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3876 Diário da República, 1.ª série — N.

º 142 — 24 de julho de 2012

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA 4 — Nos trabalhos da comissão parlamentar de inqué-


rito à tragédia de Camarate podem participar, querendo,
Lei n.º 26/2012 representantes das famílias das vítimas, nos termos das
normas legais e regimentais aplicáveis, até ao número de
de 24 de julho dois por cada uma das vítimas do sinistro.
Aprovada em 13 de julho de 2012.
Primeira alteração à Lei n.º 17/2003, de 4 de junho
(iniciativa legislativa de cidadãos) A Presidente da Assembleia da República, Maria da
Assunção A. Esteves.
A Assembleia da República decreta, nos termos da
alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

Artigo único PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS


Alteração à Lei n.º 17/2003, de 4 de junho
Secretaria-Geral
O artigo 2.º da Lei n.º 17/2003, de 4 de junho, passa a
ter a seguinte redação:
Declaração de Retificação n.º 39/2012
«Artigo 2.º Nos termos das disposições conjugadas da alínea r) do
[...]
n.º 2 do artigo 2.º e do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 4/2012,
de 16 de janeiro, declara-se que o Decreto Legislativo Re-
São titulares do direito de iniciativa legislativa os gional n.º 22-A/2012, de 30 de maio, publicado no Diário
cidadãos inscritos no recenseamento eleitoral, quer no da República, 1.ª série, n.º 105, de 30 de maio de 2012,
território nacional, quer no estrangeiro.» saiu com a seguinte inexatidão, que, mediante declaração
da entidade emitente, assim se retifica:
Aprovada em 8 de junho de 2012. No n.º 9 do artigo 23.º do anexo «Regulamento de Con-
curso do Pessoal da Educação Pré-Escolar e Ensinos Básico
A Presidente da Assembleia da República, Maria da
e Secundário», onde se lê:
Assunção A. Esteves.
«9 — Para além das alterações decorrentes do nú-
Promulgada em 12 de julho de 2012.
mero de horas letivas, a aquisição de licenciatura e ou
Publique-se. habilitação profissional para a atividade docente ou o
completamento de 360 dias de serviço docente no de-
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. curso da vigência do contrato determina a alteração do
Referendada em 13 de julho de 2012. índice com efeitos ao dia 1 do mês seguinte.»
O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. deve ler-se:
Resolução da Assembleia da República n.º 91/2012 «9 — Para além das alterações decorrentes do nú-
mero de horas letivas, a aquisição de licenciatura e ou
habilitação profissional para a atividade docente ou o
Constituição da X comissão parlamentar de inquérito
à tragédia de Camarate completamento de 365 dias de serviço docente no de-
curso da vigência do contrato determina a alteração do
A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 índice com efeitos ao dia 1 do mês seguinte.»
do artigo 166.º e do artigo 178.º da Constituição e da alí-
nea a) do n.º 1 do artigo 2.º da Lei n.º 5/93, de 1 de março, Secretaria-Geral, 17 de julho de 2012. — Pelo Secretário-
alterada pela Lei n.º 126/97, de 10 de dezembro, e alterada -Geral, Ana Palmira Antunes de Almeida, Secretária-Geral-
e republicada pela Lei n.º 15/2007, de 3 de abril, o seguinte: -Adjunta, em substituição.
1 — É constituída uma comissão parlamentar de inqué-
rito à tragédia de Camarate.
2 — O inquérito tem por objeto dar continuidade à PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS
averiguação cabal das causas e circunstâncias em que, no E MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
dia 4 de dezembro de 1980, ocorreu a morte do Primeiro-
-Ministro, Francisco Sá Carneiro, do Ministro da Defesa
Nacional, Adelino Amaro da Costa, e dos seus acompa- Portaria n.º 223/2012
nhantes, designadamente dando seguimento às recomen- de 24 de julho
dações emitidas pelas VIII e IX comissões parlamentares de
inquérito e investigando factos novos que, eventualmente, O Decreto-Lei n.º 115/2012, de 25 de maio, definiu
lhe sejam apresentados. a missão, atribuições e o tipo de organização interna da
3 — A comissão de inquérito iniciará os seus trabalhos Direção-Geral do Património Cultural. Importa agora, no
no arranque da 2.ª sessão legislativa, em data que será desenvolvimento daquele decreto-lei, determinar a estru-
