Formação Economica Cap 28, 30, Celso Furtado
Formação Economica Cap 28, 30, Celso Furtado
Formação Economica Cap 28, 30, Celso Furtado
Celso Furtado
Captulo 28 Defesa do nvel de Emprego
Em relao a Mo-de-obra
Devido a mo-de-obra europeia assalariada atravs do forte fluxo
imigratrio, permitiu que a economia cafeeira se expandisse, sem que
houve tendncia para a alta dos salrios reais. Para que houvesse uma
maior produtividade fsica (MDO ou terra) era necessrio que o
empresrio aperfeioasse os processos de cultivo ou aumentasse a
capitalizao na terra ou na MDO. No havia nenhuma presso da MDO no
sentido de elevao do salrio real, ento no interessava para o
empresrio trocar essa MDO em capital, ento: quanto maior fosse a
quantidade produzida por unidade de capital imobilizado, mais vantajoso
seria para o empresrio, pois era ele quem apropriava dos ganhos. Enfim,
favoreceu a acumulao de capital no setor.
Em relao a Terra
O empresrio tratava de utiliz-la aplicando o mnimo de capital por
unidade, por ser, assim como a MDO, muito abundante. Sempre que a
terra dava sinais de esgotamento, o empresrio a destrua e abandonava,
transferindo-se o capital pra solos novos de mais elevados rendimentos.
Os incentivos econmicos induziam os empresrios a estender suas
plantaes ao invs de aumentar seu capital em MDO e na Terra, pois o
capital era escasso no momento. A destruio consciente de solos seria
de efeitos negativos a longo prazo. Mas, se o aproveitamento da reserva
esgotvel se faz para dar incio a um processo de desenvolvimento
econmico, no somente a gerao presente mas tambm as futuras
sero beneficiadas. Mas a terra sempre era possvel reconstru-las. Em
suma, no houve melhorias no sistema produtivo por causa da
disponibilidade de terras e no melhorou os rendimentos.
Economia de Exportao
O setor exportador no apresentou, graas sua expanso,
nenhuma tendncia a aumentar sua produtividade fsica. Os frutos do
aumento de produtividade, que retinha o
empresrio, refletiam
principalmente elevaes ocasionadas de preos. Essas elevaes de
preos se manifestavam por meio do ciclo econmico, sendo portanto de
esperar que o empresrio devolvessem na forma de lucros mais baixos,
aquilo que ganhara em lucros extraordinrios na etapa cclica favorvel,
mas no ocorria. O aumento dos lucros no se refletiam sobre os demais
setores. As flutuaes dos preos de exportao traduziam em contrao
ou expanso dos lucros dos empresrios. Uma contrao cclica ( baixa
dos preos de exportao, a procura das importaes, e a forma de
financiamento das importaes = dficit na balana de pagamentos)