Visão Geral Do Processo de Comissionamento

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AULA DE 8-8-2017:

COMISSIONAMENTO DE INSTALAES INDUSTRIAIS

A definio mais empregada descreve o Comissionamento como um conjunto integrado de


Conhecimentos, Prticas, Procedimentos e Habilidades aplicvel a produtos complexos de
engenharia com o objetivo de assegurar a transferncia da unidade civil ou industrial do
Construtor para o Operador de forma rpida, ordenada e segura, garantindo sua operabilidade
em termos de desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de informaes.
Nesta sequncia veremos as 9 (nove) etapas necessrias para a realizao do
comissionamento. No importa se se trata de uma Planta de Processamento qumico, de uma
Estao de Tratamento de Efluentes, de uma unidade geradora de vapor, etc, as 9 (nove) etapas
que veremos a seguir so as mesmas e de aplicao geral.
Veremos a seguir as denominaes das nove etapas do comissionamento e a correta sequncia
em que cada uma dever obedecer neste processo. Vamos iniciar com a ETAPA 1 :
planejamento.

1 - PLANEJAMENTO

Sem um planejamento adequado no se poder comissionar uma planta de forma segura e


dentro do prazo.

2 MECANICAL COMPLETION (COMPLETAO MECNICA)

nesta fase que a equipe de comissionamento assume os sistemas entregues pela equipe de
construo. As atividades realizadas na Completao Mecnica esto especificadas no
CONTRATO. Aps cada inspeo emitido um CCM ( Certificado de Completao Mecnica )
com as descries das verificaes realizadas e, sendo o caso, um relatrio de pendncias tipo
B, que sero eliminadas antes do trmino da fase Operao Assistida, possibilitando a emisso
do TTAS ( Termo de Transferncia e Aceitao do Sistema ) e handover (transferncia) definitivo
ao proprietrio

As reas atendidas so : mecnica, tubulao, suportao, proteo de superfcies, eltrica,


arquitetura, instrumentao e HVAC

3 P&ID CHECKING

A terceira etapa do Comissionamento uma atividade de relevncia para a equipe de


comissionamento : checagem de desenhos de engenharia e instrumentao (P&ID). Os
engenheiros de comissionamento verificam se tudo no campo est construdo conforme as
especificaes. Os desenhos a serem utilizados sempre devero estar em sua ltima reviso e
disto se encarregar o Setor de Documentao. Em cada desenho os Limites de Bateria se
encontram definidos, o que delimita a rea no campo a ser checada. A equipe de
comissionamento deve verificar se a construo obedeceu s orientaes dos P&IDs enquanto
realiza uma checagem visual da montagem e verificam a correta aplicao de TAGs nas linhas,
equipamentos e instrumentos. Cada linha de tubulao acompanhada em toda a sua extenso
checando-se o sentido de fluxo bem como a natureza do fluido transportado. So verificadas as
cores padronizadas para as classes de fluidos, verificados os espaos necessrios para
manuteno como, por exemplo, espao requerido para a retirada do feixe tubular de trocadores
de calor casco-e-tubo, so verificados se os acessos s vlvulas esto corretamente
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dimensionados, bem como a suportao das linhas de tubulaes, bandejamento dos cabos
eltricos, existncia de plaquetas de identificao bem como existncia de monotrilho, dentre
outros itens.

4 CONDICIONAMENTO

Condicionamento a quarta etapa do processo, realizada aps a concluso da fase de


Construo & Montagem ( C&M ). Inclui as atividades de preparao para energizao e
funcionamento dos itens, conjunto de itens ( malhas ), os Subsistemas Operacionais (SSOPS) e
SOPs (Sistemas Operacionais), realizadas com o objetivo de leva-los at a fase de Pr-Operao
& Partida ( PO&P ), objetivando a Certificao de Completao Mecnica (CCM);
Os servios de condicionamento caracterizam-se por VERIFICAES, PROVIDNCIAS,
AJUSTES, TESTES DE CERTIFICAO E SIMULAO, executados frio, isto , energizados
SEM CARGA, ou pressurizados SEM FLUIDOS de operao definitiva;

As atividades de Condicionamento tm por objetivo avaliar, aferir, atestar a conformidade fsica


dos equipamentos, instrumentos e interligaes, de modo a liberar os sistemas para a fase
seguinte do processo de comissionamento em relao s especificaes tcnicas de projeto e
requisitos de QSMS ( qualidade, segurana, meio-ambiente e sade ).

