Lista 04 - Variedades Diferenciáveis - 2024 - 01

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 4

Universidade Federal da Paraíba  Universidade Federal de Campina Grande

Programa de Doutorado em Matemática


Disciplina: Variedades Diferenciáveis  Semestre: 2024.1

Lista 04

Aluno:
Professor: Marco Antonio Lázaro Velásquez

1. Sejam M n uma n-variedade suave e σ : M n → T k M uma seção áspera do brado T k M . São equivantes:
(a) σ é suave;
(b) em qualquer sistema de cordenadas locais suave (x1 , . . . , xn ), as funções componentes σi1 ...ik de σ
são suaves;
(c) se X1 , . . . , Xk são campos de vetores suaves denidos num conjunto aberto U ⊂ M n então a
função σ(X1 , . . . , Xk ) : U → R, denidas por σ(X1 , . . . , Xk )(p) = σp (X1 |p , . . . , Xk |p ), é suave.

2. Sejam σ ∈ T k (M ), τ ∈ T l (M ) e f ∈ C ∞ (M ). Então f σ e σ ⊗ τ sõ também campos tensorias


suaves, cujas componentes em qualquer sistema de cordenadas locais suave (x1 , . . . , xn ) são dadas por
(f σ)i1 ...ik = f σi1 ...ik e (σ ⊗ τ )i1 ...ik = σi1 ...ik τi1 ...ik , respectivamente.

3. (Propriedades do pullback de tensores ) Sejam F : M → N , G : N → P aplicações suaves, p ∈ M ,


S ∈ T k (TF (p) N ) e T ∈ T l (TF (p) N ). Então:
(a) F ∗ : T k (TF (p) N ) → T k (Tp M ) é linear sobre R;
(b) F ∗ (S ⊗ T ) = F ∗ S ⊗ F ∗ T ;
(c) (G ◦ F )∗ = F ∗ ◦ G∗ : T k (T(G◦F )(p) P ) → T k (Tp M );
(d) (IdN )∗ S = S .

4. (Propriedades do pullback de campos tensoriais ) Sejam F : M → N , G : N → P aplicações suaves,


σ ∈ T k (N ), τ ∈ T l (N ) e f ∈ C ∞ (N ). Então:
(a) F ∗ (f σ) = (f ◦ F )F ∗ σ ;
(b) F ∗ (σ ⊗ τ ) = F ∗ σ ⊗ F ∗ τ ;
(c) F ∗ σ é um campo tensorial suave;
(d) F ∗ : T k (N ) → T k (M ) é linear sobre R;
(e) (G ◦ F )∗ = F ∗ ◦ G∗ ;
(f ) (IdN )∗ S = S .

5. Seja T um k -tensor covariante num espaço vetorial de dimensão nita V . Sâo equivalentes:
(a) T é simétrico;
(b) para vetores arbitrarios X1 , . . . Xk ∈ V , o valor T (X1 , . . . , Xk ) permanece inalterado quando
X1 , . . . , Xk são reagrupados de qualquer ordem;
(c) as componentes Ti1 ...ik de T , com relação a qualquer baase de V , permanecem inalterados por
qualquer permutação dos índices.
6. (Propriedades do produto simétrico )
(a) Para tesnores simétricos arbitrários R, S e T e todos a, b ∈ R,
ST = T S,
(aR + bS)T = aRT + bST = T (aR + bS).

(b) Se ω e η são covetores então ωη = 12 (ω ⊗ η + η ⊗ ω).

7. Sejam (M, g) uma variedade Riemanniana e γ : [a, b] → M um segmento de curva suave por partes. Se
e é qualquer reparametrização de γ , então Lg (e
γ γ ) = Lg (γ).

