adota medidas de manejo dos Resduos
Slidos com aes peridicas de incentivo aos catadores de material reciclvel e reutilizvel na
responsabilidade compartilhada, educao ambiental e logstica reversa. No entanto, a cidade
no possui o Plano Integrado de Resduos, como exigido pela PNRS como condio para ter
acesso aos recursos da Unio ou por ela controlados. Apesar das aes como implantar a
coleta seletiva para reaproveitamento, reciclagem e compostagem estarem previstas no Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) do municpio, nenhuma poltica pblica foi feita
efetivamente para a transformao dos resduos orgnicos em composto. Caso a
compostagem seja implementada na cidade contemplar vrios pontos relacionados a PNRS,
proporcionando melhores condies na qualidade de vida da populao e ambiental. Um
desses pontos o reconhecimento do resduo slido reutilizvel como bem econmico de valor
social, gerao de trabalho e renda, e promoo de cidadania. O produto resultante da
compostagem seria utilizado na fertilizao do solo na agricultura familiar, muito representativa
na regio, substituindo os fertilizantes industriais, nocivos ao meio. Observou-se que
possvel, e imprescindvel, desenvolver projetos de compostagem em Cruz das Almas. A fim de
que a disposio final dos resduos orgnicos possa ser sanitariamente adequada e
economicamente possvel, entende-se que a implantao do sistema de compostagem na feira
livre configura-se como possvel e um passo inicial para o cumprimento das exigncias legais e
para a consolidao do tratamento adequado dos resduos.
Resumo: No mundo existem muitos pases que conhecem a realidade de escassez de gua e
como conviver sob precrias condies em relao disponibilidade de recursos hdricos e,
infelizmente, notrio que esta realidade esteja se alastrando no mundo inteiro. H diversas
situaes que coloca em risco a qualidade das guas e tambm a biodiversidade do planeta
como o descarte incorreto de resduos, emisses gasosas, desmatamento e ainda o
lanamento de dejetos sem tratamento no meio ambiente, principalmente atravs de atividades
antrpicas, destacando-se s relacionadas s indstrias, que consomem recursos naturais e
geram resduos que podem conter metais txicos e perigosos. No ambiente, estes metais
txicos, so geralmente uma grave fonte de poluio por apresentarem um grande risco para
sade humana, sendo que no meio aqutico podem ser provenientes de fontes naturais como
lavagem geolgica de solos e rochas, diretamente expostos gua, e tambm de fontes
antrpicas como, por exemplo, atravs dos efluentes domsticos e industriais, pela aplicao
de pesticidas na agricultura, pelo processo de minerao e fundio de metais no terrosos
(EBRAHIMPOUR & MUSHRIFAH, 2008). Os recursos hdricos contaminados requerem,
portanto, um tratamento apropriado e para isso tm se destacado alguns processos de
remoo de metais em tratamento de gua, como os processos de troca inica, adsoro por
carvo ativado, separao por membrana, processos biolgicos, eletroqumicos e a
neutralizao/precipitao qumica. Apesar da maioria dos estudos envolvendo pr-
concentrao de metal utilizarem solventes comercialmente disponveis, outros materiais como
adsorventes naturais ou bioadsorventes vem sendo utilizados e neste contexto o processo
biolgico que utiliza fibras naturais como bioadsorvente para a reduo da concentrao de
metais pesados, como urnio, em guas superficiais tem sido bastante satisfatrio e pode ser
destacado entre os processos de tratamento existentes, dentre outros motivos, por apresentar
um custo muito baixo. Diante disto, no presente trabalho foi aplicado o mtodo de remoo de
urnio da gua a partir de filtros utilizando casca de mandioca calcinada como adsorvente
natural. Inicialmente a casca de mandioca foi submetida secagem em estufa 60C durante
24h, em seguida triturada e peneirada em peneira de 500m. Posteriormente a fibra foi
calcinada em mufla a 250C durante 30 min. Assim, foram realizados experimentos em
laboratrio para identificar os nveis dos parmetros mais eficazes na remoo de urnio da
gua pela casca de mandioca calcinada. Os parmetros estudados foram as variaes de pH,
o tempo de contato com o adsorvente e a quantidade de biomassa utilizada. As melhores
condies experimentais obtidas a partir da metodologia univariada foram: 10 minutos de
tempo de contato, 0,30g do adsorvente e pH entre 6 e 7. Os dados obtidos foram aplicados nos
modelos mais simples conhecidos, de Freundlich e de Langmuir, ajustando-se melhor ao
primeiro modelo. Esse processo pode contribuir para solucionar problemticas ambientais
colocando em prtica instrumentos da qumica analtica para tratar a gua alm de evitar o
descarte inadequado de resduos como a casca de mandioca no meio ambiente.
Resumo: Recentemente, no Campus da UFRB de Cruz das Almas, foi implantado o Sistema
de Informaes Geogrficas (SIG) para integrao de projetos de Saneamento, tais como
abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, manejo de resduos slidos, drenagem de
guas pluviais e controle de vetores. No sistema foi integrada uma srie de informaes de
indicadores necessrios implantao, atualizao e manuteno dos sistemas de
saneamento, que serviro de base aos clculos e projees realizados. Assim, o presente
trabalho tem como objetivo apresentar o mapeamento de uso e ocupao do solo do Campus
da UFRB realizado para fornecer indicadores cartogrficos para a implantao de sistemas de
saneamento, e serem inseridos ao Sistema de Informao Gerencial DA Universidade Federal
do Recncavo da Bahia - SIG/UFRB, para integrao de projetos de Saneamento, tais como
abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, manejo de resduos slidos, drenagem de
guas pluviais e controle de vetores. Desta forma, a metodologia empregada no mapeamento
temtico consistiu nas etapas de obteno da base cartogrfica, vetorizao da imagem para
gerao do mapa de uso e ocupao do solo, reconhecimento da rea de estudo para
definio e/ou avaliao das classes mapeadas, e gerao dos mapas temticos especficos
aos sistemas de saneamento, a partir do mapa de uso e ocupao do solo. A imagem digital foi
obtida na Superintendncia de Estudos Econmicos e Sociais do Estado da Bahia (SEI),
georreferenciada com coordenadas no sistema geodsico SIRGAS2000 e sistema de projeo
UTM Fuso 24. As classes de uso e ocupao do solo presentes na imagem digital foram
identificadas e avaliadas em atividade de campo. A partir da manipulao do mapa de uso e
ocupao do solo foi possvel gerar mapas derivados, importantes para o desenvolvimento e
anlises dos projetos de saneamento no contexto da gesto dos servios. Os mapas temticos
foram criados separadamente para serem integrados no SIG/UFRB como elementos grficos
isolados, permitindo as anlises das relaes espaciais entre eles. Os mapas temticos
gerados foram: rea urbana com edificaes e arruamentos, vegetao (mata densa,
pastagem e rea experimental) e hidrografia (lagoas e crregos), a partir dos quais,
futuramente, podero ser gerados outros mapas derivados tais como reas de restrio
ambiental (preservao permanente e reserva legal). A principal vantagem da implantao do
Sistema de Informao Gerencial foi a possibilidade de escolha do mais adequado sistema
situao atual e futura da Instituio, viabilizando a adoo de procedimentos alternativos,
onde, tecnologias simples, mas eficientes, podero ser projetadas, operadas e monitoradas por
funcionrios da prpria UFRB, com reduo nos gastos materiais e humanos, e com grandes
ganhos ambientais e sustentveis.
Resumo: A Lei 11.445/07 definiu o marco legal para o setor do saneamento, pois alm de
estabelecer diretrizes nacionais para o setor, essa norma legal consagra tambm a
universalizao do acesso como um dos seus princpios fundamentais. Apesar disso, a
universalizao dos servios de saneamento ainda est bem distante da realidade da grande
maioria dos municpios brasileiros. Nesse contexto, o presente trabalho tem por objetivo
elaborar um panorama dos servios de esgotamento sanitrio nas bacias hidrogrficas do
Recncavo Norte e Inhambupe. O trabalho foi realizado a partir dos dados disponibilizados no
Sistema Nacional de Informaes sobre Saneamento (SNIS), adotando por referncia os anos
2012 e 2013. Os resultados obtidos evidenciam que o acesso aos servios de coleta e
tratamento de esgoto nos 46 municpios integrantes da rea estudada encontra-se distante da
universalizao. Quando considerado apenas o ndice de Atendimento Total de Esgoto,
referido aos municpios atendidos com gua, a mdia dos 46 municpios alcana 11,37%.
Logo, cerca de 88% da populao dessa bacia, que alcanada pelo servio de abastecimento
de gua, no atendida por um servio regular de coleta de esgoto. Alm disso, dentre os
municpios da rea estudada, metade deles no possuem nenhum servio de esgoto e, dentre
aqueles que possuem o servio, nenhum municpio coleta a totalidade dos esgotos (100%),
sendo um resultado alarmante para um Pas que busca a universalizao dos servios de
saneamento. Considerando que a mdia brasileira de coleta dos esgotos 48,6%, percebe-se
que a mdia dos municpios pertencentes as Bacias Hidrogrficas do Recncavo Norte e
Inhambupe encontra-se muito abaixo da mdia nacional. Em relao ao servio de tratamento
de esgoto, referido gua consumida, a situao tambm desfavorvel, pois a mdia desse
servio para os 46 municpios integrantes da rea de estudo de 16,63%. Do total dos 46
municpios, apenas dois municpios possuem 100% de tratamento de esgoto, sendo eles
Salvador e Lauro de Freitas. Observando os dados de melhora na cobertura de esgoto,
conclui-se que, considerando os anos de 2012 e 2013, h um grande dficit de ligaes de
esgoto que foram realizas em relao ao nmero de ligaes faltantes. O municpio que obteve
um maior desempenho foi Salvador, mas ainda assim no atendeu nem metade das ligaes
necessrias para que fosse alcanada a universalizao do servio. Dos 46 municpios,
apenas 15 realizaram novas ligaes de esgoto entre 2012 e 2013. Os outros municpios no
realizaram nenhuma ligao ou o nmero de ligaes que foram realizadas no excedeu o
nmero de ligaes j existentes que passaram a apresentar algum tipo de avaria. Logo, para
que os servios de coleta e tratamento de esgoto sejam universalizados sero necessrios
maiores investimentos, devendo o governo passar a priorizar o saneamento bsico e a investir
as verbas previstas na legislao em prol de assegurar os servios de saneamento bsico para
populao.
Resumo: A gua possui diversos usos e cada um deles implica em uma qualidade diferente,
sendo o consumo e a balneabilidade os mais criteriosos. Isso porque a substncia entrar em
contato direto com o ser humano e caso no apresente os parmetros requeridos
provavelmente trar riscos sade pblica. Dessa forma imprescindvel que haja anlises
fsico-qumicas e microbiolgicas em corpos dgua para essas atividades. Portanto, o objetivo
desse estudo foi analisar a qualidade da gua de bebedouro localizado na Biblioteca Central da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia, campus Cruz das Almas, no municpio de Cruz
das Almas, Bahia, Brasil. As coletas da gua do bebedouro foram realizadas semanalmente
tendo como meses de referncia maio e junho de 2016. O horrio da coleta era as 10h, e no
momento da coleta era medida a temperatura. A coleta foi realizada em uma garrafa plstica
de 500mL para os parmetros fsico-qumico e para microbiolgico em um recipiente plstico
esterilizada de 300mL, seguindo as medidas de assepsia e acondicionada at o laboratrio. As
amostras coletadas foram encaminhadas para o Laboratrio de Qualidade da gua da
Universidade Federal do Recncavo da Bahia ESA/CETEC/UFRB, para realizao de anlises
a fim de verificar os parmetros fsico-qumicos e microbiolgicos (tcnica de tubos mltiplos)
de acordo com o Standard Methods. Dentre as caractersticas organolpticas analisadas,
notou-se inicialmente um odor caracterstico, associando o mesmo com o ndice de sujidade do
reservatrio, motivo pelo qual despertou o interesse em verificar as caractersticas dessa gua.
Ainda na fase inicial de coleta de amostras o reservatrio do local que abastecia o bebedouro
passou por limpeza, alterando de forma positiva os resultados encontrados. Os resultados das
anlises fsico-qumicas das amostras de gua realizadas, indicaram que os parmetros
apresentaram valores dentro do estabelecido pela Portaria 2914/2011 do Ministrio da Sade
para o consumo humano, alm disso, as anlises microbiolgicas indicaram ausncia de
patgenos. Atravs das metodologias utilizadas foi observado que a qualidade da gua est
prpria para o consumo e que reservatrios que acumulam gua tratada precisam passar por
processos de limpeza a cada seis meses como preconiza a norma para que no apresente
risco a sade de quem consumir.
Resumo: Este trabalho nos possibilita relatar uma experincia exitosa de ensino
aprendizagem de leitura e escrita em Lngua Portuguesa (LP), da professora Maria Rita de
Cssia Rodrigues, no primeiro semestre de 2016, com os alunos do 9 ano, com faixa etria
entre 12 e 16 anos, dentre eles temos dois alunos portadores de surdez, no turno matutino, no
colgio Estadual Ruy Barbosa, no bairro de Nazar, em Salvador Bahia, com alunos oriundos
dos bairros da Federao, Engenho Velho da Federao, Alto da Pombas, Calabar e Sade.
Para tanto, foi selecionado um texto de Divulgao Cientfica( DC ), cujo o ttulo " verdade
que o mundo vai Acabar"? de Orlando Casares e Elisa Martins, extraido da revista Cincia
Hoje das Crianas e um artigo de opinio: Prevenir ou remediar? deCassildo Souza. As aulas
de leitura foram realizadas em trs etapas: Pr- Leitura ( mobilizao dos conhecimentos
prvios ), leitura , ps- leitura e produo textual oral e escrita, enfatizando a linguagem no-
verbal, atravsas imagens da capa da revista e outras ilustraes alm da Lngua de Sinais
(LIBRAS), para que os alunos surdos pudessem ser incluidos socialmente nessas atividades.
Como procedimentos metodolgicos utilizamos etnografia escolar na viso de Andr ( 1999 )
que nos subsidia a observar as prticas dos estudantes dentro da sala de aula e fora do
contexto escolar, Kleiman ( 1999) Street ( 2010) que compreendem letramento como conjunto
de prticas sociais de leitura e de escrita, e trazendo a leitura como atividade social Bakhitin (
2010) e os estudiosos da rea da educao para surdos Perlin (2003), Gesser (2009) e
S(2006), e falando sobre leitura e aprendizagem Freire (1989).
Resumo: Preservar a histria de um povo, bem como os seus saberes e prticas nem sempre
uma tarefa fcil. O mesmo, podemos dizer, foi assumir o desafio em conceber uma nova
identidade visual para o Ncleo de Memria e Documentao (NUDOC/UFRB) devido sua
importncia no tocante documentao, preservao e salvaguarda de arquivos e acervos
ligados memria e cultura do Recncavo baiano nas mais diversas reas de
conhecimento.Criado em 2011 na cidade de Cachoeira, e expandido em 2014 a partir da
chegada do Laboratrio de Etnomusicologia, Antropologia e Audiovisual (LEAA/Recncavo)
com aes de produo audiovisual, extenso e educao comunitria. O NUDOC hoje um
espao de encontro, reflexo e produo que rene grupos de estudos, pesquisa e extenso
que atuam na formao de pesquisadores, educadores, produtores de audiovisual e acervos
documentais. Alm disso, o NUDOC abriga a Galeria NUDOC, espao comunitrio para
exposies de obras de artistas locais, nacionais e internacionais.A concepo da identidade
visual foi dividida em 3 etapas. A primeira delas, a pesquisa, consiste em uma busca por
referencial terico e visual, com o objetivo de construir uma base conceitual que funciona como
alicerce de concepo da marca. A segunda etapa referente ao desenvolvimento. Aqui
comeamos a desenhar as ideias, colocar no papel formas sintetizadas daquilo que
absorvemos enquanto referncia terica e visual. Posteriormente, quando a forma definitiva do
smbolo grfico alcanada, passamos a imagem para o computador, onde comea o trabalho
de finalizao da marca. Trabalhamos a marca utilizando programas de ilustrao vetorial
(Adobe Illustrator) e, aps sua finalizao, fazemos estudos de proporo e ergonomia para
adaptao da marca e melhor aplicabilidade. Aqui entramos na terceira etapa, a finalizao.
nesta etapa onde todos os estudos de aplicabilidade e ergonomia, as etapas de construo da
marca documentadas, enfim, toda a pesquisa e processo de concepo so utilizados para a
construo de um manual de aplicao e uso da marca.Levando em considerao a
importncia da preservao da memria para elaborao do smbolo grfico, podemos pens-
la como algo dinmico, em constante movimento e transformao, como uma espiral. O desafio
encontrado no desenvolvimento da identidade visual do NUDOC foi transmitir atravs do
smbolo grfico, alm desse movimento da memria, a interseco de conhecimentos (inter e
multidisciplinaridade) e a sensao de movimento que nos remete ao dinamismo. A forma
bsica foi concebida atravs da repetio sistemtica de espirais. O acabamento feito com as
cores e o arranjo das formas d dinamismo e refora a ideia de memria e universalidade. A
marca completa, que consiste na unio entre smbolo grfico, lettering e assinatura traz
verses alternativas de aplicao da mesma, que podem ser utilizadas para maior poder de
reduo em materiais impressos ou digitais.
Resumo: Este trabalho um relato de pesquisa que desenvolvemos sobre produtos televisuais
brasileiros e suas relaes com a literatura. Partimos do pressuposto de que o processo de
investigar a fico televisiva, fenmeno que tem ganhado amplo espao tanto na vida quanto
no cotidiano de milhes de pessoas, imprescindvel para melhor compreender pontos de
tenso entre cultura, sociedade, comunicao e mediaes possveis. Escolhemos, como parte
de um corpus que compe esta pesquisa, a srie Capitu, dirigida por Luiz Fernando Carvalho,
que foi ao ar em dezembro de 2008, pela Rede Globo de Televiso (RGT). Inserida em uma
tradio de adaptaes de obras literrias para a televiso, a obra, baseada no romance Dom
Casmurro, de Machado de Assis, pode ser vista como uma releitura moderna de um dos mais
conhecidos casais da literatura brasileira. Para melhor compreender o fenmeno de adaptar
uma obra literria para a linguagem televisiva, buscamos referencial terico em pensadores
que versam sobre cinema e literatura, bem como as aproximaes possveis entre essas duas
artes, como o caso do pensador brasileiro Jos Carlos Avelar. Ademais, verificamos ser
imprescindvel o trabalho de entendimento acerca da trajetria do diretor Luiz Fernando
Carvalho, pois, em obras nas quais este diretor atua, possvel encontrar fortes traos
estilsticos e autorais. Como embasamento terico, buscamos autores que versaram sobre o
conceito de estilo e autoria, quais sejam: Ernst Gombrich, Michael Baxandall, David Bordwell,
Antoine Compagnon, entre outros autores que surgiram durante o processo de investigao.
