Ortodontia Intercetiva
Ortodontia Intercetiva
Ortodontia Intercetiva
Famalicão, 2021
Prof. Doutora Teresa Vale
¡ Fatores gerais e locais das maloclusões
Diagnóstico
Plano de tratamento
DENTIÇÃO TEMPORÁRIA
Estudo cefalométrico?
Métodos diretos.
Métodos indiretos.
EXAME CLÍNICO EXAMES COMPLEMENTARES
Exame dentário Radiografias
Mobilidade
Facetas de desgaste
EXAME TECIDOS MOLES LÁBIOS
Tonicidade do músculo orbicular
dos lábios
Espessura
Hidratação
Coloração
Presença de lesões ou
cicatrizes.
EXAME TECIDOS MOLES MUCOSA ORAL
Forma
Volume
Úlceras patológicas ou
traumáticas.
EXAME TECIDOS MOLES MUCOSA ORAL
Região bucofaríngea –
amígdalas, palato mole,
úvula
Encaminhar para o
otorrinolaringologista.
EXAME TECIDOS MOLES FREIO LABIAL
Freio labial persistente – inserção a
nível da papila – inserção baixa
Macroglossia
Anquiloglossia.
EXAME RADIOGRÁFICO
RADIOGRAFIA PANORÂMICA
Avaliação global
Cronologia da erupção
Exame suplementar de
diagnóstico clínico.
Exame Radiográfico – radiografia panorâmica
Região Arcos zigomáticos
nasomaxilar Fossas pterigomaxilares
Seios maxilares
Zona central e Abertura piriforme
superior da Septo e cornetos nasais
radiografia Palato duro
Palato mole
Espinha nasal anterior
Exame Radiográfico – radiografia panorâmica
Região Contorno da mandíbula
mandibular Ângulo mandibular
Chanfradura antegonial
Corpo e ramo da Sínfise
mandíbula Apófise geni
Buracos mentonianos
Canal dentário inferior
Osso hioide
Exame Radiográfico – radiografia panorâmica
Região da articulação, condilo mandibular, cavidade glenoidea,
apófise coronoide, região da tuberosidade maxilar.
Análises :
Transversal
Sagital
Vertical
Análise transversal – linha média
Plano de referência: plano médio sagital
Linha média Normal
dentária Desviada
Linha média Representada pela rafe palatina na porção Normal
maxilar posterior Desviada – direita / esquerda
Linha média Representada pela intercepção do freio lingual Normal
mandíbula posteriormente pela projecção do plano da rafe Desviada – direita / esquerda
palatina
Análise transversal – diastemas
BAUME - 1950
DIASTEMA NA REGIÃO ANTERIOR ALINHAMENTO DOS DENTES
ANTERIORES PERMANENTES
ARCO TIPO I Presente + Favorável
ARCO TIPO II Ausente - Favorável
ARCO MISTO Tipo I superior e tipo II inferior
Tipo II superior e tipo I inferior
ANÁLISE TRANSVERSAL DIASTEMAS
Espaços primatas:
Entre os incisivos laterais e os
caninos no maxilar superior
Entre os caninos e primeiros
molares no maxilar inferior.
Norma é de 0 a 3 mm.
Análise vertical
Plano de referência: plano oclusal
Sobremordida vertical - overbite normal
acentuado
negativo
Norma é de 0 a 3 mm.
ANÁLISE VERTICAL CURVA DE SPEE
¡ Dentes temporários
implantados verticalmente
na base óssea.
¡ Faces oclusais e bordos
incisais dos dentes
temporários encontram-se no
mesmo plano.
EXAME FACIAL
Exame clínico
Exame fotográfico:
- fotografias frontal e lateral
- paciente em pé em posição relaxada
- cabeça posicionada de forma que o
plano de Frankfurt fique paralelo
ao solo
- lábios em repouso
Telerradiografia.
Exame facial
Estudo frontal
Proporções faciais alteram-se – desenvolvimento vertical e sagital da face.
Cérebro e olhos predominantes no recém-nascido.
Nariz muito próximo dos olhos.
Maxilares desenvolvem-se com o crescimento.
Exame facial
Langlade (1993) – modificações faciais entre os 4 e os 8 anos de idade
Aos 7 anos os meninos têm metade do prognatismo definido e as meninas ¾.
Crescimento nasal é constante desde o 1º ano até aos 18 anos aumentando em média 26,1 mm
nas meninas e 27 mm nos meninos.
O lábio superior cresce cerca de 6,5 mm parando aos 14 anos para as meninas; deve cobrir cerca
de 70% da face vestibular dos incisivos superiores.
