LIVRO Vida e Palavras Do M Philippe
LIVRO Vida e Palavras Do M Philippe
LIVRO Vida e Palavras Do M Philippe
MESTRE PHILIPPE DE
LYON
Alfred Haehl
DERVY LIVRES
6 rue de Savoie 75006 Paris (1980)
Desde que conheci Mestre Philippe, ele tomou para sempre um lugar
muito grande na minha vida, e eu desejei, no meu corao, trazer luz
suas palavras e seus atos, escrevendo tudo o que vi e ouvi. Durante anos,
os numerosos amigos do mestre que conheci colocaram
espontaneamente minha disposio documentos sobre sua vida e suas
palestras. Desta colaborao nasceu o presente trabalho.
Alfred Haehl
INTRODUO
Em 1899, eu li na revista LILUMINATION, sob a assinatura de seu diretor
PAPUS (Dr. Gerard Encausse), um artigo intitulado: O PAI DOS POBRES.
Naquelas pginas, o autor fazia um panagrico emocionante de Mestre
Philippe, sem, todavia, o nomear. Senti imediatamente o desejo
imperioso de ser apresentado ao este SER de esplendor sobre-humano.
Imediatamente deixei Strasburgo para encontrar Papus, em Paris.
Ofereceu-me uma hospitalidade muito cordial, e algum tempo depois,
conduziu-me a Lyon para me apresentar ao mestre Philippe.
O encontro teve lugar no laboratrio do Mestre, na Rua du Boef
n 6, aos ps da colina de Fourvire. O laboratrio constava de duas
espaos, um de frente para a rua, e a outro, o laboratrio propriamente
dito, dando para um ptio interno. Estvamos esperando j havia alguns
momentos na pea contgua ao laboratrio, quando a porta de
comunicao se abriu e, na claridade do lugar, um homem de estatura
mdia, aparentando cinquenta anos, apareceu. Era o Mestre Philippe.
Esta apario suscitou em mim uma profunda emoo. Todo meu ser
dirigiu-se a ele, como para responder a um chamado inexplicvel.
Imediatamente, com um tom paternal, ele me disse, para grande
surpresa minha: Ah! s tu! J no era sem tempo.
O tratamento por tu no me surpreendeu; ao contrrio, pareceume natural; teria ficado, creio eu, muito triste se ele no o tivesse usado.
Papus o havia convidado para almoar, e ele aceitara. Ao meio-dia,
todas essas pessoas das quais os leitores encontraro alguns nomes nas
prximas pginas, elas me confiaram, pouco a pouco, como j mencionei,
os manuscritos compostos entre 1889 e 1905. Aos seus testemunhos
acrescentarei o meu prprio testemunho, a fim de salvar do
esquecimento as palavras e os atos, que faziam eco s palavras e aos
acontecimentos que, h vinte sculos, modificaram a face do mundo.
Todavia, um livro como este no poderia conter tudo que me foi
dado conhecer sobre o Mestre Philippe; eu fui obrigado a selecionar os
melhores textos, seguindo o plano mais lgico possvel; o leitor ter,
desta maneira, uma viso geral sobre os assuntos abordados, mais nunca
poder perder de vista que as palavras pronunciadas pelo Mestre se
aplicavam, muitas vezes, a casos particulares. Ele dizia: Na sesso, cada
um entende o que deve entender.
PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS
Mestre Philippe nasceu em Rubathier, em Loisieux, Canto de Yenne
(Savoia), numa quarta-feira, 25 de Abril de 1849, s trs horas da manh.
Recebeu o nome de Anthelme, Nizier. Nesta poca, a Savoia era ainda
italiana, mas os pais de Mestre Philippe eram franceses. Moravam numa
casa muito pequena no alto de uma colina, tendo uma pea embaixo e
uma no andar de cima. Eles tinham um cercado, alguns campos e vinhas,
e no vilarejo residiam 300 habitantes e, entre eles muitos Philippes.
Enquanto sua me o esperava, ela fez uma visita ao vigrio dArs, que lhe
revelou que seu filho seria um ser muito elevado. Quando se aproximou
o momento do parto, ela comeou a cantar, segurando um ramo de
louro. Houve um temporal espantoso; acreditou-se por um momento
que a aldeia ia ser levada pela tempestade. Depois, viu-se uma grande
estrela muito brilhante. Viu-se novamente esta estrela no dia de seu
batismo, que teve lugar na Igreja de Losieux, e o proco ficou muito
impressionado.
Mestre Philippe fez sua primeira comunho nessa mesma Igreja,
no dia 31 de maio de 1862. Seu pai Joseph, nascido em 1823, faleceu em
fevereiro de 1898; sua me, Maria Vachod, nascida em 1823, faleceu em
dezembro 1899. Casaram-se em junho de 1848. M. e Mme. Joseph
Philippe tiveram cinco filhos: Mestre Philippe, Benoit, Josephina,
Augusto e Clotilde. Seu irmo Benoit, nascido em Loisieux no dia 20 de
abril de 1855, faleceu de varola no dia 5 de fevereiro de 1881. Ele foi
livre-docente em Albens (Haute Savoie). Foi apelidado de O Santo.
Mestre Philippe, falando dele, disse a seu irmo Augusto: Se ele tivesse
vivido, ns teramos feito coisas bonitas. Aos 14 anos de idade, Mestre
Philippe veio para Lyon. Antes de partir, ele esculpiu na porta da casa dos
pais uma estrela que ainda existe l. Em Lyon, foi acolhido pelo seu tio
Vachod, aougueiro, na Rue de Austerlitz n 22, Croix Rousse. Ajudava o
tio no seu trabalho, enquanto fazia seus estudos na Instituio Sainte
Barbe, onde um dos padres ligou-se a ele e foi recebido, mais tarde, a
LArbresle.
