A Influncia Da Acupunctura Na Dor Lombar
A Influncia Da Acupunctura Na Dor Lombar
A Influncia Da Acupunctura Na Dor Lombar
2010
Maria Joo de Albuquerque Roboredo Pires de Lima
J. H. Kellgren (1948)
Resumo / Abstract 7
1. Introduo 9
2. Estado da Arte 12
6. Metodologia 44
7. Interveno 53
10. Discusso 58
11. Concluso 63
12. Agradecimentos 66
14. Anexos 72
DL Dor Lombar
CE Canais de Energia
RTC Randomized Trial Control ensaio clnico com grupo de controle e seleco
aleatria.
A dor lombar uma das razes mais frequentes para a procura de tratamento mdico.
Considera-se que aproximadamente 70 a 85% dos adultos sofrero de dor lombar em
alguma altura de suas vidas. Os mtodos convencionais nem sempre conseguem tratar
com sucesso a dor lombar, levando os pacientes a recorrer s terapias complementares.
A acupunctura tem-se revelado como uma das indicaes lderes para terapia da
lombalgia. De facto, a Organizao Mundial de Sade classificou a dor lombar como uma
doena que pode ser tratada efectivamente pela acupunctura. No entanto a literatura
sobre esta matria mantm-se ainda muito controversa.
Este projecto cientifico pretende determinar qual a eficcia da acupunctura na dor lombar,
atravs de uma metodologia baseada em parmetros de avaliao mais objectivos,
contrastando com os demais trabalhos anteriormente desenvolvidos. Nestes, pode-se
constatar que os parmetros subjectivos, como as escalas de avaliao da dor e os
questionrios sobre o estado sintomtico dos pacientes, dominam quase todas as
pesquisas feitas em Medicina Tradicional Chinesa, no permitindo uma avaliao real
do efeito da acupunctura na patologia em causa.
E por fim, o mtodo cientfico formulado pelo modelo de Heidelberg para a Medicina
Chinesa, fundamenta a importncia do diagnstico para melhor descrever o estado
funcional e vegetativo atravs de Critrios Guia. Estes critrios traduzem sinais
neurovegetativos, humorovegetativos, neuroimunolgicos, e deficincias estruturais ou
primrias contribuindo para uma correcta indicao teraputica em acupunctura.
Low back pain is one of the most frequent motifs for the search for medical treatment.
About 70 to 85 % of the adults will suffer low back pain at some point in their lives. The
conventional methods not always can treat with success the low back pain, leading
patients to resort to the Complementary Medicines. Low back pain is one of the major
indications for acupuncture. Although the World Health Organization has classified it as a
disease that can be treated effectively through acupuncture, the literature on this matter
remains controversial.
This scientific project intends to determine what the effectiveness of the acupuncture in
low back pain, through a method based on more objective assessment parameters,
contrasting with other works previously developed.
In the latter, we can observe that the subjective parameters, like the pain assessment
scales and the questionnaires regarding the symptomatic state of the patients, dominate
almost all of the researches made in Traditional Chinese Medicine, thus not allowing a
real assessing of the effect of the acupuncture in this pathology.
As so, in the present method, well-defined parameters were established for the
elaboration of inclusion criteria that will allow the selection of a certain type of low back
pain according to the TCM. By establishing the inclusion criteria we will target the patients
with the same diagnosis to the formation of a homogeneous group, so that it can be
submitted to a similar treatment and to determine more rigorously the effectiveness of the
acupuncture.
Finally, the scientific model formulated by the Heidelberg Model for the Chinese Medicine
justifies the importance of the diagnosis to better describe the functional and vegetative
state through the Guiding Criteria. These translate the neurovegetative, humorovegetative
and neuroimmunological signs, and the structural or primary deficiencies, contributing to a
correct therapeutic indication in acupuncture.
Em algum ponto num passado distante, alguns dos nossos antepassados decidiram
andar com dois ps, presumivelmente para que as suas mos pudessem estar livres para
[1]
manipular ferramentas e us-las eficientemente. Nessas criaturas antigas, como
nos quadrpedes modernos, a coluna funcionava mais como, uma suspenso
flexvel suportando os rgos do organismo um papel para o qual estruturalmente
bem adaptado. A coluna vertebral humana, foi transformada numa estrutura de
sustentao de peso, colocando-se sob tenses sem precedentes e condenando-nos ao
risco de leses ou desenvolvimento de sndromes dolorosos.
[2]
Apesar dos seus motivos serem bons, a transformao para o bipedalismo teve as
suas desvantagens.
Entende-se por [4] dor lombar ou dor na parte inferior das costas, a dor que se localiza em
qualquer regio das costas (incluindo ndegas), abaixo da borda inferior da 12 costela.
Entre a populao adulta em geral, acredita-se que 80% experimente pelo menos um
episdio de dor lombar durante a vida.
[5]
A lombalgia tambm um problema grave socioeconmico na Europa, associada a
elevados custos directos e indirectos, na utilizao dos cuidados de sade, absentismo
no trabalho e incapacidade. A estimativa dos custos entre os pases difcil, devido s
diferenas de sistemas de sade e sistemas de segurana social, aspectos mdico-legais
e variveis socioeconmicas.
