Bo 13-12-2010 48

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Segunda-feira, 13 de Dezembro de 2010


I Série
Número 48

BOLETIM OFICIAL
9 700000 000000

SUMÁRIO

ASSEMBLEIA NACIONAL: Despacho Substituição n° 111/VII/2010:

Lei nº 82/VII/2010: Substituindo os Deputados Aristides Raimundo Lima, Mário Ansel-


mo Couto de e João do Carmo Brito Soares por Denise Rizette
Define o Regime de Segredo do Estado Silva Évora, Alexandre Ramos Lopes e João Lopes do Rosário,
respectivamente.
Resolução n° 108/VII/2010:
CONSELHO DE MINISTROS:
Deferir o pedido de suspensão temporária de mandato do Deputado Resolução nº 72/2010:
Ernesto Ramos Guilherme Rocha.
Aprova o Plano Nacional para a Conservação das Tartarugas Ma-
Resolução n° 109/VII/2010: rinhas em Cabo Verde (PNCTM-CV).
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E MINISTÉRIO DO TRABALHO,
Deferindo os pedidos de suspensão temporária dos mandatos dos FAMÍLIA E SOLIDARIEDADE SOCIAL:
Deputados Mário Anselmo Couto de Matos e João do Carmo
Brito Soares. Portaria nº 50/2010:
Fixa em 6.000$00 (seis mil escudos) o valor da pensão mínima
Despacho Substituição n° 109/VII/2010:
de velhice e de invalidez, atribuída a nível da protecção social
obrigatória gerida pelo Instituto Nacional de previdência Social;
Substituindo o Deputado João do Carmo Brito Soares por João
Lopes do Rosário. Portaria nº 51/2010:

Despacho Substituição n° 110/VII/2010: Actualiza o abono de família e prestações complementares


Portaria nº 52/2010:
Substituindo o Deputado Ernesto Ramos Guilherme Rocha por
Paulo da Cruz Guilherme. Actualiza o subsídio diário único nas evacuações.

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2028 I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010

ASSEMBLEIA NACIONAL material, das instalações e das comunicações


das Forças Armadas e dos serviços de
––––––– segurança e de informações;

Lei nº 82/VII/2010 d) Informações sobre a identidade dos funcionários


e a localização de instalações e meios
de 13 de Dezembro
operacionais, dos serviços de informações,
Por mandato do povo, a Assembleia Nacional decreta, segurança e defesa que não devam ser
nos termos da alínea b) do artigo 175º da Constituição, conhecidos;
o seguinte:
e) Documentos contendo medidas relativas aos
Artigo 1º procedimentos em matéria de segurança na
transmissão de dados ou informações entre
Objecto
instituições do Estado ou com outros Estados
1. A presente Lei define o regime de segredo de Esta- ou organizações internacionais;
do que deve, em cada caso, obedecer aos princípios da
f) Informação cuja divulgação pode facilitar a
excepcionalidade, proporcionalidade, subsidiariedade,
prática de crimes contra a segurança do
necessidade, tempestividade, igualdade, justiça e impar-
Estado de Cabo Verde;
cialidade, bem como ao dever de fundamentação.
g) Dados de natureza técnica, científica, industrial,
2. As restrições de acesso aos arquivos, processos e
comercial ou financeira de interesse para a
registos administrativos e judiciais, por razões atinentes
preparação da defesa militar do Estado.
à investigação criminal ou à intimidade das pessoas,
bem como as respeitantes aos serviços de informações e Artigo 4º
a outros sistemas de classificação de matérias, regem-se
por legislação própria. Classificação de segurança

Artigo 2º 1. A classificação de documentos e informações como


segredo de Estado, nos termos dos artigos precedentes
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Âmbito
é da competência do Presidente da República, do Presi-
1. A presente Lei aplica-se aos documentos e infor- dente da Assembleia Nacional, do Primeiro-Ministro e
mações cujo conhecimento por pessoas não autorizadas dos Ministros.
é susceptível de pôr em risco ou de causar dano à inde-
2. Nos casos em que por motivo de urgência, seja
pendência nacional, à unidade e integridade do Estado
necessário classificar um documento como segredo de
e à sua segurança interna e externa.
Estado, podem fazê-lo, a título provisório, no âmbito da
2. O risco e o dano referidos no número anterior são sua competência própria, com a obrigatoriedade de comu-
avaliados consoante o caso, em face das circunstâncias nicação, no mais curto prazo possível, para ratificação, às
concretas em que ocorrem, não resultando automatica- entidades referidas no número 1 que, consoante o caso,
mente da natureza da matéria em causa. se mostrem competentes para tal:

3. Não se aplica o regime do segredo de estado quando, a) O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;
nos termos da Constituição e da lei, a realização dos fins
que ele visa seja compatível com formas menos estritas b) Os directores dos serviços de informações.
de reserva de acesso à informação.
3. A competência prevista nos números 1 e 2 não é
Artigo 3º delegável.

Matérias abrangidas pelo segredo de Estado 4. A classificação provisória feita nos moldes do número
2 fica sem efeito, se no prazo máximo de 10 (dez) dias
São abrangidos pelo regime de segredo de Estado, não for ratificada pela autoridade competente em razão
uma vez verificado o condicionalismo previsto no artigo da matéria, nos termos do número 1.
anterior:
Artigo 5º
a) Matérias transmitidas a título confidencial
por Estados estrangeiros ou organizações Desclassificação
internacionais;
1. As matérias sob regime de segredo de Estado são
b) Matérias relativos a objectivos preconizados e desclassificadas:
estratégias a serem adoptadas pelo Estado
de Cabo Verde no âmbito de negociações com a) Quando se alterarem as circunstâncias que
Estados ou organizações internacionais; determinaram a sua classificação;

c) Informação que visam garantir a operacionalidade b) Quando razões objectivas demonstrem que a
e a segurança do pessoal, dos equipamentos, do classificação foi incorrectamente atribuída.

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2. Apenas tem competência para desclassificar a enti- Artigo 10º


dade que procedeu à classificação definitiva ou entidade Protecção dos documentos classificados
hierarquicamente superior.
1. Os documentos e demais matérias em regime de
Artigo 6º
segredo de Estado são objecto de adequadas medidas de
Dever de fundamentação protecção contra acções de sabotagem, de espionagem, de
deterioração, e contra fugas de informação, nos termos
A classificação de documentos submetidos ao regime de que vierem a ser definidos em regulamento.
segredo de Estado, bem como a desclassificação, devem
ser fundamentadas, especificando-se os interesses a pro- 2. Quem tomar conhecimento de documento classifica-
teger e os motivos ou as circunstâncias que as justificam. do que, por qualquer razão, não se mostre devidamente
acautelado deve providenciar pela sua imediata entrega
Artigo 7º
à entidade responsável pela sua guarda ou à autoridade
Acesso e manuseamento de matérias classificadas mais próxima.

1. O acesso e manuseamento de matérias classificadas Artigo 11º


obedecem ao princípio estrito da necessidade de conhecer, Dever de sigilo
sendo reservados, exclusivamente, a pessoas autorizadas
mediante credenciação e unicamente no âmbito das fun- 1. Os funcionários e agentes do Estado, bem como
ções que desempenham com as limitações e formalidades quaisquer outras pessoas que, em razão das suas fun-
que venham a ser regulamentadas. ções ou outras circunstâncias tenham acesso a matérias
classificadas, ficam obrigados a guardar sigilo.
2. O acesso e manuseamento de matérias classificadas
por funcionário dos serviços de informações devidamente 2. O dever de sigilo a que se refere o número anterior
credenciado obedecem a procedimentos especificados em mantém-se após o termo do exercício de funções, salvo
regulamentação própria e uma vez demonstrado que nas excepções previstas na Lei.
esse acesso é essencial para o cumprimento das suas
atribuições e das finalidades dos serviços de informações. 3. A dispensa do dever de sigilo na acção penal é regu-
lada pelo Código de Processo Penal.
3. A classificação como segredo de Estado de parte do
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Artigo 12º
documento, processo, ficheiro, ou arquivo não determi-
na restrições de acesso a partes não classificadas, salvo Regime penal e disciplinar
na medida em que se mostre estritamente necessário à
protecção devida às partes classificadas. A violação do dever de sigilo, bem como de guarda, pro-
tecção e conservação de documentos e demais matérias
4. Os dispostos nos números anteriores não são apli- classificados como segredo de Estado, pelos funcionários
cáveis ao Presidente da República, ao Presidente da e agentes da Administração Pública cabo-verdiana in-
Assembleia Nacional e ao Primeiro-Ministro, cujo acesso cumbidos dessas funções é punida nos termos previstos
a documentos e matérias classificadas não fica sujeito a no Código Penal, nos diplomas que regem o Sistema de
qualquer restrição. Informação da República (SIR), no Código de Justiça
Militar e nos Estatutos Disciplinares dos Agentes da
Artigo 8º
Administração Central e Local.
Duração da classificação
Artigo 13º
1. A duração da classificação tem sempre em conta os Fiscalização pela Assembleia Nacional
princípios da necessidade e da razoabilidade, consideran-
do a natureza e as circunstâncias que fundamentaram o A Assembleia Nacional fiscaliza, nos termos da Cons-
regime de segredo. tituição da República, o regime de segredo de Estado.

2. O prazo para a duração da classificação ou para a Artigo 14º


sua revisão não deve exceder os 5 (cinco) anos, podendo, Comissão de Fiscalização
em razão da delicadeza da matéria, ser renovado.
1. A Assembleia Nacional cria uma Comissão para a
Artigo 9º
Fiscalização do Segredo de Estado, a quem cabe zelar pelo
Acção penal cumprimento das disposições da presente lei.

As informações e elementos de prova respeitantes a 2. A Comissão de Fiscalização é um órgão independente,


factos que indiciem a prática de crimes contra a seguran- que funciona junto da Assembleia Nacional e dispõe de
ça do Estado, sua soberania e independência, devem ser serviços próprios de apoio técnico e administrativo.
tempestivamente comunicados às entidades competentes
3. A Comissão deve ter a seguinte composição:
para a sua investigação, não podendo ser mantidos re-
servados, a título de segredo de Estado, salvo pelo titular a) Um magistrado judicial designado pelo Conselho
máximo do órgão de soberania detentor do segredo e pelo Superior da Magistratura Judicial, que preside;
tempo estritamente necessário à salvaguarda da estabi-
lidade social e da segurança interna e externa do Estado. b) Dois deputados eleitos pela Assembleia Nacional.

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2030 I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010

4. A Comissão aprova o seu regulamento e aprecia as Artigo Único


queixas que lhe sejam dirigidas sobre dificuldades ou
recusa no acesso a documentos e registos classificados Deferir o pedido de suspensão temporária de mandato
como segredo de Estado e emite parecer sobre elas. do Deputado Ernesto Ramos Guilherme Rocha, eleito na
lista do PAICV pelo Círculo Eleitoral do Porto Novo, por
5. Nas reuniões da Comissão participa sempre um um período compreendido entre 14 de Novembro e 10 de
representante da entidade que procedeu à classificação. Dezembro de 2010.
Artigo 15º Aprovada em 22 de Novembro de 2010
Impugnação
Publique-se.
A impugnação graciosa ou contenciosa de acto que O Presidente da Assembleia Nacional, Aristides Rai-
indefira o acesso a qualquer documento com fundamento mundo Lima
em segredo de Estado está condicionada ao prévio pedido
e à emissão de parecer da Comissão de Fiscalização. ––––––
Artigo 16º
Resolução n.º 109/VII/2010
Regulamentação
de 13 de Dezembro
As disposições relatives à classificação de segurança, à
garantia da segurança protectiva das matérias classificadas Ao abrigo da alínea a) do artigo 55° do Regimento da
e a outras matérias que disso careçam serão objecto de Assembleia Nacional, a Comissão Permanente delibera
regulamentação pelo Governo. o seguinte:

Artigo 17º Artigo Primeiro

Casos omissos Deferir o pedido de suspensão temporária de mandato


do Deputado Mário Anselmo Couto de Matos, eleito na
Nos casos omissos e, designadamente, no que diz res- lista do PAICV pelo Círculo Eleitoral de São Vicente, por
peito aos prazos de pronunciamento, aplica-se o disposto um período compreendido entre 17 de Novembro e 10 de
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na Lei que regula o acesso às bases de dados e demais Dezembro de 2010.


documentação de organismos e serviços da Administração
Pública cabo-verdiana. Artigo Segundo

Artigo 18º Deferir o pedido de suspensão temporária de mandato


do Deputado João do Carmo Brito Soares, eleito na lista
Entrada em vigor
do PAICV pelo Círculo Eleitoral de São Vicente, por
A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da período compreendido entre 16 de Novembro e 10 de
sua publicação. Dezembro de 2010.

Aprovada em 2 de Novembro de 2010. Aprovada em 29 de Novembro de 2010

O Presidente da Assembleia Nacional, Aristides Rai- Publique-se.


mundo Lima
O Presidente da Assembleia Nacional, em exercício,
Promulgada em 23 de Novembro de 2010. Júlio Lopes Correia.

Publique-se. ––––––
O Presidente da República, PEDRO VERONA RO- Gabinete do Presidente
DRIGUES PIRES
Despacho de Substituição n.º 109/VII/2010
Assinada em 23 de Novembro de 2010.
Ao abrigo do disposto na alínea b) do artigo 24° do Regi-
O Presidente da Assembleia Nacional, Aristides Rai- mento da Assembleia Nacional, conjugado com o disposto
mundo Lima. nos artigos 4°, 5° e n° 2 do artigo 6° do Estatuto dos De-
putados, defiro, a requerimento do Grupo Parlamentar do
–––––– PAICV, o pedido de substituição temporária de mandato
do Deputado João do Carmo Brito Soares, eleito na lista
Comissão Permanente
do PAICV pelo Círculo Eleitoral de São Vicente, pelo can-
Resolução n.º 108/VII/2010 didato não eleito da mesma lista, Senhor João Lopes do
Rosário.
de 13 de Dezembro
Publique-se.
Ao abrigo da alínea a) do artigo 55° do Regimento da
Assembleia Nacional, a Comissão Permanente delibera Assembleia Nacional, 29 de Outubro de 2010. – O
o seguinte: Presidente, Aristides Raimundo Lima

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I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010 2031