Inclui, dentre outros itens, a limpeza de tubulaes por meio de sopragem, lavagem com gua,
com solventes, secagem e limpeza, bem como limpeza mecnica de Vasos e Tanques; testes
de motores sem carga, que so os testes a frio.

Motores eltricos sero verificados quanto POTNCIA, TENSO, CORRENTE ELTRICA,


ROTAO, GRAU DE PROTEO, RELAO ENTRE CORRENTE DE PARTIDA E
CORRENTE NOMINAL E CARCAA.

Outras atividades incluem a :

- inspeo final e fechamentos de Vasos e Tanques


- recomposio final dos Sub-sistemas e Sistemas
- INERTICAO DE VASOS, TANQUES E ESFERAS
- aplicao de lubrificantes
- instalao de filtros
- tratamento de gua de caldeira ( gua desmineralizada )
- sistema de gerao de nitrognio
- sistema de flare
- sistema de gs e leo combustvel
- gerao e distribuio de vapor e retorno de condensado
- tratamento de guas cidas
- sistema de injeo de produtos qumicos
- identificao e checagem de figuras 8 no campo
- checar a correta remontagem das vlvulas
- checar intertravamentos
- verificar enchimento dos leitos de catalisadores
- verificar instalao de cartuchos e meios filtrantes
- realizar teste mecnico de bomas e equipamentos rotativos
- realizar loop-test de instrumentao
- gerar lista de pendncias,
- dentre outros...

Os seguintes documentos devem ser verificados nesta etapa :

- Certificados de testes hidrostticos


- limpeza de tubulaes
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- eliminao de pendncias impeditivas constatadas nesta fase


-Certificados de Calibrao de instrumentos
- testes parciais de malhas
- Testes de Aterramento
- Execuo do preenchimentos das FVIs e FVMs nos campos aplicveis montagem
- Inspeo de cada sistema isoladamente
- Pronturios NR-13 dos itens requeridos
- Certificao de conformidade das instalaes com as normas aplicveis
- emisso do Certificado de completao Mecnica ( CCM ).

5 COMISSIONAMENTO

A 5. Etapa do processo recebe o nome de geral de COMISSIONAMENTO, onde as atividades


so realizadas a quente, isto , fluidos de processo so alimentados aos equipamentos e a
energizao ocorre com carga.

a fase que ocorre aps o Condicionamento, e os fluidos de processo so alimentados aos


Sistemas e Subsistemas. Em alguns casos so utilizados fluidos de segurana em substituio
ao fluido real (p.ex.: gua, nitrognio, etc). As atividades no comissionamento so consideradas
atividades a quente.

A definio, segundo a API 1FSC : Grupo de testes dinmicos e energizados, confirmando terem
sido cada Sistema ou Subsistema fabricado, instalado, limpo e testado conforme especificaes
de Projeto e prontos para o Start-up. Um esforo bem planejado neste sentido se constitui num
dos fatores para um Start-up sem problemas.