fixada, nos termos da lei e do Regimento, pela Presidente tura e as competências das respetivas unidades orgânicas
da Assembleia da República, ouvida a Conferência de Lí- nucleares e estabelecer o número máximo de unidades
deres, para momento posterior à conclusão dos trabalhos de orgânicas flexíveis.
outros inquéritos parlamentares já em curso. Contar-se-ão Assim:
a partir dessa data de início de funcionamento efetivo os Ao abrigo dos n.os 4 e 5 do artigo 21.º da Lei n.º 4/2004,
prazos legais e regimentais aplicáveis. de 15 de janeiro, e considerando as competências dele-
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gadas nos termos do n.º 11 do artigo 10.º do Decreto-Lei palácios e monumentos afetos à DGPC com outras entida-
n.º 86-A/2011, de 12 de julho, manda o Governo, pelo des, públicas e privadas, nacionais e estrangeiras;
Ministro de Estado e das Finanças e pelo Secretário de c) Assegurar, em articulação com o Departamento de
Estado da Cultura, o seguinte: Estudos, Projetos, Obras e Fiscalização (DEPOF), a re-
novação e requalificação das instalações e a aquisição
Artigo 1.º de equipamentos para os palácios e monumentos afetos
à DGPC;
Estrutura nuclear da Direção-Geral do Património Cultural
d) Promover e desenvolver, em articulação com o Depar-
1 — Integram a estrutura nuclear dos serviços centrais tamento de Museus, Conservação e Credenciação (DMCC)
da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) as se- e com o DEPOF, projetos internacionais, designadamente
guintes unidades orgânicas: junto dos países de língua oficial portuguesa, de inter-
câmbio de saberes e práticas entre profissionais das áreas
a) O Departamento dos Bens Culturais;
disciplinares no âmbito das competências da DGPC;
b) O Departamento de Museus, Conservação e Cre-
e) Pronunciar-se, no âmbito das competências do De-
denciação;
partamento, sobre o interesse cultural de atividades ou
c) O Departamento de Estudos, Projetos, Obras e Fis-
sobre a utilidade pública de entidades com intervenção
calização;
no setor da DGPC;
d) O Departamento de Planeamento, Gestão e Con-
f) Propor normas e orientações técnicas para a salva-
trolo.
guarda, conservação e valorização de monumentos, con-
juntos, sítios, bens imóveis classificados ou em vias de
2 — Integram a estrutura nuclear da DGPC os seguintes classificação, bem como dos imóveis situados em zonas
serviços dependentes: de proteção;
a) Museu Nacional de Arte Antiga; g) Pronunciar-se sobre as alterações da legislação no do-
b) Convento de Cristo; mínio do património arquitetónico e arqueológico e propor
c) Mosteiro de Alcobaça; normas e orientações técnicas para as suas práticas;
d) Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém; h) Promover, em articulação com o DEPOF, o plano
e) Mosteiro de Santa Maria da Vitória (Batalha); regional de intervenções prioritárias em matéria de estudo
f) Palácio Nacional da Ajuda; e salvaguarda do património arquitetónico e arqueológico
g) Palácio Nacional de Mafra; classificado, bem como os programas e projetos anuais e
h) Palácio Nacional de Queluz; plurianuais para a sua conservação, restauro e valorização,
i) Palácio Nacional de Sintra; assegurando a respetiva promoção e execução nos imóveis
j) Museu do Chiado/Museu Nacional de Arte Contem- afetos à DGPC na circunscrição territorial que corresponde
porânea/Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves; ao nível II da Nomenclatura das Unidades Territoriais para
k) Museu Nacional de Arqueologia; Fins Estatísticos (NUTS), estabelecida pelo Decreto-Lei
l) Museu Nacional do Azulejo; n.º 46/89, de 15 de fevereiro, para o território continental
m) Museu Nacional dos Coches e anexo em Vila Vi- de Lisboa e Vale do Tejo;
çosa; i) Propor a suspensão ou o embargo administrativo de
n) Museu Nacional de Etnologia/Museu de Arte Po- trabalhos licenciados ou efetuados em desconformidade
pular; com a lei ou em desrespeito pelo respetivo ato permissivo,
o) Museu Nacional de Machado de Castro; bem como propor a sua demolição total ou parcial se for
p) Museu Nacional de Soares dos Reis; caso disso;
q) Museu Nacional do Teatro; j) Prestar serviços de consultoria ou de apoio técnico,