As percepes desses autores acerca do conceitos de estilo e autoria nos fizeram engendrar
uma anlise que levasse em considerao a histria do diretor, seja no cinema ou na televiso,
mais especificamente seus trabalhos desenvolvidos na RGT. A partir dessa pesquisa,
percebemos relaes importantes para o desenvolvimento da obra de Luiz Fernando Carvalho,
sobretudo sua participao no ncleo Guel Arraes, conhecido por ser um importante ncleo de
criao e experimentao, no Brasil, com a linguagem televisiva. A metodologia de anlise de
produtos audiovisuais que utilizamos parte dos conceitos propostos por Francis Vanoye, Anne
Goliot-let e Robert Stam pensadores que sistematizam e organizam formas de se olhar para
audiovisuais.
Resumo: A nossa tradio esttica produziu discursos e mecanismos que tornaram a nossa
criao artstica como um dom masculino em sua essncia. Desse modo, colocar em evidncia
a literatura de autoria feminina, que expe em seus escritos um eu descentrado e diverso,
formado a partir de indagaes que possibilitam a inscrio do individuo no mundo, refletindo
para alm de si mesmo possibilitou tecer fios de um repertrio terico que fundamenta o
debate sobre o corpo, desejos e mecanismos os quais regulam a produo do gnero em um
agenciamento poltico acadmico ao acompanhar esta escrita em versos de agrimensar,
metamorfosear e despersonalizar. O poema uma mquina em funcionamento e implica
criao, inveno, simulacro, representao, devir, produo, expresso, experincia e assim
produz resistncias frente aos dispositivos de poder por seu potencial transgressor, ele a
contra-informao por escapar aos mecanismos que fazem circular a ordem, esta articulao
hierrquica a qual atribuda negatividade, mas que tambm organiza a composio dos
desejos e seus agenciamentos. Sendo assim, quando tema e forma, esto juntos, blocos de
linhas/palavras fazem literatura, borram e fissuram os dispositivos de poder, irrompe com seus
limites cerceadores fazendo-nos transcender. Este resumo, foi escrito a partir dos resultados
obtidos em meu trabalho de concluso de curso. Dessa maneira, cheguei aos repertrios
tericos sobre o cuidado de si e devir para compor tais discusses as quais problematizam as
modulaes discursivas hegemnicas de que mais fcil ser mulher, sendo esta parte das
sutilezas que levam a pensar o poder como aquilo que age sobre ns e no como algo que
circula produzindo as interdies e os silncios. A cartografia, a qual consiste em acompanhar
processos e produo de subjetividades, foi escolhida como metodologia para traar os
repertrios desta pesquisa a qual tem a poesia como aquela que extrai potncias, borra e
fissura as pginas de um devir que escapa s polticas identitrias e binrias do que ser
mulher e ser homem conforme os moldes elaborados pela sociedade contempornea, onde o
repertrio discursivo cerceador da atuao feminina no campo literrio disseminado, pois so
estes movimentos que teorizam as mulheres e as colocam num lugar menor. No entanto, ao
abandonar o status de representao e, negar ser fixada a um modelo identitrio, o devir -
mulher se coloca a navegar e criado no encontro. A partir destas ramificaes, concluo ento
que a poesia a prpria linha de fuga e as poetas instaura multiplicidades em um devir-mulher-
es que fazem do mltiplo algo do qual no cessa de transformar-se. O devir - mulher produz
subjetividades no capturadas por uma nica forma de existir o que no significa dizer que h
um tornar-se mulher, mas sim encontrar a produo de uma mulher molecular, ou seja, linhas
de segmentos flexveis que fazem escapar foras e virtualidades.
Palavras-chave:Pet Cinema,Educaotutorial,Contribuiesformaoeextenso
Resumo: O plano de trabalho intitulado Moda e Cidade objetiva verificar a maneira como se
d a organizao do espao do comrcio de vesturio na avenida Sete de Setembro,
localizada na cidade de Salvador, especificamente no percurso a partir da Praa Dois de Julho
em direo Praa Castro Alves. Por meio do mtodo da deriva, foram realizadas inmeras
visitas a campo e observados os tipos de comrcios, o fluxo de pessoas, a presena do
comrcio informal, os locais destinados a ele, a predominncia do comrcio de roupas e o
modo pelo qual a avenida utilizada pelos indivduos como local de passagem e tambm como
lugar onde relaes so construdas. As vistas a campo embasadas pelos referenciais tericos
que contemplam os conceitos de moda, cidade e territorialidade resultaram na descrio do
campo pautada na totalidade das vistas realizadas e na delimitao de um quarteiro
especfico para a anlise, onde se localizam as lojas de departamento. Dentre as lojas de
departamento observadas, pode-se classific-las em dois grandes grupos: lojas que possuem
uma insero nacional e lojas especificas da regio nordeste. Com base na abordagem sobre
espao e territrio formulada por Milton Santos, a anlise permitiu apreender o dilogo entre
duas formas distintas de construo do espao. A primeira caracteriza-se por aquilo que o
autor define como espao banal ou horizontalidade, marcada pela coexistncia e pelas
relaes de solidariedade edificadas entre as lojas de pequeno porte e os camels. A segunda
distingue-se pela verticalidade, ou seja, pelas lojas de departamento cujo funcionamento se
coaduna com modelos globalizados de negcio. Longe de se exclurem, essas duas lgicas
subsistem em constante tensionamento, de modo que possvel apreender como
determinadas lojas de departamento traduzem e de uma certa forma so contaminadas com a
visualidade caracterstica do chamado comrcio "popular". Dessa forma, este trabalho
evidencia de que maneira a cidade, entendida enquanto territrio, pode ser estudada por
intermdio das diferentes configuraes de comrcio do vesturio, mais especificamente as
lojas de departamento e o chamado comrcio "popular", que podem se estabelecer na mesma
localidade e consequentemente acabam tecendo algum tipo de relacionamento, pois esto em
constante tensionamento e mutao.
Resumo: O projeto de pesquisa apresenta como objetivo central a anlise das obras de
revitalizao do bairro da Barra impostas pela atual gesto municipal de Salvador na rea
compreendida pelo Monte do Cristo e o Forte de Santa Maria. Analisa, assim, os elementos
que compem os diversos usos, expresses e apropriaes cidads na rea do chamado Novo
Calado da Barra, buscando refletir sobre os novos usos e conformaes espaciais
resultantes das obras e sua influncia na vida cotidiana dos cidados que l residem ou
passeiam. Assim, a pesquisa centrou-se nas marcas e significados dos diversos cenrios e
cenas que compem esse espao, que integra arquitetura, geografia, ao poltica e cultura.
Como afirma Santos (2008), na atualidade a racionalidade dos espaos influenciada pelo
processo da globalizao, criando-se uma oposio entre espaos adaptados s exigncias
das aes econmicas. Nessa direo, importou, ao longo da pesquisa observar como novas
racionalidades espaciais implementadas no Novo Calado da Barra implicaram na
substituio ou transformao de usos do espao pblico atravs do redimensionamento do
lazer, marcado agora mais pela via do consumo do que pela via do uso gratuito e desobrigado
de caladas, praias e equipamentos e da excluso social posta atravs de marcas espaciais
como ruas de pedestres, diminuio do nmero e da qualidade de bancos e rvores e pelas
mudanas nas linhas de coletivos. O projeto de pesquisa possui uma perspectiva
interdisciplinar e tem a cidade como objeto, a qual sofre mutaes constantes. Tendo em vista
tal caracterizao, a observao ter por base a metodologia da deriva. A deriva um
procedimento investigativo que consiste na apreenso das relaes constitutivas do espao.
Foram realizadas leituras aprofundadas de dois ttulos de Milton Santos O Centro da
cidade do Salvador: Estudo de Geografia Urbana (Edusp, 2012) e Tcnica, Espao, Tempo:
Globalizao e Meio Tcnico Cientifico Informacional (EDUSP, 2008) alm de dois outros
trabalhos sobre espao urbano. Tambm houve participao no grupo de estudos Cidades
capitais e espao semitico: signos e escrituras, com a coordenado pelas professoras
pesquisadoras Iara Sydenstricker. Lia Lordelo e Regiane Miranda, contando tambm com as
orientandas de PIBIC das duas ltimas, no qual se discutiram vrias questes acerca da
constituio da cidade de Salvador. As derivas foram realizadas individualmente e os registros
feitos pela pesquisadora foram anotados em mapas esboados ao longo das visitas de campo.
Resumo: O projeto Gesto Cultural Mundo Afora alia pesquisa acadmica e atividade de
extenso e tem como objetivos analisar e discutir modelos gerenciais na rea cultural, visando
compartilhar informaes e mtodos de gesto. Tambm tem como finalidade difundir
experincias de modelos de gesto nacionais e internacionais de diferentes setores artsticos e
culturais por meio de pesquisa acadmica e produo audiovisual de websries. O projeto est
na segunda temporada tendo como tema Gesto de Orquestras, setor cultural da msica
erudita e classista, e contou com a colaborao de 22 gestores que foram entrevistados na
perspectiva de discutir sobre os desafios das orquestras nos seguintes temas: Infraestrutura,
Governana, Sustentabilidade, Programao Artstica e Educao. As instituies que
participaram da srie so orquestras pblicas, que aceitaram voluntariamente contribuir para a
propagao de estratgias de gesto cultural, so elas: Orquestra Sinfnica de Sergipe;
Orquestra Juvenil da Bahia e Orquestra Filarmnica de Minas Gerais, no Brasil; e Aurora
Orchestra, City of Birmingham Simphony Orchestra, no Reino Unido. Esta sntese apresenta os
resultados do quinto episdio da segunda temporada da websrie, tendo como temtica
Educao. A principal pergunta de pesquisa : Quais os benefcios das aes educativas e
comunitrias para as orquestras e para a sociedade? A busca por resposta se deu atravs da
reviso de literatura da rea e da realizao de entrevistas. Neste episdio gestores de seis
orquestras do Brasil e do Reino Unido expem experincias com programas educativos e
explicam como tais aes esto relacionadas com o futuro das orquestras. O artigo apresenta
as estratgias de planejamento de aes educacionais desenvolvidas pelas orquestras, com a
finalidade de despertar o interesse e promover o acesso msica clssica e erudita
comunidade. Assim o projeto tem como resultado final a criao de um acervo contendo
informao sobre modelos gerenciais da cultura, dinamizando o acesso a informaes e a
metodologia de gesto por meio de documentrio que tratam de forma ampla questes de
modelos de gesto contemporneos. Deste modo, a pesquisa promove um processo de
valorizao de modelos gerenciais na rea da cultura com o intuito de valorizar e aumentar a
capacitao deste profissional para o mercado de trabalho.
Resumo: Essa pesquisa faz parte de uma investigao maior sobre performance, cidade, arte
e corpo de uma das integrantes do grupo de pesquisa Caminhos de criao e espao
semitico: Cenas e escrituras cujo tema Quando a Cidade Performa: Cenas de Salvador. A
investigao prope analisar elementos do cotidiano da Avenida 07 de Setembro em Salvador,
Bahia, identificando os eventos cotidianos que se transformam em cenas e performances a
partir de suas relaes com o espao urbano. A cidade e performance so assuntos que por
vezes no so relacionados, mas so vivenciados. Dessa forma, algumas hipteses foram
levantadas para investigar a vivncia do indivduo em sociedade, entendendo como podem ser
estabelecidas as relaes com a cidade, e se essas relaes podem ou no existir,
distinguindo a cidade do indivduo. Partiu-se do pressuposto de que o praticante da cidade
um transformador e potencializador do espao urbano, entendendo o corpo como mediador da
relao do indivduo com a cidade. Assim, o objetivo dessa pesquisa foi identificar as
potencialidades do espao urbano a partir do corpo, com base na metodologia de derivas,
realizadas ao longo da avenida, com o objetivo principal de estabelecer uma relao com o
espao estudado a partir de uma vivncia individual e analtica. Na vivncia de campo foram
observados tipos de caminhadas em trechos especficos, e um catlogo dos cheiros presentes
na avenida foi elaborado. A partir de discusses sobre as relaes entre cidade, arte e corpo,
fazendo uso de teorias e conceitos, a principal contribuio desta investigao foi entender
como os costumes que podem ser entendidos como cultura constroem os espaos para alm
dos prdios e ruas. Outra reflexo importante, de natureza vivencial, foi me perceber enquanto
praticante da cidade, perceber o meu prprio corpo no espao urbano dirio e como minhas
aes podem ser desmecanizadas no contato com a cidade. Nessa concepo, importante
entender que quando nosso corpo est na rua, ele inconscientemente cria uma relao com a
cidade e com o outro, isso possvel perceber quando dependemos do outro para andar,
comer e falar, assim so os sentidos que podem ser relacionados na prtica cotidiana.
Resumo: Este trabalho tem o intuito de analisar as significaes de texto, atravs de uma
pesquisa qualitativa realizada com estudantes universitrios, professores de lngua portuguesa
e de outras reas de conhecimento e pessoas com baixa escolaridade. Para verificao desses
registros, foram aplicados questionrios com dezesseis voluntrios de uma escola pblica da
rede estadual e de uma universidade federal, ambas situadas na cidade de Amargosa-BA.
Alm disso, a pesquisa foi fundamentada pelos postulados de Koch (2005), Bentes (2012),
Antunes (2009), Marcuschi (2008). Sobre a concepo de conceito de texto, Antunes (2009)
aborda que texto a linguagem em uso, utilizado como uma maneira de agir e interagir
socialmente. Assim as lnguas utilizadas para comunicao ocorrem sob forma de textos. A
autora fala tambm sobre a mudana da concepo de texto, sendo que, texto antes era visto
como algo alm da frase, uma palavra s no poderia constituir um texto, s a partir da noo
de textualidade pode ser conceituado outra perspectiva de texto, em que, vai levar em conta o
contexto de uso atribuindo sentido a palavras e frases dentro de um texto e contexto social.
Notou-se, por meio dessa pesquisa, que a grande maioria dos entrevistados apresenta
definies semelhantes para texto. Geralmente, suas concepes esto sempre ligadas
noo de ideias, pensamentos e transmisso de mensagens. Muitos descrevem o texto como
um conjunto de palavras expressas na forma escrita, oral e tambm atravs de uma imagem.
Observou-se que os sentidos atribudos a texto so superficiais, mas de certo modo
apresentam dada relao com os conceitos no mbito da lingustica textual. Nesta pesquisa,
tambm foi constatada certa dificuldade, por alguns, de conceituar o texto teoricamente (o que
pode ser consequncia da baixa escolarizao), embora demonstrassem conhecimento prtico
da noo de texto. Percebeu-se tambm que existem algumas divergncias entre a
compreenso do conceito de texto por pessoas escolarizadas e sujeitos com baixa
escolarizao. Essa diferena acontece, porque as pessoas de baixa escolaridade fazem
referncia a seu uso, possuem um olhar funcional; enquanto os que possuem nveis mais altos
de escolarizao fazem uso de um sentido mais apurado, com reconhecimento de conceitos
mais prximos Lingustica Textual. Portanto, por meio dessa investigao cientfica, pde-se
verificar a definio de texto, de acordo com diferentes pblicos, comparando os resultados
encontrados com os pressupostos da lingustica textual.
Palavras-chave: Lingustica,Texto,Conceito
Resumo: O presente trabalho visa discutir o uso das novas tecnologias da informao e
comunicao (TIC) no processo de ensino/aprendizagem de Lngua Inglesa (LE) numa escola
da rede pblica estadual da cidade de Amargosa-BA, considerando as abordagens
pedaggicas utilizadas por professores da Lngua Estrangeira (Ingls) do Ensino Fundamental
II. Para tal discusso, foram utilizados artigos e pesquisas no campo da tecnologia e da
educao para o ensino de LE. O estudo foi realizado com base numa metodologia de
investigao explicativa, com mtodo de abordagem qualitativo, e teve como sujeitos 3
professores de lngua inglesa, 10 alunos do sexto ano (5 srie) e 10 alunos do oitavo ano (7
srie) do ensino fundamental II, do Colgio Estadual Santa Bernadete, localizado no municpio
de Amargosa-BA. Aps a aplicao de questionrios com alunos e professores da supracitada
escola e o desenvolvimento de oficinas com os estudantes, verificou-se que a prtica docente
ainda embasada na abordagem tradicional de ensino e que o uso das novas tecnologias
continua sendo excluda por alguns professores, os quais alegam no possurem conhecimento
suficiente para utilizao do meio digital. Em relao aos professores que aderiram aos
suportes fornecidos pelas novas tecnologias, notou-se que houve maior interao na
comunicao professor/aluno, o que causou maior interesse e despertou a criatividade dos
alunos, favorecendo ao aprendizado dos contedos ministrados. Percebe-se que os resultados
apontam tambm para a necessidade de programas de formao e atualizao de professores
nas novas tecnologias, tendo em vista que a maioria das escolas pblicas j dispem de uma
rede de tecnologias (TV via satlite, computador, tablete, etc) que, em sua maioria, no so
utilizadas adequadamente. Deve-se considerar tambm que grande parte dos professores da
rede estadual de ensino so professores com um maior tempo de experincia, logo muitas
vezes acomodados, utilizam um mtodo de ensino tradicional que no visa a uma maior
interao entre o professor e o aluno. Portanto, torna-se preciso o contato do professor perante
essas novas tecnologias de ensino, para que este compreenda a importncia desta ferramenta
e como o uso dessas tecnologias podem melhorar o processo de ensino e aprendizagem em
sala de aula, bem como todo ambiente educacional, alm do fato de proporcionar aos seus
alunos uma aula mais interativa e dinmica.
Resumo: Em 1872, o Brasil passava pelo Segundo Imprio com economia fragilizada ps-
Guerra do Paraguai. Mossor-RN era uma cidade escravocrata, provinciana e conservadora
que se mantinha em atraso em relao ao mundo civilizado. O jornal O Mossoroense data
sua primeira edio nesse ano e se caracterizava em um semanrio de apenas quatro pginas,
que se intitulava semanrio, poltico, comercial, noticioso e antijesutico e tinha como intuito
difundir as principais notcias da cidade de Mossor e do Rio Grande do Norte. Com 143 anos
de existncia, O Mossoroense passou por diversas fases e reformulaes grficas. Como
forma de avaliar o contexto histrico e estrutural do peridico, a metodologia aplicada para o
estudo foi o levantamento e anlise de edies passadas do jornal, anlise da edio impressa
datada em 1 de maro de 2015 e do site do jornal. Com base nos dados coletados, no ano
que data a primeira edio do peridico, O Mossoroense possua formato de 45cm x 31cm,
diagramado em trs colunas de 7cm cada, at o nmero 56, publicado em 8 de novembro de
1873. Na edio seguinte, o jornal surgia com o mesmo formato, mas diagramado em quatro
colunas de 6cm cada. O ano de 1902 foi marcado pela segunda fase do O Mossoroense que
foi pioneiro no uso das xilogravuras para ilustrar as publicaes. Uma linotipo, mquina que
fundia em bloco cada linha de caracteres tipogrficos, composta de um teclado, como os das
antigas mquinas de escrever, foi introduzida para a composio grfica do jornal em 1953,
passando para impresso em off-set em 1977. A edio que data 1 de maro de 2015, foi
impressa em off-set e possui o formato de 46cm x 29,5, diagramado em 6 colunas de 4cm
cada. O jornal foi pioneiro na informatizao da redao, bem como na adaptao para o meio
online, que ocorreu em 1995. O site, que passou por uma reformulao no final de 2015,
possui um designer limpo, diagramado em 3 colunas, possuindo diviso entre as editorias de
cotidiano, regional, polcia, poltica, esporte, Brasil, mundo, opinio e artigos. No decorrer desta
anlise, iniciada em novembro de 2015 e finalizada em maio de 2016, o jornal O
Mossoroense encerou seu ciclo no jornalismo impresso, migrando definitivamente para o meio
online em 31 de dezembro de 2015, onde se mantm at ento. Apesar dos nuances polticos,
religiosos, econmicos e inmeros fechamentos O Mossoroense resistiu, e resiste at os dias
atuais, sendo o terceiro jornal mais antigo do Brasil. Em meio a histria, possvel analisar os
processos de modernizao e adequao cada poca de existncia do jornal. Sendo um dos
mais antigos do pas, foi possvel observar que O Mossoroense se adaptou a fim de atender a
demanda jornalstica na era da convergncia miditica para continuar consolidando sua
existncia.