A dor lombar, responsvel por aproximadamente dos 85% dos casos, por lombalgia
[6]
inespecfica. Frequentemente a dor lombar crnica decorre de um conjunto de causas,
como por exemplo factores scio-demogrficos (idade, sexo, escolaridade),
comportamentais (tabaco e baixa actividade fsica), actividades quotidianas (trabalho
fsico pesado, vibrao, posio viciosa, movimentos repetitivos) e outros (obesidade,
psico-emocionais).
A acupunctura uma das indicaes [7] lderes para a dor lombar. Apesar da Organizao
Mundial de Sade (OMS) a ter classificado como uma doena que pode ser tratada
efectivamente pela acupunctura, a literatura sobre esta matria mantm-se controversa.
A acupuntura uma componente do sistema de sade da China, que pode ser rastreada
pelo menos h 2.500 anos, e faz parte de um conjunto de conhecimentos terico
empricos, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC), que inclui tcnicas de massagem (Tui-
Na), exerccios respiratrios (Qi-Gong), orientaes nutricionais (Shu-Shieh) e a
farmacopeia chinesa (medicamentos de origem animal, vegetal e mineral).
Ao longo dos anos, o National Institute of Health (NIH) tem financiado vrios projectos de
investigao nesta rea, incluindo estudos sobre os mecanismos pelos quais a
acupunctura pode produzir os seus efeitos, bem como ensaios clnicos e outros estudos.
Existe tambm um considervel corpo de literatura internacional sobre os riscos e
benefcios da acupunctura, e a Organizao Mundial da Sade apresenta uma variedade
de condies mdicas que podem beneficiar o seu uso, entre as quais a lombalgia.
A investigao cientfica ocidental props mecanismos para o seu efeito, no alvio da dor.
Foi sugerido que a acupuntura podia actuar mediante princpios da teoria do porto de
controlo da dor. Um tipo de estmulo nociceptivo (dor lombar) poderia ser inibido no
sistema nervoso central por outro tipo de entrada (insero de agulhas).
No entanto, estas diferenas entre estudos podem estar relacionadas com as diferentes
definies de lombalgia.
Os dados do inqurito da European Agency for Safety and Health at Work (EU-OSHA) [16]
sobre as condies de trabalho revelam que 30% dos trabalhadores europeus sofrem de
dor lombar e que esta queixa se situa no topo de todas as queixas de problemas de
sade relacionados com o trabalho. Num outro relatrio recentemente elaborado por esta
Agncia, alguns Estados-Membros da Unio Europeia indicaram um aumento das leses
relacionadas com a movimentao manual de cargas e de leses lombares.
[12]
Segundo a OMS, existem vrios factores de risco associados a dor lombar, e estes
podem ser divididos em factores de risco individual, e factores de riscos profissional. So
considerados como os mais provveis, os factores de risco individual, sendo estes, a
idade, o sexo, o IMC alto, a capacidade de fora muscular, as condies
socioeconmicas, desportos de impacto no solo (ex:corrida), levantar cargas pesadas,
permanecer sentado durante muito tempo, e a presena de outras patologias.
Embora seja bastante comum em todo o tipo de indstrias e profisses, diversos estudos
demonstraram que as taxas de distrbios sacro-lombares so particularmente comuns
especificamente em algumas. Encontram-se taxas de prevalncia elevadas por exemplo
entre os trabalhadores agrcolas, os trabalhadores da construo civil, carpinteiros,
motoristas, incluindo motoristas de camio e motoristas de tractores, enfermeiras, e
[17]
A coluna vertebral, estende-se do crnio
at pelve. Ela responsvel por dois
quintos do peso corporal total e so
compostas por tecido conjuntivo e por uma
serie de ossos chamados vrtebras, as quais
esto sobrepostas em forma de uma coluna,
da o termo coluna vertebral.
Arco:
- 2 Lminas posteriormente
Sete processos:
- 1 Proc. Espinhoso
- 1 Proc. Transverso
Radiculopatia (raiz do nervo lesada) as razes dos nervos saem no nvel abaixo dos
respectivos corpos vertebrais, na regio cervical, torcica e lombar.
Periosteum da vrtebra
Dura mater
Anulus fibrosus
Disco intervertebral
Veias epidurais
Vista lateral das vrtebras L3 e L4. Figura extrada de An Atlas of Back Pain de Scott D.
Haldeman, William H. Kirkaldy-Willis and Thomas N. Bernard, Jr
- Fornecer um eixo parcialmente rgido e flexvel para o corpo e um piv para a cabea
Ele formado pela juno das vrtebras e serve para dar proteco espinal-medula.
Alm do canal vertebral, a medula tambm protegida pelas meninges, pelo lquor e pela
barreira hemato-enceflica.
medida que foram reconhecidas mais doenas, estas eram registadas de acordo com
as suas caractersticas, comeando a ser claras as suas causas, deixando para trs as
crenas supersticiosas. Comearam a ver a relao entre doena e alimentos, clima,
alteraes ambientais, factores mentais, e condies regionais especficas. Uma boa
dieta era considerado um requisito essencial para uma vida saudvel. Uma alimentao
descontrolada era vista como uma causa de doena. Nos dias de hoje, evitar certos
alimentos usado como preveno e tratamento de determinadas doenas. Os alimentos
eram vistos como um meio de combate de determinados agentes patognicos, e para
melhorar as fontes energticas do corpo.
