Fichamento - A Origem Do Capitalismo
Fichamento - A Origem Do Capitalismo
Fichamento - A Origem Do Capitalismo
Direito
1 Introduo
A autora Ellen Wood, visa com o seu livro a origem do capitalismo demonstrar
que o sistema capitalista no se originou, como pregado por alguns historiadores, como uma
condio inata da sociedade, mas que devido a fatores especiais, no tempo e espao que o
capitalismo se desenvolveu. Desta forma a autora nos trs primeiros captulos aponta o que
o modelo mercantil e o seu legado, os debates marxistas sobre tal modelo mercantil e por fim
no terceiro captulo as alternativas marxistas.
social que compreende as pessoas que no trabalham braalmente e possuem uma situao
econmica cmoda.
O cidado do burgo ou burgus , por definio, um morador da cidade. A palavra
no costumava significar outra coisa seno algum sem status de nobreza que
embora trabalhasse para viver, em geral no sujava as mos e usava mais a cabea
do que o corpo no trabalho. (WOOD, 2001, pg. 23).
No entanto tal concepo, foi alvo de inmeros historiadores que optaram por
tentar explicar a origem do capitalismo atravs do modelo demogrfico que tinha atribua o
desenvolvimento econmico a certos ciclos autnomos de crescimento e declnio
populacional.
Desta forma, Ellen Wood (2001, pg. 28), conclui que de um modo ou de outro,
portanto, seja por processos de urbanizao e de comrcio crescente, seja pelos padres
cclicos do crescimento demogrfico, a transio para o capitalismo, em todas essas
explicaes, foi uma resposta s leis universais e transitricas do mercado, quais sejam, as
leis da oferta e da procura.
Uma citao feita por Ellen Wood, sobre o trabalho de Karl Polanyi, salienta que a
vida dos comerciantes at a modernidade, no era motivada pelo lucro, pois geralmente nessas
sociedades com mercado e de mercados, as relaes eram mais a nvel familiar-religioso,
visando mais especificamente, a manuteno da sociedade.
Desta forma, a principal crtica feita por Karl Polanyi sobre a inclinao do
homem para o mercado capitalista segundo Ellen Wood, quanto ao fato do ser humano j ser
pr-disposto para o comrcio, visando assim em todas as suas atividades o lucro, ou seja, o ser
humano no tinha nas suas relaes comerciais a finalidade exclusivamente econmicas, mas
geralmente intenes voltadas mais para a religio e questes familiares.
Polanyi contestou diretamente os pressupostos de Adam Smith sobre o homem
econmico e sua propenso [natural] a comerciar, permutar e trocar, afirmando
que antes da poca do prprio Smith, essa propenso nunca havia desempenhado o
papel preponderante que ele lhe atribua, e s veio a regular a economia um sculo
depois. Quando existiam mercados nas sociedades pr-mercado, e mesmo nos casos
em que estes eram extensos e importantes, eles se mantinham como um aspecto
subalterno da vida econmica, dominada por outros princpios de comportamento
econmico. (WOOD, 2001, pg. 30).
Somente na moderna sociedade de mercado, segundo Polanyi, que h uma
motivao econmica distinta, instituies econmicas distintas e relaes separadas
das relaes no econmicas. Visto que os seres humanos e a natureza sob a forma
do trabalho e da terra so tratados, ainda que de maneira mais fictcia, como
mercadorias, num sistema de mercados auto-regulados e movidos pelo mecanismo
dos preos, a prpria sociedade torna-se um apndice do mercado. A economia de
mercado s pode existir numa sociedade de mercado, isto , numa sociedade em
que, em vez de uma economia inserida nas relaes sociais, as relaes sociais que
se inserem na economia.. (WOOD, 2001, pg. 31).
tudo (matria-prima) e todos (o ser humano e sua fora de trabalho) em elementos destinados
a um fim comum a produo mercantil.
