DIRETORIA TCNICA

GERNCIA DE PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DE AT E MT

CRITRIO DE PROJETO
CP-003/2006 R-01

REDE DE DISTRIBUIO
RURAL MONOFILAR

DEPARTAMENTO DE NORMAS E PROCEDIMENTOS

CRITRIO DE PROJETO
CP-003/2006 R-01
REDE DE DISTRIBUIO RURAL MONOFILAR

DOCUMENTO NORMATIVO

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CP 003
I
1
DEZ/2006

APRESENTAO

O presente Critrio de Projeto CP 03/2006 - Redes de Distribuio Rural Monofilar, substitui o

CP 03/86 - Redes de Distribuio Rural Monofilar e apresenta os critrios bsicos necessrios
execuo de projetos, de forma a assegurar boas condies tcnico-econmicas e de segurana das
pessoas e instalaes.
O sistema monofilar com retorno por terra MRT consiste em uma rede monofsica na qual a
terra substitui o condutor neutro. A vantagem do sistema a utilizao de um nico condutor,
permitindo, por esta razo, maiores vos entre as estruturas de apoio, face a inexistncia da
limitao imposta pelo afastamento dos condutores e ao menor esforo lateral nos postes, produzido
pelo vento, acarretando por via de conseqncia, uma reduo sensvel no custo da rede.
Foi dada especial ateno a preservao ambiental, esttica e segurana de modo que a
rede seja segura, tenha um bom aspecto visual e seja integrada com o meio ambiente minimizando o
impacto com os locais onde for instalado.

Elaborao:
Jos Deusimar Ferreira
Keyla Sampaio Cmara

Colaboradores:
Adriano Santiago Bruno
Antonio Ribamar Melo Filgueira
Francisca Ildnia Castro Lopes
Jos Edson Frota
Manuel Edervaldo Souto Arajo
Marcus Stenio Pinheiro Cristino
Reginaldo Vasconcelos
Ricardo Almeida Santos
Dimas Joo Ferreira CAM
Raimundo Nonato Silva

Apoio:
Pedro Paulo Menezes Neto
Francisco Rodrigo Dias Ribeiro
Sandra Lcia Alenquer da Silva

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CP 003
II
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NDICE

OBJETIVO................................................................................................................................................. 1

CAMPO DE APLICAO....................................................................................................................... 1

REFERNCIAS NORMATIVAS ............................................................................................................ 1

TERMINOLOGIA .................................................................................................................................... 2
4.1
4.2
4.3
4.4
4.5
4.6
4.7
4.8
4.9
4.10
4.11
4.12
4.13
4.14
4.15
4.16
4.17
4.18
4.19
4.20
4.21
4.22
4.23
4.24
4.25
4.26
4.27
4.28
4.29
4.30
4.31
4.32
4.33
4.34
4.35

ALIMENTADOR DE DISTRIBUIO ....................................................................................................... 2

BAIXA TENSO - BT ............................................................................................................................ 2
CABO MULTIPLEXADO OU PR-REUNIDO ............................................................................................ 2
CARGA INSTALADA.............................................................................................................................. 2
CERCA ELETRIFICADA ......................................................................................................................... 2
CONSUMIDOR NVEL A .................................................................................................................... 2
CONSUMIDOR NVEL B..................................................................................................................... 2
CONSUMIDOR NVEL C..................................................................................................................... 2
CONSUMIDOR NVEL D .................................................................................................................... 2
DEMANDA DIVERSIFICADA .................................................................................................................. 2
DEMANDA MXIMA............................................................................................................................. 2
DEMANDA MDIA ................................................................................................................................ 3
DESMATAMENTO ................................................................................................................................. 3
FAIXA DE SERVIDO ............................................................................................................................ 3
FATOR DE CARGA ................................................................................................................................ 3
FATOR DE CORREO SAZONAL ......................................................................................................... 3
FATOR DE DEMANDA ........................................................................................................................... 3
FATOR DE DIVERSIDADE ...................................................................................................................... 3
FATOR DE POTNCIA............................................................................................................................ 3
FATOR DE UTILIZAO ........................................................................................................................ 3
FATOR DE SIMULTANEIDADE ............................................................................................................... 3
MAPA CHAVE....................................................................................................................................... 3
MDIA TENSO - MT........................................................................................................................... 4
NCLEO POPULACIONAL RURAL ......................................................................................................... 4
PERFIL PLANI-ALTIMTRICO ................................................................................................................ 4
PLANTA CADASTRAL ........................................................................................................................... 4
PLANTA DE SITUAO ......................................................................................................................... 4
PONTO DE ENTREGA ............................................................................................................................ 4
PONTO DE LIGAO ............................................................................................................................. 4
RAMAL DE ALIMENTADOR................................................................................................................... 4
RAMAL DE LIGAO ............................................................................................................................ 4
REDE DE DISTRIBUIO AREA URBANA - RDU................................................................................ 4
REDE DE DISTRIBUIO AREA RURAL RDR .................................................................................. 4
REDE DE MDIA TENSO ..................................................................................................................... 4
REDE DE BAIXA TENSO ..................................................................................................................... 4

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CP 003
III
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4.36 SISTEMA DE DISTRIBUIO ................................................................................................................. 5

4.37 SOBRECARGA ....................................................................................................................................... 5
4.38 TRONCO ALIMENTADOR ...................................................................................................................... 5
4.39 ZONAS DE CORROSO SALINA............................................................................................................. 5
5 CONSIDERAES GERAIS .................................................................................................................. 5
5.1
TIPOS DE PROJETOS.............................................................................................................................. 5
5.2
REDES LOCALIZADAS EM DOMNIOS PARTICULARES ......................................................................... 5
5.3
CONDIES PARA ATENDIMENTO ........................................................................................................ 6
5.4
PADRO DE ESTRUTURAS .................................................................................................................... 6
5.5
CERCA ELETRIFICADA ......................................................................................................................... 6
6 PLANEJAMENTO DA REDE ................................................................................................................. 7
6.1
LEVANTAMENTO TOPOGRFICO .......................................................................................................... 7
6.2
LEVANTAMENTO DE CARGA ................................................................................................................ 7
6.3
PREVISO DE TAXA DE CRESCIMENTO DE CARGA .............................................................................. 8
7 ELABORAO DO PROJETO.............................................................................................................. 8
7.1
DIMENSIONAMENTO ELTRICO ........................................................................................................... 8
7.2
ATERRAMENTO .................................................................................................................................. 11
7.3
DIMENSIONAMENTO MECNICO........................................................................................................ 13
7.4
TRAVESSIAS E APROXIMAES ......................................................................................................... 15
7.5
FAIXA DE SERVIDO .......................................................................................................................... 18
7.6
NUMERAO DE POSTES.................................................................................................................... 18
7.7
FOLHA DE LOCAO DE ESTRUTURAS .............................................................................................. 18
7.8
RELAO DE MATERIAL E ORAMENTO ........................................................................................... 18
8 APRESENTAO DO PROJETO ....................................................................................................... 18
8.1
IDENTIFICAO DO ENGENHEIRO RESPONSVEL .............................................................................. 18
8.2
MEMORIAL DESCRITIVO .................................................................................................................... 18
8.3
DOCUMENTAO ............................................................................................................................... 19
8.4
PLANTA DA REDE ............................................................................................................................... 19
8.5
PERFIL PLANI-ALTIMTRICO .............................................................................................................. 19
8.6
DESENHOS DE DETALHES .................................................................................................................. 20
8.7
ANLISE E ACEITAO DO PROJETO ................................................................................................. 20
9 EXECUO E COMISSIONAMENTO DA OBRA ........................................................................... 20
9.1
LIMPEZA DA FAIXA DE SERVIDO ..................................................................................................... 20
9.2
EXECUO DA OBRA ......................................................................................................................... 20
9.3
ATUALIZAO DAS PLANTAS E CODIFICAO DE POSTES E ESTRUTURAS ...................................... 21
9.4
FISCALIZAO E COMISSIONAMENTO ............................................................................................... 21
ANEXOS / DESENHOS.................................................................................................................................. 22

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OBJETIVO

Esta Norma visa estabelecer os requisitos mnimos necessrios para elaborao de projetos de
Redes de Distribuio Area Rural utilizando fio de ao zincado e sistema monofilar com retorno por
terra MRT. So fixadas as diretrizes e a sistemtica que os rgos de projetos da COELCE e
demais projetistas devem obedecer, visando unificar os mtodos para implantao de novas redes,
reformas e extenses das existentes e otimizar os investimentos a serem feitos no sistema eltrico,
para fornecimento de energia com qualidade e segurana

CAMPO DE APLICAO

Estes critrios aplicam-se aos projetos de extenso e reforma com comprimento e capacidade
instalada em kVA limitados para atendimento de unidades consumidoras monofsicas rurais na
tenso primria de 7967V (13800 / 3 V) e tenso secundria de 220 V.