Despacho de Substituição n.º 110/VII/2010 levadas a cabo pelo Estado, a actuação deste e de enti-
dades de protecção das tartarugas marinhas tem-se reve-
Ao abrigo do disposto na alínea b) do artigo 24° do lado insuficiente em certa medida, principalmente devido
Regimento da Assembleia Nacional, conjugado com o a factores de cunho social e cultural que têm obstado à
disposto nos artigos 4°, 5° e n° 2 do artigo 6° do Estatuto conservação das tartarugas marinhas em Cabo Verde.
dos Deputados, defiro, a requerimento do Grupo Parla-
mentar do PAICV, o pedido de substituição temporária de A caça predatória voltada para o consumo e práticas
mandato do Deputado Ernesto Ramos Guilherme Rocha, de medicina tradicional, as dificuldades em se conscien-
eleito na lista do PAICV pelo Círculo Eleitoral do Porto tizar a população acerca do impacto negativo da pesca de
Novo, pelo candidato não eleito da mesma lista, Senhor
tartarugas marinhas, construções a beira-mar, apanha
Paulo da Cruz Guilherme.
de areia e a poluição, constituem o conjunto de factores
Publique-se. decisivos para uma redução drástica do número de tar-
tarugas marinhas no arquipélago e quiçá a sua própria
Assembleia Nacional, 23 de Novembro de 2010. – O extinção.
Presidente, Aristides Raimundo Lima
Trata-se de problemas que demandam soluções ur-
–––––– gentes, pois infirmam o desiderato constitucional de
protecção constante ao meio ambiente e representam
Despacho de Substituição n.º 111/VII/2010 grave desacato a instrumentos legais de Direito Interna-
cional de protecção da Biodiversidade, nomeadamente a
Ao abrigo do disposto na alínea b) do artigo 24° do Convenção sobre a Diversidade Biológica, ratificada por
Regimento da Assembleia Nacional, conjugado com o Cabo Verde.
disposto nos artigos 4°, 5° e n°2 do artigo 6° do Estatuto
dos Deputados, defiro, a requerimento do Grupo Parla- Destarte, perante esta problemática, é imperiosa a
mentar do PAICV, o pedido de substituição temporária
implementação do presente Plano para a Conservação
de mandato dos seguintes Deputados:
das Tartarugas Marinhas em Cabo Verde, que pro-
1. Aristides Raimundo Lima, eleito na lista do pugna a implementação de meios de protecção, promov-
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PAICV pelo Círculo Eleitoral da Boa Vista, endo a aplicação das leis de conservação das tartarugas
pela candidata não eleita da mesma lista, marinhas, proporcionando às instituições competentes os
Senhora Denise Rizette Silva Evora. meios necessários para coordenar a implementação das
actividades do plano de conservação, entre outras medi-
2. Mário Anselmo Couto de Matos, eleito na lista do das destinadas à conservação das tartarugas marinhas
PAICV pelo Círculo Eleitoral de São Vicente, em Cabo Verde.
pelo candidato não eleito da mesma lista,
Senhor Alexandre Ramos Lopes. Nestes termos,
3. João do Carmo Brito Soares, eleito na lista do No uso da faculdade conferida pelo nº2 do artigo 265º
PAICV pelo Círculo Eleitoral de São Vicente,
da Constituição, o Governo aprova a seguinte Resolução:
pelo candidato não eleito da mesma lista,
Senhor João Lopes do Rosário.
Artigo 1º

Publique-se.
Objecto

O Presidente da Assembleia Nacional, em exercício,


Júlio Lopes Correia. É aprovado o Plano Nacional para a Conservação das
Tartarugas Marinhas em Cabo Verde (PNCTM-CV).
––––––o§o–––––––
Artigo 2º

CONSELHO DE MINISTROS Entrada em vigor

Resolução n.º 72/2010


O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
de 13 de Dezembro da sua publicação.

O arquipélago de Cabo Verde tem-se deparado com Vista e aprovada em Conselho de Ministros.
sérias dificuldades em conferir a devida protecção às
tartarugas marinhas, em perigo de extinção tanto no país José Maria Pereira Neves
como a nível internacional. A despeito da existência de
legislação pertinente à protecção das referidas espécies Publique-se.
(Decreto Regulamentar nº7/2002, de 30 de Dezembro)
e das sucessivas tentativas de medidas de protecção O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves

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2032 I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010

PLANO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO Nos anos mais recentes, infelizmente, tem-se verificado
DAS TARTARUGAS MARINHAS EM CABO VERDE uma grande pressão sobre esta espécie, mesmo depois da
proibição da sua captura a partir do ano de 1987 durante
1. INTRODUÇÃO
o período de desova (Julho a Fevereiro) e da mais recente
Todas as espécies de tartarugas marinhas estão ame- lei de 2002 que proíbe a sua captura durante todo o ano,
açadas de extinção a nível mundial. Das sete espécies já que a comercialização de carne de tartaruga marinha
existentes no mundo cinco ocorrem nas águas de Cabo tornou-se bastante lucrativa e muito procurada princi-
Verde, nomeadamente: a Tartaruga-de-couro (Dermo- palmente pelos emigrantes.
chelys coriacea), a Tartaruga-verde (Chelonia mydas), a
Tartaruga-de-casco-levantado (Eretmochelys imbricata), 3. CARACTERIZAÇÃO ACTUAL DAS TARTARUGAS
a tartaruga-parda (Lepidochelys olivacea), que ocorre MARINHAS EM CABO VERDE
com menor frequência e a Tartaruga vermelha (Caretta
caretta) a única espécie a nidificar nas praias de todo o As tartarugas marinhas existem há mais de 180
país (Segundo Relatório sobre o Estado da Biodiversidade milhões de anos e conseguiram sobreviver a todas as
em Cabo Verde, 2003). mudanças do planeta. A sua origem foi na terra e, na
Hoje em dia, Cabo Verde representa o segundo maior sua aventura para o mar, evoluíu, diferenciando-se de
ponto de desova no Atlântico Norte da tartaruga ver- outros répteis.
melha ou comum, segundo o artigo sobre as tartarugas
marinhas em Cabo Verde elaborado pela Universidade do O número de suas vértebras diminuiu e as que resta-
Algarve em 2007, sendo as praias das ilhas do Sal, da Boa ram fundiram as costelas na carapaça tornando-a muito
Vista e do Maio com o privilégio de acolherem anualmente resistente, sobretudo leve. Perderam os dentes, ganha-
a postura de milhares de fêmeas, contribuindo para que ram uma espécie de bico e suas patas se transformaram
o país tenha a terceira maior população da espécie no em barbatanas. Tudo para se adaptarem à vida no mar.
mundo depois de Oman e Flórida.
As crias das tartarugas são diminutas, mas, com o
Em geral a tartaruga marinha vem sendo alvo de con-
sumo desenfreado ao longo de décadas no país, sendo a tempo as de algumas espécies podem alcançar um tamanho
carne, os ovos e o pénis, muito apreciados. Em Cabo Verde considerável: até dois metros de comprimento e 500 quilos
foi estabelecido desde 1987 um Decreto-Lei que proíbe de peso. Todas nascem nas praias, onde as fêmeas colo-
a captura dessa espécie nas épocas de desova e mais cam cerca de uma centena de ovos, por postura e depois
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tarde foi aprovado o Decreto Regulamentar n.º 7/2002 de se desenvolvem nas águas.
30 de Dezembro, que estabelece a protecção total desse
grupo de espécies, proibindo a sua captura ao longo do A. Biologia da população da tartaruga marinha
ano. Com isso o país vem apostando no desenvolvimento (biologia, geográfica, genética, relação com outras
das actividades económicas à volta da conservação das populações) em Cabo Verde.2
tartarugas marinhas e do eco-turismo.
Existem sete espécies de tartarugas marinhas, agru-
2. HISTORIAL SOBRE AS TARTARUGAS MA-
padas em duas famílias – Dermochelyidae e Cheloniidae
RINHA EM CABO VERDE 1
Dessas, cinco são encontradas nas águas de Cabo Verde.
Desde 1456 que as tartarugas marinhas são referen-
ciadas da sua existência em Cabo Verde.Citadas como Classificação científica das tartarugas marinhas en-
alimento de bom sabor, eram alvos de grandes pescarias, contradas nas águas de Cabo Verde
entre os meses de desova e também utilizadas para trata-
mento da lepra. Os livros históricos contam que o próprio ▪ Chordata
Rei Luís XI da França, temendo de tal doença, teria enviado
emissários ao país para estudarem os procedimentos ▪ Reptilia
do tratamento. Por estes motivos, ainda no sec. XVIII,
as tartarugas marinhas eram capturadas por navios ▪ Testudines
que vinham especialmente por este motivo, levando o
“produto da pesca” para as colónias das Américas. ▪ Cryptodira
Em 1945 é mencionada a espécie Testudo mydas, como
a mais comum na ilha da Boa Vista por Mário Seca, 1. Cheloniidae
descrevendo a época das chuvas como a época em que
as tartarugas marinhas procuravam as praias arenosas 2. Caretta caretta (Linnaeus, 1758)
para postura durante a noite.
3. Chelonia mydas (Linnaeus, 1758)
Encontramos na primeira edição do livro “Cozinhas
de Cabo Verde” a tartaruga marinha aparecendo como 4. Eretmochelys imbricata (Linnaeus, 1766)
um dos pratos da culinária cabo-verdiana, mas, mais
recentemente na década de 90, uma brochura foi editada 5. Lepidochelys olivacea (Escholtz, 1829)
para ser distribuída pela TACV (Transportes Aéreos de
Cabo Verde), recomendando como culinária local da ilha 6. Dermochelyidae
do Maio, a degustação dos ovos de tartaruga marinha
com picles. 7. Dermochelys coriacea (Linnaeus, 1758)
1
Tartarugas Marinhas de Cabo Verde, Universidade do Algarve, 2007 2
http://br.geocities.com/erichpanda/ProjetoTamar.html

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I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010 2033

TARTARUGACOMUMouVERMELHA(Carettacaretta) Características Morfológicas:

Biometria: 67 a 107 cm de comprimento curvilíneo


de carapaça

Coloração: Amarelo-Laranja

Casco (carapaça): óssea, com cinco placas laterais de


coloração marrom, o que define a espécie em comparação
com as demais.

Peso: Entre 60 a 150 kg em média.


Foto: Jorge Melo Cabeça: possui uma cabeça grande e uma mandíbula
Nome Científico: Caretta caretta extremamente forte
Nomes comuns: Comum, Vermelha Barbatanas: anteriores/dianteiras curtas e grossas e
Status internacional: Em perigo (classificação da IUCN) com duas unhas; as posteriores/traseiras possuem duas
Status em Cabo Verde: Em perigo a três unhas

Biogeografia Dieta: são carnívoras, alimentando-se principalmente


de mariscos típicos do fundo do oceano, também comem
Mundial: Oceano Atlântico, Índico, Pacífico e mar caranguejos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados
Mediterrâneo (águas temperadas). triturados pelos músculos poderosos da mandíbula

Atlântico: Norte e sul Biologia – Reprodução

Macaronesia: Toda a região Fenologia: de Junho a Outubro

Produtividade: máximo de 24.000 ninhos/ano;


Cabo Verde: Populações nidificantes em todas as
500.000 tartaruguinhas/ano, não sustentável.
ilhas, menos abundantes naquelas onde há menos praias
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com areia. Em geral muito reduzida demograficamente Migrações:


pela acção humana.
Adultos: Entre Cabo Verde e litoral africano (Canárias,
Distribuição por ilhas (estimações de fêmeas): Mauritânia, Senegal, Guiné Bissau e Serra Leoa).

▪ S. Antão – muito raro, cerca de 300 por ano Juvenis: primeiro sul/sudoeste de Cabo Verde; e
depois região da macaronesia, Algarve, Mediterrâneo
▪ S. Vicente - muito raro, cerca de 200 por ano (Mar de Alborán).

▪ S. Luzia e ilhéus Raso e Branco - raro cerca de 500 Estimativa mundial da população (fêmeas): 60.000
por ano fêmeas em idade reprodutiva.

▪ S. Nicolau - muito raro, cerca de 200 por ano TARTARUGA VERDE (Chelonia mydas)

▪ Sal - pequena populações, cerca de 500 por ano

▪ Boa Vista - população de tamanho médio/alto,


cerca de 3.000 por ano, tende a diminuir
rapidamente.

▪ Maio - população de tamanho médio, cerca de 800


por ano, tende a diminuir rapidamente.

▪ Santiago - muito raro, cerca de 300 por ano Fonte: IBAMA

▪ Fogo - muito raro, cerca de 200 por ano Nome Científico: Chelonia mydas
Nomes comuns: Tartaruga Verde ou Cágado
▪ Brava - muito raro, cerca de 100 por ano Status Internacional: Em perigo (classificação da IUCN)
▪ Secos ou Rombos (Grande, Cima, Sapado, Luz Status em Cabo Verde: Em perigo
Carneiro) - muito raro, cerca de 100 por ano
Biogeografia
Habitat: baías litorâneas e alto mar Mundial: todos os mares temperados e tropicais do
mundo (Atlantico, Pacifico e Indico)
Origem das populações (genética): Haplotipos
próprios Oceano Atlântico: Norte e Sul

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2034 I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010

Macaronésia: Canárias e Cabo Verde Oceano Atlântico: Norte e Sul

Cabo Verde: Populações juvenis em todas as ilhas, em Macaronesia: Canárias e Cabo Verde
geral reduzidas demograficamente pela acção humana
(Um só registro de nidificação em 2002, na ilha de Sal). Cabo Verde: Populações juvenis em todas as ilhas, em
geral reduzidas demograficamente pela acção humana.
Habitat: habitualmente em águas costeiras com muita
Habitat: prefere recifes de coral e águas costeiras
vegetação, ilhas ou baías onde estão protegidas, sendo
rasas, como estuários e lagoas, podendo ser encontrada,
raramente avistadas em alto-mar.
ocasionalmente, em águas profundas.
Origem das populações (genética): América e África. Origem das populações (genética): América e África.
Características morfológicas Habitat: prefere recifes de coral e águas costeiras
rasas, como estuários e lagoas, podendo ser encontrada,
Coloração: Pardo verdoso irisado por cima e branco
ocasionalmente, em águas profundas.
por baixo.
Características morfológicas:
Casco (carapaça): quatro placas laterais de cor
verdes ou verde-acinzentado escuro Biometria: Com- Coloração: Pardo irisado por cima e amarelo por baixo.
primento entre 20 e 55 cm encontradas em Cabo Verde,
a nivel mundial 120 cm de comprimento curvilíneo de Casco (carapaça): quatro placas laterais de cor cas-
carapaça em média tanho e amarelada, que se imbricam como “telhas” e dois
pares de escamas pré-frontais
Peso: Entre 1 e 25 kg encontradas em Cabo Verde,
podendo atingir até 300 kg a nível mundial. Biometria: Comprimento entre 25 e 60 cm encontradas
em Cabo Verde, a nível mundial varia entre 80 e 90 cm
Cabeça: cabeça pequena com um único par de escamas de comprimento curvilíneo de carapaça
pré-orbitais e uma mandíbula serrilhada que facilita a
Peso: 3 a 30 kg encontradas em Cabo verde, em media
alimentação
a nível mundial podendo atingir até 150 kg
9 700000 000000

Barbatanas: anteriores/dianteiras e posteriores/tra-


Cabeça: a boca se assemelha ao bico de um falcão e
seiras com uma unha visível
não é serrilhada
Dieta: varia consideravelmente durante o ciclo de Barbatanas: anteriores/dianteiras e posteriores/tra-
vida: até atingirem 30 cm de comprimento, alimentam-se seiras com duas unhas
essencialmente de crustáceos, insectos aquáticos, ervas
marinhas e algas; acima de 30 cm, comem principalmente Dieta: esponjas, anémonas, lulas e camarões; a cabeça
algas; é a única tartaruga marinha que é estritamente estreita e a boca em forma de bico permitem procurar o
herbívora em sua fase adulta alimento nas fendas dos recifes de corais.

Estimativa mundial da população: 203.000 fêmeas Estimativa mundial da população: 34.000 fêmeas
em idade reprodutiva. em idade reprodutiva.

