Lee Shulman
Lee Shulman
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Lee S. Shulman, Knowledge and Teaching Foundations of the New Reform, a Harvard Educational Review, v. 57,
n. 1, p. 1-22, primavera 1987 (Copyright by the President and Fellows of Harvard College). Traduzido e publicado
com autorizao. Traduo de Leda Beck e reviso tcnica de Paula Louzano.
Conhecimento e ensino: fundamentos para a nova reforma
A veterana Nancy, que leciona Ingls h 25 anos, foi objeto de um estudo com
professores experientes que vimos fazendo. A aula estava chegando perto do fim
de um curso sobre o livro Moby Dick, que vinha sendo estudado h duas semanas.
A observadora ficou muito impressionada com a profundidade do entendimento de
Nancy sobre esse romance e com sua habilidade como pedagoga, medida que ela
documentava como Nancy ajudou um grupo de alunos do primeiro ano do ensino
mdio a captar os vrios aspectos dessa obra-prima. Nancy era uma professora muito
ativa, cujo estilo em sala de aula usava uma interao substancial com seus alunos,
tanto por meio de leitura em voz alta como por meio de debates abertos. Ela era como
um maestro de orquestra sinfnica, fazendo perguntas, testando vises alternativas,
estimulando os tmidos e moderando os intempestivos. No acontecia muita coisa
em sala de aula que no passasse por Nancy, cujos comandos e caminhadas,
estruturando e expandindo, controlavam o ritmo da vida em sala de aula.
est tentando esconder alguma coisa. O Nvel 3 seria: o que diz o autor,
Herman Melville, sobre a natureza humana? Qual o resultado disso?
O que isso nos diz sobre o personagem?
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Conhecimento e ensino: fundamentos para a nova reforma
captulos do romance. Muito tempo foi usado no final desse perodo para
que representantes de cada grupo reportassem seus resultados para toda
a classe. Mais uma vez, a aula transcorreu pacificamente e o contedo foi
tratado com cuidado. Mas o estilo mudara radicalmente, uma tecnologia de
ensino completamente diferente tinha sido usada e, mesmo assim, os alunos
estavam engajados e parece ter havido aprendizado.
Para Huck Finn, ela deixou que os alunos aprendessem uns com os outros.
Organizou-os em oito grupos de mltiplas habilidades, cada um trabalhando um tema
diferente: hipocrisia; sorte e superstio; ganncia e materialismo; ideias romnticas
e fantasia; religio e a Bblia; costumes e classe social; famlia, racismo e preconceito;
liberdade e conscincia. Houve apenas duas verificaes de leitura no incio e s
duas rodadas de apresentaes. Quando os grupos comearam a trabalhar, Nancy
sentou-se no fundo da sala e s interagiu com os alunos quando solicitada e durante as
apresentaes dos grupos (Gudmundsdottir, 1988).
As novas reformas
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A maior parte do trabalho emprico sobre o qual repousa este ensaio foi conduzida com
professores de escola secundria, tanto novatos como veteranos. Embora eu acredite
firmemente que muito da nfase encontrada aqui sobre a centralidade do conhecimento
pedaggico do contedo tambm funciona razoavelmente bem para o nvel primrio,
estou relutante em fazer essa afirmao taxativamente. Pesquisas em andamento sobre
o nvel primrio, tanto por Leinhardt (1983) e seus colegas (por exemplo, Leinhardt;
Greeno, 1985; Leinhardt; Smith, 1986), como por nosso prprio grupo de pesquisa,
devem esclarecer o assunto.
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Conhecimento e ensino: fundamentos para a nova reforma
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O presente texto de 1988, portanto, o autor se refere ao ano de 1987. (N. da T.)
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O National Board of Medical Examiners (NBME) desenvolve mtodos e sistemas de
avaliao profissional que, a partir de 1992, so utilizados pelos conselhos estaduais
de medicina e pelo United States Medical Licensing Examination (Exame para Licena
Mdica dos Estados Unidos ou USMLE, na sigla em ingls). Uma vez formados, para
obter um registro profissional e poder clinicar, os mdicos estadunidenses devem se
submeter a esse exame, de forma semelhante ao exame da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) para recm-formados em Direito. (N. da T.)