Resumo: A partir da inovao, torna-se possvel que sistemas sejam simplificados, prticas
antes usuais sejam abolidas, novos modos de operar e existir sejam criados. Na conjuntura
atual, com uma sociedade em constante transformao, muitas dessas inovaes ocorrem no
campo tcnico, com o surgimento de novos artefatos que, dentro da organizao e no meio
digital, aparecem para ampliar a interatividade, registro, avaliao, diminuir custos e qualificar
produo e servios. No setor pblico, o desafio de aprimorar o fluxo comunicativo do bem
pblico passa por meio dessas tecnologias, que visam intensificar a interatividade e ativao
de canais sociais. De acordo com este princpio, a presente pesquisa, na forma de um relato de
experincia, busca entender os processos de inovao e gesto da comunicao a partir do
Sistema de Gerenciamento de Produtos e Servios da Assessoria de Comunicao
(SIGASCOM) da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB) - identificando e
avaliando a ferramenta sob a perspectiva de seus usos, tendo em vista a qualificao da
eficincia e publicizao da instituio de ensino. Com este vis, e tendo as prticas de
trabalho da Assessoria de Comunicao (ASCOM/UFRB) e a discusso sobre software livre
como substrato, o objetivo explorar como o SIGASCOM contribui para a comunicao interna
e externa, simplificao de tarefas, economia de tempo e gerao de resultados dentro do
complexo circuito de relaes no qual a comunicao est inserida. Antes desta ferramenta,
implantada em janeiro de 2013, os meios utilizados para solicitao de servios eram o e-mail,
contato pessoal ou telefnico, que se mostravam frgeis: e-mails, com contedos e solicitaes
diversas acumulavam na caixa de entrada do setor, o contato telefnico e pessoal dificultava o
registro, processamento, contabilizao e avaliao, alm de no proporcionar o feedback do
servio. Os problemas referentes ao no conhecimento do andamento de uma solicitao eram
frequentes e geravam avaliaes negativas. Os desafios de uma Assessoria de Comunicao
so muitos e, por isso, o surgimento de ferramentas que qualifiquem e aprimorem as suas
atividades , sem dvida, um ganho no apenas para o setor, como tambm para a Instituio
e, como consequncia, em funo da importncia da Comunicao Pblica, para a sociedade.
No entanto, para manter esse ganho simblico, necessrio investigar a fundo os
procedimentos implantados e, a partir dele, propor novos direcionamentos, garantindo uma
constante atualizao e capacitao do servio. Dessa forma, a partir do mapeamento dos
processos de construo e viabilizao do SIGASCOM, anseia-se construir uma anlise
emprica sobre a ferramenta e seus usos.
Resumo: Localizada na regio perifrica do municpio de Cruz das Almas, o bairro Banguela,
atualmente chamado Sorriso, bastante caracterizado pela sua pobreza e desigualdade,
evidenciando a carncia de polticas pblicas. Nesse sentido, o presente trabalho tem como
objetivo apresentar a relevncia da constituio de associaes de moradores em bairros
carentes no enfrentamento da vulnerabilidade socioeconmica por meio da arte, cultura e
esporte. Para tanto, adotou-se como metodologia um relato de experincia, que tem por
finalidade descrever como a Associao de Moradores Gente da Gente (AGG) tem colaborado
de modo relevante no combate as desigualdades sociais, comuns me bairros perifricos.
Fundada em Julho de 2010 a AGG, foi desenvolvida com o fim de buscar meios de melhoria na
qualidade de vida dessa comunidade, que envolve os bairros: 2 de Julho, Sorriso, Dona Rosa,
Tiradentes. Atualmente a AGG desenvolve cursos de violo, dana de forr, zumba, atividade
fsica, atividades religiosas, aula de teclado, apresentao culturais (prespio bailado), todos
esses programas acontece por meio de voluntariado. A ASSAMACA (Associao Artes
Marciais de Cruz das Almas) ofereceu 50 vagas de Karat e Jud s crianas e adolescentes a
AGG, que distribuiu aos moradores que abrange a comunidade. A violncia, a drogadio em
especial com as crianas, adolescentes e jovens, tem se tornando muito forte nas periferias e
as prticas culturais, artsticas e esportivas colaboram de sobremodo na melhoria do sistema
de valores compartilhados entre moradores das comunidades. Acompanhando por meio de
observao, essas aes na comunidade so possveis mensurar a melhoria na qualidade de
vida de seus moradores. Pois, tendem a retirar essas crianas, adolesceste e jovens das ruas,
do cio, promovendo alm da integrao, disciplinamento e reduo da criminalidade. A
cultura, a arte, e o esporte apresentam-se como uma forte demanda para as atividades
comunitrias, funcionam como mediadores de conflitos internos que so resultantes da
ausncia de polticas pblicas. Por meio dessas aes comunitrias possvel promover
resultados positivos no cotidiano dessa populao que j vivem situaes de vulnerabilidade e
desesperana. V-se surgir nessas relaes crena de melhoria local e at mesmo um
desenvolvimento regional. A associao de moradores entusiasma o sistema poltico e
econmico quando questiona assuntos que diz respeito ao Estado e ao mercado, desse modo,
trata-se de movimentos da sociedade civil que no dependem diretamente das administraes
pblicas para o acontecimento de suas iniciativas, e ao promover a cultura, a arte e o esporte,
concomitantemente promove a qualidade de vida de seus moradores, colaborando tambm
nos Indicadores Socioeconmicos.
Resumo: O bordado uma arte cultural que transmite uma percepo visual e gera no
indivduo uma expectativa positiva pela apreciao da arte de cada motivo bordado. Ademais,
para quem realiza o trabalho, o bordado pode contribuir para a qualidade de vida atravs da
gerao de novas perspectivas sociais, pela admirao pelo trabalho, e econmicas, atravs
da comercializao da produo e da expectativa de incluso no mercado artesanal. No bairro
da Ilha do Dend, em Santo Amaro, cerca de 38 pessoas esto aprendendo a bordar a partir
da parceria entre os projetos Recriando o Futuro e transformando vidas, realizado na sede
So Cristvo da Igreja de Nossa Senhora do Rosrio; e "Bordando a Cidade, projeto de
extenso realizado pelo Programa Massap de Educao Patrimonial, coordenado pela Profa.
Dra. Thas Brito, do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da Universidade
Federal do Recncavo da Bahia. O projeto rene crianas, adolescentes e mulheres adultas
que se dedicam a aprender a bordar com perfeio com o intuito de, entre outras coisas, se
profissionalizar e inserir suas artes produzidas no mercado. As participantes so moradoras
dos bairros: Derba, Ilha do Dend e Pilar. Bairros que agrega, em geral, populao de baixa
renda da cidade de Santo Amaro e que reconhecido pelos altos ndices de violncia. Entre os
primeiros resultados do projeto est a produo de pequenas peas que foram expostas para
venda no evento "Cultura. Gnero e Sexualidade", realizado no perodo de 19 a 22 de julho de
2016, no Teatro Dona Can. Essa foi primeira exposio realizada pelas Bordadeiras da Ilha
do Dend que, alm dos bordados, tambm comercializaram peas de croch de produo
prpria. As peas expostas obtiveram xito nas vendas e motivaram o grupo continuar o
trabalho, inclusive com perspectivas de gerao de uma cooperativa. Este artigo apresenta
uma pesquisa que tenha delinear o perfil das pessoas que se dedicam a aprender bordado na
Ilha do Dend. Interessava-nos traar o perfil socioeconmico, conhecer as principais
motivaes para a participao no projeto e identificar as perspectivas futuras nas dimenses
econmicas e sociais. Com este intuito, foi realizada uma investigao com moradoras da Ilha
do Dend participantes do projeto atravs da entrevistas semiestruturadas e da aplicao de
questionrios. O artigo apresenta os resultados da anlise quantitativa e qualitativa e
demonstra a importncia do projeto para as participantes.Palavras-chave: cultura, bordado,
Santo Amaro, perfil de pblico, economia criativa.
Resumo: O projeto Gesto Cultural Mundo Afora alia a pesquisa acadmica e atividade de
extenso para analisar, discutir e difundir modelos gerenciais na rea cultural. O projeto tem
por objetivo promover a troca de experincias nacionais e internacionais de gesto cultural em
diferentes setores artsticos e culturais, atravs da pesquisa acadmica e da produo
audiovisual de websries. A segunda temporada do projeto dedicada a gesto de orquestras,
setor cultural da musica erudita e classista, e contou com a participao de 22 gestores que
foram entrevistados presencialmente para debater sobre os desafios de orquestras nos
seguintes temas: Infraestrutura, Governana, Sustentabilidade, Programao Artstica e
Educao. As seis instituies que participaram da srie so orquestras pblicas que aceitaram
voluntariamente colaborar com a difuso de estratgias de gesto cultural: Orquestra Sinfnica
de Sergipe, Orquestra Juvenil da Bahia e Orquestra Filarmnica de Minas Gerais, no Brasil; e
Aurora Orchestra, City of Birmingham Simphony Orchestra, no Reino Unido. Este resumo
apresenta artigo com resultados do segundo episdio da Temporada Orquestras que tem como
tema Governana. As perguntas de pesquisa foram: Como as orquestras so geridas? Quais
so os principais desafios da gesto de orquestras em Salvador, Aracaju, Belo Horizonte,
Londres e Birmingham? Como os msicos participam das decises gerenciais? O projeto
buscou respostas para estas perguntas atravs da reviso de literatura da rea e da realizao
de entrevistas com os gestores das seis orquestras mencionadas, e analisou os resultados a
partir de mtodos qualitativos. Entre os resultados, possvel destacar as estratgias de
gesto das instituies e as inovaes no planejamento, entre outros aspectos. Os
entrevistados apresentam o quo importante a participao dos msicos na gesto de uma
orquestra para garantir um padro de eficincia. Uma das sugestes apresentadas a criao
de comisses de msicos para estimular a participao ativa nas demandas da administrao.
No que concerne aos desafios, os principais fatores citados pelos gestores esto relacionados
com a sustentabilidade das orquestras e a manuteno da excelncia artstica. Os gestores
tambm destacam a importncia do planejamento a longo prazo, que est se tornando cada
vez mais difcil tendo em vista as constantes crises econmicas que afetaram as orquestras
sinfnicas nos ltimos anos.
Resumo: No Brasil, ao longo de todo sculo XX, a violncia de carter racial estruturou as
relaes sociais. As diversas formas do Genocdio Negro que vo desde a negligncia dos
diretos da populao negra sua morte fsica de fato, vem se tornando cada vez mais visveis
e denunciadas atrs do olhar e da fala vigilante dos militantes dos movimentos sociais negro.
Essa estrutura racializada moldou e molda as prticas sociais, principalmente no Recncavo da
Bahia, as quais vem dilacerando as comunidades negras da Dispora. Partindo desse ponto
de vista e acrescentadas outras violncias sofridas pelo povo Negro no Recncavo da Bahia,
nasceu a ideia do I COLQUIO GENOCDIO NEGRO NA DISPORA realizado na cidade de
So Flix, Bahia no Centro de Cultura Amrico Simas, nos dias 06 e 07 de julho de 2016. O
intuito do evento foi identificar de que maneira o racismo se apresenta dentro das instituies
de ensino superior e no mbito social, promovendo relaes de trocas de conhecimentos e o
empoderamento de toda comunidade negra em situao de violncia, ampliando redes de
solidariedade, bem como promovendo o enfrentamento ao genocdio e ao feminicdio na Bahia.
A metodologia utilizada baseou-se na realizao de grupos de trabalho (GTs), mesas redondas
e conferncias que contaram com a presena de especialistas convidados. As demandas mais
recorrentes apresentadas pelos grupos foram: Criar novos e/ou potencializar os mecanismos
de enfrentamento dos casos de fraude nas cotas nas universidades; Elaborar e visualizar
estratgias sobre como interferir no sistema de justia; Pensar campanhas para visibilizar aos
94% de casos de violncia contra a populao negra no-investigadas; Programa Trans-
cidadania para pessoas trans e travestis negras e perifricas em situao de prostituio a fim
da concluso do ensino formal; Programas de qualificao e profissionalizao para a
comunidade LGBT de periferia; Insero de disciplinas de gnero e sexualidade no currculo de
disciplinas obrigatrias de todos os cursos de graduao; Insero da literatura de mulheres
negras nos currculos acadmicos; Articular aes com instituies negras; Audincia com o
Ministrio Pblico para discutir a criminalizao do racismo ambiental. A primeira edio do
Colquio reuniu jovens ativistas, antigos militantes e acadmicos para avaliar coletivamente a
violncia racializada atravs das diferentes formas de Genocdio da populao negra,
oportunizando assim, o encontro e a colaborao entre as diferentes geraes de participantes.
Tal fato, alm de evidenciar o potencial do evento no que tange a unio de heterogeneidades
para a discusso de um tema, possibilitou importantes trocas de olhares, experincias e lutas,
e, para alm da interao e do debate, a construo coletiva de propostas de enfrentamento
possveis e contextualizadas. Por fim, pode-se afirmar que o Colquio foi reconhecido, pelo
pblico participante, como um evento singular e importante para discutir, bem como criar
propostas referentes questo das diversas formas do genocdio da populao negra.
Palavras-chave: Genocdio;,Racismo;,Colquio.
Resumo: No Brasil, ao longo de todo sculo XX, a violncia de carter racial estruturou as
relaes sociais. As diversas formas do Genocdio Negro que vo desde a negligncia dos
direitos da populao negra sua morte fsica de fato, vm se tornando cada vez mais visveis
e denunciadas atravs do olhar e da fala vigilante dos militantes dos movimentos sociais
negro. Essa estrutura racializada moldou e molda as prticas sociais, principalmente no
Recncavo da Bahia, as quais vm dilacerando as comunidades negras da Dispora. Partindo
desse ponto de vista e acrescentadas outras violncias sofridas pelo povo Negro no
Recncavo da Bahia, nasceu a ideia do I COLQUIO GENOCDIO NEGRO NA DISPORA
realizado na cidade de So Flix, Bahia no Centro de Cultura Amrico Simas, nos dias 06 e 07
de julho de 2016. O intuito do evento foi identificar de que maneira o racismo se apresenta
dentro das instituies de ensino superior e no mbito social, promovendo relaes de trocas
de conhecimentos e o empoderamento de toda comunidade negra em situao de violncia,
ampliando redes de solidariedade, bem como promovendo o enfrentamento ao genocdio e ao
feminicdio na Bahia. A metodologia utilizada baseou-se na realizao de grupos de trabalho
(GTs), mesas redondas e conferncias que contaram com a presena de especialistas
convidados. As demandas mais recorrentes apresentadas pelos grupos foram: Criar novos
e/ou potencializar os mecanismos de enfrentamento dos casos de fraude nas cotas nas
universidades; Elaborar e visualizar estratgias sobre como interferir no sistema de justia;
Pensar campanhas para visibilizar aos 94% de casos de violncia contra a populao negra
no investigadas; Programa Trans-cidadania para pessoas trans e travestis negras e
perifricas em situao de prostituio a fim da concluso do ensino formal; Programas de
qualificao e profissionalizao para a comunidade LGBT de periferia; Insero de disciplinas
de gnero e sexualidade no currculo de disciplinas obrigatrias de todos os cursos de
graduao; Insero da literatura de mulheres negras nos currculos acadmicos; Articular
aes com instituies negras; Audincia com o Ministrio Pblico para discutir a
criminalizao do racismo ambiental. A primeira edio do Colquio reuniu jovens ativistas,
antigos militantes e acadmicos para avaliar coletivamente a violncia racializada atravs das
diferentes formas de Genocdio da populao negra, oportunizando assim, o encontro e a
colaborao entre as diferentes geraes de participantes. Tal fato, alm de evidenciar o
potencial do evento no que tange a unio de heterogeneidades para a discusso de um tema,
possibilitou importantes trocas de olhares, experincias e lutas, e, para alm da interao e do
debate, a construo coletiva de propostas de enfrentamento possveis e contextualizadas. Por
fim, pode-se afirmar que o Colquio foi reconhecido, pelo pblico participante, como um evento
singular e importante para discutir, bem como criar propostas referentes questo das
diversas formas do genocdio da populao negra.
Palavras-chave: Genocdio;,Racismo;,Colquio.
Resumo: O presente trabalho tem como propsito relatar as experincias alcanadas nas
aes extensionistas desenvolvidas no mbito do Programa Balaio de Gato Possibilidades de
uma Educao Inclusiva a partir da Cultura Corporal UFRB | CFP, cujo tema escolhido foi
Contribuies Scio-pedaggicas na Vivncia Psicossocial no CAPS Pssaro Livre
Amargosa | BA. O assunto est relacionado s Vivncias destes pacientes bem como s
Prticas Corporais que so compreendidas como fundamentais para o processo de construo
da autoestima, promoo e a preveno da sade. Contempla, portanto, articulaes entre o
que est na ordem da sociedade e o que faz parte da subjetividade, compreendendo este
sujeito enquanto um ser social na multidimensionalidade da vida, na qual esto envolvidos
aspectos de interao entre o fsico, o psicolgico, o meio ambiente natural e a sociedade. O
objetivo principal neste trabalho fomentar a importncia das aes scio-pedaggicas
realizadas no CAPS, para isto trabalhamos com a Cultura Corporal e a Educao Inclusiva no
favorecimento das aes desenvolvidas para os sujeitos com transtornos mentais, estimulando
sua integrao social, busca da autonomia e uma melhor qualidade de vida, bem como a
melhora do Transtorno Mental.A elaborao e o desenvolvimento deste trabalho Contribuies
Scio-pedaggicas na Vivncia Psicossocial ocorreram no ano de 2015, correspondendo s
atividades de extenso e pesquisa propostas no mbito do Programa de Extenso Balaio de
Gato UFRB-CFP, desenvolvidas no CAPS Pssaro Livre na cidade de Amargosa Ba . O
programa prope atividades veiculadas ao estudo da Cultura Corporal a partir de prticas
corporais para formao de pessoas com deficincia ou com transtornos mentais. Pois
entendemos o sujeito, a partir das relaes que vivencia no mundo. Assim, todo este
processo de construo deste realizado na relao com os grupos e redes sociais. Logo,
inserido nesse cenrio de mltiplas singularidades que se entrecruzam, o sujeito, ao realizar
sua histria, tambm realiza a dos outros, na mesma medida em que reali-zado por essa
mesma histria, sendo, por isso, produto e produtor da sociedade e participante ativo de seu
tempo. Para Malon (2003, p.116), o sujeito uma unidade mltipla, que se realiza na relao
eu - outro, sendo constitudo e constituinte do processo scio-histrico e a subjetividade a
interface desse processo.