REFERNCIAS NORMATIVAS

Para elaborao dos projetos e execuo das obras, devem ser seguidas as seguintes normas
tcnicas da COELCE, em sua ltima verso.
a)

Critrios de Execuo
CE - 002 Levantamento Topogrfico

b)

Padres de Estruturas
PE - 005 Rede Primria de Distribuio Area Rural Monofilar MRT
PE - 038 Rede Secundria de Distribuio Area 380 / 220 V

c)

Padres de Materiais
PM - 01 Material de distribuio

d)

Especificaes Tcnicas
Os equipamentos e materiais a serem aplicados nas obras devem obrigatoriamente estar de
acordo com as Especificaes Tcnicas da COELCE.

e)

Normas Tcnicas
NT 007 Iluminao Pblica

f)

Decises Tcnicas
DT - 023 Construo de Ramais Particulares em Baixa Tenso
DT - 042 Materiais para Rede de Distribuio
DT - 053 Codificao de Transformadores
DT - 091 Codificao de Postes
DT - 112 Sistemtica para Atendimento de Novas Unidades Consumidoras do Grupo B

h)

Procedimentos de Execuo
PEX 14 - Procedimentos para Construo de Redes de Mdia e Baixa Tenso Desenergizadas;
PEX 15 - Construo de Redes de Baixa Tenso;

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PEX 27 - Desmatamento e Redesmatamento de Redes de Mdia e Baixa Tenso;

Devem ser observadas todas as recomendaes dos demais Procedimentos de Execuo aplicveis
atividade que estiver sendo desenvolvida

TERMINOLOGIA

Para os efeitos desta norma, aplicam-se as seguintes definies, complementadas pelas definies
contidas nas Normas Brasileiras da ABNT.
4.1

Alimentador de Distribuio

Componente de uma rede de Mdia Tenso que alimenta, diretamente ou por intermdio de seus
ramais, transformadores de distribuio e/ou consumidores.
4.2

Baixa Tenso - BT

Tenso nominal at o limite de 1.000 volts.

4.3

Cabo Multiplexado ou Pr-reunido

um cabo composto de vrios condutores individualmente isolados e dispostos helicoidalmente

formando um nico conjunto, utilizando um condutor mensageiro que serve de neutro e de
sustentao mecnica.
4.4

Carga Instalada

a soma das potncias nominais de todos os aparelhos, equipamentos e dispositivos instalados nas
dependncias das unidades consumidoras, os quais, em qualquer tempo, podem consumir energia
eltrica.
4.5

Cerca Eletrificada

So cercas energizadas por meio de um equipamento denominado eletrificador, que emite pulsos
eltricos pr-determinados, com intensidade inofensiva ao homem e aos animais.
4.6

Consumidor Nvel A

Consumidor de pequeno porte onde o consumo predominante seja o de iluminao interior, incluindo
neste nvel os consumidores de baixa renda.
4.7

Consumidor Nvel B

Consumidor de classe mdia, com utilizao de aparelhos eletrodomsticos convencionais.

4.8

Consumidor Nvel C

Consumidor de classe mdia alta, com carga de iluminao significativa, aparelhos de ar

condicionado, chuveiros eltricos etc.
4.9

Consumidor Nvel D

Consumidor de classe alta, onde haja abundncia de iluminao interna e externa, utilizao de
pequenas centrais de refrigerao ambiental e outros servios domsticos significativos.
4.10 Demanda Diversificada
Demanda resultante da carga, tomada em conjunto, de um grupo de consumidores.
4.11 Demanda Mxima
Maior demanda verificada durante um intervalo de tempo especificado.

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4.12 Demanda Mdia

Razo da quantidade de energia eltrica consumida durante um intervalo de tempo especificado,
para esse intervalo.
4.13 Desmatamento
Compreende o corte e retirada da vegetao que se encontra na faixa de passagem da rede area a
ser construda, com largura total de 6,0 metros para rede de Mdia Tenso e de 3,0 metros para rede
de Baixa Tenso, observando o disposto no Desenho 003.11.
4.14 Faixa de Servido
Corresponde a faixa do terreno onde passa a rede area, em toda a sua extenso e cuja largura
determinada pela classe de tenso e estruturas utilizadas. A faixa de servido das redes rurais da
COELCE corresponde a 3,0 metros para redes de BT e 6,0 metros para redes de MT, sendo 1,5
metros e 3,0 metros para cada lado do eixo das redes de BT e de MT respectivamente. Em casos
excepcionais esta faixa poder ser alterada. Na rea urbana, na maioria das situaes, a faixa se
confunde com o arruamento j definido devendo, no entanto serem atendidas as prescries
mnimas de distncia dos condutores aos obstculos.
4.15 Fator de Carga
Razo entre a demanda mdia e a demanda mxima ocorrida no mesmo intervalo de tempo
especificado.
4.16 Fator de Correo Sazonal
Fator de correo da demanda diversificada dos consumidores residenciais e comerciais, com o
objetivo de se excluir a possibilidade de que a demanda medida no corresponda mxima anual.
4.17 Fator de Demanda
Razo da demanda mxima num intervalo de tempo especificado, para a carga total instalada.
4.18 Fator de Diversidade
Razo da soma das demandas mximas individuais de um conjunto de equipamentos eltricos ou
instalaes eltricas para a demanda mxima simultnea ocorrida no mesmo intervalo de tempo
especifico.
4.19 Fator de Potncia
Razo entre a energia eltrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias eltricas
ativa e reativa, consumidas num mesmo perodo especificado.
4.20 Fator de Utilizao
Razo da mxima demanda verificada pela capacidade nominal de um sistema.
4.21 Fator de Simultaneidade
Razo da demanda simultnea mxima de um conjunto de equipamentos ou instalaes eltricas,
para a soma das demandas mximas individuais ocorridas no mesmo intervalo de tempo
especificado.
4.22 Mapa Chave
a planta planimtrica da rea a ser atendida, reduzida para a escala 1:5000.

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4.23 Mdia Tenso - MT

Limite de tenso nominal acima de 1.000 V e abaixo de 69 kV. No sistema COELCE a Mdia Tenso
de 13,8 kV.
4.24 Ncleo Populacional Rural
So aglomerados populacionais, ocupando uma rea contnua, formando ou no arruamentos
regulares. Para atendimento por este CP 03 o aglomerado populacional deve possuir no mximo 10
unidades de construo.
4.25 Perfil plani-altimtrico
Representao plani-altimtrica do terreno da rea especfica do projeto de uma Rede de
Distribuio Area Rural.
4.26 Planta Cadastral
uma planta na escala 1:1000 contendo todas os detalhes fsicos e eltricos necessrios ao clculo
do projeto da Rede de Distribuio.
4.27 Planta de Situao
um desenho em escala adequada, com indicao do norte magntico e de pontos de referncia
que permitam identificar o local onde ser construda, ampliada ou reformada a Rede de Distribuio.
Esta planta deve apresentar pelo menos um ponto da rede da COELCE.
4.28 Ponto de Entrega
o ponto de conexo do sistema eltrico da COELCE com as instalaes eltricas da unidade
consumidora, caracterizando-se como limite de responsabilidade de fornecimento.
4.29 Ponto de Ligao
Ponto da Rede de Distribuio do qual deriva um ramal de ligao.
4.30 Ramal de Alimentador
Componente de um Alimentador de Distribuio que deriva diretamente de um tronco de alimentador.
4.31 Ramal de Ligao
o trecho do circuito areo compreendido entre a Rede de Distribuio de MT ou de BT da COELCE
e o ponto de entrega.
4.32 Rede de Distribuio Area Urbana - RDU
a parte integrante do Sistema de Distribuio implantado dentro do permetro urbano das cidades,
distritos, vilas e povoados.
4.33 Rede de Distribuio Area Rural RDR
uma conjunto de linhas eltricas, com os equipamentos e materiais diretamente associados,
destinado distribuio rural de energia eltrica.
4.34 Rede de Mdia Tenso
Parte de uma Rede de Distribuio que alimenta transformadores de distribuio e/ou pontos de
entrega sob a mesma tenso primria nominal.
4.35 Rede de Baixa Tenso
Parte da Rede de Distribuio derivada do secundrio dos transformadores de distribuio indo at
os pontos de ligao dos diversos consumidores.

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4.36 Sistema de Distribuio

a parte do sistema de potncia destinado ao transporte de energia eltrica, em mdia ou baixa
tenso a partir do barramento secundrio de uma subestao (onde termina a transmisso ou
subtransmisso), at os pontos de consumo.
4.37 Sobrecarga
Incremento de carga adicional sobre o valor nominal, que pode ser imposto a um determinado
equipamento ou circuito.
4.38 Tronco Alimentador
Componente de um Alimentador de Distribuio que transporta a parcela principal da carga total.
4.39 Zonas de Corroso Salina
As reas de corroso so classificadas de acordo com a proximidade da orla martima em Zona
Moderada, Zona Mediana, Zona Severa e Zona Muito Severa e suas localizaes esto definidas na
DT 042.