Atividades tpicas :

Introduo de utilidades : ar, nitrognio, gua e vapor


Testes a seco
Testes a mido
Testes dinmicos com fluidos seguros
Testes dinmicos com solventes
Testes com fluidos de processo ( alimentao de matria-prima )
Checagem funcional dos sistemas
Testes finais de estanqueidade
Secagem final
Estabilidade da presso de inertizao de tubulaes, vasos, tanques e esferas
Estocagem de produtos, tancagem e carregamento

Devem ser considerados os aspectos de segurana, tais como :

- Necessidade da emisso de uma Permisso de Trabalho; controle de acesso; sinalizao da


rea; proteo da rea em construo; Resposta a emergncias: procedimentos expostos em
locais visveis; equipe treinada; realizao de exerccios prticos para comprovar eficcia

Os Testes a Seco envolvem :

- testes de intertravamento
- testes de ESD ( emergency shut-down )
- testes da sequncia dos sistemas de controle
- funcionamento inicial de grandes motores, equipamentos e sistemas auxiliares, tais como
sistemas de lubrificao de compressores ( desacoplados das mquinas... )

Testes a mido:
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gua ou outro meio relativamente seguro alimentado ao processo, procedendo-se


ao comissionamento inicial dos sistemas e itens de maior relevncia, replicando-se da
melhor maneira possvel a operao normal da unidade.

6 START-UP

A 6 etapa do comissionamento denominada partida ou start-up. Nesta fase a instalao


industrial como um todo ser colocada em operao total.

7 OPERAO INICIAL

Esta fase necessria para a preparao dos TESTES DE PERFORMANCE. Durante a


operao inicial a operao total da planta ser otimizada. Estaro presentes nos turnos de
trabalho os representantes do Cliente, do Contratante, dos Fornecedores e algumas vezes do
Licenciador do Processo. A planta ser operada entre os seus limites de projeto at os limites
superiores admissveis, e funes tais como ESD (Emergency Shut-down) sero checadas. A
fase de Operao Inicial prepara a planta para os TESTES DE PERFORMANCE.

8 TESTES DE PERFORMANCE

Esta fase representa um momento importante para todo o grupo do Comissionamento. Este o
momento onde se deve comprovar que a planta atende a todas especificaes de projeto nas
condies normais de operao. Aqui ser avaliado por Testes de Funcionamento se
determinado SOP/SSOP atende s especificaes de projeto e s facilidades operacionais de
manuteno e de segurana, bem como se atende os critrios de aceitao dos testes. A
concluso bem sucedida do conjunto de Testes de Aceitao de Performance (TAP) dos SSOPs
que compem o SOP possibilita a emisso do TERMO DE TRANSFERNCIA E ACEITAO
DE SISTEMA (TTAS), e assinala a entrada oficial do sistema na Condio Operacional.

8.1 - Teste de Performance de Bomba Centrfuga

usual que o comprador especifique um teste de aceitao de performance hidrulica para


garantir o desempenho de uma bomba centrfuga e ....
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Fig. 1 Loop de testes open-pit para bombas verticais

as aplicaes de bombas podem apresentar uma ampla gama de requisitos de tolerncia para
vazo, altura manomtrica (head), eficincia, potncia (BHP brake horsepower) e NPSHR (net
positive suction head required). O usurio final deve assegurar que a norma de teste, juntamente
com o grau de aceitao, est especificada adequadamente desde o comeo, no contrato de
fornecimento, baseado nos requisitos especficos do sistema de bombeamento.
8.2 - Checklist

O checklist a seguir baseado nas recomendaes do Hydraulic Institute (HI), embora as


especificaes ASME (American Society of Mechanical Engineers) e API (American Petroleum
Institute) podem ser utilizadas com resultados equivalentes.
O usurio final deve especificar no pedido de compras se eles gostariam de testemunhar ou no
os testes de aceitao. Em caso positivo, os custos sero maiores, mas a presena do
comprador durante os testes e coleta de dados, assegura a integridade dos resultados.
As atividades que devero ser realizadas antes do teste de performance
-corrigir a elevao necessria nas leituras da altura manomtrica, exceto se os instrumentos de
presso estejam precisamente localizados nas linhas de centro da suco e descarga ( diferena
entre a elevao da linha de centro da bomba e a elevao da medio ).
Alternativamente pode-se testemunhar os teste via web cams. Isso elimina as despesas de
viagem para o comprador.
- Instrumento de medio de vazo posicionado em trecho de tubo com 10 diam a montante e 5
diam a jusante, para garantir vazo uniforme
- tomadas de presso estejam afastadas de no mnimo dois dimetros de tubulao dos flanges
de suco e descarga (perfil de velocidade uniforme na seo de medio de presso).
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- Confirmar que a metodologia para o clculo do BHP da bomba atende as expectativas. Se a