Acredita-se que o sistema terico da MTC tenha sido formado durante a segunda metade
do sc. V a.C. at meados do sc. III d.C.
Alguns mdicos eram tambm ortopedistas talentosos. No sc. IV, Ge Hong recomendou
o uso de talas de bambo para fracturas. Reconheceu 3 categorias principais de leses
traumticas de ossos e articulaes, nomeadamente: fracturas, deslocaes e feridas
abertas ao mesmo tempo, classificou os diferentes tipos de fracturas.
Pelo sc. XIX, a medicina ocidental era praticada difusamente pela China. Um sistema
independente de prtica e educao estabeleceu-se lado a lado com a medicina
tradicional chinesa. O estudo e o uso da medicina ocidental ganharam importncia e
influncia aps a guerra do pio. Alguns dos chineses locais especializaram-se em
medicina ocidental e outros foram mesmo enviados para fora para estudar. Mdicos
missionrios envolveram-se no tratamento do imperador na corte imperial. Assim, a
medicina ocidental gradualmente existia com a medicina tradicional chinesa. medida
que as influncias ocidentais expandiram aps a guerra do pio, tambm a educao e o
uso da medicina ocidental se difundiram.
Aps a fundao da Repblica Popular da China em 1949, trs reas principais da sade
foram criadas: a providncia de cuidados de sade s massas; a preveno; a unio da
percia dos mdicos tradicionais e ocidentais. Instituies de investigao foram
montadas como parte de faculdades e universidades. Mdicos de medicina tradicional
chinesa foram convidados a trabalhar nestas instituies que, por sua vez, lhes forneciam
treino mdico adicional. O ensino da medicina tradicional chinesa teve uma grande
influncia num mdico ingls, Sir John Floyer. Entre os scs. XII e XIX, o estudo e o
desenvolvimento dos vrios aspectos da medicina chinesa continuaram. Durante este
perodo houve alguma melhoria no estudo da anatomia. O estudo da anatomia a partir de
cadveres comeou apenas no sc. XI. Mesmo na altura, permaneceram estigmas
sociais ligados a tais estudos. Embora no houvesse desenvolvimentos neste campo, foi
a importao da medicina ocidental que fez a descoberta neste campo na China.
O uso da acupunctura e da moxibusto foi encorajado aps o sec XI, durante o tempo da
Dinastia Ming. Um dos mdicos mais conhecidos da altura, Yang Jizhou (1522-1620)
escreveu sobre as suas experincias de combinao da acupunctura e moxibusto e
medicao oral nas suas histrias clnicas. Aps o sc. XVIII, a popularidade da
acupunctura e da moxibusto declinaram j que a regra da altura conclura que as
agulhas e as queimaduras no eram adequadas para os nobres. Em 1822, o governo
da Dinastia Qing ordenou que o Departamento da Acupunctura e da Moxibustao da
Academia Mdica terminasse a sua prtica embora tivesse sido popular com o programa
para educao superior. A investigao e sistematizao da MTC tornaram-se uma das
prioridades, durante este perodo, havia experiencias em cirurgia usando analgesia com
acupunctura que aumentava a compreenso do mecanismo da acupunctura. Novos
mtodos de investigao comearam a ser introduzidos para investigar as teorias
tradicionais do Yin e Yang, as suas deficincias, conceitos como a essncia do rim e o
principio teraputico do fortalecimento da resistncia do corpo e conceitos como o
envigoramento da circulao sangunea para remover a estagnao.
[19]
A Medicina Complementar e as terapias naturais tiveram a sua origem na Civilizao
da Babilnia, Egipto e China, cerca de 3000 anos. Os Chineses desenvolveram um
sistema de medicina baseado num conhecimento extraordinariamente detalhado de
remdios base de plantas, combinado com acupunctura. A MTC praticada atravs de
uma abordagem holstica e foca-se na harmonia do corpo humano com o seu ambiente.
A percepo das duas medicinas reflectem dois mundos diferentes, mas os dois
conseguem tratar, e muitas vezes curar seres humanos independentemente da sua
filiao cultural. A diferena entre as duas medicinas, no entanto maior do que a
diferena entre as suas linguagens descritivas. As duas estruturas lgicas diferentes,
orientaram as duas medicinas em diferentes direces. O mdico Ocidental comea com
um sintoma, e depois procura o mecanismo subjacente, uma causa precisa de uma
doena especfica. A doena pode afectar vrias partes do corpo, mas so fenmenos
relativamente independentes.
Por causa da contnua interaco entre os eventos naturais e sociais na sociedade rural
da China antiga, os termos yin e yang tm uma origem muito remota, adquirindo
Nos dias de hoje, Yin e Yang so designaes universais para os aspectos polares de
um efeito. Como tal, so intraduzveis, e tm sido adoptadas directamente para muitas
lnguas. No decurso de dois milnios os dois termos adquiriram uma multiplicidade de
conotaes. A mais antiga referncia do Yin e Yang provavelmente aquela contida no
Book of Changes (Livro das Mutaes Yi Jing), datado por volta de 700 a.C.