CONSIDERAES GERAIS

As Redes Areas de Distribuio devem ser instaladas em domnio pblico. As redes que no
possam ser localizadas em domnio pblico devem obedecer as recomendaes do item 5.2.
5.1 Tipos de Projetos
Os projetos de Redes Areas de Distribuio Rural Monofilar classificam-se em:
5.1.1 Projeto de Extenso
Obras decorrentes de projetos que do origem a novas redes ou crescimento das redes existentes
para atendimento a novas cargas eltricas.
Ressalta-se que as obras de extenso caracterizam-se por terem fundamentalmente a finalidade de
atender a novas cargas.
5.1.2 Projeto de Reforma de Rede
So aqueles que visam introduzir alteraes nas redes existentes para adequ-las s modificaes
fsicas do local de sua instalao e permitir maior flexibilidade operativa. Incluem-se tambm, nesta
categoria, os projetos para substituio parcial ou total de redes existentes em estado precrio de
operao, ficando limitados s prescries contidas no item 5.3.
5.2 Redes Localizadas em Domnios Particulares
Neste caso enquadram-se os Ncleos Populacionais rurais localizados em terrenos particulares:
a) nos Ncleos Populacionais em terrenos particulares o ponto de entrega de energia deve ser
localizado em cada unidade consumidora, devendo os transformadores ser instalados, sempre
que possvel, em domnio pblico, projetando-se dentro da propriedade particular somente a
Rede de BT;
b) projeto de iluminao pblica, s deve ser elaborado mediante solicitao por escrito da
prefeitura sob a qual fica a jurisdio da rea de implantao da rede. Os custos decorrentes de
implantao sero de responsabilidade da Prefeitura correspondente, com os encargos
financeiros da COELCE conforme determinar a legislao em vigor. No projeto de iluminao
pblica seguir as orientaes da NT 007;
c) deve ser construdo pelo responsvel uma via de acesso e cancela ou porto com dimenses
que possibilitem o trfego de veculos para construo e manuteno da rede;

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d) termo de permisso assinado pelo responsvel do ncleo populacional ou proprietrio, para livre
acesso da COELCE.
5.3 Condies para atendimento
Na implantao da Rede de Distribuio Rural Monofilar devem ser atendidos os seguintes
requisitos:
a) a carga mxima instalada na rede primria MRT no deve ser superior a 50 kVA;
b) o maior comprimento da rede primria MRT no deve ser superior a 9 km, observada a queda de
tenso mxima de 5%;
c) os ncleos populacionais rurais, com no mximo 10 unidades de construo, podero ser
atendidos desde que satisfaam as condies previstas nas alneas a e b;
d) a potncia do maior motor utilizado no Sistema MRT deve ser de 5 cv;
e) a alimentao de cargas trifsicas ser de responsabilidade do consumidor;
f)

os estudos de redes rurais nos quais existem unidades consumidoras que justifiquem
alimentao trifsica, devem resultar na elaborao de projetos de rede de distribuio rural,
conforme CP-01;

g) os estudos de redes rurais nos quais so previstas futuras cargas que impliquem numa potncia
instalada superior a referida na alnea a e/ou extenses superiores a referida na alnea b,
devem resultar na elaborao de projetos de redes de distribuio rural, de acordo com o que
prescreve o CP-01;
h) no eletrificar regies rurais que se destinem a projetos de irrigao de mdio e grande porte;
i)

no ser permitida a utilizao de mquina de solda a transformador com potncia superior a 2,0
kVA;

j)

a localizao dos transformadores deve ser o mais prximo possvel do ponto de carga;

k) as extenses secundrias devem obedecer ao limite mximo de 400 m, observando o que

prescreve o subitem 7.1.2 deste critrio;
l)

A utilizao do sistema MRT s permitida a partir de 20km da orla martima;

m) vedada a utilizao do Sistema MRT em redes cuja previso de crescimento vegetativo da

carga instalada nos consumidores supere o valor de 5% ao ano e que ao cabo de 10 anos sejam
ou possam a vir a ser consideradas redes trifsicas. Neste caso o projeto deve obedecer aos
requisitos do CP-01.
5.4

Padro de Estruturas

Devem ser utilizadas as estrutura padronizadas no Padro de Estruturas PE-05.

5.5

Cerca Eletrificada

5.5.1 Finalidade da Cerca Eletrificada

a) a finalidade da cerca eletrificada manter animais confinados em uma determinada rea ou
proteger propriedades contra o acesso de animais domsticos e selvagens;
b) em nenhuma hiptese deve ser usada para proteger a propriedade contra pessoas;
c) a cerca eletrificada deve ser projetada por profissionais especializados e construda por empresa
idnea, que possa dar garantia, assistncia tcnica e orientaes quanto operao do
equipamento;

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d) o proprietrio responsvel por qualquer anormalidade ou acidente que venha ocorrer na cerca
eletrificada e com as pessoas e animais que possam vir a se acidentar.
5.5.2 Recomendaes de Segurana
5.5.2.1 A cerca no poder, em nenhuma hiptese, ser eletrificada com energia diretamente da rede
eltrica sem que seja por meio de eletrificador.
5.5.2.2 Nas aproximaes ou cruzamentos da rede eltrica sobre cercas eletrificadas devem ser
adotados os seguintes procedimentos:
a)

cercas paralelas devem ficar a uma distncia mnima de 30 metros do eixo da rede eltrica;

b)

nos casos onde for necessrio cruzar a rede eltrica sobre a cerca eletrificada devem ser
colocados dois condutores de proteo paralelos acima da cerca, para evitar que em caso de
ruptura do condutor da rede este venha a cair sobre a cerca eletrificada;

c)

os dois condutores de proteo devem ter 60 metros de comprimento, sendo 30 metros para
cada lado da rede, devendo ser aterrados nas duas extremidades. Detalhes complementares ver
Desenho 01.09 do CP 01;

5.5.2.3 Na utilizao de cercas eletrificadas deve se observar:

a)

devem ser fixadas placas a cada 50 metros, com os dizeres cerca eletrificada;

b)

independente da sinalizao, deve ser informado as pessoas da localidade sobre a existncia da

cerca eletrificada;

c)

necessrio a manuteno peridica da cerca.

PLANEJAMENTO DA REDE

A elaborao do projeto deve ser precedida de um planejamento inicial com base nos seguintes
elementos: investigao preliminar, levantamento cadastral, reconhecimento e levantamento
topogrfico, elaborao de plantas e mapas, perfil plani-altimetrico, levantamento de carga, previso
da taxa de crescimento da carga, traado e configurao bsica da rede.
6.1 Levantamento Topogrfico
A topografia do MRT deve seguir as orientaes do CE 002.
6.2 Levantamento de Carga
A considerao de carga em projeto de rede de distribuio rural est associada geralmente a
necessidade de atendimento a uma rea com cargas aleatoriamente distribudas ao longo do traado
principal, portanto conveniente considerar o carregamento do alimentador principal.
6.2.1 Determinao da Carga Instalada
Todos os dados necessrios a definio de carga instalada devem ser baseados nas informaes
contidas no Anexo A. Pode-se resumir nas seguintes as situaes possveis de serem encontradas
para considerao de carga:
Cargas individualizadas e aglomeraes de propriedades que no se caracterizem por ncleos
populacionais, as cargas a considerar sero fundamentadas no cadastramento das propriedades,
que deve ser realizado de modo a avaliar a real necessidade de carga a ser instalada conforme as
informaes dos proprietrios, incluindo alm dos dados desses proprietrios, todos os
equipamentos eletrodomsticos e eletromecnicos que sero instalados, identificando-se a potncia
de cada equipamento e a possibilidade de aumento de carga.

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6.2.2 Determinao da Demanda

6.2.2.1 Projeto de Extenso de Rede
Nos projetos de atendimento a novas propriedades, a determinao da demanda mxima obtida
pelo processo estimativo, conforme segue:
a) a demanda mxima inicial de cada consumidor poder ser obtida aplicando-se um fator de
demanda sobre a carga a ser instalada do mesmo, dimensionada com base no subitem 6.2.1. A
aplicao deste fator deve ser feita conforme Tabela 1:
Tabela 1: Fator de demanda por tipo de consumidor
Demanda do Consumidor

Fator de Demanda diversificado

Um consumidor e uma nica carga

100%

Um consumidor e dois motores

85%

Um consumidor e mais de
consumidores e diversas cargas

dois

motores

ou

diversos

60%

b) a demanda do transformador ser determinada pelo somatrio das demandas diversificadas dos
consumidores, dimensionadas segundo o item anterior;
c) a demanda da rede primria ser o produto da soma das demandas dos transformadores pelo
fator de simultaneidade igual a 75%
6.2.2.2 Projeto de Reforma de Rede
Neste caso a determinao da demanda deve ser obtida pelo processo de medio. Neste processo
deve ser obtido o perfil da carga do ramal monofilar, atravs de medio de corrente ou demanda
instalada no incio do ramal monofilar.
Nota: As medies devem ser efetuadas com a rede, operando em sua configurao normal, em dia
de carga tpica, por um perodo mnimo de 24 horas.
6.3

Previso de Taxa de Crescimento de Carga

Observar as prescries do item 5.3, alnea m.