TARTARUGA DE CASCO LEVANTADO (Eretmo- TARTARUGA PARDA (Dermochelys coriacea)


chelys imbricata)

Fonte: Sónia Merino


Fonte: IBAMA
Nome Científico: Dermochelys coriacea
Nome Científico: Eretmochelys imbricata Nomes comuns: Tartaruga Parda, “Strongby”, Preta
Nome comum: Tartaruga de Casco Levantado Status Internacional: Criticamente em perigo (clas-
Status internacional: Criticamente em perigo (clas- sificação da IUCN)
sificação da IUCN) Status em Cabo Verde: Em perigo

Biogeografia Biogeografia
Mundial: Mares tropicais e, por vezes, subtropicais Mundial: todos os oceanos tropicais e temperados do
(Atlântico, Pacifico e Indico) mundo (Atlântico, Pacifico e Indico).

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I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010 2035

Oceano Atlântico: Norte e Sul Características morfológicas


Macaronesica: Toda a região Coloração: Pardo esverdeado por cima e branco ou
Cabo Verde: Passam por águas de Cabo Verde, amarelo por baixo.
quando migram, há registo de nidificação esporádica nas
ilhas de Santiago e Boa Vista pelo menos. Casco (carapaça): seis ou mais placas laterais, com colo-
ração cinzenta (juvenis) e verde-cinzento-escuro (adultos)
Origem das populações (genética): América e África.
Biometria: entre 55 e 75 cm de comprimento curvilí-
Habitat: principalmente alto-mar, sendo eventual-
neo de carapaça
mente encontrada em baías
Características morfológicas Peso: entre 35 e 60 quilos.

Coloração: Negra com manchas brancas pequenas. Cabeça: pequena, com mandíbulas poderosas que lhe
Com uma grande mancha laranja na cabeça. ajudam na alimentação
Biometria: Comprimento entre 120 e 165 cm encon- Barbatanas: dianteiras e traseiras com uma ou duas
tradas em Cabo Verde, podem atingir até 2 m de com- unhas visíveis, podendo ocorrer uma garra extra nas
primento curvilíneo de carapaça a nivel mundial. barbatanas anteriores
Peso: Entre 150 a 300 kg encontradas em Cabo Verde, a
Dieta: peixes, caranguejos, moluscos, mexilhões, lulas
nível mundial 500 kg em média, podendo atingir até 700 kg.
e camarões
Casco (carapaça): composto por uma camada de
pele fina e resistente e milhares de placas minúsculas Estimativa mundial da população: 800.000 fêmeas
de osso, formando sete quilhas ao longo do comprimento; em idade reprodutiva
apenas os filhotes apresentam placas córneas, daí o nome
B. Iniciativas de conservação das Tartarugas
popular: de-couro.
Marinhas em Cabo Verde
Dieta: alimenta-se essencialmente de medusas
Desde a aprovação do Decreto 97/87 que proíbe a cap-
9 700000 000000

Estimativa mundial da população: 34.000 fêmeas tura das tartarugas marinhas em Cabo Verde durante
em idade reprodutiva o seu período de desova entre Julho a Fevereiro, o país
TARTARUGA OLIVACEA ou PEQUENA (Lepi- vem mostrando o seu interesse para a preservação destas
dochelys olivacea) espécies, cada vez mais ameaçadas de extinção.

Campanhas de sensibilização durante as épocas de


desova nas escolas e comunidades locais, e não só, vêm
fazendo parte das actividades desenvolvidas pelos órgãos
governamentais e não governamentais, em todas as ilhas
do país.

Com o reforço da legislação pelo Decreto-regulamentar


n.º 7/2002 de 30 de Dezembro se estabelecem medidas de
conservação e protecção, a tempo integral, das espécies
Fonte: IBAMA
da fauna e flora ameaçadas de extinção, enquanto com-
Nome Científico: Lepidochelys olivacea ponentes da biodiversidade e parte integrante do patri-
Nomes comuns: Tartaruga Olivacea ou Pequena mónio natural de Cabo Verde. Ainda no mesmo Decreto-
Regulamentar está destacado que “todos os cidadãos
Status Internacional: Em perigo (classificação da IUCN) são obrigados a respeitar as espécies animais e vegetais
Status em Cabo Verde: Em perigo e a contribuir para a sua conservação, enquanto parte
contratante do ambiente”. Posteriormente, o Decreto-Lei
Biogeografia 53/2005 no artigo 40, proíbe explicitamente a captura,
Mundial: oceanos Pacífico e Índico; no Atlântico ocorre posse, consumo das tartarugas marinhas e prevê contra
na América do Sul e na costa oeste da África. ordenações e coimas para os infractores.

Oceano Atlântico: Sul Embora haja uma lei que protege as tartarugas mari-
nhas em Cabo Verde, a fiscalização é deficiente. Essa área
Macaronesica: Cabo Verde necessita ser desenvolvida e tratada de uma forma mais
estratégica e eficiente, de forma a assegurar a aplicação
Cabo Verde: Populações de passagem, registada nas da legislação e a conservação efectiva das tartarugas
ilhas de São Nicolau, Sal e Boa Vista. marinhas.
Habitat: principalmente em águas rasas, mas também
Para as actividades desenvolvidas actualmente em
em mar aberto
todas as ilhas em volta do país, segue-se um quadro com
Origem das populações (genética): África. essas informações detalhadas (quadro 1).

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2036 I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010

QUADRO 1. Actividades desenvolvidas e as entidades executoras

Entidade
Ilhas Concelhos Actividades desenvolvidas Contactos
Executora
Todas as Ilhas Todos Em 2002: INDP INDP em São Vicente

Campanha de sensibilização com os seguintes 232-1374/73


slogans:

Deixem viver as tartarugas, Deixem-nas vir à


praia e voltar ao mar.

Preservar a fauna e a flora, proteger o ambiente é


um dever de todos.

Programas radiofónicos

Programas televisivos e spots

Contacto com comunidades piscatórias

Concurso radiofónico (biologia e habitat)

Camisolas de propaganda

Desdobráveis
Santo Antão Porto Novo Em 2006/2007: Equipa multidisciplinar –
INDP em São Vicente
R. Grande Realização de estudo sócio económico cultural e
ecológico das TM em Cabo Verde; 232-1374/73
Paul
São Vicente São Vicente Campanha de sensibilização visando a protecção
das TM
9 700000 000000

São Nicolau Rª Brava


Campanha de informação e divulgação dos
Tarrafal conhecimentos de TM com distribuição de
desdobráveis, exposições de posters, difusão de
informações através dos meios de comunicação
social

Promoção de vigilância e guarda de ninhos em


algumas praias

Trabalho junto das comunidades no sentido de INDP ETMAs


as envolver no processo de gestão e conservação e outros par-
das TM ceiros

Apoio técnico às entidades e populações no pro-


cesso de devolução das TM ao Mar

Marcação e seguimento de tartarugas marinhas


por satélite

Pesquisa científica sobre tartarugas marinhas


em Cabo Verde
Sal Actividades de sensibilização nas escolas do Câmara ETMA do Sal
ensino básico e secundárias, com comunidades Municipal
locais e turistas (lançamento de tartarugas ao do Sal e 241-3921
mar e palestras) Natura 2000
e PCMC)
Fiscalização de praias de nidificação com o apoio dos
militares destacados no Sal e jovens voluntários

Produção de material de comunicação – bonés,


brochuras, camisolas, e programas radiofónicos

Outdoor afixado sobre a protecção de tartarugas


marinhas

Elaboração de brochuras elaborados pelo PCMC


(DGA e WWF) para divulgação a nível nacional
sobre a conservação das tartarugas e uma outra
sobre a Careta careta em particular

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I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010 2037

Entidade
Ilhas Concelhos Actividades desenvolvidas Contactos
Executora
Boa Vista DIA DAS TARTARUGAS com liberação de tar- Natura 2000 ONG Natura 2000
taruguinhas pelas crianças desde 2000 PCMC 2511054
Formação pratica desde 1998 no acampamento
de Ervatão (Boa Vista) sobre estudo e conser-
vação de tartarugas para estudantes de Cabo
Verde e Canárias, com um total de mais de 1000
jovens formados.
Actividade de sensibilização para nacionais e
estrangeiros desde 1998 até hoje
Realização de actividades ecoturísticas à nível
nacional e internacional
Múltiplas entrevistas por rádio e jornais
- Apresentação dos trabalhos em congressos
internacionais
- Dia das tartarugas desde 2004
Formações no acampamento do Ervatão a diver-
sos profissionais cabo-verdianos no domínio de
conservação de tartarugas
Maio Actividades de sensibilização nas comunidades Câmara 2551395
locais e escolas do ensino básico (palestras e Municipal do 981-8634
“Dia Municipal das TM no Maio”) Maio
Produção e divulgação de material de comunicação ETMA
(camisolas, autocolantes e calendários)
Monitorização de praias com jovens voluntários
e guardas
Actividades culturais envolvendo a protecção das
9 700000 000000

TM no Maio com o apoio da Câmara Municipal do


Maio

Santiago Tarrafal Vigilâncias – de Julho a Outubro têm uma tenda ETMA 2662724 9929956
montada na Praia da Ribeira da Prata, com 2
guardas-nocturnos e 3 diurnos.
Parceria entre Assomada e Ribeira Prata
Sensibilização e informação
Registo de ninhos e saídas de TM
Prospecção de praias de difícil acesso
Santiago S. Domingos Vigilância ETMA 2681240
Registo de capturas na Achada Baleia e P. Baixo
Elaboração de Ficha de Projecto para curso de
mergulho com o objectivo de mais tarde marca-
rem as TM e desenvolver o eco turismo
Recuperação do Centro de Praia Baixo para tra-
balhos de sensibilização e promoção do turismo
Santiago Santa Cruz Vigilância ETMA 2691313
Sensibilização
Santiago Praia (S. Vigilância ETMA 2648000
Francisco) Sensibilização da comunidade local e todas as Sambala In-
pessoas que visitam a área vestimentos
Campanhas de conservação de tartarugas real- Lda.
izadas pela DGPescas com elaboração de posters DGPesca
Camisolas com a problemática de tartarugas PCMC
concebidas pelo WWF WAMER/PRCM
Fogo Mosteiros Sensibilização no período de desova ETMA 2832670 9882185
Aplicação de sanções aos prevaricadores
Fogo S. Filipe Sensibilização com letreiros ETMA 2813269, 9943054
Vigilância – grupos independentes montam tendas Grupos inde-
pendentes
Aplicação de sanções aos prevaricadores pela
autoridade

Brava Brava Preservação do Ilhéu e protecção das TM ETMA 2851313

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2038 I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010

4. PROBLEMÁTICA DA CONSERVAÇÃO De uma maneira geral, a sociedade ainda não está su-
ficientemente consciencializada sobre este perigo e sobre
A predação humana de tartarugas marinhas em Cabo
as medidas legais de proibição de abate e/ou utilização
Verde, para consumo de carnes e ovos, é ainda hoje um
e comercialização de artigos derivados de tartarugas
problema de carácter sensível que carece uma resolução
marinhas.
urgente. A utilização das tartarugas marinhas como
medicina tradicional e a apanha de areia nas praias para Estima-se que uma parte minoritária da população
construção civil, são as principais causas que têm vindo (cerca de 30%), a mais formada intelectualmente, é
a contribuir para o decréscimo das populações de tarta- contra o abate. Outros 60 % (a maioria silenciosa) se
rugas marinhas que frequentam o arquipélago. tiverem oportunidade, consomem; mas não trabalham
As ilhas rasas, sendo Sal, Boa Vista e Maio, são as activamente contra a conservação das tartarugas. Depois
com mais registos de desova da Caretta caretta e conse- de 10 anos de luta activa em Cabo Verde podemos dizer
quentemente onde são registados os maiores índices de que menos de 10% da população do país, está a pôr em
predação dessa espécie. O consumo da carne e dos ovos causa um dos potenciais recursos económicos do país,
não se restringe apenas nessas ilhas, sendo a ilha de que poderia diferenciar Cabo Verde de outros destinos
Santiago, a mais populosa, muitas vezes referida como turísticos.
aquela em que o consumo está mais fortemente enraizado b. Degradação dos Habitats (Extracção mineral
nos hábitos tradicionais. nas praias)
Com o aumento das actividades turisticas no país, para A exploração de minerais das praias (areias) também
além da apanha da areia para construções turísticas, es- constitui um dos grandes problemas à conservação das
sas construções na sua maioria têm-se situado nas zonas tartarugas marinhas já que o seu habitat é modificado
costeiras mais precisamente na orla costeira arenosa. directamente. Esta situação leva a não desova em mui-
A apanha de areia, a iluminação na orla marítima e o tas praias, particularmente em certas ilhas como São
aumento da frequência de pessoas e viaturas nas praias, Nicolau, Santiago, Santo Antão.
contribuem para que as tartarugas marinhas desistam
de sair do mar para desovar. c. Perda de habitats com a ocupação desordenada
da orla costeira
Sabendo que as tartarugas marinhas têm forte ligação
aos locais onde nasceram, a degradação das zonas de A construção de empreendimentos próximos à praia
9 700000 000000

nidificação, e das necessárias condições de obscuridade é um dos principais factores preocupantes relativos à
e tranquilidade, é sinónimo de desaparecimento dessa potencialização de impactos sobre sítios reprodutivos
espécie que, geração após geração, fizeram suas posturas das tartarugas marinhas em Cabo Verde. O país foi
numa praia especifica num momento muito especial dos ocupado do litoral para o interior, o que compromete
seus ciclos de vida. vários ecossistemas litorâneos bem como a flora e fauna
originais. Não foi diferente para as tartarugas marinhas
5. AMEAÇAS E RISCOS que utilizam uma grande faixa do litoral para reprodução.
5.1 Ameaças de origem Humana A sinergia causada pela ocupação irregular como trân-
a. Caça das espécies pela carne, órgão sexual sito de veículos, iluminação artificial, presença humana
masculino e ovos (predação de fêmeas e colecta de ovos de tartarugas
marinhas, interferência no processo de reprodução,
O Homem é um dos principais predadores das tartarugas
etc.), além do desenvolvimento de áreas suburbanas
marinhas adultas em Cabo Verde. A pressão é maior na
no entorno, é um dos maiores problemas e que, conse-
população nidificante de Caretta caretta, mas também
quentemente, cria nova sinergia e impactos negativos
se registam capturas de juvenis de Chelania midas e de
sobre as tartarugas marinhas. Como exemplos temos os
Eretmochelys imbricata, sendo igualmente frequente
empreendimentos turísticos na ilha do Sal construídos
a captura de machos de Caretta caretta no mar. Para
muito próximos da costa e com intensa iluminação du-
além do consumo alimentar dos ovos e carnes, tradi-
rante a noite.
cionalmente acredita-se que o pénis de tartarugas tem
propriedades afrodisíacas e de tratamento de impotência d. Trânsito nas praias de nidificação
masculina. A carapaça é utilizada para confeccionar A compactação da areia, causada pelo trânsito de
peças de artesanato. veículos sobre os ninhos das tartarugas, dificulta a saída
O abate de tartarugas marinhas é um dos principais dos filhotes recém-nascidos, podendo também causar o
motivos para que estes animais tenham entrado em atropelamento tanto de filhotes no caminho ninho-mar
processo de extinção. Tanto a carne, como os ovos e como de fêmeas em terra.
o pénis geram não só recurso alimentar e afrodisíaco
e. Iluminação artificial nas praias de nidificação
mas também um incremento na renda familiar, quando
comercializados. A captura acontece tanto nas zonas A iluminação artificial nas ruas, avenidas, estradas,
costeiras (fêmeas) como em alto mar (machos e fêmeas) casa e bares próximos às praias de desova, ou até mesmo
e o abate acontece não só nas localidades costeiras mas nas próprias praias, é uma das actuais ameaças às tar-
também no interior das ilhas. Apesar dos trabalhos de tarugas marinhas. É geralmente durante a noite, com a
sensibilização realizados, constata-se ainda alguma temperatura da areia mais baixa, que as fêmeas sobem
captura por pessoas mais resistentes em alterar hábitos à praia para desovarem e é também quando os filhotes
secularmente enraizados. entram em maior actividade e saem dos ninhos.

