SILVA - 2005 - África Contemporânea - Os Novos Desafios
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Resumo: Este artigo analisa os condicionamentos históricos da África contemporânea, discute suas
transformações e seus desafios no âmbito da segurança e do desenvolvimento, bem como as relações regionais e
internacionais do continente. O pressuposto básico é que a África recente mostra sinais de procura de sua
afirmação e autonomia, embora ainda persistam os resquícios do colonialismo.
Palavras-chave: África contemporânea, segurança, desenvolvimento e relações internacionais
*
Professor das Faculdades Porto-Alegrenses (FAPA). Especialista em Integração Econômica pela Universidade
de Leiden/Holanda. Mestre em História e doutorando em Ciência Política pela UFRGS. Pesquisador de Relações
Internacionais e História Contemporânea.
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Monographia, Porto Alegre, n. 1, 2005 1
Disponível em:<http://www.fapa.com.br/monographia>
As independências e a situação neocolonial
1
SARAIVA, José Flávio Sombra. Cooperaação e Integração no Continente africano: dos sonhos pan-africanistas
às frustrações do momento. Revista Brasileira de Política Internacional. N. 36 (2), 1993, p. 33.
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A questão era que as colônias tinham recursos econômicos muito diferentes. As
regiões com mais recursos não queriam associar-se com mais pobres, por exemplo, a Costa do
Marfim que tinha plantações de cacau, produção de marfim e fácil acesso às rotas marítimas.
Na África Equatorial, o Gabão (rico em petróleo e minerais) assumiu posição similar. Pouco
importava se Nkruma do Gana, Senghor do Senegal ou Modibo Keita do Mali pensavam em
unidades maiores. O fracasso das tentativas de consolidar agrupamentos políticos maiores
durante os primeiros anos da independência africana foi, entretanto, compensado pelo notável
sucesso na prevenção da desintegração das unidades territoriais básicas criadas durante o
período colonial. Assim, embora presenciando diversas guerras separatistas ( do Congo/Zaire,
da Nigéria, do Sudão entre outras), os países africanos conseguiram em grande parte manter
suas unidades territoriais.
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divididas representam uma forte tradição africana desde a época pré-colonial,
sobrevivendo até os dias atuais”2
As principais fontes de instabilidade política da África, que resultou em conflitos, não
se originam na disputa de “fronteiras étnicas”, mas nos interesses geopolíticos e
geoeconômicos, tanto localizados, como potencializados por interesses estrangeiros.
Conforme Samir Amin, os povos da periferia, separados por fronteiras na maioria dos casos
arbitrárias e artificiais, não constituem muitas vezes nem uma nem várias nações. Constituem
uma ou várias etnias em momentos diversos de agregação e desenvolvimento, em processo de
formação nacional. O problema da fusão de etnias em nações, nas sociedades periféricas,
mostra o caráter extrovertido da formação desses países, nos quais a burguesia e as elites
tradicionais, ligadas aos agentes imperialistas externos, formam uma economia desarticulada
internamente. A dominação internacional reflete-se na estruturação interna desses países
dependentes e, “as lutas de classes manifestam-se freqüentemente como lutas étnicas,
podendo, pois, ser manipuladas do interior e do exterior por classes reacionárias e forças
imperialistas”3 A divisão dos países em unidades menores, cada uma com uma etnia, não
resolveria o problema básico do sub-desenvolvimento, da superexploração do campo, da
dependência externa nos países africanos e das enormes fraturas sociais nestas localidades.
2
DOPCKE, Wolfgang. A vida longa em linhas retas: cinco mitos sobre as fronteiras na África Negra. Revista
Brasileira de Política Internacional. N 42, vol. 1, 1999, p. 99.
3
AMIN, Samir. Classe e nação: na História e na crise contemporânea. Lisboa: Moraes editores, 1981, p. 149.
4
DOPCKE, Wolfgang. Op. cit., p. 100
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a única organização com base nacional com possibilidade de garantir a preservação da
integridade do país durante o período inicial da independência.
