Segerdo Dos MANTRAS

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 80

NDICE

1 A Origem Do Universo

1.1 Brahman

1.2 Bindu Visphot O Big Bang

1.3 Brahma O Criador

1.4 Vishnu O Preservador

1.5 Shiva O Transmutador

1.6 Os Ciclos Do Tempo

1.7 O Espectro Eletromgnetico

2 Cosmos

2.1 Os Elementos

2.2 Macrocosmo E Microcosmo

2.3 Evoluo Do Microcosmo

3 Os Mantras

3.1 A Origem

3.2 A Finalidade E Uso

3.3 Caractersticas

3.4 Mantras Genricos E Pessoais

3.5 Consagrao Do Mantra

3.6 Prtica Dos Mantras

3.6.1 Mantra Siddhi

3.6.2 Mantra Japa


3.6.3 A Pronncia

3.6.4 O Significado Do Mantra

3.6.5 O Local

3.6.6 Assento

3.6.7 Asan (A Postura)

3.6.8 Alimentao

3.6.9 Viniyog (Apropriao)

3.6.10 Dhyan Mantra

3.7 Um Mantra Pessoal

3.8 Alguns Mantras E Efeitos

3.8.1 Bij Mantra (Mantra Semente) E Pranava

3.8.2 Om Ou Aum

3.8.3 Gayatri Mantra

3.8.4 Shiva Mantras

3.8.5 Jain Mantras

3.8.6 Bja Mantras Dos Chakras

4 Centros De Energia

4.1 Descrio Geral

4.1.1 Muladhar Chakra Bsico

4.1.2 Swadhishthan Chakra Sacro

4.1.3 Manipur Chakra Plexo Solar

4.1.4 Anahat Chakra Crdiaco

4.1.5 Vishuddha Chakra Larngeo


4.1.6 Agya Chakra Terceiro Olho

4.1.7 Sahasrar Chakra Coronrio

4.2 Atributos

4.3 Anlise Do Funcionamento

4.4 Harmonizao

4.4.1 Correspndencia Dos Chakras Com As Notas Musicais

4.4.2 Correspndencia Dos Chakras Com Mos E Ps

5 Yagya (Cerimnia do Fogo)

5.1 Procedimento Do Yagya

6 Mantras

1. A ORIGEM DO UNIVERSO
1.1 Brahman
(PARAM BRAHMA, PARABRAHMA)
O Brahman infinito, o universo que a criao do Brahman
tambm infinito e um dia se dissolve no Brahman. O resultado da
soma e deduo do infinito de infinito sempre infinito.

O nico onipotente, onipresente, onisciente, infinito, alm do espao


e do tempo o Brahman. Ele no tem atributos como a forma, a
magnitude e as qualidades (Nirguna, Nirakar) e esta alm do tempo,
do espao e da imaginao por isso no pode ser descrito com
palavras.

Se todos os oceanos servissem de tinteiro, as montanhas de tinta, o


galho da rvore divina como caneta e a terra como papel, a prpria
Saraswati (a deusa da sabedoria) escrevendo o tempo todo, ainda no
conseguiria escrever suas qualidades.
A palavra raiz "brih" significa crescer, aumentar ou expandir e "an"
significa produzir ento Brahman o comeo que expande e se torna o
universo inteiro

Brahman o absoluto, supremo, impessoal, infinito, eterno, a fonte pr-


csmica da divindade, a causa de todas as causas, sem comeo e sem
fim, do qual todo emana e ao qual todo retorna. Ele no se manifesta
mas est presente no maior corpo celestial e em tambm na indivisvel
partcula em todo animado e no-animado. Ele a razo da conscincia
e da substancia.

Na literatura vdica o Parabrahm chamado de "tat" aquele e tudo


que manifesto chamado de "idam" este. A palavra Brahman mais
se aproxima da palavra absoluto. Existe uma diferena entre "Brahman"
e "Parabrahma" alm do Brahman, ento tudo aquilo que alm do
absoluto Parabrahma. Dentro do nosso propsito, no momento nos
podemos desconsiderar esta sutil diferena, assim podendo trocar os
nomes com segurana.

Conforme os textos hindus no existe um conceito de comeoou de fim


do universo. Se assim fosse teria uma data marcada para o comeo e
outra para o fim do universo. Os textos dizem que o universo segue um
processo contnuo de expanso e retrao. Assim, quando o ciclo
comea, o universo comea existir, expande, no fim da expanso
comea retrair e se dissolve para comear tudo de novo. A durao
deste ciclo de 311,04 trilhes de anos que est alm da nossa
imaginao por isso para assimilar melhor trataremos o presente ciclo
como nico.

Antes da criao do universo s existia o Brahman na forma no-


manifesta e mais nada, nem espao e tempo, nem sis e planetas. Por
vontade prpria, ele se manifestou e sua energia operativa entrou em
ao comeando o ciclo da expanso. Na opinio de pesquisadores
contemporneos este momento corresponde ao momento de grande
exploso do "Big Bang" a mais recente teoria sobre a criao do
universo aceita no Ocidente. Esta teoria bastante conhecida no
Ocidente, por isso, pode ser usada para melhor compreenso do
assunto, porque no conflitante com o tema, mas sim complementar,
oferecendo subsdios interessantes quando se trata de valores
metafsicos.

Em snscrito, o fenmeno Big Bang chama-se Bindu Visphot,


traduzindo literalmente, exploso do ponto.
1.2 BINDU VISPHOT - O BIG BANG

Nesse momento, liberou-se enorme quantidade de energia radioativa e


vibratria e comearam existir espao e tempo. A dinmica da energia
radioativa tinha uma forma tpica que foi denominada na mitologia indiana
como "Swastica" e a energia vibratria foi simbolizada pelo "Om". Esses
smbolos so usados para o bem estar e prosperidade e podem ser vistos
distintamente em todas as cerimonias auspiciosas.

Assim, comeou mais um ciclo de expanso e retrao, que no foi o primeiro


nem ser o ltimo. Aps o fim do ciclo da expanso haver retrao, quando o
universo se dissolver no Brahman para regenerar de novo.

A evoluo do universo acontece em 14 fases, que so chamadas de


Manvantaras, cada uma com a durao de 4,32 bilhes de anos. Esse perodo
corresponde a um Kalpa ou um dia do Brahma. A vida do universo 100 anos
ou 36000 dias do Brahma. Um Manvantar constitudo de 71 ciclos menores
Mahayuga, 4,32 milhes de anos, mais um perodo de inatividade de 25,92
milhes de anos formam um Manvantar e no fim de cada ciclo existe uma
devastao parcial.
A primeira fase da evoluo, chamada de Svyambhoo Manvantar, foi
precedida por uma longa noite de energias radiativas e vibratrias. No havia
cu, nem terra, nem luz, nem escurido, nada alm de absoluto silncio.

Essa noite foi seguida por um amanhecer com nevoeiro, que formou um
grande disco nebular e giratrio, dando origem as primeiras galxias. Isso
aconteceu automaticamente, sem uma razo ostensiva, por isso essa fase
chama-se Svyambhoo "aquele que nasceu por si."

O segundo Manvantar foi Svarochisha que significa prprio brilho. Nesse


estgio, comearam a se formar os objetos com a prpria energia, emitindo luz
como nossa estrela, o sol.

Durante o terceiro Manvantar Uttama, o melhor, o sol que tinha brilho


prprio e grande fonte de energia, atingiu a melhor forma e temperatura para
criar e manter sua famlia de planetas.

A expanso do universo no pra por a e com o tempo, o planeta terra foi


abenoado para oferecer condies de gerar vrias formas de vida.

H vrias teorias sobre a evoluo do universo mas, a mais aceita, no mundo


ocidental e entre os cientistas, a teoria do "Big Bang". Ela se assemelha com
a teoria que foi proposta pelos sbios indianos nos tempos antigos, quando
no haviam equipamentos de medio, computadores e telescpios, mas os
sbios tinham desenvolvido outros sentidos e mtodos de conhecimento. A
proposta acima uma tentativa de conciliao entre os dois pontos de vistas.
Conforme a opinio dos cientistas, a base de tudo que existe no universo,
desde as galxias, as estrelas, os sis, at o ser humano, a formiga ou a menor
partcula existente, o hidrognio e helium, que foi criado nos primeiros 100
segundos aps o Big Bang. Assim, todas as formas de matria, que nos vemos
no universo e inclusive no nosso planeta, so meramente diferentes aspectos
desses elementos e isto no nos exclui.

A teoria do Big Bang fundamentada somente nos valores metafsicos mas os


hindus associam a evoluo do universo com valores metafsicos e espirituais.
Assim, para eles, a manifestao do Brahman resultou na criao da "trindade
divina".

Adi Shakti (a energia primordial) atravs de seus trs principais aspectos a


trindade divina, rege o universo.

o Criao por Brahma

o Preservao por Vishnu

o Transmutao por Shiva

Fundamentalmente os trs so unos e interdependentes, isto , um no pode


existir sem o outro, porque so as diferentes formas da mesma energia inicial.
O mais importante entender os atributos, no as formas ou figuras que foram
criadas posteriormente pela imaginao humana.
A "Trindade Divina" o fundamento do hindusmo, todas as outras divindades
e deidades so uma ou outra forma aliadas a ela, por exemplo, Saraswati
deusa da sabedoria esposa do Brahma; Laxmi a deusa da riqueza a
esposa do Vishnu; Ganesh o filho de Shiva; Rama e Krishna so encarnaes
de Vishnu.

ADI SHAKTI

TRINDADE DIVINA - BRAHMA, VISHNU, SHIVA


1.3 BRAHMA - O CRIADOR
O Brahma o primeiro da trindade divina, deu o primeiro impulso na criao
do universo. Tudo que observamos, atravs dos nossos sentidos, obra dele.
Cosmologicamente ele Hiranya Garbha o ovo dourado, a bola de fogo, a
partir da qual o universo se desenvolve.

Conforme a mitologia, na forma personificada ele tem quatro cabeas


representando o controle sobre o tempo (quatro yugas) e espao universal, a
moringa na mo gua da vida, o smbolo da fertilidade e criao; na outra
mo, os quatro Vedas, simbolizando o conhecimento e a conscincia.

O tempo de durao da vida do Brahma, inclusive da trindade, idntico ao


ciclo do universo. Durante esse perodo, so provocadas varias devastaes
parciais, que so denominadas como as noites do Brahma e ao acordar, ele
comea o prximo ciclo de vida.

1.4 VISHNU - O PRESERVADOR


Vishnu, vem da palavra raiz "vis" entrar, penetrar, difundir, e assim, que
ele sustenta e preserva o universo, integrando-se a sociedade. Ele se
manifestou na terra atravs de suas nove encarnaes, demostrando para a
humanidade a moral e como viver em harmonia csmica. Rama, Krishna e
Buddha so consideradas suas trs ltimas aparies na terra.

Nas imagens personificadas, ele aparece com quatro mas carregando a


concha energias vibratrias, o disco chakra o tempo, gada o terror dos
maus, o ltus amor e fertilidade. Tambm, aparece deitado nas profundas
guas em cima da serpente, demostrando a serenidade, a calma, o ambiente a
domstico, felicidade e o domnio sobre tempo.

1.5 SHIVA O TRANSMUTADOR


O terceiro aspecto do Trimrty trindade divina, o Shiva, cuja funo de
destruio, como popularmente conhecido mas o termo apropriado deve ser
regenerao ou transmutao, porque quando as reformas no proporcionam
resultados satisfatrios, o velho deve ser derrubado para dar espao a um
novo. Shiva, como regenerador, evita e elimina doenas e como transmutador,
eleva o ser aos nveis superiores de conscincia. Foi atravs dele que os sbios
receberam o conhecimento do yoga.

Na sua personificao, ele descrito nas vrias formas, principalmente


sentado na posio de yogi, emanando paz e tranqilidade. Os trs olhos
representam passado, presente e futuro; a lua crescente, na cabea, indica o
tempo medido pelas fases da lua; a serpente, na garganta, o tempo em ciclos e
a imortalidade espiritual; a garganta dele azul, por tomar o veneno para bem
da humanidade; o Ganges, saindo da cabeleira significa a gua da vida; o
damroo (pequeno tambor), indica energias vibratrias e o tridente o terror
dos maus elementos.