O tema principal da narrativa histrica de Polanyi a maneira como a Revoluo
Industrial deu origem a uma sociedade de mercado a maneira como, numa
sociedade mercantil, a inveno de mquinas complexas tornou necessrio converter
a substncia natural e humana da sociedade em mercadoria. Dado que as
mquinas complexas so dispendiosas, elas no compensam, a menos que se
produzam grandes quantidades de mercadorias. O ltimo e mais desastroso passo
na criao das condies necessrias isto , na criao da sociedade de mercado
originalmente requerida pela produo mecnica complexa a transformao do
trabalho num fator da produo mercantil. (WOOD, 2001, pg. 32).
A Revoluo Industrial foi meramente o comeo de uma revoluo extrema e
radical, que transformou profundamente a sociedade, ao converter a humanidade e
a natureza em mercadorias. Essa transformao, portanto foi o esforo do progresso
tecnolgico. Em seu cerne estava um aperfeioamento quase milagroso dos
instrumentos de produo, e, conquanto tenha acarretado uma transformao da
sociedade, ela foi, em si mesma, o auge dos aperfeioamentos anteriores da
produtividade, tanto nas tcnicas quanto na organizao do uso da terra, sobretudo
no cerco de grandes propriedades particulares da Inglaterra. (WOOD, 2001, pg.
33).
Por fim, cabe ressaltar que apesar do pensamento dominante existente sobre a
origem do capitalismo relacionando-o com a burguesia, Ellen Wood afirma que talvez a viso
marxista sobre o capitalismo possa apropriadamente definir a origem do capitalismo.
Os antigos modelos do desenvolvimento capitalista foram uma mescla paradoxal de
determinismo transitrico e voluntarismo do livre mercado, na qual o mercado
capitalista era uma lei natural imutvel e o supra-sumo da escolha e da liberdade
humana. A anttese desses modelos seria uma concepo do mercado capitalista que
reconhecesse plenamente seus imperativos e compulses, ao mesmo tempo
reconhecendo que esses prprios imperativos radicam-se no numa lei transistrica,
mas em relaes sociais historicamente especficas, constitudas pela ao humana e
sujeitas a mudanas. (WOOD, 2001, pg. 35).
2 Debates Marxistas
No captulo 2 do Livro A Origem do Capitalismo, a autora Ellen Wood, anlisa
como o pensamento marxista v o capitalismo, sua origem e evoluo.
Ellen Wood, aponta que Marx, possua duas narrativas diferentes, a primeira que
se assemelhava ao modelo mercantil clssico, em que o burgus ocupa o papel principal
dando origem ao capitalismo aps a eliminao dos obstculos feudais. E outra, na qual a
anlise se fixa sobre a mudana das relaes de propriedade.
Ellen Wood opta por apresentar as vises mais modernas do marxismo sobre o
capitalismo, destacando entre os principais pensadores Paul Sweezy, Maurice Dobb, R.H.
Hilton, entre outros.
O livro de Doob representou um grande avano na compreenso da transio.
Representou um poderoso questionamento do antigo modelo mercantil, na medida
em que situou as origens do capitalismo, nas relaes feudais primrias entre
proprietrios e camponeses. Como outros trabalhos dentro dessa tradio, muito
especificamente os escritos de R.H. Hilton, historiador da Europa medieval, essa
anlise abalou os alicerces do antigo modelo, contestando algumas de suas
premissas bsicas, em particular o pressupostos de que a anttese do feudalismo, que
o teria dissolvido e dado origem ao capitalismo se encontraria nas cidades e no
comrcio. (WOOD, 2001, pg. 37).
O principal ponto de debate apontado por Ellen Wood, sobre os debates entre
Sweezy e Dobb, era localizar em que momento e de onde partiu a primeira ecloso do
capitalismo, das relaes entre os senhores feudais e os camponeses ou da expanso
comercial.
