Metodologia de Resistência No Futebol
Metodologia de Resistência No Futebol
Metodologia de Resistência No Futebol
1. INTRODUÇÃO
Diversos estudos mostram que, de uma forma geral, se verifica nas últimas
fases do jogo um abaixamento progressivo de rendimento nos jogadores,
devido à fadiga acumulada ao longo do encontro. Parece assim justificar-se
uma atenção especial a esta capacidade condicional, já que melhorando as
respostas fisiológicas dos jogadores no âmbito da Resistência estamos a influir
positivamente nas capacidades perceptivas dos jogadores, nos seus processos
de tomada de decisão, na diminuição dos erros cometidos devido à fadiga e
melhorar globalmente o rendimento técnico-táctico do jogador em competição.
Por outro lado, se considerarmos que na prática de alto nível, as acções mais
decisivas e determinantes no jogo, isto é, as acções realizadas à máxima
intensidade, têm sofrido um incremento significativo, podemos concluir quão
fundamental se mostra o desenvolvimento de uma boa capacidade aeróbica, a
qual condiciona a qualidade das recuperações entre esforços realizados a
altas intensidades.
Não que se objective, por si só, uma melhoria dos registos de força e
velocidade, ou uma melhoria do VO2 máx, etc., em abstracto. A Resistência, a
Força ou a Velocidade não são, por si só, capacidades substantivas. São sim
capacidades subsidiárias e instrumentais do Rendimento global, que adquirem
pleno sentido quando são desenvolvidas de acordo com a especificidade do
contexto que as reclama. O que se pretende, é que o jogador esteja
capacitado para dar respostas motoras eficazes e eficientes a todas as
exigências que a realidade competitiva vai colocando.
Pode-se afirmar, então, que existe uma relação directa entre a qualidade do jogo
produzido e a quantidade de acções de alta intensidade realizados durante o
mesmo ( Mujika et al. 2000). Para jogadores profissionais, a duração total
dessas acções durante um jogo, é de cerca de 7 minutos. Nestes, está incluída
uma média de 19 sprints com uma duração de 2 segundos ( Bansgbo &
Lindquist 1992; Shepard, 1999).
2. TENDÊNCIAS METODOLÓGICAS DO TREINO DA RESISTÊNCIA
8. melhorar a saúde;
Tarefa 1 RESISTENCIA
GERAL (tipo II)
Momento da Temporada
PERIODO COMPETITIVO
Objectivos da Tarefa
Parte Preparatória (aquecimento); activação geral; criação de uma base adequada para as
situações posteriores a decorrer durante a sessão, mais específicas e de maior intensidade;
• Para valorizar o ataque, a equipa que marca golo continua de posse de bola.
GR
x• x x
0 0
0 x
0
x x x
0 0 0
0
x x
0 x
0
GR
Tarefa 2 RESISTENCIA
DIRIGIDA
Momento da Temporada
PERIODO COMPETITIVO
Objectivos da Tarefa
este nível, deverá ser sempre alta, máxima ou até superar as exigências
próprias da competição;
a) x• b) x
0 0
x x x x
0
0
x x•
c) x d) x
0
x• 0 x x x
x x•
Desenvolvimento da Tarefa
por 7 metros. Quando um elemento de qualquer par executa mal, com a consequente perda
da posse de bola, então o referido par abandona rapidamente o quadrado onde estava e “sai
objectivo definidos .
Variantes da Tarefa
objectivos da sessão;
Tarefa 3 RESISTENCIA
ESPECÍFICA
Período da Temporada
PERIODO COMPETITIVO
Objectivos da Tarefa
Técnico-tácticos :
Comum a todos:
Colectivismo e solidariedade nas acções específicas; capacidade de superação.
Componentes estruturais / Parâmetros de trabalho
Método – Método Interválico Extensivo Longo (realizar três repetições com uma duração de 7 min.);
Volume total – ± 30 min;
Intensidade – [ 90 – 100 ]% ; A intensidade de jogo em tarefas de treino a este nível
deverá ser sempre alta, máxima ou mesmo superar as exigências da
própria competição;
Densidade – 1: 0.5 (Para 7’ de esforço os jogadores recuperação 3.5’ * );
Frequência – O número total de repetições para os parâmetros referidos será de
6 Rep.
x ∆ • O
’
∆
°•
∆ ] ∆
• ∆ •
∆ [•
∆ • •
Desenvolvimento da Tarefa
Variantes de la Tarea
→ limitamos o número de contactos dos atacantes para 3; dos apoios para 2 e número
→ não é obrigatório passar para trás, excepto se a finalização for executada de primeira;
→ marcação 1x1;
→ o golo só é considerado válido se a equipa estiver “subida”, para além da linha de meio
campo;
→…
Tarea 4 RESISTENCIA
COMPETITIVA
Ubicación en la temporada
PERIODO COMPETITIVO
Objetivos de la Tarea
∆
•
∆ • •
∆ ] ∆
• ∆ • ∆ [•
∆ •
• °
•
•
∆ ∆
∆
Desenvolvimento da Tarefa
Variantes da Tarefa
atacantes;
→ limitar o tempo disponível para finalizar ou para recuperar a bola (10’’, por exemplo);
→ reproduzir situações limite de competição. Nos últimos minutos de jogo com marcador
favorável ou adverso;
→ obrigar, no meio campo defensivo e após recuperação da posse de bola, colocar a bola
→ a finalização com “golo de primeira”, após centro com origem nos corredores laterais, =
2 pontos;
4. BIBLIOGRAFIA
Raya Puygnaire A, Sánchez Sánchez J, Yague Cabezón JM. El
entrenamiento aeróbico del futbolista. www.Efdeportes.com – Año 8 – Nº 58
– Marzo de 2003