1.6 OS CICLOS DO TEMPO


Os menores ciclos

60 Tatparas = 1 Paras
60 Paras = 1 Vilipta
60 Vilipta = 1 Lipta
60 Lipta = 1 Vighatika
60 Vighatika = 1 Ghatika
60 Ghatika = 1 Dia

Um dia (24 horas) = 86.400 Segundos = 46.656.000.000 Tatparas


1 Segundo = 540.000 Tatparas

Os maiores ciclos

Sat yuga 1.728.000 anos


Treta yuga 1.296.000 anos
Dwapar yuga 864.000 anos
Kali yuga 432.000 anos
Maha yuga 4.320.000 anos

1 Manvantar = 71 Maha yuga = 71 x 4.320.000 = 306.720.000 anos


14 Manvantar = 14 x 306.720.000 = 4.294.080.000 anos

Um Kalpa que um dia do Brahma composto de 14 Manvantars ou 1.000


Mahayugas. Antes do primeiro e aps cada Manvantar existe um perodo de
1.728.000 anos denominados Sandhya e Sandhyamsha (juno)
respectivamente. Assim dentro de um ciclo de 14 Manvantras existem 15
perodos de Sandhyas.

Um Kalpa = 1 dia do Brahma = 14 Manvantar + 15 Sandhya ( Periodo de


Juno)

= 14 x 306.720.000 + 15 x 1.728.000 anos

= 4.294.080.000 + 25.920.000 anos

= 4.320.000.000 anos ou 1.000 Mahayugas

A durao da vida do Brahma de 100 anos ou 36.000 dias + 36.000 noites.

( O ano vedico esta baseado em ciclo lunar, no solar)


Vida do Brahma = 72.000 x 4.320.000.000 anos = 311.040.000.000.000 anos

Este perodo chamado Maha Kalpa que simboliza a exalao do Brahman;


durante a inalao o universo volta a se dissolver no Brahman completando
um ciclo de expanso e retrao.

De acordo com os modernos clculos astronmicos baseados nos dados das


escrituras Vedicas nos estamos no 4o Yuga (Kali yuga) que comeou no dia 20
de fevereiro de 3102 a.C., do 28o Maha yuga, do 7o Manvantar (Veivasvat).

Tempo percorrido no presente Kalpa


(Shwet Varah Kalpa) em anos humanos

= 1.840.320.000
Durao dos 6 Manvantaras 6 306.720.000

=
7 Periodos de Sandhyas 7 1.728.000 12.096.000

=
27 Maha yuga 27 4.320.000 116.640.000

=
Sata yuga 1.728.000

=
Treta yuga 1.296.000

=
Dwapar yuga 864.000

=
Kali yuga at 19/02/1998 3102+1998 5.100

=
Total 1.972.949.100

1.7 O ESPECTRO ELETROMGNETICO


2. COSMOS
2.1 OS ELEMENTOS
Na teosofia ocidental existe uma diferena entre cosmo e kosmo. O primeiro
representa o sistema solar e segundo, o galctico. Mas para ser mais prtico e
convencional aqui, a palavra cosmo usada no sentido mais abrangente,
envolvendo todo o universo, que representado pela palavra snscrita
Brahmanda. Segundo as mesmas fontes a palavra "microcosmo" significa
pequeno arranjo ou pequeno universo e refere-se, geralmente, ao ser humano
que a imagem do seu criador o macrocosmo e contm tudo que este ltimo
tem e a parte inseparvel dele. Por isso o microcosmo contm em si o
evoludo ou no-evoludo, o implcito ou explcito, o ativo ou latente, tudo
que o macrocosmo tem, seja energia, fora, matria, substncia, qualidades e
tudo mais. A origem dos dois a mesma, as energias, as substncias e o futuro
tambm. No a toa, que o homem chamado de filho de deus.

O cosmo constitudo, basicamente, de sete Tattvas (elementos), que so a


essncia do cosmo a supra conscincia, a fora motriz e a rudimentar
matria-prima. Esta ltima, a matria prima deu origem aos cinco elementos
conhecidos. Da supra conscincia e da fora motriz a humanidade ainda no
tem muito conhecimento mas isso deve acontecer no futuro. Estes elementos
comearam existir a partir do seu superior prximo na seguinte seqncia:

o Adi tattva Princpio Original ou a Conscincia

o Anupapadaka tattva Princpio Espiritual ou a Fora Motriz

o Akasa tattva Princpio do ter

o Vayu tattva Princpio do Ar

o Tejas tattva Princpio do Fogo

o Apas tattva Princpio do gua

o Prithivi tattva Princpio do Terra.

Todos estes tattvas, alm de ter prpria propriedade dominante, tem as


propriedades de todos os superiores e, durante a dissoluo do universo,
retornaro a origem na ordem inversa e, finalmente, ao Brahman.

Como todos os tattvas retm as propriedades do primeiro, o Adi tattva ou a


conscincia suprema est sempre presente em todas as formas da matria,
desde o tomo at a galxia. Assim a matria e a conscincia so sempre
coexistentes.

No Ocidente, os ltimos quatro elementos so bastante conhecidos e


percebidos na forma densa pelos nossos sentidos
2.2 MACROCOSMO E
MICROCOSMO
A figura anterior demonstra a correspondncia dos tattvas (elementos) no
corpo humano representados pelos chakras. Os dois primeiros O Brahman
representado pelo Principio de conscincia e As energias ou Princpio
espiritual, so representadas pelos Sahastrar Chakra Plexo Cerebral e Agya
Chakra Plexo Pineal respectivamente. Estes so conhecidos somente aps a
abertura da comunicao atravs de Akasha entre os planos inferiores e
superiores.

Quando a conscincia se manifesta em plano material toma uma forma fsica


ou um corpo fsico, que tem cinco revestimentos, cada um mais sutil do que
outro.

Cada revestimento interno, mais sutil do que o externo. Sutileza quer dizer a
capacidade de difuso, por ex: a gua mais sutil do que o gelo e o vapor
mais sutil do que gua. O corpo fsico mais denso do que todos. O ar vital,
que precisamos para manter o corpo, ocuparia mais espao do que o corpo,
por isso mais sutil. Nossa mente, pode chegar onde nossa respirao no
alcanaria, assim o revestimento da mente mais sutil do que o revestimento
do Ar Vital. O Atman, ncleo, mais sutil de todos e corresponde ao
Brahman, no macrocosmo.

Esses revestimentos, dependem da evoluo de cada tipo de organismo. As


plantas tm a mente e o intelecto rudimentar mas superior ao das pedras e
inferior ao dos animais. Sem dvida, em toda natureza, o homem o ser mais
evoludo.

A seguir, uma breve descrio destes revestimentos:


1. Annamaya Kosh Revestimento da Matria: o corpo fsico que pode ser
observado pelos nossos sentidos. Este revestimento mantido pela
alimentao e depois da morte voltar a ser alimentao. Os rgos do
conhecimento e da ao so parte deste revestimento.

2. Pranmaya Kosh Revestimento do Ar Vital: o ar que respiramos chega a


cada clula do nosso corpo atravs do sangue e sem ar a vida no possvel.
O prana no se refere somente ao oxignio mas a toda funo do ar dentro e
fora do corpo.

3. Manomaya Kosh Revestimento da Mente: a mente pode chegar aos


lugares vistos e pode imaginar as coisas no vistas. Ela nunca acalma, no fica
quieta, cria as dvidas e perguntas. Por seu vasto alcance, considerada mais
sutil do que a matria e o ar vital.

4. Vigyanmaya Kosh Revestimento do Intelecto: a mente duvida e pergunta,


o intelecto determina, resolve e responde. O intelecto mais sutil do que a
mente porque entra no desconhecido para trazer as respostas.

5. Anandmaya Kosh Revestimento do xtase: no estado de sono profundo, a


pessoa experimenta certa paz e tranqilidade. denominado o revestimento
da felicidade, porque todos experimentam a mesma paz e felicidade no
interessa qual for o seu estado: acordado ou sonhando, saudvel ou doente,
rico ou pobre, jovem ou velho, feliz ou infeliz.

Dependendo do estado evolutivo todos os organismos que existem no mundo


so divididos em quatro categorias ou reinos mineral, vegetal, animal e
humano. O desenvolvimento dos revestimentos faz a diferena principal. Uma
pedra ou uma planta ou um animal, nenhum deles tem o intelecto
desenvolvido como o do ser humano. Como a Terra um dia, durante o
processo de evoluo, era s um aglomerado de poeira, o ser humano tambm
passou por este processo at chegar ao estado atual.

O Atman a centelha divina, que existe no microcosmo est coberto por


vrias camadas, sendo a ltima a mais densa, o corpo fsico. Geralmente ns
sentimos a existncia s deste corpo e sempre nos referimos a ele como "este
corpo". Raramente ns temos conscincia dos outros revestimentos como o
mental e o intelectual e quase nunca temos a conscincia do Atman dentro de
ns. Tendo a conscincia somente do corpo fsico, todas as nossas aes
durante a vida so dirigidas para a sua manuteno e os resultados positivos
ou negativos trazem felicidades ou tristezas. Um dia este corpo no consegue
mais processar a energia do Prana e ns achamos que o fim de tudo.

Ns nunca deixamos de ser o Atman mas, por ignorncia, quando nos


identificamos com os revestimentos mais densos, como corpo fsico, criamos
egos ou individualidades a nosso respeito. Por ex: sou pequeno, sou pobre,
sou rico, estou preocupado, estou doente, etc. Assim, cada um de ns tem
diversas personalidades, identificando-nos com um ou outro revestimento.
Muitas vezes, optamos por satisfazer um ego relacionado com um corpo em
detrimento do outro. Por ex: a conselho do mdico deixamos cortar fora uma
parte do corpo que trar conseqncias mais graves no futuro e uma tortura
mental; ou um poltico que sofre torturas mentais e fsicas por um ideal que
tomou conta do seu intelecto.

Assim fica fcil de entender porque os grandes mestres e profetas, que


descobriram a natureza verdadeira do seu prprio ser, aceitaram as dores
fsicas e mentais com prazer. O Cristo pediu perdo para seus matadores e o
Gandhi ao cair no cho com trs balas cantou o nome de Deus.

Conforme a teosofia ocidental, a constituio humana tem trs elementos: o


esprito, a alma e o corpo. O espirito pode ser considerado como o atman e a
alma como atma ou jivatma, que denominado por outros nomes dependendo
das linhas filosficas. O atma evolui atravs das experincias e do karma da
pessoa. Ele a ponte entre o Atman e o corpo e imortal. Quando o corpo
morre, o atma continua sua trajetria de evoluo e reencarna com outro
corpo. Toda filosofia indiana est fundamentada na lei do karma causa e
efeito e para sofrer os resultados positivos ou negativos dos prprios karmas,
o atma precisa encarnar tantas vezes quantas forem necessrias. Quando o
atma se desenvolve bastante e fica sem nenhum karma, no reencarna mais,
todos os revestimentos se dissolvem e ele se funde no Brahman.

3. OS MANTRAS
3.1 A ORIGEM
J sabemos a importncia das vibraes ou sons na formao do universo.
Certos sons produzem diferentes conjuntos de vibraes no ter. Alguns
destes, de freqncias baixas produzem reaes e formam partculas de
matria, dando origem a formao de elementos. Como o microcosmo a
representao do macrocosmo, desvendando-se os segredos do micro pode-se
conhecer os do macro.

Se ns fecharmos nossos olhos e tentarmos concentrar-nos ao nosso redor, o


que sentimos? Todo tipo de poluio sonora. Dirigimos-nos a um local ermo,
tranqilo. Suponhamos no mato, l tambm ns ouvimos o canto dos
passarinhos, das cascatas, a dana das folhas das rvores ao ritmo do vento,
etc. Parece quase impossvel escapar do som externo.
Mas, fechando-nos num quarto a prova de som, e continuando a nossa
experincia, depois de certa concentrao, poderemos ouvir gradualmente a
nossa respirao, o som do sangue fluindo nas veias, nas artrias, e o som do
sistema nervoso.