No entanto uma interpretao precisa dos escritos mdicos chineses, que consistente
em todas as circunstncias, apela a um conhecimento mais aprofundado e detalhado da
conotao tcnica desses termos em MTC.
Yin Terra, Mulher, Noite, Lua, Baixo, Peso, Movimento para dentro, Estase
relativa.
Yang Cu, Homem, Dia, Sol, Alto, Leveza, Movimento para fora, Aco
evidente.
Pelo facto de o conceito Yin e Yang estar difundido em todo o pensamento chins, foi
naturalmente adoptado pelos fundadores da Medicina Tradicional Chinesa. A distino
entre as qualidades Yin e Yang na constituio de uma pessoa, ou no carcter da sua
doena, de extrema importncia.
A actividade (Yang) do corpo nutrida pela sua estrutura fsica (Yin), e a sua estrutura
fsica criada e mantida pela actividade do corpo. O Yang corresponde funo, o Yin
corresponde estrutura.
Um exemplo que ilustra [24] como Yin e Yang, estrutura e actividade, so evidentes, nos
fenmenos dirios, o exemplo do escultor que trabalha a pedra. A pedra constitui
matria, estrutura e Yin. A aco do escultor, ao cinzelar a pedra, Yang, actividade,
a modificao de algo pr-existente. A pedra no permanece como estava.
Todos os sinais e sintomas podem ser interpretados de acordo com estes princpios. Na
sade, o Yin e o Yang esto num equilbrio dinmico. Quando estes esto equilibrados
no podem ser identificados, portanto os sinais e sintomas no aparecem. Se o Yin e o
Yang estiverem desequilibrados estes distinguem-se mas no se separam. Haver mais
yang do que yin ou vice-versa. O aparecimento dos sinais e sintomas podem ser
interpretados como uma perda de equilbrio. Ao mesmo tempo que a Teoria do Yin-Yang,
a Teoria das Cinco Fases Evolutivas constitui a base da MTC, e foi desenvolvida pela
mesma escola filosfica, ou seja a Escola do Yin-Yang, algumas vezes chamada de
Escola Naturalista.
[23]
O Yin e Yang constituem o Padro Qualitativo, base de toda a cincia chinesa,
incluindo a medicina. Para a qualificao de padres cclicos mais complexos e
elaborados, usado o outro padro qualitativo, o das Cinco Fases Evolutivas. Eles
constituem um meio unvoco de descrever a realidade, e no representam nenhuma
As Cinco Fases Evolutivas (CFE) como o seu nome indica, constituem-se em perodos de
tempo ou segmentos de tempo, com qualidades exactas e definidas, que se sucedem
umas s outras numa ordem cclica em posies referenciadas, e definidas no espao.
Ou seja as CFE definem convencionalmente e inequivocamente qualidades energticas
mudando no decurso do tempo. Ela tipifica as qualidades da energia atravs do uso dos
cinco conceitos (Madeira, Fogo, Terra, Metal, e gua). Os movimentos fornecem um
sistema de correspondncias e padres nos quais inmeros fenmenos so colocados,
principalmente de forma relacionada ao processo de mudana.
[26]
Dentro do contexto mdico e segundo a abordagem cientifica do Modelo de
Heidelberg de Medicina Chinesa, uma Fase assim considerada, a parte de um
processo circular, que quando aplicada ao Homem, mostra-nos as tendncias funcionais
vegetativas do individuo nesse espao de tempo. Essas manifestaes, so
denominadas de Orbs, e so um grupo de sinais relevantes para o diagnstico.
Paralelamente s duas Teorias acima descritas, essencial abordar a Teoria dos Canais
de Energia, que constitui um dos mais importantes, e exclusivos conceitos da MTC. Os
O nome de cada um dos CEP reflecte o seu curso externo atravs dos membros, seja do
brao ou perna, e a caracterstica do Canal de Energia com a energia Yin ou Yang, e na
dependncia do seu curso estar voltado predominantemente para o lado ventral ou
medial, e dorsal ou lateral dos membros. Por ultimo, com o nome do rgo com o qual o
canal de energia se liga internamente. Desta maneira existem trs Canais de Energia
Yang do brao, e trs Canais Yin., e da mesma forma existem bilateralmente trs Yang e
trs Canais de Energia Yin da perna.
[28]
O Yin e Yang constituem o Padro Qualitativo, base de toda a cincia chinesa,
incluindo a medicina. Para a qualificao de padres cclicos mais complexos e
elaborados, usado o outro padro qualitativo, o das Cinco Fases Evolutivas. Eles
constituem um meio unvoco de descrever a realidade, e no representam nenhuma
descoberta cientfica ou postulado filosfico. O seu nico propsito conferir preciso s
afirmaes e regras que derivam da observao dos fenmenos. Eles s fazem sentido
se forem utilizados como veculos de tais dados empricos e das regras sistematizadas,
ligando estes.