7
7.1

ELABORAO DO PROJETO
Dimensionamento Eltrico

7.1.1 Transformadores de Distribuio

7.1.1.1 Especificao
Os transformadores a serem utilizados sero do tipo mono bucha especificados conforme E-MT
0009, nas potncias de 5 e 10 kVA.
7.1.1.2 Determinao da Potncia Nominal
a) nos projetos de redes novas, a extenso de redes, o dimensionamento do transformador ser
efetuado em funo de sua demanda mxima, determinada conforme o subitem 6.2.2.1, alnea
b;
b) nos projetos de reformas de rede, havendo necessidade de substituio do transformador, o de 5
kVA deve ser substitudo pelo de 10 kVA. Caso o transformador de 10 kVA esteja em sobrecarga,
deve ser instalado um novo transformador obedecendo a potncia mxima da rede de 50 kVA

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7.1.1.3 Localizao
De forma geral, os transformadores devem estar localizados to prximos da carga quanto possvel.
Na eventualidade, entretanto, de vir a suprir mais de uma carga, sua locao deve ser orientada para
o centro da carga, obedecendo sempre as prescries seguintes:
a)

os transformadores devem ser locados de maneira que, em nenhum caso, o comprimento do

circuito secundrio exceda 400 metros, devendo se respeitar as quedas de tenso mximas
estabelecidas no item 7.1.2.2;

b)

deve ser evitada a colocao de transformadores em postes onde haja deflexo da rede;

c)

no locar transformadores em terreno de difcil acesso, quais sejam aqueles que se caracterizem
por possveis acidentes topogrficos pronunciado ou condies geogrficas especiais de solo,
que no permitem o emprego de equipamentos usuais de servio.

7.1.2 Rede de Baixa Tenso

7.1.2.1 Condutores Padronizados
Devem ser utilizados em todas as redes de Baixa Tenso Condutores Pr-reunidos de alumnio,
conforme Tabela 2:
Tabela 2: Condutor Multiplexado de Alumnio Isolado em XLPE 0,6/1kV
Seo do Condutor
(mm2)

Dimetro do
condutor sem
isolao
(mm)

Dimetro Externo do
Condutor Isolado
(mm)

Fase

Neutro

Fase

Neutro

Fase

Neutro

1x25

1x25

6,00

6,20

8,80

9,00

Corrente
Admissvel
no Condutor
Fase
(A)
83

7.1.2.2 Nveis de Tenso

O limite de queda de tenso, permissvel nos diversos pontos da rede de MRT :
a) ramal de ligao: 1,0%;
b) rede secundria: 6,0%;
c) transformador: 2,0%.
O clculo da queda de tenso deve ser efetuado com as cargas determinadas no item 6.2.
O processo de clculo est baseado no coeficiente de queda de tenso em % de kVA x 100 m.
A metodologia est apresentada na Folha de Clculo de Queda de Tenso para Circuito
Secundrio do Anexo B.
As colunas a serem preenchidas na planilha so:
A designao do trecho;
B comprimento do trecho em 100 m e seus mltiplos;
C carga distribuda no trecho (carga levantada x taxa de crescimento + iluminao pblica ) em
kVA;
D carga acumulada no fim do trecho em kVA;
E produto kVA (C/2 + D) x B;

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F tipo de circuito e bitola dos condutores;

G coeficiente da queda de tenso unitria ( kVA / 100 m ), considerar 0,527 kVA por 100 m,
para cabo pr-reunido de alumnio 1x25+1x25 mm;
H queda de tenso percentual no trecho, obtido pelo produto das colunas E e G;
I queda de tenso percentual total, obtida para cada ponto extremo de um trecho pela soma da
queda nesse trecho com a queda acumulada at o trecho anterior.
Como aplicao do clculo de queda de tenso para um circuito secundrio observar o Anexo B.
7.1.3 Rede Primria
Deve ser empregado fio de ao de 3,09 mm de dimetro. O dimensionamento do alimentador
principal ser feito pelo mtodo da mxima queda de tenso admissvel, respeitando-se o limite
trmico dos condutores.
7.1.3.1 Nveis de Tenso
Os limites de variao de tenso primria de fornecimento (MT) no ponto de entrega de energia
esto contidos na Resoluo 505 da ANEEL, devendo estar entre 0,95 e 1,03 da tenso nominal. No
ponto de entrega de BT a tenso deve estar no mnimo em 201V e no mximo em 231V
7.1.3.2 Queda de Tenso
O limite da queda de tenso para o projeto no ponto mais desfavorvel da rede primria 5%. O
clculo da queda de tenso deve ser efetuado com base no levantamento de carga do item 6.2,
obedecendo os seguintes critrios:
a)

levantar o diagrama do tronco de alimentador concentrando em todos os pontos de derivaes

de ramais o somatrio das cargas correspondentes aos transformadores instalados ao longo de
cada ramal;

b)

deve ser considerada a previso do crescimento da carga estabelecida segundo o subitem 6.2;

c)

a queda de tenso deve ser somada a correspondente, do trecho compreendido entre a

subestao e o ponto de derivao do MRT, que poder ser obtida mediante relatrio de fluxo de
carga, emitido para o estudo de regulao da rede existente;

d)

utilizar o coeficiente de queda de tenso unitrio de 37,1%/MVA x Km para o dimensionamento

do ramal.

7.1.4 Proteo e Secionamento

7.1.4.1 Transformador
a) Proteo do lado de MT
Todo transformador de distribuio deve ter proteo do lado de MT que deve ser feito atravs de
uma chave fusvel e um pra-raios. Usar elo fusvel de 1H para transformadores de 5 kVA e elo
fusvel de 2H para transformadores de 10kVA
b) Proteo do lado de BT
Deve ser instalada proteo secundria em todo transformador de distribuio que alimenta rede
area de BT, conforme PE 038.

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7.1.4.2 Da Rede Primria

Deve ser utilizada chave fusvel e pra-raios na derivao da rede convencional com o sistema MRT,
desde que o ramal monofilar seja superior a 500 m.
7.2

Aterramento

Uma das condies para que o sistema monofilar retorno por terra opere corretamente mantendo a
continuidade de servio e a segurana do pessoal, que todos os equipamentos, bem como o
condutor neutro da rede secundria, estejam devidamente aterrados. Este aterramento deve ser feito
individualmente em cada transformador, conforme ilustra a figura 1 do Desenho 003.01 ou utilizando
o neutro parcial que consiste na interligao dos aterramentos dos transformadores do ramal MRT
atravs de um condutor adicional de ao de 3,09 mm. Desta forma, comporta-se fisicamente como
monofsico fase-neutro multi-aterrado, com a diferena de que o condutor neutro no est conectado
a subestao de origem, conforme figura 2 do Desenho 003.01.
7.2.1 Condutores de Aterramento
Devem ser utilizados somente cabos de ao cobreado, conforme PM-01, obedecendo aos seguintes
critrios para a sua utilizao:
a) nas estruturas de transformao usar 01 (um) condutor de descida de bitola 7 x 10 AWG de ao
cobreado, instalado externamente ao poste e fixado ao mesmo atravs dos furos localizados nos
gomos. Para proteo de condutor de aterramento utilizar eletroduto de PVC entre os gomos.
Nos transformadores onde no houver rede de Baixa Tenso devem ser feitos dois aterramentos
na estrutura do transformador, conforme Desenho 003.01.
b) nas Redes Secundrias e cercas usar somente um condutor de descida de bitola 3 x 10 AWG.
7.2.2 Aterramento Padro e Disposio das Hastes
Devem ser utilizadas hastes de terra cobreada, conforme PM-01, de acordo com os seguintes
procedimentos:
a) nas Estruturas de Transformao e de Pra-raios, deve ser usado inicialmente o aterramento,
padro, que consiste de trs hastes de terra disposta linearmente ao longo da rede de
distribuio a uma distncia entre hastes de 2 (dois) metros, ficando a haste mais prxima da
base do poste a uma distncia nunca inferior a 1 (um) metro, e a mais prxima do aterramento da
cerca nunca inferior a 3 m, conforme figura 1 do Desenho 003.03. Nas estruturas de
transformadores que no possuam rede secundria, utilizar dois aterramentos, conforme
Desenho 003.02
b) Nas Estruturas da Rede Secundria, usar somente uma haste de terra afastada da base do poste
a uma distncia nunca inferior a 1 (um) metro, obedecendo aos seguintes critrios:

em todo ponto terminal da rede secundria o neutro deve ser aterrado;

a partir do transformador de distribuio o neutro da rede secundria deve ser aterrado a cada
200 m, aproximadamente, ou nos pontos intermedirios onde estiver prevista a instalao da
entrada de servio em poste da rede, de forma que a distncia entre cada aterramento,
considerando as derivaes, permanea em torno de 200 m, conforme ilustra a figura 2 do
Desenho 003.03;

quando existir aterramento primrio, este deve ser comum ao secundrio;

nas cercas deve ser utilizado para cada aterramento uma haste de terra afastada da base do
moiro, a uma distncia nunca inferior a 1 (um) metro. Para o secionamento utilizar o secionador