5
KI-ZERBO, Joseph. História da África Negra. Lisboa: Europa América, volume 2, p. 272.
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população em indígenas e não-indígenas, estes comprendendo os brancos e os negros
assimilados, cerca de 3% da população. Em 1953, os assimilados receberam cidadania
portuguesa, numa estratégia divisionista de cooptação de uma pequena elite educada nos
moldes ocidentais. Nos anos 1960, enquanto ocorriam as independências das colônias inglesas
e francesas (tanto negociadas como através de lutas de libertação), Portugal procurava resistir
às pressões e manter as colônias. Neste contexto,surgem os movimentos armados de
libertação das colônias portuguesas.6
6
LINHARES, Maria Yedda. A luta contra a metrópole: Ásia e África. 1945-1975. São Paulo: Brasiliense, 1981,
p. 100
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nacional e popular, embora tivesse mais força nas zonas urbanas e no centro do país. Em
1962, foi fundado a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), dirigido por Holden
Roberto. Sua base situava-se no Norte de Angola e tinha fundamentos étnicos e relações com
o Zaire. Em 1966, um dissidente do FNLA, Jonas Savimbi, criou a UNITA (União Nacional
pela Independência Total de Angola), cuja base de atuação estava no Sul de Angola. Os três
grupos, além de lutarem contra Portugal, também lutavam entre si. Em 1971, a UNITA
fechou um acordo secreto de colaboração com o comando português da Zona Militar Leste
(ZML), a “operação madeira”, através da qual ajudou as forças armadas portuguesas no
combate aos outros dois movimentos. Este acordo manteve-se até o início de 1974, quando
recomeçaram os combates entre a UNITA e as forças portuguesas.
7
KI-ZERBO, op., cit., p. 279.
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internacional com os movimentos das outras colônias portuguesas, pelo qual chegaram a
constituir a Conferência das Organizações Nacionalistas das Colônias Portuguesas (CONCP).
O MLSTP foi o movimento que negociou o processo de independência em São Tomé e
Príncipe em 1975, após a Revolução dos Cravos.
8
RIBEIRO, Luiz Dario. Descolonização da Ásia e da África. Ciências & Letras, Porto Alegre, n. 33, jan-jul
2003, p. 80.
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tornava-se, porém, mais um exemplo da via socialista de busca da autonomia na luta contra o
imperialismo. No contexto da Guerra Fria, significava a ampliação da presença soviética no
continente africano.
Os conflitos africanos foram alimentados pela Guerra Fria, pois a disputa sistêmica
entre EUA e URSS buscava aliados na África. Vários países (como a França) mantiveram
bases aéreas ou navais no Continente, reforçando o comércio internacional de armas. A mera
presença da URSS e de seus aliados foi de grande importância para os africanos e sua relação
com o mundo ocidental, configurando um importante espaço de barganha. A presença
soviética na região, no entanto, estimulava os EUA a apoiar o regime ditatorial de Mobutu no
Zaire, a guerrilha da Unita em Angola e o Apartheid na África do Sul.
9
KI-ZERBO, op., cit., p. 280.
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cooperação afro-árabe foi, entretanto, muito inferior em termos de recursos do que os países
africanos imaginaram, e ainda sofreu as vicissitudes dos conflitos no Oriente Médio, que,
muitas vezes, paralisaram os projetos de cooperação.10
10
SARAIVA, José Flávio Sombra. Cooperação e Integração no Continente africano: dos sonhos pan-africanistas
às frustrações do momento. Revista Brasileira de Política Internacional. N. 36 (2), 1993, p. 38-39.
11
OLIVER, Roland. A experiência africana: da pré-história aos nossos dias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994,
p. 278.