Desta forma Ellen Wood, v o pensamento de Sweezy como compatvel com o
modelo mercantil clssico, sendo caracterizado como neo-smithiano, ao passo que o
pensamento de Dobb e Hilton atacam categoricamente este modelo.
Dobb e Hilton, no debate que se seguiu, enunciaram argumentos de profunda
importncia para demonstrar que no foi o comrcio em si que dissolveu o
feudalismo. Na verdade, o comrcio e as cidades no eram intrinsecamente
antagnicos ao regime feudal. Ao contrrio, este foi dissolvido e o capitalismo se
materializou por fatores intrnsecos s relaes primrias do prprio feudalismo, nas
lutas de classes entre senhores e camponeses. (WOOD, 2001, pg. 38).
As presses impostas pelos senhores aos camponeses para que estes transferissem o
trabalho excedente foram, segundo ele sugeriu (Hilton), a causa primria do
aperfeioamento das tcnicas de produo e a base do crescimento da produo
mercantil simples. Ao mesmo tempo, a resistncia dos camponeses a essas presses
foi de import6ncia crucial para o processo de transio para o capitalismo, para a
libertao das economias rural e artesanal para o desenvolvimento da produo
mercantil e, eventualmente, para o surgimento do empresrio capitalista.
(WOOD, 2001, pg. 38).
Em seu contra-argumento, Sweezy insistiu em que o feudalismo apesar de todos os
seus traos de ineficincia e instabilidade, era intrinsecamente tenaz e resistente
mudanas, e em que a principal fora propulsora de sua dissoluo tinha que vir de
fora. O sistema feudal podia tolerar e, a rigor, precisava de uma certa dose de
comrcio; mas, com a criao de centros de comrcio e transbordo urbano
localizados, baseados no comrcio de longa distncia, desencadeou-se um processo
que estimulou o crescimento da produo para troca, que se opunha ao princpio
feudal da produo para uso. (WOOD, 2001, pg. 39)
Outro marxista de importncia citado por Ellen Wood o editor da New Left
Review da dcada de 1970, Perry Anderson, para o qual o fundamento do feudalismo se
encontrava no poder dos senhores feudais, sendo que este poder em determinado momento
passou a ser exercido com exclusividade pela monarquia e com isso dando margem a
libertao dos camponeses e burgueses, os quais puderam se desenvolver sem as obstrues
impostas pelos senhores feudais.
Desta forma, volta-se ao mesmo questionamento sobre o modelo mercantil, qual
seja, se a evoluo e expanso do mercado so os alicerces da origem do capitalismo.
Decerto podemos dizer que o sistema de comrcio europeu e o imperialismo foram
condies necessrias do capitalismo, mas no podemos simplesmente presumir que
o comrcio e o capitalismo so uma mesmo coisa, ou que um se transformou no
outro por um simples processo de crescimento. (WOOD, 2001, pg. 49).
3 Alternativas Marxistas
No Terceiro Captulo do livro A Origem do Capitalismo, a autora Ellen Wood,
ainda questiona o pensamento marxista, alegando o debate sobre a transio do feudalismo
para o capitalismo, ainda deixou algumas lacunas sem respostas.
O que o debate sobre a transio deixou sem explicar e sem abordar foi como e em
que circunstncias os produtores passaram a ficar sujeitos aos imperativos do
mercado. Sempre se pareceu pressupor que o capitalismo surgiu quando foram
retirados os obstculos realizao das oportunidades do mercado. Porm, um outro
episdio no debate permanente entre os marxistas aceitou o desafio do debate sobre
a transio, no esforo de explicar a passagem do feudalismo para o capitalismo sem
identificar princpios capitalistas, retrospectivamente, nas sociedades pr-capitalistas
ou seja, sem presumir exatamente aquilo que precisava ser explicado. (WOOD,
2001, pg. 50).
De acordo com Ellen Wood, Brenner ofereceu uma nova explicao sem alegar qualquer
forma de capitalismo embrionrio, concentrando sua anlise sobre as relaes sociais de
propriedade.