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A base de conhecimento
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H muitos aspectos infelizes nessa formulao, nem que seja apenas pela impresso que
do. A retrica da anlise, por exemplo, no pretende sugerir que a educao se reduz
transmisso de conhecimento, a passagem de informao de um professor ativo para
um aluno passivo, ou que essa informao seja vista como produto em vez de processo.
Minha concepo do ensino no se limita instruo direta. De fato, minha afinidade pelo
aprendizado por meio da descoberta e pelo ensino inquiridor no apenas entusistica,
mas tambm antiga (ver, por exemplo, Shulman e Keislar, 1966). Mas mesmo nessas
formas de educao centradas no aluno, em que a maior parte da iniciativa est nas
mos dos alunos, h pouco espao para a ignorncia do professor. Com efeito, temos
razes para acreditar que a compreenso do professor ainda mais crucial para a sala
de aula orientada investigao do que para sua alternativa didtica. Que os alunos
aprendam a compreender e resolver problemas, a pensar crtica e criativamente, e que
tambm aprendam fatos, princpios e regras de procedimento so objetivos centrais
no meu conceito de ensino. Finalmente, entendo que o aprendizado do contedo da
disciplina muitas vezes no um fim em si mesmo, mas um veculo a servio de outras
metas. No obstante, pelo menos no nvel secundrio, a disciplina um veculo quase
universal para instruo, qualquer que seja a meta final.
conhecimento do contedo;
conhecimento pedaggico geral, com especial referncia aos
princpios e estratgias mais abrangentes de gerenciamento e
organizao de sala de aula, que parecem transcender a matria;
conhecimento do currculo, particularmente dos materiais e programas
que servem como ferramentas do ofcio para os professores;
conhecimento pedaggico do contedo, esse amlgama especial de
contedo e pedagogia que o terreno exclusivo dos professores, seu
meio especial de compreenso profissional;
conhecimento dos alunos e de suas caractersticas;
conhecimento de contextos educacionais, desde o funcionamento do
grupo ou da sala de aula, passando pela gesto e financiamento dos
sistemas educacionais, at as caractersticas das comunidades e suas
culturas; e
conhecimento dos fins, propsitos e valores da educao e de sua
base histrica e filosfica.
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Esta formulao extrada da perspectiva do professor e, portanto, deve ser vista por
alguns leitores como excessivamente centrada no professor. No pretendo diminuir a
centralidade do aprendizado do aluno para o processo educacional, nem a prioridade
que deve ser dada ao aprendizado do aluno em relao compreenso do professor.
Mas nossas anlises do ensino eficaz devem reconhecer que os resultados para
os professores, assim como para os alunos, devem ser considerados em qualquer
tratamento adequado dos resultados educacionais.
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Tentei fazer esta lista em outras publicaes, embora no tenha alcanado grande
consistncia entre os artigos (por exemplo, SHULMAN, 1986b; SHULMAN; SYKES, 1986;
WILSON; SHULMAN; RICHERT, 1987).
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H cada vez mais princpios genricos desse tipo para o ensino eficaz, e j
foram at incorporados em avaliaes de professores como o Exame Nacional
de Professores e em avaliaes estaduais do desempenho docente durante o
perodo probatrio. Seu ponto fraco o fato de que essencialmente ignoram que
o ensino tem um carter especfico para cada disciplina tambm seu ponto
forte. Descobrir, explicitar e codificar princpios gerais do ensino simplifica uma
atividade que escandalosamente complexa. O grande perigo ocorre, porm,
quando um princpio geral do ensino distorcido para se transformar em
prescrio, quando a mxima se torna uma ordem. Os estados que adotaram
princpios prticos do ensino, com base exclusivamente em estudos empricos
da eficcia genrica do ensino, e os transformaram em critrios independentes
e rgidos para julgar o valor de um professor, esto engajados num processo
poltico que dever enfraquecer, no aperfeioar, a profisso docente.
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Conjunto de 85 artigos publicados em jornais do estado de Nova York entre 1787 e
1788, principalmente por Alexander Hamilton e James Madison, com argumentos para
convencer a populao a votar a favor da Constituio que acabara de ser redigida.
Reunidos sob o ttulo The Federalist Papers, esses textos so considerados uma das mais
importantes contribuies ao pensamento poltico estadunidense. (N. da T.)
