Férias, Faltas e Licença
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Férias, Faltas e Licença
I Srie
Nmero 9
BOLETIM OFICIAL
SUMRIO
Ordem do Dia: Substituindo o Deputado Mrio Anselmo Couto de Matos, por Ale-
xandre Ramos Lopes.
Da Sesso Plenria do dia 24 de Fevereiro e seguintes.
CONSELHO DE MINISTROS:
Lei n 52/VII/2010:
Y6Z8J2W4-60130M80-1J2W1B0W-3D0A4L5M-6M9J4V5K-19IYVJTS-5R2C5D4C-29K3JXBR
152 I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010
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I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010 153
Artigo 2 graves ou muito graves, em que se elevam
Sentido e Extenso para 1.000.000$00 (um milho de escudos)
e 5.000.000$ (cinco milhes de escudos),
A autorizao conferida pelo artigo anterior tem o respectivamente;
sentido e a extenso seguintes:
h) Permitir que, conjuntamente com a coima,
a) Tipificar como crime, punvel com priso at 3 (trs) possam ser aplicadas ao responsvel pela
anos, a prtica de actos ou operaes de seguros infraco as seguintes sanes acessrias:
ou de resseguros por entidades no autorizadas
i) Apreenso e perda do objecto da infraco e do
nos termos da legislao em vigor;
benefcio econmico obtido pelo infractor;
b) Tipificar como ilcitos de mera ordenao social ii) Inibio do exerccio de cargos sociais nas
as infraces legislao reguladora das entidades sujeitas superviso do Banco de
actividades seguradora, designadamente as Cabo Verde, por um perodo at 6 (seis) meses
infraces s normas que regem as respectivas nos casos de contra-ordenaes simples, de
condies de acesso e de exerccio, podendo, 6 (seis) meses a 1 (um) ano nas situaes de
para o efeito, adaptar o regime jurdico das contra-ordenaes graves ou de 1 a 3 (um a
contra-ordenaes, o seu processo e as sanes trs) anos nos casos de contra-ordenaes
aplicveis, fixadas no Decreto-Legislativo muito graves, quando o agente seja pessoa
n 9/95, de 27 de Outubro, s circunstncias singular;
particulares das infraces atrs referidas;
iii) Interdio total ou parcial de celebrao de
c) Permitir instituir um regime sancionatrio que contratos com novos tomadores de seguros ou
reforce a proteco dos interesses pblicos, segurados, do ramo, modalidade, produto ou
j que muitas vezes esto em causa nestas operao a que a contra-ordenao respeita,
actividades interesses fundamentais de por um perodo at 3 (trs) anos;
proteco da poupana das famlias e a
proteco dos interesses dos segurados e de iv) Interdio total ou parcial de celebrao de
terceiros; novos contratos do ramo, modalidade, produto
ou operao a que o ilcito de mera ordenao
d) Permitir a elevao em um tero dos limites social respeita, por um perodo de 6 (seis)
mnimo e mximo da coima aplicvel ao meses a 3 (trs) anos;
agente que praticar um dos ilcitos de mera
ordenao social, aps condenao por deciso v) Interdio de admisso de novos aderentes,
definitiva ou transitada em julgado pela quando a contra-ordenao respeite a um
prtica de ilcito punido ao abrigo do regime a fundo de penses aberto, por um perodo at
aprovar de acordo com a presente autorizao, 2 (dois) anos;
desde que no se tenham completado 2 (dois) vi) Suspenso da concesso de autorizaes para
anos desde a sua prtica; a gesto de novos fundos de penses, por um
perodo de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos;
e) Estabelecer como limite mnimo das coimas aplicadas
a pessoas singulares o valor de 50.000$00 vii) Suspenso do exerccio do direito de voto,
(cinquenta mil escudos) e como limite mnimo atribudo aos scios das entidades sujeitas
das coimas aplicadas a pessoas colectivas o superviso do Banco de Cabo Verde, por um
valor de 100.000$00 (cem mil escudos), salvo perodo de 6 (seis) meses a 3 (trs) anos; e
nos casos de ilcitos graves e muito graves, em viii) Publicao pelo Banco de Cabo Verde
que tais mnimos se elevam para 100.000$00 da punio definitiva, a expensas dos
(cem mil escudos) e 400.000$00 (quatrocentos sancionados.
mil escudos), no caso de pessoas singulares,
e para 200.000$00 (duzentos mil escudos) e i) Atribuir ao Ministro das Finanas a competncia
1.000.000$00 (um milho de escudos), no caso para aplicar as sanes acessrias referidas
de pessoas colectivas; nas subalneas i) a viii) da alnea anterior,
sob a proposta do Banco de Cabo Verde;
f) Permitir que o limite mximo da coima possa ser
elevado a 250.000$00 (duzentos e cinquenta j) Permitir o estabelecimento de um regime
mil escudos), quando a coima for aplicada a especfico de responsabilidade quanto
pessoas singulares, salvo nos casos de ilcitos actuao em nome ou por conta de outrem,
graves ou muito graves, em que se elevam nomeadamente no sentido de:
para 500.000$00 (quinhentos mil escudos) i) A responsabilidade das pessoas colectivas
e 2.000.000$00 (dois milhes de escudos), ou equiparadas no excluir a dos respectivos
respectivamente; agentes ou comparticipantes individuais;
g) Permitir que o limite mximo da coima possa ii) Aquelas pessoas colectivas ou equiparadas
ser elevado a 500.000$00 (quinhentos mil responderem solidariamente pelo pagamento
escudos), quando a coima for aplicada a das coimas e das custas aplicadas aos agentes
pessoas colectivas, salvo no caso de ilcitos ou comparticipantes individuais;
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A presente Lei entra em vigor no dia seguinte ao da f) Relevar o incremento da adequao qualitativa
sua publicao do pessoal docente no sistema de ensino,
instituindo uma nova padronizao e
Aprovada em 27 de Janeiro de 2010. racionalizao da respectiva formao e
O Presidente da Assembleia Nacional, Aristides Rai- qualificao em todos os subsistemas e nos
mundo Lima diversos nveis de ensino;
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de capacitao dos jovens e adultos para material, apostado numa leal e s cooperao de todos
o exerccio de uma profisso, com vista a os operadores judicirios, uma ferramenta posta dis-
promover a incluso social dos que nunca posio dos cidados e das empresas para alcanarem a
frequentaram o ensino formal e dos que o rpida, mas segura, concretizao dos seus direitos, de
abandonaram precocemente; cariz privado, junto dos tribunais.
b) Redefinir e adequar o plano curricular da educao 2. Operar uma ruptura com a actual legislao, atravs
extra-escolar, em virtude do princpio da sua do estabelecimento de uma tramitao mais malevel,
equivalncia em relao ao ensino bsico, em de uma linguagem mais clara e acessvel e da tendencial
decorrncia do alargamento do perodo da eliminao de querelas doutrinrias em torno de questes
escolaridade bsica; jurdicas no decisivas para a clarificao da adequada tra-
mitao processual civil, susceptvel de pr fim lide.
c) Prever o desenvolvimento, atravs do recurso
multimdia e s novas tecnologias de 3. Estabelecer um modelo processual civil apto a fun-
informao e comunicao, das aces de cionar como um meio eficaz para ser alcanada a verdade
ensino recorrente e distncia. material pela aplicao do direito substantivo, e no
como um instrumento que por razes de mera forma,
Artigo 3
a cada passo impede que seja prosseguida a justia no
Durao caso concreto.
A presente autorizao legislativa tem a durao de 4. Consagrar inequvocos e claros preceitos normativos
sessenta dias. que assegurem que, a aplicao dos princpios gerais
estruturantes do processo civil, em qualquer das fases
Artigo 4
da aco, so tributrios e concretizam o princpio cons-
Entrada em vigor titucional do acesso justia.
A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da 5. Proporcionar aos litigantes a obteno em prazo razo-
sua publicao. vel da deciso judicial que aprecie com fora de caso julgado
a pretenso regularmente deduzida em juzo, a faculdade
Aprovada em 27 de Janeiro de 2010. de requerer, sem entraves desrazoveis ou injustificados
a providncia cautelar que se mostre mais adequada a as-
O Presidente da Assembleia Nacional, Aristides Rai- segurar o efeito til da aco e a possibilidade de, sempre
mundo Lima que necessrio, fazer executar, por via judicial, a deciso
Promulgada em 2 de Maro de 2010. proferida e no espontaneamente acatada.
Artigo 2
Publique-se.
Extenso
O Presidente da Repblica, PEDRO VERONA RO-
DRIGUES PIRES A presente autorizao legislativa tem a seguinte
extenso:
Assinada em 3 de Maro de 2010.