r) Museu Nacional do Traje. tanto a entidades públicas como privadas, referente ao patri-
mónio classificado e em vias de classificação, bem como ao
3 — Os departamentos e os serviços dependentes enun- património cultural de origem portuguesa, designadamente
ciados no número anterior são dirigidos, respetivamente, às ações de salvaguarda do património cultural;
por diretores de serviços e diretores, cargos de direção k) Participar na preparação e execução de acordos cultu-
intermédia do 1.º grau. rais no domínio das atribuições da DGPC, em articulação
com o Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação
Artigo 2.º Culturais (GEPAC), no caso de acordos internacionais.
Departamento de Bens Culturais
2 — São competências do DBC, na área do património
1 — Ao Departamento de Bens Culturais, abreviada- arquitetónico:
mente designado por DBC, compete:
a) Coordenar os procedimentos de licenciamento e au-
a) Monitorizar a aplicação das convenções internacio- torização de realização de obras em bens imóveis clas-
nais no âmbito das áreas das atribuições e competências sificados ou em vias de classificação, na circunscrição
da DGPC, nomeadamente da UNESCO e do Conselho territorial da NUTS II de Lisboa e Vale do Tejo, bem como
da Europa, e em particular a Convenção para a Proteção os instruídos pelas direções regionais de cultura (DRC) nas
do Património Mundial, Cultural e Natural, através da suas circunscrições territoriais;
aplicação das suas orientações técnicas; b) Coordenar os procedimentos de licenciamento e au-
b) Assegurar a implementação dos planos anuais de torização de realização de obras nas zonas de proteção
atividades dos palácios e dos monumentos inscritos na de imóveis classificados ou em vias de classificação na
lista do património mundial afetos à DGPC, organizando circunscrição territorial da NUTS II de Lisboa e Vale do
e tratando a respetiva informação, bem como dinamizar e Tejo, ou dos instruídos pelas DRC no caso dos imóveis
acompanhar a execução de atividades de cooperação dos afetos à DGPC;
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c) Pronunciar-se sobre planos, projetos, trabalhos e dos conhecimentos sobre o património cultural náutico e
ações de iniciativa de entidades, públicas ou privadas, subaquático.
no âmbito do ordenamento do território, do ambiente,
do planeamento urbanístico, do fomento turístico e de 4 — São competências do DBC, na área dos bens imóveis:
obras públicas, bem como promover ou participar na
elaboração desses planos e projetos, nomeadamente nos a) Propor e promover, na circunscrição territorial da
planos de pormenor de salvaguarda e propor formas de NUTS II de Lisboa e Vale do Tejo, a classificação ou a
articulação da DGPC com as entidades competentes da inventariação de bens culturais imóveis, bem como a de-
área da administração do território e do ambiente para finição ou redefinição das zonas especiais de proteção, e
a salvaguarda do património cultural arquitetónico e ar- coordenar os procedimentos nas restantes circunscrições
queológico; territoriais do continente, bem como propor a conversão
d) Pronunciar-se sobre a expropriação ou sobre o exer- de anteriores procedimentos, nomeadamente a desclassi-
cício do direito de preferência por parte do Estado sobre ficação;
bens imóveis classificados ou em vias de classificação, b) Sistematizar, desenvolver, organizar e manter atuali-
bem como sobre os situados nas zonas de proteção loca- zado o Inventário Geral do Património Cultural no âmbito
lizadas na circunscrição territorial da NUTS II de Lisboa das competências da DGPC, bem como os inventários já
e Vale do Tejo; existentes, designadamente o inventário respeitante aos
e) Propor, em articulação com o DEPOF e com as DRC, imóveis classificados, em articulação com o Sistema de
orientações e medidas preventivas visando a conservação pre- Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) e o
ventiva do património cultural arquitetónico e arqueológico. sistema de informação relativos às bases de dados geor-
referenciadas;
3 — São competências do DBC, na área do património c) Assegurar os registos patrimoniais de classificação
arqueológico: e de inventário.
a) Estudar e propor a definição de normas a que deve 5 — São competências do DBC, na área dos bens móveis:
obedecer o impacte arqueológico de obras, públicas ou
privadas, em meio terrestre ou subaquático, que envolvam a) Instruir os processos de classificação e desclassi-
remoção ou revolvimento substancial de terras e as inter- ficação de bens culturais móveis, nos termos da lei, e
venções arqueológicas necessárias em empreendimentos, pronunciar-se sobre as propostas de classificação ou de
públicos ou privados, que envolvam significativas trans- inventariação de bens culturais móveis que não integrem
formações da topografia ou paisagem, bem como do leito o acervo dos museus e serviços dependentes da DGPC;
ou subsolo de águas interiores ou territoriais, para garantir b) Organizar e manter atualizado o sistema de informa-
medidas minimizadoras e de salvamento; ção dos bens culturais móveis, classificados ou em vias de
b) Propor a criação de parques ou reservas arqueológicas classificação, e proceder à disponibilização dessa informa-
de proteção e assegurar a sua fiscalização; ção, assegurando o respeito pelos direitos consagrados na
c) Propor a autorização, fiscalizar tecnicamente e acom- Constituição e estabelecidos em matéria de proteção de
panhar a realização dos trabalhos arqueológicos no subsolo dados pessoais;
ou no meio aquático e submeter a aprovação os respetivos c) Assegurar os serviços de inspeção de bens culturais
relatórios; móveis classificados e propor as medidas necessárias à
d) Credenciar, nos termos a definir em diploma próprio, salvaguarda de bens culturais móveis, classificados ou em
entidades empresariais que exerçam a sua atividade no vias de classificação, e adotar as providências previstas
domínio da arqueologia; na lei, de forma a assegurar a sua adequada proteção e
e) Promover a avaliação de bens provenientes de tra- salvaguarda;
balhos arqueológicos ou achados fortuitos, bem como as d) Pronunciar-se sobre pedidos de expedição e expor-
medidas necessárias à sua conservação e propor o seu local tação, temporária ou definitiva, de bens culturais móveis
de recolha e depósito provisório; e acompanhar a importação e admissão de bens culturais
f) Acompanhar o depósito de bens arqueológicos e pre- móveis, nos termos da lei, tendo em vista a salvaguarda e
caver a respetiva inventariação e classificação, promo- valorização do património cultural móvel e a prevenção
vendo a constituição de uma rede nacional de depósitos de do tráfico ilícito de bens culturais;
bens provenientes de trabalhos arqueológicos ou achados e) Pronunciar-se sobre propostas de aquisição de pa-
fortuitos e propor as incorporações definitivas, em articu- trimónio cultural móvel e sobre o exercício do direito de
lação com a Divisão de Museus e Certificação; preferência do Estado, em caso de venda ou dação em
g) Pronunciar-se sobre os programas de atividades dos pagamento de bens culturais móveis;
museus e sítios arqueológicos e assegurar a respetiva arti- f) Acompanhar as matérias relativas à restituição de
culação, no âmbito da valorização e da divulgação; bens culturais móveis entre Estados da União Europeia
h) Promover a salvaguarda, estudo e valorização dos ou de outros Estados em condições de reciprocidade e,
bens arqueológicos náuticos e subaquáticos, móveis e imó- nesse âmbito, pronunciar-se sobre pedidos de restituição,
veis, classificados ou em vias de classificação, bem como nos termos da lei.
os não classificados, situados ou não em reservas arque-
ológicas de proteção, designadamente através de ações e 6 — São competências do DBC, na área dos bens ima-
programas a desenvolver por imperativos de emergência, teriais:
de ordem preventiva e de acompanhamento, ou com vista
à verificação, conservação, monitorização, caracterização a) Realizar a inventariação sistemática e atualizada dos
e avaliação de descobertas fortuitas, oficialmente declara- bens que integram o património cultural imaterial, subme-
das ou não, ou ainda através de projetos fundamentados tendo superiormente o registo patrimonial de inventário
no seu manifesto e prioritário interesse para o avanço dos bens imateriais objeto de proteção legal;
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b) Promover o estudo e a salvaguarda do património no que se refere à execução da política de aquisições, à