8. (a) Sejam (M1 , g1 ) e (M2 , g2 ) variedades Riemannianas. Com a identicação

T(p1 ,p2 ) (M1 × M2 ) = Tp1 M1 ⊕ Tp2 M2 , (p1 , p2 ) ∈ M1 × M2 ,

dena em M1 × M2 o campo tensorial g dado por


g(X, Y ) = g1 (X1 , Y1 ) + g2 (X2 , Y2 ),

onde X = X1 + X2 , Y = Y1 + Y2 ∈ T(p1 ,p2 ) (M1 × M2 ), X1 , Y1 ∈ Tp1 M1 e X2 , Y2 ∈ Tp2 M2 . Mostre


que g é uma métrica Riemanniana em M1 × M2 , chamada métrica produto.
(b) Use o item (a) para introduzir uma métrica em Tn = S1
· · × S}1 .
| × ·{z
n vezes

9. Sejam (M, g) e (M
f, ge) variedades Riemannianas e F : M → M
f uma isometria. Mostre que Lge(F ◦ γ) =

Lg (γ) para qualquer segemento de curva suave por partes γ : [a, b] → M .

10. (Existência de métricas Riemannianas ). Toda variedade suave admite uma métrica Riemanniana.
11. Sejam (M, g) e (M
f, ge) variedades Riemannianas. Se F : M → N é uma aplicação suave tal que F ∗ ge = g

então mostre que F é uma imersão.


12. Mostre que a aplicação antípoda A : Sn −→ Sn
p 7−→ A(p) = −p

é uma isometria de Sn . Use este fato para introduzir uma métrica Riemanniana no espaço projetivo
real RPn tal que a projeção natural π : Sn → RPn seja uma isometria local.

13. Seja T um k -tensor covariante num espaço vetorial nito-dimensional V . São equivalentes:
(a) T é alternado;
(b) para quaisquer X1 , . . . Xk ∈ V e qualquer σ ∈ Sk , T Xσ(1) , . . . , Xσ(k) = (sgn σ)T (X1 , . . . , Xk );


(c) T é zero sempre que dois do seus arqumentos sejam iguais;


(d) T (X1 , . . . , Xk ) = 0, sempre que X1 , . . . , Xk ∈ V sejam linearmente dependentes;

2
(e) com relação a qualquer base de V , as componentes Ti1 ···ik de T mudam de sinal quando dois
índices são trocados.

14. (Propriedades da projeção alternada )


(a) Para qualquer tensor covariante T , Alt(T ) é alternado.
(b) T é alternado se, e somente se, Alt(T ) = T .

15. Sejam V uma espaço vetorial n-dimensinal e {ε1 , . . . , εn } uma qualquer base de V ∗ . Para quaiquer
multi-índices I = (i1 , . . . , ik ) e J = (j1 , . . . , jl ), mostre que εI εJ = εIJ , onde IJ = (i1 , . . . , ik , j1 , . . . , jl ).

16. (A diferencial exterior ) Para cada variedade suave M , existe uma única aplicação linear
d : Ak (M ) → Ak+1 (M )

denido para cada inteiro k ≥ 0 e satisfazendo as seguintes três condições:


(i) Se f ∈ C ∞ (M ) então df é a diferencial de f denido por df (X) = Xf .
(ii) Se ω ∈ Ak (M ) e η ∈ Al (M ) então d(ω ∧ η) = dω + (−1)k ω ∧ dη .
(iii) d ◦ d = 0.
Além disso d também satisfaz as seguintes propriedades:
(a) Em qualquer carta coordenada suave (U, (xi )), d é dada por
!
X′ X′
d ωJ dxJ = dωJ ∧ dxJ .
J J

(b) (d é local ) Se ω = em um conjunto aberto U ⊂ M , então dω = dω′ em U .


ω′
(c) (d comuta com restrições ) Se U ⊂ M é qualquer aberto então d(ω|U ) = (dω)|U .