1. Dar prevalncia ao mximo aproveitamento do pro-
O Presidente da Assembleia Nacional, Aristides Rai- cessado na procura da justia pela consagrao da regra
mundo Lima. segundo a qual incumbe ao juiz providenciar oficiosamente
pelo suprimento das excepes dilatrias susceptveis de
sanao, praticando os actos necessrios regularizao
da instncia ou, quando estiver em causa a definio das
Lei n 55/VII/2010
partes, convidando-as a suscitar os incidentes de interveno
de 8 de Maro de terceiros adequados. Preceituando-se, a respeito, desig-
nadamente, a sanao da falta de personalidade judiciria
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, das sucursais, agncias ou filiais; o suprimento da coligao
nos termos da alnea c) do artigo 174 da Constituio ilegal e a sanao, em certas circunstncias, da prpria
o seguinte: ilegitimidade singular passiva.
Artigo 1
2. Adoptar o princpio da adequao, conferindo por
Objecto essa via a possibilidade de o juiz adaptar o processado
especificidade da causa, atravs da prtica dos actos
concedida autorizao legislativa ao Governo para que melhor se adeqem ao apuramento da verdade e
proceder reviso do Cdigo do Processo Civil de 1961, acerto da deciso.
em vigor atravs da Portaria n 19.035 de 30 de Julho de
1962 e suas sucessivas alteraes presente data, com 3. Preceituar a proibio da prolao de decises sur-
o seguinte objecto: presa, no devendo ser decididas quaisquer questes,
mesmo que de conhecimento oficioso, sem que previa-
1. Tornar o processo civil moderno e simplificado, ver- mente haja sido facultada s partes a possibilidade de
dadeiramente instrumental perseguio da verdade sobre elas se pronunciarem.
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I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010 157
4. Reafirmar a regra segundo a qual o tribunal no de jurisdio, alterao de certas regras de competncia
pode resolver o conflito de interesses que a aco pres- territorial, dentre outras a concernente aco de cum-
supe sem que a resoluo lhe seja pedida por uma das primento ou incumprimento do contrato, definio de
partes. certos casos de incompetncia territorial que devam ser
do conhecimento oficioso do tribunal.
5. Reafirmar o primado da igualdade das partes, desig-
nadamente atravs da atribuio ao Ministrio Pblico 12. Reafirmao do que vem j contando de dispersa
do estatuto de parte normal (no privilegiada), nas aces legislao avulsa, no concernente adequao do quoti-
em que representa o Estado. diano da actividade processual, designadamente no rela-
cionamento entre os tribunais e as partes, s modernas
6. Reconhecer o princpio da cooperao, como uma das tecnologias que a sociedade da informao faculta e na
pedras angulares do processo civil, atravs de regras que utilizao dos meios electrnicos no tratamento e execu-
propiciem que juzes e mandatrios cooperem entre si, o de quaisquer actos ou peas processuais, incluindo
de modo a alcanar-se, de uma feio expedita e eficaz, a sua tramitao, ressalvadas as regras referentes
a justia do caso concreto, e que estabeleam inequi- proteco de dados pessoais.
vocamente o dever de boa-f processual e a cominao
como litigante de m-f parte que, no apenas com 13. Reafirmao da Nao cabo-verdiana, pondo em
dolo, mas com negligncia grave, deduza pretenso ou p de igualdade em todos os actos processuais orais, a
oposio manifestamente infundadas, altere, por aco faculdade da utilizao indiferenciada de qualquer das
ou omisso, a verdade dos factos relevantes, pratique duas lnguas oficiais do Pas, a saber a lngua materna
omisso indesculpvel do dever de cooperao ou faa cabo-verdiana e a lngua portuguesa.
uso reprovvel dos instrumentos adjectivos.
14. Eliminao de formalismos desproporcionados, de
7. Reponderao do princpio do dispositivo, pela adopo molde a se operar uma maior celeridade no andamento
da possibilidade do juiz fundar a deciso no apenas das causas, designadamente, atravs da reafirmao
nos factos alegados pelas partes mas tambm nos factos da regra da continuidade fazendo-os correr mesmo nas
instrumentais que, mesmo por indagao oficiosa, lhes frias processuais.
sirvam de base; pelo reforo dos poderes de direco do
processo pelo juiz, conferindo-se-lhe o poder-dever de 15. Manuteno, entretanto, dos prazos ora existentes
adoptar uma posio mais interventora no processo e fun- para os actos dos juzes e dos Magistrados do Ministrio
cionalmente dirigida plena realizao do fim deste. Publico, expediente das secretarias e para as dilign-
cias externas a cargo dos oficiais de justia, mas a sua
8. Eliminao das restries, no que se refere limita- expressa limitao no que se refere s providncias
o do uso de meios probatrios, quer pelas partes quer cautelares.
pelo juiz, cabendo a este realizar ou ordenar, mesmo
oficiosamente e sem restries, todas as diligncias ne- 16. Determinao, em termos genricos, de quais as
cessrias ao apuramento da verdade e justa composio funes processuais das secretarias judiciais, estabe-
do litgio, quanto aos factos de que lhe lcito conhecer. lecendo-se expressamente que a respectiva actuao
processual se encontra na dependncia funcional do
9. Introduzir modificaes na tipificao e regulamen- magistrado competente, incumbindo secretaria a exe-
tao dos pressupostos processuais mantendo-se embora cuo dos despachos proferidos, cumprindo-lhe realizar
a estrutura conceitual e arrumao sistemtica do Cdigo oficiosamente as diligncias necessrias a que o fim
de Processo Civil vigente, designadamente, no mbito daqueles possa ser pronta e exaustivamente alcanado
da personalidade judiciria, da capacidade judiciria e e alargamento do mbito territorial da competncia
da representao judiciria dos incapazes, do Estado e dos oficiais de justia, naturalmente, para alm da sua
dos chamados interesses difusos ou meta individuais, da comarca, de forma a abranger a rea de outras circuns-
legitimidade, da coligao e do litisconsrcio, em ordem cries judiciais.
a acudir a novos parmetros do ordenamento jurdico
nacional. 17. Consagrao do princpio da publicidade do proces-
so civil e inerente direito ao seu acesso - inclusive pelos
10. Reafirmao da desnecessidade, que vem desde meios electrnicos que vierem a ser estabelecidos em
1993, da autenticao notarial para a passagem de regulamento - mas que ceder, nos casos em que cabe
procurao a um advogado e reformulao do regime da garantir o direito dignidade das pessoas, intimidade
renncia do mandato judicial, procurando alcanar so- da vida privada e familiar, moral pblica ou quando
luo entre a eventual inexigibilidade ao mandatrio de a eficcia da deciso a proferir seja afectada pelo acesso
prosseguir com o patrocnio do seu cliente e o interesse de terceiros aos autos.
do autor em no ver o possvel conflito entre o ru e o seu
advogado repercutir-se negativamente na celeridade do 18. Flexibilizao de datas para o cumprimento de
andamento da causa. diligncias por outras entidades que no o tribunal da
causa, pelo critrio da indispensabilidade processual da
11. Alargamento da competncia internacional dos sua satisfao e consequente consagrao da possibi-
tribunais cabo-verdianos atribuindo-se-lhes a exclusivi- lidade do juiz determinar a comparncia na audincia
dade, em casos de maior incidncia da conexo real ou final de quem atravs dela devia depor, quando o repute
mesmo pessoal, da alterao, pela inversa, da regra da essencial descoberta da verdade e tal no represente
proibio de celebrao de pactos atributivos e privativos sacrifcio incomportvel para o depoente.
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158 I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010
19. Manuteno do regime actual da citao e da no- 27. Reviso da regulao da justia cautelar com a
tificao pessoal por intermdio dos oficiais de justia, expressa consagrao da garantia penal do cumprimento
flexibilizando-se a oficializao da tradicional comuni- das providncias cautelares decretadas sem prejuzo das
cao, mediante contra-f para comparncia da pessoa medidas adequadas de execuo coerciva cvel.
visada na secretaria do tribunal para receber a citao
ou a notificao em hora marcada, com a possibilidade 28. Clarificao da existncia de uma aco cautelar
de a citao ser promovida por mandatrio judicial, por geral para a tutela provisria de quaisquer situaes que
si prprio, por outro mandatrio ou por empregado seu demandem o decretamento das providncias conservat-
habilitado para prestao de servio forense e reservando rias ou antecipatrias adequadas a remover o periculum
a citao e notificao por via postal apenas s pessoas in mora concretamente verificado e a assegurar a efectivi-
colectivas e sociedades. dade do direito ameaado, que tanto pode ser um direito
j efectivamente existente, como uma situao jurdica
20. Estabelecimento da possibilidade de dilao do emergente de sentena constitutiva, porventura ainda
prazo destinado a reagir citao, atendendo a disperso no proferida.
do territrio. 29. Compatibilizao da exigncia na adopo da pro-
21. Consagrao da possibilidade de se efectuar a vidncia cautelar com a do correspondente procedimento
distribuio automtica dos processos entrados nos perante a justia, designadamente pelo estabelecimento
tribunais por meios informticos desde que garantida a de prazos mximos para a sua deciso, tanto na primeira
aleatoriedade e a transparncia do acto. instncia, como no Tribunal de recurso.