cultural imaterial, bem como a valorização e a divulgação reorganização de coleções, à cedência de bens culturais
dos bens culturais imateriais; móveis e à aceitação de depósitos, doações e legados;
c) Apoiar programas e projetos de proteção das expres- b) Pronunciar-se sobre projetos de criação e de fusão
sões orais de transmissão cultural e das técnicas e saberes de museus, nos termos da Lei-Quadro dos Museus Por-
tradicionais; tugueses;
d) Promover o registo gráfico, sonoro, audiovisual ou c) Assegurar a atualização das estatísticas de visitantes
outro das realidades sem suporte material para efeitos do dos museus, bem como a correspondente produção de
seu conhecimento, preservação e valorização, bem como informação, e colaborar na gestão das bases de dados re-
o registo dos bens culturais móveis ou imóveis associados lativas à realidade museológica portuguesa em articulação
ao património imaterial, sempre que aplicável; com o GEPAC;
e) Cooperar com centros de investigação, estabeleci- d) Coordenar a elaboração de programas de estágios
mentos de ensino superior, autarquias e particulares com na DGPC e nos serviços e museus dependentes, tendo
vista ao registo e divulgação dos bens imateriais; em vista o aprofundamento das componentes práticas da
f) Assegurar a articulação e o apoio técnico às DRC atividade museológica;
e a outras entidades públicas ou privadas em matéria de e) Apoiar, em articulação com o DBC, os museus de-
defesa e valorização dos bens imateriais representativos pendentes na realização de estudos sobre o património
das comunidades, incluindo das minorias étnicas. imaterial associado e relacionado com as coleções.