Certa vez, quando retalhava um animal, Mestre Philippe cortou
os tendes do polegar e do indicador da mo esquerda. Deste ferimento
ficou certa rigidez nos dois dedos. M. Vachod era ateu, e Mestre Philippe
dizia dele: Se ele acreditasse, seria perfeito. Mais tarde veio visit-lo
em seu leito de morte e, colocando um dedo sobre sua testa, disse-lhe:
Voc no acreditou, agora veja. Durante a guerra de 1870, ele foi
incorporado na Legio de Marche, mas no ficou muito tempo por
causa de seu ferimento na mo esquerda. Os colegas lamentaram sua
ausncia.
Cara Senhorita,
Mil vezes obrigado pelos votos que dirige ao Cu para mim e para minha
famlia. Eu no vos esquecerei nas minhas preces. Pedirei tambm a Deus
que ele se digne a vos proteger, a vs e aos vossos; que ele vos d o que
vs pedirdes se isso no comprometer, em nada, a vossa salvao. Rezai,
rezai sempre, no esqueais as almas que esto a nossa volta e que
pedem vossas boas obras. Recebei, Senhorita Louise Grandjean, os
cumprimentos sinceros de vosso devotado
Philippe
A uma pessoa que queria interferir a favor do Mestre, no primeiro
processo sobre o exerccio da medicina aberto contra ele, ele escreveu:
espinhos, e isso bem cedo, no lhes foi dito? Agora a hora chegou, e logo
eu mostrarei meus poderes. Nada ser modificado nas sesses.
Iniciaremos na segunda-feira em vez de quarta-feira, mas quarta-feira
tambm haver sesses. Meu pai enviou-me para encorajar e cuidar de
seus filhos que so meus irmos, am-los, abeno-los, libert-los na
hora da morte, quer dizer, apresent-los a Ele. Tirando-os da dvida. Eu
deixarei a semente de minha obra quando ela for terminada. O momento
est prximo, quando mostrarei em pleno dia os ttulos que me foram
confiados. Deus vigia sobre ns; receiem somente uma coisa: a de fazer
o mal; eu terei sempre a vitria quando a pedir a meu Pai. Ainda obrigado
a vs, vosso Philippe saber consolar aquele que chorou, e salvar aquele
que est perdido. A fora humana no bastante forte para impedir-me
de cumprir minha tarefa.
Philippe
A MM. BARBIER, CHAMPOLLION, GRANDEJEAN, BOUDAREL.
Cara Senhora,
Em resposta a sua carta, s lhe posso dizer o seguinte: Tenha coragem e
saiba perdoar. No guarde rancor de quem a faz sofrer, acredite que
aqueles que fazem o mal no sabem o que fazem. Sabes que ningum
quer ser caluniado, inquietado pelos seus irmos; em uma palavra, no
queremos sentir a adversidade; preferimos a paz, a tranquilidade e a
felicidade. O Cu nos disse: Enriqueam aceitando tudo o que
Eu sou mais velho que vocs todos; vocs devem acreditar em tudo o
que lhes digo. (15-1-1901).
Por que duvidam? Eu tenho o poder de levantar a cortina que separa
este mundo do outro, e dar-lhes provas. A razo porque no segui o
mesmo caminho que os homens, porque eu no tenho nenhum mrito,
eu sou muito pequenininho, o menor, eu sou o mais velho de vocs
todos. Nenhum de vocs to pequeno quanto eu. (11-2-1902).
Eu sou o menor de todos e, se vocs querem que Deus lhes de o que
esto pedindo, no sejam nada, visto que vocs no so grande coisa:
um saco de podrido, amassado com os sete pecados capitais, eis o que
ns somos.
Meu pas no aqui, eu vim inspecionar uma propriedade que devo
comprar em algum tempo, eu no lastimo estar aqui; eu vim por minha
prpria vontade; e o que estou vendo me interessa como uma
propriedade que deve ser nossa nos interessa. Eu lhes digo que no sou
da Terra. Eu tenho vindo raramente aqui, mas lembro-me de todas as
minhas existncias passadas. Um dia eu quis rever o Planeta de onde
tinha sado; ento, o Gnio do Planeta apareceu e me disse: Voc me
reconhece, pois! (13-2-1897).
Se eu lhes digo: um dia eu, a tal data (sculo XVII), vi isso ou aquilo, isso
no quer dizer que eu vivia, ento, naquele pas em vida material; mas,
reparem bem que, daqui, eu posso ver a Sua e Paris. Eu poderia ver
Pequim e mais longe, ainda, neste momento, pois, possvel ver uma
cena sem necessidade de se estar presente no lugar. Se eu no
acompanho o fio da conversa, porque, lamento muito, mas que sou
obrigado a ir procurar a verdade das palavras que eu lhes digo. Se vocs
estivessem na verdade, seria mais fcil.
Eu tenho meu amigo que est comigo, o qual vocs no vem, pois, Ele
oculto, e quando Ele deseja algo, este algo deve ser feito. (27-4-1898).
Ele tem uma casa e foi me dado a guarda dos caminhos que conduzem
a ela. Cada entrada tem um guarda que no deixa passar qualquer um.
Este amigo que nunca me deixa no quer que me insultem; se algum
me insultar, Ele no perdoar. Eu Perdo, e existem pessoas a quem
perdo se que passaram para o outro lado sem serem perdoadas por
meu Amigo. Nosso Senhor Jesus Cristo disse: Se vocs insultam quem
est comigo, vocs no tero o perdo. (10-11-1896).
Aquele que fala mal de mim sem me conhecer ser castigado; aquele
que fala mal me conhecendo ofende Aquele que est frequentemente
comigo. Que diriam de uma pessoa que faz cara alegre a uma outra, e
que d um ponta p no cachorro desta pessoa? O que pensaria o dono
deste cachorro? ( 21-11-1896).
HISTRIAS
Mestre Philippe se encontrava, um dia, num compartimento de um trem
na companhia de um bispo e de um homem, seu conhecido, que era
amigo do bispo. A conversao versava sobre questes teolgicas. De
acordo com o que acaba de dizer, perguntou o amigo do bispo a Mestre
Philippe, a prece torna-se intil? Ele respondeu que, ao contrrio, a
prece era necessria e mesmo indispensvel e lhe deu provas evidentes.