30. Reviso global da regulamentao das actuais
22. Eliminao dos preceitos que, no regime vigente, providncias no especificadas, designadamente com a
condicionam o normal prosseguimento da instncia e a eliminao da proibio do arresto contra comerciantes,
obteno de uma deciso de mrito, ou o uso em juzo derrogao de limitaes ao uso de meios probatrios ou
de determinada prova documental, demonstrao do imposio de efeitos cominatrios plenos desproporciona-
cumprimento de determinadas obrigaes tributrias. dos, maxime no mbito dos alimentos provisrios, limita-
Igualmente devem ser banidos do Cdigo em reviso o da injustificada prerrogativa do Estado e autarquias
preceitos que estabelecem obstculos gravosos e despro- locais no que se refere ao embargo de obras ilegalmente
porcionados ao andamento da causa pelo incumprimento efectuadas por estas entidades, apenas s que recaiam
de obrigaes pecunirias emergentes da legislao sobre sobre terrenos do domnio pblico.
custas, relegando o estabelecimento das devidas comina-
es para esta outra sede. 31. Instituio da providncia de arbitramento de repa-
rao provisria para abranger os casos em que se trata
23. Compatibilizao do CPC com o estabelecido no C- de reparar provisoriamente o dano decorrente de morte
digo das Empresas Comerciais em caso de extino de so- ou leso corporal e tambm aqueles em que a pretenso
ciedades em sede do incidente de suspenso da instncia e indemnizatria se funde em dano susceptvel de pr se-
clarificao da cominao de actos processuais praticados riamente em causa o sustento ou habitao do lesado.
aps a data em que ocorreu o falecimento ou extino da
parte, em relao aos quais fosse admissvel o exerccio 32. Simplificao da tramitao do incidente de falsi-
do contraditrio, inviabilizado pela circunstncia de ter dade, dispensando a citao do funcionrio pblico e do
deixado de existir uma das partes na causa. incidente de habilitao para os casos de sucesso mortis
causa, no sentido de minorar os atrasos das aces prin-
24. Consagrao de regra que permita o suprimento cipais conexas com eles.
oficioso da excepo dilatria quando o pressuposto pro- 33. Estabelecimento de uma forma nica do processo
cessual em falta se destinar tutela do interesse de uma comum de declarao, mantendo-se a sua tradicional
das partes e nenhuma outra circunstncia obstar a que denominao de processo ordinrio.
se conhea do mrito da causa e a deciso a proferir for
favorvel parte em cujo interesse o pressuposto fora Idntica soluo, da unicidade da forma, no concernen-
estabelecido. te aco executiva comum, independentemente do ttulo
que o sustente, sem prejuzo das variaes em funo do
25. Reviso do regime de determinao do valor a correspondente pedido e da adopo, como modelo padro
atribuir s causas. de tramitao, a aco de execuo para pagamento de
quantia certa.
26. Reestruturao do instituto processual da inter-
veno de terceiros, quer a nvel sistemtico, quer em Reduo das espcies de processos especiais ao estri-
termos substanciais, de modo a evitar a sobreposio dos tamente compatvel com a efectiva resoluo judicial da
campos de aplicao dos diferentes tipos de interveno controvrsia.
previstos na lei. 34. Abreviao da tramitao do processo declarativo
Em particular com a preocupao da articulao de ordinrio quando se trate de pedido de aces condenatrias
tais incidentes em funo do interesse em intervir que de valor no superior alada do tribunal comarca.
os legitima, dos poderes e do estatuto processual confe- 35. Expressa manuteno do regime que ora se en-
ridos ao interveniente e da qualidade (terceiro ou parte contra em vigor, de se considerar instalada a instncia
primitiva) de quem suscita a interveno (espontnea com a propositura da aco pelo autor, seguida da sua
ou provocada) na lide. obrigatria apreciao liminar pelo juiz.
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I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010 159
36. Consagrao da possibilidade da tentativa de con- do regime destinado recolha das provas em termos
ciliao por parte do juiz em qualquer fase do processo, de sistematizao normativa, autonomizado do que se
sempre que o entenda pertinente e expressa referncia regula com relao fase da audincia destinada sua
validade em termos de direito processual do regime produo e julgamento.
legal da mediao.
47. Consagrao de um regime de dispensa de confi-
37. Atribuio de feio absolutamente espordica aos ar- dencialidade, quando, oficiosamente ou a requerimento
ticulados que tradicionalmente se sucedem contestao. da parte interessada, o tribunal o considere essencial
para o andamento do processo ou para a justa composi-
38. Alargamento da possibilidade de proferio do des-
o do litgio na concreta aco em juzo, com relao aos
pacho preliminar de aperfeioamento contestao.
dados que se encontrem na disponibilidade dos servios
39. Mitigao das consequncias pela no impugnao, administrativos, em suporte manual ou informtico, res-
ponto por ponto, de cada um dos factos na contestao, peitantes identificao, residncia, profisso, entidade
considerando-se apenas admitidos por acordo (confes- empregadora e bem assim dos que permitam o apuramen-
sados) aqueles que, omitidos, estiverem em manifesta to da situao patrimonial de alguma das partes.
contradio com a defesa, no seu conjunto.
48. Proibio absoluta da utilizao dos dados para fins
40. Reafirmao da regra segundo a qual a revelia diferentes da aco em causa ou da sua divulgao por
absoluta do ru, por falta de contestao, conduz, em si- qualquer interveniente no respectivo processo.
multneo a duas consequncias: serem considerados con-
fessados os factos articulados pelo autor e encurtamento 49. Consequente cominao penal da violao desta
da tramitao do processado que passa imediatamente regra proibitiva com a sua tipificao e punio por crime
para a fase da sentena. de violao de segredo de justia.
41. Reduo dos casos que constituem excepo regra 50. Extenso do dever de cooperao processual a
da revelia absoluta, passando-se a considerar operante a todos, sejam ou no partes, na descoberta da verdade,
falta de contestao por parte das pessoas colectivas e das colaborando cada um no modo, que lhe for solicitado, com
sociedades, incluindo o Estado, esteja ou no na causa, a ressalva do direito de recusa se a obedincia importar
representado pelo Ministrio Pblico. Ao inverso expresso violao da intimidade da vida familiar, da dignidade
alargamento da inoperncia da revelia no respeitante s humana, sigilo profissional, segredo de Estado, ofensa
situaes de citao edital. honra e dignidade da pessoa ou seus familiares, grave
prejuzo profissional ou patrimonial a alguma dessas
42. Expressa reconfirmao da existncia de uma fase pessoas.
do saneador, nos moldes tradicionais, depois de findos os
articulados com o seguinte objecto: 51. Cominao da recusa ilegtima de colaborao com
pena de multa, e bem assim, da aplicao dos meios com-
a) Conhecer das excepes que podem conduzir pulsrios previstos no Cdigo do Processo Penal por falta
absolvio da instncia, assim como das injustificada comparncia em actos processuais.
nulidades;
52. Consagrao no sentido de todos os depoimentos,
b) Decidir se procede alguma excepo
quer os prestados antecipadamente ou por carta, quer em
peremptria.
audincia, de preferncia passarem a ser registados por
43. Determinao da regra facultativa, para os efeitos gravao udio ou vdeo, cabendo ao juiz o dever de ditar
do nmero anterior, da realizao de uma audincia em acta uma smula do contedo da diligencia.
preparatria, com o preciso objecto de se evitar, nesses
casos, decises surpresa. Salvaguarda, todavia, de se revelar impossvel a gra-
vao, por no dispor o tribunal dos meios necessrios,
44. Possibilidade entretanto, para alm do caso da nem nenhuma das partes os fornecer, caso em que os
abreviao dos trmites do processo em funo do valor do depoimentos so reduzidos a escrito, com a redaco,
pedido de condenao, passagem imediata da fase dos tambm ditada pelo juiz.
articulados, para a do julgamento, se o estado da causa
assim o permitir, em funo das provas j produzidas. 53. Estabelecimento da possibilidade da tomada de
quaisquer depoimentos em tempo real, com a utilizao
45. Instalao de uma audincia especificamente des- dos meios telemticos de que o tribunal possa dispor,
tinada a um debate instrutrio, a seguir ao saneador, nos termos j consagrados na Lei n 54/VI/2005, de 10
mas dele autonomizado, naturalmente se o processo de Janeiro.
tiver que continuar, para se proceder, em contraditrio,
seleco pelo juiz, na prpria audincia, dos factos 54. Atribuio ao tribunal de um poder-dever de de-
que devem ser considerados provados e os que devem terminar, oficiosamente, ou por sugesto das partes, a
ser considerados controvertidos e consequentemente a obteno de documentos necessrios descoberta da
merecer a realizao de um julgamento que se destine verdade que se encontre em poder de terceiros.
produo da prova.