Brenner obviamente acreditava que um modelo de transio em que dois modos de
produo antagnicos se confrontavam era imprprio para lidar com a transio do
Desta forma, enquanto para Dobb e Hilton, o princpio atuante era a oportunidade
para Brenner a compulso ou imperativo era a mola mestra para explicar a transio do
feudalismo para o capitalismo.
Com isso, Brenner demonstrou a via realmente revolucionria conforme
questionou Sweezy, para o qual, os ingleses no eram proprietrios que se transformaram em
capitalistas, mas a sua relao com a propriedade e com os meios de produo, fizeram deles
capitalistas desde o incio.
...ou seja, ele no se tornou capitalista apenas por ter crescido e alcanado um nvel
apropriado de prosperidade, nem tampouco apenas porque sua relativa riqueza lhe
permitisse empregar mo-de-obra assalariada, mas porque suas relaes com os
meios de sua prpria auto-reproduo sujeitavam0no, desde o incio, juntamente
Assim, de acordo com Ellen Wood, as crticas feitas por Brenner, eram de que as
explicaes sempre possuam algum tipo de elemento pr-capitalista, para se explicar a
origem do capitalismo. Desta forma os seus crticos, agiram da mesma forma, repetindo os
pressupostos pr-capitalistas que Brenner havia contestado.
De acordo com Ellen Wood, Brenner baseou sua argumentao, no fato de que no
sistema feudal a extorso do excedente se dava por causa do poder poltico e econmico dos
senhores feudais, assim os camponeses que detinham a posse dos meios de produo, eram
obrigados a abrir mo da parte excedente de seu trabalho, sob a forma de aluguis e impostos
(propriedade politicamente constituda). Ao passo que no capitalismo, a extorso do excedente
puramente econmica, obtida atravs da troca de mercadorias, que obrigam os trabalhadores
sem propriedade a venderem sua mo-de-obra, a fim de obterem acesso aos meios de
produo.
Brenner simplesmente pautou-se na diferena fundamental entre o modo de
apropriao capitalista, que depende do aumento da produtividade do trabalho, por
causa dos imperativos da competio e da maximizao do lucro e que, portanto,
incentiva o aperfeioamento das foras produtivas -, e os modos de apropriao prcapitalistas. (WOOD, 2001, pg. 57).
As perguntas principais de Brenner, portanto, foram: de que modo as antigas
formas de propriedade politicamente constituda foram substitudas, na Inglaterra,
por uma forma puramente econmica, e com foi que isso acionou um padro
caracterstico de crescimento econmico auto-sustentado?. (WOOD, 2001, pg.
57).
Assim, de que modo a tese de Brenner afetada pela outra questo referente
extenso do trabalho assalariado? Podemos concordar em que a extenso do trabalho
assalariado era limitada nos primrdios da Inglaterra moderna, especialmente o
trabalho assalariado regular e permanente em contraste com o ocasional ou
sazonal. E podemos concordar em que o processo de expropriao e proletarizao
foi, por definio, absolutamente central na histria do capitalismo. (WOOD, 2001,
pg. 58).
Brenner no presume que uma diviso preexistente entre camponeses ricos e
pobres, como a que existiu noutras pocas e lugares, levaria inevitavelmente
polarizao em fazendeiros ricos e lavradores no proprietrios. Por exemplo, tanto
a Inglaterra quanto a Frana, no final do sculo XV, tinham um campesinato mdio
com propriedades relativamente grandes. (poderamos acrescentar que, mesmo no
sculo XVI, a produtividade agrcola nos dois casos tambm ainda no era
claramente diferente) No entanto, desde esse ponto de partida comum, elas se
bifurcaram em direes histricas substancialmente diferentes: os franceses
rumando para uma crescente fragmentao dos domnios dos camponeses, os
ingleses para a trade agrria formada por grandes proprietrios, arrendatrios
capitalistas e trabalhadores assalariados; os ingleses rumando para o melhoramento
agrcola, os franceses para a estagnao agrcola. (WOOD, 2001, pg. 59).