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desenvolvidos. A solução não estaria nas políticas de mercado, mas na capacidade de os
Estados africanos mobilizarem recursos nacionais para a integração e cooperação
econômica.12
12
ARRIGUI, Giovanni. The african crisis: World systemic and regional aspects. New Left Review, n. 15,
maio/junho 2002, p. 07-08
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cubano-angolanas, em 1988, os EUA e a África do Sul decidiram negociar a pacificação. Os
Estados Unidos propuseram a retirada cubana em troca da independência da Namíbia (que era
ocupada pela África do Sul e utilizada como ponta de lança para atacar Angola). Em 1989, os
cubanos retiraram-se de Angola e da Etiópia e iniciou-se o processo de independência da
Namíbia, concluído em 1990.
O fim da Guerra Fria também influiu na queda dos regimes de partido único apoiados
pelo Ocidente. Ocorreu a derrubada dos regimes marxistas ou, pelo menos, a conversão de
parte de seus dirigentes ao liberalismo. O governo sul-africano promoveu a libertação do
líder negro Nelson Mandela, em 1990, e o fim do Apartheid, em 1991.
O fim da Guerra Fria não trouxe, entretanto, solução para os conflitos e problemas
africanos, pois representou para o continente a perda da importância estratégica e da
capacidade de barganha. A África passou a sofrer os efeitos da marginalização e da
desestrategização do continente por parte das grandes potências, que diminuíram a
cooperação e os instrumentos de ajuda. Retirados os esteios que garantiam algum “equilíbrio”
regional, desencadearam-se violentos conflitos, em grande parte “tribalizados”, carregados de
forte conteúdo étnico, com armas menos modernas, com financiamentos privados (empresas
multinacionais, senhores da droga, velhas elites oligárquicas) ou governamentais nacionais e
internacionais.
13
Ibid., p. 09
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A Libéria, com seus quase três milhões e meio de habitantes, é a república mais antiga
da África Negra. Foi dirigida pelo ex-chefe de guerra Charles Taylor, de 1997 até agosto de
2003, quando ele foi substituído pelo vice-presidente, Moses Blah. Este país esteve
mergulhado, de 1989 a 1997, em uma longa guerra civil, liderada por Charles Taylor, então
chefe de um dos bandos armados. O conflito entre diferentes grupos guerrilheiros deixou
milhares de mortos e exilados. Desde 1999, o regime de Taylor enfrentava a rebelião dos
Liberianos Unidos pela Reconciliação e a Democracia, LURD, que neste ano alcançaram e
cercaram a capital Monróvia. Em agosto de 2003, Taylor retirou-se do país, sob a proteção
das tropas da União Africana.
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com a vitória britânica. A partir de 1911, a minoria branca, composta de africânderes e
descendentes de britânicos, promulgou uma série de leis que consolidou seu poder sobre a
população negra. A política de segregação racial do Apartheid (separação, em africâner) foi
oficializada em 1948, com a chegada ao poder do Partido Nacional (PN). O Apartheid
impedia o acesso dos negros à propriedade da terra e à participação política e os obrigava a
viver em zonas residenciais segregadas, proibia, inclusive casamentos e relações entre pessoas
de raças diferentes.