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As fêmeas evitam sair do mar para desovar nestas A excepção é durante a desova, momento mais vul-
praias iluminadas pois a iluminação artificial interfere nerável na vida de uma fêmea adulta, pois é quando ela
na orientação para o retorno ao mar. Para os filhotes, está fora de seu habitat, o mar, tornando-se assim mais
recém saídos do ninho, a ameaça é ainda maior: eles se lenta e indefesa, podendo ser atacada pelo homem e al-
desorientam e seguem as luzes artificiais, mais fortes guns animais terrestres silvestres e domésticos.
que a luz natural reflectida no mar, e dirigem-se para a
a. Fluxos de marés
terra ao invés de se dirigirem para o mar.
Erosão e inundação pela maré: Ninhos em praias po-
f. Morte por asfixia através da captura acidental dem ser destruídos pela erosão ou pela inundação, quando
em artes de pesca e com sacos de plásticos as Tartarugas Marinhas depositam seus ovos abaixo da
As tartarugas marinhas, como outros répteis, são linha de maré-alta.
capazes de tolerar situações de hipoxia, e até de anoxia, b. Temperaturas e Mudanças Climáticas
principalmente quando aprisionadas em redes de pesca, Estes fenómenos podem causar impactos na proporção
podendo ficar sem trocar o ar por muitas horas, porém, sexual das crias, podem alterar a escala de frequência,
ainda assim, correm o risco de afogamento. Utensílios de mudanças de ocorrência de nidificação nas praias e pode
pesca perdidos no mar, produtos derivados de petróleo aumentar a vulnerabilidade das espécies a doenças.
e outros destroços deitados ao mar, causam impactos
directamente nas tartarugas marinhas por ingestão e 6. NECESSIDADE DO CONHECIMENTO DAS
enredamento. Alimentando-se normalmente medusas, as TARTARUGAS MARINHAS EM CABO VERDE
tartarugas são atraídas pelos plásticos lançados ao mar, As tartarugas marinhas estão presentes praticamente
confundindo-as com medusas. A ingestão de plásticos em todas as ilhas de Cabo Verde, no entanto, são as ilhas
provoca desordem no comportamento de nidificação e do Sal, Boa Vista e Maio, segundo informações preliminares,
orientação, podendo bloquear o sistema imune das tar- as ilhas onde existem uma maior população nidificante. Não
tarugas tornando-as vulneráveis a doenças patogénicas obstante este facto, e de as principais pesquisas cien-
e conduzindo-as à morte (Merino, 2006). tificas serem nestas ilhas realizadas, outras áreas de
conhecimento necessitam ainda de uma maior atenção e
g. Poluição conhecimento das populações das Tartarugas Marinhas.
A poluição das águas por elementos orgânicos e in- Instituições do Estado e ONGs no domínio da conservação
9 700000 000000

orgânicos, como petróleo, lixo, esgoto, interferem na das Tartarugas Marinhas têm reunido informações de cunho
alimentação e locomoção e prejudicam o ciclo de vida biológico e socio-económico sobre as Tartarugas Marinhas,
dessas espécies (Merino, 2006). assim como debatido sobre ameaças e outras necessidades de
h. Trânsito de embarcações rápidas conhecimento a fim de melhor gerir a conservação.
No âmbito da pesquisa, o Plano Nacional de Conservação
Em várias regiões do mundo a alta velocidade com que das Tartarugas Marinhas poderá gerar informações so-
as embarcações transitam em águas habitadas por tarta- bre a ocorrência das espécies em Cabo Verde, aspectos
rugas marinhas, ou mesmo em épocas de acasalamento biológicos e sua interacção com a actividade humana, e
quando os adultos de tartarugas marinhas ficam mais recolher subsídios para uma maior eficácia e eficiência
próximos das praias, tem sido uma ameaça constante. das acções. No entanto, reconhece-se que, existem lacunas em
Em Cabo Verde, ainda não existe uma alta incidência áreas chaves e ou informações que deverão ser identificadas
de registos de tartarugas feridas e mortas por embarcações, e recolhidas de forma a se ter uma melhor gestão das Tar-
mas vale mencionar esta ameaça. tarugas Marinhas, assim como potenciar ou capitalizar
outras áreas que eventualmente são importantes mas
5.2 Ameaças Naturais não se destacam. Assim propõe-se o seguinte:
Os maiores predadores de tartarugas marinhas para ▪ Necessidade de conhecer a distribuição das
além do Homem são algumas espécies de tubarão, aves espécies em todas as ilhas
(corvo), caranguejos (caranguejo-fantasma), animais ▪ Estudo sobre a abundância de Caretta caretta que
selvagens (gatos) e peixes. nidificam nas praias de cada uma das ilhas
Os primeiros predadores naturais dos ovos e filhotes ▪ Conhecimento do volume e impacto das capturas
ainda nos ninhos são os caranguejos, gatos e raízes de acidentais
plantas. Ao nascerem, os filhotes se tornam vulneráveis
▪ Conhecimento do real consumo da carne, pénis,
à predação por aves (corvo), caranguejos e por uma série
ovos e outros derivados das Tartarugas
de predadores no oceano.
Marinhas em Cabo Verde
Os ninhos sofrem normalmente, menor predação hu- ▪ Conhecimento do impacto socio-económico da
mana. Contudo, observa-se pelos estudos em curso uma diminuição do consumo das Tartarugas Marinhas
elevada percentagem de predação (superior a 50%) dos nin-
▪ Conhecimento da proporção de machos e fêmeas
hos de Caretta caretta pelo caranguejo-fantasma, nas praias
das Tartarugas Marinhas adultas
de Boa Vista (ONG Natura 2000). Um dos predadores das
crias é o corvo, onde ao amanhecer é frequente encontrar ▪ Conhecimento da vulnerabilidade da Caretta
grupos desta espécie à procura de presas. Na maturidade, as caretta em Cabo Verde
tartarugas marinhas são relativamente imunes à predação, ▪ Conhecimento da percentagem de predadores que
a não ser pelo ataque ocasional de tubarões. não é antrópicas (ex: Caranguejo fantasma)

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2040 I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010

7. ENQUADRAMENTO E JUSTIFICAÇÃO DO ▪ Investigação


PLANO
▪ Divulgação e sensibilização ambiental
A preservação de espécies ameaçadas e a conservação
in-situ, constituem uma prioridade nacional, e esta ▪ Fiscalização e aplicação de leis
preocupação encontra-se retratada tanto na Estratégia
▪ Eco turismo
Nacional e Plano de Acção para a Biodiversidade (SEPA,
1999), como no documento do Segundo Plano de Acção Cabo Verde, fazendo parte da rota de migração de
para o Ambiente 2004-2004 (PANA II) e no Plano Inter- cinco espécies de tartarugas marinhas das sete existentes
sectorial para a Biodiversidade. no mundo, tem o dever de proteger estas espécies e de
As tartarugas marinhas são espécies que habitam o atenuar os impactes causados sobre elas. Para isso, este
planeta desde há milhares de anos. Estão actualmente plano de conservação, com duração de 5 anos, pretende
ameaçadas de extinção devido aos fortes impactes causa- agir na sua preservação e gestão para a conservação das
dos principalmente pelo homem, pelo que a sua popu- tartarugas marinhas.
lação vem diminuindo gradativamente. Consideradas
como frágeis pelo seu ciclo de vida que não suporta tais 8. OBJECTIVOS DO PLANO
impactes e pela sua importância no equilíbrio ecológico, 8.1. Objectivo Geral
a consciencialização para a protecção e conservação das
tartarugas marinhas, têm vindo a tomar lugar em diver- Melhorar e assegurar a conservação e utilização du-
sas reuniões e conferências ambientais à volta do mundo. rável das tartarugas marinhas em Cabo Verde de uma
Cabo Verde, ratificou a Convenção sobre Diversidade forma integrada. Assim devemos:
Biológica (CDB) em 1995, convenção essa que tem como
8.2. Objectivos específicos
objectivo a utilização sustentável e adequada dos compo-
nentes que fazem parte da biodiversidade. Nesse âmbito OE.1: Proporcionar às instituições competentes os
Cabo Verde deverá, como consta no artigo 6.˚da referida meios necessários para coordenar a implementação
convenção, sobre medidas gerais para a conservação e das actividades do plano de conservação;
utilização sustentável, definir e desenvolver estratégias,
planos ou programas existentes, que irão reflectir as OE.2: Promover a aplicação das leis para conser-
medidas estabelecidas pela CDB e integrar na medida vação das Tartarugas Marinhas;
9 700000 000000

do possível à conservação e utilização sustentável da


diversidade biológica nos planos, programas e politicas OE.3: Contribuir para um melhor conhecimento das
sectoriais ou intersectoriais. espécies de Tartarugas Marinhas em Cabo Verde;

Só 10 anos depois da adesão à Convenção sobre a Diver- OE.4: Incrementar uma atitude favorável para con-
sidade Biológica, o país veio a fazer parte da Convenção servação e utilização durável das espécies, dentro
sobre Comercio Internacional de Espécies de Fauna e das empresas e da população em geral.
Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES) que
visa proteger a biodiversidade selvagem para as gerações 8.3. Descrição dos objectivos específicos
presentes e futuras, pelo seu valor científico, cultural, Objectivo 1: Proporcionar às instituições competentes
recreativo e económico. A tartaruga marinha faz parte
os meios necessários para coordenar a implementação
da lista das espécies ameaçadas de extinção da CITES
das actividades do plano de conservação
e deve ser protegida por todos para manter o equilíbrio
ambiental e garantir a sua sobrevivência. A. Descrição
A nível regional Cabo Verde tem participado em acções,
No decorrer da última década muitas têm sido as acções
em reuniões e contribuído para a protecção da biodivers-
de conservação e de gestão das Tartarugas Marinhas
idade e da tartaruga marinha em particular. O país faz
(Tartarugas Marinhas) em Cabo Verde desenvolvidas
parte de iniciativas regionais como o Programa Regional
tanto por ONGs locais, instituições do Estado e mesmo
de Conservação da Zona Costeira e Marinha da África
por organizações internacionais de conservação.
Ocidental (PRCM), Unidade Regional das Tartarugas
Marinhas da Costa Atlântica da África (URTOMA) e da A eficácia da conservação e gestão da biodiversidade
Tartarugas Marinhas da África Ocidental (TOMAO). depende de um enquadramento e concertação de acções
Com as ilhas Canárias o país tem um protocolo de coop- entre todos os actores envolvidos. Porém, é imperativo
eração sobre a protecção da biodiversidade no que diz que todo o processo relacionado com a conservação das
respeito a reintrodução e conservação das tartarugas Tartarugas Marinhas seja liderado pelo órgão do Governo
marinhas na Macaronésia. A nível do WWF Cabo Verde responsável pelo ambiente em Cabo Verde.
faz parte do WWF-WAMER, organismo responsável
pela implementação do Plano Regional de conservação Além da referida liderança, é crucial que órgão respon-
de tartarugas marinhas na África Ocidental e Central. sável pelo ambiente tenha os meios necessários para que
A elaboração PCNTM vai de encontro aos principais possa coordenar todas as acções de conservação e de gestão
eixos orientadores identificados no atelier de recolha das Tartarugas Marinhas, e com isso aumentar o impacto
de subsídios para a elaboração do plano, realizado na destas e diminuir as possíveis duplicações de esforços.
Boavista em Junho de 2005:
Assim, sob a liderança da Direcção Geral do Ambiente
▪ Gestão e conservação das tartarugas marinhas (DGA), objectiva-se criar um sistema de coordenação a

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I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010 2041

nível nacional e estabelecer-se um programa de finan- Reforçada a capacidade de fiscalização


ciamento de todas as acções de conservação das TM em
Legislação ambiental nacional e internacional divul-
Cabo Verde.
gada e conhecida
Um Comité de Coordenação do PNCTM será criado e o Reforçada a legislação ambiental
nível de responsabilidades dos seus membros definidos.
Um plano de financiamento será elaborado a fim de que se Objectivo 3: Contribuir para um melhor conhecimento
possa garantir a sustentabilidade das acções e dotar o Co- das espécies de Tartarugas Marinhas em Cabo Verde
mité de meios técnicos e financeiros para a implementação A. Descrição
das actividades previstas. Os membros deste Comité serão
nomeados pelo Ministério responsável pelo ambiente sob o Os relatos quanto a presença das Tartarugas Marinhas
parecer da Direcção Geral do Ambiente, em concertação com em Cabo Verde remontam desde a data do achamento
a equipa de elaboração do I Plano Nacional de Conservação das ilhas em 1456. Várias foram as descrições sobre as
das Tartarugas Marinhas em Cabo Verde. Tartarugas Marinhas nos diferentes pontos das ilhas e
em alguns casos indicados a utilização da carne da Tarta-
B. Outputs rugas Marinhas, seus derivados tanto para a alimentação
como para usos medicinais e afrodisíacos.
Estabelecido um programa de financiamento do plano
de conservação Poder-se-á dizer, que foi só a partir dos finais dos anos
80, que legalmente se passou a proteger as Tartarugas
Criado um sistema de coordenação a nível nacional para Marinhas em Cabo Verde, e foi também a partir desta
as iniciativas de conservação das Tartarugas Marinhas altura que outras acções de conservação foram desen-
Objectivo 2: Promover a aplicação das leis para con- volvidas esporadicamente, ora por instituições do Estado,
servação das Tartarugas Marinhas ora pela sociedade civil, incluindo iniciativas de ONGs
nacionais e internacionais.
A. Descrição
As iniciativas de conservação em Cabo Verde têm sido
Algumas medidas de protecção das Tartarugas desenvolvidas maioritariamente na Boa Vista abarcando
Marinhas em Cabo Verde estão reflectidas na legislação quase que restritamente a espécie Caretta caretta por
nacional, porém traduzidas superficialmente em poucas esta ser a que nidifica nas praias do país.
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mudanças de comportamento ao longo dos anos devido Pesquisas sobre a biologia e ou a ecologia referente
a alguns factores, nomeadamente o desconhecimento da às outras quatro espécies não têm sido desenvolvidas.
própria legislação. Nem tão pouco poder-se-á dizer que se conhece a mag-
O quadro legal que delineia a protecção das TM reflecte nitude das ameaças e o estado de conservação de todas
medidas de conservação desde proibição da captura, as espécies que se encontram nas águas do arquipélago.
consumo, comercialização dos produtos derivados, e pro- Inferências socio-económicas e culturais também neces-
tecção do seu habitat. Outras medidas de conservação são sitam um maior aprofundamento visto que somente
também descritas nas convenções internacionais ratifica- foram efectuados estudos para as ilhas de Santo Antão,
das por Cabo Verde, nomeadamente a CITIES e a CDB. São Vicente e São Nicolau.
Para que futuras iniciativas de conservação tenham o
No entanto, verifica-se que as medidas legais não têm
impacto desejado, é imperativo que as informações sobre
contribuído significativamente para a diminuição das
pesquisas socio-económicas, biológicas e ecológicas sejam
práticas ilícitas, nem tão pouco têm conseguido diminuir
realizadas em todo o país, sistematizadas e disponíveis,
a “noção de impunidade”. A protecção dos habitats tam-
a fim de que possam vir a melhorar a qualidade da in-
bém não tem sido rigorosamente cumprida devido a pos-
formação, e consequentemente aumentar a eficácia e
síveis incongruências e falta de regulamentação legal.
durabilidade das acções de conservação.
Nota-se ainda que enquanto o quadro legal que protege B. Outputs
as Tartarugas Marinhas tem sido ampliado, a sintonia
entre as instituições de protecção e de fiscalização não Conhecida a biologia, a ecologia, o comportamento e a
tem seguido o mesmo caminho. As prováveis limitações distribuição das Tartarugas Marinhas em Cabo Verde
técnicas, financeiras e logísticas aliadas ao factor citado Conhecida a importância socio-económica e cultural
acima, poderão ser a razão pela qual a fiscalização não das Tartarugas Marinhas em Cabo Verde
tem conseguido pôr cobro às práticas ilícitas das Tarta-
Melhorada a capacidade técnica e cientifica dos actores
rugas Marinhas.
envolvidos na conservação das Tartarugas Marinhas
Portanto, a redução das práticas ilícitas via acções Objectivo 4: Incrementar uma atitude favorável para
coercivas por si só não serão suficientes. Outros níveis conservação e utilização durável das espécies, dentro das
de actuações deverão ser accionados e melhorados, no- empresas e da população em geral
meadamente a sintonia e capacitação das instituições
envolvidas tanto na conservação como na fiscalização. A. Descrição

B. Outputs Tendo em conta a vulnerabilidade das Tartarugas


Marinhas em Cabo Verde, era de se esperar que muitas
Reduzidas as práticas ilícitas de captura, de comercialização acções de conservação das mesmas poderiam estar a
e do consumo das Tartarugas Marinhas e seus derivados decorrer, assim como muitas iniciativas de sensibilização.

