Analise em Variedades
Analise em Variedades
Analise em Variedades
Versao: 20161031.1405
Baixar a ultima versao daqui: http://luis.impa.br/aulas/anvar/aulas.pdf
Bibliografia: [Tu], [Sp], ...
1. Variedades
Espaco topologico, vizinhanca, cobrimento.
Base enumeravel.
Hausdorff (T2).
OBS: Base enumeravel e Hausdorff sao herdados por subespacos.
Espaco topologico localmente Euclideano: cartas, coordenadas.
Dimensao, notacao: dim M n = n.
Variedade topologica = Espaco topologico + localmente Eucli-
deano + Base enumeravel + Hausdorff.
Exemplos: Rn, graficos, cuspide.
Cartas (C )compatveis, funcoes de transicao, atlas (C ).
Exemplo: Sn.
Estrutura diferenciavel = Atlas maximal.
Variedade = Variedade diferenciavel = Variedade topologica +
Atlas maximal.
Exemplos: Rn, Sn, U M n, GL(n, R), graficos, var. produto.
1
2. Funcoes diferenciaveis entre variedades
Definicao, composicao, difeomorfismo, difeomorfismo local.
Exemplos: funcao a e desde produto.
Grupos de Lie, exemplos: Gl(n, R), S1, S3.
Translacoes a esquerda e direita em G : Lg , Rg .
Derivadas parciais, matriz Jacobiana, Jacobiano.
3. Quocientes
Exerccio: Mostre que em qualquer quociente de espaco topologico existe uma unica
estrutura topologica mnima, chamada topologia quociente, tal que a projecao e continua
(i.e., a topologia final de ). Mas o quociente de uma variedade nao necessariamente e
uma variedade...
4. Espaco tangente
Germes de funcoes: Fp(M ) = {f : U M R : p U }/
TpM , x : Up M n Rn carta x i |p TpM , 1 i n.
Diferencial de funcoes regra da cadeia.
2
f difeomorfismo local fp isomorfismo a dimensao e preser-
vada por difeomorfismos locais.
Recproca: Teorema da funcao inversa (tem que valer!).
Como toda carta x e difeomorfismo com imagem e como
xp( |p) = |x(p) 1 i n,
xi ui
entao { x 1 |p, . . . , x n |p} e base de TpM dim TpM = dim M .
Imersao, submersao, mergulho. Posto.
Exemplos: projecoes e injecoes em produtos de variedades.
Expressao local da diferencial.
Curvas: velocidade, expressao local.
Diferencial usando curvas: todo vetor e derivada de curva.
Identificacao do espaco tangente do produto de variedades:
Tp M Tp 0 M 0
= T(p,p0)(M M 0).
TpRn = Rn: se f Fp(U ), v TpM , entao fp(v) = v(f ).
Definicao 1. Um ponto p M se diz um ponto crtico de
f : M N se fp nao for sobrejetiva. Caso contrario, p se diz
ponto regular. Um ponto q N e um valor crtico de f se
for imagem de algum ponto crtico. Caso contrario, e um valor
regular de f (em particular, q N, q 6 Im (f ) q e valor regular de f ).
5. Subvariedades
Subvariedades regulares S M , cartas adaptadas S .
Codimensao. Topologia.
Exemplos: sin(1/t) I; pontos e abertos.
As S dao atlas de S.
3
Funcoes diferenciaveis desde e para subvariedades regulares.
Conjuntos de nvel: f 1(q). Conjuntos de nvel regulares.
Exemplos: Sn, SL(n, R): usar curva t 7 det(tA) !!
k := (x1 , . . . , xm ) 7 (x1 , . . . , xk , 0, . . . , 0) Rn .
Exerccio: Conclua do exerccio anterior que, se f tem posto cte = k numa vizinhanca
U de f 1 (q) 6= , entao U f 1 (q) e uma subv. regular de M m de dim m k.
4
OBS: Como ter posto maximo e uma condicao aberta, se uma
funcao f e uma imersao (ou uma submersao) num ponto p, entao
e uma imersao (ou uma submersao) numa vizinhanca de p.
SL(n, R), SO(n), O(n), S3, U (n),... sao todos grupos de Lie.
Subvariedades imersas e mergulhadas. Figura 8.
Identificar: p S M TpS TpM ; S Rn TpS Rn.
5
Fibrado cotangente: T M , {dxi, i = 1, . . . , n}.
Fibrados gerais e G-fibrados. Reducao.
7. Particoes da unidade
Suporte de funcoes. Bump functions.
Extensoes globais de campos e funcoes C locais.
Particoes da unidade subordinadas a cobrimentos.
Existencia de particoes da unidade para variedades compactas.
Aplicacao: Existencia de metricas Riemannianas.