Os 12 canais principais constituem [27] a estrutura base de todo o sistema de canais. Todo
o canal principal est associado a um rgo e uma vscera. Cada canal yin com um
rgo, e cada canal yang com uma vscera. Os seis rgos Yin so o ncleo de todo o
sistema e so constitudos por, Pulmes, Corao e Pericrdio, no brao. Fgado, Bao e
Rins, na perna. As seis vsceras Yang so Intestino Delgado, Intestino Grosso e Triplo
Aquecedor, no brao. Vescula Biliar, Estmago, e Bexiga, na perna. Do mesmo modo
que os orgos e as vsceras esto conectados, de modo complementar (fgado - vescula
biliar), assim esto tambm os canais correspondentes. Em acordo com a polaridade yin
e yang (dentro e fora), todos os canais yin percorrem a parte do estmago, peito e partes
- Inspeco.
- A cor da pele da face, lbios, lngua, e das mucosas, so relevantes pois mudam
significativamente de acordo com o estado funcional do indivduo, e representa a
disponibilidade de Xue (sangue) existente. Entre os vrios tipos de inspeco
diagnostica, a inspeco da lngua de excepcional importncia por causa da subtil e
precisa informao que nos d, e est baseada em quatro itens principais. Tamanho,
Cor, Topologia, e Revestimento.
- O agente que provoca a doena. visto como um poder (vector) funcional, que
causa alteraes nas propriedades funcionais do indivduo, produzindo sinais clnicos
prprios. Os agentes podem ser divididos em agentes externo, agentes internos, estando
estes associados sua respectiva fase, e os agentes neutros.
Os agentes externos so, o Algor (frio), Humor (Humidade), Ventus (Vento), Ardor
(Rubor), Aestus, Ariditas (secura) sendo os trs primeiros os mais frequentes
- Critrios Guia. uma metodologia que serve para interpretao dos sinais e
sintomas baseado nos 4 modelos regulatorios de fisiologia cujos seus componentes nos
vo estabelecer o diagnstico funcional, e eles so:
Yin Yang. Serve para distinguir a origem dos sinais e sintomas. Deficincia
estrutural ou funcional. Se uma deficiente populao celular (tecido funcional)
tem que ser sobre-estimulada vegetativamente, para alcanar a sua funo
apropriada, (causando sinais clnicos vegetativos, denominados de repleo)
posteriormente uma fase de quase falncia pode aparecer com sinais similares
de depleo, pelo facto de esta no conseguir manter esta regulao aumentada.
[31]
Dor lombar (DL) definida como dor e desconforto localizada abaixo da margem
costal e acima da prega gltea inferior, com ou sem dor na perna. Dor lombar
inespecfica definida como dor lombar no atribuda, a patologia especfica conhecida
(ex: infeco, tumor, osteoporose, espondilite anquilosante, fractura, processo
inflamatrio, sndrome radicular, ou sndrome de cauda equina)
Assim, e segundo Van Tulder em relao durao da dor lombar, esta pode ser descrita
como:
Esta ltima inclui a pequena poro de pacientes com srios e progressivos deficits
neurolgicos requerendo uma avaliao imediata. (tumor, infeco, sndrome de cauda
equina, espondilose anquilosante, fractura com compresso vertebral)
As origens [11] das lombalgias so variadas, e as causas mais comuns incluem leso de
msculos e ligamentos, artrose das articulaes interapofisiarias posteriores, hrnias
discais com ou sem compresso de razes nervosas, estenose de canal central, ou
foraminal, e alteraes congnitas.
.
[11]
Excludas as red flags, a teraputica proposta para as lombalgias comuns tem
variado ao longo do tempo, nomeadamente no que diz respeito indicao e tempo de
durao do repouso em decbito. De certa forma, isto reflecte que nenhuma das
modalidades teraputicas propostas, demonstraram ser totalmente eficazes. Actualmente
rejeita-se o repouso prolongado em decbito em favor de um rpido retomar das
actividades.
B) Tratamento Conservador:
C) Procedimentos invasivos:
D) Tratamento Farmacolgico:
[36]
Entende-se por dor lombar ou dor
na parte inferior das costas, a dor
que se localiza em qualquer regio
das costas (incluindo ndegas),
abaixo da borda inferior da ltima
costela, que est aproximadamente
nivelada com o ponto do Canal de
Energia da Bexiga, B21 (Vesical
V21).
Deficincia de Rim
Esforo excessivo
Queda
Zhu Dan-xi o ltimo dos quatro grandes mestres da medicina interna durante a dinastia
[38]
Jin / Yuan, na sua obra The Heart & Essence of Dan-Xis Methods of Treatment, ,
categoriza a dor lombar em:
Deficincia de Rim
Humidade Calor
Estase de Sangue
Contuso
Mucosidade
Segundo o Modelo de Heidelberg, podemos dizer que a dor lombar, pode ser causada
por:
Deficincia de Rim
Aps a identificao da Orb afectada, temos que determinar o agente que est a causar a
doena. O Algor um agente externo, e yin. De acordo com a Algor Leadens Theory
(ALT), uma teoria que pertence s teorias menos conhecidas da MTC, preconiza que h
seis camadas de poderes funcionais (energias) dentro do corpo, e que os agentes tm de
os superar quando invadem o corpo. Estas seis camadas de energia criam seis
mecanismos de defesa principais , que podem levar at seis etapas de defesa. O algor
como agente externo (yin) diminui o qi defensivo, assim como os outros poderes
funcionais do respectivo tecido.