tenso de alimentao usada juntamente com a eficincia de placa, garantir que o teste est
sendo conduzido na rotao nominal ou de teste com um sinal eltrico puro (tenso da rede). Se
o motor alimentado com variador de frequncia (VFD), a eficincia de placa no mais vlida,
especialmente em velocidades diferentes. O mtodo mais preciso para determinar o BHP com
um transdutor de torque e tacmetro. A maioria dos transdutores de torque comerciais acoplam
diretamente entre o motor e a bomba (ver figura 2). Eles so projetados para fornecer dados
calibrados para torque e rotao (rpm).

Transdutor de Torque

-Verificar se a rotao est sendo medida precisamente com um tacmetro calibrado. Resultar
em imprecises usar a rotao nominal do motor para cada ponto de vazo. O escorregamento
do motor muda quando as condies de carga mudam ao longo da curva BHP/torque da
condio de shutoff (vazo nula) da bomba para a condio de run-out (vazo mxima).
-Verificar se a gua que est sendo usada atende os requisitos de limpeza e teor de cloretos,
especificamente para bombas construdas em ao inoxidvel austentico, para aliviar as
preocupaes com corroso sob tenso.
-Discutir quantos e quais pontos de vazo sero testados. A maioria das normas especifica um
mnimo de cinco pontos de teste. Contudo, o comprador pode escolher ter um nmero maior de
pontos testados para melhor definir a curva de performance. A maioria das normas tambm
especifica dois pontos requeridos. Um ponto de teste deve ser tomado entre -5 e 0 % da vazo
garantida, enquanto o outro deve ser tomado entre 0 e +5 % da vazo garantida. Os demais
pontos podem estar uniformemente distribudos ao longo da faixa operacional ou em vazes
especficas solicitadas pelo comprador, por exemplo: shutoff, vazo mnima, run-out, etc.
-Solicitar um briefing de segurana para discutir os riscos em potencial antes do incio do teste.
Cuidados devem ser tomados por todas as partes envolvidas para garantir que o teste seja
realizado com segurana.

8.3 - Curvas Caractersticas

A determinao do ponto de trabalho, i. , vazo, carga, potncia consumida e rendimento de


uma bomba operando em um sistema funo das caractersticas da bomba e do sistema.
As curvas caractersticas das bombas so fornecidas pelos fabricantes, e normalmente traduzem
o desempenho da bomba quando operando com gua. As curvas caractersticas mais utilizadas
so :
Curva de Q x H
Curva de Q x Pef
Curva de Q x n
Curva de Q x NPSHR
8.3.1 - Obteno das curvas caractersticas do rotor (CCR)

Curvas caractersticas das bombas so representaes grficas que traduzem o funcionamento


da bomba, obtidas atravs de experimentos realizados pelo fabricante, que fazem a bomba
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vencer diversas alturas manomtricas com diversas vazes, verificando tambm a potncia
absorvida e o rendimento da bomba.
O levantamento da curva caracterstica da bomba realizado pelo fabricante do equipamento,
em bancos de prova equipados para tal servio. De uma maneira simplificada, as curvas so
traadas da seguinte forma, conforme esquema abaixo:

Fig. 8.3.1 Bancada de teste para levantamento da curva


caracterstica da bomba ( melhor, rotor )

Para a obteno da curva feita a seguinte sequncia de ensaio :

1. A bomba ligada com a vlvula de bloqueio da descarga fechada (Q = 0).


2. Determina-se a presso desenvolvida pela bomba, que ser igual a presso de descarga
(Pd) subtrada da presso de suco (Ps).
3. Com esta presso diferencial obtm-se a altura manomtrica desenvolvida pela bomba
atravs da expresso : H = (Pd Ps) /
4. Obtm-se, ento, a altura de shut off (Ho), que a altura fornecida pela bomba para
vazo nula (Q=0).
5. Abre-se parcialmente a vlvula de bloqueio da descarga, obtendo-se assim uma nova
vazo, e procede-se da mesma maneira anterior para se obter a altura manomtrica e
6. Continuando-se o processo obtm-se outros pontos de vazo e altura, com os quais
plota-se um grfico onde, no eixo das abscissas, plota-se a vazo e no eixo das
ordenadas, as alturas.