Milhares de anos atrs os sbios e os yogis meditavam nas cavernas onde


reinava o silencio absoluto. Retrairam suas mentes dos sons do corpo fsico,
focalizando-as nos centros de energia sutil, que chamamos de sete chakras.
Estes sbios ouviram 50 diferentes vibraes dos 7 chakras e traduziram-nas
atravs das cordas vocais, em 50 letras, dando origem ao alfabeto da lngua
Snscrito.

O som de cada letra tem certa energia que ajuda controlar a performance
(rendimento e atividade) dos determinados centros energticos chamados de
Chakras.

Cada uma destas 50 letras do alfabeto representa um

Rudra - o aspecto masculino da transmutao ou


transformao.

Shaktirp - o aspecto feminino da transmutao ou transformao.

Vishnu - o aspecto masculino da proteo e preservao.

Shakti - o aspecto feminino da proteo e preservao.

Rishi - o nome do sbio que est associado a letra e suas


qualidades.

Chanda - o contexto musical que o alfabeto representa.

Bija - semente (como a semente de manga contm uma


rvore de manga, assim, as letras contm em si a
entidade que representam, como a letra "ga" semente
do Ganesh ou Ganpati).

Para manter o nosso corpo fsico ns dependemos basicamente dos cinco


elementos, mas para os outros revestimentos, que nos colocam em posio
diferenciada aos outros reinos (animais e vegetais), ns precisamos de
energias mais sutis que provem do cosmo. Estas energias esto sempre a nossa
disposio mas o seu proveito depende da capacidade de nossa antena,
sintonizao e processamento. Os centros de controle e processamento que
esto no nosso corpo sutil so chamados de Chakras.

Cada aspecto ou manifestao do brahman seja grosseira ou sutil, fsica ou


abstrata tem a sua prpria vibrao. Os rishis personificaram estas vibraes
em deuses e deusas. Por ex.: Brahma, Vishnu, Shiva, Fogo, Terra, Ar, gua,
Ganapati, Krtikeya, Laxm, Kal, Durg etc., e combinaram as letras
produzindo palavras que tm poder de invocar estas entidades, e esto em
total harmonia com a energia que a entidade correspondente representa.

Este conjunto de palavras chama-se MANTRA.

A emisso do som pelo homem tem quatro estgios para, pashyanti,


madhyama e vaikhari. Nos primeiros trs estgios o som no audvel e o
processo comea no primeiro chakra bsico. No terceiro estgio o som
chega ao quarto chakra corao, aonde o som est quase formado e no
ltimo estgio, o som ouvido atravs do Quinto chakra Larngeo. Na ndia
o Jaimuni foi primeiro a anunciar que o som eterno e a matriz da toda
criao. O som no estado latente j existiu antes da vibrao. Assim, no
existe vcuo no universo tudo esta preenchido por este som esttico. As
propriedades do som mudam conforme a freqncia, amplitude, entonao,
volume, harmonia, pronuncia, ritmo etc. A energia do som deve ser organizada
e canalizada para produzir certos resultados e isto feito atravs dos mantras.

Os mantras so baseados na combinao certa de letras e quando cantados de


maneira especifica produzem certos efeitos no nosso organismo, no s no
plano fsico, mas tambm no plano mental e espiritual. As letras do mantra so
representaes das seqncias definidas do som que, para produzir o efeito
desejado, devem ser pronunciadas corretamente e seguindo as regras da
msica o sur (escala) e ritmo.

Ao pronunciar os mantras, certas vibraes sonoras so geradas e com a


prtica contnua criam o poder de trazer as energias da respectiva divindade
dentro da pessoa. Quando a divindade realizada ou atingido o domnio
sobre o mantra, o praticante recebe o poder que supostamente reside na
divindade.
Para cada mantra existe um rishi (criador) e um Deus (entidade).

A palavra mantra significa: frmula sagrada. Literalmente Man em snscrito


quer dizer mente (o revestimento da mente), em sentido amplo e Tra significa
disciplinar, ento, mantra seria disciplinar a mente.

Os mantras no so frmulas mgicas nem meras sentenas com ou sem


lgica. Eles ligam de maneira muito especial, os aspectos subjetivo e objetivo
da realidade. Segue um exemplo para ilustrar esta funo:

O rei insiste com o ministro chefe, que avanado espiritualmente e recita


mantras, para ensinar a ele o seu mantra. O ministro hesita e nega, mas o rei
insiste. O ministro ordena ao guarda-costas a prender o rei. Depois de vrias
tentativas, sem resultado, o rei se aborrece e ordena prender o ministro. No
momento seguinte, o ministro preso d risada e explica ao rei que nos dois
casos, a ordem era a mesma e quem recebeu tambm mas, somente em um
caso, foi cumprida. Em relao ao mantra, o resultado depende do preparo
espiritual de quem o recita.

As palavras e slabas no tm s o som, mas tambm tm significados que no


so to aparentes para os que ouvem s o som. As palavras dos mantras
recitadas corretamente tornam-se entidades vivas e transcendem o plano
mental quando compreendida a mensagem e a vibrao delas.

As mesmas palavras ou slabas podem ter significados diferentes, dependendo


do contexto do mantra ou entidade.

Cada entidade tem vrios aspectos, por ex.: Shiva e Vishnu tem 1000 nomes
diferentes representando cada aspecto. Shiva tem conotao bsica de
destruio e transmutao. A destruio se torna necessria nos vrios casos,
desde o plano fsico at no mais elevado plano espiritual, desde afastar a
morte ou doenas, at a destruio de certas emoes, que so obstculos na
evoluo espiritual, nestes casos ele passa a ser Rudra ou Shankar. O Vishnu
tem conotao de bem estar e felicidade, mas ele manifestou-se como Rama e
Krishna, para aniquilar o Ravana e Kouravas que eram representantes do mal.

Assim, mesmo as outras entidades como Durga, Ganesh, Mahakali, Shakti


tambm tm 1000 aspectos e tantos mantras. Principalmente 40 aspectos de
cada entidade so mais adorados. O mantra selecionado baseado no objetivo
e sincronicidade entre entidade, mantra e a pessoa. Para qualquer objetivo que
a mente humana possa imaginar, existe um mantra prprio.

A idia bsica para trabalhar com mantras que certos sons, quando
articulados produzem efeitos no Akasha, que por sua vez colocam a fonte em
comunicao com planos superiores. Quanto maior a articulao, melhor ser
a qualidade da comunicao. A natureza deste efeito pode ser no explicada
pelo atual conhecimento da fsica mas existe uma relao entre o som e seu
efeito no Akasha. Estes sons so conhecidos como as letras do alfabeto
snscrito e os mantras so compostos por estas letras. Como representam
diferentes aspectos da energia csmica, no so destitudos de poder, por isso
antes de invocar uma fora particular deve-se compreender muito bem a
natureza desta fora.

3.2 A FINALIDADE E USO

Os Sbios dizem que:

existe sofrimento;

existem causas de sofrimento e

existem caminhos e mtodos de evitar os sofrimentos.

Todos os nossos atos so impulsionados nas profundezas das nossas mentes.


Quando nossa mente no vibra em sintonia com o macrocosmo, do qual ns
somos a micro partcula, vibramos de maneira egocntrica e individual. E o
resultado sofrimento e dor.

Para simplificar, dividimos a mente em duas partes : consciente e


inconsciente. A mente inconsciente responsvel pela maiora dos nossos
atos. Ns no agimos, ns geralmente reagimos. Os dispositivos e meios para
se viver razoavelmente com conforto tm limites bastante modestos, como
uma casa, uma conta bancria, um emprego, um carro, etc., mas a necessidade
de extrapolar estes meios est relacionada em proporo direta ao grau com
que respondemos aos impulsos da sociedade. Reagimos aos impulsos do meio
ambiente, sociedade, etc., onde vivemos. Quando no alcanamos as
expectativas sofremos por causa do apego que temos para com os resultados
dos nossos atos. Estas frustraes geram desvios psquicos dando origem a
todos os tipos de sofrimentos.

O nico caminho para evitar a dor ampliar a conscincia. Seja atravs da


psicanlise, astrologia, meditao ou qualquer outro mtodo.

A prtica do mantras o meio de ampliar a conscincia a fim de restabelecer o


sincronismo entre o microcosmo e o macrocosmo. Como uma perdida gota
d'gua que se encontra com o oceano e adquire o potencial e o poder do
oceano, o ser humano se funde ao onipotente e torna-se tambm onipotente.

Este processo, dependendo da evoluo espiritual de cada um, pode durar


anos ou vidas. Mas cada passo dado na direo certa proporciona ampliao
da conscincia e obviamente poderes sobrenaturais.

Mantra a representao energtica ou sonora da entidade. O Mantra, Yantra e


Tantra so complementos um do outro e todos juntos formam um meio de
estabelecer a sincronizao com uma entidade divina. O yantra a imagem
pictorial da entidade e o tantra a conduta e disciplina que se deve seguir.

Mantra uma forma muito sutil de representao da divindade, uma


percepo, um conhecimento que no pode ser expresso em palavras, mas o
yantra tem som, tato e forma. Um yantra consagrado tem vibraes, se no
est dentro do alcance dos nossos ouvidos, indiferente. Um yantra sempre
emite energia como uma imagem de uma deidade. Uma orao simblica ou
sem emisso de som tambm tem efeito.

Estes so praticados para receber o auxlio divino de qualquer natureza, seja


de ordem fsica, espiritual, material ou psquica.

SHRI YANTRA
"Tan" em snscrito significa corpo que derivado dos cinco elementos, e "tra"
significa dominar, ento o tantra seria dominar o corpo e extensivamente
domnio sobre os cinco elementos.

Uma explanao mais detalhada sobre yantra e tantra est fora do alcance do
propsito desta obra.

3.3 CARACTERSTICAS
1. Quanto quantidade de letras

mantras com uma letra chamam-se Pind]a. Ex: TA, VA, MA

com duas letras Kartari. Ex: YAM, RAM, LAM

com trs a nove letras Bj mantra. Ex: STRIM, HROM, KLIM

dez a vinte letras Mantra. Ex: OM NAMO HARI MARKAT


MARKATAYA SWAHA

mais de vinte letras Mala mantra. Ex: Trayambak Mantra

Om trayambakam yajamahe sugandhim pushtivardhanam


urvarukmiva bandhanan mrityormuxiya mamritat

(Rigveda 7/59/22 - Yajurveda 3/60)

Venero o Lord Shiva aquele que tem trs olhos e o senhor de todos os
sentidos e sustenta o todo. Ele me concede a imortalidade, liberando-me da
morte como o maduro pepino destacado do seu talo.

2. Quanto ao gnero

Os mantras que terminam com:

VASHAT ou FAT so masculinos

VOUSHAT OU SWH so femininos

NAMAH so neutros

Em geral os mantras masculinos so usados para ampliar a conscincia,


estabelecer a paz e harmonia, atrair as pessoas: os femininos para adorao,
resoluo de problemas familiares e mundanos e os neutros para proteo,
vingana, etc. Mas esta uma regra geral que muda conforme a entidade e o
propsito em questo.

A escolha de um tipo de mantra tambm depende da finalidade, idade e outras


correspondncias.

3. Quanto aos Pranavas


- Om recomendado para adoraes de Vishnu, HRIM para Shiva e para
deuses como o Sol, Indra, etc.; KLIM para Shakti e SHRIM para Laxmi e
Ganesh.

- Salvo casos especiais, no deve ser colocado dois NAMAH ou SWH


num Mantra. Mas pode ser colocado mais do que um Pranava.

4. Quanto ao uso do nome

Para certas finalidades como para atrair pessoas, vingana, deixar a pessoa
agitada ou calma, para eliminar o efeito dos planetas adversos, etc., usado o
nome da pessoa. Existem seis diferentes posies de se colocar o nome no
mantra, conforme a finalidade de uso.

5. Quanto ao temperamento

Conforme a ocorrncia de maioridade das slabas os mantras so divididos em


trs categorias:

Quente : a, , i, , e, , ka, cha, ta, pa, ya, sha, kha, tha, fa ra etc.