O bispo, compreendendo que se achava na presena de um homem de
uma inteligncia transcendental, disse-lhe, ento: J que pode dizer o
futuro, poderia relembrar-me um fato pessoal que j tenha
anteriormente ocorrido? . Mestre Philippe repondeu-lhe, ento, que,
quando se pode predizer o futuro se est forosamente apto a conhecer
o passado, e que, j que ele desejava que fosse relembrado um fato de
sua vida, ele iria satisfaz-lo. H muitos anos, disse ele, um membro de
vossa famlia foi encontrado enforcado no fecho de sua janela; tiveram a
certeza que se tratava de um suicdio. Vosso parente no se suicidou, ele
foi assassinado primeiro, e depois seu cadver foi pendurado para
simular o suicdio. O bispo ficou muito surpreso e declarou que era
verdade exata, mas que ele estava admirado, visto que ele acreditava ser
o nico depositrio deste segredo de famlia.
Na noite do dia anterior, Mestre Philippe dizia coisas como: Teu
cunhado est lendo tal jornal neste momento; o Imperador da Alemanha
disse isso ou aquilo etc. Vendo o espanto em nossa fisionomia, ele disse:
Sabem por que meu esprito pode estender-se assim, simultaneamente,
por toda parte? Simplesmente porque eu sou o co do pastor e tenho o
direito de passear em todas as terras do proprietrio.
Uma noite, ao voltarmos do seu laboratrio, Mestre Philippe e eu,
depois de termos atravessados a ponte Morand, ele pediu-me para que
o esperasse por alguns instantes. Ele acendeu seu cachimbo e desceu a
margem do Rhne. Ali, dirigiu-se a trs homens reunidos que decidiam
sobre um golpe que iam dar. Vendo Mestre Philippe sozinho dirigir-se a
eles, acreditaram terem sido descobertos pela polcia e, quando ele os
interrogou, comearam a negar. No neguem, disse-lhes Mestre
Philippe, e, para um deles: Foste tu quem deu a idia. Responderamlhe que estavam sem trabalho e acossados pela misria. Ento, Mestre
Philippe prometeu-lhes trazer no dia seguinte, no encontro que
marcaram, a quantia necessria para se estabelecerem. Como ele no
tinha o suficiente, foi obrigado a pedir emprestado. Esses homens se
imediatamente. Oito dias, quinze dias, seis meses se passaram; eu fui vlo um dia. Ele no me reconheceu. Quando eu lhe lembrei do seu mal e
de sua promessa, ele disse-me: Oh! Voc no fez grande coisa; depois,
eu fui ao dentista que me tratou muito bem. Eu o avisei, ento, que
desmancharia o que tinha feito e que dentro de dois dias ele viria trazerme os 50 francos. Ele veio de fato, com uma inflamao dentria enorme,
mas eu recusei o dinheiro e curei-o, apesar de tudo, dizendo-lhe que
aquilo era uma lio.
AS SESSES
Mestre Philippe fazia grupos dirios nas sesses de cura dos doentes que
o vinham ver, assim como os fiis ouvintes. Na minha introduo, fiz um
sumrio dessas reunies, mas muito difcil descrever a atmosfera de
confiana e de f que a presena do Mestre criava. Ele nos convidava
primeiro a nos recolher, a rezar, e a nos unir a ele para pedir ao Cu o
alvio e a cura dos doentes. O silncio, a espera sria que se seguiam nos
elevava por um instante acima das nossas contingncias materiais da
vida cotidiana. A animao provocada em seguida pelas curas obtidas, as
perguntas feitas e as respostas do Mestre no diminuam o ambiente de
espiritualidade verdadeira e de simpatia benvola reinante na sala.
Relato, a seguir, as palavras do Mestre Philippe expressando a
importncia capital e a gravidade que ele dava a essas reunies; e depois,
para fazer reviver o carter espiritual dessas experincias, relato alguns
casos em particular.
Para se poder fazer as sesses, deve-se viver, ao mesmo tempo,
em um outro plano (12-5-1901).
Um assistente perguntou um dia a Mestre Philippe por que ele se
dava tanto trabalho de dizer e fazer tantas coisas to bonitas para alguns
ouvintes medocres. Ele respondeu em seu ouvido: Tudo que se diz e
que se faz aqui repercute em todo o Universo. Vocs no so obrigados
a crer em muitas coisas que lhes digo, mas o que vocs devem crer e
fazer amar o seu semelhante. Essas palavras foram escritas antes do
comeo do mundo. Muitas vezes vocs dizem: Vamos l, nos sero ditas
coisas bonitas; eu no sei se so bonitas, mas o que eu sei e afirmo
que, sob pena de estarem nas trevas, vocs so obrigados a coloc-las
em PRTICA (grifo nosso), seno intil ver e ouvir (2-11-1894).
Eis o que devemos crer para estar no caminho da Luz: Tudo est
escrito no Evangelho; depois, o que quer que nos seja dito aqui, e que
nos possa parecer extraordinrio, no duvidar, nem mesmo ter um
sorriso irnico, visto que tudo se pode fazer: no h nada impossvel para
Deus. Creiam, tambm, que somos todos irmos, que temos todos o
mesmo Pai e o mesmo Mestre. (10-10-1895).
Pouco dos que tm vindo aqui no so marcados no Livro da
Vida. Desde a primeira vez que vocs vm, sentem, depois da sesso, que
esto mais fortes. Sua alma, sem saber, recebe um raio de Luz que ela
procura sempre seguir. E seus antepassados, assim como seus
A FESTA DO MESTRE
Embora tenha nascido no dia 25 de abril (Saint-Nizier), Mestre Philippe
pediu a seus amigos para festejarem seu aniversrio no domingo de
Ramos. Eis alguns relatrios dessas reunies; cada um seguido do nome
de quem o redigiu:
27 de abril de 1898 Ns oferecemos a nosso querido Mestre um
medalho de ouro dentro de um quadro florentino. A sala estava
ornamentada de flores: camlias, azalias lilases e rosas. Um menino
declamou um soneto; depois, vinte e sete crianas ofereceram, cada
uma, um ramo de flores. O Mestre disse a prece: Quando eu levantar
este ramo de flores, vocs diro o Pai nosso comigo. Ele pediu que nos
fosse permitido no conhecer a morte, nem nossos antepassados, nem
nossos descendentes. Depois ele dirigiu-se Virgem Maria: Maria, eu te
suplico, protege-nos, realiza o que ns te pedimos. Ele recomendou a
nosso anjo de guarda intensificar sua vigilncia. O Mestre levantou um
segundo ramo de flores, e recitou a AVE MARIA. Depois cada um passou
na sua frente; ele beijou as pessoas e distribuiu flores para todos.