II. Qi do Canal
Os sinais especficos de cada etapa, so devidos ao conflito dos poderes funcionais, com
o agente (algor), produzindo os seus sintomas. Quando o agente ataca a pele, h
diminuio do qi defensivo, como todos os outros poderes funcionais do corpo. O algor
em termos ocidentais, traduz-se na falta de circulao, ou na diminuio da
microcirculao, e afecta primeiramente os condutos que contm mais xue que qi. O
conduto Vesical o primeiro a ser afectado, pois este distribui de forma segmentar o xue
por todo o corpo, causando por conseguinte sintomas como ps frios, pernas frias,
lombalgia, ciatalgia, dores de cabea, causada pela dor entre os olhos. (ver conduto
vesical). De acordo com este modelo, a cada etapa correspondem dois canais que se
encontram acoplados:
Quando o conduto Vesical, invadido pelo agente externo algor, que de acordo com o
ALT corresponde etapa I, afecta o Qi defensivo, produzindo uma desactivao de Xue
no conduto. O corpo no consegue direccionar calor para essa regio especificamente,
contudo produz calor que reactivo, como uma reaco natural na tentativa de aquecer
os canais para expelir o Algor. As costas ou a parte posterior das pernas apresentam-se
frias em determinadas parcelas do conduto.
Caso o corpo no consiga expelir o agente, passamos etapa seguinte (II) e o Algor
procede a sua invaso, causando bloqueios de qi, e consequentemente ao aparecimento
de dores. Nessa altura o corpo activa o xue, formando calor do interior, para expelir o
algor dos condutos. nesta fase que o algor se relaciona com a dor, e o Calor Reactivo
mais se encontra. Se h pouco calor reactivo, h uma invaso do algor. O Calor pode
ripostar, causando uma sensao de calor novamente. Esta etapa tambm conhecida
pela etapa Tom and Jerry, em que os arrepios e suores se sucedem na tentativa de
expelir o agente. Se o agente mais forte que o calor reactivo, o algor persiste, e invade
o interior (IV), e deixa de haver a reaco Calor.
As trs primeiras etapas so as mais afectadas, pelo facto do agente Algor ser externo, e
onde se pode sentir mais a manifestao do sintoma (DL.
O tipo de dor manifestada, ajuda a estabelecer um diagnstico. Uma dor severa, tipo
facada sugere estagnao de qi e xue, ou algor, enquanto uma dor surda ou tipo
moedeira, que melhora com o repouso, melhora pela manha e piora gradativamente
6. Metodologia
Este estudo foca-se em pacientes entre os 20 e os 70 anos de idade, com dor lombar h
mais de 3 meses Os critrios de incluso e excluso foram determinados com o objectivo
de seleccionar os participantes apropriados excluindo pacientes com dor lombar de
natureza especifica ou complicada, para a qual a acupunctura contra-indicada, ou cuja
condio clnica torne difcil receber um tratamento (ex: paciente psiquitrico, grande
b) Doena especfica que possa causar dor lombar (metstases, fractura vertebral,
infeco na espinal medula, escoliose severa, estenose lombar, espondilolistese,
e espondilite anquilosante)
A) Principais:
B) Secundrios:
Dor
Melhorou muito.
Melhorou.
No melhorou
Descansa 10 minutos.
Nos ensaios clnicos podem ser usados vrios tipos de grupos de controlo, para poder
responder s diferentes questes. Fazer um ensaio clnico, com um grupo de controlo
com uma tcnica placebo, importante, uma vez que gera uma evidncia de melhor
qualidade, estabelecendo-se uma comparao, independentemente da validade do
tratamento em questo. Mas uma vez que o objectivo do estudo, mostrar evidncias de
que os pontos seleccionados tm influncia na dor lombar, foi escolhido um grupo de
controlo, acupunctura sham ou simulada, com pontos inapropriados, diferentes dos
seleccionados, e no pertencentes aos canais de energia designados pela MTC, mas
usando o mesmo tipo, tamanho, e nmero de agulhas como no tratamento real, com a
excepo da profundidade da agulha, no sendo esta, mais profunda que 3mm, e sem
qualquer tipo de estimulao manual.
Uma acupunctura no invasiva ou placebo, onde a agulha no penetra a pele pode ser
usada, em ensaios clnicos onde o que se pretende testar a eficcia da acupunctura.
A seleco dos pacientes para a formao dos dois grupos ser feita aps se ter
conseguido o nmero da amostra para a realizao do estudo, (60 pacientes) e atravs
de uma moeda. Os pacientes no tero conhecimento da existncia dos dois grupos,
sendo-lhes informado, que o propsito do estudo ser de evidenciar a influncia da
acupunctura na dor lombar.