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O retrato de Nancy, com o qual este ensaio comeou, apenas uma das muitas
descries e anlises de ensino excelente que temos coletado nos ltimos
anos. Ao organizar e interpretar esses dados, tentamos inferir princpios de
boa prtica que podem servir como diretrizes teis para o esforo de reforma
educacional. Tentamos manter os relatos altamente contextualizados,
especialmente no que concerne especificidade do contedo a ser ensinado
e sua relao com as estratgias pedaggicas empregadas. Assim,
contribumos para a documentao das boas prticas como uma fonte
significativa de padres de ensino. Tambm tentamos estabelecer uma
fundao para a literatura acadmica que registra os detalhes e as lgicas de
prticas pedaggicas especficas.
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Pode-se argumentar que as fontes para um excelente desempenho so geralmente
tcitas e no esto disponveis para o educador. Mas o ensino requer um tipo especial
de percia ou maestria, no qual explicar e mostrar so as principais caractersticas. E o
conhecimento tcito tem valor limitado entre professores se eles so responsveis por
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Conhecimento e ensino: fundamentos para a nova reforma
Na maneira como hoje concebemos o ensino, ele comea com um ato de razo,
explicar, para seus alunos, comunidades e pares, o que fazem e por que o fazem.
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A metfora do trfego no foi usada toa. Como no trnsito dirio entre a casa e o
trabalho, a jornada entre o aprendiz e o professor tampouco tem mo nica. Os melhores
professores, assim como os menos habilidosos, precisam de aprendizado constante
para poder ensinar.
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Conhecimento e ensino: fundamentos para a nova reforma
Parto da premissa de que a maior parte do ensino iniciada com algum tipo
de texto: um material didtico, um programa de estudos ou algum outro
material que o professor ou o aluno querem entender. O texto pode ser um
veculo para a realizao de outros propsitos educacionais, mas algum tipo
de material de ensino est quase sempre envolvido. A concepo de raciocnio
pedaggico exposta a seguir surgiu a partir do ponto de vista do professor,
que est diante do desafio de tomar o que j compreende e prepar-lo para
um ensino eficaz. O modelo de raciocnio e ao pedaggicos est resumido
na Tabela 1.
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A direo e o sequenciamento da instruo tambm podem ser bem diferentes. Os
alunos podem literalmente iniciar o processo, descobrindo, inventando ou investigando,
para preparar as prprias representaes e transformaes. Em seguida, a vez de o
professor responder ativa e criativamente a essas iniciativas estudantis. Em cada caso,
o professor precisa ter tanto a compreenso como a capacidade para a transformao.
No caso iniciado pelo aluno, a flexibilidade para responder, julgar, nutrir e provocar
a criatividade do aluno depender das prprias capacidades do professor para
interpretao e transformao empticas.
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Sob certas condies, o ensino pode comear com dado um grupo de alunos. Nos
primeiros anos do ensino fundamental ou em salas de reforo ou em outros cenrios onde
as crianas foram reunidas por razes especficas, o ponto de partida para pensar sobre
a instruo pode muito bem ser as caractersticas do prprio grupo. Provavelmente, h
dias em que o professor necessariamente usa os alunos como ponto de partida.
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Outras vises do ensino tambm comeam com compreenso, mas partem de outra
coisa, em vez de ideias ou texto, a ser ensinada e aprendida. Podem focar na compreenso
de um conjunto especfico de valores, das caractersticas, necessidades, interesses ou
propenses de um determinado indivduo ou de um grupo de alunos. Mas algum tipo de
compreenso (ou confuso consciente, espanto, ignorncia) sempre iniciar o ensino.
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A centralidade da representao em nossa concepo do raciocnio pedaggico
importante para relacionar nosso modelo de ensino a abordagens mais gerais do
estudo do pensamento humano e da soluo de problemas. Psiclogos cognitivos (por
exemplo, GARDNER, 1986; MARTON, 1986; NORMAN, 1980) argumentam que processos
de representao interna so elementos-chave para qualquer psicologia cognitiva. Para
mim, a maior realizao da cincia cognitiva foi a demonstrao clara da validade de
colocar um nvel de representao mental: um conjunto de construtos que podem ser
invocados para a explicao de fenmenos cognitivos, variando da percepo visual
compreenso de histrias (GARDNER, 1986, p. 383). Essa ligao entre modelos de
pedagogia e modelos mais gerais de funcionamento cognitivo pode servir como estmulo
ao necessrio estudo do pensamento do professor.