(Laurent).
1 de abril de 1900. O Mestre nos disse: Estou triste de ver o que
fazem por mim. Eu no sou o que vocs pensam, nem mesmo um santo;
eu sou menos que vocs. O que tenho a mais que vocs que sou
confiante no que est escrito no Evangelho. O que sei que h seres que
partiram da corte celeste. Depois ele chamou muitas crianas pequenas,
e recitou o Pai Nosso, nos recomendando a acompanh-lo. E
acrescentou: Meu Deus, faa com que no sucumbamos tentao. E
disse mais uma vez o PAI NOSSO. Depois: Este ramalhete, todas essas
flores e cada uma das ptalas dessas flores, esto em ligao com o
esprito da matria que est em vocs. Neste momento, eu coloco o
esprito em ainda maior ligao com a matria; a partir desse momento
vocs tero mais memria, compreendero melhor, tero a
tranquilidade de esprito, sero mais forte e suportaro as provaes
com mais resignao. (CHAPAS).
31 de maro de 1901. A casa da Rue Tte dOr estava lotada de
uma multido respeitosa, cada um com seu ramalhete. Eu tinha subido
ao quarto do Mestre com Encausse. Mestre Philippe andava de um lado
para outro, fumando. Ele dizia: Toda esta gente est embaixo, o que vou
lhes dizer? Eu nada fiz por eles! Quando entrou na sala, todas as
crianas ofereceram-lhe ramalhetes, os meninos primeiro, em seguida as
meninas. Ele disse: Minhas pequenas crianas, eu lhes agradeo; mas,
*14 de maro de 1869 cura de uma surdez antiga. Mme. Ph.B..., 8 Rue
des Quatre Chapeaux n. 69 Lyon
*5 de abril de 1869 crises de epilepsia. M.J.L... 7 Rue Saite Blandine
Lyon.
*5 de abril de 1869 doena no peito de 12 anos. M.D... 63 Rue de Trion
- Lyon
outra mo. Depois de algumas frices ela levantou seu dedo altura do
olho (25-11-1896).
Mestre Philippe passeava de carro com um amigo, perto de L
Arbresle. Ele viu um paraltico sentado beira do caminho. Parou o carro
e lhe disse: Traga-me essa pedra. O homem hesitou; enfim, levantouse e lhe trouxe a pedra. Fazia algum tempo, disse-me um dia Mestre
Philippe, tinha vindo um doente a quem ele dissera: Voc ser curado,
mas com uma condio, de que abandonar o processo que tem e que
devolva s pessoas o que elas tm direito. Este homem lhe havia dito:
Oh! muito fcil, eu lhe prometo. Presta muita ateno, disse-lhe, o
compromisso que voc toma como se o tomasse na frente de Deus,
visto que eu lhe prometo em Seu Nome. Este homem foi curado. Alguns
meses depois, sua esposa veio me procurar; o marido estava doente. Eu
lhe perguntei se tinha cumprido sua promessa. No, faz algum tempo
ele recomeou suas perseguies. Ento eu nada posso fazer por ele.
De fato, na sua volta, ela o encontrou morto.
Em uma sesso, Mme. J... estava sentada perto de um homem
paraltico do brao direito. Mestre Philippe passou e perguntou a este
homem o que ele tinha. Eu no posso me servir do meu brao,
respondeu o homem. Mestre Philippe continuou seu giro, depois,
voltando-se no meio da sala, andou de um lado para outro dizendo: Tem
gente que vem aqui pedir que os cure; mas esta gente no se lembra?
Continuando a andar, ele voltou perto do doente e lhe perguntou:
Ento, voc tem realmente necessidade de que seu brao seja curado?,
Oh! Sim, senhor, isso me incomoda muito; eu no posso trabalhar.
Porm, outrora, voc bem que o mexeu. Voc se lembra de ter feito
este gesto? e Mestre Philippe levantou o brao. O homem ficou
amarelo, e depois de alguns instantes, sem esperar o fim da sesso, ele
foi embora. Seis meses depois, Mestre Philippe contou, olhando para
Mme, J..., que um dia, numa sesso, tinha vindo um homem que estava
com seu brao direito paralisado por ter matado seu irmo; este homem,
mesmo assim, pedia sua cura. Mas, disse Mme. J... o Cu o curou?,
Sim, respondeu Mestre Philippe, ele lhe concedeu a cura.
Uma me veio, em lgrimas, pedir pela sade de seu filho.
Mestre Philippe recusou-se a cur-lo. Ento, a mulher chorou e se
arrastou de joelhos. Mestre Philippe respondeu: Ele ser curado, j que
voc assim o quer. Um ano depois, a mesma senhora voltou novamente
em lgrimas e, sem que pronunciasse uma palavra, Mestre Philippe lhe
disse: Ento! Voc quis que ele sarasse. Ora, esse moo acabava de
matar seu pai. Numa sesso, em novembro de 1903, eu vi uma moa do
campo com um tumor preto, da grossura de uma noz, perto do queixo.
Ela sofria, fazia muitos meses, de violentas dores de cabea. Ela havia
ficado deitada durante algum tempo, sobre palha numa casa em obras
muito mida, sem janelas. Os mdicos nada podiam fazer. Tinha crie
maxilar, e tinham receio que o tumor do rosto se transportasse para o
estomago. Eu vi novamente a moa, dois dias depois; o tumor tinha
diminudo e mudado de cor; depois de alguns dias, tinha desaparecido e
as dores de cabea tambm.