Artigo 3.º 3 — São competências do DMCC, na área de creden-


Departamento de Museus, Conservação e Credenciação
ciação e qualificação de museus:

1 — Ao Departamento de Museus, Conservação e Cre- a) Coordenar e executar os procedimentos necessários


denciação, abreviadamente designado por DMCC, com- à credenciação de museus e à sua integração na Rede
pete: Portuguesa de Museus (RPM), nos termos da lei;
b) Assegurar a articulação entre os museus da RPM,
a) Promover e desenvolver, em articulação com o DBC, bem como promover e coordenar programas de apoio
projetos internacionais na área da museologia e da con- técnico e de apoio financeiro a museus, designadamente
servação e restauro, bem como dinamizar e acompanhar a os que integrem a RPM, acompanhar os projetos apoiados
execução de ações de cooperação entre os museus afetos e assegurar o controlo da sua execução técnica;
à DGPC e outras entidades, públicas e privadas, nacionais c) Dar parecer sobre a concessão de apoios financei-
e estrangeiras; ros do Estado destinados à criação e qualificação de mu-
b) Acompanhar a implementação dos planos anuais de seus;
atividades dos museus afetos à DGPC; d) Assegurar a articulação e apoio técnico às DRC em
c) Assegurar, em articulação com o DEPOF, a renovação matérias relacionadas com a museologia;
e requalificação das instalações e a aquisição de equipa- e) Colaborar na elaboração de estudos de públicos de
mentos para os museus dependentes da DGPC; museus com vista à caracterização dos seus diversos seg-
d) Prestar serviços de consultoria ou de apoio técnico; mentos e apoiar a definição e implementação de estratégias
e) Implementar ações de conservação e restauro de bens de captação e formação de públicos.
culturais móveis integrados em imóveis afetos à DGPC, de
acordo com uma ordem de prioridades anual e plurianual 4 — São competências do DMCC, na área da conser-
em articulação com o DEPOF; vação:
f) Pronunciar-se, no âmbito das competências do De-
partamento, sobre o interesse cultural de atividades ou a) Efetuar ou promover a realização, através de serviços
sobre a utilidade pública de entidades com intervenção próprios ou em colaboração com outras entidades nacionais
no setor da DGPC; ou estrangeiras, de projetos de investigação e ações de
g) Participar na preparação e execução de protocolos e formação na área da conservação e restauro, das técnicas
acordos culturais no domínio das competências da DGPC, de produção artística e da ciência dos materiais;
em articulação com o GEPAC, no caso de acordos inter- b) Propor medidas no âmbito da conservação preven-
nacionais; tiva e de avaliação e gestão de riscos, nomeadamente em
h) Recolher e disponibilizar informação na área da mu- relação aos bens culturais móveis dos serviços da DGPC,
seografia e da conservação e restauro, nos planos nacional e conceber e divulgar as normas e orientações técnicas
e internacional; relativas à conservação e restauro do património cultural
i) Orientar, enquadrar e apoiar, nomeadamente através móvel;
de parcerias, ações de investigação e estágios profissionais c) Promover, em articulação com a área de laboratório, a
nas diferentes áreas da museologia e da conservação e realização de estudos técnicos de peritagem, efetuar diag-
restauro de bens culturais móveis. nósticos do estado de conservação do património cultural,
em casos de especial relevância;
d) Creditar, nos termos a definir em diploma próprio, a
2 — São competências do DMCC, na área da museo-
qualificação de entidades públicas ou privadas, coletivas
logia:
ou individuais, que exerçam atividades de conservação e
a) Promover o estudo, a investigação e a divulgação das restauro do património cultural móvel e integrado;
coleções dos museus dependentes, bem como assegurar a e) Prestar assistência e consultoria científica e técnica
gestão de coleções e acompanhar os procedimentos relati- a projetos desenvolvidos por outras entidades, bem como
vos à incorporação de bens culturais móveis, incluindo os realizar, conjuntamente com outras entidades, públicas ou
bens arqueológicos, nos museus da DGPC, designadamente privadas, ações exemplares que possam constituir-se em
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catalisadores da atividade de salvaguarda e conservação g) Prestar serviços de consultoria, de estudos e projetos ou