55. Reformulao dos preceitos respeitantes prova
46. Manuteno em termos meramente formais, da pericial, pela adopo do regime regra de nomeao de um
fase da instruo, apenas com o objectivo da indicao nico perito, salvo alguma complexidade da diligncia,
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cabendo neste caso escolha de um por cada parte e de um 66. Reformulao das espcies de recurso extraordin-
terceiro pelo tribunal, prevendo-se ainda a simplificao rio, com a manuteno apenas do recurso de Reviso que
dos regimes de impedimentos, escusa e recusa; passa a integrar na sua tramitao o actual recurso de
oposio de terceiros que deve ser expurgado dos proce-
56. Aperfeioamento do regime de recolha da prova dimentos recursais como espcie autnoma.
testemunhal no que toca capacidade, impedimentos e
admissibilidade de recusa legtima a depor, designada- 67. Manuteno do denominado Recurso para o
mente com a eliminao da total inabilidade para depor Tribunal Pleno, mas com uma matriz diferente que
por motivos de ordem moral. unicamente possibilite, sem carcter obrigatrio fora do
processo onde ela vem pronunciada, a fixao da orien-
57. Opo pelo sistema de julgamento em primeira
tao jurisprudencial a ser seguida, quando em presena
instncia com juiz singular, sem prejuzo de clusula
de posies divergentes dos tribunais de instncia, ou
reserva de julgamentos em tribunais colectivos, quando
do prprio STJ, sobre a mesma questo de direito, no
lei prpria assim o estabelecer.
domnio da mesma legislao.
58. Consagrao expressa de o momento destinado
resposta do juiz quanto ao resultado da prova dos factos 68. Estabelecimento, no que se refere tramitao dos
colhida em julgamento continuar relegada para a senten- recursos ordinrios, da regra segundo a qual e o recebi-
a e manuteno da demais tramitao da audincia de mento do recurso e a produo de alegaes tm sempre
discusso e julgamento na linha daquilo que vem sendo lugar no tribunal recorrido, sendo o recurso remetido j
praticada no pas, luz da Portaria n 23090, de 23 de devidamente instrudo ao tribunal ad quem.
Dezembro de 1967. 69. Criao de um especial nus a cargo do recorrente
59. Sem prejuzo do preconizado no nmero anterior de, nas suas concluses, tomar posio clara sobre as
cabe estabelecer a possibilidade de se proceder amplia- questes jurdicas que so objecto do recurso, sob pena
o da matria de facto, com a preocupao de adequao da sua desero.
da verdade processual verdade material e em face do
70. Reviso dos demais tramites da apelao, possibi-
princpio da actualidade da deciso.
litando-se, designadamente que:
60. Eliminao da concluso do processo ao Ministrio
Pblico para o seu visto sobre a m f e comportamento a) A apelao interposta do saneador que decide
dos funcionrios da justia no decorrer da aco. parcialmente do mrito da causa deixe de
suspender o andamento desta;
61. Manuteno dos limites da condenao aos termos
do pedido, como decorre do regime ora vigente, com as ex- b) O prazo para contra-alegar comea expressamente
cepes relativas ao conhecimento da situao realmente com a notificao de que foi apresentada a
verificada nos pedidos de restituio ou de manuteno alegao do apelante;
da posse, devido consagrao da eliminao de uma
c) Abreviar a resoluo de questes que podem ser
aco especial com esse propsito e nas aces de divr-
decididas sumariamente, acautelado pelo
cio no concernente utilizao da residncia que data
exerccio pleno do contraditrio;
constitui casa de morada de famlia, havendo menores ou
incapazes dependentes do casal e regulao do exerccio d) Eliminao do visto do Ministrio Pblico nos
do poder paternal dos filhos menores. recursos;
62. Atribuio instncia recorrida da faculdade de e) Eliminao do sistema de vistos sucessivos
proceder reparao, semelhana do que acontece em aos juzes adjuntos da Conferncia, atravs
caso de agravo, relativamente a nulidades arguidas, por da entrega simultnea de cpia das peas
via de recurso, contra a sentena. relevantes do processado para a apreciao do
63. Consagrao de um regime flexvel relativamente recurso, acompanhada de um memorando do
aos graus de jurisdio em sede do poder de reviso das relator contendo o enunciado das questes a
decises judiciais que preveja a eventualidade da criao, decidir e a soluo para o caso, com indicao
por lei prpria, de uma instncia intermdia a anteceder a sumria dos respectivos fundamentos.
subida do recurso para o Supremo Tribunal de Justia.
71. Reviso dos trmites do recurso de agravo, possi-
64. No obstante, tendo em presena a actual orga- bilitando-se, designadamente:
nizao judiciria e consequente estrutura do Supremo
Tribunal do pas, deve-se propender por um regime de a) Restrio dos casos que devam ter subida
tramitao dos recursos, que por ora afaste a via clssica imediata, em ordem a libertar a primeira
do recurso de revista (cassao) em ltima instncia, instncia de ter que se debruar em constante
exclusivamente dedicado reapreciao da matria de sobre questes acessrias em detrimento do
direito apreciada em segunda instncia. estudo do objecto principal da causa;
65. E, na sequncia, a manuteno apenas das duas b) Dispensar o juiz recorrido do dever de reparar o
modalidades, de impugnao das decises da primeira agravo, quando o respectivo recurso apenas
instncia - a apelao e o agravo - no que concerne aos tenha que subir a final e da obrigatoriedade de
tipos de recursos ordinrios das decises proferidas em sustentao da sua deciso, quando entenda
primeira instncia. que o agravo no deve ser reparado.
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I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010 161
72. Manuteno, nas suas linhas gerais, da estrutura concentrao, em momento ulterior a esta,
e tramitao da aco executiva singular como vem con- da reaco admissibilidade, quer da prpria
cebida na legislao vigente. execuo quer da penhora efectuada, quando
em presena de aco executiva fundada
73. Consequente opo por um regime de aco execu-
em sentena, salvo se a deciso judicial
tiva, comum, movida por um determinado credor contra o
condenatria carecer de ser liquidada;
seu devedor e limitao dos casos em que ser admissvel
a interveno incidental de outros credores visando, na b) Dispensa, igualmente, da citao prvia do
mesma aco, uma tendencial excusso de todo o patri- executado, quando na execuo fundada em
mnio do devedor. ttulo no judicial, o exequente requeira e
74. Na medida do disposto no nmero anterior, atenuao comprove o receio de extravio de bens ou o
da tutela dos interesses dos credores titulares de privilgios desconhecimento do paradeiro dele;
quer mobilirios, quer imobilirios de carcter geral, apenas
c) Indeferimento liminar - total ou parcial - do
permitindo, em regra, a reclamao de crditos por parte
requerimento executivo, quando seja
daqueles que gozem de uma garantia real.
manifesta a falta ou insuficincia do ttulo,
75. Desjudicializao, l onde o consente a estrutura ocorram excepes dilatrias insuprveis que
e a orgnica dos tribunais, atribuindo-se s secretarias ao juiz cumpra oficiosamente conhecer ou,
a competncia para a realizao de funes at agora fundando-se a execuo em ttulo negocial,
desempenhadas pelo juiz, estabelecendo que incumbe seja manifesta a sua improcedncia, em
Secretaria praticar todos os actos e diligncias de execu- consequncia de, face aos elementos dos autos,
o que no sejam expressamente estabelecidos na lei, ser evidente a existncia de factos impeditivos
como acto jurisdicional. ou extintivos da obrigao exequenda que ao
76. Ressalva expressa que da competncia do juiz juiz cumpra conhecer oficiosamente;
proferir o despacho liminar da aco executiva, rejeitan- d) Admissibilidade do despacho de aperfeioamento
do, mandando aperfeioar, citar e notificar o executado e do requerimento executivo, antes de ordenada
mandar proceder penhora dos bens deste, julgar a opo- a citao do executado.
sio execuo e penhora, decidir quaisquer questes
que lhe sejam directamente solicitadas pelo exequente, 82. Consagrao da possibilidade de se rejeitar, ofi-
executado, e quaisquer outros intervenientes, bem como ciosamente a execuo instaurada, at ao momento da
as que lhe sejam apresentadas pela Secretaria. realizao da venda ou das outras diligncias destinadas
77. Ampliao do elenco dos ttulos executivos, designa- ao pagamento, sempre que o juiz se aperceba da exis-
damente, conferindo-se fora executiva aos documentos tncia de questes que deveriam ter conduzido ao seu
particulares, assinados pelo devedor, que importem cons- indeferimento liminar.
tituio ou reconhecimento de obrigaes pecunirias, 83. Reviso e simplificao, da fase da defesa do exe-
cujo montante seja determinvel em face do ttulo, da cutado, designadamente atravs do seguinte:
obrigao de entrega de quaisquer coisas mveis ou de
prestao de facto determinado e no estabelecimento de a) Eliminao da defesa por via do recurso de
novas circunstncias em que os documentos autnticos ou agravo ao despacho de citao;
autenticados possam servir de ttulos executivos, quando
neles se convencionam obrigaes futuras. b) Eliminao do elenco taxativo das excepes
dilatrias como meio de defesa, no caso de se
78. Atribuio de eficcia suspensiva aco executiva, tratar de execuo de sentena;
pelo recebimento dos embargos de executado quando,
fundando-se a execuo em escrito particular com as- c) Atribuio dos mesmos efeitos cominatrios da
sinatura no reconhecida, o embargante alegar a no aco declarativa em caso de revelia ao embargo
autenticidade da assinatura. do executado, mas com a especificidade de,
na falta de impugnao pelo exequente, se
79. Consagrao, para alm do regime vigente, da pos-
no considerarem confessados os factos que
sibilidade de cumulao de execues ou de coligao de
estejam em oposio com o expressamente
partes, quando forem os mesmos o grupo credor ou o grupo
alegado no requerimento executivo.