Frio : u, , ga, ja, da, ba, la, ri, , dha, gha, bha, va, ma etc.

Morno : lri, xa, ang, yan, na, ana, ma, sh, sa, ha etc.

Deve-se praticar o mantra quente quando est funcionando o surya nadi


(respirao atravs da narina direta); no chandra nadi (narina esquerda) o
mantra frio e na Sushumna nadi (as duas narinas) o mantra morno. Pode-se
mudar a categoria de um mantra adicionando os prefixos NAMAH ou FAT.

3.4 MANTRAS GENRICOS E PESSOAIS


Existem diversos mantras de cada entidade como Ganesh, Shiva, Laxmi, etc.
Um mantra pode ser coletivo ou pessoal, a diferena existe em
PRANPRATISHTHA ou consagrao, como um templo coletivo e o altar da
sua casa pessoal. Como um guarda pessoal oferece melhor proteo do que
um guarda para a vila inteira assim, um mantra pessoal oferece melhores
resultados. O mantra pessoal serve exclusivamente pessoa para quem foi
indicado e para o propsito especfico dele.
As imagens dos deuses que ns vemos nos templos geralmente so feitas de
pedra, somente depois da consagrao que essas pedras moldadas, passam a
ter os poderes da entidade.

Assim tambm, um Mantra no passa de um simples conjunto de palavras ou


um Yantra de uma placa de cobre. Eles comeam a ter poderes somente aps a
consagrao.

Um mantra coletivo ou genrico como GYATRI, MAH MRATYUNJAYA,


OM NAMAH SHIVYA j so consagrados e esto prontos para praticar.
Mas os mantras pessoais necessitam de consagrao que pode ser feita pela
prpria pessoa ou por um especialista no assunto. Por experincia, estes
mantras pessoais do resultados rpidos.

A escolha de um mantra prprio e pessoal envolve vrios fatores como


disposio psquica e astrolgica da pessoa, que feita atravs de sinastria
entre o mantra e a pessoa. Somente um mantra corretamente escolhido pode
proporcionar o efeito desejado.

Os principais tpicos para sinastria so os seguintes:

a. Kulakul Chakra: verificao da origem da entidade e a pessoa.

b. Rashi Chakra: correspondncia entre o signo do mantra e a pessoa.

c. Naxatra Chakra: a posio da lua (na constelao) na hora do


nascimento.

d. Akadam Chakra e Akthah Chakra: determinam at que grau pode ser


esperado ou alcanado o sucesso com a prtica.

e. Rini Dhani Chakra: determina o tempo para sucesso.

Obs: todos os clculos devem ser feito conforme a astrologia indiana. As


posies planetrias e as casas tm uma diferena de aproximadamente 22
graus

Para os seguintes tipos de mantras no necessrio fazer a sinastria:

a. Mantras com cinco e oito letras.

b. Mantras recebidos no sonho.

c. Mantras recebidos atravs de praticante do sexo feminino.

d. Mala mantra.
3.5 CONSAGRAO DO MANTRA
Deixaremos de colocar este captulo porque envolve corretssima
pronncia em snscrito de muitos prefixos e sufixos e recomendamos que
a consagrao deve ser feita por um especialista como costumeiramente
feito na ndia.

Se ainda houver interesse adquira a apostila "Segredo dos Mantras".

3.6 PRTICA DOS MANTRAS


3.6.1 MANTRA SIDDHI
A tentativa de incorporar as qualidades, poderes e a beno do mantra na vida,
nos atos, nos pensamentos e na conscincia o mantra siddh, que vagamente
pode ser traduzido como poder ou domnio do mantra.

3.6.2 MANTRA JAPA


a tcnica de empenhar e concentrar a mente totalmente na repetio do
mantra. Depois de certo treinamento a mente se fixa num nico objetivo.

Os mantras podem ser cantados em qualquer situao mas para receber a


energia deles na sua forma e projeo mais pura possvel, deve-se obedecer
certa disciplina em relao ao local, maneira, comportamento, alimentao
etc.

Depois da escolha vem o SANKALP, a deciso de praticar o mantra. Tambm


deve-se decidir quantas vezes e com qual freqncia o mantra vai ser recitado.
A hora de comeo da prtica deve obedecer certas regras astrolgicas para
evitar as posies planetrias desfavorveis, particularmente sol e lua em
certas constelaes e principalmente deve ser considerado o seguinte:

1. Mas - Ms

2. Paksha - Fase da lua

3. Tithi - Posio da lua em relao ao sol


4. Var - Dia da semana

5. Constelao - Posio da lua nas constelaes

6. Lagna - Ascendente

3.6.3 A PRONNCIA
muito importante a pronncia correta. Se se chamar o Carlos de Cludio ele
nunca lhe atender; pior ainda se fizer uma ligao a cobrar, chamando o
Raimundo de Ramiro, ter uma resposta seca "no tem ningum com esse
nome aqui". Nos mantras, o poder consiste em vibrao sonora por isso a
pronncia de extrema importncia. Muitos mantras do resultados negativos
quando no so pronunciados corretamente, porque num mantra, o mais
importante a vibrao sonora.

3.6.4 O SIGNIFICADO DO MANTRA


Todas as palavras que ns pronunciamos tm uma forma ou sentido, quando
dissemos rvore sabemos a forma e o significado. No conhecendo a forma ou
significado de um mantra no adiantaria a repetio.

3.6.5 O LOCAL
Deve ser um local calmo, sem barulho, dentro de um templo, na beira de um
rio ou mar, em cima da montanha ou uma caverna. Estes so os locais mais
indicados mas em casa, um quarto decorado adequadamente com um pequeno
altar com as imagens dos deuses, serve ao propsito. recomendvel o uso de
incenso para purificar o ambiente.

3.6.6 ASSENTO
Deve-se evitar o contato direto com a terra sentando-se em cima da pedra, de
um tapete de madeira ou de bambu. Os mais indicados so os de pele de
animal, especialmente veado e tigre, l natural, seda amarela ou branca. O
tapete de algodo especialmente indicado para mantras de atrao.
3.6.7 ASAN (POSTURA)
No mantra yoga so usadas 32 asanas, os mais indicados so:

1. Sukhasan.

2. Samasan.

3. Siddhasan.

4. Padmasan.

5. Swsticasan.

A espinha dorsal deve ficar reta para deixar fluir a energia do prana
livremente.

3.6.8 ALIMENTAO
Os hindus geralmente no consomem nenhum produto que envolve a matana
dos animais seja por razes scio - econmicas, religiosas ou emocionais. Na
pratica do mantra, qualquer violncia direta ou indireta proibida. Deve-se
comer o mnimo possvel e deve-se evitar a prtica logo aps das refeies.

3.6.9 VINIYOG (APROPRIAO)

Deve ser feito atravs de VINIYOG MANTRA a apropriao do mantra para


a pessoa que vai praticar. Geralmente todos mantras tem um viniyog mantra.

3.6.10 DHYAN MANTRA


A prtica consiste em recitar o DHYAN MANTRA, a concentrao. Depois, o
prprio mantra deve ser finalizado por uma orao ou rt, A repetio do
mantra gera imensa energia psquica que exige profunda concentrao, dando
a habilidade para dirigir esta energia na direo correta, geralmente, o alvo
consiste em acordar a kundalini.
Depois o prprio mantra deve ser finalizado por uma orao ou rti.

SANA - POSTURA

Chamado tambm de Guptsan ou


Samasan. Sentar com as pernas
cruzadas, colocando a planta do p
esquerdo na regio pbica,
encostando o calcanhar no cho.
Coloque o p direito sobre a perna
esquerda de maneira que os
calcanhares fiquem alinhados. Os
braos devem ficar estendidos, o
corpo ereto e a cabea erguida. A
ponta do dedo indicador encosta-se
no dedo e os demais ficam
estendidos.

O calcanhar do p direito deve


estar na regio pbica e o esquerdo
na regio ilaca. Os joelhos devem
encostar o cho e a coluna e a
cabea, eretas. Os braos devem
ficar estendidos, a ponta do dedo
indicador encosta-se no dedo e os
demais ficam estendidos.

O p direito fica sobre a coxa


esquerda e o p esquerdo fica sobre
a coxa direita. Os calcanhares
situam-se de forma que fiquem
encostados na barriga um de cada
lado do umbigo. Corpo ereto e
cabea erguida. Os braos e mos
podem ficar como nas posturas
anteriores ou como indica a figura.
Esta postura tambm pode ser
chamada de Kamlsan (postura
Lotus) devido a posio das pernas
que se assemelha com uma flor de
Lotus.

3.7 UM MANTRA PESSOAL


Siddha Laxmi Mantra Consagrado e apropriado para Narayana Swami

Mantra
OM SHRIM HRIM KLIM SHRI SIDDHA LAKSAMAYAI NAMAH

Significado

OM - Ver texto

SHRIM, HRIM, KLIM - Ver texto

SHRI SIDDHA LAKSAMAYAI NAMAH - Orao deusa Laxmi.

Bij Mantra (Mantra semente) - Shrim.

Entidade - Deusa Laxm.

Rishi - Hiranyagarbha.

Chanda ( escala mtrica) - Anushtp Chanda.

DISCIPLINA

Assento - de cor amarela - tapete ou pano grosso de l natural, seda ou


algodo.

Asana(postura) - Sukhasan.

Incenso recomendado - suave preferivelmente de rosa.

Roupa - Mnimo possvel, preferivelmente um pano de cor rosa, amarela ou


branca. Lavar estas roupas com as prpria mos.

Inicio - Quinta feira - data, ou data


Horrio - entre 4:00 hs e 9:00 hs. Ou entre 18:00 hs e 22: 00 hs.

Direo - de manh leste, noite oeste.

Alimentao - Nas segundas somente vegetariana.

OBSERVAO

1. Mantra siddhi ( o domnio sobre o mantra) se completa aps recitar o


mantra 108 x 926 vezes. Uma vez, recitando o mantra conforme o ritual da
prtica acima, pode-se recitar somente o mantra durante o dia para totalizar
esta quantidade. Depois providenciar o ritual do Mantra Siddhi junto com o
Guru.

Depois disto, qualquer hora, s recitando o mantra ter ajuda da entidade.

2. No revelar o mantra para ningum. Este segredo deve ser mantido entre a
entidade, o Guru e voc.

3. Durante os primeiros dias vo surgir obstculos para continuar a prtica,


no deve se intimidar.

4. Muitas vezes, as dvidas em relao aos objetivos so esclarecidas durante


os sonhos. Anotar os sonhos e analisar posteriormente.

PRTICA

Acender uma vela.

Acender o incenso.

Colocar Prasad - uma fruta ou doce ou iogurte com acar.

Colocar o Yantra na posio indicada.

Colocar a Fita.

Viniyoga Mantra (Apropriao)

Om asya Shr Siddha Laxmi mantrasya Hiranyagarbharshi. Anushtp


chandah.

Shri mahakali mahalaxmi sarasvatyo devatah. Shri Bijam.


Param shaktih klim kilkam.

Mama sarvakleshapida pariharartha sarva dykhah

daridranashnartha sarvakaryam siddhayartham tcha.

Shri laxmimantrajape viniyogah.

Dhyan Mantra (Concentrao e Invocao da Deusa Laxmi)

Brahmim tcha Bhadram Shadbhujam tcha Tchaturmukhim.

Trinetram Khadgam Shlabhishadmtchkragadadharam.

Pitambardharam devo nanalankara vibhushitam

tejah punjadhara shreshtam dhyayedbalkumarikam.

Recitar junto o Mantra

OM SHRIM HRIM KLIM SHRI SIDDHA LAXMYEI NAMAH

Concentrar um minuto com Yantra sobre o objetivo ou pedido.

Energizar o corpo (passando as palmas em cima da vela e depois sobre o rosto


e corpo).

Tomar o Prasad energizado.