Um comerciante, instalado num quarteiro populoso, e
vendendo a crdito, veio procurar Mestre Philippe, o qual j conhecia;
disse-lhe que seu filho, doente de difteria, para quem ele j tinha pedido,
acabava de morrer. Eu estarei na tua casa daqui a pouco, o Mestre
respondeu. Chegando casa do comerciante, Mestre Philippe lhe
perguntou: Tem muita gente que lhe deve dinheiro?, Sim, todos os
clientes inscritos nesse grosso caderno; s recebi alguns pagamentos por
conta., Voc exige o pagamento de todas essas dvidas?, No, eu
mesmo vou colocar este caderno no fogo. E ele jogou o caderno na
chamin, onde chamejava um bom fogo. O Mestre entrou no quarto do
morto, onde j se achavam pessoas vindas para rezar perto dele.
Perguntou: J pediu ao mdico para constatar o bito?, No, eu fui
primeiro a sua casa. Ento, Mestre Philippe chamou o moo pelo seu
nome de batismo, e o devolveu vivo ao pai. Depois recomendou s
pessoas presentes de nada contarem do que elas tinham visto, Visto
que, disse ele, proibido fazer milagres.
Um moo chamado Fier, que tinha um bcio, havia pedido a M.
Laurent para interceder junto a Mestre Philippe para obter a sua cura.
Para que? Dentro de um ano ele deve partir para o outro lado. Depois
desta resposta categrica, disse M. Laurent, eu me atrevi a insistir, lhe
dizendo: Apesar de tudo, eu lhe suplico, Mestre, digne-se a cur-lo do
seu bcio. Alguns dias mais tarde eu vi chegar Fier, que me agradeceu
por sua cura. Eu lhe fiz ver que somente o Mestre devia ser agradecido.
Um ano mais tarde, o Mestre me disse: Fier est muito doente. Faa o
favor de ir ver se sua me necessita de alguma coisa. Fui em busca de
Fier, que estava muito mal. Sua me, em lgrimas, me disse: Voc v
minha triste situao; no somente meu pai que voc v doente est na
cama faz muito tempo, mas meu filho est nos seus ltimos momentos.
Esta noite eu vou, sem dvida, achar-me sozinha e tenho receio de v-lo
morrer. Pelejei com todos meus esforos para reconfortar esta pobre
me, e no momento em que lhe dizia que o Mestre me havia mandado
sua casa, o Mestre entrava e, se aproximando da cama Fier, disse, aps
alguns segundos de silencio: Fier, olhe. E levantando a mo, ele indicou
um lugar. Voc v o que estou lhe mostrando? Oh! Como bonito!
muito bonito, eis para onde voc vai. No esquea quando estiver l
dos que ficaram aqui embaixo. Depois, aps alguns segundos, o Mestre
disse ao moo: Fier, devolva-me sua alma. Neste momento, Fier, com
um sorriso bailando em seus lbios, deu um profundo suspiro e devolveu
sua alma quele que a tinha pedido. Mme. Boudarel, Mlle. Felcia, assim
como a me de Fier, estavam presentes neste momento.
MEDICAMENTOS
Mestre Philippe concedia pouco descanso a si mesmo. Ela
passava uma grande parte do tempo que sobrava dos seus doentes a
fazer pesquisas cientficas de toda espcie, na maior parte das vezes na
criao de remdios. Para esse fim, ele teve muitos laboratrios. Um
deles estava instalado em sua propriedade de LArbresle, fora da
residncia; outro estava localizado na Praa de Colbert, em Lyon. Mas
aquele onde trabalhava mais, e que manteve at o fim de sua vida ficava
na Rue de Boef n. 6. Uma mulher, Mlle. Berta Mathonet, cuidava do
laboratrio e ajudava Mestre Philippe nos seus trabalhos. Era dedicada
de corpo e alma a seu Mestre. Entre os remdios compostos por Mestre
Philippe, posso citar: La Philippine, gua e pomada destinada
conservao do cabelo. Registro legal efetuado no dia 21 de julho de
1879, sob o n 1197, domiciliado na Rue de Plat n 12 em Lyon. O
dentifrcio Philippe, p e liquido. Registro legal em 1 de setembro de
1879, n 1209. O Elixir Rubathier, depurativo poderoso preparado pela
farmcia Viravelle, Rue de Bourbom n 37, em Lyon.
O leo Vipertine era contra cnceres e tumores em seu incio.
A Farine Brsilienne, mencionada na ltima folha de sua tese de
Doutorado em Medicina (1884), era um reconstituinte extrado da flor
do trigo candial e de outros cereais, dos quais os elementos ativos eram
devidos composio do solo da regio do Brasil de Sainte-Croix (Santa
Cruz), onde esses cereais eram colhidos. O Heliosone era o resultado
da ao prolongada do cloreto de sdio sobre uma massa rica de
ceratina. Este medicamento, que agia de uma maneira ativa contra a
sfilis e diversas dermatoses graves (psoriasis, eczema, lupus), foi
apresentado pelo Dr. Lalande Sociedade de Biologia de Paris no dia 12
de maro de 1898.
A Eau de Toilete Salomon era um fluido azul para a manuteno
do cabelo, e um fluido amarelo para cuidados da face (1902). O Hper
Matis (fgado de Mars) eram plulas marrons para depurao; j o
reconstituinte do sistema nervoso era chamado plulas biosatmiques
(1903). Registro geral: Pharmacie Doublet, Rue Bernard-Palissy, a Tours.
Havia tabm o Guerit-Tout, anlogo ao Elixir Rubathier, lquido
amarelo ouro com gosto de Barge e com cheiro de Hliosine, alcolico
(1903). As plulas Philippe, base de pancreatina e as plulas Philippe,
base de pancreatina-secretina, um fermento especial para a digesto.
DEUS
Deus est em toda parte, Ele est na frente, atrs e do nosso lado,
e ns no O vemos. Ele nos v. Por isso nunca devemos dizer: Deus me
abandonou. Podemos nos afastar dele, mas Deus est sempre conosco.