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pr-formado para cercas, conforme padronizado no PM-01, ou moures, conforme Desenho

003.04;

todas as cercas que correm em paralelo com uma linha eltrica, a uma distncia igual ou inferior
a 30 m entre a cerca e o condutor mais prximo do arame da cerca, devem ser secionadas a
cada 500 metros. Os aterramentos devem ser instalados com uma separao mxima de 250
metros, fazendo coincidir os aterramentos prximos ao secionamento, conforme Desenho 003.05;

todas as cercas transversais ao traado da linha devem ser secionadas e aterradas, conforme
Desenho 003.06;

quando existir estruturas de transformao prximo a cercas secionar e aterrar conforme Fig. 1
do Desenho 003.03.

7.2.3 Resistncia de Terra Limite para Projeto e Diretrizes para Definio do Aterramento
7.2.3.1 Valores Limites
Os valores mximos recomendados para resistncia de aterramento dos transformadores esto na
Tabela 3:
Tabela 3: Valores mximos resistncias por potncia de transformadores
Tenso

Transformadores

Resistncia de Aterramento

(kV)

(kVA)

( )

13,8 / 3

40

10

20

Notas:
1 Os valores acima devem ser verificados sem a interferncia dos aterramentos de baixa tenso.
2 As resistncias de terra dos transformadores devem ser mantidas nos seus limites da tabela, em
solos que no apresentem umidade no momento da medio.
7.2.3.2 Aterramento em Malha
Deve ser mantido o aterramento padro quando a 1 medio no exceder a 100 . Procura-se
obter os valores de resistncia de terra limite, ficando-se no mximo mais 3 (trs) hastes. No
obtendo o valor de resistncia de terra desejado, com 6 hastes deve se optar pelo neutro parcial. A
Fig. 2 e 3 do desenho 003.03 mostra a disposio das hastes em malha.
Nota: Concluda a medio em todos os pontos de transformao, deve ser indicado nas folhas do
projeto o nmero de hastes, sua disposio e o valor de resistncia medido.
7.2.3.3 Aterramento com Neutro Parcial
A figura 2 do Desenho 003.03 mostra a disposio fsica do aterramento com neutro parcial, devendo
ser obedecidas as prescries seguintes:
a)

os valores mximos de resistncia de terra indicados no subitem 7.2.3.1 para cada

transformador, considerando a contribuio de todos os aterramentos interligados (resistncia
equivalente);

b)

o condutor neutro utilizado com o retorno por terra, deve ser o mesmo da rede primria;

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c)

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a interligao do neutro deve ser efetivada, preferencialmente, de transformador a

transformador, at que se encontre os valores mximos estabelecidos na alnea a, na
impossibilidade de existir transformador adjacente, o aterramento deve ser feito nos postes da
rede primria adjacentes ao transformador, interligando-se os neutros da mesma forma que
descrito anteriormente.

7.2.3.4 Profundidade da Haste de Terra

A haste de terra deve ser fincada no solo de maneira que a sua extremidade superior fique a uma
profundidade mnima de 50 cm da superfcie.
7.2.3.5 Estruturas de Transformao Fincadas em Rochas
Utilizar o neutro parcial para aterramento da estrutura.
7.2.3.6 Conexo
Devem obedecer aos padres de estruturas de redes vigentes.
7.3

Dimensionamento Mecnico

7.3.1 Locao de Posteao

Uma vez definido o traado da rede e realizao o levantamento topogrfico, devem ser locadas nos
desenhos da planta e do perfil as estruturas necessrias ao suporte da rede e lanados os cabos,
com o auxlio do gabarito.
Para que na construo no surjam motivos que obriguem a modificao nas posies das
estruturas, refletindo no custo final da obra, essa locao deve ser feita atendendo aos possveis
fatores restritivos que podem estar presentes na locao dos postes no terreno. Alguns desses
fatores j identificados, como por exemplo: a locao de estaes transformadoras, atendendo ao
centro de carga, ponto de derivao de ramais, locais de difcil acesso, cruzamento de rodovias,
ferrovias ou linhas de transmisso, etc.
7.3.2 Determinao dos Tipos e Esforos dos Postes , Estruturas e Condutores
7.3.2.1 Postes
a)

os postes a serem utilizados nas Redes de Distribuio Rural Monofilar devem ser de Concreto
Armado Duplo T, com as caractersticas apresentadas na Tabela 4:
Tabela 4: Caractersticas dos postes de Concreto duplo T
Comprimento

Esforo

Tipo

Aplicao

9 Metros

150 kg

Rede Secundria

9 Metros

300 kg

Rede Secundria

10,5 Metros

150 kg

Rede Primria

10,5 Metros

300 kg

Rede Primria, Rede Secundria, Equipamento, Derivao

No dimensionamento dos postes foi considerado que o esforo a 20 cm do topo, no lado do menor
esforo, 50% do esforo nominal do poste. Desta forma, no lado do menor esforo o vo deve ser
reduzido.
Nota: Em casos especiais em que a topografia exigir, podem ser usados outros tipos de postes.

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b)

a utilizao de postes para instalao do transformador monobucha deve ser de 300/10,5 m;

c)

a profundidade do engastamento para qualquer tipo de poste:

e=

L
+ 0,60 m
10

onde: L = comportamento do poste em metros;

e = engastamento ( no mnimo 1,5 m )
Em funo da aplicao dos processos de clculo para determinao do engastamento para poste
de distribuio, so definidos trs tipos bsicos de engastamentos: simples, base reforada, base
com manilha, conforme definido no PE-031 e PE-05;
d)

na rede secundria deve ser utilizado o poste de 150 daN sem estaiamento em estruturas de
alinhamento e de ngulos de at 35. Para ngulos superiores a este e estruturas de fim de
linha, utilizar o poste de 300 daN ;

e)

os ngulos mximos permitidos nas estruturas com circuitos primrio e secundrio esto
descriminados no PE-05.

7.3.2.2 Estruturas e Condutores

a)

as estruturas de Redes de Distribuio Rural Monofilar esto padronizadas no PE-05;

b)

a determinao das estruturas ser em funo dos vos dos ngulos mximos de deflexo,
conforme mostrado no PE-05;

c)

nas estruturas de encabeamento em alinhamento, o lado de maior esforo dos postes deve
estar na direo da rede. No encabeamento em ngulo, o lado de maior esforo ser colocado
na bissetriz;

d)

os encabeamentos em rede primria devem ser feitos em intervalos aproximados de 2 km;

e)

na rede secundria devem existir estruturas de encabeamentos quando as solicitaes

mecnicas o exigirem;

f)

o vo deve ser determinado em funo do gabarito ou por processo computacional de

lanamento para vos contnuos;

g)

procurar homogenizar os comprimentos dos vos contnuos, mantendo-os, sempre que

possvel, prximos ao vo bsico. Quando esta variao for anterior a relao 3 : 1, deve-se
utilizar estrutura de ancoragem (U4) do PE-05;

h)

fica estabelecido que o condutor primrio ser de ao zincado (CAZ) com dimetro igual a 3,09
mm;

i)

as tabelas do Anexo C mostram as tenses e flechas de montagem prprias para vos

contnuos;

j)

no so permitidas emendas nos condutores.

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7.3.3 Estaiamento
Quando as caractersticas do solo exigirem e/ou os esforos ultrapassarem a resistncia mecnica
dos postes, projetar estaiamento nas redes de MT utilizando o fio CAZ 3,09 mm, podendo ser:
a)

estais laterais: so necessrios para contra balancear os esforos na estrutura em caso de

ngulos e derivaes;

b)

estais longitudinais: devem ser utilizados para garantir estabilidade da estrutura no caso de
traes diferentes nos vos adjacentes ou de rompimento do condutor. Para este ltimo caso
supe-se que o conjunto se comporte como estrutura de final de rede.