devedor, com a determinao que s deve constituir impedi-
mento cumulao a preterio das regras de competncia 84. Reformulao da tramitao e regime da penhora,
absoluta, no obstando cumulao objectiva ou subjectiva designadamente com a adopo, designadamente das
a derrogao das regras de competncia relativa. seguintes medidas:
80. Reviso do regime da legitimidade passiva, em
a) Prestao pelo tribunal do auxlio possvel ao
particular, quando o objecto da aco executiva seja uma
exequente quando este alegue e demonstre
dvida provida de garantia real.
existir dificuldades srias na identificao ou
81. Abreviao e simplificao da fase inicial da exe- localizao de bens penhorveis do executado;
cuo, designadamente atravs do seguinte:
b) Penhorabilidade de bens de terceiros unicamente
a) Desnecessidade de citao inicial do executado, nos casos em que a execuo tenha sido
com imediata realizao da penhora e movida contra eles;
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164 I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010
Objecto e mbito
Artigo 1
Decreto-Lei n 3/2010
Objecto e mbito de aplicao
de 8 de Maro
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I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010 165
Artigo 4 Artigo 8
Durante o perodo de frias, o funcionrio tem direito 1. As frias so suspensas por motivo de maternidade,
aos seus vencimentos certos, como se encontrasse em paternidade ou adopo, podendo o seu gozo ter lugar em
servio efectivo, mas no as gratificaes, abonos por momento a acordar com o servio.
inerncia ou por acumulao.
2. As frias so igualmente, suspensas por doena, e
Artigo 5
para a assistncia inadivel e imprescindvel a familiares
Marcao das frias doentes, situaes em que se aplica, com as necessrias
adaptaes, o regime das faltas por doena.
1. As frias podem ser gozadas seguidas ou interpola-
damente, no podendo ser gozadas, seguidamente, mais 3. Ultrapassado o prazo de 5 (cinco) dias teis previsto
dias teis do que o previsto no n. 3 do artigo 2, sem no n 2 do artigo 22, as frias so suspensas a partir da
prejuzo dos direitos j adquiridos, pelo pessoal abrangido data da entrada no servio do documento comprovativo
pelo presente diploma, nem, no caso de gozo interpolado, da doena.
um dos perodos ser inferior a 11 (onze) dias, salvo o
disposto no artigo 3. 4. Os restantes dias de frias so gozados em momento
a acordar com o dirigente do servio, at ao termo do ano
2. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior e salvo civil imediato ao do regresso ao servio.
os casos de convenincia de servio devidamente fun-
damentada, no pode ser imposto ao funcionrio o gozo 5. Por razes imperiosas e imprevistas decorrentes do
interpolado das frias a que tem direito. funcionamento do servio, pode ainda ser determinada
a suspenso das frias por despacho fundamentado do
3. As frias devem ser marcadas de acordo com os dirigente que autorizou o seu gozo, podendo o perodo
interesses das partes, sem prejuzo de se assegurar, em correspondente suspenso ser gozado, nos termos do
todos os casos, o regular funcionamento dos servios. nmero anterior.
4. At 31 de Janeiro de cada ano, devem os funcionrios 6. A suspenso das frias dos dirigentes mximos dos
ou agentes indicar o perodo do ano em que preferem servios, nas condies previstas no nmero anterior
gozar as frias. determinada por despacho fundamentado do respectivo
membro do Governo.
5. Na falta de acordo, as frias so fixadas pelo diri-
gente competente para o perodo entre 1 de Maio e 31 7. Nos casos previstos nos ns 5 e 6, o funcionrio tem
de Outubro. direito a ser compensado proporcionalmente pelos dias de
frias no gozados, sem prejuzo de outra compensao
6. Sem prejuzo do disposto no n. 3, aos cnjuges e
mais elevada que, em face das circunstncias, se impuser,
unidos de facto que trabalhem no mesmo servio ou or-
desde que tal fique demonstrado de forma inequvoca.
ganismo, dada preferncia na marcao de frias em
perodo coincidente.
8. O disposto nos ns 5 e 6 aplicvel s situaes de
Artigo 6 adiamento de frias, por convenincia de servio, para
alm de um ano.
Mapa de frias
Artigo 9
1. At 31 de Maro de cada ano, os servios devem
elaborar o mapa de frias e dele dar conhecimento aos Impossibilidade do gozo de frias
respectivos funcionrios.
1. O disposto no n. 4 do artigo anterior aplicvel aos
2. Salvos os casos resultantes de convenincia de casos em que o funcionrio no possa gozar, no respec-
servio, devidamente fundamentada, o mapa de frias tivo ano civil, a totalidade ou parte de frias j vencidas
s pode ser alterado posteriormente a 31 de Maro por nomeadamente por motivo de maternidade, paternidade,
acordo entre os servios e os interessados. adopo ou doena.
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166 I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010
Artigo 10 Artigo 14
Se o funcionrio estiver a cumprir servio militar As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
obrigatrio sem que tenha gozado as frias vencidas, tem
direito a gozar as respectivas frias no prprio ano de Seco II
regresso ao servio, aps a prestao do servio militar. Faltas justificadas
Artigo 11
Artigo 15
Frias em caso de cedncia especial para o sector privado
Faltas justificadas
1. Se a cedncia especial do funcionrio, nos termos da
mobilidade, ocorrer antes do gozo de frias j vencidas, o 1. Consideram-se justificadas as seguintes faltas:
gozo das mesmas resultam de acordo celebrado. a) At 6 (seis), por ocasio do casamento devendo o
2. Na ausncia de acordo, o funcionrio tem direito a re- facto ser comunicado ao superior hierrquico
ceber a remunerao correspondente ao perodo de frias, imediato do funcionrio com uma antecedncia
bem como ao correspondente subsdio, caso houver. mnima de 15 (quinze) dias;
Artigo 12 b) At 8 (oito), por motivo de falecimento do cnjuge,
Frias em caso de cessao definitiva de funes
unidos de facto ou de parente ou afim no 1
grau da linha recta;
1. Se a cessao definitiva de funes ocorrer antes do
gozo de frias j vencidas, o funcionrio tem direito a re- c) At 3 (trs), por falecimento de parente ou afim
ceber a remunerao correspondente ao perodo de frias, em qualquer outro grau da linha recta e no 2
bem como ao correspondente subsdio, caso houver. e 3 graus da linha colateral;
2. Se a cessao ocorrer antes de gozado, total ou par- d) At 3 (trs) consecutivas, por motivo de doena
cialmente, o perodo de frias vencido em 1 de Janeiro comprovada por declarao mdica, ou
desse ano, o funcionrio tem ainda direito remunerao de tcnicos das instituies destinadas a
correspondente ao perodo de frias relativo ao tempo de reabilitar a toxicodependncia ou alcoolismo,
servio prestado no ano em que se verificar a cessao certificada pelo servio respectivo;
de funes.
e) Mais de 3 (trs) e at 30 (trinta) consecutivas, por
3. O perodo de frias a que se referem os nmeros motivo de doena comprovada por atestado
anteriores, ainda que no gozado, conta para efeitos de mdico;
antiguidade, salvo disposio legal em contrrio.
f) Duas por cada prova ou exame que o
CAPTULO III funcionrio tenha que prestar, sendo uma
no dia da realizao da prova e outra no dia
Faltas
imediatamente anterior, bem assim as dadas
Seco I na estrita medida das necessidades impostas
Disposies gerais pelas deslocaes para prestar provas de
exame ou de avaliao de conhecimento;
Artigo 13
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I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010 167
l) As dadas pelos funcionrios que pertenam a pectivo dirigente, por escrito, na vspera ou, se no for
associaes humanitrias, durante os perodos possvel, no prprio dia, oralmente, podendo este recusar
necessrios para ocorrer a incndios ou a a autorizao por convenincia de servio.
quaisquer outros acidentes em que a sua
presena seja exigida pelos regulamentos 5. A participao oral a que se refere na alnea anterior
aplicveis, devendo a justificao ser feita deve ser reduzida a escrito no dia em que o funcionrio
mediante apresentao da declarao da regressar ao servio.
respectiva associao no prazo de 48 (quarenta e Artigo 16
oito) horas em que o funcionrio esteve ocupado
Efeitos das faltas justificadas
e bem assim a indicao dos factos;
1. As faltas justificadas no interrompem a efectividade
m) As motivadas pelo cumprimento de obrigaes
do servio, nem determinam a perda de remuneraes
legais ou por imposio de autoridade judicial,
ou de quaisquer direitos ou regalias salvo o disposto nos
policial ou militar;
nmeros seguintes.
n) As dadas por motivo de priso preventiva; 2. As faltas previstas nas alneas d), e), i), j), e t) do n.
o) Um por ms por conta do perodo de frias, do 1 do artigo anterior implicam sempre a perda parcial das
prprio ano ou do seguinte, se tiver j gozado remuneraes correspondentes aos dias de ausncia, com
as frias no ano em que ocorrerem as faltas; direito a subsdios previstos no sistema de previdncia
social.
p) As dadas no exerccio do direito greve;
3. A remunerao parcial prevista no nmero anterior
q) As que forem prvia ou posteriormente igual diferena entre a remunerao lquida a que
autorizadas pelo dirigente, no podendo em o funcionrio teria direito e o subsdio pago pela previ-
caso algum ultrapassar 6 (seis) dias em cada dncia social.
ano civil e um dia por ms;
4. As faltas dadas no exerccio de direito da greve im-
r) As que resultam do crdito de horas concedido plicam sempre a perda de remuneraes correspondentes
aos representantes sindicais dos funcionrios aos dias de ausncia, mas no descontam para efeitos de
nos mesmos termos da legislao laboral; antiguidade.