Resumo: O projeto de pesquisa tem como tema Tecnologia Assistiva, um novo campo
dosaber, relacionado com a qualidade de vida de dois grupos especficos, aspessoas com
deficincia e as pessoas com mobilidade reduzida, entendidoneste estudo como as pessoas
idosas. Historicamente, os dois gruposmencionados sofreram violaes nos seus direitos como
cidados. Os dadosdemogrficos apontam que esses dois grupos representam na atualidade
umaparcela importante da populao brasileira, para eles reservado um lugarsocial de
invisibilidade, sendo necessrio que uma legislao de garantia deseus direitos fosse criada.
Nas duas ltimas dcadas, a mobilizao dasociedade impulsionou que a legislao brasileira
passasse a caminhar emdireo oposta, com vistas a assegurar a cidadania dessas
pessoas,incentivando a criao de polticas assertivas que garantam a equidade dedireitos
para essa populao. O estudo no campo de TA, envolve diretamenteos estudos acerca das
barreiras sociais, concretizadas nos ambientes econtextos nos quais as pessoas se inserem.
Relacionando a realidade dapessoa com deficincia com a realidade da pessoa idosa, pode-se
inferir queexistem similaridades entre os fatores de risco social aos quais essas duas
populaes esto submetidas. Para ambas, fundamental buscar estratgiasde promoo de
atitudes sociais que garantam a equidade de oportunidades,nesse sentido o desenvolvimento e
uso de recursos de TA podem potencializara funcionalidade dessas pessoas, contribuindo para
o redimensionamento doseu papel social. Esta pesquisa objetiva estudar essa realidade,
buscandoconhecer os contextos de desenvolvimento e uso de Tecnologia Assistivavoltada
para as pessoas com deficincia e pessoas idosas na cidade de Feirade Santana-Ba,
relacionando-os com as Polticas Pblicas no mbito Municipal, Estaduale Federal. A partir de
uma pesquisa qualitativa, cujo instrumento ser umaentrevista semiestruturada, investigar-se-
instituies que operacionalizam aspolticas pblicas voltadas para essa populao neste
municpio, pretendendoseidentificar os espaos que usam e desenvolvem Tecnologia
Assistivarelacionando essas atividades com a eliminao das barreiras previstas
nosdocumentos legais do Brasil. Como resultado espera-se construir um banco dedados que
mapeie os espaos de T.A. em Feira de Santana, subsidiandofuturas aes pblicas e
aprofundando os estudos na rea.
Resumo: A partir dos anos 2000, vrias universidades pblicas do Brasil, voltaram suas
prticas e polticas institucionais para implementar polticas afirmativas e programas de
incluso que visam o acesso das camadas populares ao ensino superior, e de parcelas da
populao historicamente excludas. A UFRB, dentro do seu conjunto de polticas institucionais
e atividades de ensino, pesquisa e extenso, vm desenvolvendo propostas e aes, que
visam reduzir a distncia existente entre a universidade e a comunidade do seu entorno, o
Recncavo baiano. Dentre as atividades desenvolvidas, destacaremos aqui as Rodas de
Saberes e Formao RSF, como ato formativo em prol do acesso educao superior
desenvolvido no mbito do Programa de Educao Tutorial (PET-MEC-SESU), pelo grupo PET
Conexes de Saberes Acesso, Permanncia e Ps-Permanncia na UFRB. As RSF tm
como objetivo divulgar as possibilidades do acesso educao superior, em especfico na
UFRB, pelo ENEM/SISU, e as polticas institucionais que visam a garantir a permanncia
qualificada dos/as estudantes, divulgando as aes afirmativas adotadas pela universidade
atravs da Pr-Reitoria de Polticas Afirmativas e Assuntos Estudantis PROPAAE. O grupo
PET realiza nas escolas pblicas do Recncavo da Bahia, especificamente, nas cidades de
Cachoeira e So Flix, as RSF, possibilitando aos/s estudantes do ensino mdio a
compreenso sobre a universidade pblica e suas polticas de aes afirmativas, de acesso e
permanncia no ensino superior, a partir da ao multiplicadora das narrativas
(auto)biogrficas e das histrias de vida e formao (NASCIMENTO & JESUS, 2013) de
acadmicos/as egressos/as da rede pblica de educao. Para a realizao desse estudo
utilizamos como objeto de anlise os relatos e registros fotogrficos, audiovisuais, relatrios, e
dirios de campo, elaborados pelos grupos que realizaram a atividade, totalizando de acordo
com esses dados: 2 cidades, 5 escolas, 13 turmas, e 252 estudantes. Os/as estudantes
desejam fazer um curso superior, realidade que h dez anos no poderiam visualizar como
possvel, pelo distanciamento das universidades, fato que a UFRB muda ao se instalar em
suas comunidades. Com a interiorizao das universidades federais, a partir do Governo Lula,
a expanso e democratizao da educao superior, e as polticas desenvolvidas pelo
Programa de Apoio a Planos de Reestruturao e Expanso das Universidades Federais, o
REUNI, o sonho de ingressar na universidade, de se formar e ter o diploma que amplia as
perspectiva de insero produtiva na sociedade, vem se tornando possvel. Ainda h muito a
se fazer para que esse despertar do interesse, se converta em efetiva ampliao do acesso
desses jovens ao ensino superior. No entanto, muito tm sido feito para que esse pblico
adentre neste espao formativo, o que tem implicado em uma mudana significativa do perfil
do/a estudante universitrio/a, e consequentemente, atuando no sentido de alterar o fatalismo
histrico da excluso e da discriminao. Alm desses aspectos, observamos que as RSF
configuram-se como uma ao importante para a visibilidade sobre os resultados das aes de
formao e permanncia da universidade, a partir do protagonismo dos/as acadmicos/as,
contribuindo assim para o aperfeioamento das prticas formativas na universidade pblica
brasileira.
Resumo: A prtica da leitura se faz presente em nossa vida desde o momento em que
comeamos a conhecer o mundo nossa volta. Na contemporaneidade, as pessoas vm
trocando os hbitos tradicionais de leitura por hbitos vinculados s atividades dirias e aos
mais diversos contextos, inclusive os tecnolgicos, os quais favorecem as atuais prticas de
alfabetizao e letramento. Nessa perspectiva, este trabalho traz a concepo de
alfabetizao como um processo de contnua reflexo sobre as prticas de leitura e escrita,
tendo observado vivncias sociais significativas. Tambm vem ressaltar as inmeras
dificuldades no desenvolvimento das prticas do letramento as quais os alunos da educao
bsica vm enfrentando (dando nfase s articulaes a respeito do uso da linguagem oral e
escrita) e apresenta reflexes sobre os modos de utilizao dessas prticas no processo
educacional.O objetivo dessa pesquisa demonstrar como as tecnologias de informao e
comunicao (TICs) podem ser inseridas no cotidiano do ambiente escolar analisando no
contexto escolar o uso das tecnologias da informao e comunicao no processo de ensino-
aprendizagem colaborativo, nessa perspectiva os educandos so concebidos como sujeitos
ativos e responsveis pela sua prpria aprendizagem. Para tal utilizamos a metodologia da
observao participante em sala de aula e desenvolvemos atividades no laboratrio de
informtica, as quais foram pautadas no contedo de gneros textuais, pois assim avaliamos a
escrita e oralidade dos alunos e ainda o conhecimento e habilidades desses alunos com o
computador. O referencial terico baseia-se nas concepes de Tfouni, Antunes, Soares sobre
letramento e alfabetizao, e nas teorias da evoluo da escrita de Ferreiro, essas embasadas
na epistemologia gentica de Piaget, entre outros. Foi utilizada uma metodologia de
investigao explicativa, com tticas de abordagem qualitativa, com base em uma pesquisa
realizada com alunos do 4 e 5 ano do ensino fundamental de uma escola pblica da rede
municipal localizada em Amargosa-BA. Argumenta-se, atravs das anlises realizadas na
pesquisa, que no processo de aprendizagem os alunos podem utilizar recursos da lngua
escrita em momentos de fala mesmo antes de serem alfabetizados, pois esse conhecimento
surge nas interaes sociais. Constata-se tambm que o tratamento que a escola vem dando
leitura e escrita pode estar sendo muito perigoso, pois vem assustando os alunos e os
distanciando dessas prticas ao invs de aproxim-los com mediaes pedaggicas. Portanto,
necessrio que haja uma inter-relao entre as prticas educacionais, e que as atividades
desenvolvidas no contexto educacional sejam voltadas para o desenvolvimento da leitura e
escrita em situaes concretas de aprendizado.
Resumo: O Ensino Mdio a etapa da educao bsica que mais vem sofrendo problemas
quanto qualidade do ensino: as desigualdades em relao ao acesso e permanncia so
grandes entre regies e estados o que acaba gerando como consequncia altos ndices de
abandono, distoro idade/srie e baixo desempenho, impedindo que o aluno conclua com
sucesso essa fase de escolarizao. O objetivo deste trabalho apresentar e discutir um
panorama do Ensino Mdio no estado da Bahia, em particular, e na Regio Nordeste, de forma
geral, entre os anos de 2001 e 2013, perodo em que o ensino mdio foi incorporado
educao bsica no pas. A metodologia adotada foi o levantamento e interpretao de
indicadores do Ensino Mdio produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Ansio Teixeira INEP/MEC, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
IBGE por meio de dados da juventude, levantados na Pesquisa Nacional por Amostra de
Domiclios PNAD -, assim como pelas Snteses de Indicadores Sociais SIS e, finalmente,
os dados do Observatrio Nacional da Educao e Todos pela Educao. O cotejo dos
indicadores dessas diversas instituies possibilita/levanta um amplo e profundo quadro do
Ensino Mdio no Brasil ao longo da primeira dcada do sculo XXI. Os resultados deste estudo
apontam a fragilidade dos resultados dos indicadores de qualidade do Ensino Mdio no estado
da Bahia, em comparao aos ndices de estados das Regies Sul e Sudeste, mas, inclusive,
aos estados vizinhos do Nordeste. Os melhores resultados das Regies Sul e Sudeste em
comparao aos do Nordeste e Norte parecem traos da desigualdade regional do pas que
segue desafiando a proposta Constitucional ao seu combate. Poder-se-ia vincular tal
desigualdade no desempenho escolar com a concentrao de riquezas nas regies Sul e
Sudeste, que favoreceriam mais investimentos pblicos e, at mesmo, mais oportunidades dos
cidados. Contudo, os resultados desse estudo contestam a possvel simplificao de
explicaes que se limitem questo financeira. Isso porque, se a concentrao de riqueza na
regio Nordeste menor do que no Sul e Sudeste, o estado da Bahia concentra grande parte
da riqueza do Nordeste, destacando-se como liderana econmica local. No entanto, apesar de
concentrar a riqueza na Regio Nordeste, os ndices do Ensino Mdio na Bahia so mais
negativos do que a de outros estados vizinhos. Um caso peculiar o do estado do Cear, que,
em contraste ao seu reduzido PIB em comparao com o da Bahia, os resultados de seus
indicadores de qualidade de educao so bem mais positivos que os da Bahia. Desse modo,
as concluses do estudo destacam a relevncia das consequncias da desigualdade regional
na qualidade alcanada no Ensino Mdio, mas tambm aponta as desigualdades intra-
regionais, com destaque para os problemas do estado baiano, que, alm de questes
econmicas, tambm devem ser compreendidos a partir de fragilidades prprias. Em suma, a
oferta do Ensino Mdio na Bahia guarda questes que no dizem respeito somente aos
problemas nacionais e que incidem nos baixos ndices de qualidade de ensino.
Resumo: Dominar um segundo idioma no ensino superior cada vez mais relevante,
especialmente no que tange produo bibliogrfica e ao acesso a contedo no traduzido
como mtodo de aprimoramento acadmico. O ingls apresenta-se como um dos mais
necessrios a esse processo. No entanto, nem sempre possvel constatar a existncia de tal
domnio pela maioria da comunidade acadmica, especialmente em instituies que distam de
grandes centros industriais e tecnolgicos. Essa dificuldade com o idioma , segundo estudos
de pesquisadores da rea de internacionalizao, um dos principais motivos que dificultam a
colocao das universidades brasileiras entre as mais conceituadas do globo em rankings
internacionais que avaliam a quantidade e qualidade da produo bibliogrfica mundial. Este
trabalho objetivou identificar as dificuldades enfrentadas pela comunidade acadmica da UFRB
(Universidade Federal do Recncavo da Bahia), visando melhorar o acesso ao aprendizado do
ingls por meio de programas institucionais, e definir metodologias de ensino eficientes na
promoo da permanncia estudantil nesses programas. Para entender o panorama geral do
domnio de ingls entre os estudantes, analisou-se relatrios contendo infogrficos obtidos
atravs dos resultados do exame de proficincia TOEFL-ITP (Teste de Ingls como uma
Lngua Estrangeira) aplicados pelo Centro Aplicador de Testes de Proficincia na UFRB. Tais
infogrficos forneceram uma mdia percentual do nvel de proficincia dos estudantes no ano
de 2015 comparando-a com as mdias de outras universidades brasileiras. Foram utilizados
tambm formulrios online, disponibilizados em grupos acadmicos da UFRB, contendo
perguntas objetivas que permitiram uma anlise quantitativa das principais dificuldades.
Conhecendo-se essas dificuldades, metodologias alternativas foram aplicadas a um curso
presencial de ingls, ofertado na UFRB, no campus de Cruz das Almas, entre janeiro e agosto
de 2016, em um perodo de pouca atividade acadmica, com 20 (vinte) alunos inicialmente.
Utilizou-se nesse curso metodologias diferenciadas de ensino-aprendizagem, como dinmicas
em grupo e integrao com uma plataforma online de aprendizado de idiomas de livre acesso.
A partir da anlise dos relatrios, constatou-se que a UFRB ainda figura entre as universidades
do pas com os mais baixos ndices de proficincia em ingls, sendo 75,43% de seus alunos
classificados como nvel A2 (bsico) nos exames de proficincia TOEFL-ITP aplicados em
2015 contra 42,86% da mdia nacional. Em contrapartida, 5,83% foram classificados como B2
(avanado) contrastando com 19,62% da mdia nacional. As respostas aos formulrios
demonstraram que entre os principais obstculos realizao de cursos presenciais de ingls
estavam os perodos de oferta que coincidiam com elevada atividade acadmica e a
dificuldade de aprendizado a partir das metodologias aplicadas. O curso presencial onde se
utilizou as metodologias alternativas foi concludo com 70% dos alunos aprovados,
demonstrando elevado aproveitamento. perceptvel, portanto, que adequar as oportunidades
de acesso a cursos presenciais de ingls realidade estudantil e utilizar metodologias que
promovam o autodidatismo so aes extremamente importantes para a capacitao dos
estudantes no domnio de um segundo idioma.
Resumo: A contao de histrias uma das prticas culturais mais antigas de que se tem
notcia. Quando realizada com crianas, essa atividade instiga a oralidade, a ampliao do
vocabulrio, a formao de valores e o gosto pela leitura, alm de contribuir na formao da
personalidade. Atualmente, as tecnologias esto mais acessveis s crianas e com isso os
livros e as histrias esto sendo esquecidas, o que torna a arte de contar histrias um
importante desafio. Este trabalho um relato de experincia de duas atividades realizadas pelo
projeto de extenso Dose de leitura: contando, criando e recriando histrias infantis realizadas
nos meses de agosto e setembro de 2016. As aes do projeto em andamento objetivaram o
desenvolvimento da comunicao, imaginao e criatividade, por meio do universo das
histrias infantis com atividades ldicas que propiciaram momentos de integrao e lazer. No
primeiro dia de execuo do projeto, sete crianas com idades entre 2 a 10 anos participaram
de uma tarde de contao de cinco histrias. Integrantes do projeto leram em voz alta livros e
demonstraram as ilustraes. Com o trmino da contao, as crianas avaliaram a atividade
por meio de desenho da histria que mais gostou e posterior justificativa da sua escolha. Por
fim, houve um lanche com todos os presentes. No evento Reencncavo Sade 2016.1 o
projeto ofertou uma oficina destinada ao pblico infantil, com o enfoque no combate ao
mosquito Aedes aegypti e preveno das doenas por ele transmitidas; 11 crianas (5 a 12
anos) participaram junto com seus pais e responsveis. Inicialmente houve uma dinmica de
integrao. Em seguida, foram exibidos vdeos do Canal Crianas contra Zika do Ministrio da
Sade e, em uma discusso, as crianas expuseram o que haviam compreendido. Logo aps,
aconteceu a dinmica intitulada Monte a sua histria que consistia em uma roleta com
imagens referentes ao combate ao Aedes e a cada imagem sorteada, foi criada uma parte da
histria pelos participantes da atividade. Na sequncia, foi apresentada uma adaptao teatral
da fbula de Joo e Maria. Nesta histria, Joo e Maria ajudam a bruxa, que est com Zika, a
eliminar focos do Aedes na sua casa e formam um exrcito mirim para auxiliar mais pessoas.
As crianas tambm ajudaram a eliminar os focos do mosquito e ainda danaram e cantaram
uma pardia voltada para a temtica. Como forma de avaliar o que foi compreendido, foi
utilizada a tcnica de varal de idias, na qual crianas desenharam o que foi compreendido e
explicaram para o grupo. Os desenhos variavam de mtodos de preveno e combate ao
Aedes a sintomas especficos da Dengue, Zika e Chikungunya. Ao explicarem os desenhos, as
crianas demonstraram ter compreendido o que foi mostrado ao longo da oficina. A
participao ativa das crianas durante as atividades e o seu posicionamento crtico e
interpretao das histrias contadas demonstraram a importncia da realizao de mais
prticas de contao de histrias, afim de disseminar o interesse pela leitura e todos os
benefcios dela decorrentes, inclusive melhoria da sade e qualidade de vida.
Resumo: O Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia (PIBID) surgiu como uma
nova proposta de incentivo e valorizao ao magistrio, sendo assim, fundamental para a
formao do futuro professor de qumica que mediante a um contato prvio com a sala de aula
seja possvel constatar o perfil bsico das aulas, analisando os desafios presentes buscando
compreender como ocorre o processo de ensino e aprendizagem do componente curricular
qumica no ensino mdio. Neste objetivo, buscou-se verificar, a partir da tica dos educandos,
como ocorre o aprendizado de qumica e quais as possveis solues para torn-la mais
atrativa. Para isso, realizou-se questionamentos a estudantes do 1 ano do ensino mdio de
um colgio de ensino pblico da regio. Questionou-se o quanto os mesmos entendem sobre a
disciplina qumica como uma cincia presente no cotidiano, nas respostas, 96% dos alunos
afirmaram que reconhecem que a qumica est presente em seu dia-a-dia, foram citados
exemplos como: na gua, em produtos de limpeza, em produtos de belezas e em tintas. Com
isso, nota-se que os alunos no compreendem perfeitamente que a qumica no est presente
apenas em produtos industrializados. Com relao importncia das aulas de qumica, 42%
disseram ser muito importante e apenas 7,2% afirmaram ser pouco importante. Apesar deste
resultado os alunos ainda apresentam muita dificuldade nas aulas, principalmente com relao
a realizao de avaliaes (39,3%) e compreenso de contedo ou formulas (25%). Dessa
forma, entende-se que os alunos compreendem a importncia da qumica apesar de no
sentirem-se instigados com o seu aprendizado por serem assuntos muito abstratos. Buscando
informaes para melhorar a aprendizagem, 85,7% dos alunos gostariam de aulas
experimentais com maior frequncia por entenderem que seria uma forma de aproximar os
contedos com a realidade dos mesmos e despertar maior interesse. A pesquisa permitiu uma
anlise essencial para o entendimento de como funciona o processo de ensino e aprendizagem
da qumica na educao bsica. Percebeu-se que muito deve ser feito para diminuir a
dificuldade em compreender os assuntos da disciplina qumica, tornando-a menos temida,
fazendo que seja vista como uma cincia que est presente em todos os aspectos na essncia
da existncia humana. Para isso, faz-se necessrio que o docente busque mtodos diferentes
de ensino para facilitar o aprendizado e tornar a aula mais atrativa, com utilizao de jogos,
filmes e outras atividades que tornem a aula mais dinmica e contextualizada.