Aplicacao: Teorema(s) de mergulho de Whitney (ver aqui).
Exerccio: Ler (e entender!) a prova da existencia de particoes da unidade em geral (melhor
8. Orientacao
Orientabilidade... fibrado! Exemplo: T M e orientavel.
Faixa de Moebius: truque papel, no: top. intrnseca vs extrnseca.
9. 1formas diferenciais
1(M ) = (T M ).
f F(M ) df 1(M ), e df = f .
(x, U ) carta { x1 |p, . . . , xn |p} e base TpM cuja base dual e
{dx1|p, . . . , dxn|p} (i.e., base de TpM ).
{dx1, . . . , dxn} sao entao um frame de T U : expressao local.
Exemplo: Forma de Liouville em T M (cuidado: 1(T M )):
w (Xw ) := w((Xw )).
Pull back ( = ). Importancia!
6
Restricao de 1-formas a subvariedade i : S M : w|S = iw.
F d = d F
k
X
+ (1)i+j ([Yi, Yj ], Y0, . . . , Yi, . . . , Yj , . . . , Yk ).
0i<jk
9
Dado X X (M ) definimos a multiplicacao interior
iX : k+1(M ) k (M )
por (iX )(Y1, . . . , Yk ) = (X, Y1, . . . , Yk ).
1) iX e tensorial (= F(M )-bilinear) em X e em .
2) k (M ), r (M ),
iX ( ) = (iX ) + (1)k (iX ).
3) iX iX = 0.
11
16. Duas versoes do Teorema de Stokes
Teorema 9 (Stokes, I). M n orientada, w n1 n
c (M )
Z Z
d = .
M M
17
Teorema 27. Nas hipoteses acima, se q N n e um valor
regular de f e f (p) = q, definimos sgnf (p) = 1, de acordo
se fp preserva ou reverte a orientacao. Entao,
X
deg(f ) = sgnf (p).
pf 1 (q)
18
20. Motivacao do conceito de sequencia exata
Sejam U, V M abertos tais que M = U V , k Z
iU : U , M , jU : U V , U iU : k (M ) k (U ),
jU : k (U ) k (U V ). Idem para iV , jV . Temos entao:
i = iU iV : k (M ) k (U ) k (V ),
j = jV 2 jU 1 : k (U ) k (V ) k (U V ),
i.e., i() = (|U , |V ), j(, ) = jV jU = |U V |U V .
Juntando, temos
i j
0 k (M ) k (U ) k (V ) k (U V ) 0, (2)
com cada imagem contida no nucleo da seguinte. Agora, o ponto
importante e que, de fato, sao iguais! (o unico nao obvio e que
j e sobre, mas, se {U , V } e particao da unidade subordinada
a {U, V } e k (U V ), entao U := V k (U ), V :=
U k (V ), e j(U , V ) = ).
19
Proposicao 30. (Teorema da dimensao na algebra linear) Se
0 V 1 V 2 V k 0 e exata i(1)i dim V i = 0.
P
[ ]
Prova: Inducao em k, trocando por 0 V 2/Im V 3
Complexo de cocadeias: C = {Ck }kZ + diferenciais {dk }kZ:
d1 d d
C 1 C 0 0 C 1 1 C 2 , dk dk1 = 0.
Soma direta de complexos de cocadeias
a C k e uma kcocadeia de C
a Z k (C) := Ker dk C k e um kcociclo de C
a B k (C) := Im dk1 C k e um kcobordo de C
k-esima cohomologia de C := H k (C) := Z k (C)/B k (C)
Se a Z k (C) [a] H k (C) e a classe de cohomologia de a
Um mapa de cocadeias : A B e uma sequencia {k : Ak
B k }kZ tais que d k = k+1 d : H (A) H (B)
i j
0 A B C 0 e exata curta se em cada nvel k e exata
i j
Neste caso, H (A) H (B) H k (C) e exata para todo k.
k k
20
Prova: (Perseguicao: fazer com alunos) Dada c Z k (C), existe b B k
tal que jb = c. Mas entao db Ker j (jdb = djb = dc = 0), e,
como Ker j = Im i, existe a Ak+1 tal que db = ia (dada b, a e
unica pois i e injetiva). Agora, ida = dia = d2b = 0 da = 0.
Definimos entao [c] := [a] (independe das escolhas de b e c).
Vejamos agora, e.g., que a sequencia longa e exata em H k (C).
Im j Ker : Para [b] H k (B), temos j [b] = [jb]. Pela
definicao de , podemos pegar como o b que leva a c = jb o
proprio b. Mas b e um cociclo: db = 0. Portanto, na definicao de
, ia = db = 0, de onde a = 0. Logo, [jb] = [0] = 0.