7.3.3.1 Caractersticas e Utilizao do Estai

a)

a resistncia mecnica do condutor CAZ 3,09 mm, j considerando o coeficiente de segurana

2 540 daN;

b)

o estai deve ser fixado o mais prximo possvel do ponto de fixao dos condutores, fazendo,
com a estrutura, um ngulo de 45;

c)

nas estruturas (U1, U2) do PE-05, quando necessrio, utilizar um estai oposto a bissetriz do
ngulo formado pelos condutores;

d)

nas estruturas (U4, U3.3) do PE-05 deve ser utilizado 2 estais, cada um deles em sentido
oposto a diretriz dos condutores, para assegurar a estabilidade da estrutura, ocorrendo o
rompimento do condutor.

7.4

Travessias e Aproximaes

7.4.1 Sobre Outras Linhas

a)

o ngulo mnimo entre os eixos das linhas ser de 60 ;

b)

as distncias verticais mnimas nas condies mais desfavorveis dos condutores constam no
PE-005;

c)

sempre colocar a linha de mais elevada tenso em nvel superior;

d)

sempre que a linha projetada estiver em nvel superior a linha existente, as estruturas de
travessia da primeira devem ser de amarraes;

e)

quando a linha projetada for paralela a uma linha de mesma tenso, as distncias dos
condutores da linha projetada, na condio de mximo deslocamento aos condutores da linha
existente, estando estes em repouso, ser de 0,5 m.

7.4.2 Sobre Linha de Telecomunicaes

a)

sempre colocar a linha projetada em nvel mais alto das linhas de Telecomunicaes. Manter
as distncias verticais mnimas, conforme estabelece o PE-005;

b)

o ngulo mnimo entre os eixos das linhas ser de 60;

c)

as estruturas de travessia da linha projetada sero de amarraes;

d)

nas travessias, guardar uma distncia mnima de 15 m entre uma estrutura de linha projetada e
o condutor das linhas de Telecomunicaes mais prximo da referida estrutura;

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e)

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quando a linha projetada for paralela a uma linha de Telecomunicaes, esta deve ficar
completamente fora da faixa de segurana de primeira.

7.4.3 Sobre Rodovias

a)

para execuo de travessia deve ser previamente solicitada licena ao rgo responsvel;

b)

o ngulo mnimo entre os eixos da linha e da rodovia ser de 60, conforme Desenho 003.07;

c)

no sero permitida emendas no vo de travessia;

d)

as estruturas de travessia sero de amarraes;

e)

a distncia mnima dos condutores superfcie do solo, na condio de flecha mxima ser de
7 m, conforme Desenho 003.07;

f)

a carga atuante no cabo condutor de uma travessia deve ser de 20%, podendo, nos casos mais
desfavorveis, atingir, no mximo, a 33% da sua carga de ruptura;

g)

as estruturas devem ser colocadas fora da faixa de domnio das rodovias e em posio tal que
a distncia medida sobre a superfcie do terreno, da estrutura a borda exterior do acostamento,
seja maior que a altura da estrutura;

h)

os estais das estruturas da alnea d no podem ser fixados dentro da faixa de domnio, a
menos que haja autorizao da entidade responsvel pela rodovia;

i)

em casos excepcionais, mediante acordo com a entidade responsvel pelo rodovia, as

estruturas podem ser colocadas a distncias inferiores as apresentadas na alnea g e at
mesmo dentro das faixas de domnio das rodovias ou nos canteiros centrais de rodovias com
pistas mltiplas. Nestes casos, quando a linha projetada for paralela a sinalizao, viadutos,
etc., observar a distncia mnima de 2 metros, medida na horizontal, nas condies de mximo
deslocamento.

7.4.4 Sobre Ferrovias

a)

para execuo da travessia deve ser previamente solicitada licena ao rgo responsvel;

b)

ngulo mnimo entre os eixos da linha e da ferrovia deve ser de 60, conforme Desenho 003.07;

c)

a carga atuante no condutor de uma travessia deve ser de 20%, podendo, nos casos mais
desfavorveis, atingir, no mximo 33% da sua carga de ruptura;

d)

as estruturas de travessia devem ser de amarraes;

e)

as estruturas devem ser colocadas fora da faixa de domnio das ferrovias e em posio tal que a
menor distncia medida sobre a superfcie do terreno, do suporte ao trilho mais prximo, seja
maior que a altura da estrutura;

f)

os estais das estrutura da alnea e no podem ser fixados dentro da faixa de domnio;

g)

no so permitidas travessias sobre reas das estaes ferrovirias. S em casos excepcionais,

mediante acordo com a entidade responsvel pela ferrovia;

h)

no projeto a ser apresentado ao rgo responsvel pela ferrovia para aprovao, deve constar
obrigatoriamente:

planta de situao com as principais dimenses cotadas e desenhadas nas escalas horizontal de
1:500 e vertical de 1:250;

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tenso nominal, nmero de fases, nmero de circuitos, nmero de condutores por fase;

localizao das estruturas no vo de travessia;

ngulo entre os eixos da ferrovia e da linha;

posio dos condutores (cabo ou linha areas) pertencentes a ferrovias;

posio quilomtrica da travessia em relao ao trecho ferrovirio considerado, com indicao

das localidades adjacentes;

denominao do trecho ferrovirio;

perfil da travessia com todas as dimenses cotadas e desenhado nas escalas horizontal de 1:500
e vertical de 1:250;

vo da travessia e flecha mxima;

diferena da cota entre os condutores mais baixos e elevados do vo da travessia;

a altura do condutor mais baixo da travessia, em relao a face superior do boleto do trilho mais
alto, conforme Desenho 003.08;

caractersticas mecnicas dos condutores a serem pregados na travessia;

distncia dos suportes de sustentao dos condutores a face interna do boleto do trilho mais
prximo, conforme Desenho 003.08;

desenho de detalhes na escala mnima de 1:20 das estruturas do vo de travessias;

demais requisitos, consultar instruo geral do rgo responsvel.

7.4.5 Sobre guas Navegveis ou No

a)

quando houver cruzamento de rios que exija vo superior a 100 m, deve ser efetuado um
levantamento planimtrico na diretriz da linha de determinao a flecha do condutor e a altura
dos postes de travessia;

b)

o ngulo mnimo entre o eixo da linha e o curso da gua ser de 60;

c)

a distncia vertical mnima do condutor superfcie de guas navegveis, na condio de flecha

mxima ser de h + 2 m. Nesta frmula o valor de h corresponde a altura do maior mastro e
deve ser fixado pela autoridade responsvel pela navegao na via considerada;

d)

no caso de guas no navegveis, a distncia mnima nas condies da alnea c deve ser de 6
m, conforme Desenho 003.09 .

7.4.6 Outras Travessias

As distncias mnimas dos condutores superfcie do solo, nas condies de flecha mxima, devem
ser:

5,5 em locais acessveis a pedestres;

6,0 em locais acessveis a mquinas agrcolas;

6,0 cruzando ruas e avenidas;

7,0 cruzando rodovias.

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7.4.7 Aproximao de Aeroportos

Para a execuo do projeto, ver Desenho 003.10 e solicitar previamente licena ao rgo
responsvel.
7.5

Faixa de Servido

A largura mnima da faixa de servido, no caso de uma nica linha de distribuio, pode ser
calculada pela expresso:
L = 2 (b + d +

Du
)
130

Sendo: L = Largura da faixa em metros;

b = distncia horizontal do eixo do suporte ao ponto de fixao do condutor mais afastado
desse eixo em metros;
d = soma das projees horizontais da flecha do condutor e do comprimento da cadeia de
isoladores, na condio de mximo deslocamento do condutor, em metros;
Du = distncia, em metros, numericamente igual a tenso nominal da linha em kV.
Para abranger a maioria das situaes, incluindo vos maiores, pode-se admitir uma faixa de
servido mnima, conforme Desenho 003.11.
7.6

Numerao de Postes

Deve ser feita de acordo com a numerao constante no perfil planialtimetrico da rede. Esta deve ser
executada em ordem crescente, designando o nmero de poste, em cada quilmetro da rede.
7.7

Folha de Locao de Estruturas

O projetista deve compilar, na Folha de Locao de Estrutura, os elementos bsicos contidos no

projeto, conforme apresentado no conforme Desenho 003.12.
7.8

Relao de Material e Oramento

Deve ser elaborado por processo computacional, de acordo com os Sistema de Oramento de
Obras, em vigor.

APRESENTAO DO PROJETO

Os projetos devem ser apresentados em 4 vias, e em meio magntico contendo os seguintes

requisitos.
8.1

Identificao do Engenheiro Responsvel

Quando elaborado por terceiros deve ser apresentada a identificao, nmero de credenciamento
junto a COELCE, telefone e endereo do responsvel tcnico.
8.2

Memorial Descritivo

O Memorial Descritivo deve ser composto de:

a)

identificao do Projetista, do Cliente e contendo os principais dados do projeto;

b)

estimativa da carga e dimensionamento dos transformadores;

c)

clculo de Queda de Tenso

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1
DEZ/2006

d)

clculo Mecnico efetuado, devendo os esforos a serem aplicados nos postes e condutores
serem apresentados nas plantas;

e)

demonstrativo de Servios de Terceiros;

f)

relao de Material;

g)

Medio da resistncia de aterramento em todos os pontos de transformao, indicando nas

folhas do projeto o nmero de hastes, sua disposio e o valor de resistncia medido.