Resumo: Este artigo foi desenvolvido com base no trabalho de pesquisa do Programa
Conexes de Saberes no ano de 2012, atravs do qual surgiram indagaes sociais e a
importncia de saber a histria da Feira Livre na cidade de Amargosa-BA para a sociedade
local e baiana. O presente trabalho foi tambm elaborado como requisito parcial de avaliao
da disciplina Oficina de Escrita e Leitura, do Curso de Pedagogia do Centro de Formao de
Professores da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB) do Centro de Formao
de Professores (CFP). O principal objetivo do artigo analisar as principais possibilidades de
educao que a feira livre de Amargosa pode proporcionar as pessoas e principalmente as
crianas que nesse espao frequentam. Buscamos dialogar aqui sobre a importncia da
valorizao da Feira Livre da cidade de Amargosa, e mostrar atravs de alguns relatos de
vendedores, que o espao da feira um grande centro de relao social e cultural. A Feira
Livra de Amargosa uma das feiras livres mais visitadas da regio do Vale do Jiquiri, alm
de ser um espao frequentado por vrias pessoas de todas as idades, e das classes mdia e
baixa, brancos e negros, homens e mulheres, na qual podemos encontrar no espao da feira
uma interao social enriquecida pela cultura popular. Partindo dessas discurses construmos
o artigo em quatro captulos principais, assim atravs da realizao deste trabalho utilizamos
mtodos de cunho etnogrfico, no qual foram feitas discusses de textos de autores como:
Santos (2006), Toscano (2001), Freire (1996), entre outros, no qual so relacionados aos
temas e assuntos sobre as feiras livres. Foram feitas tambm vistas e entrevistas com os
comerciantes da feira livre de Amargosa, em que observamos que a feira tem valores que
precisam ser mais valorizados principalmente pelo poder pblico e pela sociedade. Neste
contexto o trabalho vem mostrar o quanto importante feira livre da cidade de Amargosa
para sociedade local, a partir de sua valorizao e reconhecimento como patrimnio cultural e
que sim, um espao de muitos aprendizados. Alm de ter apresentado a relao de
educao e cultura a pesquisa tambm teve como resultado um livro organizado e publicado
em 2013 pelo programa Conexes de Saberes, onde se reuniu todas as pesquisas feitas nas
feiras livres da regio do Vale do Jiquiria e Recncavo baiano, mostrando as contribuies
que os saberes e culturas sociais que as feiras livres podem proporcionar a sociedade.
Palavras-chave: Educao,Tecnologia,Programao
Resumo: Vivemos em uma poca em que as tecnologias, mais do que nunca, fazem parte do
nosso cotidiano. Dentre essas tecnologias, observa-se um destaque relevante para a internet,
a televiso, as mdias digitais, os celulares, entre tantas outras. Muitas vezes, ao se falar em
tecnologia, a primeira imagem que vem cabea est atrelada a um dos meios eletrnicos
citados acima. Por outro lado, existe outro vis tecnolgico to importante que tem ganhado
espao cada vez mais considervel em muitas comunidades, cidades e regies do Brasil,
conhecido como tecnologia social (TS). Apesar das tecnologias sociais estarem voltadas para
pequenas empresas, cooperativas e pequenos agronegcios, elas esto comeando a ser
desenvolvidas sob outros olhares e experincias em universidades e escolas. Neste sentido,
este resumo busca relatar experincias na produo de tecnologias sociais em uma escola
famlia agrcola no contexto da Educao do Campo, que se constri dentro de uma realidade
social diferenciada. Dentro desta, as demandas por tecnologias sociais so constituintes das
prticas pedaggicas propostas pela Pedagogia da Alternncia. Seguindo esta proposta, surgiu
o Circuito de Cincia, Cultura e Tecnologia (CCT), objetivando principalmente atrelar a
participao coletiva dos sujeitos envolvidos com a Educao do Campo na construo de
propostas e iniciativas que sejam de acordo com as demandas que o contexto apresenta para
a popularizao da cincia. Considerando que a Escola Famlia Agrcola Avani de Lima Cunha
est circunscrita em um ambiente que se intitula regio sisaleira, onde os traos socioculturais
so caracteristicamente rurais, teve relevncia fundamental discutir os traos culturais que
esto envolvidos com os sujeitos e o imaginrio construindo em torno do Serto. O objetivo no
foi chegar a um modelo pedaggico, mas compartilhar esta experincia, tornando-a uma
possibilidade a ser desenvolvida em outras realidades, com outras problemticas, sob uma
outra perspectiva. Para alm das pequenas empresas, cooperativas e pequenos agronegcios,
as TSs podem estar sendo desenvolvidas sob a perspectiva pedaggica. Apesar dos desafios
encontrados durante a trajetria dos Circuitos, a constatao de que aquela TS est se
desenvolvendo, e caminhando com as prprias pernas, tem demonstrado que um espao
escolar aberto, uma equipe pedaggica e estudantes dispostos a discutir ideias, e propensos a
encarar desafios so pontos de uma trade que constitui um solo fecundo para o
desenvolvimento de uma TS. Assim, a construo de tecnologias sociais de pertencimento ao
lugar envolvendo a comunidade escolar foram fundamentais para o desenvolvimento de uma
identidade como sujeitos individuais e coletivos e como suporte ao debate sobre as
potencialidades da Educao do Campo atreladas popularizao da cincia e tecnologia
dentro do contexto da instituio.
Resumo: O Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia PIBID tem por objetivo
incentivar a formao de docentes em nvel superior para a Educao Bsica, por meio da
valorizao docente e do incentivo a formao de parcerias entre instituies de nvel superior
e escola de educao bsica. Propicia a insero dos licenciandos no cotidiano das escolas,
possibilitando a articulao entre a teoria e a prtica necessria para a formao dos mesmos.
Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo apresentar uma sntese dos resultados
alcanados atravs da parceria entre instituio do Ensino Superior e Escola de Educao
Bsica, por meio do PIBID e do Projeto de Mapeamento das Potencialidades Socioeducativas
do Bairro Cajueiro. Como procedimentos metodolgicos foram utilizados: levantamento de
fontes bibliogrficas para construo da fundamentao terica sobre a relao Bairro-Escola e
possveis formas de articulao destas instncias; realizao de visitas de campo pelo bairro
junto com alunos, professores e pessoas da comunidade, visando conhecer um pouco da
cultura local a partir da percepo dos moradores, bem como fortalecer o dilogo com a
comunidade, e mapear as potencialidades socioeducativas existentes no bairro. Utilizou-se
como mtodo de procedimento o da observao e aplicao dos instrumentos de entrevistas e
questionrios. O subprojeto Itinerncias da docncia em Geografia: da escola-cidad cidade-
escola desenvolvido em parceria com o Colgio Estadual Florentino Firmino de Almeida, no
municpio de Santo Antnio de Jesus. Parte do entendimento de que as cidades se
apresentam, na contemporaneidade, como territrios privilegiados da ao social da juventude
e da constatao quanto insuficincia das prticas escolares que se satisfazem com
currculos fechados e alienados da dinmica social urbana da qual a comunidade escolar
parte constitutiva. Portanto, a educao no se restringe escola, uma vez que, construda
entre todos os atores sociais, seja em espaos formais ou no formais, assim o processo
educativo se desenvolve em toda parte e sua produo/ difuso extrapolam o universo
acadmico ou escolar. Diante dos fatos, o Mapeamento das Potencialidades Socioeducativas
do Bairro Cajueiro um projeto que visa valorizar os potenciais educativos da comunidade, a
partir da construo de parcerias entre a escola e a comunidade local, para que todos juntos
possam entender que a escola no o nico espao educativo de construo do
conhecimento. Visto que, a comunidade possui tambm inmeros potenciais que precisam ser
valorizados pela prpria escola para juntas construrem um dilogo aberto construo e a
troca de conhecimentos. De acordo com a realidade vivenciada no espao escolar, podemos
inferir que a escola sozinha no consegue d conta dos novos desafios impostos pela
sociedade, havendo ento, a necessidade do fortalecimento de parcerias entre a escola e o
seu entorno, apostando nas riquezas comunitrias existentes. Nesse sentido, as experincias
proporcionadas pelo PIBID so fundamentais para o reconhecimento do espao escolar e seu
cotidiano, por meio do incentivo a prtica docente durante a formao inicial, que propicia
maior oportunidade para a formao profissional docente, criando oportunidades para refletir,
rever e reelaborar novos conhecimentos na prtica.
Resumo: A atuao do Coordenador Pedaggico precisa ser compreendida como uma ao,
cuja sua finalidade seja a qualidade do ensino e aprendizagem. Desta forma, necessrio
analisar como esta atuao vem sendo desenvolvida no cenrio da educao brasileira, assim
como, problematizar em que medida suas funes e atribuies se consubstanciam com o
desenvolvimento do ofcio de seu trabalho. Nesta perspectiva, o presente trabalho tem como
objetivo analisar as funes e atribuies destinadas ao Coordenador Pedaggico das Escolas
Pblicas Municipais no cotidiano escolar. Para isso, foram utilizados como base terica alguns
autores, dentre os quais Alarco (2004), Brzezinski (2007), Freire (1982; 1996), Libneo (2004;
2008), Oliveira (2009), Orsolon (2003), Vasconcellos (2006), se destacam. Trata-se de uma
pesquisa de campo, abordagem qualitativa, a qual visa conhecer a partir da realidade aspectos
da atuao do Coordenador Pedaggico no mbito das escolas pblicas do municpio de
Brejes/BA. Deste modo, entende-se a educao no somente como uma condio para o
desencadeamento de conhecimentos, competncias e habilidades, mas uma educao como
fomento que permite a emancipao do homem, sobretudo, como uma ao socializadora
cujas orientaes sejam capazes de envolver e transformar a sociedade. Partindo desta
perspectiva, aponta-se a instituio escolar como um dos principais espaos no qual deve
fomentar a educao transformadora, pois exerce uma grande influncia nas experincias
formativas vivenciadas pelos sujeitos sociais que dela fazem parte. Para tanto, o trabalho do
Coordenador Pedaggico, consiste na mediao de uma educao para o desenvolvimento
social, poltico, cultural, que conceda um espao de emancipao, ultrapassando a dimenso
educacional como mera transmissora de contedos, que no se limite a transferir
conhecimentos, mas, sobretudo, permita a construo do conhecimento e a convico de que
a mudana possvel. Assim sendo, conclui-se que a atuao do Coordenador Pedaggico
est relacionada intimamente com as funes e atribuies, que por bases legais esto
deliberadas, porm essa atuao torna-se afetada uma vez que na prtica essas funes
podem no ser desenvolvidas, corroborando para um desvio de funes, alm de que a falta
de conhecimento sobre essas legislaes, as quais prope um caminho a ser seguido,
influenciam significativamente na efetividade do seu trabalho. Neste sentido, o papel deste
profissional na escola de grande relevncia, especialmente na gesto dos processos
pedaggicos, o qual deve ser entendido no somente no contexto individual, mas, sobretudo
coletivo, propiciando tambm atravs de sua prtica a articulao da escola com seus diversos
pares, assim como promover uma educao transformadora e emancipatria.
Resumo: O Programa Gesto da Aprendizagem Escolar (GESTAR) foi criado pelo Ministrio
da Educao (MEC) em 2001, a fim de promover a formao continuada dos professores da
rede pblica que atuam nos anos finais do ensino fundamental e lecionam nas reas de lngua
Portuguesa e Matemtica. Objetivou-se com essa pesquisa traar o perfil dos professores
que integraram o programa GESTAR II no municpio de Cruz das Almas-BA no ano de 2009 e
investigar acerca da efetividade do programa no aperfeioamento de sua prtica docente, visto
que o sistema educacional brasileiro reflexo dos modelos de educao escolar adotado nas
diferentes pocas da histria do Pas, e esse fato aliado falta de profissionais bem
qualificados no ambiente escolar tem requerido a criao e implementao de programas por
parte do Governo que buscam melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Todavia so
poucas as pesquisas que se prope a discutir sobre a efetividade desses programas. No
desenvolvimento do presente estudo utilizou-se uma abordagem metodolgica de natureza
qualitativa, de carter descritivo, o mesmo foi realizado por meio de entrevista semiestruturada
a seis professores que participaram do Gestar II no ano de 2009 no referido municpio. A
investigao demostrou, que as mulheres supostamente so as mais interessadas em
participar do programa, visto que todos os sujeitos da pesquisa so do sexo feminino, as
mesmas residem no municpio de Cruz das Almas-BA, apresentam em mdia a idade de 42
anos e possuem em sua maioria entre 16 a 25 anos de atuao profissional. Tambm
relevante ressaltar que apenas um profissional docente atua exclusivamente com o ensino de
Lngua Portuguesa, os demais admitiram transitar nas diferentes reas de conhecimento e
tambm entre dois nveis de ensino (Fundamental I e Fundamental II). Realidade que contribui
para a manuteno do sistema educacional vigente, onde muitos docentes no possuem
formao para atuar nas disciplinas que lecionam. Sobre a efetividade do programa, aps a
anlise das falas transcritas concluiu-se que as atividades desenvolvidas durante as oficinas
possibilitaram aos professores dentro da sala de aula maior facilidade em contextualizar,
relacionar a prtica com a teoria e principalmente desenvolver atividades pedaggicas mais
criativas que despertaram a ateno dos alunos, tendo como base materiais disponveis em
sala. Em virtude dos fatos mencionados percebe-se que embora nem todos os profissionais
atuem apenas no ensino de Lngua Portuguesa, o programa conseguiu alcanar o pblico
desejado, alm disso, os profissionais se demostram bastante satisfeitos com os aprendizados
pedaggicos adquiridos devido a sua participao no programa.
Resumo: A leitura se constitui de suma importncia para que as pessoas possam alcanar as
competncias mnimas necessrias para atender as demandas do mundo atual. Assim posto, a
leitura se configura numa atividade fundamental que assegura o desenvolvimento da
imaginao e da criatividade humana. Associado s vantagens competitivas, a leitura tornou-
se preocupao para os pases se desenvolverem economicamente, e dessa forma, passa a
fazer parte de polticas pblicas, sejam no bojo da educao formal atravs de sistemas
educativos, sendo periodicamente avaliados, tanto atravs de instrumentos nacionais quanto
internacionais, bem como na educao no formal por meio de aes voltadas para estimular a
leitura em leitores potenciais. Este estudo teve como objetivo identificar os pontos de
convergncias e de divergncias existentes entre os planos nacionais de leitura do Brasil e de
Portugal. Assim, o Plano brasileiro orientado pelo princpio de que a leitura um fator
determinante para o desenvolvimento social, cultural e profissional para qualquer pessoa, suas
atividades dirigem-se principalmente, s pessoas que sofrem qualquer tipo de excluso devido
a sua classe, gnero, raa, idade. O Plano Nacional de Leitura portugus objetivou criar e
consolidar os hbitos de leitura, com especial ateno para o pblico infanto-juvenil, atravs de
projetos e aes de difuso do livro e promoo da leitura, que cobrem todo o territrio
nacional. A fim de atender aos objetivos da investigao, o recorte metodolgico utilizado foi o
estudo de caso comparativo, cujo levantamento dos dados se deu atravs de pesquisas
bibliogrficas e de entrevistas semiestruturadas. De acordo os dados levantados possvel
afirmar que existe a influncia de organismos internacionais para o desenvolvimento de
polticas pblicas de leitura, no caso do Brasil, destaca-se, o Centro Regional para el Fomento
del Libro en Amrica Latina CERLALC, e no caso portugus tem-se a Organizao para a
Cooperao e Desenvolvimento Econmico OCDE, atravs do Programa Internacional de
Avaliao de Alunos PISA. No entanto, no trata-se de uma agenda globalmente estruturada,
conforme presumida como hiptese da investigao. O estudo apontou que no caso do Brasil o
formato de concepo do plano, onde cada estado da federao e cada municpio devem
desenvolver seus respectivos planos no foi implantado em todo o territrio. Em Portugal, o
plano atendeu as expectativas e tem previso de trmino para 2016. A investigao concluiu
que os planos apresentam algumas semelhanas quanto a sua formulao poltica e
governana, contudo os resultados apontaram dessemelhanas entre os planos em especial
no que se refere s polticas educativas. O projeto de investigao foi submetido ao Comit de
tica em Pesquisa com Seres Humanos - CEP, haja vista utilizar para o levantamento dos
dados a entrevista, assim foi elaborado de acordo as orientaes do CEP, Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, o qual foi aprovado conforme Parecer n. 1.214.360,
CAAE:46854314.5.0000.0056.
Resumo: O presente artigo tem como ttulo: Princpios da Educao do Campo: Caminhos de
uma Educao de Qualidade que apresenta temtica da educao do campo e seus
princpios de educao como proposta de mudana das polticas e projetos oriundos do
capitalismo. Este artigo foi requisito para concluso do componente curricular optativa:
Educao do Campo da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB) no Centro de
Formao de Professores (CFP). Ele surge nos debates e discusses em sala de aula para
compreenso sobre o que Educao do Campo e seus princpios norteadores. O presente
trabalho mostra tambm como os princpios da educao do campo influencia ou influenciou na
criao dos projetos dos cursos superiores da (UFRB) em Amargosa Bahia e qual sua
contribuio para a cidade e regies prximas. Tendo como objetivo principal: analisar os
princpios da Educao do Campo, de acordo com os projetos dos cursos de Graduao e
Mestrado de Educao do Campo em Amargosa; bem como observar as proposta dos cursos
fazendo anlise com os fundamentos e princpios da educao do campo. Este trabalho
tambm explica o que so os princpios da educao do campo, sua histria e sua relevncia
no cenrio educacional do Brasil. Percebe logo de incio do trabalho que a educao do campo
surge com as demandas e as experincias que os movimentos sociais do campo vo ter ao
longo das lutas pelos seus direitos, principalmente por a terra e a produo nela fazendo surgir
pensamentos e ideias de uma educao do campo e para o campo e feito pelas pessoas nelas
presentes respeitando a identidade e sua cultura. O artigo tem como base metodolgica a
pesquisa bibliogrfica e anlise documental utilizadas nas aulas do componente curricular do
curso e leitura de documentos disponvel no site da (UFRB) respectivamente, bem como
encontro de estudos e participao de rodas de conversas e seminrios. Utilizamos como
baseamento terico para construo do artigo, FREIRE (1996), SANTOS (2002), CALDART
(2009) e SILVA (2003) como principais fontes de referncia para apresentao das
concepes, fundamentos, e anlise crtica deste trabalho, que tem como discurses a
importncia da educao do campo em Amargosa e regies prximas. O presente trabalho
teve uma grande relevncia no entendimento sobre o que educao do campo e seus
princpios norteadores e para qu e quem ela serve, antes deste trabalho as concepes sobre
o campo e sua cultura era suposies e preconceitos, depois da pesquisa e das aulas,
percebemos e aprendemos que uma realidade social e cultural presente quase que todo o
Brasil e que sua educao foi construda e desenvolvida a partir das prprias realidades da
educao do campo, fazendo-se necessria e importante no ensino e aprendizado de todos.