Normalmente os fabricantes tm vrios dimetros de rotores para uma mesma bomba e ento
possvel obter-se uma srie de curvas caractersticas de rotores. Por este motivo, ser dito de
agora em diante, curva caracterstica do rotor (CCR) e, no, curva caracterstica da bomba.

Fig. 8.3.2 Curva de bomba com diversos dimetros


de rotores

Deve-se observar que as CCR so obtidas variando-se a vazo do sistema pela abertura ou
fechamento da vlvula de bloqueio e, no, variando-se a rotao da bomba, que seria outra
forma de variar a vazo.

Por vezes negligenciado, a curva do fabricante normalmente baseada em uma velocidade indicada, e a velocidade real
no campo diferente. Este diferencial de velocidade ocorrer com motores de induo que no esto totalmente
carregados ou especificados corretamente, uma vez que a velocidade do motor normalmente aumentar em cargas mais
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baixas. Os diferenciais de velocidade tambm podem ocorrer devido a variaes de tenso. Olhe a placa de identificao
do motor ou entre em contato com o fabricante para obter a velocidade de carga total e a porcentagem esperada de
deslizamento. O advento das unidades de velocidade varivel < SERIA VARIADOR DE VELOCIDADE ? > nas ltimas
duas dcadas tornou os problemas de diferena de velocidade mais prevalentes. At 30 a 50 rpm faro uma diferena
no desempenho da bomba.

As variaes e configuraes de freqncia eltrica (hertz) tambm podem causar problemas. Essas variaes so
geralmente de fontes de energia no local, como os motores a diesel.

O equipamento conduzido pela turbina a vapor pode ter problemas com as configuraes do regulador / acelerador. Em
todos os casos, a melhor maneira de determinar a velocidade real com um tacmetro. Ao usar o estroboscpico, tenha
cuidado para escolher um ponto de referncia singular no rotor que seja exclusivo como uma chave, chaveta ou um
parafuso de acoplamento codificado por cores. No use itens como parafusos de acoplamento inespecficos, pois muito
fcil retirar em mltiplos ou divisores da velocidade real.

9. OPERAO ASSISTIDA

A Operao Assistida a NONA FASE do processo de COMISSIONAMENTO. Esta fase comea


na transferncia do primeiro Sistema Operacional para o Operador e ser considerada completa
com a assinatura do TTAS-2. Aps a entrega da Planta ao Cliente, esta fase se prolonga at o
momento em que a Assistncia s operaes no seja mais necessria e, normalmente, se
considera um perodo de 90 dias pois o tempo consumido nas atividades poder ser considervel
e no deve ser subestimado. Neste perodo, as pendncias restantes so resolvidas. Uma
equipe reduzida do pessoal ser destacada para realizar tais atividades. Nestas atividades os
Sistemas e Subsistemas sero operados em condies reais; tambm os testes de
funcionamento de longa durao sero realizados por um perodo contratualmente acordado. A
operao assistida se encerra aps o trmino da transferncia do ltimo Sistema Operacional.

O servio de Operao Assistida composto por um conjunto de atividades que permitam o


treinamento e capacitao da equipe do cliente responsvel pelas atividades de operao e
manuteno preventiva e corretiva, transferindo todo o conhecimento e experincia necessria
para a operao dos produtos (equipamentos, sistemas ou plataformas de servios). Durante um
perodo previamente acordado, prestado todo o suporte necessrio para a operacionalidade
dos produtos, minimizando o risco na implantao de novas tecnologias e proporcionando as
condies ideais para transferncia da tecnologia envolvida, at que o cliente possa reassumir
as atividades com sua prpria equipe.