8.3

Documentao

a)

uma via da Anotao de Responsabilidade Tcnica ART;

b)

licena junto aos rgos responsveis, nos casos de travessias de linhas frreas, rodovias ou
aproximao de aeroportos;

c)

licena emitida pelo rgo responsvel pela preservao do meio ambiente, quando a obra for
instalada em reas de preservao ambiental;

d)

termo de permisso de passagem para redes rurais que eventualmente cruzem terrenos de
terceiros;

e)

cpia do Certificado de Credenciamento para elaborao de projeto e execuo de obras,

emitido pela COELCE.

8.4

Planta da Rede

As plantas devem ter boa apresentao, ser perfeitamente legveis, devendo conter:
a)

localizao e numerao de toda a posteao; indicando o esforo nominal e a altura (por

exemplo 300/12);

b)

indicao das estruturas e secionamentos;

c)

indicao do tipo, bitola e nmero de condutor;;

d)

tipo e capacidade de todos os transformadores de distribuio;

e)

tipo de secionadora com sua capacidade nominal e de ruptura;

f)

chaves fusveis com sua capacidade de ruptura e a indicao do elo fusvel;

g)

potncia e tipo de lmpada de iluminao pblica e do rel de comando, quando houver;

h)

indicao e localizao dos pra-raios no s nos transformadores, como na rede em geral.

8.5

Perfil Plani-altimtrico

Deve ser apresentado o levantamento Topogrfico, com o traado da rede em perfil plani-altimtrico,
efetuado com auxlio do gabarito, ou software adequado para projetos com extenso a partir de
1000m ou situados em terrenos acidentados. O desenho deve ser apresentado na escala vertical
1:500 e horizontal de 1:5000, contendo os seguintes detalhes:
a) locao das estruturas primrias e secundrias;
a) linhas telegrficas;
b) redes e linhas eltricas existentes;
c) ferrovias e rodovias;
d) locais de trnsito de veculos;

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Emisso

e)
f)
g)
h)
i)
8.6

1
DEZ/2006

rios;
audes ou lagoas;
obras de engenharia que possam interferir no projeto;
cerca de arame.
indicao do alimentador existente, do ngulo de derivao, poste (esforo e altura), estrutura
correspondente e poste e estrutura anterior e posterior;
Desenhos de Detalhes

Devem ser feitos em plantas individuais:

a) cruzamento de linhas;
b) travessias de rios, rodovias e ferrovias;
c) estaiamento especial;
d) desenho e montagem de estruturas especiais, com a justificativa da no utilizao das estruturas
padronizadas pelos PE-005 e PE-038, nestes casos o analista de projeto deve encaminhar ao
rgo normativo para anlise e parecer.
8.7

Anlise e Aceitao do Projeto

Os projetos elaborados por terceiros devem ser analisados pela COELCE, observando-se as
seguintes observaes:
a) para aceitao pela COELCE o projeto deve obrigatoriamente estar de acordo com as suas
normas e padres, com as normas da ABNT e com as Normas e resolues expedidas pelos
rgos oficiais competentes;
b) uma vez aceito o projeto, a COELCE deve ser devolvida uma via ao interessado;
c) toda e qualquer modificao no projeto j aceito, somente pode ser feita atravs do responsvel
pelo mesmo, mediante consulta COELCE;
d) a COELCE no recebe a obra caso haja discordncia com o projeto aceito;
e) o prazo mximo de validade do projeto de 6 meses aps a sua aceitao. Aps esse prazo a
aceitao do projeto fica sem efeito.

EXECUO E COMISSIONAMENTO DA OBRA

9.1 Limpeza da Faixa de Servido

a) antes da execuo da obra deve ser feita uma adequada limpeza da faixa de servido,
observando o disposto no Desenho 003.11;
b) deve ser desmatado somente o necessrio para construo ou manuteno da rede, sendo a
largura de 6 metros para redes convencionais de MT e 3 metros para BT, devendo ser sempre
preservada a vegetao rasteira, com o objetivo de evitar eroso;
c) nas grandes depresses do terreno, onde a vegetao no ameaar a rede, fazer somente uma
faixa para acesso, com largura de 1 metro.
9.2

Execuo da Obra

a) durante as etapas de levantamento de dados no campo, projeto e construo das redes, devem
ser observados os Procedimentos de Execuo PEX, relativos a cada atividade que esteja
sendo executada;
b) o projeto e demais documentao legal deve estar disponvel, a qualquer hora, no local da obra;
c) devem ser tomados todos os cuidados necessrios ao correto manuseio, transporte e estocagem
dos materiais;

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DEZ/2006

d) todas as reas de trabalho devem ser delimitadas e sinalizadas;

e) em nenhuma hiptese deve ser admitido que as escavaes para fincamento dos postes
permaneam abertas durante a noite;
9.3

Atualizao das Plantas e Codificao de Postes e Estruturas

a) aps concluda a obra, o desenho do projeto deve ser atualizado e implantadas as coordenadas
geogrficas x-y (UTM/UPS) ;
b) a rede deve ser devidamente sinalizada e codificadas as estruturas, conforme DT-091 e pintados
os cdigos numricos nmeros (CN) dos transformadores COELCE, conforme prescries da
DT-053.
9.4

Fiscalizao e Comissionamento

Cabe ao rgo responsvel pela fiscalizao da construo seguir as prescries do PE-005 e do

PEX 14, principalmente no que diz respeito a utilizao de termmetro e dinammetro para o correto
tensionamento dos cabos de acordo com as traes especificadas em projeto.
a) a COELCE fiscalizar ainda os projetistas/empreiteiros contratados para elaborao dos projetos
devendo os mesmos informar toda a metodologia e ferramentas utilizadas para tal e atender a
todos os itens especificados nos contratos para execuo de servio;
b) antes de ser energizada a rede deve ser cuidadosamente inspecionada a fim de verificar a
conformidade com o projeto, com as normas tcnicas e o seu correto acabamento;
c) uma cpia do guia de inspeo deve ser fornecida ao construtor para que o mesmo possa adotar
as necessrias medidas corretivas;
d) verificar a adequada sinalizao e pintura;
e) verificar o acabamento e concerto de caladas;
f) observar a limpeza de todos os locais utilizados durante a execuo da obra, devendo todos os
lugares ficarem limpos e livres de qualquer tipo de entulho, sobras de construo, galhos,
gravetos, etc.

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ANEXOS / DESENHOS

1
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DEZ/2006

ANEXO A
Cadastro Rural
N

COELCE

CADASTRO RURAL

DATA: _____/____/______

RGO
1 - IDENTIFICAO
PROPRIETRIO:
APELIDO:
ENDERO:
NOME DA PROPRIEDADE:
RDR:

PROFISSO:

CPF:
FONE:
MUNICPIO:
COOPERATIVA:

2 - BENS DA PROPRIEDADE:
2.1 - AREA (Ha)
CULTIVADA
PASTAGEM NATIVA

2.2 - BENFEITORIAS

QUANT.

OUTRAS

2.3 EQUIPAMENTOS

CASA SEDE

MOTO BOMBA

CASA DE COLONO

MOTO FORRAGEIRA

ARMAZEM

ENGENHO

ESTABULO

DEBULHADOR MILHO

CASA DE FARINHA

AVIAMENTO

TOTAL

QUANT. POT.(cv)

FUNC. (h)

AUDE
CACIMBO
POO PRODFUNDO

3 - PRINCIPAIS PRODUES
3.1 - AGRCOLA
UNID. QUANT.
ALGODO
MILHO
FEIJO
ARROZ
CANA
FORRAGEIRAS
SILAGEM
MANDIOCA

ARROB
A
SACO
SACO
SACO
T
H
T
T

3.2- PECURIA
CRIAO DE BOVINOS

CABEA

CRIAO DE OVINOS
CRIAO DE CAPRINOS

CABEA
CABEA
CABEA
kg
kg
CABEA
DZIA

3.3 AGROINDUSTRIAL UNID. QUANT. 3.4INDUSTRIAS RURAIS

AGUARDENTE
RAPADURA
FARINHA

L
CARGA
SACO

4 - RENDA:
RENDA DA PROPRIEDADE

UNID.

TELHA
TIJOLO

OUTRAS RENDAS

UNID.

QUANT.

QUANT.