Nesse sentindo os cursos da educao do campo de extrema importncia para cidade de
Amargosa e sua regio.
Resumo: O Ingls tem um papel de destaque no mundo globalizado, uma vez que domina os
meios de comunicao em escala mundial, o idioma oficial dos encontros internacionais, dos
manuais dos produtos importados, aparecendo no cotidiano dos estudantes em frases de
camisetas, marcas de produtos e na prpria internet que, por sua vez, um instrumento de
comunicao que se popularizou pelo mundo e que amplia a capacidade de se informar e se
comunicar. A escola, durante muito tempo, foi sinnimo de transmisso de conhecimentos do
mestre para os discpulos; estes, por sua vez, deveriam absorver os contedos e reproduzi-los
nas provas, geralmente priorizando apenas as inteligncias, lgico-matemtica e lingustico-
verbal. O tempo passou e o mundo atual exige da escola outro perfil de estudantes e
professores, capazes de criar um ambiente favorvel ao desenvolvimento das mltiplas
inteligncias e de despertar latentes. No campo esses problemas so ainda mais profundos, se
considerarmos que a zona rural dos municpios so, geralmente, abandonadas, no
oferecendo, sequer, a estrutura necessria para proporcionar os servios bsicos de educao,
sade e segurana. Neste mbito, pretende-se refletir sobre a necessidade de redirecionar o
ensino e a aprendizagem na escola do campo, visando uma prtica docente que motive a
participao do aluno em sala de aula e o interesse no estudo da Lngua Estrangeira. Dessa
forma, esse trabalho teve como principal objetivo fazer uma reflexo sobre o ensino da Lngua
Inglesa em escolas do campo e realizar um estudo de caso para investigar qual a perspectiva
dos estudantes do 6 e 9 ano do Ensino Fundamental da Escola Antnio Mateus em relao
educao formal e ao estudo da Lngua Inglesa. Entre os resultados encontrados possvel
destacar que o Ingls um idioma universal e muito importante no contexto atual, sobretudo
para quem quer dar continuidade nos estudo aps a concluso do Ensino Mdio; Os
estudantes questionados demostraram gostar de estudar Ingls e reconhecem sua importncia
no mundo atual; Todos os estudantes do 6 ano e 75% dos estudantes do 9 ano
demonstraram interesse em continuar estuando Ingls o que revela um interesse pelo idioma;
O ensino da Lngua Inglesa na referida escola deve ser realizado paralelamente aos projetos
interdisciplinares e aos temas transversais, para que possa agregar em seu planejamento
anual questes de interesse coletivo importantes para o desenvolvimento do senso critico os
estudantes; Os professores de Lngua Estrangeira dessa escola devem aproveitar esse
interesse e estimular os estudantes a se dedicar cada vez mais nos estudos, ampliando assim
sua viso de mundo e perspectivas para o futuro. Assim, esse trabalho, certamente,
proporcionar um debate em relao aos desafios e perspectivas dos estudantes investigados,
de tal forma que encontrem alternativas para incorporar em seus planejamentos anuais
atividades que os estimulem e os faam se interessar pela Lngua Inglesa.
Resumo: A Escola do Campo, aquela que est localizada em rea rural, e deve ser vista
como um direito humano fundamental dos camponeses e seus descendentes e devendo estar
acessvel a todas famlias que compe as comunidades rurais. O presente artigo traz algumas
reflexes acerca do desafio de ser professor na Educao de Jovens e Adultos (EJA) em
Escola do Campo no extremo sul da Bahia. Apresentamos os construtos pessoais e coletivos
de sujeitos professores que aceitaram participar da dinmica de discusso de temas
pertinentes a sua ao pedaggica, condio de trabalho, modalidade de ensino e instituio
de ensino, para refletir a respeito. Sob essa perspectiva foi possvel analisar como se
desenvolve o trabalho pedaggico do professor da EJA em atividade de ensino/aprendizagem
com camponeses. Essa foi uma pesquisa de cunho qualitativo e colaborativa, sendo
desenvolvida numa dinmica dialgica na qual os pesquisadores atuaram enquanto
mediadores na proposio de realizao de um grupo focal, adotado como tcnica nessa
pesquisa colaborativa. Nesse grupo foi possvel discutir temas circundantes no cenrio da
Educao de Jovens e Adultos em Escola do Campo: ser professor na contemporaneidade, a
modalidade Educao de Jovens e Adultos e a Escola do Campo no Brasil. Para melhor
sistematizar as informaes coletadas, foram feitas as transcries das falas dos sujeitos
participantes, as quais haviam sido gravadas em udio. Aps a transcrio, extraiu-se alguns
discursos pertinentes que foram analisados qualitativamente e coadunados ao referencial
terico-conceitual que perfaz o tema em destaque no artigo. A partir das informaes obtidas
na pesquisa e das reflexes pontuais feitas pelos pesquisadores com base nos tericos
adotados, ficou evidente, que os professores enfrentam, em pleno sculo XXI, o desafio de
exercer uma educao solitria, sem muito apoio pedaggico, com muitos problemas de
adequao de espao fsico e pouco material didtico, em turmas de jovens e adultos
extremamente heterogneas, com caractersticas de classes multisseriadas, em uma Escola do
Campo que ainda pensada pela tica da Escola Urbana, recebendo a titulao de Escola do
Campo, apenas por estar situada na zona rural, sem que sejam respeitadas as especificidades
funcionais e curriculares prprias dos sujeitos que residem no Campo.
Resumo: O lixo rural constitudo tanto por restos vegetais de lavouras e resduos de insumos
agrcolas associados produo (adubos qumicos, defensivos agrcolas, dejetos animais),
como por sobras similares s geradas nos centros urbanos que incluem restos alimentares,
latas, vidros, papis, papeles, plsticos, pilhas e outros. Levando-se em considerao tais
aspectos, o presente trabalho tem por objetivo relatar de forma crtica os possveis impactos
gerados pela destinao inadequada dos resduos produzidos por ambas as comunidades em
estudo. As informaes elucidadas neste relato foram levantadas aps uma viagem a campo
realizada em maio de 2016, pelos bolsistas do Programa de Educao Tutorial-PET Conexes
de Saberes Socioambientais da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB),
campus Cruz das Almas-Ba. O grupo de carter multidisciplinar, composto por estudantes
dos cursos de licenciatura em biologia, bacharelado em medicina veterinria, agronomia,
engenharia florestal, engenharia sanitria e ambiental, zootecnia e tecnlogo em agroecologia.
O destino da viagem foi o lixo que atende as comunidades rurais de Tupiau e Timborinha,
ambas localizadas no municpio de Cabaceiras do Paraguau, a 180 km da capital do estado.
A primeira apresenta aproximadamente 150 famlias, enquanto que a segunda, cerca de 300
famlias. Sendo a ltima responsvel pela maior parcela dos resduos gerados somados aos
que so recolhidos pelo sistema de coleta municipal e destinados ao espao visitado. O local
para receber o material recolhido corresponde a um terreno desprotegido e no sinalizado,
facilmente acessado por animais e pessoas esituado prximo s comunidades. Neste, h uma
vala escavada no solo na qual todos os resduos recolhidos so descartados sem separao e
ligeiramente queimados. Diversos aspectos observados durante a visita so considerados
relevantes para a sade pblica, pecuria e meio ambiente. No que tange sade pblica,
verifica-se que o fcil acesso ao local por pessoas e animais, pode levar contaminao
destes, causando doenas. As embalagens plsticas so carreadas para as pastagens atravs
dos ventos, propiciando que os animais venham a consumi-las durante o pastejo, causando
impactos na produo animal. Com a incinerao dos resduos a cu aberto, h gerao de
fumaa no ambiente, a qual pode contribuir para a ocorrncia de doenas respiratrias. No
aspecto ambiental, alm da poluio do ar gerada pela queima dos materiais, h a
contaminao dos solos e lenis freticosem razo do chorume produzido. O Rio Paraguau
localiza-se a 800 metros do local de descarte do lixo, e este entra em contato com os resduos
durante os perodos chuvosos, levando contaminao das guas, que so utilizadas para o
consumo humano, animal e na atividade pesqueira que movimenta a economia local. Atravs
do presente relato perceptvel que a maneira como conduzida a destinao e
processamento dos resduos slidos de ambas as comunidades apresentam aspectos
impactantes de interesse sade pblica e animal, educao ambiental e conservao de
recursos naturais. Logo, o aprofundamento na problemtica atravs de estudos, auxlio do
poder pblico e conscientizao social podem contribuir satisfatoriamente para a minimizao
Resumo: O lixo eletrnico (e-lixo) definido como sendo todos os resduos provenientes da
rpida obsolescncia dos equipamentos eletro-eletrnicos. A produo acelerada desse tipo de
lixo traz dois grandes riscos: o elevado consumo dos recursos naturais e a destinao final
inadequada. Dessa forma se torna necessrio a sensibilizao das comunidades em relao
ao descarte correto desses materiais. O presente trabalho teve como objetivo implementar um
programa de coleta de e-lixo no Campus do IF Baiano de Governador Mangabeira e
diagnosticar o status do conhecimento da comunidade local sobre o lixo eletrnico. O trabalho
foi desenvolvido entre outubro de 2015 e maio de 2016, e durante esse perodo foram
aplicadas entrevistas, aos estudantes e servidores a fim de diagnosticar o conceito que eles
possuem, sobre diversos temas sobre a problemtica do lixo eletrnico. No total 104
indivduos, entre estudantes, docentes, tcnicos e terceirizados, foram entrevistados para a
coleta de dados. Em janeiro de 2016 as aes voltadas para a implementao do programa de
coleta seletiva de lixo eletrnico foram iniciadas, com a distribuio de cartazes para
sensibilizao da comunidade e realizao de oficinas. Todo o material coletado com o
programa de educao ambiental e coleta do e-lixo est sendo destinado a uma empresa
especializada da cidade de Camaari. Nas entrevistas cerca de 90% dos entrevistados
indicaram que sabem reconhecer o lixo eletrnico; 86,6% dos estudantes e 80,9% dos
servidores afirmaram que conhecem os riscos que o e-lixo traz para o meio ambiente; 50% dos
estudantes indicaram que a prefeitura deve ser a responsvel pela coleta do lixo eletrnico, j
os servidores ficaram indecisos sobre essa responsabilidade. De uma forma geral, o avano
tecnolgico acelerado encurtou o ciclo de vida dos equipamentos eletrnicos, gerando grande
quantidade de lixo. Isto se deve ao fato de que constantemente est se produzindo novos
equipamentos para manter um mercado em constante crescimento, e dessa forma
necessrio a realizao de aes voltadas para reverter esse quadro. O presente trabalho
pode proporcionar a sensibilizao da comunidade do Campus do IF Baiano Gov. Mangabeira,
mas tambm indiretamente de outras cidades da regio, j que muitos estudantes do Campus
so originrios de municpios vizinhos como, Muritiba, Cruz das Almas, So Felipe entre outros.
Esperamos continuar com a coleta e destinao adequada do e-lixo no Campus do IF Baiano
de G. Mangabeira, assim como nas comunidades do entorno.
Resumo: O presente trabalho nasce a partir das reflexes e anlises desenvolvidas atravs da
aplicao de um Diagnstico Rural Participativo (DRP) junto comunidade do Mergulho,
localizada no Distrito de Joo Durval Carneiro, tambm conhecido como distrito de Ipua, no
municpio de Feira de Santana (BA). Para a aplicao do DRP foram realizadas algumas
oficinas temticas, onde os moradores atravs da confeco de mapas mentais, rvore dos
problemas, diagrama de Venn, etc. puderam discutir sobre os principais problemas vivenciados
atualmente na comunidade e juntos, pensar possveis solues e encaminhamentos.
Atualmente, a comunidade possui cerca de 14 famlias que tem como principal fonte de renda
o desenvolvimento das atividades da pesca artesanal e da agricultura familiar. Para os
pescadores do Mergulho, a pesca artesanal compreendida como uma cultura que nasceu
com os antigos moradores da comunidade, como forma de garantir sua sobrevivncia e
reproduo social, cultural e econmica. Realizada no entorno do lago de Pedra do Cavalo, no
trecho do rio Jacupe e Cavaco, a captura desenvolvida na pesca visa principalmente
comercializao que, por vez realizada na prpria comunidade e no Centro de Abastecimento
de Feira de Santana. Todavia, uma questo tem preocupado a comunidade nos ltimos anos,
que a constante poluio do lago, decorrente dos esgotos lanados in natura no rio Jacupe
pelas comunidades da sede de Feira de Santana e as indstrias localizadas no Centro
Industrial do Suba (CIS) existente na regio. Cabe destacar o passivo ambiental deixado pela
industria Qumica Geral do Nordeste: dois tanques de produtos qumicos que tem contaminado
o ar e alguns rios que compem a bacia hidrogrfica da regio. Diversos estudos, j apontaram
que o lago encontra-se com altos nveis de poluio, fato que tem interferido diretamente no
desenvolvimento da pesca artesanal. A quantidade de espcies capturadas foi reduzida, reas
de pesca foram impossibilitadas o acesso, a comercializao foi prejudicada, dentre outras
consequncias que tem interferem diretamente na sobrevivncia da comunidade. No
obstante, a comunidade relata o histrico de invisibilidade frente aos rgos ambientais e
gestores da pesca no estado, uma vez que, h anos observam a poluio do lago e, no h de
fato, uma proposio de medidas de recuperao, campanha de conscientizao ambiental,
etc. Nesse sentido, que elencamos como objetivo central deste trabalho, analisar os principais
conflitos socioambientais vivenciados pelos pescadores artesanais da Comunidade do
Mergulho frente aos inmeros impactos ambientais presentes historicamente no Distrito.
Metodologicamente, utilizamos as anlises realizadas a partir dos resultados obtidos com a
aplicao do DRP, algumas entrevistas em campo, alm de pesquisas bibliogrficas e
documentais.
Resumo: A Bacia Hidrogrfica definida como um conjunto de terras drenadas por um rio e
seus afluentes, onde as guas das chuvas escoam superficialmente formando os riachos e
rios, ou infiltram no solo para formao de nascentes e do lenol fretico. O rio Brumado um
rio brasileiro que banha o estado da Bahia, nasce na Serra das Almas e se estende at o
municpio de Aracatu, sendo pertencente ao sistema hidrogrfico do Rio de Contas. A bacia
hidrogrfica do rio Brumado abrange uma rea de 256 km e suas guas tem como importncia
econmica suprir o consumo humano para abastecimento domstico, agricultura, pecuria,
entre outros. Portanto, caracterizar a dinmica das precipitaes dessa rea e das vazes no
rio Brumado de extrema relevncia. A caracterizao do regime de chuvas da rea e das
vazes do Rio Brumado foi realizada a partir das sries histricas disponveis no site da ANA,
atravs do sistema de informaes hidrolgicas (HIDROWEB), em que permite avaliarmos os
dados histricos coletados, como precipitaes e vazes dirias, mensais, anuais e curva de
permanncia. Foram coletados dados de trs estaes pluviomtricas: Rio de Contas
(1341016) com coordenadas de latitude: -13.566701 e longitude -41.816704; Livramento
(01341047) de latitude: -13.643102 e longitude: -41.859149; e Dom Baslio (01341012)
latitude: -13.759100 e longitude: -41.776406; e de uma estao fluviomtrica - Roados
(52265000) com coordenadas de latitude: -14.113303 e longitude: -41.414440, os arquivos
foram inseridos no software hidro 1.2, obtendo dados histricos das vazes e precipitaes e
curva de permanncia, posteriormente os dados provenientes do sistema informaes
hidrolgicas foram transposto para o Microsoft Excel para construo das mdias de vazes e
precipitaes. De acordo com as informaes obtidas nas trs referidas estaes
pluviomtricas, a precipitao mdia anual da rea estudada da ordem de 687 mm, sendo os
trimestres mais secos e chuvosos, respectivamente, julho a setembro e novembro a janeiro.
Quanto ao comportamento das vazes registrado na estao Roados, a mdia de longo
perodo (12/1976 12/1999) da ordem de 5,84 m3/s, sendo que a mnima que igualada ou
superada em pelo menos 90% do tempo (Q90) da ordem de 0,026 m3/s. Em funo das
caractersticas da bacia hidrogrfica, em particular a geologia, as vazes no rio Brumado
refletem diretamente o comportamento do regime pluviomtrico, dessa forma alcana nveis
mais elevados no perodo de novembro a janeiro, trimestre mais chuvoso, e nveis mais baixos
de julho a setembro, trimestre menos chuvoso. As sries temporais de vazo so resultados da
integrao dos componentes do ciclo hidrolgico e consequentemente, das influncias naturais
e antrpicas numa determinada regio, possivelmente estes fatores contriburam para uma
baixa vazo.
Resumo: O Brasil o terceiro colocado no ranking das principais naes produtoras de frutas
com produo estimada de 800 milhes de toneladas, estando atrs apenas da China e da
ndia. O polo Petrolina-Juazeiro o maior produtor de manga, representando, pelo menos, 47%
da produo do pas. Novas fronteiras vm se abrindo na regio de Livramento de Nossa
Senhora. O setor frutcola regido por barreiras no tarifrias, especialmente de carter
tcnico e fitossanitrio. A principal dificuldade para manuteno e/ou expanso das
exportaes de manga est nas exigncias do mercado externo que demanda produtos sem
agrotxicos e que atendam as normas fitossanitrias internacionais, inclusive para ausncia da
mosca-das-frutas, principal praga quarentenria, cuja espcie Anastrepha obliqua
considerada de grande importncia. Nesta proposta so apresentadas atividades em
biotecnologia que visam fornecer subsdios para a diminuio do uso de agrotxicos, atravs
da utilizao de compostos volteis atratores para monitoramento populacional da praga A.
obliqua no sistema produtivo de manga (Mangifera indica). O desencadeamento desses
comportamentos acontece mediante um extenso conjunto de sinais fsicos e qumicos
relacionados com as plantas hospedeiras potenciais. Desta maneira, este trabalho teve como
objetivo avaliar o uso de compostos orgnicos volteis (COVs) em testes de atratividade frente
espcie de mosca-das-frutas A. obliqua. Os COVs utilizados foram previamente extrados de
quatro variedades de manga - Palmer, Tommy Atkins, Espada e Carlota no estgio de
maturao verde, e identificado atravs da tcnica de cromatografia gasosa acoplada a
espectrometria de massas (GC-MS). Os testes de atratividade foram realizados atravs de
bioensaios por meio da tcnica tnel de vento. Os indivduos utilizados nos testes foram
obtidos da colnia do Laboratrio de mosca-das-frutas da EBDA, coletados originalmente em
pomares de manga na cidade de Cruz das Almas-BA. Dos resultados encontrados, observou-
se, atravs da ferramenta quimiomtrica Principal Component Analysis (PCA), a existncia de
perfis de COVs especficos, distinguveis entre si, para cada variedade de manga. Em relao
aos bioensaios, notou-se que fmeas de A. obliqua tiveram maior atratividade aos extratos da
variedade Carlota e Tommy Atkins (no havendo diferena estatstica entre as mesmas). J os
extratos provenientes da cv. Espada apresentaram a mais baixa atratividade, prxima ao do
controle negativo (hexano). Estes resultados mostram que a preferncia de oviposio das
fmeas de A obliqua observadas no campo podem estar relacionadas ao reconhecimento de
COVs especficos de determinada variedade de manga.