Quando dizemos: Deus me abandonou, insultamos Deus que nosso Pai,
que prov todas as nossas necessidades existentes durante as nossas
existncias. Ele tem provido tudo. Ele traou o caminho que temos que
fazer e colocou sobre nosso caminho tudo que nos foi til. Tal a Sua
bondade infinita: Tudo que Ele fez perfeito (24-1-1896).
Quem dentre vocs j no disse num momento ou outro: Deus
no justo; eu, estando no seu lugar, no teria feito deste jeito. Como
ter a ousadia de julgar as obras de Deus? Ele, todavia, no nos julga
quando somos incapazes de compreend-Lo. Ningum tem a inteligncia
bastante formada, nem o esprito bastante elevado para poder fazer uma
ideia de quem Deus. (21-11-1894). Ele a perfeio mesmo; tudo que
Ele faz perfeito. Ele nada esqueceu, tudo tem o seu lugar marcado,
desde o comeo tudo acontece na sua hora. Se reclamamos, uma prova
de nossa injustia, visto que com isso julgamos as obras de Deus. A
Providncia est em toda parte. O homem a encontra no mau como no
bom caminho. (18-2-1902).
Deus ainda no corrigiu nem julgou ningum, Ele no julga. Ns
mesmos nos julgamos. (12.2.1901). A misericrdia de Deus no tem
limites. Ele ama o pecador. O Pai no divide o Seu reino; no tem
necessidade disso; Ele o d a Seus filhos.
Existe um lugar mais alto que todos os outros. Este eu no posso
nem dizer se nos ser dado um dia ir at l. , por assim dizer, o salo de
Deus, talvez Ele o aumente para nos receber, mas, at esta data, Ele no
o modificou. Faz alguns sculos que Ele diminuiu uma poro de lugares,
mas jamais o salo.
O CRISTO
SEU CORPO
Jesus tinha boa altura, era forte, bem musculoso, os ossos duros
como diamantes, os ps de quem andou muito, mos bonitas, mas que
tinham trabalhado muito. No tinha os olhos azuis como vem sendo
representado muitas vezes, eles eram castanhos; seus cabelos tinham
reflexos indefinveis, eram anelados.
SEU SOFRIMENTO
A CEIA
SEU SACRIFCIO
SUA MORTE
SUA RESSURREIO
A ASCENSO
O NMERO DO CRISTO
A CRUZ
O CONFORTADOR
OS APSTOLOS
O EVANGELHO
O APOCALIPSE
O ANTICRISTO
O ANTIGO TESTAMENTO
AS RELIGIES
O ESPRITO SANTO
A VIRGEM
A CRIAO
a ningum dado, sobre este planeta, conhecer este mistrio. (30-81898). No caso de nos ser dado o conhecimento do mistrio da criao,
seria para ns uma grande imprudncia, visto que, conhecendo-o, no
faramos mais progressos. (28-12-1894).
Deus criou clichs de tudo que devia existir. Tudo vem pouco a
pouco. Eis a razo pela qual a criao foi sempre lenta na sua evoluo e
perdurar sempre. (5-2-1902). Tudo foi criado antes do homem. O
homem foi criado depois dos animais, mas ele estava no estado de
concepo, antes que o ambiente fosse criado. (21-1-1901). Na criao
tudo existe em dupla. A Igualdade no existe na natureza; h hierarquia.
Quando todos os seres da criao tiverem voltado Deus, o trabalho
estando terminado, haver uma nova criao.
OS ANJOS DA GUARDA
faltas? Suponhamos que voc fosse uma pequena criana, e que fosse
confiada a uma bab e ela o levasse a passear num terreno acidentado
onde h pedras e espinhos. Mesmo dando-lhe a mo, voc escorregaria;
mas no seria esse o nico meio de voc pensar, de aprender a andar e
de fortificar-se? (13-6-1896).
Se no quiser ter anjo da guarda, progrida, e ele lhe ser retirado.
(abril, 1897).
OS ESPRITOS
OS SERES INVISVEIS
tanta dificuldade para fazer pouco, igual ao forte para fazer mais. Cada
um deve trabalhar de acordo com sua fora. O trabalho de cada um serve
a ns e a outros, que no vemos e de quem estamos muito longe de
desconfiar que existem. (13-4-1898).
Em cada ponto de uma planta h seres que tm, ou uma boca, ou
um estmago, e existe um constante vaivm de espritos que trazem a
esses seres tudo que lhes til para sua existncia. Esses espritos vigiam
e protegem as plantas; eles vo buscar os micrbios que servem de
alimento s plantas; eles as protegem da chuva e do sol. Ns vemos uma
gota de lquido escorregar e cobrir duas ou trs dessas clulas, porquanto
o verde protege contra os raios do sol. Ns acreditamos que seja uma
ao mecnica, no inteligente. NO! So espritos que colocaram um
vu na frente das plantas para proteg-las. A planta que lhes parece
pequena, que ainda menor para outros, para mim, para os que
vem o mundo espiritual, mais rica que toda uma safra. Esses espritos
amam as plantas, eles amam e protegem os que fazem bem s plantas,
e castigam os que as destroem inutilmente. Alguns deles desenham as
folhas e, este desenho no diferente do desenho do desenhista
sentado sua mesa de trabalho; o clich passa, eles o tomam e vo
execut-lo numa folha.
OS DEMNIOS
OS VUS
AS VISES
OS CLICHS
uma terra igual nossa, onde haver um homem que ceifar um campo
durante o mesmo nmero de horas. (19-11-1894).
Pode-se dar a essas imagens o nome de clichs. Tudo existe no
ambiente, em estado fotogrfico. Quando um acontecimento deve
produzir-se vm de toda a imensidade molculas para constituir um
clich. Algumas pessoas podem gozar o dom de percepo dos clichs.
Elas vero apresentar-se mais ou menos vivos esses clichs e, segundo
sua vivacidade, elas podero concluir que tal acontecimento dever
produzir-se a tal poca. Os Clichs so vivos e podem ser evocados e
sensibilizados nossa inteligncia. (24-2-1902). Para conhecer o que se
passou, foi dado a certas almas o poder de ver no passado; a tela ou
clich do passado foi colocado na frente de seus olhos; eles o
reproduziram por alegoria. Assim a Histria Santa que, mesmo sendo
muito verdadeira, nos parece incompreensvel. Isso pode ser colocado
ao alcance das inteligncias, mas no se pode explicar de uma maneira
absoluta como isso acontece. (28-3-1895).