Pontos de Interveno:
Magic Seven:
Hua Tuo Jia Ji - L2 Pontos localizados a 0,5 cun do Regens Sinartery (DuMai), (1
ponto bilateral)
Pontos distais:
o
Porta Fortunae [24]
Explicao do nome:
"Porta da fortuna" O termo chins ming, o mandato ', muitos de vida ","Fortuna",
designa o dom, a Constituio, os talentos, a vida concedeu a uma pessoa por nascer, e
que, no contexto da teoria mdica chinesa, tambm chamado de qi nativum qi
constitucional inato". Manifesta-se como sendo da orb renal. Ainda assim, com a
seguinte informao relativa aos efeitos da estimulao que pontos demonstram, o termo
de porta fortunae aqui utilizado com uma conotao que corresponde a uma linguagem
proto-cientfica vinda de os primeiros tempos mdicos chineses, compreensveis e de
significado menos preciso.
O ponto est localizado abaixo do processo espinhoso da segunda vrtebra lombar (L2).
Efeitos da estimulao:
Estabiliza o orb heptico, aumentando o xue, fortalecendo a orb renal, e por conseguinte
dispersando o ventus e direccionando o qi em direco descendente.
Explicao do nome:
Localizao:
Qualificaes especiais:
Efeitos da estimulao:
Fortalecer e harmonizar a Orb Renal, e por conseguinte reforar a zona lombar, melhorar
a audio e clarear a viso.
Explicao do nome:
Localizao:
Efeitos da estimulao:
Sintomas e indicao:
1 - Deficincia do qi renal:
Dor e edema nos genitais, dor nas costas, espasmo e tenso dos msculos da zona
lombar, fazendo com que o movimento de flexo anterior impossvel. Perda de smen
durante o sono, e todos os tipos de distrbios mictrios.
o Medium Lacunae
Explicao do nome:
Qualificaes especiais:
Efeitos da Estimulao:
Estabiliza e regula a orb Renal e Heptica, e por conseguinte controla o yang, verifica o
Calor, mas tambm o Calor Aestus e Calor do xue. Fortifica a zona lombar e joelhos.
Explicao do nome:
Localizao:
Estes so 17 pares de pontos. Cada um dos pontos do par est localizado de um lado da
margem inferior dos respectivos processos espinhosos (a 0,5 PI desta). Anatomicamente,
encontram-se na regio das pequenas articulaes da coluna vertebral (fveas
articulares). So 12 pares de pontos torcicos (Xiongjiaji) situados entre a 1 e a 12
vrtebra torcica, e 5 pares de pontos lombares (Yaojiaji) situados entre a 1 e a 5
vrtebra lombar.
7. Interveno
A palpao dos pontos de acupunctura de extrema importncia, uma vez que nos d a
informao do estado depletivo ou replectivo do ponto.
A pesquisa clnica em acupunctura est de acordo com os quatro princpios ticos que
so, justia, respeito pela pessoa, beneficncia, e no maleficncia.
Os pacientes que tinham critrios para a participao deste estudo e que assinaram o
consentimento informado, registaram-se para serem includos no estudo, para mais tarde
serem contactados para marcao do tratamento.
Foi-lhes esclarecido tambm dos possveis riscos associados ao tratamento, sendo este
acompanhado e supervisionado por profissionais com conhecimento e experiencia nesta
rea clnica.
Foi elaborado um documento para este estudo que ser fornecido a todos os pacientes
que nele participarem, onde constam informaes sobre a pesquisa e tratamento a que
iro ser submetidos. O paciente ter dois consentimentos informados. O praticado na
instituio para fazer qualquer tipo de procedimento, e um outro que informa em que
consiste o tratamento e qual o objectivo deste estudo cientifico.
[5]
A lombalgia um problema grave socioeconmico na Europa, associada a elevados
custos directos e indirectos, na utilizao dos cuidados de sade, absentismo no trabalho
e incapacidade. A estimativa dos custos entre os pases difcil, devido s diferenas de
sistemas de sade e sistemas de segurana social, aspectos mdico-legais e variveis
[11]
socioeconmicas. motivo muito frequente de consultas mdicas, hospitalizaes,
cirurgias, e incapacidade para o trabalho, acarretando custos elevados e com impacto em
termos financeiros.
O campo da MTC vem cada vez mais, produzindo provas cientficas da sua validade,
expressas no aumento de publicaes de ensaios clnicos controlados em revistas
mdicas de alta qualidade, e nos ltimos anos, sobre a eficcia e segurana destas
prticas, particularmente da homeopatia, acupuntura e fitoterapia.
10. Discusso
[41]
O crescimento e uso da Medicina Tradicional Chinesa, resultou num aumento da
investigao cientfica, incluindo revises sistemticas neste campo.
Para serem includas nesta reviso, os estudos tinham que ter explicitamente a
descrio dos critrios de incluso e de excluso, o mtodos usados para: pesquisa de
literatura, avaliao da qualidade do estudo e sumarizao dos resultados.
Concluram tambm que, nos ltimos dez anos, as revises sistemticas evoluram
consideravelmente e que as recentes orientaes devero melhorar a qualidade dos
Este estudo envolveu 1162 doentes, num total de 13475 tratamentos, e os parmetros
de avaliao utilizados foram o Questionrio Von Korff Chronic Pain Scale e o
Questionrio Hanver Functional Ability, em outcomes de 6 semanas, 3 e 6 meses.