3.8 ALGUNS MANTRAS E EFEITOS


3.8.1.BIJ MANTRA (MANTRA SEMENTE) E
PRANAVA
Bj mantras ou mantras sementes representam as entidades na forma genrica
e total dela. O bj mantra SHRIM representa a Deusa Laxmi, em todos os
aspectos dela ou todos os tipos de riqueza material, por exemplo: propriedades
mveis e imveis, ouro, pedras preciosas, conta bancria, etc. Para resolver os
problemas relacionados com diferentes aspectos existem diferentes mantras da
mesma entidade mas geralmente todos contm o bj mantra. Quando o bj
mantra faz parte do mantra chama se PRANAVA - que derivado do verbo
pra- nu-, significa emitir o som. Quando um pranava incorporado num
mantra ele aumenta o poder qualitativo do mantra, por isso, eles tm muita
importncia nos mantras.

A seguir temos alguns bj mantras e os significado deles.

SHRIM

SH Mahalaxmi
RA Riquezas
S atisfao
M Felicidade.

A deusa das riquezas Mahalaxmi me proporcione satisfao e felicidade.

HROM

HR Shiva
O Abenoar
M Felicidade divina

DM

D Durg
Proteger
M Dar

KLM

KA Km(desejos sensuais)
LA Indra
Satisfao
M Dar

GLOM

GA Ganesh
LA Amplitude
O Brilho
M Felicidade divina

STRM

SA Durg (aspecto feminino)

TA Livrar

RA Nirvana
My
M Felicidade divina

Os bj mantras e as respectivas entidades:

KRM Mahakali

HRM Shakti

GAM Ganapati
HUM Shiv (bem estar)
SHAM Shankar (destruidor do mal)
FROM Hanuman
DAM Vishnu
YAM Fogo
LAM Terra
RAM gua

O bj mantra OM merece uma ateno especial dos yogis e praticantes do


mantras.

3.8.2 OM OU AUM
O som primordial da natureza sutil
O significado natural do "AUM" que considerado em si o mantra primordial,
o poder bsico do supremo que engloba a criao, preservao e a destruio
- representadas por trs entidades - Brahm, Vishnu e Shiva, respectivamente.
Quando pronunciado com "A" abre a boca, com "U" estende e com "M"
fecha.

Os yogis durante o estado de samdhi - nos mais altos nveis de conscincia,


experimentaram o mesmo sutil som do "AUM", que se propagava em todo
cosmo seja micro ou macro. Ouviram o mesmo som da menor e maior
manifestao da natureza, de tomos at galxias. Chamaram este som de
anhat nd - o som que se propaga por si mesmo, sem razo aparente e sem
frico de dois objetos. O AUM este som divino e onipresente.

AUM chamado de pranava que derivado do verbo pra- nu-, significa emitir
o som. Tambm chamado de mantra semente por incorporar toda a natureza
em si como a semente incorpora toda rvore em si. Quando o pranava aum
incorporado num mantra, ele aumenta o poder qualitativo do mantra.

O Maharshi Patanjali no Yogdarshan (1/28) diz: "Atravs do japa do OM


chega-se ao estado de samdhi" mas sempre, quando se pratica o pranava
deve-se ter em mente o amplo significado dele. Conforme Pranavopanishad:

"A" = Nirman (criao do universo), Rigveda, Brahma, a terra,

"U" = Sthiti (preservao do universo), Yajurveda, Vishnu, espao,

"M" = Pralaya (transmutao do universo), Samveda, Shiva, paraso,

Conforme Mandukya Upnishad (2/2/6) a concentrao em Brahman


deve-se fazer com Japa do OM. Isto necessrio para se obter o conhecimento
verdadeiro e acabar com as reencarnaes e se integrar nele. O pranava OM e
o arco, a alma e a flecha e o Brahma e o alvo (2/2/3/4).

Amratanadopnishad (16/20) descreve que, para praticar o OM, o yogi deve


escolher um local limpo e seco e sentar-se em Padmasan, Bhadrasan ou
Swasticasan com a face para o norte. Durante o Pranayama nos trs estados
(Prak, Kmbhak e Retchak) deve-se concentrar no OM. Segundo o verso 23
deve-se fazer o Japa conforme preplanejado que em pouco tempo oferece
resultados. importante que o praticante evite o medo, a preguia, muito
sono, jejum e irritaes. (25-29) assim, ele pode ter viso dos deuses dentro de
pouco tempo, pode adquirir os poderes deles e finalmente o Nirvana.
Para comear a prtica de qualquer outro Mantra indicada a prtica do OM
para alguns dias, afim de purificar a mente. Muitas pessoas que comearam
assim narram experincias muito interessantes como vises, benefcios
materiais e resolues dos diversos tipos de problemas especialmente
psquicos pendentes atravs dos sonhos.

Sempre o Japa (a prtica) deve terminar com seguinte orao:

Omkara bindu samyuktam nityam dhyayanti yoginah


kamadam moxadam chaiva omkaraya namo namah

Saudaes ao OMKARA, que concede tudo o que se deseja, inclusive a


liberao aos yogis que meditam no OM unido com o Bindu (ponto - infinito).

3.8.3 GAYATRI MANTRA


Yajurveda 36,3

Om bhurbhuvah svah tatsaviturvarenyam, bhargo devasya dhimahi


dhiyo yo nah pracodayat.

Om bhurbhuvah svah

Aum representa o manifesto e no-manifesto que constituem o mundo denso e


sutil. A palavra loka significa mundo ou o campo de experincia ou nvel de
evoluo espiritual. Os sbios definiram um total 14 lokas, 7 superiores e 7
inferiores.

Superiores so:- Bhur loka, Bhuvar loka, Swar loka, Mahar loka, Gyana loka,
Tapo loka e Satya loka.

Inferiores so:- Ptalam, Mahtalam, Rastalam, Taltalam, Sutalam,


Vitalam e Atalam.

Bhur - a terra, o mundo fsico constitudo de matria, Bhuvar o prximo


constitudo de matria sutil e Swar - o paraso. So os trs loka onde a alma
sofre o processo de reencarnao, so chamadas de vyhrits. Nos prximos
quatro loka ela desfruta o estado evoludo.
Estas trs palavras msticas chamadas de vyhrits, explica o Manu
(o pai da humanidade) so o nctar dos vedas e originrias dos mesmos.
Bhur do Rigveda, Bhuvah do Yajurveda e Swah ou Swar do Smveda.

So as essncias luminosas dos vedas, assim disse o PRAJAPATI


(o criador do universo e dos deuses).

Quando medita o Gyatri com os vyhrits o meditador pode visualizar e


identificar conscientemente os trs loka emergindo, existindo e abolindo no
AUM, uma experincia gratificante. Assim os vyhrits no Gyatri
representam em totalidade a experincia subjetiva e objetiva do homem.

O GAYATRI

tatsaviturvarenyam, bhargo devasya dhimahi dhiyo yo nah pracodayat

Ns meditamos sobre o glorioso esplendor do divino vivificante


que ele prprio ilumine nossas mentes.

O mais glorificado mantra dos vedas o "GAYATRI" o qual direcionado ao


onipotente que propiciou a vida no universo simbolizado por "SAVITRI"- o
sol, por isso, tambm chamado de SAVITRI MANTRA.

Conforme os vedas o Brahm (o criador do universo) recebeu este mantra da


divindade suprema e meditando sobre o mesmo ele teve o poder para criar o
universo. O Maharishi Vishwamitra comps o Svitr na escala mtrica
(chanda) de 24 slabas que chama-se Gyatri, assim se popularizou como
Gyatri mantra.

O significado e a energia invocada por cada uma das 24 slabas no contexto de


Gyatri mantra so os seguintes.

1 Ta sucesso. triunfo. 13 Dh capacidade, poder de


reteno.

2 Tsa esforo, empenho. 14 Ma prana, vida, vitalidade,


espirito.

3 Vi nutrir, sustentar, 15 H disciplina, domnio


obedecer. sobre desejos.
4 Tur bem estar, beno, 16 Dhi penitncia,
evoluo, austeridade,
desenvolvimento. determinao.

5 Va unio, conjugao. 17 Yo premonio,


prudncia, sagacidade.

6 Re amor universal. 18 Yo viglia, satsang.

7 Nyam riqueza material, 19 Nah a criao, universo.


prosperidade,

8 Bha brilho, aura, 20 Pra simplicidade, sem


luminosidade. malcia.

9 Rgo abrigo, proteo, 21 Cho coragem, nimo.


segurana.

10 De conscincia, 22 Da humildade.
inteligncia.

11 Va controle, represso. 23 Y juzo, razo, sabedoria

12 Sya f, devoo, 24 T servir, compaixo.


fidelidade, confiana.

Na ndia, o filho de Brahman (casta superior) no considerado um Brahman


at cerca de nove anos de idade, quando ele recebe este mantra numa grande
cerimonia atravs do seu Guru. Aps isso, ele est obrigado a seguir certa
disciplina, conduta moral e religiosa e esta autorizado de participar dos rituais
e cerimnias e casar com uma donzela da mesma casta.
4.Shiva Mantras
1. Panchaxari mantra

Om namah Shivaya

2. Ashtaxari mantra

Hrim om namah Shivaya hrim

3. Rudra mantra

om namo bhagavate rudraya namah

Estes poderosos mantras so propcios para pessoas com famlia que no


podem dispensar muito tempo com rituais. Proporcionam bem estar e
felicidade em geral e levam at iluminao.

4. Maha Mritunjaya mantra

om hrom om jum sah bhurbhuvah svah

om tryambakam yajamahe, sugandhimpushtivardhanam

urvarukamiva bandhanan mrityormuxiya mamritat

bhurbhuvah svarom jum hah hrom om

(Rigveda 7/59/22 - Yajurveda 3/60)

Este mantra afasta qualquer tipo de doena e perigo de morte. O praticante


deste mantra nunca vai sofrer um acidente grave ou fatal. Este mantra
considerado um dos mais queridos de Shiva.

3.8.5 JAIN MANTRAS


Namokar mantra
namo arihantanam
Eu reverencio os Arihantas (quem j venceu todos os inimigos internos
- ignorncia, orgulho, ego, paixo, ganncia, maya, sexo, raiva etc.)

namo siddhanam
Eu reverencio os Siddhas (quem atingiu moksha - conscincia)

namo ayariyanam
Eu reverencio os Acharyas Gurus

namo uvajjhayanam
Eu reverencio os Upadhyayas - Orientadores religiosos

namo loesavvasahunam
Eu reverencio os Sadhus - Sbios

aiso panca namokaro savva pavapanasayo


so capazes de eliminar todos os pecados

mangalanam cha savvesima padhama havai mangalam

Estas cinco reverencias que a mais importante das todas as felicidades

Entre todos os auspiciosos mantras este (Namokar Mantra) o mais


importante.

O Namokar mantra o mantra fundamental do Jainismo e pode ser recitado


qualquer hora do dia. Ao recitar o mantra o aspirante reverencia as suprema
energias espirituais em vez de personificaes em particular e por isto no
citado nenhum nome. O objetivo incorporar as virtudes deles na vida
cotidiana.

Gyana vriddhi mantra

Mantra para ampliar a conscincia

om aim om

Sankata nivarana mantra

Mantra para superar qualquer dificuldade

om a bhi ra shi ko namah

Chamatlarika mantra
Mantra milagroso

om bhikshu

3.8.6 Bj Mantras dos Chakras


Shakti - a energia da criao do universo na sua forma microcsmica tem sua
sede no mladhar chakra. Ela fica aqui adormecida na forma de serpente
dando duas voltas e meia. Atravs de Bja Mantras esta energia pode ser
ativada e elevada, atravessando os seis chakras at o ltimo chakra- Sahasrra.
Este processo chama-se, Kundalini Jagarana - Acordar a Kundalini. Durante o
processo a pessoa e abenoada por seguintes Siddhis (poderes):

Principais Siddhis

Anim - Fazer o corpo de tamanho minsculo.

Mahim - Tornar a fazer o corpo muito grande.

Laghim - Poder flutuar no ar.

Prapti - Controle sobre os desejos.

Prakamya - Conhecimento dos assuntos de outros lokas.

shita - Poder de provocar Maya (Hipnotizar)

Vashita - Imune do maya provocado por outros (incl. desejo sexual).

Khyati - Proporciona todos prazeres mundanos.