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Na realidade as iniciativas de conservação são es- R.2.1: Reduzidas as práticas ilícitas de captura, de
porádicas e as poucas informações produzidas carecem comercialização e de consumo das Tartarugas Marinhas
de uma melhor divulgação. Propõe-se serem incluídas e seus derivados
nos currículos escolares de modo a proporcionarem um
R.2.2: Reforçada a capacidade de fiscalização
incremento no nível de conhecimento nos mais jovens
sobre as Tartarugas Marinhas. R.2.3: Legislação ambiental nacional e internacional
divulgada e conhecida
No seio das instituições do Estado existe uma certa
experiência no âmbito de metodologias participativas que R.2.4: Reforçada a legislação ambiental
poderiam aumentar o leque de interacções com as comu- OE.3: Contribuir para um melhor conhecimento das
nidades locais e consequentemente ampliar os níveis da espécies de Tartarugas Marinhas em Cabo Verde
participação nas acções de conservação e sensibilização
R.3.1: Conhecida a biologia, a ecologia, o comportamento
das Tartarugas Marinhas.
e a distribuição das Tartarugas Marinhas em Cabo Verde
Tem-se constatado alguma experiência positiva com R.3.2: Conhecida a importância socio-económica e cul-
operadores turísticos nas ilhas do Sal e da Boa Vista tural das Tartarugas Marinhas em Cabo Verde
com relação a iniciativas de ecoturismo envolvendo as
Tartarugas Marinhas. Os indicadores preliminares R.3.3: Melhorada a capacidade técnica e cientifica
sugerem que esta actividade poderá vir a ser um meio dos actores envolvidos na conservação das Tartarugas
para se atingir a conservação como também para incre- Marinhas
mentar uma atitude favorável em relação as Tartarugas OE.4: Incrementar uma atitude favorável para con-
Marinhas. servação e utilização durável das espécies, dentro das
As experiências noutros paralelos indicam que as activ- empresas e da população em geral
idades ecoturísticas envolvendo as Tartarugas Marinhas R.4.1: Reduzida a mortalidade das Tartarugas Marinhas
têm contribuído significativamente ao financiamento pela acção humana
de acções de conservação. Elas revelam também que a R.4.2: População participando activamente nas acções
durabilidade das mesmas encontram-se assentes num de conservação
conjunto de normas previamente estipuladas por uma
entidade responsável, capaz de as regular e as monitorar R.4.3: Consideradas as Tartarugas Marinhas como
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continuamente. elemento estratégico da biodiversidade de CV e de pro-


moção do turismo de qualidade
B. Outputs
R.4.4: Promovida informações e acções de conservação
Reduzida a mortalidade das Tartarugas Marinhas pela das Tartarugas Marinhas no currículo escolar (envolver
acção humana o Ministério da Educação)
População participando activamente nas acções de R.4.5: Estabelecido a Tartarugas Marinhas como em-
conservação blema nacional para divulgação turística
Consideradas as Tartarugas Marinhas como elemento R.4.6: Co-financiadas as actividades do plano de acção
estratégico da biodiversidade de CV e de promoção do através de contribuições de actividades eco-turisticas
turismo de qualidade R.4.7: Actividades do eco turismo regulamentadas e
Promovida informações e acções de conservação das controladas
Tartarugas Marinhas no currículo escolar (envolver o 10. ACTIVIDADES
Ministério da Educação)
OE.1: Proporcionar às instituições competentes os
Estabelecido a Tartarugas Marinhas como emblema meios necessários para coordenar a implementação das
nacional para divulgação turística actividades do plano de conservação
Co-financiadas as actividades do plano de acção através R.1.1: Estabelecido um programa de financiamento do
de contribuições de actividades eco-turisticas plano de conservação
Actividades do eco turismo regulamentadas e controladas ▪ A.1.1.1: Identificar possíveis fontes de financiamento
e respectivos procedimentos operacionais
9. RESULTADOS
▪ A.1.1.2: Elaborar as respectivas fichas de projecto
OE.1: Proporcionar às instituições competentes os
e orçamentos
meios necessários para coordenar a implementação das
actividades do plano de conservação ▪ A.1.1.3: Estabelecer parcerias público-privadas
para financiamento de acções de conservação
R.1.1: Estabelecido um programa de financiamento do das Tartarugas Marinhas
plano de conservação
R.1.2: Criado um sistema de coordenação a nível na-
R.1.2: Criado um sistema de coordenação a nível na- cional para as iniciativas de conservação das Tartarugas
cional para as iniciativas de conservação das Tartarugas Marinhas
Marinhas
▪ A.1.2.1: Criar um comité de coordenação das
OE.2: Promover a aplicação das leis para conservação actividades do plano e de outras iniciativas
das Tartarugas Marinhas de conservação das Tartarugas Marinhas

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▪ A.1.2.2: Definir o nível de responsabilidades de ▪ A3.1.5: Estimar a variabilidade genética das


cada entidade do comité de coordenação populações das ilhas
▪ A.1.2.3: Elaborar um plano de trabalho e definir ▪ A3.1.6: Estudar os factores que afectam a sobrevivência,
estratégias de intervenção fecundidade e sucesso reprodutivo
▪ A1.2.4: Dotar o comité de coordenação de meios ▪ A3.1.7: Desenvolver modelos de simulação para
técnicos e financeiros para a implementação prever a dinâmica das populações e estimar a
do plano sua probabilidade de extinção
OE.2: Promover a aplicação das leis para conservação ▪ A3.1.8: Controlar as populações de predadores
das Tartarugas Marinhas
▪ A3.1.9: Elaborar um catálogo de lugares
R.2.1: Reduzidas as práticas ilícitas de captura, de adequados para futura reintrodução fazendo
comercialização e de consumo das Tartarugas Marinhas previamente um estudo de viabilidade
e seus derivados
R.3.2: Conhecida a importância socio-económica e cul-
▪A2.1.1: Sensibilizar as autoridades competentes tural das Tartarugas Marinhas em Cabo Verde
para a aplicação da lei
▪ A3.2.1: Realizar um estudo socio-económico e
▪A2.1.2: Criar e capacitar comités locais de cultural
vigilância
▪ A3.2.2: Realizar um estudo sobre o uso etnográfico
▪A2.1.3: Integrar as comunidades nos comités de
das tartarugas
vigilância
R.3.3: Melhorada a capacidade técnica e cientifica
R.2.2: Reforçada a capacidade de fiscalização
dos actores envolvidos na conservação das Tartarugas
▪ A2.2.1: Capacitar técnica e logísticamente as Marinhas
autoridades competentes
▪ A3.3.1: Identificar as necessidades de formação
▪ A2.2.2: Apoiar na elaboração e na implementação
de planos locais de fiscalização ▪ A3.3.2: Realizar formações técnicas, científicas e
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específicas sobre as Tartarugas Marinhas


▪ A2.2.3: Criar e capacitar brigadas móveis de
vigilância das zonas de nidificação ▪ A3.3.3: Promover visitas de intercâmbio

R.2.3: Legislação ambiental nacional e internacional ▪ A3.3.4: Adquirir e disponibilizar bibliografia


divulgada e conhecida sobre as Tartarugas Marinhas

▪ A.2.3.1: Recolher e compilar toda a legislação OE.4: Incrementar uma atitude favorável para con-
nacional e convenções internacionais servação e utilização durável das espécies, dentro das
ratificadas por Cabo Verde no âmbito das empresas e da população em geral
Tartarugas Marinhas
R.4.1: Reduzida a mortalidade das Tartarugas
▪ A.2.3.2: Divulgar as informações compiladas Marinhas pela acção humana
R.2.4: Reforçada a legislação ambiental ▪ A4.1.1: Sensibilizar e informar os actores da
existência da lei
▪A.2.4.1: Promover e propor a revisão e reforço da
legislação ▪ A4.1.2: Promover a utilização de materiais de
pesca bio degradáveis
▪A.2.4.2: A.2.4.2: Divulgar e monitorar a legislação
actualizada ▪ A4.1.3: Divulgar os conhecimentos e pesquisas
OE.3: Contribuir para um melhor conhecimento das sobre as Tartarugas Marinhas
espécies de Tartarugas Marinhas em Cabo Verde ▪ A4.1.4: Elaborar e divulgar normas de boas
R.3.1: Conhecida a biologia, a ecologia, o comporta- praticas de conservação
mento e a distribuição das Tartarugas Marinhas em R.4.2: População participando activamente nas acções
Cabo Verde de conservação
▪A3.1.1: Realizar um inquérito sobre a presença ▪ A4.2.1: Envolver as comunidades, jovens e estu-
das Tartarugas Marinhas em todas as ilhas dantes nas actividades de conservação das
▪A3.1.2: Cartografar as zonas de nidificação, ali- Tartarugas Marinhas
mentação, crescimento e sua importância
▪ A4.2.2: Desenvolver campanhas de comunicação,
▪A3.1.3: Estudar as incidências de diferentes informação e sensibilização na conservação
factores de ameaças das Tartarugas Marinhas

▪ A3.1.4: Realizar estudos sobre a biologia repro- ▪ A4.2.3: Apoiar iniciativas privadas de conservação
dutiva e seu habitat das Tartarugas Marinhas

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2044 I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010

R.4.3: Consideradas as Tartarugas Marinhas como R.4.7: Actividades de eco turismo regulamentadas e
elemento estratégico da biodiversidade de CV e de pro- controladas
moção do turismo de qualidade
▪ A4.7.1: Identificar e promover actividades eco-
▪ A43.1 : Fomentar o papel das tartarugas vivas no turísticas referentes ao uso sustentável das
seu hatitat natural, como atractivo para um Tartarugas Marinhas
turismo de qualidade
▪ A4.7.2: Propor um regulamento e código de
▪ A4.3.2: Promover parcerias com o sector conduta de actividades eco-turísticas relacio-
empresarial, ONGs, e associações nas acções nadas com as Tartarugas Marinhas
de conservação ou nos programas educativos
e de comunicação a serem desenvolvidos ▪ A4.7.3: Monitorizar as actividades eco-turísticas
relacionadas com as Tartarugas Marinhas
▪ A4.3.3: Criar procedimentos de certificação dos
empreendimentos que tenham uma parti- 11. IMPLEMENTAÇÃO DO PNCTM – CABO VERDE
cipação reconhecida na conservação das
Tartarugas Marinhas O documento do PCNTM de Cabo Verde constitui
um instrumento orientador importante no domínio da
▪ A4.3.4: Criar uma marca registada para conservação destas espécies marinhas ameaçadas. Este
certificação dos empreendimentos que documento irá contribuir não só para a conservação
tenham uma participação reconhecida na destas espécies em Cabo Verde, como também a nível
conservação das Tartarugas Marinhas regional e mundial.

▪ A4.3.5: Promover a criaçao de um dia nacional Segundo o Decreto-lei 7/2002 de 30 de Dezembro, sobre
das Tartarugas Marinhas protecção de espécies ameaçadas, as tartarugas marinhas
encontram-se na lista de espécies a proteger em Cabo
R.4.4: Promovidas informações e acções de conservação Verde e sobre elas pressupõe-se o desenvolvimento de
das Tartarugas Marinhas no currículo escolar (envolver acções de preservação a nível nacional. É neste contexto
o Ministério da Educação) que se enquadra o actual Plano Nacional para a Conser-
9 700000 000000

vação de Tartarugas Marinhas de Cabo Verde.


▪A4.4.1: Elaborar material audiovisual simples
para ser divulgado em todos os centros A Direcção Geral do Ambiente, na qualidade de in-
educativos e culturais stituição responsável pela implementação da política
ambiental e de conservação da biodiversidade em Cabo
▪A4.4.2: Estabelecer material didáctico apoiado no
Verde é o ponto focal da CDB. A DGA é a instituição re-
audiovisual como referência
sponsável pela concepção e implementação do PNCTM,
▪A4.4.3: Estabelecer concursos (desenhos e bem como a sua integração com as demais iniciativas de
redacção) e debates em que os alunos tenham conservação da biodiversidade em Cabo Verde.
um papel dinâmico
A existência de um quadro institucional favorável, com
▪A4.4.4: Promover a integração das informações condições técnicas, financeira e administrativas eficazes,
sobre conservação das Tartarugas Marinhas é uma pré-condição da implementação do PNCTM. Assim,
nos programas e manuais educativos para a conservação efectiva das tartarugas marinhas
em Cabo Verde, a Direcção Geral do Ambiente e demais
R.4.5: Estabelecido a Tartarugas Marinhas como em- instituições envolvidas, deverão ter condições básicas, de
blema nacional para divulgação turística forma a assegurar uma boa implementação do referido
plano de conservação.
▪A4.5.1: Sensibilizar entidades turísticas
Os Ministérios mais directamente envolvidos na prob-
▪A4.5.2: Estabelecer um concurso de criação de um lemática da Conservação da Biodiversidade e gestão dos
emblema nacional das Tartarugas Marinhas recursos marinhos, tais como o Ministério do Ambiente
e Agricultura e o Ministério das Infraestruturas, Trans-
▪A4.5.3: Apoiar e sensibilizar as instituições
porte e Mar, deverão trabalhar em estreita colaboração
turísticas na utilização do emblema para
na implementação do PNCTM.
Certificação de Utilidade Turística
Para além da DGA, estão fortemente envolvidos na
R.4.6: Co-financiadas as actividades do plano de acção
problemática de conservação das tartarugas marinhas,
através de contribuições de actividades eco-turísticas
o Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas
▪ A4.6.1: Propor uma percentagem do rendimento (INDP), a DG Pescas, instituições de ensino superior,
das actividades do eco-turismo para o como o ISE e o ISECMAR e algumas ONGs como ONG
financiamento do plano Cabo Verde Natura 2000, ADAD e Amigos do Calhau,
PCMC, WWF e outras. Algumas iniciativas privadas de
▪ A4.6.2: Propor mecanismos de cobrança e gestão conservação de tartarugas, embora ainda incipientes,
das quotas começam a surgir.