O lábio inferior cresce cerca de 8,2 mm; deve cobrir cerca de 30% da face vestibular dos incisivos
superiores.
Exame facial – biotipo facial - DOLICOFACIAL
Face alongada e estreita.
Pouco desenvolvimento do aparelho mastigatório
musculoesquelético.
Direcção de crescimento vertical.
Tendência para mordida aberta.
Posição distal da mandíbula.
Associado a maloclusão classe II div.1.
Exame facial – biotipo facial - DOLICOFACIAL
Propensão para problemas naso-respiratórios.
Palato ogival.
Mastigação predominantemente realizada pelo
musculo temporal.
Mastigação superficial e mínima abrasão dos
dentes temporários.
Prognóstico de tratamento reservado.
Exame facial – biotipo facial - BRAQUIFACIAL
Face curta e larga, mandíbula forte e quadrada.
Estrutura esquelética e muscular da face bem
desenvolvidas.
Direcção de crescimento horizontal.
Tendência para mordida profunda.
Posição protrusiva da mandíbula.
Associado a maloclusão classe II div.2.
Exame facial – biotipo facial - BRAQUIFACIAL
Não é frequente apresentar distoclusão e
respiração bucal.
Mastigação predominantemente realizada pelo
musculo maseter.
Dentes temporários frequentemente
abrasionados.
Prognóstico de tratamento favorável.
Exame facial – biotipo facial - MESOFACIAL
Face proporcional em relação a altura e largura.
Associado a classe I.
Relação maxilomandibular normal.
Musculatura em equilibrio.
Prognóstico de tratamento favorável.
Exame facial
Assimetria facial – Assimetria mandibular - linha média
Assimetria mandibular A mandíbula não apresenta assimetria estrutural, ocorre um
funcional deslocamento lateral que pode ser devido a contactos prematuros,
mordidas cruzadas ou desvios funcionais que podem originar uma
posição habitual de desvio lateral. Com a correcção da causa do desvio
funcional a assimetria deixa de se verificar.
Assimetria mandibular Ocorre devido a um crescimento desigual do condilo com um
esquelética crescimento assimétrico dos ramos direito e esquerdo da mandíbula
Exame facial
Estudo lateral – perfil
A análise facial de perfil pode assinalar a possível maloclusão presente.
Perfil muito convexo a Pode associar-se a presença de oclusão com degrau distal, relação
partir dos 3 anos canina classe II, overjet aumentado, possível tendência para uma
maloclusão classe II na dentição mista.
Perfil concavo Associado a uma mordida cruzada anterior e/ou posterior pode indicar
uma tendência para uma maloclusão classe III. Tratamento mais
complexo do que mordida cruzada anterior com perfil recto.
Exame funcional
Respiração
Respiração normal Respiração nasal com selamento labial
Pressão negativa entre a língua e o palato duro durante a inspiração.
Capacidade de adaptação dos lábios e língua – nem sempre uma alteração oclusal ocasiona
alterações fonéticas.
Hábitos orais
Hábitos mais comuns: Alterações associadas:
Onicofagia
Interposição labial
DIAGNÓSTICO
Evitar perguntar diretamente sobre
qualquer hábito de sucção.
Não fazer ameaças à criança, pelo contrário, conversar, incentivar e avaliar as atitudes em
relação ao hábito.
A parte externa da chupeta ajuda a impedir que o nariz e a boca fiquem tapados com
cobertores. A ação de sucção melhora o controlo das vias aéreas superiores.
CHUPETA DESVANTAGENS
Relação comprovada entre o uso
prolongado de chupeta e otites médias.
Associação a infeções gástricas – maior
risco de sintomas como vómitos, febre,
diarreia e cólica.
Problemas na fala – a chupeta impede os
bebés de palrar.
Interfere na amamentação.
Pode originar problemas oclusais.
Chupeta
Com a chupeta a língua é colocada mais para baixo,
deixando de estimular o crescimento transversal do
palato.
Características da sucção
intensidade,
duração,
frequência.
Chupeta
Chupeta em látex submetida à cultura microbiana. Intenso
desenvolvimento de Streptococcus mutans.
8 - A criança até aos 2 anos está na fase oral, utilizar a chupeta de forma racional.
Por conseguinte, tanto a OMS como o Fundo das Nações Unidas para a Infância
desaconselham fortemente o uso da chupeta.
Chupeta – eliminação do hábito
Tentar associar a chupeta ao momento de dormir, assim que a criança adormeça, retirá-la.
Evitar pendurar a chupeta ao peito da criança para que não esteja acessível.
Tentar combinar e marcar uma data com a criança para que abandone o hábito.