Siddhis Secundrios

Anurmi - Imune de Sede, fome, tristeza, paixo, velhice e morte.

Drsrravan - Poder de ouvir a conversa a distancia.

Drdarshan Poder se ver a distncia.

Manojava - Poder de transportar o corpo a qualquer distancia.

Kmrpa - Tornar o prprio corpo em criana,velho, mulher, animal

Parkaya Pravesh - Entrar no corpo de outra pessoa.


Svachanda Maran - Domnio sobre a prpria morte.

Deva Kridanudarshan - Poder ver os atos das almas que esto no lokas
(esferas) superiores para segu-los.

Yatha sankalpa - O que deseja acontece. Materializao de objetos.

Apratihatagati - Poder ir aonde quiser.

Siddhis inferiores

Trikalagyata - Conhecer o passado, presente e futuro de qualquer pessoa,


comunidade e nao.

Adavandata -Fazer o clima da prpria moradia conforme a vontade

Parachittabhigyata - Ler o pensamento dos outros.

Pratishtambha - Clima no afeta o corpo.

Aparajaya - invencibilidade principalmente em discusso.

No o objetivo do yogi adquirir estes poderes, mas a conseqncia de


acordar a kundalini. Existem casos em que no meio do processo o yogi atrado
por fama, esquece do objetivo principal e comea fazer demonstraes dos
poderes adquiridos.

4. CENTROS DE ENERGIA
Os Chakras
Partindo do princpio que microcosmo surgiu do macrocosmo, podemos
deduzir seguramente que os dois so formados nos mesmos padres, isto quer
dizer que eles tm mesmas energias, elementos e tudo mais. Assim, o corpo
humano na sua integridade (todos os revestimentos) tem os sete tattvas e
recebe continuamente as energias do cosmo. Os centros de processamento
destas energias so chamados de chakras.

Chakra em snscrito significa roda, crculo e ciclo. Nos tratados de yoga os


chakras so descritos como os centros de energia psquica sutil que esta
sempre fluindo dentro do nosso organismo atravs de trs naris (canais)
principais, que se chamam Ida, Pingala e Sushmna e se estendem, envolvendo
a coluna vertebral. Os chakras que correspondem na maioria das vezes os
plexos nervosos anatmicos, so formados pelo entrelaado destes canais.
Conforme o Shiv Svarodaya (ensinamentos de Shiva sobre as energias vitais)
existem 72.000 naris (canais). Destes, dez so mais importantes. No corpo
sutil do ser humano, estes canais tem funo de conduzir os dez tipos de
energias vitais mais importantes. Estes centros e canais no so
tridimensionais, por isso, no podem ser observados fisicamente no corpo
mas, atravs de yoga e meditao possvel visualizar a forma, cor e as outras
propriedades deles.

Nas pessoas em geral, os chakras aparecem como crculos com


aproximadamente 5 cm. de dimetro, de cores foscas mas nas pessoas
evoludas espiritualmente, eles se tornam brilhante e maiores e giram em
forma de redemoinho.

4.1 DESCRIO GERAL


4.1.1 MULADHAR CHAKRA BSICO
Localizao Plexo plvico, regio entre nus e genitais,
extremidade da coluna vertebral (cccix)

Ptalas Quatro

Bij Mantra Lam

Elemento Terra

Loka (Plano) Bhu loka

Nota musical Dha (L)

Cor Amarela
4.1.2 SWADHISHTHAN CHAKRA SACRO

Localizao Plexo hipogstrico, regio pbica

Ptalas Seis

Bij Mantra Vam

Elemento gua

Loka (Plano) Bhuvar loka

Nota musical Pa (Sol)


Cor Azul claro

4.1.3 MANIPURA CHAKRA


PLEXO SOLAR

Localizao Plexo solar, plexo epigstrico

Ptalas Dez

Bij Mantra Ram


Elemento Fogo

Loka (Plano) Swa

Nota musical Ma (F)

Cor Vermelho escuro

4.1.4 ANAHAT CHAKRA CRDIACO

Localizao Plexo cardaco


Ptalas Doze

Bij Mantra Yam

Elemento Ar

Loka (Plano) Maha - equilbrio

Nota musical Ga (Mi)

Cor Verde

4.1.5 VISHUDDHA CHAKRA LARINGEO


Localizao Plexo cartida, regio da garganta

Ptalas Dezesseis

Bij Mantra Ham

Elemento Akasha ter

Loka (Plano) Gyan loka

Nota musical Ni (Si)


Cor Cinza prateado

4.1.6 AGYA CHAKRA


TERCEIRO OLHO

Localizao Plexo pineal, regio entre sobrancelhas

Ptalas Duas

Bij Mantra Om

Elemento Anupapadaka tattva Princpio Espiritual ou


a fora motriz

Loka (Plano) Tapa loka


Nota musical Re (R)

Cor Azul brilhante

4.1.7 SAHASRAR CHAKRA CORONRIO

Localizao Plexo cerebral, corpo caloso

Ptalas Um mil

Bij Mantra Visarga som aspirado, essncia de todos os


sons, Alap
Elemento Adi tattva Princpio Original ou a Conscincia

Loka (Plano) Satya loka

Nota musical S (D)

Cor todas as cores reunidas

O CAMINHO DA KUNDALINI
4.2 ATRIBUTOS
Os chakras, ou centros de energia esto ligados um ao outro com um
formidvel sistemas de nadis os canais, assim, vinculam nosso corpo fsico
com outros corpos sutis. por causa dos chakras e nadis que nossos cinco
corpos funcionam suave e integralmente como um organismo e a conscincia
pode fluir atravs de todos os corpos, transitando de fsico para emocional,
emocional para espiritual ou mental etc., instantaneamente. Estes corpos no
funcionam separadamente mas em conjunto na nossa conscincia cotidiana.

Todos os seres humanos tm estes chakras e nadis presentes nos seus corpos e
eles no precisam ser acordados porque no esto dormindo. Esto
funcionados at a morte. O que pode acontecer que um ou outro, ou todos os
chakras esto funcionando com foras diferentes, consequentemente, o
aspecto representado por este chakra fica com maior evidncia na vida da
pessoa em detrimento dos outros. Por ex.: na vida das pessoas materialistas o
campo espiritual fica esquecido criando um desequilbrio na personalidade.

O sistema energtico no corpo deve ser observado com uma viso holstica,
por isso no existem limites rgidos de influncia de cada chakra. Todos os
comandos e controles de funcionamento dos diversos corpos, em geral, partem
do crebro onde situam os chakras coronrio e terceiro olho, que predominam
os outros. Uma deficincia relacionada aos rgos sexuais, regidos pelo
segundo chakra, no causada necessariamente por ele mas pode estar
enraizada no outro chakra superior. Assim a causa de uma lcera no estmago,
pode estar localizada no chakra da garganta se a pessoa no consegue ou no
pode gerenciar seus problemas de comunicao.

Os atributos individuais de cada chakra devem servir como referncia para um


estudo holstico e mais abrangente.

Muladhar Chakra Bsico

Localizado na base da espinha dorsal governa a nossa existncia fsica que


tambm resultado das aes dos nossos karmas das vidas anteriores, e assim
ele governa tambm as memrias passadas. Individualismo, egosmo, fsico,
materialismo fazem parte das qualidades deste chakra. Tudo que nos faz sentir
confortvel no mundo fsico est relacionado a este chakra e quando ele no
est balanceado ns podemos sentir insegurana material, que pode levar ao
exagero na comida refletindo nos outros chakras. Ao reafirmar o ego ou o
autoritarismo o indivduo pode prejudicar os outros, o que com certeza, vai
criar karmas negativos, que vo passar para memria trazendo resultados
correspondentes no futuro.

Swadhishthan Chakra Sacro

Uma vez resolvido a questo da prpria sobrevivncia, a preocupao vem


com a existncia da espcie. Este chakra esta relacionado com a procriao. A
viso um pouco mais ampliada e comea absorver os outros no
relacionamento. No primeiro chakra foi estabelecida a habilidade de acesso
memria, aqui as informaes so processadas e entra o fator razo, dando
origem as muitas perguntas. A gua representa as emoes e as profundezas o
subconsciente. Quem fica boiando na superfcie, no consegue pegar as
prolas que esto no fundo.

Manipur Chakra Plexo Solar

Os primeiros chakras envolvem energias que fazem a pessoa sentir


confortvel no mundo externo, este chakra est associado ao relacionamento
com o prprio ser. Dependendo da fluncia das energias a fora de vontade
deste chakra adiciona poderes conscincia mundana atravs do primeiros
chakras ou abre as portas para a conscincia superior relacionada com
prximos chakras. Quando a energia do fogo canalizada adequadamente,
eleva o ego ao mximo de proeminncia e as experincias emocionais so
extremamente intensas. A pessoa supera o medo da perda e o instinto de
reao; a retaliao e a vingana so dominadas. Desenvolvendo uma forte
relao com o prprio ser, a pessoa cria a confiana em si que a base para se
alcanar os objetivos sem prejudicar os outros.

Anahat Chakra Cardaco

A fraternidade, o amor, a compreenso, a solidariedade, o perdo, a esperana,


a confiana nos outros, etc., so as qualidades relacionadas a este chakra.
Pessoas com este chakra balanceado so contentes, tem viso muito ampla e
conseguem enxergar os assuntos cotidianos de todos os ngulos. Tem
profunda compreenso da natureza humana o que proporciona a habilidade de
ajudar os outros, resolver conflitos e confuses sem esforo. Quando este
chakra est muito fraco a razo se rende s fortes emoes e a pessoa sofre
muito porque quer dominar os outros pela fora e encontra tremenda
resistncia. Perdendo a habilidade de discernir o certo e o errado, perde a
confiana dos outros resultando em experincias amargas.

Vishuddha Chakra Larngeo

A comunicao est relacionada a este chakra. a ponte entre o corao e


mente. Com este chakra balanceado a comunicao para planos inferiores e
superiores acontece com muita harmonia. O elemento Akasha representa a
essncia de todos os elementos densos, a pessoa j tem domnio sobre seus
sentimentos, emoes e problemas cotidianos. A busca do conhecimento
verdadeiro fica em primeiro plano ultrapassando as barreiras de cultura,
religio e origem. O indivduo comea agir em vez de reagir aos impulsos dos
sentidos. O f se afirma e aumenta a capacidade de julgamento sem
discernimento e preconceito. O maior problema que pode ocorrer nesta busca
frentica, que a pressa e a impacincia pode levar aos caminhos obscuros e a
pessoa se perde seguindo os falsos gurus (orientadores), que prometem
realizaes instantneas.

Agya Chakra Terceiro olho

Os olhos representam o tempo, o passado e presente e o terceiro olho, o


futuro. Este chakra bem ativo proporciona conscincia do tempo ou as
barreiras do tempo so derrubadas e a continuidade fica clara. A pessoa
ultrapassa todos os limites criados por elementos densos. A comunicao com
o divino ou seu prprio ser fica fcil e o conhecimento se amplia sem limites.
A conscincia se torna soberana de tal forma que a pessoa at no estado de
sono fica consciente. O sentimento da dualidade Eu e Tu comea
desaparecer.

Sahasrar Chakra Coronrio

O ltimo chakra coronrio representa o prprio ser que corresponde ao


Brahman. A realizao deste chakra geralmente acontece no estado profundo
de meditao. Neste estado no existe nenhuma barreira, ele atinge a unio e
se torna a parte integrante do Brahman O onipresente, onisciente e
onipotente. No existem mais sentimentos, emoes e desejos. A pessoa
agraciada com todos os poderes imaginveis mas transcende qualquer desejo
de us-los. Ela participa do mundo como testemunha e no como envolvido e
desfruta do estado de felicidade interminvel, porque estabeleceu um perfeito
equilbrio nos cinco corpos.

Colaborao da Dra. Eneida Sampieri

CRM : 45094

Especializao : Medicina Chinesa, Acupuntura e Medicina Natural

com grande alegria que vejo assunto to sagrado, de conhecimento


espiritual to antigo e ao mesmo tempo atual, ser divulgado de uma maneira
simples e clara, possibilitando aos aspirantes espirituais aqui no ocidente um
melhor entendimento dos ensinamentos vdicos, que foram transmitidos por
Deus aos antigos Rishis da ndia h muitos milnios atrs.