Foram estabelecidas dez sesses por paciente, de 30 minutos, geralmente duas por
semana, e adicionalmente 5, caso os pacientes tivessem 10 a 50% de reduo de dor.
Durante os tratamentos a comunicao entre terapeuta e paciente era limitada ao
necessrio.
O autor afirma ainda que, uma vez que as duas formas de acupunctura no so
distinguidas pelos pacientes, qualquer diferena nos resultados entre os dois grupos
(verum e sham) se deve atribuir ao efeito do tratamento especfico. Contudo, as duas
formas de tratamento no diferem na medida do resultado primrio (3,4% de diferena).
O autor, achando que isto no pode ser explicado pela existncia de pontos adicionais,
ou regies, previamente desconhecidas, picadas no tratamento simulado, porque na
acupunctura sham as agulhas so muito pouco inseridas, e no so estimuladas. Postula
ainda ento as seguintes hipteses:
German version of the Pain Disability Index, escala para avaliaao dos aspectos
emocionais da dor (Schmerzempfindungsskala), escala de depresso (Allgemeine
Depressionsskala), verso Alem de 36-Item Short-Form Quality of Life Questionnaire
para avaliar a qualidade de vida em sade, Von Korff Chronic Pain Grade Score,
Hanover Functional Ability Questionnaire Score, Roland Disability Score, escala de 0 a
23) e sintomas incmodos (escala de 0 a 10).
Foi salientado ao longo deste trabalho, atravs de uma reviso bibliogrfica, e afirmado
pelos vrios autores, o motivo pelo qual as evidencias para o uso de acupunctura na dor
lombar, so controversas.
A qualidade dos futuros trabalhos depende de vrios factores, entre os quais, a utilizao
de parmetros fsicos e objectivos, para melhor avaliao dos resultados, grupos de
controlo adequados aos estudos clnicos, sendo a utilizao de grupos de controlo
duplamente cegos recomendada sempre que possvel. O recurso ao diagnstico em
MTC, para o cumprimento dos critrios de incluso, referido como uma importante
ferramenta para uma avaliao de qualidade dos resultados a obter.
Com efeito muitos autores j testaram o tratamento da lombalgia por acupunctura sem
grande validade e eficcia devido ao facto de se fundamentarem em parmetros
subjectivos e portanto no mensurveis, traduzindo mais um estado sintomtico e
funcional, do que o efeito do tratamento na patologia em causa.
Os meus sinceros agradecimentos ao Dr. Luis Agualusa, que acreditou neste projecto, e
que sempre me apoiou.
minha famlia, pela pacincia, e compreenso pela minha clausura no quarto, e dos
fins-de-semana estragados. minha filha Rita pelo seu apoio tcnico e informtico.
Por fim ao Prof. Jorge Machado, que foi desde sempre o motor e o pilar deste Mestrado,
que serviu de ponte entre o Porto e Heidelberg, e que sempre nos incentivou, e nunca
nos deixou desistir.
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Medicao ____________________________________________________________
__________/____________/___________
Dor localizada ao nvel de L2 a L3 pontos a aplicar Rg4, Huatuo Jiajii L2, V23, V52.
Reaces adversas:
Acupunctor: ___________________________________________________________
Pontos:
Anexo II Pedido de Autorizao para Recolha de Dados da Comisso de tica
Anexo III Consentimento Informado
Pesquisador Responsvel:
Dr. Luis Agualusa
Enf. Maria Joo A. R. Pires de Lima
Telefone para contacto: 93 991 44 43
Para que a pesquisa possa ser desenvolvida, fundamental existirem participantes que
renam os critrios pretendidos: Faixa etria entre os 20 e os 70 anos de idade; dor
Lombar no especfica e sem indicao cirrgica; agravamento da dor com flexo
anterior do tronco; Diagnstico Clnico de dor lombar com queixas h mais de 3 meses.
Caso V.Ex se disponha a colaborar como participante nesta investigao, ser sujeito a
um tratamento, com recurso acupunctura em pontos prximos da regio da dor e outro
ponto distal dor lombar (na dobra do joelho), numa nica sesso em data a
determinar. A introduo de agulhas poder causar um leve desconforto (sentido por
algumas pessoas) no momento da picada, semelhante a uma agulha de injeco
subcutnea.
V.Exa. no ser identificado(a) em nenhuma publicao que possa resultar deste estudo.
Uma cpia deste consentimento informado ser arquivada no Instituto de Cincias
Biomdicas Abel Salazar e outra ser fornecida a V.Exa..
__________________________________________________________________
Eu, ____________________________________________________________________,
abaixo assinado, concordo em participar do estudo como sujeito. Fui devidamente
informado e esclarecido pelo pesquisador ______________________________ dos
procedimentos nela envolvidos, assim como os possveis riscos e benefcios decorrentes
da minha participao. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer
momento, sem que isto leve qualquer penalidade ou interrupo de meu
acompanhamento/ assistncia/tratamento.
Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma cpia deste termo de
consentimento livre e esclarecido, e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer as
minhas dvidas.
Observaes complementares