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168 I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010
Artigo 18 o facto ao servio, indicando o local onde se encontra
Paternidade
e apresentar o documento comprovativo no prazo de 5
(cinco) dias teis.
O funcionrio tem direito dispensa por paternidade,
de durao igual ao estabelecido no n. 1 do artigo 17, em 3. A no comunicao do facto nos termos da primeira
caso de morte ou incapacidade fsica ou psquica da me parte do nmero anterior implica, se no for devidamente
da criana, e enquanto a incapacidade se mantiver. fundamentada, a injustificao das faltas dadas at data
da entrada do documento comprovativo nos servios.
Artigo 19
4. Os documentos comprovativos da doena podem ser
Adopo
entregues directamente nos servios ou enviados aos
1. Em caso de adopo de menor de 10 (dez) anos, o mesmos atravs do correio, devidamente registados, rele-
candidato adoptante tem direito a licena para acom- vando, neste ltimo caso, a data da respectiva expedio,
panhamento do menor, com incio a partir da confiana caso a sua entrada nos servios for posterior ao limite
judicial. dos referidos prazos.
1. O funcionrio tem direito dispensa para partici- 1. O funcionrio que adoea no estrangeiro deve, por
par em palestras e seminrios relacionados com a sua si ou por interposta pessoa, comunicar o facto ao servio
formao ou de interesse para o servio. no prazo de 7 (sete) dias teis.
2. A dispensa referida no nmero anterior no pode
2. Salvo a ocorrncia de motivos que o impossibilitem
ser superior a 5 (cinco) dias consecutivos.
ou dificulte em termos que afastem a sua exigibilidade,
Artigo 22 os documentos comprovativos de doena ocorrida no
estrangeiro devem ser visados pela autoridade compe-
Justificao da doena
tente da misso diplomtica ou consular do pas onde o
1. A doena deve ser comprovada, nos termos da alnea d) e interessado se encontra doente e entregues ou enviados
e) do artigo 15, mediante apresentao de atestado m- ao respectivo servio no prazo de 20 (vinte) dias teis.
dico ou declarao mdica passada por estabelecimento
hospitalar ou centro de sade ou ainda por tcnico das 3. Se a comunicao e o documento comprovativo de
instituies destinadas a reabilitar a toxicodependncia doena forem enviados atravs do correio sob registo,
ou alcoolismo. tomar-se- em conta a data da respectiva expedio, para
efeitos de cumprimento dos prazos referidos nos nmeros
2. O funcionrio impedido de comparecer por motivo de anteriores, caso a data da sua entrada nos servios for
doena deve, por si ou por interposta pessoa, comunicar posterior ao limite daqueles prazos.
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I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010 169
Artigo 25 Artigo 28
4. Para efeitos do disposto neste artigo, o servio de 1. O funcionrio que se encontre na situao de faltas
que dependa o funcionrio deve, nos 5 (cinco) dias ime- por doena autorizadas pela CVI s pode regressar ao
diatamente posteriores data em que se completarem servio antes do termo do perodo previsto mediante pa-
os 30 (trinta) dias consecutivos de doena, mand-lo recer da mesma entidade que o considere apto a retomar
apresentar-se CVI. a actividade, parecer que pode ser obtido a requerimento
do interessado, apresentado, para esse efeito, no respec-
5. Se a CVI considerar o interessado apto para regres- tivo servio.
sar ao servio, as faltas dadas no perodo, de tempo que
mediar entre o termo do perodo de 30 (trinta) dias e o pa- 2. Para efeitos do nmero anterior a interveno da
recer da CVI so consideradas justificadas por doena. CVI considera-se de manifesta urgncia.
Artigo 32
6. Para efeitos do disposto neste artigo, o perodo de
30 (trinta) dias consecutivos de faltas conta-se seguida- Cmputo do prazo de faltas por doena
mente, mesmo nos casos em que haja transio de um Para efeitos do limite mximo do nmero de faltas por
ano civil para o outro. doena previsto no n1 do artigo 27 contam-se sempre,
Artigo 27 ainda que relativos a anos civis diferentes:
Limite de faltas justificadas pela CVI a) Todas as faltas por doena, seguidas ou
interpoladas, quando entre elas no mediar
1. A CVI pode justificar as faltas por doena dos funcio- um intervalo superior a 30 (trinta) dias no
nrios por sucessivos perodos de 30 (trinta) dias at ao qual no se inclui o perodo de frias;
limite mximo de 1095 (mil e noventa e cinco) dias.
b) As faltas justificadas por doena correspondentes
2. Excepcionalmente e para determinadas doenas, aos dias que medeiam entre o termo do perodo
a definir por despacho do Ministro da Sade, o limite de 30 (trinta) dias consecutivos de faltas por
mximo pode ser prorrogado por perodo superior ao doena e o parecer da CVI que considere o
previsto no nmero anterior. funcionrio capaz para o servio.
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170 I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010
Artigo 33 disposto na lei sobre a doena no sistema de proteco
Fim do prazo de faltas por doena
social obrigatria, designadamente no Decreto-Lei n.
5/2004, de 16 de Fevereiro, alterado pelos Decreto-Lei
1. Findo o perodo mximo de faltas por doena, o fun- n. 51/2005, de 27 de Julho e Decreto-Lei 50/2009, de 30
cionrio, pode, sem prejuzo do disposto no artigo 37: de Novembro.
Subseco I
a) Requerer, no prazo de 30 (trinta) dias, e atravs
do respectivo servio, a sua apresentao Faltas para Reabilitao Profissional
CVI, reunidas que sejam as condies
Artigo 36
mnimas para a aposentao;
Regime aplicvel
b) Requerer a passagem situao de licena sem
vencimento por um ano ou de longa durao, 1. O funcionrio que for considerado, pela CVI, incapaz
independentemente do tempo de servio para o exerccio das suas funes, mas apto para o de-
prestado. sempenho de outras, pode requerer a sua reconverso
ou reclassificao profissional ao abrigo da lei sobre a
2. No caso previsto na alnea a) do nmero anterior e mobilidade de pessoal.
at data da deciso da CVI, o funcionrio considerado
na situao de faltas por doena, com todos os direitos e 2. O processo de reclassificao e reconverso profis-
deveres mesma inerentes. sional decidido caso a caso, atendendo ao parecer da
CVI e s funes que o funcionrio se encontre apto a
3. O funcionrio que no requerer, no prazo previsto, a desempenhar, sem prejuzo das habilitaes literrias
sua apresentao CVI passa automaticamente situa- exigveis para o efeito.
o de licena sem vencimento de longa durao.
3. Enquanto decorrer o processo de reconverso ou
4. O funcionrio que no reunir os requisitos para reclassificao profissional, o funcionrio encontra-se em
apresentao CVI para efeitos de aposentao, deve ser regime de faltas para reabilitao profissional.
notificado pelo respectivo servio para, no dia imediato
4. s situaes previstas nos nmeros anteriores so
ao da notificao, retomar o exerccio de funes, sob
aplicveis, com as necessrias adaptaes, o regime de
pena de ficar abrangido pelo disposto na parte final do
faltas por acidente em servio ou doena profissional.
nmero anterior.
Seco II
5. Passa igualmente situao de licena sem venci-
Faltas para tratamento ambulatrio
mento de longa durao o funcionrio que, tendo sido
considerado apto pela CVI, volte a adoecer sem que tenha Artigo 37
prestado mais de 30 (trinta) dias de servio consecutivos,
Tratamento ambulatrio
nos quais no se incluem as frias.