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I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010 2045

Tendo em conta que as tartarugas marinhas dis- Os sucessivos planos executivos deverão concretizar os
tribuem-se por todo o arquipélago, a implementação do objectivos e resultados indicativos do PNCTM, devendo
PNCTM deve ser abrangente e harmonioso em todas definir os recursos necessários à sua implementação,
as ilhas. Da mesma forma, tratando-se de uma espécie indicar os factores externos e delinear os indicadores de
migratória, que está presente em várias regiões e países, resultados.
é de se prever a presença activa de organismos interna-
cionais, ligados à conservação das tartarugas marinhas. A formulação de planos de execução anuais deve ser
devidamente articulada com outros instrumentos de pl-
A Direcção Geral do Ambiente, como responsável pela anificação: planos, programas e orçamentos de promoção
implementação do PNCTM coordena-se com: do desenvolvimento, planos intersectoriais voltados para
questões ambientais, projectos específicos para a con-
▪Instituições de investigação, para questões
servação da biodiversidade, patrocinados por entidades
ligadas à investigação, seguimento, avaliação
nacionais ou estrangeiras.
e realização de estudos temáticos;
11.2 Acompanhamento, revisões e avaliação do
▪ Instituições ligadas às pescas, devido à
PNCTM
relação desta actividade económica com os
recursos marinhos e com a conservação da A dimensão e efeitos esperados do PNCTM justificam
biodiversidade marinha; a existência de um coordenador nacional. Este coordena-
dor dirigirá o Comité de coordenação do PNCTM criado,
▪ Policia Nacional e instituições ligadas à
que é formado por representantes das instituições mais
fiscalização, no sentido de assegurar as
directamente envolvidas. A nível local, a implementa-
actividades de fiscalização e a aplicação da
ção do PNCTM deverá ser executado com o apoio das
legislação existente em matéria de ambiente
Delegações das Instituições envolvidas, das ETMAs e
e de conservação de espécies ameaçadas;
das ONGs, em que um representante delegado ou ponto
focal poderá ser indigitado em cada ilha, para melhor
▪ Ministério de Educação e Valorização de
coordenação das acções.
Recursos Humanos para a questão de
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educação ambiental e formação;


Para além de realizar o acompanhamento do PNCTM,
▪ Ministério responsável pelo turismo, para a a este coordenador caberá a facilitação da sua execução
promoção de actividades eco turísticas ligadas e a ligação com o coordenador do PANA II e outras insti-
às tartarugas marinhas; tuições a nível regional e internacional.

Para assegurar a implementação efectiva do PNCTM, No primeiro trimestre de cada ano, o comité de coorde-
deve ser criado um comité técnico de coordenação for- nação deverá apresentar um relatório técnico anual de
mado por elementos das instituições mais directamente acompanhamento. Este relatório deverá permitir iden-
envolvidas nesta problemática, coordenadas pela DGA. tificar: o grau de realização do plano de execução anual,
os progressos alcançados na direcção dos objectivos do
Uma vez que a questão ambiental está cada vez mais PNCTM e as propostas de orientação para o plano de
descentralizada, para além das diferentes instituições, execução anual do período seguinte. Da apreciação deste
as Delegações dos Ministérios envolvidos nas diferentes relatório e das propostas nele apresentados, as entidades
ilhas e concelhos bem como as Equipas Técnicas Am- governamentais envolvidas decidirão em relação às ori-
bientais Municipais (ETMAS) existentes nas Câmaras entações e prioridades das acções de conservação.
Municipais e responsáveis pela Implementação dos
Planos Municipais Ambientais no âmbito do PANA II, O PNCTM é elaborado para um período de 5 anos, es-
terão um papel activo na execução do referido plano de tando prevista uma avaliação a meio percurso e outra no
conservação. final do quarto ano de execução, através de uma equipa
de consultores independentes.
11.1 Planos anuais de execução do PNCTM
Os resultados das avaliações serão devidamente
A implementação do PNCTM deverá ser realizada levados em conta, na elaboração do Plano Nacional de
através de planos de execução anuais, sendo o primeiro Conservação de Tartarugas seguinte.
logo após a sua aprovação pelo Governo. O primeiro ano
deverá ser de execução obrigatória, sendo o processo A avaliação de implementação do PNCTM deve ter em
repetido anualmente. conta os indicadores apresentados no Plano, com especial
atenção aos indicadores relativos à taxa efectiva de con-
O plano de trabalho deverá ser elaborado pelo comité servação/recuperação das populações de TM, estabiliza-
de coordenação das tartarugas marinhas e apresentado ção das populações, à redução de capturas, às iniciativas
à DGA para aprovação, ficando assim aberta a possibi- locais de conservação e de gestão, bem como à promoção
lidade de integração no Orçamento Geral do Estado do de eco turismo baseado em tartarugas marinhas e sua
ano seguinte. respectiva regulamentação.

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2046 I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010

ANEXOS
ANEXO 1 – Quadro Lógico

Actividades Indicadores Meios de verificação Responsáveis


OE.1: Proporcionar às instituições
competentes os meios necessários
para coordenar a implementação das
actividades do plano de conservação
R.1.1: Estabelecido um programa
de financiamento do plano de con-
servação
A.1.1.1: Identificar possíveis fontes Pelo menos uma fonte de Documento de confirmação Comité de coordenação
de financiamento e respectivos financiamento identificada com do financiamento
procedimentos operacionais financiamento assegurado

A.1.1.2: Elaborar as respectivas Pelo menos um projecto priori- Fichas de projectos elaborados Instituições intervenientes
fichas de projecto e orçamentos tário elaborado por ano

A.1.1.3: Estabelecer parcerias pú- Pelo menos um parceiro en- Protocolo de colaboração ONGs, instituições,
blico-privados para financiamento volvido estabelecido, relatórios e sector privado
de acções de conservação das TM memorandos
R.1.2: Criado um sistema de coor-
denação a nível nacional para as
iniciativas de conservação das TM

A.1.2.1: Criar um comité de coorde- Comité de coordenação criado Despacho oficial de criação Ministérios envolvidos
nação das actividades do plano e de antes da implementação das do comité
outras iniciativas de conservação actividades
das TM
9 700000 000000

A.1.2.2: Definir o nível de respon- Estatuto do comité elaborado Estatuto publicado no BO Comité de coordenação
sabilidades de cada entidade do
comité de coordenação
A.1.2.3: Elaborar um plano de Plano de trabalho elaborado Documento do plano elab- Comité de coordenação
trabalho e definir estratégias de cada ano orado
intervenção
A1.2.4: Dotar o comité de coordenação Comité de coordenação equi- Equipamentos e técnicos Ministérios envolvidos
de meios técnicos e financeiros para pado e funcional capacitados
a implementação do plano

OE.2: Promover a aplicação das leis


para conservação das TM

R.2.1: Reduzidas as praticas ilícitas


de captura, de comercialização e do
consumo das TM e seus derivados

A2.1.1: Sensibilizar as autoridades Participação activa das enti- Numero de infracções redu- Comité de coordenação
competentes para a aplicação da lei dades competentes nas activi- zidas
dades do plano
A2.1.2: Criar e capacitar comités Pelo menos 10 comités locais Estatuto do comité elab- Comité de coordenação
locais de vigilância criados e capacitados orado
A2.1.3: Integrar as comunidades Pelo menos 5 comunidades in- Composição do comité de Comité de vigilância
nos comités de vigilância tegradas no comité de vigilância vigilância

R.2.2: Reforçada a capacidade de


fiscalização

A 2.2.1: Capacitar técnica e logística- Pelo menos 10 pessoas capac- Relatórios de formação, e Comité de coordenação
mente as autoridades competentes itadas tecnicamente e uma equipamentos técnicos dis-
delegação equipada ponibilizados
A2.2.2: Apoiar na elaboração e na Pelo menos 2 planos de fiscaliza- Documento do plano de Instituições interveni-
implementação de planos locais de ção elaborados e implementados fiscalização elaborado entes
fiscalização

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Actividades Indicadores Meios de verificação Responsáveis


A2.2.3: Criar e capacitar brigadas Criadas e capacitada pelo me- Relatórios de formação e de Comité de coordenação
móveis de vigilância das zonas de nos uma brigada de vigilância actividades de vigilância
nidificação por ilha
R.2.3: Legislação ambiental na-
cional e internacional divulgada e
conhecida
A.2.3.1: Recolher e compilar toda Corpo documental recolhido e Documentos compilados DGA
a legislação nacional e convenções compilado
internacionais ratificadas por Cabo
Verde no âmbito das TM
A.2.3.2: Divulgar as informações Exemplares produzidos dis- Compilações disponibilizadas Comité de coordenação
compiladas tribuídos

R.2.4: Reforçada a legislação ambiental


A.2.4.1: Promover e propor a re- Elaborada a proposta de actu- Proposta de projecto de Lei Comité de coordenação,
visão e reforço da legislação alização da Legislação DGA, DGP

A.2.4.2: Divulgar e monitorar a Relatórios e material de Instituições intervenientes


legislação actualizada divulgação
OE.3: Contribuir para um melhor
conhecimento das espécies de TM
em Cabo Verde
R.3.1: Conhecida a biologia, a eco-
logia, o comportamento e a distri-
buição das TM em Cabo Verde
A3.1.1: Realizar um inquérito sobre Pelo menos um inquérito apli- Resultado dos inquéritos INDP
a presença das TM em todas as ilhas cado em cada ilha
9 700000 000000

A3.1.2: Cartografar as zonas de ni- Principais zonas de nidificação, Mapas cartográficas INDP, Natura 2000
dificação, alimentação, crescimento alimentação e crescimento
e sua importância identificadas e cartografadas
A3.1.3: Estudar as incidências de Incidências de diferentes factores Relatório do estudo INDP
diferentes factores de ameaças de ameaças identificadas
A3.1.4: Realizar estudos sobre a Biologia reprodutiva conhecida Relatório de estudo INDP e Natura 2000
biologia reprodutiva e seu habitat
A3.1.5: Estimar a variabilidade Diferentes populações das Relatório de estudo Natura 2000 e INDP
genética das populações das ilhas ilhas conhecidas
A3.1.6: Estudar os factores que Factores de fecundidade e Relatório qualitativo e quan- Natura 2000 e INDP
afectam a sobrevivência, fecundi- sucesso reprodutivo conhecidos titativo
dade e sucesso reprodutivo
A3.1.7: Desenvolver modelos de Conhecida a taxa de extinção e Modelo básico de dinâmica Instituições interveni-
simulação para prever a dinâmica de sobrevivência de população desenvolvido entes e Natura 2000
das populações e estimar a sua
probabilidade de extinção
A3.1.8: Controlar as populações de Predadores identificados Relatório Instituições interveni-
predadores entes e Natura 2000
A3.1.9: Elaborar um catálogo de Identificadas zonas de rein- Catálogo Instituições interveni-
lugares adequados para futura trodução de tartarugas entes e Natura 2000
reintrodução fazendo previamente
um estudo de viabilidade
R.3.2: Conhecida a importância
socio-económica e cultural das TM
em Cabo Verde
A3.2.1: Realizar um estudo socio- Conhecida a contribuição socio- Relatório INDP
económico e cultural económica e cultural
A3.2.2: Realizar um estudo sobre o Uso etnográfico das tartarugas Relatório INDP
uso etnográfico das tartarugas conhecido
R.3.3: Melhorada a capacidade téc-
nica e cientifica dos actores envolvi-
dos na conservação das TM

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Actividades Indicadores Meios de verificação Responsáveis


A3.3.1: Identificar as necessidades Plano de formação elaborado Documento do plano de for- Comité de coordenação
de formação mação TM

A3.3.2: Realizar formações técnicas, Número de pessoas formadas Relatórios de formação Comité de coordenação
científicas e específicas sobre as TM TM
A3.3.3: Promover visitas de inter- Pelo menos 3 visitas de inter- Relatório de visitas de inter- Comité de coordenação
câmbio câmbio realizadas por ano câmbio TM
A3.3.4: Adquirir e disponibilizar Biblioteca sobre TM disponível Lista de referências bibli- Comité de coordenação
bibliografia sobre as TM ográficas sobre TM TM

OE.4: Incrementar uma atitude


favorável para conservação e utiliza-
ção durável das espécies, dentro das
empresas e da população em geral
R.4.1: Reduzida a mortalidade das
TM pela acção humana
A4.1.1: Sensibilizar e informar os Plano de comunicação elaborado Relatórios de encontros de Instituições interveni-
actores da existência da lei sensibilização e material de entes
sensibilização produzido
A4.1.2: Promover a utilização de Materiais de pesca bio de- Relatórios INDP e DGP
materiais de pesca bio degradáveis gradáveis são identificados e
utilizados

A4.1.3: Divulgar os conhecimentos Numero de documentos elab- Documentos divulgados e Comité de coordenação
e pesquisas sobre as TM orados relatórios de encontros
A4.1.4: Elaborar e divulgar normas Ao menos 2 normas de boas Manual de boas práticas Comité de coordenação
de boas práticas de conservação práticas elaboradas elaborado
9 700000 000000

R.4.2: População participando acti-


vamente nas acções de conservação
A4.2.1: Envolver as comunidades, Pelo menos 4 comunidades Relatórios e memorandos Comité de coordenação
jovens e estudantes nas actividades envolvidas nas actividades de dos encontros
de conservação das TM conservação das TM

A4.2.2: Desenvolver campanhas de Ao menos um plano de comuni- Relatórios de encontros e Comité de coordenação
comunicação, informação e sensibi- cação elaborado Ateliers
lização na conservação das TM

A4.2.3: Apoiar iniciativas privadas Ao menos 2 iniciativas Memorandos e protocolos Comité de coordenação
de conservação das TM privadas apoiadas
R.4.3: Consideradas as TM como
elemento estratégico da biodiver-
sidade de CV e de promoção do
turismo de qualidade
A43.1 : Fomentar o papel das tarta- Ao menos 2 Ateliers de Relatório de Ateliers e en- Comité de coordenação
rugas vivas no seu habitat natural, promoção das tartarugas contros
como atractivo para um turismo de marinhas
qualidade
A4.3.2: Promover parcerias com No mínimo 3 parceiros identi- Protocolos e memorandum Comité de coordenação
o sector empresarial, ONGs, e as- ficados e envolvidos de encontros
sociações nas acções de conservação
ou nos programas educativos e de
comunicação a serem desenvolvidos
A4.3.3: Criar procedimentos de cer- Proposta de procedimentos de Documento de proposta Comité de coordenação
tificação dos empreendimentos que certificados elaborada
tenham uma participação reconhe-
cida na conservação das TM
A4.3.4: Criar uma marca registada Marca registada de empreen- Documento de registo da Comité de coordenação
para certificação dos empreendi- dimentos associados a conserva- marca
mentos que tenham uma partici- ção das TM criada
pação reconhecida na conservação
das TM

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Actividades Indicadores Meios de verificação Responsáveis