Alguns anos depois do debate original em torno de suas teses, brener publicou um
grande estudo dos primrdios da Inglaterra moderna que levou em conta o papel dos
comerciantes na Revoluo Inglesa.
Desta forma, a concepo tradicional de que a diviso do trabalho, a expanso dos
mercados e a preexistncia do capitalismo so invocadas para explicar a origem do
capitalismo, juntamente com a revoluo burguesa marco de transio do feudalismo para o
capitalismo, redundante uma vez que, significaria fazer uma revoluo para a prpria
revoluo.
Podemos ter profunda convico de que, digamos, a Revoluo Francesa foi
inteiramente burguesa, muito mais do que a inglesa, alis, sem por isso chegarmos
um milmetro mais perto de determinar se ela tambm foi capitalista. Desde que
aceitemos que no h uma identificao necessria entre burgus (ou habitante dos
burgos, ou cidade) e capitalista, o burgus revolucionrio pode ficar longe de ser
uma fico, mesmo ou especialmente na Frana, onde o revolucionrio burgus
modelo no era capitalista nem tampouco comerciante moda antiga, mas advogado
ou funcionrio pblico. Ao mesmo tempo, se o burgus revolucionrio da Inglaterra
esteve inexoravelmente ligado ao capitalismo, foi precisamente porque j se haviam
estabelecido relaes sociais capitalistas de propriedade no interior do pas.
(WOOD, 2001, pg. 63).
A tese de Brenner, ao mostrar como os produtores direitos ficaram sujeitos aos
imperativos do mercado, ainda que no explique o papel das cidades e mercados no
desenvolvimento do capitalismo, explica o contexto em que a prpria natureza do
comrcio e dos mercados foi transformada, adquirindo um papel econmico
inteiramente novo e uma lgica sistmica. Isso aconteceu muito antes da
industrializao e foi uma precondio dela. Os imperativos de mercado, em outras
palavras, impuseram-se aos produtores diretos antes da proletarizao em massa da
fora de trabalho. Foram um fator decisivo na criao de um proletariado de massa,
j que as foras de mercado, respaldadas pela coero direta, sob a forma da
A autora Ellen Wood, cita ainda E.P. Thompson, que descreveu como se
estabeleceram os imperativos do mercado no perodo da industrializao, bem como o
confronto entre os princpios de mercado e as prticas e valores alternativos.
A implantao da sociedade de mercado surge como uma confrontao entre
aqueles cujos interesses expressavam-se na nova economia poltica do mercado e
aqueles que a contestavam, colocando o direito subsistncia acima dos imperativos
do lucro. (WOOD, 2001, pg. 65).
Na parte central de A formao da classe trabalhadora inglesa, intitulada
Explorao, Thompson resume o que so, para ele, os momentos axiais do
surgimento do capitalismo industrial. Dois aspectos correlatos destacam-se em sua
anlise. O primeiro a poca do impulso transformador, a formao de uma nova
classe trabalhadora. O segundo aspecto, correlato a esse, que ele discerne uma
transformao no que parece ser uma continuidade fundamental: at os
trabalhadores que, primeira vista, mal parecem diferir de seus predecessores
artesanais, e cuja cultura de oposio ainda tem razes profundas nas antigas
tradies pr-industriais populares e radicais, so para Thompson, uma nova raa
de seres, um novo tipo de proletariado. (WOOD, 2001, pg. 65).
Concluindo,
A tese deste livro tem sido que o principal problema das verses histricas mais
padronizadas do capitalismo comeam ou terminam em conceitos que
obscurecem a especificidade do capitalismo. Precisamos de uma forma de histria
que d ntido relevo a essa especificidade, que reconhea a diferena entre a