17. Proposição 12.17 e Proposição 12.19 de [1] (Fórmulas para o cálculo da derivada exterior).

18. Se ω ∈ Ak (M ), então é verdade que ω ∧ ω = 0?

19. Calcule |ω ∧ .{z


. . ∧ ω} , onde ω ∈ A2 (R2n ) é dada por ω = dx1 ∧ dx2 + dx3 ∧ dx4 + . . . + dx2n−1 ∧ dx2n .
n
y x
20. Considere a 1-forma ω = − dx + 2 dy denida em R2 \ {(0, 0)}. Considere também a
x2 +y 2 x + y2
aplicação
f : (0, +∞) × (0, 2π) −→ R2
(r, θ) 7−→ f (r, θ) = (r cos θ, r sin θ).
Mostre que f ∗ ω = dθ.

21. Seja ω a 2-forma de R3 dada por ω = xdy ∧ dz + ydx ∧ dz e considera a função

φ : R2 −→ R3
(u, v) 7−→ φ(u, v) = (u + v, u − v, uv).

Mostre que φ∗ ω = 2(u2 + v 2 )du ∧ dv .

3
22. Mostre que covetores ω 1 , . . . , ω k sobre um espaço vetorial nito dimensional V são linearmente depen-
dentes se ω 1 ∧ . . . ∧ ω k = 0.

23. Mostre que os conjuntos {ω 1 , . . . , ω k } e {η 1 , . . . , η k } de covetores independentes geram o mesmo con-


junto se, e somente se, ω 1 ∧ . . . ∧ ω k = c η 1 ∧ . . . ∧ η k para algum número real c ̸= 0.

24. Seja V um espaço vetorial n-dimensional. Dizemos que ω ∈ Λk (V ) é decompoível se exitem covetores
ω 1 , . . . , ω k tais que ω = ω 1 ∧ . . . ∧ ω k . Mostre que se n < 4, então toda ω ∈ Λ2 (V ) (não nula) é
decompoível. Dê um contra-exemplo em dimensão 4.
 ∂f ∂g 
 ∂x ∂x 
25. Sejam f, g : R2 → R funções suaves. Mostre que df ∧ dg = det 
 ∂f
 dx ∧ dy .
∂g 
∂y ∂y
26. Proposição 13.4 (Forma orientação) e Proposição 13.12 (Forma orientação para hipersuperfícies) de [1].

27. (Lema 13.16 de [1]) Seja M n uma variedade com bordo (denotado por ∂M ) e considere p ∈ ∂M .
Dizemos que N ∈ Tp M está apontando para dentro se N ̸∈ Tp (∂M ) e para cada ϵ > 0 existe um
segmento de curva suave γ : [0, ϵ] → M tal que γ(0) = p e γ ′ (0) = N . Dizemos que N ∈ Tp M está
aopontando para fora se −N aponta para dentro. Seja M uma variedade suave com bordo. Mostre que
existe um campo vetorial suave apontando para fora aol longo de ∂M .

28. (Proposição 13.12 de [1]) Sejam M n uma n-variedade orientada, S uma hipersuperfíie imersa em M n
e N um campo vetorial de M n que é transversal ao longo de S (isto é, Tp M é gerado por Np e Tp S
para todo p ∈ S ).
(a) Mostre que S admite uma única orientação de forma que, para cada p ∈ S , {E1 , . . . , En−1 } é uma
base orientada para Tp S se, e somente se, {Np , E1 , . . . , En−1 } é uma base orientada para Tp M .
(b) Se Ω é uma forma orientação para M n então a (n − 1)-foma diferencial (N ⌟ Ω)|S , denido por

(N ⌟ Ω)|S (X1 , ..., Xn−1 ) = Ω(N, X1 , . . . , Xn−1 ),

para quaisquer campos de vetores X1 , . . . , Xn−1 sobre S , é uma forma orientação para S .

29. Teorema de Stokes. (Teorema 14.9 de [1]) Sejam M n uma n-variedade suave orientada com bordo
∂M e ω uma (n − 1)-forma com suporte compacto em M n . Mostre que
Z Z
dω = ω.
Mn ∂M

Referências
[1] John Lee, Introduction to Smooth Manifolds, Springer, Graduate Texts in Mathematics, 2003.

Você também pode gostar