Para controle dos trabalhos de soluo das pendncias utiliza-se um Punch List onde constam
todas as pendncias a serem resolvidas. O pagamento final apenas ser realizado aps
obteno das solues de todas as pendncias restantes; esta uma tarefa difcil pois a maioria
do pessoal envolvido no trabalho j ter sido deslocada para outros projetos. A equipe que
originariamente trabalhou no projeto provavelmente no ser aquela que ir retornar ao campo
para corrigir os itens em no-conformidade.

O gerenciamento das Pendncias realizado utilizando-se a Punch List, que um formulrio


onde constam todas as pendncias a serem resolvidas. No Punch List as deficincias esto
identificadas, classificadas e apontadas as solues

Durante este perodo, um corpo tcnico formado por um ou mais especialistas designado para
as localidades acordadas com o cliente, de modo a oferecer suporte na realizao de testes,
anlises, medidas e ajustes, assegurando que as operaes dirias sejam realizadas em
conformidade com os padres pr-estabelecidos.

O que dever ser inspecionado :

As Inspees devero se concentrar quanto ao estado de completao, qualidade, segurana


operacional, integridade e manuteno.

Representao:
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O documento formal do Punch List de um equipamento dever ter as assinaturas dos


representantes, tais como :

Contratante da instalao
Gerente de Construo do EPCM
Gerente da Engenharia do EPCM
Gerente de Comissonamento do EPCM
Equipe do Cliente
Operador do Cliente

Identificao:

Para a identificao da deficincia, deve-se proceder a uma clara exposio da no-


conformidade; especificar corretamente sua localizao; marcar no campo o item mencionado a
fim de facilitar equipe de correo encontr-lo; iniciar a descrio com um verbo, tal como :
relocar, pintar, instalar, afixar, rotacionar..., etc.

Classificao:

As deficincias so classificadas conforme se segue:

Categoria A :antes da energizao

Cateroria B : antes do incio do comissionamento com carga.

Categoria C : antes do trmino do projeto

Cadegoria D : fora do escopo, necessitando de investimento financeiro adicional.

Tipificao das classes :

As classes se referem completao testemunhada das resolues das deficincias, seja pelo
Cliente, seja pela Epecista.

Classe 1 : assinada pela Epecista

Classe 2 : assinada pelo Cliente.

Solues:

Dentre as solues contam-se :

1) no tomar nenhuma atitude a respeito. Isto significa conviver com o problema, onde o custo
da correo e o impacto da pendncia sobre a funcionalidade do sistema forem desprezveis. A
deficincia poder ser corrigida durantes as futuras paradas de manuteno ou quando o
equipamento for alterado;

2) completar o trabalho at atingir o escopo projetado; .;

3) Alterar o escopo, seja por adicionar ou retirar;


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4) deixar a cargo do Cliente;

Objetivos da Inspeo pela Planta :

validao do escopo : evento necessrio para a progressiva entrega aos Clientes e


encerramento do projeto
confirmao da qualidade : assegurar que o equipamento est instalado de acordo com
o projeto da Planta e est em condies de operar com segurana e com confiabilidade.

Conduo do processo de Inspeo pela Planta para emitir o Punch List :

convidar os participantes para o giro de Inspeo


encontrar em um local pr-definido
definir o escopo da Inspeo
inspecionar a Planta
registrar as deficincias detetadas no formulrio de inscrio de Punch List
retornar ao ponto de encontro designado
discutir as deficincias encontradas, classifica-las e indicar a classe a que pertencem
assinar a Punch List .
enviar cpias imediatamente ao Contratante para dar incio s obras de retificao
encerrar o encontro

Os resultados da Inspeo devero ser registrados na base de dados dependendo da


prvia discusso e aprovao dos gerentes de Comissionamento e Construo.