1. O funcionrio que, encontrando-se ao servio, carea,
6. O funcionrio est obrigado a submeter-se aos exames em virtude de doena, deficincia ou acidente em servio,
clnicos que a CVI determinar, implicando a recusa da sua de tratamento ambulatrio que no possa efectuar-se
realizao a injustificao das faltas dadas desde que a data fora do perodo normal de trabalho, pode faltar durante
para a respectiva apresentao lhe tenha sido comunicada o tempo necessrio para o efeito.
com antecedncia mnima de 5 (cinco) dias.
2. Para poder beneficiar do regime de faltas previsto
7. O regresso ao servio do funcionrio que tenha passa- no nmero anterior, o funcionrio tem de apresentar
do situao de licena sem vencimento de longa durao declarao passada por uma das entidades referidas no
no est sujeito ao decurso de qualquer prazo. n. 1 do artigo 22, a qual deve indicar a necessidade de
ausncia ao servio para tratamento ambulatrio e os
8. Os procedimentos de aposentao previstos neste
termos em que o faz.
artigo tm prioridade absoluta sobre quaisquer outros,
devendo tal prioridade ser invocada pelos servios 3. O funcionrio deve apresentar um plano clnico
aquando da remessa dos respectivos processos entidade de tratamento, no servio de que depende ou, na sua
competente. falta, para cada ausncia para tratamento, apresentar
Artigo 34
documento comprovativo da sua presena no local da
realizao do mesmo.
Submisso CVI no decurso da doena
Artigo 38
O funcionrio pode, no decurso da doena, requerer a Tratamento ambulatrio do cnjuge, ascendentes,
sua apresentao CVI, aplicando-se, com as devidas descendentes e equiparados
adaptaes, o disposto no artigo 33.
1. O disposto no n. 1 do artigo anterior extensivo
Artigo 35 assistncia ao cnjuge ou equiparado, ascendentes, des-
Recursos do parecer da CVI e reapreciao do funcionrio
cendentes, adoptados, menores ou deficientes, em regime
de tratamento ambulatrio, quando comprovadamente
Ao recurso do parecer da CVI e reapreciao do fun- o funcionrio ou agente seja a pessoa mais adequada
cionrio que no for considerado invlido aplicvel o para o fazer.
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I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010 171
2. As horas utilizadas so justificadas e convertidas no prazo e nos termos estabelecidos determina a injus-
em faltas nos termos do artigo anterior e produzem os tificao de todas as faltas dadas ao servio at data
efeitos das faltas para assistncia a familiares. da apresentao da mesma, salvo nos casos imputveis
quela entidade.
Artigo 39
Justificao e controle das faltas para assistncia a membros 2. So igualmente consideradas injustificadas as faltas
do agregado familiar dadas entre o termo do prazo determinado pela auto-
ridade sanitria para apresentao dos resultados dos
1. A justificao e o controle das faltas para assistncia exames referidos no artigo 41 e a data de apresentao
a membros do agregado familiar do funcionrio devem dos mesmos, quando o atraso for da responsabilidade do
ser feitos em termos idnticos aos previstos na lei para funcionrio.
as faltas por doena do prprio trabalhador.
Seco III
2. O atestado mdico justificativo da doena do familiar Faltas injustificadas
deve mencionar expressamente que o doente necessita de
acompanhamento ou assistncia permanente. Artigo 43
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172 I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010
1. O funcionrio com mais de um ano de servio efectivo 3. No ano seguinte ao do regresso o funcionrio tem
pode requerer licena sem vencimento com a durao direito a um perodo de frias proporcional ao tempo de
mnima de 30 (trinta) dias e mxima de 90 (noventa) servio prestado no ano do regresso mais as frias no
dias a gozar seguida ou interpoladamente. gozadas do ano da licena caso haja acumulao.
Subseco III
2. O funcionrio a quem tenha sido concedida licena sem
vencimento, nos termos do nmero anterior, no pode, nos Licena sem vencimento de longa durao
2 (dois) anos seguintes, requerer a mesma licena. Artigo 50
3. Quando a licena abranja dois anos civis, o funcio- A licena prevista no artigo anterior no pode ter du-
nrio tem direito, no ano de regresso e no seguinte a um rao inferior a 2 (dois) anos.
perodo de frias proporcional ao tempo de servio pres-
Artigo 52
tado, respectivamente, no ano de suspenso de funes
e no ano de regresso actividade. Efeitos da licena
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I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010 173
Artigo 60
O regresso ao servio do funcionrio que tenha estado
na situao de licena sem vencimento de longa durao Princpios gerais
s pode ocorrer aps inspeco mdica pela Comisso de
Quando razes de interesse pblico o aconselharem,
Verificao de incapacidade ou pela autoridade sanitria
pode ser concedida a funcionrios de nomeao definitiva,
da rea de residncia do funcionrio.
licena sem vencimento para o exerccio de funes em
Subseco III organismos internacionais, revestindo, conforme os casos,
uma das seguintes modalidades:
Licena sem vencimento para acompanhamento do cnjuge
colocado no estrangeiro
a) Licena para o exerccio de funes com carcter
Artigo 55 precrio ou experimental com vista a uma
integrao futura no respectivo organismo;
Regime
b) Licena para o exerccio de funes na qualidade
O funcionrio tem direito concesso de licena sem de funcionrio ou agente do quadro de um
vencimento para acompanhamento do cnjuge, quando organismo internacional.
este tenha ou no a qualidade de funcionrio, for colo-
cado no estrangeiro por perodo de tempo superior a 90 Artigo 61
(noventa) dias ou tempo indeterminado, em misses de Licena para exerccio de funes com carcter precrio ou
representao do pas, ou em organizaes internacionais experimental em organismo internacional
de que Cabo Verde seja membro.
1. A licena prevista na alnea a) do artigo anterior
Artigo 56 tem a durao mxima de 2 (dois) anos e no determina
Concesso e efeitos da licena a abertura de vagas, mas implica a cessao da requisio
e comisso de servio.
1. A licena concedida pelo membro do Governo, a re-
querimento do interessado devidamente fundamentado. 2. A licena implica a perda total da remunerao con-
tando, porm, o tempo de servio respectivo para todos os
2. A concesso da licena por perodo superior a um ano efeitos legais, sem prejuzo do disposto no n. 3.
a titular de um lugar do quadro determina a abertura
de vaga. 3. O funcionrio continua a efectuar os descontos para
a aposentao, penso de sobrevivncia e assistncia m-
3. O perodo de licena no conta para quaisquer efeitos, dica, caso a Administrao Pblica concordar em pagar
salvo legislao especial. as prestaes estabelecidas na lei.
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174 I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010
Artigo 62 eventual de servio para formao, em relao aos demais
Licena para exerccio de funes como funcionrio
funcionrios do mesmo servio ou organismo, indepen-
ou agente de organismo internacional dentemente da sua seleco, nos termos da lei especial
aplicvel, designadamente o Decreto-Lei n. 1/87, de 10
1. A licena prevista na alnea b) do artigo 60 con- de Janeiro.
cedida pelo perodo de exerccio de funes e determina
a abertura de vaga. 2. O funcionrio de licena ao abrigo desta seco que
beneficiar da colocao em comisso eventual de servio,
2. O funcionrio tem, aquando do seu regresso, direito a sua licena converte-se automaticamente na referida
a ser provido em vaga do seu cargo, podendo ficar na comisso.
situao de disponibilidade no ano do seu regresso.
3. colocao em comisso eventual de servio, aplica-
3. aplicvel licena prevista neste artigo o disposto
se a lei geral.
no n. 2 do artigo 52 e no artigo 53, com as necessrias
adaptaes. Artigo 67
Artigo 65
CAPTULO V
Prioridade
c) Tempo contado para antiguidade no cargo referido
a anos meses e, dias e independentemente do
1. O funcionrio em licena nos termos dos n.s 2 e 3 do servio ou organismo onde as funes foram
artigo anterior tem prioridade na colocao em comisso exercidas.
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I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010 175
4. As reclamaes so decididas pelo dirigente dos 2. O funcionrio referido no nmero anterior tem
servios depois de obtidos os necessrios esclarecimentos direito em cada ano civil a gozar seguida ou interpola-
e prestadas as convenientes informaes. damente 10 (dez) dias teis de licena, com desconto no
vencimento, mas sem perda de qualquer outra regalia,
5. As decises so notificadas ao reclamante no prazo desde que o requeiram nos seguintes termos:
de 30 (trinta) dias por ofcio entregue por protocolo ou
remetido pelo correio, com aviso de recepo. a) Com 2 (dois) dias de antecedncia no caso de
pretenderem um dia de licena;
Artigo 73
b) Com 5 (cinco) dias de antecedncia no caso de
Recurso da deciso sobre a reclamao pretenderem 2 (dois) a 5 (cinco) dias de licena;
1. Das decises sobre as reclamaes cabe recurso c) Com 30 (trinta) dias de antecedncia caso de
para o membro do Governo competente, a interpor no pretenderem mais de 5 (cinco) dias de licena.
prazo de 20 (vinte) dias a contar da data da recepo da
notificao. 3. O funcionrio referido no n. 1 tem direito dispensa, sem
perda de vencimento e antiguidade, de 6 (seis) dias teis
2. A deciso do recurso notificada ao recorrente, apli- para pesquisas, com vista apresentao de trabalhos
cando-se o disposto no n. 5 do artigo anterior. acadmicos ou outros devidamente fundamentados.