Os chakras ou centros de energia no nosso corpo so os locais onde se


geram e conectam as energias dos corpos sutis com o corpo fsico.

Distrbios das emoes, traumas energticos, emocionais e ou fsicos


podem lesar estes centros gerando problemas de sade. Por exemplo, traumas
fsicos em regies do corpo correspondente determinado chakras pode
causar dificuldade na circulao de energia e conseqentes problemas
correlacionados.

As glndulas endcrinas no corpo humano tm correlaes diretas com


os chakras e com os sentimentos ou emoes. Citando rapidamente problemas
relativos ao primeiro chakras ou chakras da base, que esto correlacionados
com sentimentos de medo, insegurana, ancoramento no corpo. O primeiro
chakra funciona como uma bomba propulsora favorecendo a circulao da
energia criadora (shakti) gerada nos rgos criadores para os centros
superiores e para todos estes problemas neste chakra podem levar, por
exemplo, inflamaes, infeces ou outras, na regio cossigea, do osso sacro
e regio anal. Para evitar estagnaes nestas reas sempre bom praticar o
exerccio de yoga chamado mulabandha que um exerccio de contraes e
relaxamentos suave da musculatura anal. Este exerccio pode ser associado
com outro similar de contrao e relaxamento suave de toda a musculatura
plvica e genital permitindo o de leite que gerado nesta rea fluir para todo o
corpo.

No segundo chakra temos a energia sexual e criadora sendo gerada,


problemas na circulao energtica nesta rea tambm reflete nos rgos
genitais e reprodutores, importante observar que todos centros de energia
esto interrelacionados e muitas vezes o fato de os rgos do segundo chakra
por exemplo ter algum problema pode estar relacionado problemas de
sentimentos da pessoa com relao prpria sexualidade. Muitas vezes
jogamos para esta rea nossos desamores, mgoas, bloqueios, culpas, criticas,
preconceitos, etc., sentimentos que muitas vezes produzem doenas. J tive
oportunidade de observar em uma paciente que tinha um tumor no ovrio, a
tremenda mudana que ocorreu com um ano de tratamento com a simples
recomendao de sentir e olhar com amor e carinho para esta parte do corpo,
em um ano o tumor desapareceu.

No terceiro chakra, temos o centro umbilical onde toda a energia do


corpo se centra, onde nos ligamos concretamente com o corpo fsico atravs
do "cordo de prata". O terceiro chakra est relacionado com Ganesha, com a
fora fsica, com a abertura de nossos caminhos, tanto internos como externos.
Na literatura chinesa e indiana observamos que existem grandes correlaes e
1igaes entre os dois primeiros chakra e os dois seguintes que so o
umbilical e o plexo solar um pouco acima do umbigo. Estes centros de
energia- abdominais esto relacionados com profundas energias vitais e na
medicina chinesa antiga se ensina concentrar ateno sempre no umbigo,
quando sentimos o corao pulsar no umbigo a energia vital ou chi ou shakti
liberada e pode-se sentir o calor agradvel dela circulando por todo o corpo;
nos trabalhos de yoga e do Tao In (que o trabalho interior), aprendemos a
administrar e controlar a circulao energtica permitindo seu fluxo gerando
bem estar, sade, deleite, prazer, longevidade, etc. Neste terceiro plexo est a
nossa relao com o universo, com o mundo, com as pessoas, problemas
nestes relacionamentos se refletem a nvel dos rgos internos nesta rea do
corpo. Diz-se que este plexo est fechado quando olhamos para o cu
estrelado noite e no conseguimos sentir que o universo nos pertence ou seja
nos sentimos isolados neste caso h um bloqueio ou sentimento de
separatividade de voc com o mundo e as pessoas, mgoas, culpas, dios,
invejas, cimes bloqueiam a circulao deste chakra tambm.

Na medicina chinesa sabemos que os rgos geram sentimentos ou


emoes, as emoes so definidas como sentimentos contidos. Por exemplo,
o fgado est relacionado com o cime, dio, raiva, inveja, frustrao. O
fgado o rgo chave da energia da mulher, o canal energtico do fgado
que passa pelos rgos sexuais e geradores da mulher, isto nos permite
entender porque estes sentimentos predominam e afloram mais nas mulheres
que nos homens, e mais comum a mulher ter problemas do fgado e vescula,
principalmente na idade em que a energia sexual criadora est mais intensa
entre 20 e 40 anos de idade. No homem a energia do aparelho genital e
reprodutor toda controlada pelo rim, os sentimentos gerados
energticamente nos rins so os diversos tipos de medo, o pnico, o
autoritarismo, etc. difcil dizer quem surgiu primeiro se o ovo ou a galinha,
ou seja, se o sentimento que gera o desequilbrio fsico, ou o desequilbrio
fsico, nutricional, ambiental que desequilibra os sentimentos. O que se tem
observado que a vida uma mistura de tudo e mesmo o ayurveda ou outros
tratados de medicina natural entendem que os alimentos formam os
sentimentos, ento temos os alimentos satvicos, rajasicos e tamasicos, etc.,
isto tambm ensinado pelos grandes mestres da ndia como Sri Satya Sai
Baba.

Sentimentos como a preocupao desgastam a energia do bao


pncreas, relacionado com a digesto, formao de gases. A autocrtica e a
dvida adoece a vescula. A ansiedade assim como a alegria excessiva lesa o
corao e a tristeza consome a energia do pulmo. Todos os sentimentos so
normais quando passageiros o que os torna patolgicos, lesivos ao organismo
so os sentimentos contidos que se transformam nas chamadas "emoes" em
medicina chinesa.

Neste contexto foi dado a importncia do terceiro chakra que considera


a atividade de todos os rgos abdominais.

No quarto chakra, o cardaco, fundamental para a sade, para a vida,


para a espiritualidade. O terceiro e o quarto chakra so muito trabalhados no
bhakti yoga ou yoga devocional, cultivar sentimentos de reverncia e devoo
Deus, ao sagrado, ao mestre ou Guru, traz resultados maravilhosos para a
sade do corpo e da alma. Os distrbios no chakra cardaco podem levar a
problemas fsicos no corao, por exemplo, a ansiedade, as preocupaes, o
estresse e sentimentos guardados geram contraes (espasmos) no sistema
circulatrio, cansao excessivo tambm indiretamente causa problemas
cardacos porque desgasta a energia dos rins e o rim que manda a energia
para cima, se ele est desgastado pelos diferentes tipos de cansao a energia
no sobe gerando problemas cardacos. Existem 3 tipos bsicos de cansao, o
cansao fsico (esforos fsicos), cansao mental e o cansao sexual. Se diz em
medicina chinesa que a energia da vida ou essncia se perde com o semem e
com o sangue e este tipo de perda da vida no pode ser reposta, da o evitar
desperdcios pode trazer benefcios adicionais na qualidade quanto na
quantidade da vida. O chakra cardaco esta localizada na regio da glndula
timo e esta relacionada com a formao da imunidade.

O chakra larngeo harmoniosamente ativado com o cultivo regular dos


cnticos devocionais, quando estes so cantados de corao cheio,
plenamente, com a alma. Problemas neste chakra podem se somatizar com
problemas na tireide, mgoas guardadas, coisas que no engolimos e nem
colocamos para fora ou seja, que ficam entaladas na garganta, novamente
desamores.

O chakra frontal, relacionado com o intelecto e a mente, pensamentos,


geralmente muito ativo nos intelectuais ocidentais, mas nem sempre bem
equilibrados pela harmonia do amor no corao. Ainda temos muito que
aprender com a sabedoria oriental sobre os potenciais latentes em nosso
interior. Por ex., o chakra coronrio, relacionado com a glndula pineal.
muito comum encontramos raio-x de cabea de pessoas idosas com a pineal
calcificada, a medicina ocidental no tem explicao para isto. Ser que no
estaria relacionado com a falta de uso; ficamos a pensar tambm se o cultivo
de intuio, meditao e devoo seriam necessrias para ativar esta glndula?

Ravindra, muito obrigada pela oportunidade de colaboraes para o seu


trabalho, espero que estes escritos sejam proveitosos.

Shanti !

Eneida

4.3 ANALSE DO FUNCIONAMENTO


O funcionamento dos chakras no tridimensional por isso a medio da
performance (rendimento) atravs de mtodos conhecidos no possvel. Isto
deve ser medido no nvel de energia ou vibraes. Quando um chakra vibra
diferente de sua vibrao natural ele se encontra desbalanceado.
Um chakra desbalanceado no processa as energias csmicas corretamente,
resultando deficincia e desequilbrio nos corpos sutis. Como todos estes
corpos so interligados, s vezes, os efeitos aparecem no corpo fsico na forma
de distrbios e doenas. Nos outros planos, estes efeitos muitas vezes so
despercebidos ou ignorados pela prpria pessoa mas facilmente detectados por
pessoas especializadas no assunto como psicoterapeutas, psiclogos, etc.

Desde o bsico at o coronrio, cada um destes chakras governam os aspectos


da personalidade em todos os corpos, dependendo da sua localizao e
caractersticas. Quando uma anomalia aparece no corpo fsico, no devemos
esquecer que as razes desta j estavam algum tempo nos outros corpos, seja
no mental, emocional ou outros. Ao analisar deve-se levar tambm em
considerao que cada chakra representa as qualidades dos outros chakras
superiores. Um desequilbrio do chakra do corao certamente afetar os
chakras do plexo solar, plexo plvico e bsico.

Uma anlise detalhada e correta do funcionamento dos centros de energia


seria muito complexa e complicadssima exigindo profundo conhecimento do
sistema e do prprio ser. A forma de anlise apresentada nas prximas pginas
uma tentativa preliminar mas serve para comear o processo de auto anlise.

Responda cada pergunta e coloque a letra respectiva na primeira elpse. D


uma pontuao para cada letra : a=1, b=2, c=3, d=4 e e=5 e coloque na
segunda elipse. Soma todos os pontos e coloque na elipse em frente ao total.

O mximo de pontos de cada chakra 50. At 20 pontos deve ser considerado


o chakra com atividade fraca, 20 a 35 com atividade normal e com mais de 35
pontos com forte atividade ou capacidade de processamento das energias
elevadas.

Alm de analisar individualmente cada chakra, deve ser analisado todo o


conjunto, a distribuio dos pontos, se um chakra est muito forte em
detrimento dos outros, qual personalidade fsica, emocional, mental ou
espiritual est mais evidente, etc.

O fluxo da energia csmica, dentro do corpo, circulatrio e isso significa de


cima para baixo e vice versa, passando por todos os sete centros que
representam um lado conscincia e outro lado a matria. Quando um destes
centros bloqueado ou fraco interrompe o fluxo normal da energia criando
desarmonia nos corpos sutis. Por ex.: se o chakra bsico no funciona
normalmente, ainda a energia csmica pode chegar a ele a partir do chakra
coronrio mas o fluxo para cima no acontece. As idias da pessoa podem ter
conscincia, criatividade e amor mas tudo fica na fantasia e ela no consegue
coloc-las em prtica. Quando os chakras superiores esto bloqueados o
indivduo tem a energia da terra disposio, representada pelo primeiro
chakra. Est com situao financeira slida, altamente prtico, muito objetivo
mas falta criatividade, sonhos, esperanas e conscincia, o que o torna
egocntrico.

Estes so os exemplos extremos, que raramente acontecem na prtica. A


anlise holstica deve servir para se achar os bloqueios e corrigi-los.

Deixaremos de apresentar o restante deste captulo, porque vrias


perguntas exigem uma explicao pessoal e aprofundada. As respostas
erradas certamente vo conduzir para uma anlise incorreta do
respectivo chakra. Recomendamos para as pessoas interessadas no
apronfundamento deste conhecimento, que faam nosso curso de
mantras.