A4.3.5: Promover a criação um dia Proposta de celebração do dia Decreto de oficialização e Comité de coordenação
nacional das TM da TM relatório das actividades
comemorativas
R.4.4: Promovida informações e
acções de conservação das TM no
currículo escolar (envolver o Minis-
tério da Educação)
A4.4.1: Elaborar material audio- Material de comunicação Material de base Comité de coordenação
visual simples para ser divulgado produzido
em todos os centros educativos e
culturais

A4.4.2: Estabelecer material didác- Material didáctico elaborado Material de base Comité de coordenação
tico apoiado no audiovisual como
referencia
A4.4.3: Estabelecer concursos Numero de concursos e debates Anuncio de concursos, mate- Comité de coordenação
(desenhos e redacção) e debates em organizados rial produzido e relatórios
que os alunos tenham um papel
dinâmico
A4.4.4: Promover a integração das Programa escolar integrando a Documento de proposta de Comité de coordenação
informações sobre conservação conservação das TM integração
das TM nos programas e manuais
educativos
R.4.5: Estabelecido a TM como
emblema nacional para divulgação
turística
A4.5.1: Sensibilizar entidades No mínimo 1 Ateliê com os Relatórios de Ateliers e Comité de coordenação
9 700000 000000

turísticas operadores turísticos por ano encontros


A4.5.2: Estabelecer um concurso de Concurso organizador Relatório do concurso Comité de coordenação
criação de um emblema nacional
das TM

A4.5.3: Apoiar e sensibilizar as Pelo menos 5 operadores Documentos de certificação Comité de coordenação
instituições turísticas na utilização turísticos estão certificados
do emblema para Certificação de
Utilidade Turística

R.4.6: Co-financiadas as activi-


dades do plano de acção através de
contribuições de actividades eco-
turisticas

A4.6.1: Propor uma percentagem Proposta de percentagem de Documento de proposta Comité de coordenação
do rendimento das actividades do rendimentos definida para a
eco-turismo para o financiamento conservação das TM
do plano
A4.6.2: Propor mecanismos de Proposta de mecanismos de Documento de proposta Comité de coordenação
cobrança e gestão das quotas cobrança e gestão de quotas

R.4.7: Actividades do eco turismo


regulamentadas e controladas

A4.7.1: Identificar e promover Pelo menos um projecto-piloto Documento do projecto e Natura2000 e institu-
actividades eco-turisticas referentes desenvolvido relatórios ições intervenientes
ao uso sustentável das TM

A4.7.2: Propor um regulamento e Proposta de regulamento e Draft do regulamento e Comité de coordenação


código de conduta de actividades eco- código de conduta das activi- código de conduta
turisticas relacionadas com as TM dades eco-turitsticas

A4.7.3: Monitorizar as actividades eco- Plano de seguimento Relatórios de monitorização Comité de coordenação
turisticas relacionadas com as TM

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ANEXO 2 – Cronograma de actividades

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Actividades
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
OE.1: Proporcionar às instituições compe-
tentes os meios necessários para coorde-
nar a implementação das actividades do
plano de conservação
R.1.1: Estabelecido um programa de finan-
ciamento do plano de conservação
A.1.1.1: Identificar possíveis fontes de fi-
nanciamento e respectivos procedimentos
operacionais
A.1.1.2: Elaborar as respectivas fichas de
projecto e orçamentos

A.1.1.3: Estabelecer parcerias público-


privados para financiamento de acções de
conservação das TM

R.1.2: Criado um sistema de coordenação


a nível nacional para as iniciativas de
conservação das TM
A.1.2.1: Criar um comité de coordenação
das actividades do plano e de outras ini-
ciativas de conservação das TM
A.1.2.2: Definir o nível de responsabi-
lidades de cada entidade do comité de
coordenação
9 700000 000000

A.1.2.3: Elaborar um plano de trabalho e


definir estratégias de intervenção
A1.2.4: Dotar o comité de coordenação de
meios técnicos e financeiros para a imple-
mentação do plano
OE.2: Promover a aplicação das leis para
conservação das TM

R.2.1: Reduzidas as praticas ilícitas de


captura, de comercialização e do consumo
das TM e seus derivados
A2.1.1: Sensibilizar as autoridades compe-
tentes para a aplicação da lei
A2.1.2: Criar e capacitar comités locais de
vigilância
A2.1.3: Integrar as comunidades nos comi-
tés de vigilância
R.2.2: Reforçada a capacidade de fiscalização

A2.2.1: Capacitar técnica e logísticamente


as autoridades competentes

A2.2.2: Apoiar na elaboração e na imple-


mentação de planos locais de fiscalização
A2.2.3: Criar e capacitar brigadas móveis
de vigilância das zonas de nidificação
R.2.3: Legislação ambiental nacional e
internacional divulgada e conhecida

A.2.3.1: Recolher e compilar toda a legis-


lação nacional e convenções internacionais
ratificadas por Cabo Verde no âmbito das TM
A.2.3.2: Divulgar as informações compiladas

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I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010 2051

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Actividades
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
R.2.4: Reforçada a legislação ambiental
A.2.4.1: Promover e propor a revisão e
reforço da legislação

A.2.4.2: Divulgar e monitorar a legislacao


actualizada
OE.3: Contribuir para um melhor conheci-
mento das espécies de TM em Cabo Verde
R.3.1: Conhecida a biologia, a ecologia, o
comportamento e a distribuição das TM
em Cabo Verde
A3.1.1: Realizar um inquérito sobre a
presença das TM em todas as ilhas

A3.1.2: Cartografar as zonas de nidifi-


cação, alimentação, crescimento e sua
importância
A3.1.3: Estudar as incidências de diferen-
tes factores de ameaças
A3.1.4: Realizar estudos sobre a biologia
reprodutiva e seu habitat
A3.1.5: Estimar a variabilidade genética
das populações das ilhas
A3.1.6: Estudar os factores que afectam
a sobrevivência, fecundidade e sucesso
9 700000 000000

reprodutivo
A3.1.7: Desenvolver modelos de simulação
para prever a dinâmica das populações e
estimar a sua probabilidade de extinção
A3.1.8: Controlar as populações de predadores
A3.1.9: Elaborar um catálogo de lugares ad-
equados para futura reintroduzição fazendo
previamente um estudo de viabilidade
R.3.2: Conhecida a importância socio-económi-
ca e cultural das TM em Cabo Verde
A3.2.1: Realizar um estudo socio-económico
e cultural
A3.2.2: Realizar um estudo sobre o uso
etnográfico das tartarugas
R.3.3: Melhorada a capacidade técnica e
cientifica dos actores envolvidos na con-
servação das TM
A3.3.1: Identificar as necessidades de
formação
A3.3.2: Realizar formações técnicas,
científicas e específicas sobre as TM
A3.3.3: Promover visitas de intercâmbio

A3.3.4: Adquirir e disponibilizar bibliogra-


fia sobre as TM
OE.4: Incrementar uma atitude favorável
para conservação e utilização durável das
espécies, dentro das empresas e da popu-
lação em geral
R.4.1: Reduzida a mortalidade das TM
pela acção humana

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2052 I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Actividades
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
A4.1.1: Sensibilizar e informar os actores
da existência da lei
A4.1.2: Promover a utilização de materiais
de pesca bio degradáveis
A4.1.3: Divulgar os conhecimentos e pes-
quisas sobre as TM
A4.1.4: Elaborar e divulgar normas de
boas praticas de conservação
R.4.2: População participando activa-
mente nas acções de conservação
A4.2.1: Envolver as comunidades, jovens e
estudantes nas actividades de conservação
das TM
A4.2.2: Desenvolver campanhas de comu-
nicação, informação e sensibilização na
conservação das TM
A4.2.3: Apoiar iniciativas privadas na
conservação das TM
R.4.3: Consideradas as TM como elemento
estratégico da biodiversidade de CV e de
promoção do turismo de qualidade
A43.1 : Fomentar o papel das tartarugas
vivas no seu hatitat natural, como atrac-
tivo para um turismo de qualidade
9 700000 000000

A4.3.2: Promover parcerias com o sector


empresarial, ONGs, e associações nas
acções de conservação ou nos programas
educativos e de comunicação a serem
desenvolvidos
A4.3.3: Criar procedimentos de certifica-
ção dos empreendimentos que tenham
uma participação reconhecida na conser-
vação das TM
A4.3.4: Criar uma marca registada para
certificação dos empreendimentos que
tenham uma participação reconhecida na
conservação das TM
A4.3.5: Promover a criar um dia nacional
das TM
R.4.4: Promovida informações e acções de
conservação das TM no currículo escolar
(envolver o Ministério da Educação)
A4.4.1: Elaborar um audiovisual simples
para ser divulgado em todos os centros
educativos e culturais
A4.4.2: Estabelecer material didáctico
apoiado no audiovisual como referencia
A4.4.3: Estabelecer concursos (desenhos
e redacção) e debates em que os alunos
tenham um papel dinâmico
A4.4.4: Promover a integração das infor-
mações sobre conservação das TM nos
programas e manuais educativos
R.4.5: Estabelecido a TM como emblema
nacional para divulgação turística
A4.5.1: Sensibilizar entidades turísticas

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I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010 2053

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Actividades
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
A4.5.2: Estabelecer um concurso de criação
de um emblema nacional das TM

A4.5.3: Apoiar e sensibilizar as institu-


ições turisticas na utilização do emblema
para Certificação de Utilidade Turística

R.4.6: Co-financiadas as actividades do


plano de acção através de contribuições de
actividades eco-turisticas

A4.6.1: Propor uma percentagem do ren-


dimento das actividades do eco-turismo
para o financiamento do plano

A4.6.2: Propor mecanismos de cobrança e


gestão das quotas

R.4.7: Actividades do eco turismo regula-


mentadas e controladas

A4.7.1: Identificar e promover actividades


eco-turisticas referentes ao uso susten-
tável das TM
A4.7.2: Propor um regulamento e código
de conduta de actividades eco-turisticas
relacionadas com as TM
9 700000 000000

A4.7.3: Monitorizar as actividades eco-


turisticas relacionadas com as TM

ANEXO 3 – Orçamento

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Total


Actividades

OE.1: Proporcionar às
instituições competentes
os meios necessários para
coordenar a implemen-
tação das actividades do
plano de conservação

R.1.1: Estabelecido um
programa de financiamen-
to do plano de conservação
A.1.1.1: Identificar pos-
síveis fontes de financia-
mento e respectivos pro-
cedimentos operacionais 0
A.1.1.2: Elaborar as
respectivas fichas de pro-
jecto e orçamentos 0
A.1.1.3: Estabelecer parce-
rias público-privados para
financiamento de acções de
conservação das TM 0
R.1.2: Criado um sistema
de coordenação a nível na-
cional para as iniciativas
de conservação das TM

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2054 I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Total


Actividades

A.1.2.1: Criar um co-


mité de coordenação das
actividades do plano e
de outras iniciativas de
conservação das TM 0 0
A.1.2.2: Definir o nível de
responsabilidades de cada
entidade do comité de
coordenação 0 0
A.1.2.3: Elaborar um
plano de trabalho e
definir estratégias de
intervenção 0 0
A1.2.4: Dotar o comité de Funcio-
coordenação de meios téc- namento
nicos e financeiros para a do comité
implementação do plano (honorários,
deslocações/
estadias, in-
ternacionais
Salário de 15 e nacionais,
contos x 40 combustível,
guardas x 4,5 comunicação
10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 50.000 anos etc)
OE.2: Promover a aplicação
das leis para conservação
das TM
9 700000 000000

R.2.1: Reduzidas as prati-


cas ilícitas de captura,
de comercialização e do
consumo das TM e seus
derivados
A2.1.1: Sensibilizar as Isto poderá acar-
autoridades competentes retar algumas
para a aplicação da lei deslocações entre
200 200 200 200 200 1.000 as ilhas
A2.1.2: Criar e capacitar Considerar todo
comités locais de vigilância o território na-
cional (viagens e
1.000 1.000 formações)
A2.1.3: Integrar as comu-
nidades nos comités de
vigilância 0 0
R.2.2: Reforçada a capaci-
dade de fiscalização
A2.2.1: Capacitar técnica
e logísticamente as auto- Considerar in-
ridades competentes vestimentos nas
400 400 400 400 400 2.000 instituições
A2.2.2: Apoiar na elabo-
ração e na implementa-
ção de planos locais de
fiscalização
200 200 200 200 200 1.000
A2.2.3: Criar e capaci-
tar brigadas móveis de Aquisição de 5
vigilância das zonas de Pick Up 2.500
nidificação 14.500 2.000 2.000 2.000 2.000 22.500 contos
R.2.3: Legislação ambien-
tal nacional e internacio-
nal divulgada e conhecida

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I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010 2055

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Total


Actividades

A.2.3.1: Recolher e com-


pilar toda a legislação
nacional e convenções
internacionais ratificadas
por Cabo Verde no âmbito
das TM 400 400
A.2.3.2: Divulgar as infor-
mações compiladas 100 200 200 200 200 900
R.2.4: Reforçada a legislação
ambiental
A.2.4.1: Promover e pro- Verificar isto
por a revisão e reforço da com a Vera
legislação 200 200 400 Figueiredo
A.2.4.2: Divulgar e monitorar
a legislação actualizada
400 400
OE.3: Contribuir para um
melhor conhecimento das espé-
cies de TM em Cabo Verde
R.3.1: Conhecida a biolo-
gia, a ecologia, o compor-
tamento e a distribuição
das TM em Cabo Verde
A3.1.1: Realizar um in-
quérito sobre a presença 700 Contos por
das TM em todas as ilhas 6.300 0 0 0 0 6.300 ilha por ano
9 700000 000000

A3.1.2: Cartografar as
zonas de nidificação,
alimentação, crescimento
e sua importância 1.500 500 2.000
A3.1.3: Estudar as
incidências de diferentes
factores de ameaças 1.000 1.000
A3.1.4: Realizar estudos
sobre a biologia reprodu-
tiva e seu habitat 2.000 2.000 2.000 2.000 2.000 10.000
A3.1.5: Estimar a vari-
abilidade genética das
populações das ilhas 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000 15.000
A3.1.6: Estudar os facto-
res que afectam a sobre-
vivência, fecundidade e
sucesso reprodutivo 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 5.000
A3.1.7: Desenvolver
modelos de simulação para
prever a dinâmica das
populações e estimar a sua
probabilidade de extinção 3.500 3.500 3.500 3.500 3.500 17.500
A3.1.8: Controlar as 250 contos por ano
populações de predadores 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 12.500 por ilha
A3.1.9: Elaborar um
catálogo de lugares
adequados para futura
reintroduzição fazendo
previamente um estudo
de viabilidade 1.000 1.000 2.000
R.3.2: Conhecida a im-
portância socio-económica
e cultural das TM em
Cabo Verde

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2056 I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Total