Foi-nos possvel dar uma idia dos clichs da batalha de Waterloo,
como se essa jornada memorvel tivesse acontecido na presena de
vocs, sob suas vistas. Alguns dentre vocs viram e compreenderam?
Lembram-se dos gritos, dos rangeres de dentes dos infelizes feridos? No
sentiram a plvora queimada e viram sua fumaa? Todos os que estavam
nesta sala, no ouviram o rufar dos tambores, os tiros de canho e a
fuzilaria? Vocs me perguntam se os feridos sofrem ainda, desde aquele
tempo. De fato, seu direito; mas no preciso ir to longe. Saibam que
aqui neste mundo, no mais que nos outros mundos ou terras, tudo tem
vida, e que a morte somente aparente, e no mais que uma
metamorfose. O clich de Waterloo no est morto; ele foi feito no incio
e durar para sempre, modificando-se, verdade, mas est vivo e no
foi criado somente para ns, mas tambm para outros povos, outros
mundos e outras terras. Quando a batalha terminou, o clich foi para um
outro planeta, onde estourou uma outra guerra, com os mesmos tiros de
canho. As armas causaram as mesmas feridas. (8-12-1902).
Um clich inteligente. O pensamento est em toda parte; mas
um clich no escuta a voz do homem, porque no est no mesmo plano
que ele. Jamais um clich pra. Ele vem atrs da cabea de um indivduo,
perto de seu cerebelo; uma primeira vez, o homem procura, est
inquieto, muitas vezes ele no acha. O clich parte, ento, e vem o clich
de desencorajamento. Se o homem o afasta, o clich inicial volta, e o
homem o encontra.
Algumas vezes so necessrias vrias existncias para esse fim. Eu
vi, somente uma vez, um clich parar; ele ficou perto de trs quartos de
hora junto de um indivduo, visto que o ser que figurava neste clich, um
assassino, precisava ainda assistir s palavras pronunciadas pelo homem.
Mas ser permitido a alguns chegar no mundo onde suas vozes sero
ouvidas pelos clichs. Para isso, preciso tempo, e amor ao prximo. Isso
se resume numa palavra: o Cu pede, somente, que se confie Nele. Se
temos o privilgio de ver os clichs e de entend-los, devemos pagar, e
pagar mais do que nos for possvel.
Se o esprito e a mente tivessem ao mesmo tempo o clich, eles
estariam no mesmo plano, e no esto. Se assim fosse, seramos
obrigados a agir ao mesmo tempo que pensamos. A reflexo no
existiria. A intuio do mesmo domnio que o esprito e do mesmo
plano; a reflexo do domnio do crebro.
O clich se imprime primeiro sobre os seres que esto em ns;
tm a inteno de agir, e, acreditando-se livres, acreditam ter tomado
uma deciso voluntria; eles comeam a agir antes que ns mesmos
tenhamos a inteno de agir, e o ato se produzir. Eles podem ter agido
dois ou trs dias antes de ns agirmos. a mesma coisa para todas as
aes de nossas existncias. Ns temos a idia de fazer mal, uma
imagem, de preferncia um clich, que pra atrs do nosso cerebelo. Se
lutamos contra esta idia e no cometermos a m ao, o clich se afasta
de ns, e vai achar mais longe uma outra pessoa. Mas, como lutamos
contra ele, ele perdeu parte de sua fora, e j estar fraco quando se
apresentar a outra pessoa. Se esta faz o mesmo que ns fizemos, e assim
sucessivamente, o mal torna-se melhor, ele se transforma em bem.
Vocs vem como faramos bem se lutssemos contra o mal que se nos
apresenta. (19-11-1894).
Se o homem no tem a certeza de fazer o bem numa circunstncia
e se abstm, ele tem razo e o clich vai embora. Mas, se ele acredita
que faria o bem e no o faz, ele est errado. Um clich se apresenta a
voc. Voc acreditou que era mal, e voc o rechaou. Mas ele no era
mal. Ele se apresenta uma segunda vez com mais intensidade, voc ainda
resiste. Da mesma forma uma terceira vez. Preste bem ateno, pois que,
se voc o repelir, ele no voltar e quando, mais tarde, voc desej-lo,
no mais poder t-lo.
O Homem est livre de aceitar ou recusar um clich. Mas esta
liberdade relativa, e o resultado final est sempre l. Se ele recusa o
clich do mal, ele suportar da mesma forma o sofrimento como se ele
o tivesse recebido. No a verdadeira liberdade. Somente livre quem
pode fazer tudo o que quer, sem dar conta a ningum. Porm a
recompensa do trabalho feito com esta liberdade (muito relativa) to
grande, Deus nos d de uma maneira to generosa por este pequeno
Os Nmeros
O TEMPO E O ESPAO
O Tempo
o homem que faz o tempo. O tempo no existe do outro lado e
no o mesmo para todos os mundos. Para uns, uma hora dura anos e,
para outros, o contrrio. (10-1-1894). Em outros planetas, o tempo
diferente de acordo com os mundos. assim que em certos planetas,
onde eu passei, a noite dura sculos do nosso tempo terrestre; tudo a
mais longo: a vida dos homens, a durao da respirao etc. Uma acha
de lenha colocada no fogo queima em vinte e cinco anos. As matas so
de pinheiros ou de uma espcie de mata semelhante aos pinheiros; as
casas, isoladas nas matas, no formam cidades. Trs achas de lenha
duram uma noite ou um sculo. Os seres desses planetas podem, desta
maneira, em certos casos, vir e viver uma existncia humana terrestre
durante seu sono.