4.4 HARMONIZAO

O Macrocosmo formado por sete tattvas (elementos). Cada um destes


tattavas uma manifestao mais grosseira da mesma energia denominada
como Shakti e esto representadas no nosso corpo como sete chakras. Cada
chakra tem uma vibrao representada por uma letra da lngua snscrita. Estas
letras so chamadas de Bij Mantras (Mantra sementes) dos chakras. Ao repetir
estes mantras corretamente possvel ter o acesso ao aspecto da energia
csmica que o respectivo chakra representa. Os sbios dizem que para entrar
em harmonia com macrocosmo este o mtodo mais fcil. Na ndia todas as
formas de devoo como oraes, rezas, meditao etc., so uma ou outra
maneira derivadas deste.

Os Vedas so as mais antigas escrituras religiosas do mundo. Quando


no existia a escrita os versos dos Vedas foram passados pela memria. Estes
versos so compostos no s de regras de gramtica mas de msica tambm.
Isto quer dizer que, h milhares de anos atrs, os sbios tinham conhecimento
da msica. Os versos dos Vedas cantados, seguindo as regras da gramtica e
da msica, eram chamados de ved mantras.

Os Bij mantras dos chakras tambm so associados s notas musicais e


quando cantados na nota correta produzem melhores resultados.

A primeira nota "SA" (DO) que deu origem a todas as notas da oitava, est
associada ao chakra coronrio que a origem de todos os outros chakras. No
contexto musical indiano, esta nota chamada de achal (freqncia fixa), de
freqncia 240 ciclos por segundo e as freqncias das outras notas so
derivadas desta, inclusive das outras oitavas.

A segunda nota "RE" (R) representa o chakra do terceiro olho. O chakra da


garganta, o prximo da seqncia, que considerado como ponte entre
elementos densos e sutis, est associado a ltima nota da oitava o "NI" (SI)
que a ponte entre uma oitava e a prxima mais sutil. As prximas quatro
notas, representam os quatro chakras inferiores em seqncia.

Os Nadis (canais ) por onde a energia csmica flui tm os terminais nas mos
e ps e os chakras tm as correspondncias nestas regies.

Para fortificar ou harmonizar os chakras deve-se recitar os Bij mantras


na tonalidade correta. Quando se ao mesmo tempo os estimula atravs de
massagem nas mos e ps nas regies correspondentes, o efeito aumenta.

4.4.1 CORRESPNDENCIA DOS


CHAKRAS COM AS NOTAS
MUSICAIS

PRTICA
1. Acender uma vareta de incenso da sua preferncia.

2. Vestir um mnimo possvel de roupa, preferivelmente de cor leve ou


branca, lavada com suas prprias mos.

3. Sentar no cho confortavelmente, em cima de um tapete ou pano grosso


de l natural, seda ou algodo de cor amarela ou laranja.

4. Se voc est querendo harmonizar um ou alguns chakras recitar os


mantras destes chakras no mnimo 5 vezes no tom e na nota correta (conforme
o cd), concentrando no respectivo chakra e suas qualidades. Mentalizar no
objetivo de que as energias csmicas podem fluir livremente atravs dos
chakras.

5. Recitar os mantras de cada chakra comeando pelo bsico, do mesmo


modo descrito no item anterior, com objetivo de desbloquear todos os canais
de fluxo de energia e harmonizar os chakras com os tattvas (elementos)
csmicos.

6. Simultaneamente ao recitar os mantras massageie as zonas


correspondentes das mos e dos ps do respectivo chakra na ordem: mos
esquerda, direita; Ps esquerdo, direito.

7. Finalize a prtica com a orao de sua preferncia ou coloque o cd de


udio com canes devocionais.

4.4.2 CORRESPNDENCIA DOS


CHAKRAS COM MOS E PS
5 YAGYA
Cerimnia de Fogo
Tradicionalmente esta cerimnia vedica no mbito cultural Hindu
realizada desde tempos remotos. Os procedimentos so desenvolvidos
pelos sbios atravs de longa pesquisas, experimentos e conhecimento
divino. O propsito principal direcionar as energias csmicas que
sempre esto a disposio para diversas finalidades como purificar o
ambiente, lar, o prprio psique dos participantes, etc. O efeito do Yagya
no est restrito para o local onde est sendo realizado mas supera as
barreiras de espao assim, pode ser sentido por pessoas ausentes
durante a cerimnia.

Durante o processo de Yagya as energias csmicas so invocadas


atravs dos mantras e estas oraes coletivas produzem efeitos
benficos. Um direcionamento correto pode traduzir estes efeitos no
amor fraterno, cooperativismo e amizade no sentido amplo. O prazer
dos sentidos leva aos desejos e estes dirigem a mente para procurar a
satisfao tornando as pessoas egocntricas. O prazer divino que ns
obtemos atravs da conscincia maior e mais puro que qualquer outro
ns podemos obter de outras coisas na vida. At mesmo se ns
podemos adquirir a alegria espiritual temporariamente atravs de
renncia dos prazeres sensuais, ns adquirimos a alegria infinita e
permanente s pelo hbito de prtica de meditao. O Yagya tem o
efeito sutil que amplia a conscincia e eleva o pensamento das pessoas
alm dos desejos egocntricos proporcionando uma viso ampla que
resulta numa mudana de comportamento para bem estar prprio e da
coletividade.

Ao pronunciar os mantras so oferecidas ao fogo pequenas oferendas


preparadas com gros, frutas secas, manteiga, elementos para purificar
o ambiente, etc. Alm de representar o sacrifcio ou renuncia das coisas
favoritas estas oferendas tem um efeito amplo quando so difundidas
no ambiente atravs da fumaa.

Antigamente os Rishis (sbios) que viviam isolados realizavam Yagya


diariamente para promover paz, fraternidade e benevolncia na
sociedade. Dentro da comunidade todos os eventos individuais como
nascimento, dar nome, primeira alimentao, comeo de estudos,
casamento, morte etc. e os eventos coletivos como festas religiosas e
sociais eram motivo para fazer o Yagya.
Atualmente a tradio continua mas numa escala muito maior. Existem
entidades como "Gayatri Parivar" que realizam Yagyas coletivos na
toda ndia onde participam ativamente milhares de pessoas em cada
cerimnia. Num lar hindu tambm durante nenhum evento importante
deixam de realizar o Yagya.

Finalidades

O propsito principal direcionar as energias csmicas que esto


sempre a disposio para diversas finalidades.

O Yagya ajuda na cura de doenas, afasta os inimigos, controla


situaes adversas, traz a ajuda divina para resolver problemas e a paz para a
alma. O Yagya um processo milagroso, cientfico, nico dentro das cincias
ocultas indianas promovendo ajuda em todos os sentidos. Conforme as
escrituras vdicas, a paz, a prosperidade, a riqueza, a sade e todo o
desenvolvimento fsico, material e espiritual podem ser alcanados atravs do
Yagya, quando realizado com f, devoo, dedicao, determinao e
pacincia. A sua eficincia est alicerada na pureza de conscincia e preparo
do sacerdote que tem a conduta impecvel.

De acordo com a filosofia Vdica, qualquer bondade ou maldade,


felicidade ou infelicidade, sucesso ou fracasso, prazer ou dor, prosperidade ou
desgraa que ns experienciamos em nossa vida, o resultado de nossas
prprias aes passadas ou karma. O Yagya a ao medicinal mais
auspiciosa para anular o efeito do karma negativo passado ou para criar um
karma positivo no futuro. Ajuda remover os desafios e obstculos, mas
tambm pode ajudar as pessoas a alcanar os objetivos da vida ou a realizao
dos desejos. Todos ns temos o direito a uma vida melhor e nossa verdadeira
natureza ser feliz.

Durante o Yagya, o cantar dos mantras vdicos afeta sua psiqu,


alterando seu estado de Conscincia. Sua mente muda, seu sofrimento se
reduz, e subitamente surgem as respostas e solues. Isso pode acontecer
dentro de alguns minutos, horas, dias ou meses. um presente oferecido a
voc, com resultados duradouros.

Antigamente, os Rishis (sbios) realizavam o Yagya - Cerimnia de


Fogo - diariamente para promover a paz, a fraternidade e a benevolncia na
sociedade.

Para cada indivduo, de acordo com os seus desejos, obstculos ou


desafios, para melhorar uma situao de crise ou um perodo ameaador h
um Yagya especfico.
Em geral, um yagya pode ser executado para diversas finalidades como:

Melhoria da sade;

Melhoria das finanas;

Melhoria do relacionamento;

Resoluo de conflitos;

Remoo de obstculos;

Sono bom e calmo;

Remoo das preocupaes domsticas;

Felicidade domstica e geral;

Progresso espiritual e esclarecimento;

Sucesso nos negcios ou para encontrar um trabalho satisfatrio;

Uma viagem confortvel;

Energia fsica e mental, paz mental;

Sucesso em educao e aprendizado;

Concepo de filhos;

Desenvolvimento afortunado de crianas;

Harmonia na vida casada;

Para achar um bom parceiro, scio;

Para purificar as energias da casa;

Para inaugurao do espao de trabalho;

Para entrada na nova casa;

Para consagrar a imagem dos deus e templo;

No aniversrio da pessoa ou do casamento;

No nascimento, casamento, renuncia e ritual funerrio;


Comeo e termino de estudos principalmente religiosos, filosficos e
espirituais; etc.

Os mais importantes yagyas so seguintes:

Navagraha - 9 planetas - til quando uma pessoa est sofrendo das


influncias negativas de vrios planetas situados adversamente no mapa natal
ou de transito, e tambm melhora o desempenho dos planetas que so
favorveis.

Maha Laxmi - Este yagya para riqueza e prosperidade material e indicado


para resolver problemas financeiros.

Maha Mrityunjaya - chamado o" Rei dos Yagyas" pelos seus efeitos
positivos. Este yagya efetivo na preveno ou recuperao mais rpida de
uma doena sria. Tem grandes efeitos curativos, uma arma contra doena.
Geralmente realizado para quatro tipos de objetivos:

- para pessoas com vida ativa: d fora, coragem e esperana, equilibra a


sade e traz resistncia fsica.

- quando algum est seriamente doente ou ferido, para evitar perigo de vida.

- para uma pessoa no leito de morte para uma transio consciente, indolor,
suave e tranqila.

- para acalmar os problemas fsicos e emocionais dos idosos, tornando-os mais


suportveis. Livrando a mente da escravido, dos embaraos mundanos,
provendo um sentimento de renncia. Prepara para a partida final, com paz e
f na eternidade e imortalidade da alma.

Gayatri - Este yagya a Me de todos Yagyas Vdicos. De acordo com o


escrituras Vdicas o Yagya do Gayatri o mais purificador. Tem capacidade
de anular os efeitos de karma ruim que cria desventura e infelicidade numa ou
outra rea da vida. Este Yagya abranda e equilibra o karma e o destino da
pessoa.

Pessoas de qualquer nacionalidade, religio, casta ou credo podem


buscar ajuda divina atravs do Yagya. O efeito do Yagya no est restrito ao
local onde est sendo realizado mas, supera as barreiras do espao, podendo
ser sentido por pessoas ausentes na cerimnia. Amplia a conscincia, que a
expresso do divino em ns e eleva o pensamento das pessoas alm dos
desejos egocntricos, proporcionando uma viso mais ampla que resulta numa
mudana de comportamento para bem estar prprio e da coletividade.
Durante o Yagya as energias csmicas so invocadas atravs dos
mantras e estas oraes coletivas produzem efeitos benficos.

Ao pronunciar os mantras so oferecidas ao fogo pequenas


oferendas preparadas com gros, frutas secas, manteiga clarificada, gergelim e
elementos para purificar o ambiente. Alm de representar o sacrifcio ou
renncia das coisas favoritas, estas oferendas tm um efeito extenso quando
so difundidas no ambiente atravs da fumaa.

No final do Yagya distribudo aos participantes o Prasad, que so


alimentos oferecidos e abenoados durante a cerimnia.
Shri Radha Krishna realizando yagya

Deixaremos de apresentar o restante deste captulo porque envolve


um complexo procedimento e muitos mantras que devem ser
vivenciados, aprendidos e praticados na presena de um
conhecedor do assunto. Recomendamos, para as pessoas
interessadas no apronfundamento deste conhecimento, que faam
nosso curso de mantras.

Você também pode gostar