¡ Grelha lingual
¡ Grelha palatina
GRELHA PALATINA/LINGUAL
§ Impede a sucção digital ou da
chupeta.
§ Impede a interposição da língua na
deglutição ou fala.
§ Corrige de forma funcional a forma
das arcadas.
§ Não permite o contacto do dedo com
o palato.
GRELHA PALATINA/LINGUAL
¡ Recuperador de espaço
§ Corrigir o posicionamento da
língua, evitando a projeção
dos incisivos.
GRELHA PALATINA/LINGUAL
¡ Grelha lingual associada a
disjuntor Hyrax .
ONICOFAGIA
Limar as unhas e cortar a cutícula
localizada.
Perda do molar temporário Depois dos 7 anos Erupção precoce do pré molar
A perda de espaço é mais acentuada durante os primeiros 6 meses, caso ocorra perda de espaço
pode colocar-se um mantenedor de espaço activo.
Arco tipo II Baume (s/ diastemas) Migração mesial, mais severa se há apinhamento.
Controlo periódico.
Mantenedores de espaço - anterior
Mantenedor fixo – tipo Denari
Indicado em caso de ausência de um ou mais dentes anteriores.
Indicado em crianças especiais / incapacitadas.
Arco tipo I e overjet normal mais favorável do que o tipo II.
Contra-indicado em casos de mordida cruzada anterior, topo a topo e mordida aberta anterior.
Dentes pilares com ou sem preparações.
Sistema tubo - barra.
Controlo periódico.
Mantenedores de espaço - posterior
Mantenedor removível
Resina acrílica.
§ Pacientes não
colaborantes.
¡ Indicações
§ Perda precoce e/ou
ausência de mais de um
dente temporário superior
posterior, com
necessidade reabilitação
protética.
§ Pacientes não
colaborantes.
¡ Indicações
§ Perda precoce e/ou
ausência de um ou mais
dentes temporários
superiores.
¡ Indicações
§ Perda precoce e/ou
ausência de um ou mais
dentes temporários
inferiores.
¡ Recuperador de
espaço
§ Pacientes não
colaborantes.
Correcção de mordidas cruzadas – anterior
Pode indicar problema de crescimento ósseo
e desenvolvimento de maloclusão classe III.
Coroas pré-formadas
Rampas em acrílico Rampas em
de aço em posição
fixas na mandíbula; compósito;
invertida;
qA rampa deve ter 3-4mm e formar um ângulo de 45º com o eixo
longitudinal do dente;
q Deve-se usar uma resina de cor diferente do dente.
q Os incisivos em questão devem ser os únicos pontos de contacto entre as
arcadas;
q Os dentes posteriores não se encontram em contacto após a colocação da
rampa, no entanto uma oclusão posterior normal é restabelecida assim que
os incisivos maxilares estejam posicionados para vestibular;
q Aconselhar uma dieta mole nos primeiros dias;
q Motivar para uma boa higiene oral e marcação de consulta após 1 semana;
q A correcção da mordida cruzada obtém-se passado uma a quatro semanas.
Correcção de mordidas cruzadas – anterior
Máscara facial
A máscara facial exerce forma sobre o maxilar por meio de elásticos
conectados a um aparelho cimentado no maxilar.
¡ B. Desgaste n0 molar
temporário.
(Moyers)
¡ Correção antero-posterior
de maloclusão funcional:
¡ A. Caninos temporários.
¡ B. Molares temporários.
(Moyers)
MORDIDAS CRUZADAS DENTOALVEOLARES - DIAGNÓSTICO
¡ Pode afetar um dente ou
um grupo de dentes.
¡ Quad-helix
Correcção de mordidas cruzadas – posterior
Expansão lenta do maxilar
Placa de resina acrílica com parafuso expansor.
Movimento dentário activo não deve exceder 1mm por
mês = ¼ de volta por semana.
A activação expande o arco por inclinação vestibular
dos dentes posteriores.
QUAD-HELIX
Mordidas cruzadas dentárias
– inclinação para
vestibular dos dentes
posteriores.
Klammt classe I, Klammt classe II, Klammt classe III, Klammt mordida
aberta anterior ou posterior.
Aparelho Indicações
Arcadas bem configuradas transversalmente;
Bionator Vestibularização incisiva sem apinhamentos, bom
alinhamento dos incisivos inferiores.
Classe II div1
Classe III
Aparelhos funcionais intraorais – Sander
Aparelho superior com guias
anteriores separadas por
parafuso expansor e aparelho
inferior com parafuso de
expansão lenta.
Aparelhos funcionais intraorais – Twin Block
Dois aparelhos superior e inferior, ambos com arco vestibular, gancho de
adams e parafuso de expansão lenta.