dos bens culturais móveis; de apoio técnico, tanto a entidades públicas como privadas,
f) Pronunciar-se sobre propostas de intervenção de con- referente ao património classificado e em vias de classifica-
servação e restauro a realizar em bens culturais móveis ção, bem como ao património cultural de origem portuguesa;
classificados ou em vias de classificação, bem como efetuar h) Organizar e manter atualizado o arquivo de infor-
trabalhos de conservação e restauro de bens culturais mó- mação técnica, com vista à normalização, planeamento,
veis de interesse nacional e de interesse público, ou, a título coordenação e controlo das atividades da DGPC, em ma-
excecional, de bens não classificados mas de reconhecido téria de conservação, recuperação, restauro e valorização
valor histórico, artístico, técnico ou científico que possam do património cultural;
constituir-se como referência da atividade de salvaguarda i) Colaborar na atualização do Inventário Geral do Pa-
e conservação do património cultural móvel. trimónio Cultural, disponibilizando a informação relativa
às intervenções realizadas e à caracterização técnica dos
5 — São competências do DMCC, na área de labora- imóveis classificados;
tório: j) Colaborar na realização de ações de sensibilização no
domínio da conservação preventiva e da segurança junto
a) Promover a investigação sobre materiais e técnicas de entidades, públicas e privadas, que tenham à sua guarda
de produção artística, desenvolver estudos sobre os ma- bens culturais classificados, em articulação com as direções
teriais constituintes da obra de arte e sobre as causas da regionais e outros serviços da área da cultura;
sua degradação, estabelecer metodologias e desenvolver k) Assegurar o acompanhamento técnico dos projetos de
métodos para as evitar ou tratar; conservação, recuperação, restauro, reabilitação e valoriza-
b) Desenvolver e aplicar técnicas de datação e peritagem ção, desenvolvidos em património cultural arquitetónico e
de obras de arte, bem como desenvolver e aplicar métodos arqueológico e respetivas zonas de proteção, integrados na
de exame de área; circunscrição territorial da NUTS II de Lisboa e Vale do Tejo;
c) Promover as parcerias necessárias ao cumprimento l) Promover os planos, estudos, projetos e intervenções
dos seus objetivos, designadamente com estabelecimentos necessários às instalações, obras, mobiliário, segurança,
de ensino superior, centros de investigação e laboratórios acessibilidade, sinalética, equipamento museográfico e
públicos e privados, nacionais ou estrangeiros, bem como outros necessários à valorização e fruição pública do pa-
assegurar apoio técnico e científico a outras entidades e a trimónio cultural afeto à DGPC;
profissionais nas suas áreas de competência. m) Identificar, programar e fiscalizar intervenções nos
imóveis afetos à DGPC;
Artigo 4.º n) Aplicar e executar os procedimentos necessários à
Departamento de Estudos, Projetos, Obras e Fiscalização seleção e contratação das equipas de projeto, de emprei-
tada, de fiscalização e de coordenação de segurança e
1 — Ao Departamento de Estudos, Projetos, Obras e Fisca- saúde, em intervenções em imóveis, na área de intervenção
lização, abreviadamente designado por DEPOF, compete: da DGPC.
a) Monitorizar o estado de conservação dos monumen-
tos, conjuntos e sítios, integrados na circunscrição terri- 2 — São competências do DEPOF, na área de estudos
torial da NUTS II de Lisboa e Vale do Tejo e propor as patrimoniais e arqueociências:
medidas adequadas à sua salvaguarda; a) Incentivar o recurso a unidades de investigação em
b) Promover, em articulação com o DBC, na circuns- ciências naturais e exatas aplicadas à arqueologia, mantendo
crição territorial da NUTS II de Lisboa e Vale do Tejo, o e desenvolvendo coleções de referência e promovendo
plano regional de intervenções prioritárias em matéria de ações de apoio e qualificação da investigação arqueológica;
estudo e salvaguarda do património arquitetónico e arque- b) Promover a qualificação da atividade arqueológica
ológico classificado, bem como os programas e projetos nas suas diferentes vertentes, através da introdução de
anuais e plurianuais para a sua conservação, restauro e novas práticas e metodologias de trabalho e pesquisa, e
valorização, assegurando a respetiva execução nos imóveis promover a sua divulgação;
afetos à DGPC; c) Realizar, conjuntamente com outras entidades, pú-
c) Estudar o património cultural integrado nos imóveis blicas ou privadas, ações que promovam a atividade ar-
afetos à DGPC e articular com o DMCC as ações de con- queológica preventiva;
servação e restauro desses bens, de acordo com uma ordem d) Apoiar e desenvolver linhas de intervenção priori-
de prioridades anual e plurianual; tárias para o património arqueológico, nomeadamente o
d) Elaborar pareceres, recomendações e especificações Plano Nacional de Trabalhos Arqueológicos;
técnicas de projetos de construção, ampliação ou adap- e) Apoiar e acompanhar o desenvolvimento da atividade
tação de imóveis destinados à instalação de museus, à arqueológica, no âmbito das DRC;
interpretação e apresentação de coleções e à atualização de f) Manter atualizada a pesquisa das técnicas construtivas,
equipamentos, prestando apoio técnico a museus da RPM de experimentação e metodologias de intervenção em pa-
e a outras entidades, públicas e privadas; trimónio arquitetónico e arqueológico, promovendo as par-
e) Desenvolver projetos de montagem de exposições cerias necessárias, designadamente com estabelecimentos
permanentes ou temporárias promovidas pela DGPC ou de ensino superior, centros de investigação e laboratórios
pelos seus serviços dependentes; públicos e privados, nacionais e estrangeiros, acolhendo e
f) Apoiar o DBC através da análise e acompanhamento enquadrando estágios na área da sua intervenção;
das medidas destinadas a recuperar e valorizar zonas, cen- g) Em articulação com o DBC, promover a realização
tros históricos e outros conjuntos urbanos, aldeias históri- de estudos propondo metodologias de intervenção, orien-
cas, paisagens, parques, jardins e outros elementos natu- tações e medidas preventivas visando a conservação do
rais, arquitetónicos ou industriais integrados na paisagem; património cultural arquitetónico e arqueológico.
Diário da República, 1.ª série — N.º 142 — 24 de julho de 2012 3881