Actividades

A3.2.1: Realizar um
estudo socio-económico e
cultural 5.000 5.000
A3.2.2: Realizar um es-
tudo sobre o uso etnográ-
fico das tartarugas 2.000 2.000
0
R.3.3: Melhorada a capa-
cidade técnica e cientifica
dos actores envolvidos na
conservação das TM
A3.3.1: Identificar as ne-
cessidades de formação 500 500
A3.3.2: Realizar forma- 2 formações por
ções técnicas, científicas e ano*3000 contos
específicas sobre as TM 6.000 6.000 6.000 6.000 24.000 por 4anos
A3.3.3: Promover visitas 5 pessoas*4000
de intercâmbio *20000*5dia
300 300 300 300 300 1.500 +100 de logística
A3.3.4: Adquirir e dis-
ponibilizar bibliografia
sobre as TM 500 500 500 500 500 2.500
OE.4: Incrementar uma
atitude favorável para
conservação e utilização
9 700000 000000

durável das espécies,


dentro das empresas e da
população em geral 0
R.4.1: Reduzida a mortal-
idade das TM pela acção
humana 0
A4.1.1: Sensibilizar e 10 dias por ilha*3
informar os actores da pessoas*25000+
existência da lei ajudas de custos
(7.500) + alu-
guer de espaço +
material didac-
tivo+ transporte
1.800 1.000 1.000 1.000 1.000 5.800 local+comunicação
A4.1.2: Promover a uti- ELAORACAO
lização de materiais de DE BRUXURAS
pesca bio degradáveis E CARTAS DE
SENSIBILI-
200 100 100 100 100 600 ZACAO
A4.1.3: Divulgar os conhe-
cimentos e pesquisas
sobre as TM
1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 7.500
A4.1.4: Elaborar e di-
vulgar normas de boas
praticas de conservação
500 500 500 1.500
R.4.2: População partici-
pando activamente nas
acções de conservação

A4.2.1: Envolver as comu-


nidades, jovens e estu-
dantes nas actividades de
conservação das TM
2.700 2.700 2.700 2.700 2.700 13.500

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Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Total


Actividades

A4.2.2: Desenvolver cam-


panhas de comunicação,
informação e sensibilização
na conservação das TM 2.000 2.000 2.000 2.000 2.000 10.000
A4.2.3: Apoiar iniciativas privadas
na conservação das TM 900 900 900 900 900 4.500
R.4.3: Consideradas as
TM como elemento estra-
tégico da biodiversidade
de CV e de promoção do
turismo de qualidade
A43.1 : Fomentar o papel
das tartarugas vivas no
seu habitat natural, como
atractivo para um tur-
ismo de qualidade 2.000 2.000
A4.3.2: Promover par-
cerias com o sector
empresarial, ONGs, e
associações nas acções
de conservação ou nos
programas educativos e
de comunicação a serem
desenvolvidos 600 600
A4.3.3: Criar procedimen-
tos de certificação dos
empreendimentos que
9 700000 000000

tenham uma participação


reconhecida na conserva-
ção das TM 100 100
A4.3.4: Criar uma marca
registada para certifica-
ção dos empreendimentos
que tenham uma par-
ticipação reconhecida na
conservação das TM 300 300
A4.3.5: Promover a criar
um dia nacional das TM 100 100
R.4.4: Promovida infor-
mações e acções de con-
servação das TM no cur-
rículo escolar (envolver o
Ministério da Educação)
A4.4.1: Elaborar um audio-
visual simples para ser di-
vulgado em todos os centros
educativos e culturais 800 800 1.600
A4.4.2: Estabelecer material
didáctico apoiado no audio-
visual como referencia 0
A4.4.3: Estabelecer
concursos (desenhos e
redacção) e debates em
que os alunos tenham um
papel dinâmico 450 450 450 450 450 2.250
A4.4.4: Promover a integra-
ção das informações sobre
conservação das TM nos pro-
gramas e manuais educativos 150 150 150 150 150 750
R.4.5: Estabelecido a TM
como emblema nacional
para divulgação turística 0

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Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Total


Actividades

A4.5.1: Sensibilizar enti-


dades turísticas 150 150 150 150 150 750
A4.5.2: Estabelecer um
concurso de criação de um
emblema nacional das TM 250 250
A4.5.3: Apoiar e sensi-
bilizar as instituições
turísticas na utilização do
emblema para Certifica-
ção de Utilidade Turística 100 100
R.4.6: Co-financiadas as
actividades do plano de
acção através de contri-
buições de actividades
eco-turisticas
A4.6.1: Propor uma per-
centagem do rendimento
das actividades do eco-
turismo para o financia-
mento do plano 0
A4.6.2: Propor mecanis-
mos de cobrança e gestão
das quotas 100 100
R.4.7: Actividades do eco
turismo regulamentadas
e controladas
A4.7.1: Identificar e
promover actividades eco-
9 700000 000000

turisticas referentes ao
uso sustentável das TM 500 500
A4.7.2: Propor um
regulamento e código de
conduta de actividades
eco-turisticas relaciona-
das com as TM 300 300
A4.7.3: Monitorizar as
actividades eco-turisticas
relacionadas com as TM 360 360 360 360 1.440
Total 70.250 45.660 42.310 41.610 41.110 240.940

SIGLAS E ABREVIATURA

ADAD Associação para defesa do Ambiente e Desenvolvimento


AEWA Airborne Early Warning Association
CDB Convenção da Diversidade Biológica
CITES Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres
CV Cabo Verde
DGA Direcção Geral do Ambiente
DGP Direcção Geral das Pescas
ETMA Equipa técnica Municipal Ambiental
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
INDP Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas
ISE Instituto Superior de Ensino
ISECMAR Instituto Superior de Engenharia e Ciência do Mar
IUCN International Union for the Conservation of Nature and Natural Resources
ONG Organização não Governamental
PNCTM Plano Nacional de Conservação das Tartarugas Marinhas
TDR Termos de Referência
TM Tartaruga Marinha
WWF Organização Internacional de Conservação da Natureza

O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves

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I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010 2059

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Artigo 1º

E MINISTÉRIO DO TRABALHO, FAMÍLIA (Abono de família)

E SOLIDARIEDADE SOCIAL Os montantes mensais de abono de família a que se


refere o artigo 32º do Decreto-Lei nº 5/2004, de 16 de
––––––– Fevereiro, são fixados quinhentos escudos;
Gabinete das Ministras Artigo 2º
Portaria nº 50/2010 (Subsídio de aleitação)
de 13 de Dezembro O montante mensal do subsídio de aleitação a que se
O valor mínimo da pensão atribuída a nível da protecção refere o artigo 34º do Decreto-Lei nº 5/2004, de 16 de
social obrigatória mantém-se inalterado, há vários anos, Fevereiro, é fixado em mil e quinhentos escudos;
encontrando-se, por isso, desajustado face ao custo de vida. Artigo 3º
Aliás, tendo em conta o aumento do custo de vida veri- (Subsídio por deficiência)
ficado nos últimos anos, recentemente, o Governo de Cabo
O montante mensal do subsídio por deficiência a que
Verde decidiu proceder a um aumento do valor mínimo
se refere o artigo 35º do Decreto-Lei nº 5/2004, de 16 de
da pensão atribuída a nível do sistema de protecção social
Fevereiro, é fixado nos seguintes termos:
não contributivo, pelo que urge também adequar esse
valor mínimo no sistema contributivo. a) Dois mil escudos quando o descendente não
tenha mais de catorze anos de idade:
Nestes termos, considerando a sua importância e fun-
ção, tendo em vista a dignificação do valor mínimo da b) Três mil escudos quando o descendente tenha
pensão atribuída a nível da protecção social obrigatória idade igual ou superior a catorze anos.
e a reposição do poder de compra, é de se proceder à Artigo 4º
actualização da pensão mínima.
(Subsídio funeral)
Assim, ao abrigo do disposto nº artigo 22º do Decreto-
O limite máximo do subsidio de funeral a que refere o
Lei nº 5/2004, de 16 de Fevereiro, manda o Governo de
artigo 36º do Decreto-Lei nº 5/2004, de 16 de Fevereiro,
Cabo Verde, pelos Ministros das Finanças e do Trabalho,
é fixado nos termos das alíneas seguintes, em função da
Família e Solidariedade Social o seguinte:
idade do falecido:
Artigo 1 º
9 700000 000000

a) Doze mil escudos quando o falecido não tenha


(Pensão Mínima) mais de cinco anos de idade;
É Fixado em 6.000$00 (seis mil escudos) o valor da b) Vinte mil escudos quando o falecido tenha mais
pensão mínima de velhice e de invalidez, atribuída a ní- de cinco anos de idade, mas não tenha idade
vel da protecção Social obrigatória gerida pelo Instituto superior a catorze anos:
nacional de Previdência Social. c) Trinta mil escudos quando o falecido tenha mais
Artigo 2º de catorze anos de idade.
(Revogação da legislação anterior) Artigo 5º
Fica revogada a Portaria nº 10/2005 de 7 de Fevereiro. (Revogação da legislação anterior)
Artigo 3 º Fica revogada a Portaria nº 9/2005 de 7 de Fevereiro.
(Data da entrada em vigor) Artigo 6 º
O presente diploma entra em vigor no dia 1 de Janeiro (Data da entrada em vigor)
de 2011. A presente portaria entra em vigor no dia 1 de Janeiro
Gabinete das Ministras das Finanças e do Trabalho, de 2011.
Família e Solidariedade Social, aos 29 de Outubro de Gabinete das Ministras das Finanças e do Trabalho,
2010. – As Ministras, Cristina Isabel Monteiro Duarte - Família e Solidariedade Social, aos 29 de Outubro de
Maria Madalena Brito Neves. 2010. – As Ministras, Cristina Isabel Monteiro Duarte-
––––––– Maria Madalena Brito Neves.
Portaria nº 51/2010 –––––––
de 13 de Dezembro Portaria nº 52/2010
O abono de família e prestações complementares de 13 de Dezembro
atribuídos no âmbito da protecção social obrigatória O subsídio diário único para despesas de transporte e
mantêm-se inalterados nos seus valores, há vários anos, de estadia, no âmbito do processo de evacuação, mantém-
encontrando-se, por isso, desajustados face ao custo de vida. se inalterado, há vários anos, encontrando-se, por isso,
Assim, considerando a sua importância e função, im- desajustados face aos custos reais que os evacuados e
porta proceder às respectivas actualizações; acompanhantes têm que suportar.
Nestes termos e ao abrigo do disposto no nº 22º do Assim, considerando a sua importância e função, im-
Decreto-Lei nº 5/2004, de 16 de Fevereiro; porta proceder à respectiva actualização.
Manda o Governo de Cabo Verde, pelos Ministros das Nestes termos e ao abrigo do disposto na alínea b) do nº
Finanças e do Trabalho, Família e Solidariedade Social 1 do artigo 58º e no nº 1 do artigo 59º, ambos do Decreto-
o seguinte: Lei nº 5/2004 de 16 de Fevereiro;

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2060 I SÉRIE — NO 48 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 13 DE DEZEMBRO DE 2010

Manda o Governo de Cabo Verde, pelos Ministros das a remuneração mínima prevista na tabela
Finanças e do Trabalho, Família e Solidariedade Social do Plano de Cargos, Carreiras e Salários,
o seguinte: aplicável aos agentes da Administração
Publica ou respectivo familiar.
Artigo 1º
b) Dois mil escudos no caso dos restantes pensionistas,
Evacuações Internas
de segurado activo e respectivos familiares.
1. O subsidio diário único para despesas de estadia e
transportes locais nas situações de evacuação interna é 2. Quando devidamente autorizado o acompanhamen-
fixado em: to do evacuado, o subsidio diários único correspondente
às despesas de estadia e transportes locais do doente e
a) Mil e setecentos escudos no caso do evacuado do seu acompanhante, nas situações de evacuações para
doente ser pensionista auferindo uma pensão o estrangeiro é fixado em:
de valor igual ou inferior a duas vezes e meia
a remuneração mínima prevista na tabela do a) Cinco mil e trezentos escudos na situação da
Plano de Cargos, Carreiras e Salários, aplicável alínea a) do número anterior.
aos agentes da Administração Publica ou b) Três mil e trezentos escudos na situação da
respectivo familiar; alínea b) do número anterior.
b) Miletrezentosescudosnocasodosrestantespensionistas, Artigo 3º
de segurado activo e respectivos familiares.
(Internamento)
2. Quando devidamente autorizado o acompanhamento
do evacuado, o subsidio diário único correspondente às Durante os dias de internamento, o subsídio diário único
despesas de estadia e transportes locais do doente e do não é pago ao doente e, no caso de haver acompanhante,
seu acompanhante, nas situações de evacuações interna é fixado no montante que seria pago ao pensionista ou
é fixado em: segurado, se não estivesse acompanhado.
a) Três mil e duzentos escudos na situação da Artigo 4º
alínea a) do número anterior.
(Revogação da legislação anterior)
b) Dois mil e trezentos escudos na situação da
alínea b) do número anterior. Fica revogada a Portaria nº 8/2005 de 7 de Fevereiro.
Artigo 2º Artigo 5º

(Evacuações para o estrangeiro) (Data da entrada em vigor)


9 700000 000000

1. O subsídio diário único para despesas de estadia A presente portaria entra em vigor no primeiro dia do
e transportes locais nas situações de evacuação para mês seguinte ao da sua publicação.
estrangeiro é fixado em: Gabinete das Ministras das Finanças e do Trabalho,
a) Três mil e duzentos escudos no caso do evacuado Família e Solidariedade Social, aos 29 de Outubro de
doente ser pensionista auferindo uma pensão 2010. – As Ministras, Cristina Isabel Monteiro Duarte -
de valor igual ou inferior a duas vezes e meia Maria Madalena Brito Neves.

B O L E T I M OFICIAL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001 Av. Amílcar Cabral/Calçada Diogo Gomes,cidade da Praia, República Cabo Verde.
C.P. 113 • Tel. (238) 612145, 4150 • Fax 61 42 09
Email: [email protected]
Site: www.incv.gov.cv

AVISO ASSINATURAS
Para o país: Para países estrangeiros:
Por ordem superior e para constar, comunica-se que não serão aceites
quaisquer originais destinados ao Boletim Oficial desde que não tragam Ano Semestre Ano Semestre
aposta a competente ordem de publicação, assinada e autenticada com
selo branco. I Série ...................... 8.386$00 6.205$00 I Série ...................... 11.237$00 8.721$00

Sendo possível, a Administração da Imprensa Nacional agradece o II Série...................... 5.770$00 3.627$00 II Série...................... 7.913$00 6.265$00
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III Série ................... 4.731$00 3.154$00 III Série .................... 6.309$00 4.731$00
Zip, ou email).
Os prazos de reclamação de faltas do Boletim Oficial para o Concelho Os períodos de assinaturas contam-se por anos civis e seus semestres. Os números publicados antes
da Praia, demais concelhos e estrangeiro são, respectivamente, 10, 30 e de ser tomada a assinatura, são considerados venda avulsa.
60 dias contados da sua publicação.
AVULSO por cada página ............................................................................................. 15$00
Toda a correspondência quer oficial, quer relativa a anúncios e à
assinatura do Boletim Oficial deve ser enviada à Administração da PREÇO DOS AVISOS E ANÚNCIOS
Imprensa Nacional. 1 Página .......................................................................................................................... 8.386$00
A inserção nos Boletins Oficiais depende da ordem de publicação neles
1/2 Página ....................................................................................................................... 4.193$00
aposta, competentemente assinada e autenticada com o selo branco, ou,
na falta deste, com o carimbo a óleo dos serviços donde provenham. 1/4 Página ....................................................................................................................... 1.677$00
Não serão publicados anúncios que não venham acompanhados da Quando o anúncio for exclusivamente de tabelas intercaladas no texto, será o respectivo espaço
importância precisa para garantir o seu custo. acrescentado de 50%.

PREÇO DESTE NÚMERO — 510$00


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