Resumo: O avano tecnolgico desperta nas pessoas o desejo de consumirem cada vez mais,
para assim enquadra-se no mundo da moda. Cientes disso,visamos necessidade de
descobrir qual o destino que os lixos eletrnicos recebem aps no terem mais utilidades para
seus proprietrios, pois o descarte incorreto desses lixos prejudica o meio ambiente e a
populao. Sabe-se que muitos dos aparelhos em desuso so engavetados em algum canto
das casas, doados e/ou descartados junto ao lixo comum, j que o destino correto
desconhecido por parte dos consumidores. Quando descartado junto ao lixo comum ocorre
uma srie de problemas que afeta a vida humana e o meio em que vivemos. Esse descarte
incorreto ocorre, pois no h informaes necessrias para comunicar dos riscos que esses
lixos podem nos trazer, e pelo fato de no haver divulgao de locais onde ocorre h a coleta
dos mesmos. O lixo eletrnico contm substncias txicas que quando em contato com o meio
ambiente provoca uma srie de danos, tais como a contaminao do lenol fretico e da gua,
alm de causar desequilbrio ambiental. Esses tipos de substncia quando em contato com o
ser humano ocasiona tambm efeitos nocivos ao organismo, toda essa questo muito
preocupante, mas pode vim a ser amenizada com a separao e, coleta correta, reuso, e
reciclagem deste lixo. Essas aes alm de amenizar as problemticas do meio ambiente,
ajudar na implementao de renda das pessoas, mas vlido ressaltar que a reutilizao
desses materiais deve ser feita com cuidado, pois os materiais advindos do lixo eletrnico
trazem substancias, que em contato direto com a sade humana podem ter consequncias
graves; por exemplo, podemos citar, o cdmio e o chumbo presente nos computadores que
causa problemas nos rins, fgado e pulmes, o arsnico contido no celular que afeta o sistema
gastrointestinal e provoca anomalias cromossmicas, o nquel que tem efeito cancergeno,
entre outros efeitos. O presente interesse pela problemtica teve como procedimento
metodolgico a aplicao de questionrio comunidade estudantil do Colgio Estadual
Professor Edgard Santos, Governador Mangabeira Bahia, servindo como base de pesquisa
quantitativa, que foram analisados e confrontados com a pesquisa qualitativa, servindo, assim
como base de estudo e produo textual. Desta forma, conclumos que por meio do
instrumento da pesquisa que a populao detm certo conhecimento sobre as consequncias
geradas pelo lixo eletrnico, mas, que o desejo em consumir aparelhos altamente tecnolgicos
prevalece sobre o pensamento de preservao a natureza.
Resumo: A Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB) tem sede na cidade de Cruz
das Almas, sendo a rea deste campus referncia e carto postal da UFRB. No campus de
Cruz das Almas transitam no s estudantes, professores e tcnicos da UFRB, mas tambm
moradores da cidade que utilizam a rea como espao de lazer e para a realizao de
atividades fsicas. O projeto Arborizar UFRB visa contribuir para a promoo da arborizao do
campus, considerando que essa rea poderia ser beneficiada por um nmero maior de rvores
de sombra.Esse projeto envolve atividades que vo desde a pesquisa e seleo das espcies
arbreas nativas mais apropriadas para a arborizao, o recrutamento e capacitao de
voluntrios, coleta e plantio de sementes at o plantio das mudas no campo. Ser dada
prioridade`a espcies nativas da Mata Atlntica, haja vista que a vegetao original foi em
grande parte desmatada e transformada em pasto no campus. Deve-se ressaltar que a Mata
Atlntica, um dos mais ricos e ameaados biomas do planeta (GALINDO LEAL e CMARA,
2003), encontra- se no Brasil restrita a uma pequena poro de sua extenso original (8%). A
implantao do sombreamento com espcies arbreas nativas da Mata Atlntica na UFRB visa
promover a melhoria da qualidade de vida da comunidade acadmica e dos residentes da
cidade, por meio do fornecimento de benefcios estticos (beleza cnica da paisagem),
espirituais, funcionais (controle da temperatura com melhoria do conforto trmico), sequestro
de carbono e da conservao da biodiversidade, benefcios esses que vo muito alm do seu
custo de implantao e manejo. Alm disso, o projeto visar em um segundo momento
envolver estudantes de escolas municipais para participar do plantio de rvores na UFRB e
outras aes de educao ambiental. Ser apresentado um relato da experincia de
implementao do projeto. Primeiramente sero descritas as principais aes do projeto que j
foram realizadas como identificao das espcies, coleta e plantio de sementes, recrutamento
de voluntrios, monitoramento das aes, articulao entre docentes e tcnicos. Aps a
descrio, ser feita uma reflexo sobre os principais resultados alcanados at o presente
momento, lies aprendidas e obstculos/limitaes a serem trabalhados. Uma comparao
com projetos similares ser feita, com base em reviso de literatura, procurando entender quais
os principais fatores que podem contribuir ao xito da iniciativa.
Resumo: A Aromaterapia faz parte dos mais antigos mtodos de cura, mas os seus primeiros
registros s apareceram por volta de 3000 a.C, quando foi criado o alfabeto Sumrio. Utilizado
pelos adeptos da aromaterapia, acredita-se que um travesseiro com ervas pode melhorar a
qualidade do sono. Segundo dados da literatura, o alecrim, por exemplo, amenizara as dores
de cabea, a camomila pode atuar como tranquilizante enquanto a macela no tratamento de
combate insnia. O trabalho realizado teve como objetivo despertar na comunidade a
importncia da utilizao de plantas aromticas e medicinais, na melhoria da qualidade do
sono, com vistas a valorizar o conhecimento popular, uma vez que a comunidade apresenta
um extenso campo de ervas aromticas e medicinais que so utilizadas como remdios por
causa de suas funes teraputicas. A oficina aconteceu atravs da participao dos adultos
da comunidade de Santa Teresinha. Inicialmente foi feita uma apresentao sobre ervas
aromticas, suas funes aromaterpicas e sua importncia na vida da comunidade, em
seguida os participantes foram divididos em grupos de cinco para confeco do travesseiro
aromtico. Com tecido de algodo e ervas secas que variaram entre: alecrim, camomila, erva
cidreira, eucalipto e menta; os travesseiros foram confeccionados. Participaram dessa atividade
um total de 19 pessoas que responderam a um questionrio semi-estruturado, sendo todas do
sexo feminino as quais exerciam diversas funes na comunidade como: trabalhadoras rurais,
artess ou professoras. Atravs da anlise dos questionrios, tem-se que: antes dos
conhecimentos adquiridos com a realizao da oficina, 32% das participantes no sabiam que
as ervas citadas tambm melhoravam a qualidade do sono, as mesmas usavam-nas, em sua
maioria, em forma de ch para m digesto e gases, como o caso da erva-doce; abaixar a
presso e calmante, como a camomila; banho, gripe e repelente de insetos como o caso do
alecrim e como tempero, no caso da hortel. Quando questionadas sobre se usavam ervas
para a melhoria do sono, 63% responderam que sim, enquanto 37% responderam que no
usavam. Quando perguntadas sobre o tema aromaterapia, 68% dos presentes disseram que
conheciam, enquanto que 32% disseram no conhecer. Dos que conheciam, todos declaram
que conheceram atravs da famlia. Foi perguntado aos presentes se eles usariam os
conhecimentos da oficina no dia a dia e 90% responderam que utilizariam sempre, enquanto
10% responderam que iriam fazer algumas vezes. Como sugesto atividade desenvolvida, os
participantes propuseram que a equipe extensionista voltasse comunidade para novos
momentos de integrao e troca de conhecimentos. Assim, a realizao desta oficina alm
constituir uma ferramenta simples na proposio da conscientizao e valorizao do
conhecimento popular, serviu como instrumento educativo eficaz para apresentar
comunidade informaes que proporcionasse a participao, a interao e a reflexo sobre os
assuntos propostos. Conclui-se, dessa forma, que a tcnica de oficina possibilita a socializao
do conhecimento cientifico com o tradicional, reafirmando a importncia das aes
extensionistas.
Resumo: O trauma pode ser entendido como uma leso que ocorre por agentes fsicos ao ser
humano, sobretudo, daquele que est diretamente ligado ao trnsito. Um dos maiores
problemas do trauma que o atendimento nem sempre imediato, ocasionando a morte do
indivduo. Dentre as vrias etiologias, aquele que abrange os automveis, tem intenso impacto
na contabilizao de mortalidade por acidentes que acontecem no trnsito. O objetivo geral
desta pesquisa o de analisar a prevalncia dos traumas por acidentes de transportes na vida
de pessoas de 0 a 80 anos de idade no Brasil no perodo de 2010 a 2013 e compreender quais
as regies que mais so afetadas com essa realidade, bem como o sexo e a cor e Unidade de
Federao. A metodologia composta de um estudo quantitativo, exploratrio e populacional
do tipo srie temporal, no Estado da Bahia, tendo como base o banco de dados do
Departamento de Informtica do Sistema nico de Sade (DATASUS). Para se encontrar a
prevalncia, as variveis (sexo, raa, Unidade de Federao e ano) foram calculadas pela
populao geral e multiplicadas por 1000. Os resultados demonstraram que o sexo masculino
foi o que apresentou maior prevalncia no ano de 2013 (1.213) e que o feminino se destacou
no ano de 2010 (418). Em relao cor, aqueles acidentes que foram registrados Sem
Informao (580/2013) foram os que se destacaram em conjunto com a regio Nordeste e cor
a Preta (33/2012) foi a de menor destaque junto com a regio Sudeste. Sobre a categoria
Anos, aquele que menos apresenta prevalncia o de 2011 (1.211) e o que mais apresenta
o de 2013 (1.803). Desse modo os homens morrem mais por traumas que as mulheres; os
registros mostram que h muitos Sem Informaes, levando ao entendimento de que existe
uma falha na fidedignidade do registro das raas; a regio Nordeste possui alta prevalncia de
traumas; e que o ano de 2013 teve um acrscimo considervel de acidentes em relao aos
outros. Conclui-se que a populao brasileira, que morre por trauma em acidentes de trnsito,
aumenta em proporo anual e que, a formulao de novas Polticas Pblicas destinadas a
grupos especficos, como pessoas do sexo masculino, pode ser um meio para conscientizar e
evitar os acidentes automobilsticos.
Resumo: A violncia contra mulher pode ser definida como qualquer ao ou conduta
baseada no gnero, que cause morte, dano ou sofrimento fsico, sexual, psicolgico mulher
[...] e esta traz complicaes ainda mais srias, durante a gravidez, pois, tanto a me quanto
o beb, podem ser vtimas. Percebe-se no perodo gestacional um maior risco das mulheres
serem vitimizadas nestas condies e, quase sempre, uma violncia perpetrada por algum
bem prximo, quase sempre, dentro do seu prprio lar. Assim, o objetivo deste artigo analisar
a ocorrncia das violncias durante a gravidez , bem como descrever os sentimentos das
mulheres neste momento. Trata-se de estudo de reviso de literatura. A busca bibliogrfica foi
desenvolvida na Biblioteca Virtual de Sade (BVS-BIREME) na base de dados eletrnica
Literatura Latino- Americana e do Caribe em Cincias da Sade (LILACS) e Base de Dados em
Enfermagem (BDENF). Essa busca procedeu-se em abril de 2014, a partir das palavras
violncia e mulher ou mulheres e gravidez e cuidados de enfermagem. A delimitao
temporal foi de 2008 a 2011. Os estudos apontam uma maior vulnerabilidade da mulher
gestante; porm fica notrio entre os autores que, na prtica, ainda persistem alguns entraves,
no que se refere ao cuidado integral mulher e sua famlia, assim como, uma dificuldade da
equipe de sade em realizao uma abordagem menos tecnicista. Mesmo se compreendendo
o ciclo da violncia, percebe-se, nas leituras, a dificuldade que a mulher enfrenta, de um modo
geral, para identificar que vtima da violncia, j que muitas vezes, este pode ser um evento
dirio, banalizado pela mesma com o passar do tempo. Alm, disso o descrdito em se buscar
os servios que na verdade deveriam apoi-la, quando na verdade re-vitimiza esta mulher em
situao de violncia, ainda que esteja grvida. As dificuldades causadas pela violncia e suas
implicaes para a sade da mulher grvida, devem ser repensadas e necessrio que os
profissionais estejam sempre com um olhar atento para a promoo de uma assistncia
resolutiva. Ficou evidente que o papel do enfermeiro vai alm da assistncia tcnica, mas
tambm deve ter um cuidado centrado numa anlise psicosocial, pois a mulher al, mesmo no
pr-natal, pode estar enfrentando uma situao de violncia, mesmo sem queixas e/ou
sintomas associados. O profissional, em sua prtica, deve envolver-se com questes polticas
e sociais, entendendo os significados e as repercusses da violncia, inspirar confiana, para
que a usuria possa dialogar sobre o assunto e possibilite um cuidado centrado na garantia
dos direitos humanos e de cidadania, de acordo com a atual poltica de sade voltada para s
mulheres.
Resumo: A dengue tida como uma das principais arboviroses do mundo, constituindo-se um
srio problema de sade pblica mundial, sendo predominante em reas urbanas e
periurbanas onde as condies sociais, climticas e ambientais favorecem o desenvolvimento
e a proliferao do Aedes aegypti, vetor da doena. A dengue endmica em todo territrio
brasileiro apresentando um quadro epidemiolgico atual caracterizado pela vasta distribuio
do Aedes aegypti em todas as regies, com ampla dinmica de disperso do seu vrus.
Portanto, justifica-se esse artigo pelo aumento no nmero de casos suspeitos de dengue na
Bahia nos ltimos anos, o que pode se estender realidade do Recncavo da Bahia, regio
que precisa de ateno e, como toda regio interiorana, enfrenta o esquecimento dos servios
pblicos. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo da ocorrncia e distribuio dos casos
de dengue no Recncavo da Bahia, nos anos de 2012 a 2015, utilizando dados secundrios de
bancos de dados da Secretaria de Sade do Estado da Bahia (SESAB), da Diretoria de
Informao em Sade (DIS) e do Sistema de Informao de Agravos de Notificao (SINAN).
Foi realizada uma caracterizao epidemiolgica dos anos 2012 a 2015 no Recncavo da
Bahia. Para tanto, foram calculadas as frequncias relativas e absolutas dos casos de dengue
no perodo analisado por local de notificao, tendo sido abordados sexo, idade, escolaridade e
raa para descrever o perfil epidemiolgico do Recncavo. O objetivo foi, ento, descrever as
caractersticas epidemiolgicas recentes da dengue no Recncavo da Bahia de 2012 a 2015.
Na Bahia, percebe-se, dentre os anos de 2012 a 2015, um destaque para o ano de 2013, que
apresentou 41.185 casos de Dengue. Por outro lado, o ano de 2014 foi o que apresentou
menor nmero de casos (9.093). O Recncavo, por sua vez, apontou 733 casos em 2013,
representando a predominncia de casos em relao aos anos estudados, assim como menor
nmero de casos em 2014 (239), de forma anloga ao Estado. Observa-se, ento, que o
Recncavo representou 1,47% dos casos de Dengue na Bahia em 2012, 1,77% dos casos em
2013, 2,62% dos casos em 2014 e 1,08% dos casos de Dengue na Bahia em 2015. De 2012 a
2015, as mulheres foram as mais acometidas, destacando-se 2015, com 66,93% dos casos e,
para a faixa etria, a maioria das notificaes foram provenientes dos indivduos de 20 a 34
anos. No quesito raa foram preponderantes as notificaes dos pardos, com destaque para
2014, com 55,64% dos casos e, para escolaridade, verifica-se uma grande quantidade de
casos ignorados/brancos. Concluiu-se que o perfil epidemiolgico dos casos de Dengue
notificados no Recncavo da Bahia nos anos de 2012 a 2015 de indivduos adultos, com
idade entre 20 e 34 anos, do sexo feminino, da raa parda e com ensino mdio completo.
Devido s condies climticas e ambientais atuais, ao provvel aumento progressivo da
temperatura global, alm da alta densidade populacional mundial, o controle do Aedes aegypti
se faz urgente e necessrio, pois a doena est se disseminando muito rapidamente,
principalmente no Brasil.
Resumo: A Comunidade da Baixa da Linha est localizada no municpio de Cruz das Almas, a
mesma se encontra localizada as margens da Universidade Federal do Recncavo da Bahia -
UFRB. Em 2012 foi certificada como remanescente Quilombola. A populao local conta, hoje,
com aproximadamente um nmero de 130 famlias, que em sua maioria residem em casas com
estruturas feitas de taipas. As famlias vivem em situao de extrema pobreza, com pssimas
condies de infraestrutura e pouco acesso a saneamento bsico, expondo-se, dessa forma,
toda a comunidade a srios riscos de sade. E ao longo dos anos esses moradores passaram
por muitas dificuldades, preconceitos e abandono por parte do poder pblico local. O objetivo
deste trabalho foi evidenciar o projeto que est sendo realizado na comunidade da Baixa da
Linha, destacando a sua importncia, para mulheres e homens, atravs de cursos
profissionalizantes, atravs da parceria entre professores e alunos do curso de Tecnologia
Gesto de Cooperativas da UFRB. Como mtodo inicial foi utilizando a ferramenta Diagnstico
Rpido Participativo - DRP, para compreender quais os desejos da comunidade para
desenvolvimento do projeto, sobressaindo-se os cursos de corte e costura para o pblico
feminino e construo civil para o masculino (pedreiro), o contato para desenvolvimento do
projeto foi possvel devido a aproximao mais efetiva da comunidade com a universidade, a
partir da relao de um dos estudantes do curso de Tecnologia em Gesto de Cooperativas.