Artigo 5.º Artigo 7.º


Departamento de Planeamento, Gestão e Controlo Estrutura flexível

Ao Departamento de Planeamento, Gestão e Controlo, O número máximo de unidades orgânicas flexíveis da


abreviadamente designado por DPGC, compete: DGPC é fixado em 13, nele se incluindo os serviços identi-
ficados nas alíneas e), k), l) e m) do anexo I do Decreto-Lei
a) Na área do planeamento, elaborar, em articulação n.º 115/2012, de 25 de maio.
com o GEPAC, o plano anual ou os planos anuais de
atividades, bem como os seus relatórios, e outros instru- Artigo 8.º
mentos de gestão da DGPC, propor indicadores-chave e Norma revogatória
métricas de desempenho, face ao quadro de referência
estratégico da Presidência do Conselho de Ministros, São revogadas as Portaria n.os 373/2007 e 395/2007,
prestar informação ao GEPAC sobre a execução do SIA- ambas no que se refere à Direção Regional de Cultura de
DAP 1, elaborar candidaturas a fundos comunitários e ou Lisboa e Vale do Tejo, n.os 376/2007 e 377/2007, todas de
outros nas áreas de competência da DGPC, contribuir 30 de março.
para a eficiência e qualidade dos serviços prestados pela Artigo 9.º
DGPC elaborando e mantendo atualizados manuais de
procedimentos internos e propondo medidas visando a Entrada em vigor
sua desmaterialização; A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao
b) Na área da gestão financeira, assegurar a gestão or- da sua publicação.
çamental, patrimonial e analítica dos planos anuais ou
plurianuais de atividades, o controlo contabilístico dos O Ministro de Estado e das Finanças, Vítor Louçã Ra-
gastos e rendimentos, assegurando os procedimentos ad- baça Gaspar, em 11 de julho de 2012. — O Secretário
ministrativos necessários e o controlo da legalidade dos de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, em 28 de
processos relativos a despesas, bem como elaborar a conta junho de 2012.
de gerência;
c) Na área da gestão do património, assegurar os pro-
cedimentos relativos à aquisição de todos os bens e ser-
viços, gerir os bens patrimoniais de consumo corrente, MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS
assegurar a gestão e controlo do economato, gerir o
parque de veículos do Estado afetos à DGPC, coordenar Aviso n.º 67/2012
a gestão das instalações, organizar e manter atualizado
o inventário dos bens patrimoniais da DGPC e gerir os Por ordem superior se torna público ter o Reino da
contratos; Bélgica procedido, a 29 de junho de 2012, junto do
d) Na área da gestão de recursos humanos, assegurar o Secretário-Geral do Conselho da Europa, à assinatura da
recrutamento e seleção de pessoal, as atividades de forma- Convenção-Quadro sobre o Valor do Património Cultural
ção, o registo de controlo dos colaboradores, a gestão de para a Sociedade, aberta à assinatura em Faro em 27 de
contratos de pessoal, o processo de avaliação de desempe- outubro de 2010.
nho, a atividade remuneratória, a elaboração de pareceres Portugal é Parte nesta Convenção, aprovada pela Reso-
para a Direção, a produção do balanço social, garantir o lução da Assembleia da República n.º 47/2008, ratificada
cumprimento das normas relativas às condições de higiene, pelo Decreto do Presidente da República n.º 65/2008, pu-
saúde e segurança no trabalho, instruir processos discipli- blicado no Diário da República, 1.ª série-A, n.º 177, de 12
nares, de sindicância, de inquérito e de averiguações, bem de setembro de 2008, tendo depositado o seu instrumento
como de acidentes em serviço; de ratificação a 28 de agosto de 2009.
e) Na área da gestão de arquivo e expediente, receber, A Convenção-Quadro sobre o Valor do Património Cul-
tratar e distribuir a correspondência recebida e expedir a tural para a Sociedade entrou em vigor na ordem jurídica
correspondência para o exterior, bem como proceder à portuguesa a 1 de junho de 2011.
disponibilização interna, preferencialmente por via eletró- Direção-Geral de Política Externa, 4 de julho de
nica, de normas e diretivas necessárias ao funcionamento 2012. — O Subdiretor-Geral, Rui Manuel Vinhas Tava-
da DGPC. res Gabriel.

Artigo 6.º
Serviços dependentes MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO MAR,
1 — Aos museus compete prosseguir as funções museo- DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
lógicas de estudo e investigação, incorporação, inventário
e documentação, conservação, segurança, interpretação e Decreto-Lei n.º 159/2012
exposição e educação definidas na Lei-Quadro dos Museus
de 24 de julho
Portugueses.
2 — Aos palácios nacionais e monumentos Património A zona costeira assume uma crescente importância estra-
da Humanidade compete salvaguardar, valorizar, recolher, tégica em termos ambientais, económicos, sociais, culturais
investigar e colocar à fruição pública os testemunhos que, e recreativos. O aproveitamento das suas potencialidades
pela sua importância civilizacional, histórica, cultural, e a resolução dos inerentes conflitos de interesses têm
artística e estética, assumem particular relevância para a grande relevo no âmbito de uma política de desenvolvi-
afirmação da identidade nacional. mento sustentável, que se pretende apoiada numa gestão

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