Ker Im j : Se [c] = 0, o a na definicao de e um
cobordo e o b um cociclo: a = da0, pelo que db = ida0 = dia0, i.e.,
d(b ia0) = 0. Mas entao j [b ia0] = [jb jia0] = [jb] = [c].
21
Teorema 32 (!!!!). A seguinte sequencia longa de coho-
mologia, chamada de sequencia de Mayer-Vietoris, e exata:
i j
0 H 0(M ) H 0(U ) H 0(V ) H 0(U V )
i j
H k (M ) H k (U ) H k (V ) H k (U V )
k+1 i k+1 k+1 j k+1
H (M ) H (U ) H (V ) H (U V )
E, pelo mesmo preco, temos uma receita para construir :
Se k (U V ), com part. da unidade conseguimos formas
U e V em U e V tais que j(U , V ) = V |U V +U |U V = ;
Agora, se for fechada, dU e dV coincidem em U V (!!!),
ja que j(dU , dV ) = dj(U , V ) = d = 0;
Logo, dU e dV definem uma forma k+1(M ), que
e obviamente fechada (mas nao necessariamente exata!). Entao,
temos que [] = [] H k+1(M ).
OBS: Se U, V e U V sao conexos comecamos em k = 1. Isto
e,
i j
0 H (M ) H (U ) H (V ) H 0(U V ) 0
0 0 0
e
i j
0 H 1(M ) H 1(U ) H 1(V )
sao exatas (pois M e conexa, e H 0(U V ) H 1(M ) e a funcao
nula, ja que j : H 0(U ) H 0(V ) H 0(U V ) e sobre).
Exemplos: M = i Mi disjunta H k (M ) = iH k (Mi),
S
H (Sn), H (T 2).
22
23. A caracterstica de Euler
Nesta secao vamos supor que todas as cohomologias de M tem
dimensao finita (veremos que isto acontece se M for compacta).
Definicao 33. A caracterstica de Euler de M e o invariante
homotopico X
(M ) := (1)ibi(M ) Z,
i
onde bk (M ) := dim H k (M ) e o k-esimo numero de Betti de M .
Mayer-Vietoris + Proposicao 30
(M ) = (U )+(V )(U V ). (3)
Simplex triangulacoes: sempre existe (pela base enumeravel).
Teorema 34. Para qualquer triangulacao de M n vale que
n
X
(M n) = (1)ik ,
i=0
Modelo Platonico do sistema solar por Kepler; Circogonia icosahedra; Pedras de 2000 AC
24
hipercubo (claro), e o hiperoctaedro, que e a capsula convexa de
{ei}.
26
Teorema 41. Seja M uma variedade com bordo compacto.
Entao existe uma sequencia longa exata:
Hck (M\M ) Hck (M ) H k (M ) Hck+1(M\M )
27
Portanto, pelo Teorema 24 e Teorema 25, H n(M n) = R, M n
e orientavel, e # comp.conexas de Rn+1 \ M n = 2. Ainda pelo
mesmo argumento com winding numbers, todo ponto de M n esta
arbitrariamente perto de pontos nas duas componentes conexas.
Corolario 43. Nem a garrafa de Klein, nem o plano proje-
tivo possuem mergulhos em R3.
29
Prova: O primeiro e obvio pois U e contratil. Basta ver entao
Hck (U ) = 0 para k < n pela aplicacao anterior (pag. 26). Mas
se [] Hck (U ), suponhamos que existe C (R) tal que
K = sup() U U (isto e, < ). Entao U = Rn e
[] Hck (U) = 0. Logo, existe ck1(U) ck1(U ) tal
que = d.
Para provar que existe tal , seja 2 = d(K, Rn \ U ) > 0 e, para
x Sn1, t(x) := max{t : tx K} (x) 2. Em viz.
Vx de x temos que t|Vx < (x) < |Vx pelo Lema 45 e a
definicao de . Pegamos um subcobrimento finito {Vxi } de Sn1
e uma particao da unidade {i} subordinada a ele, e definimos
P
= i((xi) )i. Logo, t < < < .
PD PD PD PD PD PD PD
(Hcl+1 (U ) Hcl+1 (V )) Hcl+1 (U V ) Hcl (M ) (Hcl (U ) Hcl (V )) Hcl (U V )
31
Teorema 53 (Teorema de deRham). Para todo k e para
toda variedade M , a funcao linear DR : Hk (M ; R) H k (M ),
Z
DR([c])([]) =
c
e um isomorfismo.
Fim. :o)
References
[Tu] Tu, L: An Introduction to Manifolds. Second edition. Uni-
versitext. Springer, New York, 2011.
[Sp] Spivak, M.: A comprehensive introduction to differential
geometry.. Vol. III. Third edition. Publish or Perish, Inc.,
Wilmington, Del., 1979.
32