Recurso de Apelação Daniella
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RAZES DE APELAO
Colenda Turma,
Emrito Relator(a)
1 DA TEMPESTIVIDADE.
2 DO PREPARO.
3 RESUMO.
(...)
o art. 130 da Lei n. 8.112/90 previu no uma, mas duas hipteses em
que resta possvel a aplicao da reprimenda em questo quais sejam, em
caso de reincidncia das faltas punidas com advertncia e violao das
demais proibies que no tipifiquem infrao sujeita a penalidade de
demisso. Neste sentido, no se olvida que a Comisso Processante, por
meio do seu fundamentado Relatrio Final, elegeu a penalidade em questo
com base nesta segunda variante legal, j que, em se tratando de
transgresso regra disposta no art. 116, inciso IV, do RJU
(descumprimento de ordens superiores, exceto quando manifestamente
ilegais),
(...)
no se verifica a ocorrncia de bis in idem tal como ventilado pela
impetrante e acatado pelo MPF. Sobre este aspecto, um acurado exame do
teor das provas consideradas pela Comisso Processante, explicitadas no
Relatrio Final em anlise, suficiente a esclarecer que as prticas apenadas
guardam sensvel indiferena e autonomia no primeiro caso
(Irregularidade 01, apenada com advertncia), considerou-se a
inassiduidade da servidora ao servio por 87 dias, e no segundo caso
(Irregularidade 02, apenada com suspenso), fora, estritamente, a
desobedincia da servidora a variados chamados de sua chefia imediata, por
convocao virtual (via email) epessoal, a fim de que dialogassem sobre a
inassiduidade que vinha ocorrendo investidas estas que,tambm de acordo
com a prova produzida, foram integralmente ignoradas ou negadas pela
servidora.
(...)
E que "a impetrante afastou-se do seu dever de agir lastreada de boa-f
processual, conforme exigido pelo Cdigo de Processo Civil.
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que, muito embora tenha se voltado contra aspectos formais e
materiais do Processo Administrativo Disciplinar n. 23479.000252/2014-
21, inclusive sustentando suposto cerceamento do seu direito ampla defesa,
a interessada, ao acostar cpia dos referidos autos administrativos sua
inicial mandamental, omitiu pea de suma importncia ao esclarecimento da
realidade sobre fatos que pretendia discutir nesta oportunidade.(Grifos no
Original)
No mesmo sentido:
1
(MOREIRA, EGON Bockmann. Processo Amdministrativo Princpios Constitucionais e a Lei n 9.784/99. So
Paulo. Editora Malheiros. 2000, pag. 258).
2
BASTOS, Celso Ribeiro. Comentrios Constituio do Brasil, 2 volume, ed. Saraiva, pgs. 270/271
3
COSTA, Jos Armando da. Teoria e Prtica do Processo Administrativo Disciplinar, 6 edio, Braslia: Braslia
Jurdica, 2011, p. 450 e 451.
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que tenham derivado de prova nula, de acordo com a "teoria dos frutos da
rvore envenenada", possuem a mesma natureza da que a originou e,
portanto, estariam envenenadas e seriam nulas tambm, no podendo ser
reaproveitadas.
Como j exposto, a inexistncia do exerccio dos direitos do contraditrio
e da ampla defesa em razo da ausncia de notificao para acompanhar o
processo quando da formao da 1 Comisso processante enseja a decretao
de nulidade do PAD n 23479.000252/2014-21, pois utilizar para
responsabilizao do servidor documentos no submetidos ao crivo do
contraditrio prejudica o presente processo administrativo que utilizou
prova emprestada de fase anterior sem a participao da impetrante, como
depoimentos e diligncias sem a devida intimao.
No poderia a autoridade impetrada reaproveitar aqueles atos, uma vez
que eivado de vcios acarretadores de ofensa ampla defesa e ao
contraditrio, ainda que visando celeridade do processo administrativo.
Acerca da nulidade absoluta, leciona Jos Armando da Costa:
5MELLO, Rafael Munhoz de. Princpios constitucionais de Direito Administrativo Sancionador : as sanes
administrativas luz daConstituio Federal de 1988. So Paulo: Malheiros, 2007, pg. 210
6 MELLO, Rafael Munhoz de. Princpios constitucionais de Direito Administrativo Sancionador : as sanes
administrativas luz daConstituio Federal de 1988. So Paulo: Malheiros, 2007, pg. 211.
4 DO REQUERIMENTO.
Termos em que,
pede deferimento.