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176 I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010
1. Os funcionrios actualmente em regime de licena O presente diploma entra em vigor 30 (trinta) dias aps
sem vencimento de longa durao, nos termos do De- sua publicao no Boletim Oficial.
creto-legislativo n. 3/93, de 5 de Abril, e que ainda no
tenham completado dois anos nesta situao, podem no Visto e aprovado em Conselho de Ministros.
prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da entrada em vigor
do presente diploma, requerer ao membro do Governo de Jos Maria Pereira Neves - Manuel Inocncio Sousa
que dependem o imediato regresso ao cargo de origem, - Baslio Mosso Ramos - Maria Cristina Lopes de Al-
caso em que no havendo vaga se mantm em situao meida Fontes Lima - Jos Brito - Cristina Duarte - Lvio
de licena at completarem aquele mencionado tempo. Fernandes Lopes - Marisa Helena do Nascimento Morais
- Ftima Maria Carvalho Fialho - Maria Madalena Bri-
2. Decorridos 2 (dois) anos na situao de licena de to Neves - Sidnio Fontes Lima Monteiro - Jos Maria
longa durao aplica-se integralmente aos funcionrios Veiga - Sara Maria Duarte Lopes - Manuel Veiga - Vera
referidos no nmero anterior o novo regime estabelecido Valentina Benrs de Melo Duarte Lobo de Pina - Janira
para o efeito, no presente diploma. Fonseca Hopffer Almada
3. Fica sem efeito a pena de extino do vnculo com Promulgado em, 25 de Fevereiro de 2010.
a Funo Pblica prevista no n 2, do artigo 48, do
Publique-se.
Decreto-Legislativo n. 3/93, de 5 de Abril, aplicando-se
integralmente ao pessoal abrangido o regime de licena O Presidente da Repblica, PEDRO VERONA RO-
sem vencimento de longa durao estabelecido no pre- DRIGUES PIRES
sente diploma.
Referendado em 25 de Fevereiro de 2010.
Artigo 79
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178 I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010
Artigo 4 seja cometida pela ARAP no mbito do processo de cer-
Publicao
tificao, desde a fase administrativa de formao dos
contratos at s fases finais dos processos, incluindo
1. Certificados os integrantes da UGA, a entidade execuo, praticando ou promovendo os diversos actos,
adquirente profere despacho em que, atestando a prvia conforme competncia especfica atribuda por lei, em
certificao por parte da ARAP, designa os integrantes da estreita articulao com as Entidades Adquirentes junto
UGA e define a competncia desta conforme alneas b) e das quais funcionam.
c) do n. 2 do artigo 2, podendo ainda estabelecer deter-
minaes quanto a logstica ou outras pertinentes. 2. Cada UGA tem por misso executar as polticas
de aquisies pblicas, de forma a assegurar melhores
2. O despacho referido no nmero antecedente pu- condies negociais aos servios e organismos do res-
blicado no Boletim oficial. pectivo ministrio, racionalizar os processos e custos de
aquisio.
3. ARAP no publica no seu website os nomes recusados.
3. Compete s UGA:
Artigo 5
a) Efectuar a compilao da informao de compras,
Promoo
mantendo os registos previstos no artigo 65
1. Cabe ARAP promover qualquer UGA ou seus inte- da Lei n. 17/VII/2007, de 10 de Setembro,
grantes, certificando-os para aquisies de nvel superior ao nvel das Entidades Adquirentes que
ou diferente. representam e proceder ao respectivo envio
UGAC, nos moldes e periodicidades por esta
2. A promoo requerida, no caso das UGA, pelo definidos, nos termos do disposto no artigo
responsvel mximo da entidade adquirente, mediante 33. e seguintes do Decreto-Lei n. 1/2009, de
proposta do responsvel mximo do servio em que a 5 de Janeiro.
UGA se enquadre e, no caso de qualquer integrante de
uma UGA, pela pessoa interessada. b) Promover, para as categorias transversais ou
sectoriais que lhes forem cometidas ao nvel
3. Aplica-se ao processo de promoo o disposto no artigo das Entidades Adquirentes, os processos
3, com as devidas adaptaes, devendo a ARAP socorrer-se aquisitivos, desde a fase administrativa de
dos elementos por ela mesma oficiosamente obtidos, seja formao dos contratos at final do processo,
pela anlise do comportamento habitual das UGA em causa incluindo a execuo dos contratos;
ou seus integrantes, ou por outros meios.
c) Praticar os actos relacionados com os procedimentos
4. A recusa da promoo notificada s pessoas inte- administrativos pr-contratuais da sua
ressadas, cabendo dela recurso nos termos legais. competncia, designadamente elaborando
os anncios de abertura, promovendo a
Artigo 6
sua publicao, preparando as peas dos
Desqualificao procedimentos e praticando todos os demais
actos que resultem da legislao aplicvel;
1. Por iniciativa prpria, de qualquer entidade ad-
quirente ou outro interessado legtimo, a ARAP pode d) Conduzir os procedimentos centralizados de
desencadear processo tendente a desqualificar qualquer negociao e contratao das aquisies da
UGA ou integrante de UGA. sua competncia;
2. Por interessado legtimo, entende-se alguma enti- e) Praticar, nos limites da legislao aplicvel,
dade ou pessoa que se tenha considerado prejudicada, de os actos de adjudicao relativos aos
algum modo, por actuao ilegal da entidade visada e o procedimentos pr-contratuais que sejam da
demonstre ARAP, para efeitos do fim pretendido. sua competncia, se para tal mandatadas
pelas Entidades Adquirentes;
3. A ARAP estabelece normas internas para a desqua-
lificao, a qual s ocorre em circunstncias que revelem f) Funcionar como apoio de primeira linha da
de forma manifesta a incapacidade ou inadequao da UGAC no auxlio s Entidades Adquirentes
entidade visada para cumprir com os princpios e normas que representa, relativamente a aquisies
do Sistema Regulado de Aquisies Pblicas. centralizadas ou outros contratos pblicos por
si celebrados, em nome daquelas entidades;
4. A deciso de desqualificao devidamente fundamen-
tada e notificada entidade interessada, podendo as pessoas g) Monitorizar os consumos e supervisionar a
fsicas por ela afectadas recorrer nos termos legais. aplicao das condies negociadas com os
fornecedores de bens mveis e os prestadores
Artigo 7
de servios, reportando UGAC e ARAP;
Atribuies das UGA
h) Implementar o processo de simplificao,
1. s UGA cometida a responsabilidade da execuo normalizao e automatizao dos processos
dos processos de aquisio pblica para as categorias de compras nas Entidades Adquirentes, em
transversais e sectoriais cuja competncia tcnica lhes articulao com a UGAC;
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180 I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010
Contempla o presente diploma, entre outros, a base So sujeitos passivos as pessoas singulares ou colecti-
de incidncia objectiva e subjectiva, o valor das taxas a vas e outras entidades legalmente equiparadas que, nos
cobrar, a fundamentao econmico-financeira do seu termos da lei e dos regulamentos, estejam vinculados
valor, o modo de pagamento, actualizao do seu valor ao cumprimento da prestao tributria, de natureza
e disposies finais. material ou formal.
Assim; Artigo 4
e) A apreciao dos planos de estudos no mbito dos Nenhum acto ou facto pode ser praticado sem prvio paga-
processos de autorizao de funcionamento mento das taxas e outros encargos aprovados pelo presente
de cursos; diploma, salvo nos casos previstos no artigo anterior.
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I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010 181
Artigo 9 Artigo 12
Licenciatura 1.500$00
Pedido de reconhe-
cimento de graus Ps-graduao que no confere grau acadmico 1.800$00
acadmicos e diplomas Mestrado 2.000$00
estrangeiros e res-
pectivas certides: Doutoramento 3.000$00
Mestrado 1.500$00
Doutoramento 2.500$00
Ps-graduao 500$00
Pedido de reconhecimento de graus e diplomas de cursos ministrados por instituies de ensino 50.000$00
superior particular com reconhecimento oficial provisrio
Pedido de autorizao para extenso geogrfica de uma instituio de ensino superior 50.000$00
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182 I SRIE NO 9 B. O. DA REPBLICA DE CABO VERDE 8 DE MARO DE 2010
B O L E T I M OFICIAL
Registo legal, n 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001 Av. Amlcar Cabral/Calada Diogo Gomes,cidade da Praia, Repblica Cabo Verde.
C.P. 113 Tel. (238) 612145, 4150 Fax 61 42 09
Email: [email protected]
Site: www.incv.gov.cv
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Para o pas: Para pases estrangeiros:
Por ordem superior e para constar, comunica-se que no sero aceites
quaisquer originais destinados ao Boletim Oficial desde que no tragam Ano Semestre Ano Semestre
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importncia precisa para garantir o seu custo. acrescentado de 50%.