O convite aos participantes dever ser realizado com no mnimo 7 (sete) dias antes da
reunio de trabalho; a equipe deve se reunir antes e aps inspecionar a rea; a
pendncia dever estar resolvida at a data acordada; as informaes do Punch List
devero ser registradas no Banco de Dados do Sistema de Gerenciamento do
Comissionamento.

Atividades Tpicas

Incluem-se entre as atividades tpicas que ocorrem nesta fase :

Correo das no-conformidades das instalaes construdas ou que estejam


incompletas, considerando-se tambm os danos a acabamentos, materiais e estruturas
com relao a ajustes necessrios, modificaes e correo de falhas.
Estabilizao do processo de produo
Monitoramento dos parmetros mecnicos, eltricos e de instrumentao (vibrao,
temperatura, rudo, corrente, set-point, etc)
Ajustes finais necessrios nos equipamentos e sistemas;
Aderncia ao plano de produo (curva de ramp-up)
Execuo de atividades operacionais, utilizando os procedimentos recomendados a
cada rotina.
Execuo de atividades de manuteno corretiva, utilizando os procedimentos que
permitam maior eficincia e eficcia na soluo de falhas.
Execuo de atividades de manuteno preventiva, rotinas de testes, anlises e
medidas, utilizando os procedimentos que assegurem mnima interferncia na operao
e mxima disponibilidade dos produtos.
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Elaborao de procedimentos especiais ou detalhamento dos procedimentos padro,


caso seja necessrio.
Elaborao de relatrios de atividades detalhando os procedimentos realizados e
eventuais ajustes, se necessrio.

Benefcios da Operao Assistida

Garantia que os produtos sejam operados dentro das melhores prticas recomendadas.
Treinamento "on the job", realizado de forma estruturada, contemplando casos prticos
que assegurem a capacitao dos envolvidos.
Menor curva de aprendizado e transferncia de conhecimento para o staff de Operacao
& Manutencao do cliente. Os mtodos tradicionais de treinamento se baseiam em cursos
tericos seguidos de prtica em ambiente controlado (laboratrios ou implantaes
piloto). A operao assistida complementa tais cursos.
Aumento da performance e disponibilidade do produto no incio da sua operao,
assegurado pela capacitao prtica dos operadores em condies reais, suportados
por especialistas capazes de assegurar que todos os procedimentos sejam realizados
de acordo com os padres recomendados para cada produto.

Entregveis

Procedimentos customizados de Operao & Manutena (O&M), possibilitando que o


cliente assuma as atividades com sua prpria equipe no menor tempo possvel.
Relatrio ao final do perodo de operao contendo informaes sobre atividades
executadas e recomendaes sobre como executar as atividades de O&M com
efetividade e eficcia.
Treinamento abrangente e prtico para o equipe de O&M do cliente realizado no
ambiente de trabalho.

Aps a assinatura do TTAS-1 de cada SOP/SSOP, dever ser iniciado, pela Contratada, a fase
de Operao Assistida, com acompanhamento dos Fornecedores, Fabricante e Subcontratadas
envolvidas nos testes. Nesta atividade mantida a superviso, garantia e assistncia tcnica da
Contratada, Subcontratada, Fornecedores e Fabricantes de equipamentos. As pendncias no-
impeditivas que surgirem nesta fase devero ser acrescentadas Lista de Pendncias do
SOP/SSOP includas no Banco de Dados de Pendncias.

TRANSFERNCIA DE SOP/SSOP

Aps a realizao da Operao Assistida, retiradas todas as Pendncias no-impeditivas do


sistema ( Tipo-B ), tendo sito emitidos os relatrios de acompanhamento dos respectivos
Fornecedores, Fabricantes e Subcontratadas e, estando registrados no Sistema de
Gerenciamento de Comissionamento da Contratada, emitido o documento de transferncia do
SOP/SSOP TTAS-2. A assinatura do TTAS-2 de cada SOP/SSOP caracteriza a concluso do
escopo de servios da Contratada e tem incio a validade da garantia contratual dos
equipamentos envolvidos e o recebimento definitivo do SOP/SSOP pelo Cliente.
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