MILHEIRO
MILHEIRO

RENDA TOTAL

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Emisso

1
DEZ/2006

UTILIZAO DE ENERGIA (Verso do Cadastro Rural)

5 - NA AGRICULTURA ( cv)
5.1 - AGROINDSTRIAS/ INDSTRIAS
RURAIS
AVIAMENTO
BENEFICIAMENTO DE ARROZ
ENGENHO
CERMICA

ATUAL

FUTURO

5-2 - IRRIGAO
CAPIM
CANA
ARROZ

TOTAL

FUTURO

ATUAL
Ha

cv

Ha

cv

TOTAL

6 - NA PECURIA ( CV / kW)
ESPECIFICAO

ATUAL

FUTURO

FORRAGEIRA
TRITUTARADO
RESFRIADOR DE LEITE

ESPECIFICAO

ATUAL

FUTURO

CHOCADEIRA
CAMPNULAS
COMEDOUROS

7 - PARA FINS DOMSTICOS ( kW)

ESPECIFICAO

QUANT. POTNCIA

LMPADA
RDIO
FERRO ELETRICO
LIQUIDIFICADOR
GELADEIRA

ESPECIFICAO

QUANT. POTNCIA

TELEVISOR
ELETROBOMBA RESIDENCIAL

TOTAL

8 - DISTRIBUIO DAS CARGAS

PONTO (S) DE CARGA(S)

EQUIPAMENTOS A UTILIZAR
cv

CARGA
kVA

TOTAL
9 - TRANSFORMADOR EXISTENTE NA REA
NMERO

POTNCIA
( kVA)

FASES
TRIFSICO
(
MONOFSICO (

N CONSUMIDORES LIGADOS
)
)

10 - OBSERVAO

DADOS COLHIDOS POR:

DATA:

CARGA TOTAL ( kW)

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ANEXO B
Clculo de Queda de Tenso em BT

1
DEZ/2006

ANEXO C
Tabela de Tenses e Flechas

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Emisso

CP- 003

26/108

DEZ/2006

Condutor: CAZ 1x3,09mm

V.Vento: 80 km/h

95,0

90,0

85,0

80,0

75,0

70,0

65,0

60,0

55,0

50,0

240

240

240

240

240

240

240

240

240

240

240

240

0,40

0,37

0,33

0,30

0,27

0,24

0,22

0,19

0,17

0,15

0,13

0,11

0,09

0,08

231

231

231

231

231

231

231

232

232

232

232

232

232

232

232

232

0,57

0,53

0,49

0,45

0,41

0,38

0,35

0,31

0,28

0,25

0,23

0,20

0,18

0,15

0,13

0,11

0,09

0,08

223

223

223

223

223

223

223

223

223

223

223

223

223

223

223

223

223

223

223

223

0,73

0,68

0,64

0,59

0,55

0,51

0,47

0,43

0,39

0,36

0,33

0,29

0,26

0,23

0,21

0,18

0,16

0,14

0,12

0,10

0,08

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

0,76

0,71

0,66

0,62

0,57

0,53

0,49

0,45

0,41

0,37

0,34

0,30

0,27

0,24

0,22

0,19

0,17

0,14

0,12

0,10

0,08

207

207

207

207

207

207

207

207

207

207

207

207

207

206

206

206

206

206

206

206

206

0,79

0,74

0,69

0,64

0,59

0,55

0,51

0,46

0,42

0,39

0,35

0,32

0,28

0,25

0,22

0,20

0,17

0,15

0,13

0,11

0,09

199

199

199

199

199

199

199

199

199

198

198

198

198

198

198

198

198

198

198

198

198

0,82

0,77

0,71

0,66

0,62

0,57

0,53

0,48

0,44

0,40

0,37

0,33

0,30

0,26

0,23

0,21

0,18

0,15

0,13

0,11

0,09

192

191

191

191

191

191

191

191

190

190

190

190

190

190

190

190

190

190

189

189

189

0,85

0,80

0,74

0,69

0,64

0,59

0,55

0,50

0,46

0,42

0,38

0,34

0,31

0,28

0,24

0,21

0,19

0,16

0,14

0,12

0,10

184

184

184

183

183

183

183

183

183

182

182

182

182

182

182

181

181

181

181

181

181

0,89

0,83

0,77

0,72

0,67

0,62

0,57

0,53

0,48

0,44

0,40

0,36

0,32

0,29

0,26

0,22

0,20

0,17

0,14

0,12

0,10

177

176

176

176

176

175

175

175

175

174

174

174

174

174

173

173

173

173

173

173

172

0,92

0,86

0,81

0,75

0,70

0,65

0,60

0,55

0,50

0,46

0,42

0,38

0,34

0,30

0,27

0,24

0,21

0,18

0,15

0,13

0,11

50

100,0
240
0,44

231

0,62

223

45

105,0
239
0,47

231

0,66

40

110,0
239

0,51

231

0,71

35

115,0
239

0,55

231

30

120,0
239

0,59

231

25

125,0
239

0,64

20

130,0
239

0,68

15

135,0

239

10

140,0

239

145,0

VOS

150,0

CRITRIO DE PROJETO
REDE DE DISTRIBUIO RURAL MONOFILAR

Cdigo

Pgina

Reviso

CP- 003

27/108

DEZ/2006

220,0

215,0

210,0

205,0

200,0

195,0

190,0

185,0

180,0

175,0

170,0

165,0

160,0

155,0

236

237

237

237

237

237

237

237

238

238

238

238

238

238

238

239

1,77

1,70

1,62

1,55

1,48

1,42

1,35

1,29

1,22

1,16

1,10

1,04

0,99

0,93

0,88

0,83

0,78

0,73

229

229

229

229

229

229

229

230

230

230

230

230

230

230

230

230

230

230

231

2,15

2,06

1,98

1,90

1,83

1,75

1,67

1,60

1,53

1,46

1,39

1,33

1,26

1,20

1,14

1,08

1,02

0,96

0,91

0,86

0,81

0,76

221

222

222

222

222

222

222

222

222

222

222

222

222

222

222

222

222

222

222

223

223

223

223

2,30

2,21

2,13

2,04

1,96

1,88

1,81

1,73

1,65

1,58

1,51

1,44

1,37

1,31

1,24

1,18

1,12

1,06

1,00

0,94

0,89

0,83

0,78

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

215

2,37

2,28

2,20

2,11

2,03

1,95

1,86

1,79

1,71

1,63

1,56

1,49

1,42

1,35

1,28

1,22

1,16

1,09

1,03

0,98

0,92

0,86

0,81

208

208

208

208

208

208

208

208

208

208

208

208

208

207

207

207

207

207

207

207

207

207

207

2,54

2,45

2,36

2,27

2,18

2,09

2,01

1,93

1,85

1,77

1,69

1,61

1,54

1,47

1,40

1,33

1,26

1,20

1,13

1,07

1,01

0,95

0,90

0,84

202

202

202

202

202

201

201

201

201

201

201

201

201

201

200

200

200

200

200

200

200

200

200

199

199

2,81

2,71

2,62

2,52

2,43

2,34

2,25

2,16

2,08

1,99

1,91

1,83

1,75

1,67

1,59

1,52

1,45

1,38

1,31

1,24

1,18

1,11

1,05

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0,93

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24,39

24,11

23,83

23,54

23,26

22,98

22,71

22,43

22,16

21,88

213

213

213

213

213

213

213

213

213

213

213

213

213

213

213

213

212

212

212

27,28

26,99

26,68

26,38

26,09

25,79

25,49

25,20

24,92

24,63

24,36

24,07

23,79

23,50

23,22

22,94

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22,12

211

211

211

211

211

211

211

211

211

211

211

210

210

210

210

210

210

210

210

27,83

27,52

27,23

26,92

26,62

26,33

26,03

25,73

25,45

25,15

24,36

24,59

24,31

24,03

23,74

23,46

23,18

22,90

22,63

22,35

209

209

209

209

209

209

209

209

209

209

209

209

208

208

208

208

208

208

208

208

28,07

27,77

27,46

27,17

26,86

26,57

26,27

25,98

25,68

25,39

25,10

24,83

24,55

24,26

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23,70

23,41

23,14

22,86

22,59

207

207

207

207

207

207

207

207

207

207

207

207

206

206

206

206

206

206

206

206

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28,01

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27,41

27,11

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26,51

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24,21

23,93

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23,38

23,09

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206

206

205

205

205

205

205

205

205

205

205

205

205

204

204

204

204

204

204

204

28,56

28,26

27,96

27,65

27,35

27,09

26,77

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26,16

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24,45

24,17

23,88

23,61

23,33

23,05

Emisso

845,0
221
24,52
219

25,94

217

211

50

850,0
221
24,82
219

26,25

27,58

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855,0
221
25,11
219

26,54

213

40

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221
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27,34

35

865,0
221
25,69

219

215

30

870,0
221
26,00

27,09

25

875,0
221
26,29

217

20

880,0
221

26,84

15

885,0
221

219

10

890,0
26,60

895,0
221

VOS

900,0

Companhia Energtica do Cear

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