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Conhecimento e ensino: fundamentos para a nova reforma
Temos boas razes para acreditar que h forte relao entre a compreenso do contedo de um
professor e os estilos de ensino empregados. Um exemplo, baseado na pesquisa de Grossman
(1985), vai ilustrar este ponto.
Muitas semanas mais tarde, contudo, observamos Colleen ensinando uma unidade de
gramtica. Embora tivesse duas formaes de nvel superior em Ingls, Colleen quase
no foi preparada em gramtica. No entanto, como uma tpica classe de ingls no nvel
mdio deve incluir alguma gramtica, alm de literatura e redao, era impossvel
evitar ensinar essa matria. Ela estava um pouco ansiosa na entrevista pr-observao.
Colleen parecia outra professora durante essa aula. Seu estilo interativo evaporou. Em
seu lugar estava uma combinao de palestra com recitao altamente controlada,
altamente didtica, dirigida pelo professor, de ritmo acelerado: Distar15 no lugar
de Scrates. s vezes, refiro-me a esse tipo de aula como estilo almirante Farragut:
Danem-se as perguntas! Toda velocidade frente!16 Os alunos no tiveram
oportunidade de fazer perguntas ou oferecer pontos de vista alternativos. Depois da
aula, ela confessou ao observador que passou o tempo todo
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Sigla de Direct Instruction Strategies for Teaching Arithmetic and Reading (estratgias de instruo direta para
ensinar aritmtica e leitura), um programa de ensino patenteado por uma grande editora comercial. (N. da T.)
16
O almirante David Glasgow Farragut (1801-1870), da Marinha dos Estados Unidos, ficou famoso por sua
frase na batalha da baa de Mobile, durante a Guerra Civil: Danem-se os torpedos! Toda velocidade
frente! (N. da T.)
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tentando evitar olhar para um aluno especfico, sentado na fileira da frente, porque esse jovem
sempre fazia boas perguntas ou tinha boas ideias, e nesta aula em particular Colleen no queria
encorajar nada disso, porque ela no tinha certeza das respostas. Ela estava insegura sobre o
contedo e adaptou seu estilo de instruo para aliviar sua ansiedade17.
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De forma alguma quero insinuar que palestras eficazes no tm lugar na sala de aula no
ensino mdio. Ao contrrio, boas palestras so uma tcnica indispensvel de ensino.
Neste caso, estou mais interessado na relao entre conhecimento e ensino. Pode-
se ponderar que este estilo de ensino mais adequado para gramtica do que para
literatura, porque h pouco para discutir ou interpretar numa aula de gramtica. No
concordo, mas no vou me aprofundar no assunto aqui. No caso de Colleen, a lgica para
uma palestra linear no tinha fundamento nesse argumento, mas claramente resultava
de sua preocupao em limitar o espao para desvios do caminho que ela tinha traado.
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Enactive no original em ingls, aqui traduzido por ativo, um termo cunhado
por J. Bruner em sua teoria do desenvolvimento do pensamento representativo. As
representaes ativas baseiam-se na ao e no movimento e so mais primitivas do
que as representaes icnicas e simblicas. (N. da T.)
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Conhecimento e ensino: fundamentos para a nova reforma
Abstract: Lee S. Shulman builds his foundation for teaching reform on an ideia
of teaching that emphasizes comprehension and reasoning, transformation
and reflection. This emphasis is justified, he writes, by the resoluteness
with which research and policy have so blatantly ignored those aspects of
teaching in the past. To articulate and justify this conception, Shulman
responds to four questions: What are the sources of the knowledge base for
teaching? In what terms can these sources be conceptualized? What are the
processes of pedagogical reasoning and action? and What are the implications
for teaching policy and educational reform? The answers informed by
philosophy, psychology, and a growing body of case-work based on young
and experienced practitioners go far beyond current reform assumptions
and initiatives. The outcome for educational practitioners, scholars, and
policymakers is a major redirection in how teaching is to be understood and
teachers are to be trained and evaluated.
Referncias
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Conhecimento e ensino: fundamentos para a nova reforma
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