Na década de 1950, a oposição ao Apartheid ganhou força, quando o Congresso
Nacional Africano (CNA), organização negra criada em 1912, deflagrou uma campanha de
desobediência civil. O Massacre de Sharpeville, ocorrido em 1960, no qual a polícia matou 67
negros que participavam de uma manifestação, provocou protestos no país e no exterior. O
governo declarou o CNA ilegal e prendeu, em 1962, seu principal líder, Nelson Mandela e
condenou-o à prisão perpétua. Em maio de 1963, o Parlamento da África do Sul aprovou um
projeto de Lei que previa a tortura dos detidos. Na década de 1970, a política do Apartheid
recrudesceu. Uma série de leis classificou e separou os negros em grupos étnicos, na tentativa
de confiná-los em territórios denominados bantustões.14
Com o fim do império colonial português na África (1975) e com a queda do governo
de minoria branca na Rodésia, atual Zimbabwe (1980), o domínio branco na África do Sul
entrou na defensiva. Em 1976, uma nova onda de protestos culminou com o massacre de
Soweto. Na década de 1980, as pressões internas e internacionais aumentaram, pois o fim da
Guerra Fria desestrategizava o Apartheid, e obrigaram o governo a iniciar algumas
reformas.15 O fim do Apartheid na África do Sul foi um dos acontecimentos de maior impacto
na África pós-Guerra Fria. A África do Sul, na década de 1980, experimentou o isolamento
diplomático internacional devido à sua política racista de segregação interna. A crítica interna
e internacional ao regime racista intensificou-se até que, com a posse de Frederik De Klerk na
Presidência, em 1989, ocorrem várias mudanças no país. Em 1990, Mandela foi libertado e o
CNA recuperou a legalidade. De Klerk revogou as leis raciais e iniciou o diálogo com o CNA.
Sua política, criticada pela direita, foi legitimada por um plebiscito em 1992, no qual os
brancos, os únicos que puderam votar, aprovaram o fim do Apartheid.
Inconformados com o avanço das reformas, líderes extremistas brancos fundaram, em
1993, a Frente Nacional Africânder (FNA). Mesmo com a resistência dos extremistas, De
14
KI-ZERBO, op., cit., p. 296-298.
15
DOPCKE, Wolfgang. Uma nova política exterior depois do Apartheid: reflexões sobre as relações regionais da
África do Sul, 1974-1998. Revista Brasileira de Política Internacional. N 41, vol. 1, 1998, p. 137-138.
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Klerk convocou, para 1994, as primeiras eleições multirraciais para um governo de transição.
Em abril de 1994, Nelson Mandela (que juntamente com De Klerk ganhou o Prêmio Nobel da
Paz em 1993) foi eleito presidente da África do Sul. A aliança do Congresso Nacional
Africano (CNA) de Mandela com o Partido Nacional (PN) de De Klerk viabilizou o primeiro
governo multirracial do país. A transição negociada também foi criticada por organizações
como o Partido Liberdade Inkatha, organização zulu, que disputava com o CNA a
representação política dos negros sul-africanos.
Em 1999, o vice-presidente Thabo Mbeki foi eleito para dirigir o país. As eleições
parlamentares de junho de 1999 foram vencidas pelo CNA, que formou uma coalizão com o
partido Frente Minoritária, assegurando dois terços das cadeiras da Assembléia Nacional. O
Partido Nacional, que governou o país entre 1948 e 1994, disputou as eleições com o nome de
Novo Partido Nacional (NNP). Thabo Mbeki assumiu a Presidência com o desafio de garantir
a continuidade do regime democrático e reduzir as diferenças sociais entre brancos e negros.
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restituiu poucas terras aos negros. Nesse contexto, os conflitos rurais recrudesceram e,
inclusive estimularam a formação, em 2001, do Movimento do Povo Sem-Terra.
Considerações finais:
A nova diplomacia e o renascimento africano na busca da autonomia
16
VIZENTINI, Paulo. África: relações Internacionais e construção do estado-nação. Ciências & Letras, Porto
Alegre, n. 33, jun-jul 2003, p. 89-117.
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para China, Brasil, Cuba, Líbia, Índia. A África do Sul está articulada com o bloco
econômico da África Austral (SADC) e tem promovido intensa cooperação econômica no
continente., Salienta-se, no plano internacional, sua recente associação com o Brasil e com a
Índia na formação do G-3.
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entretanto, um certo aumento da influência norte-americana na África Ocidental, através da
concessão de bases para as operações militares dos EUA no Oriente Médio. Após os ataques
de 11 de setembro de 2001, ocorreu a valorização estratégica da África por parte dos Estados
Unidos, o que poderá ser utilizado como elemento de barganha.
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Revista Afro-Ásia (UFBA)
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Revista Estudos Afro-Asiáticos (UCAM)
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