Essa interao foi essencial para promover o projeto e assim adequ-lo s realidades da
comunidade e como contrapartida, os alunos do curso atuariam na perspectiva de
complementar a respectiva formao, atendendo uma das prerrogativas da UFRB, que preza a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso. O projeto que denomina-se Escola
profissionalizante de Corte e Costura dos Remanescentes Quilombolas da Comunidade da
Baixa da Linha foi contemplado via recursos do programa MEC SESu - PROEXT 2014. O
pblico alvo do projeto, iniciou-se, com um grupo de aproximadamente 40 mulheres, todas
moradoras da comunidade com faixa etria entre 20 e 62 anos. Vale ressaltar, que apesar do
pblico alvo serem as 40 mulheres, existe 1 homem. Alguns estudantes do curso do curso da
UFRB, esto vivenciando, atravs do estgio voluntrio, a experincia no projeto de Corte e
Costura da Comunidade da Baixa da Linha, sendo de muita aprendizagem, principalmente por
ver de perto a luta dessas mulheres para superar a situao de falta de perspectivas de
incluso social e como o projeto Corte e Costura pode colaborar para que a Comunidade
estabelea para si novos meios de sustentabilidade como forma de incluso social e contribuir
para a afirmao da cidadania na comunidade. H uma grande evoluo dessas pessoas no
s no desempenho com as mquinas de costuras, mas tambm no envolvimento da
comunidade em mudar a situao. A parceria da comunidade com a UFRB atravs do projeto
da escola profissionalizante de Corte e Costura trouxe uma nova perspectiva para essas
pessoas com a capacitao e a qualificao em corte e costura gerando novas perspectivas.
Resumo: O trabalho tem como objetivo refletir sobre os contextos sociais e histricos que
construram o modelo de beleza da sociedade brasileira, este modelo de beleza, do que ser
belo, influencia violentamente na construo da identidade da mulher negra, e em seu
processo de afirmao, principalmente em sua relao com o prprio cabelo. Durante sua
trajetria, estas, iro ter contato com muitos fatores que influenciaram no seu olhar para com
seu corpo, e estes agem severamente e as pune da forma mais dolorosa. Construmos nosso
modo de ser, nossa identidade atravs do social, nossa famlia, nossa comunidade, a mdia e o
cinema, as histrias nos livros, todos esses so fatores que influencia nessa construo. O
conceito do belo e feio, bom e mau, assim como outros vai repercutir desse social. A
integrao do negro na sociedade desde o perodo escravocrata at a atualidade foi refletida
em constantes lutas e correspondente afirmao. Um processo classificado por segregaes,
excluses, negaes, onde o sujeito negro busca uma reverso do condicionamento que lhes
foram conferidos. Os esteretipos conferidos ao negro introjetado na sua vida e nas suas
relaes de forma devastadora, fazendo com o que o indivduo se negue e no se reconhea
nas figuras positivas e belas da histria. A falta de representatividade positiva sobre o cabelo
crespo leva a uma situao que inferioriza o que ter um cabelo bonito. Muitas mulheres
negras acreditam fielmente que seus cabelos so feios, que precisam ser alisados para ficarem
bonitos e as mesmas serem bonitas. Os esteretipos negativos que so direcionados aos
cabelos das mulheres negras induzem uma falta de afirmao e a negao do prprio corpo,
este reflete em comportamentos que se configuram numa repulsa a si mesmo. As opinies que
ouvimos sobre nossos corpos, nossos traos, nossos cabelos nos fazem entrar em mundo
onde nos prendemos e deixamos de sermos ns para ir de encontro com uma figura ilusria
que a sociedade desenha em nossa cabea, fazendo com que odiemos o que significamos.
Quando revertermos o condicionamento social e racial nos reconhecendo e afirmando o que
somos damos um passo essencial para modificar as representaes que so derivadas ao
negro. A luta de assumir e usar o cabelo black como ferramenta de revoluo poltica nos situa
em uma esfera de reconhecimentos de ns mesmo e fervor para que o outro tambm nos
reconhea. A referncia a qual usamos nosso cabelo como forma poltica da nfase para uma
desconstruo que estereotipa o mesmo. Identificar-se como indivduo detentor de uma beleza
prpria requer firmemente uma postura centrada em lutas e posicionamentos empoderados.
Resumo: O sol um fonte de energia limpa, renovvel, segura e barata. A utilizao da luz e
do calor solar uma das alternativas energticas mais promissoras para os prximos anos.
Como aplicao prtica da energia solar tem-se o aquecimento de gua para fins residenciais,
utilizando para isso aquecedores solares que transformam a radiao solar em energia trmica,
utilizada para o aquecimento da gua. Esta tecnologia apresenta benefcios econmicos,
ambientais e sociais. A procura por fontes alternativas de energia uma tarefa que o Brasil
precisa desempenhar com grande afinco, levando em considerao o seu consumo energtico
e seu tamanho continental. O Brasil um pas privilegiado no que concerne ao valor mdio
anual de insolao, o que equivale 200 W/m. O aquecimento de gua na maioria das
residncias brasileiras feito por chuveiros eltricos, equipamentos de grande consumo de
energia eltrica. A rede hoteleira brasileira em sua grande maioria tambm utiliza a energia
eltrica para o aquecimento da gua para os seus hspedes, o grande impacto dessa prtica
sentido principalmente nos horrios de pico. Com a necessidade de reduzir os impactos
ambientais, os desperdcios e fornecer uma alternativa para o uso do chuveiro eltrico, foi
estudado uma forma de utilizar a energia solar para aquecer a gua dos chuveiros residenciais.
Levando em considerao que a grande maioria das pessoas no tem condies de obter
coletores solares vendidos no mercado, est sendo realizado um estudo para o
desenvolvimento de aquecedores solares utilizando materiais de baixo custo, com eficincia
que corresponda as necessidades de cada residncia. Assim com esses materiais de baixo
custo, estaremos levando gua aquecida para a grande parte da populao e ao mesmo tempo
mudando o cenrio tanto ambiental quanto energtico. Em estudos iniciais realizados,
levantou-se a necessidade de obter matrias que reduzam a transmisso de calor atravs da
conduo, problema este que pode ser resolvido utilizando isolantes trmicos. Outra
caracterstica identificada o aumento preponderante da perda de energia pelo processo de
radiao trmica, principalmente quando o sistema atinge temperaturas superiores a 120C. O
levantamento das caractersticas construtivas e trmicas do projeto est levando em
considerao o valor do material utilizado e a eficincia trmica desejada.
Resumo: A incluso educacional de pessoas com deficincia tem ganhado repercusso nos
diferentes nveis de organizao do sistema educacional. No Brasil as mudanas comearam a
ocorrer principalmente a partir da Constituio de 1988 que garante o direito educao a
todas as pessoas. Desde ento, vem se instalando um processo de transformao no sistema
educacional brasileiro, principalmente com mudanas na legislao e na elaborao de
diretrizes nacionais para a educao, todas elas norteadas pela ideia da educao inclusiva.
Diante dessas discusses sobre a educao inclusiva percebemos, neste trabalho de
investigao, a necessidade de explorar conhecimentos sobre esse assunto. Assim, essa
pesquisa norteou-se pela seguinte questo: quais as histrias que permeiam as memrias de
estudantes com deficincia que alcanaram o ensino superior sobre sua trajetria de
escolarizao na educao bsica? Investigar essas trajetrias de escolarizao nos
proporcionou analisar as concepes e as estratgias de enfrentamento das situaes
vivenciadas na escola bsica por esses estudantes, que hoje se encontram matriculados em
cursos de graduao da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB). Nessa
investigao procuramos conhecer, atravs do relato dos estudantes, suas vidas escolares,
suas experincias, seus anseios, lembranas da escola, do relacionamento com os professores
e com os colegas. Por considerar que a questo norteadora desse trabalho apresenta
fenmenos sociais e educacionais complexos, esta investigao foi realizada atravs de uma
pesquisa emprica qualitativa de carter exploratrio, utilizando a entrevista narrativa como
tcnica para o levantamento dos dados. A opo metodolgica foi histria de vida escolar dos
sujeitos pesquisados, por se entender essa metodologia enquanto uma unidade, uma sntese,
que permite a anlise da complexidade e mltiplas determinaes. A pertinncia e a relevncia
desta investigao evidenciaram-se atravs da possibilidade de debates e discusses a
respeito da incluso educacional de alunos com deficincia na escola bsica onde tem
predominado a impreciso nas aes inclusivas. Os resultados encontrados apontam formas
de contribuir para o enriquecimento do conhecimento cientfico sobre a incluso de pessoas
com deficincia, fornecendo informaes para o aprofundamento e reflexes de novos modos
de agir frente s diferenas na escola, bem como subsdios para o planejamento de mudanas
e ajustes no sistema de ensino. Espera-se que esta anlise possibilite releituras sobre direitos
e educao dos estudantes com deficincia, reconhecendo que a incluso educacional
necessria, podendo influenciar profundamente na construo de polticas, prticas e atitudes
em contextos institucionais.
Resumo: O presente trabalho configura-se num estudo acerca das trajetrias de vida de um
grupo de trabalhadoras domesticas negras moradoras do territrio de identidade do Vale do
Jiquiri-Bahia. Partindo desta premissa, esse estudo procura legitimar os vieses identitrios
dessas mulheres e ao mesmo tempo, analisar o processo de subalternizao e visibilidade
social a partir dos pertencimentos sociais de classe, gnero, e raa, Nesse contexto
emblemtico perceptvel a relao dicotmica dominada e dominadora..Nesse prisma, faz-se
necessrio uma triagem cronolgica do itinerrio profissional destas mulheres negras e da
herana da mentalidade escravista nas relaes de poder. Sob essa tica, observa-se uma
extrema importncia de investigaes empricas, bem como, anlises histricas que perpassam
pelo regime escravocrata brasileiro interseccionalidade emancipatria na
contemporaneidade. O percurso epistemolgico e metodolgico se concentra em narrativas
que mesmo no campo dos no ditos evidenciam um processo de marginalidade vivenciada por
essas trabalhadoras negras. Vale ressaltar que. a dialtica com as pesquisadas ancorada
nas bases das cincias sociais e humanas E a ttulo de problematizao, essa pesquisa
qualitativa traz tona uma revisita a memria destas mulheres seus dilemas, tramas e
empoderamentos. A gide desse discurso comunicativo retrata uma conjuntura social em
movimento que incide em discusses que culminam em um engendramento de um novo
feminismo que tenciona colocar em cena direitos humanos das domsticas e ao mesmo tempo,
assegur-los. O corpus da pesquisa argumenta ainda a trajetria de vida das mulheres
historicamente discriminadas e excludas num modelo social que adota conceitualizaes
estereotipadas que resultam na subalternizao destas trabalhadoras. A luz da discusso que
esses sujeitos so silenciados ao longo dos tempos emerge a necessidade de estudos mais
aprofundados No intuito de referendar esse estudo, foi utilizado um rico arcabouo terico:
(FREIRE,2014) . (ALBERTI,1990)( POUTIGNAT,2011 ),(TELLES) dentre outros e suas
valiosas ideias corroboraram nessa itinerncia pesquisativa .Nesse sentido, importa salientar
que, o imbricamento da teoria e prtica nesse processo de suma importncia na coleta de
informaes e depoimentos. Nessa esteira de anlise, o caminho trilhado resultante de uma
ressignificao de novos olhares no que tange ao lugar da mulher enquanto protagonista de
mudanas sociais, histricas polticas e culturais na contemporaneidade.
Resumo: O presente trabalho configura-se num estudo acerca das trajetrias de vida de um
grupo de trabalhadoras domesticas negras moradoras do territrio de identidade do Vale do
Jiquiri-Bahia. Partindo desta premissa, esse estudo procura legitimar os vieses identitrios
dessas mulheres e ao mesmo tempo, analisar o processo de subalternizao e visibilidade
social a partir dos pertencimentos sociais de classe, gnero, e raa, Nesse contexto
emblemtico perceptvel a relao dicotmica dominada e dominadora..Nesse prisma, faz-se
necessrio uma triagem cronolgica do itinerrio profissional destas mulheres negras e da
herana da mentalidade escravista nas relaes de poder. Sob essa tica, observa-se uma
extrema importncia de investigaes empricas, bem como, anlises histricas que perpassam
pelo regime escravocrata brasileiro interseccionalidade emancipatria na
contemporaneidade. O percurso epistemolgico e metodolgico se concentra em narrativas
que mesmo no campo dos no ditos evidenciam um processo de marginalidade vivenciada por
essas trabalhadoras negras. Vale ressaltar que. a dialtica com as pesquisadas ancorada
nas bases das cincias sociais e humanas E a ttulo de problematizao, essa pesquisa
qualitativa traz tona uma revisita a memria destas mulheres seus dilemas, tramas e
empoderamentos. A gide desse discurso comunicativo retrata uma conjuntura social em
movimento que incide em discusses que culminam em um engendramento de um novo
feminismo que tenciona colocar em cena direitos humanos das domsticas e ao mesmo tempo,
assegur-los. O corpus da pesquisa argumenta ainda a trajetria de vida das mulheres
historicamente discriminadas e excludas num modelo social que adota conceitualizaes
estereotipadas que resultam na subalternizao destas trabalhadoras. A luz da discusso que
esses sujeitos so silenciados ao longo dos tempos emerge a necessidade de estudos mais
aprofundados No intuito de referendar esse estudo, foi utilizado um rico arcabouo terico:
(FREIRE,2014) . (ALBERTI,1990)( POUTIGNAT,2011 ),(TELLES) dentre outros e suas
valiosas ideias corroboraram nessa itinerncia pesquisativa .Nesse sentido, importa salientar
que, o imbricamento da teoria e prtica nesse processo de suma importncia na coleta de
informaes e depoimentos. Nessa esteira de anlise, o caminho trilhado resultante de uma
ressignificao de novos olhares no que tange ao lugar da mulher enquanto protagonista de
mudanas sociais, histricas polticas e culturais na contemporaneidade.
Resumo: RESUMOA partir de uma anlise macro e de totalidade do Estado, o trabalho que se
segue tem por finalidade analisar as Aes Afirmativas na educao superior em seu contexto
histrico e sua relao com o capitalismo. Para tanto, optamos por discutir inicialmente a
natureza do Estado numa concepo de Estado moderno e a concepo de Politica dialogando
com a anlise das polticas de aes afirmativas abordadas numa perspectiva de raa e classe.
Em uma perspectiva marximiana do termo, abordamos o Estado como uma representao
daqueles que detm os meios de produo - a burguesia, ou seja, nos pautamos numa
concepo moderna de Estado, que se constituem na dominao/poder de uma classe sobre a
outra. No tocante das Aes Afirmativas, destacamos que elas surgem a partir da
necessidade de atender s demandas sociais, atreladas em sua maioria s reivindicaes de
grupos polticos de minorias representativas, tais como negros, LGBT, indgenas e pessoas
com necessidades especiais e baseia-se no principio universalista de igualdade, equidade e
incluso social. Ao falarmos de raa e classe, tangenciamos o debate entorno do conceito de
reconhecimento e redistribuio abordado por Nancy Fraser. importante que destacar que
raa utilizado conceitualmente numa abordagem sociolgica e poltica e classe numa
perspectiva marxista. Assim, ao tempo que falamos de reconhecimento/redistribuio, estamos
dialogando com a necessidade de combinarmos essas duas categorias de forma conjunta.
Nesse sentido, o trabalho prope-se a pensar raa e classe juntas, pois, desvincular a luta por
reconhecimento e o respeito s diferenas da luta contra a explorao e o capitalismo, torna-se
um equivoco histrico/social, pois, a partir de uma anlise do materialismo histrico, o
enfrentamento conjunto da opresso/explorao potencializa assim como duas categorias
explosivas. Deste modo, as polticas de Aes Afirmativas tambm podem ser pensadas como
polticas de reconhecimento e de redistribuio. Reconhecimento quando trata as diferenas
histrico-culturais de maneira desigual e que garanta a igualdade e, de redistribuio quando
busca promover as desigualdades raciais/sociais por meio de instrumentos econmicos. A
partir dessa perspectiva, a desigualdade racial est posta aqui como uma espcie de injustia
que reivindica uma sada por medidas redistributivas, ou seja, por polticas pblicas de ordem
econmica. No entanto, precisamos pontuar que no modus operandi da Aes Afirmativas
gerido por um Estado capitalista, a manuteno do status quo do capitalismo fica garantido,
uma vez que, sua base conceitual no apresenta uma proposta de ruptura com a estrutura do
capital. Assim, pensando o Estado construdo na prevalncia do antagonismo de classe,
dificilmente as Aes Afirmativas podem modificar a estrutura do capital, ou seja, podemos
avanar no que tange ao reconhecimento das diferenas, a incluso, as alteraes simblicas
dos espaos formais e informais, porm, as estratgias sociais de opresso/explorao
continuam intactas e manifestas na prpria poltica de um Estado racista e burgus.
Resumo: O presente artigo busca discutir o corpo da mulher negra, que est relacionado com
uma possvel construo de identidades vinculada a uma esttica negra. Falar sobre o corpo
da mulher negra implica, a priori, pensarmos o corpo enquanto signo, como um ente que
reproduz uma estrutura social de forma a dar-lhe um sentido particular, que certamente ir
variar de acordo com os mais diferentes sistemas sociais.Isto significa que o corpo est
investido de crenas e sentimentos que esto na origem da vida social, fomentar a discusso
das pessoas em relao histria, importncia e significado dos cabelos no tocante a
construo da identidade humana, principalmente da identidade negra, pois, pouco se fala
sobre a sua representao, assim como, o que cada estilo deseja passar para a sociedade,
como o individuo se v, e como ele visto por ela a partir da opo do estilo de cabelo
adotado. O cabelo uma das partes do corpo que mais se encontra exposta em determinadas
sociedades da cultura, a exemplo da Brasileira. Sem dvida um elemento que carrega uma
forte carga indenitria e preocupao esttica O corpo e o cabelo funciona como marca dos
valores sociais e nele a sociedade fixa seus sentidos e valores. Socialmente o corpo um
signo, e como diz Rodrigues: A utilidade do corpo como sistema de expresso no tem limite.
Ao falarmos sobre corpo e cabelo, inevitavelmente, nos aproximamos da discusso sobre
identidade negra. Essa identidade vista, no contexto desta pesquisa, como um processo que
no se d apenas a comear do olhar de dentro, do prprio negro sobre si mesmo e seu corpo,
mas tambm na relao com o olhar do outro, do que est fora. Nesse sentido, o cabelo crespo
e o corpo negro podem ser considerados expresses e suportes simblicos da identidade
negra no Brasil. Juntos, eles possibilitam a construo social, cultural, poltica e ideolgica de
uma expresso criada no seio da comunidade negra. Atravs do cabelo podemos transmitir
mensagens, emoes e opinies. Partindo destes princpios, os estilos de cabelos so
utilizados para diversos fins. Assim sendo, o cabelo crespo e o corpo negro so considerados
as expresses simblicas da identidade negra no Brasil, pois juntos eles fomentam a
construo social, cultural, poltica e ideolgica de uma expresso intrnseca a comunidade
negra de que o Ser negro lindo, valorizando as suas construes biolgicas. Perante a
populao negra o cabelo e o corpo fazem parte da construo e consolidao da sua cultura,
assim como, os classificam e os localizam dentro de seu um grupo tnico/racial. A abordagem
metodolgica da pesquisa consiste em uma reviso bibliogrfica sobre o tema que originar a
realizao de fichamentos a partir de leituras de artigos pesquisas em sites da internet.
Tambm conter relatos de meninas negras que passou por preconceito e hoje se orgulha e
assume seu cabelo Black, pesquisado em sites e bloques da internet. Foram pesquisados 10
artigos, mas s foram utilizado oito para fazer reviso bibliogrfica.