Se o sono curto, se o tempo em outros lugares mais breve,
isso explica as vidas cortadas repentinamente, as crianas chamadas de
repente de nossas casas. O tempo que passamos sobre essa Terra
excessivamente curto; ele de aproximadamente um segundo em
comparao com nossa existncia em outros planetas. H planetas onde
a existncia dura milhares de anos, e outros onde quanto mais se vive,
mais jovem se fica. Por esta razo, se disse: Na casa de Deus h muitas
moradas. (11-6-1894).
So cinqenta pessoas aqui, e no h duas pessoas para quem o
tempo tenha o mesmo valor. As palavras um tempo, um dia so usadas
na escritura em muitos sentidos. Alguns profetas contam um dia igual a
1.000 anos e um tempo tambm; e outros contam um tempo igual a 7
geraes, s vezes 14. Enfim, pode ser tambm 24 ou mais; ento, um
O Espao
Todas as almas caberiam sobre a ponta de uma agulha, e tudo o que h
no universo est na mesma situao. (19-1-1897). No h distncias, h
somente um vu; mas s o Cu pode levantar este vu. O Espao no
est vazio, mas cheio. Os planos, os elementos esto em ns; o Cu est
em ns; somos ns que no estamos no Cu. Tudo est em ns, ns
estamos como em estado embrionrio. (21-5-1902).
Os Mundos
Os Sis As Estrelas
O Sol
Nosso Sol pode ser comparado a uma lente cujo salo principal
seria situado, em comparao com a nossa Terra, perto do equador, mas
no mar, e no sobre a terra. Ele no brilhante e ardente como ns
acreditamos. medida que ns nos elevamos na atmosfera, percebemos
que seu brilho e seu calor diminuem, sua cor torna-se mais vermelha e
mais escura. De fato, ele o reflexo de uma outra fonte luminosa
existente alm. Um vu nos impede de v-lo tal como ele . Da mesma
forma, um vu nos separa do mundo lunar. Seria o suficiente levantar
esses vus para que ns nos tornssemos conscientes da vida e da
natureza lunar e solar. A luz brilhante e o calor so devidos ao
condensadora de nossa atmosfera terrestre, que age maneira de uma
lente. Visto do Sol mesmo, o Sol tem uma cor plida e branca; ele
somente o reflexo de um outro Sol. Luz e calor so o produto para todos
os planetas de suas prprias naturezas (plos, magnetismo prprio,
atrao).
O Sol nos d no somente sua luz, mas ele reflete a luz dos astros
e de outros sis. Mas, como esta luz refletida somente por um ponto,
somente tocar em certo ponto (por exemplo, uma regio da terra). A
crescero plantas que tm necessidade de alimento, e a luz alimentar
tambm os minerais. Quando algum conhece as plantas e os metais ou
minerais que se alimentam da mesma luz, ele sabe onde achar os metais
etc, visto que estes sero encontrados onde essas plantas esto. (14-21903).
Nosso Sol habitado por seres que no esto organizados como
ns. O Sol d asilo s almas de todos os grandes homens de todos os
planetas, a todos os homens que foram grandes no bem.
As Estrelas
Os Planetas
A Terra
A Lua
A Lua mais velha que a Terra. Ela tem uma atmosfera sobre a
qual age uma presso de quatro quilos por metro quadrado. Sem essa
atmosfera a superfcie da Lua no seria suficiente para que ela se
mantivesse em equilbrio.
O Zodaco
As Estaes do Ano
Os Cometas
Deus deu ao grande Todo regras e Leis. Quando qualquer uma das
leis transgredida no Universo, quando um planeta sofre uma inflexo
habitados por seres pelo menos to inteligentes quanto ns, mas que
no tm a mesma aparncia.
As Cores e os Sons
A Matria
Notas Qumicas
O Diamante
A VIDA UNIVERSAL
Existe no ar o ambiente do que h em ns; e em ns, o que h na
Natureza. (14-2-1901).
H na gua, no ar e na terra o mesmo nmero de criaturas, as
mesmas sries sucessivas; primeiro os seres vizinhos dos vegetais, depois
os mesmos seres associados em colnias, os vermes, os animais
primitivos etc. no mar que as sries intermedirias se tm conservado
melhor. Se tivssemos um microscpio bastante potente, poder-se-ia ver
tudo numa gota de gua: monstros, sereias, um universo inteiro.Tudo
que existe animado, e as coisas que parecem inanimadas so tambm
animadas. (9-7-1894). Todo corpo vivo e mvel. Aquele que tem a plena
convico da vida de todas as coisas, sente a presena de todos esses
seres vivos; andando sobre a terra, ele sente o ouro, se estiver ali. Da
mesma forma, aquele que tem a mesma crena em Deus, sente Deus e
sua presena. Mas esta crena na vida de todas as coisas deve ser
profunda, interna, no apenas existir na ponta dos lbios, ou ser o
resultado de um raciocnio; ela deve ser inteira e profunda. Tudo tem
vida; um membro qualquer, um cabelo que caia, conservam a vida e no
morrem, pois que eles permanecem em relao com a fonte da
vida.Tudo na Natureza tem o seu ponto de apoio. (28-3-1895).
Todas as coisas, sendo um ser, tem sua cabea, seu corpo e seus
ps. O mais duro rochedo, os minerais que esto enterrados nas
entranhas da terra, so vivos e tm uma famlia. Quando penetramos no
seu domnio, e tiramos um pedao de pedra sobre o rochedo, o fazemos
dizendo: Esta pedra no sofre, porquanto no vemos nada. Sim, ela
sofre, e se nos fosse possvel perceber o seu sofrimento, poderamos
compar-lo ao nosso. O reino mineral est vivo como o reino animal e
vegetal. Sua existncia mais longa, mas tambm morre, pois, o tempo
nada respeita, salvo a palavra de Deus. A matria sofre tambm a
separao. Quando o mineiro penetra em sua morada, os golpes de
picareta ou das minas que usam para quebrar as rochas causam muitas
dores para ela. A matria segue, na sua existncia, aproximadamente, as
mesmas fases que ns na nossa. (outubro, 1897).
Se tirarmos um copo de gua de um charco e um outro de um rio,
e deixarmos ao ar livre, depois de oito dias nada mais haver nos seus
copos; as molculas da gua tero voltado, umas para o rio, outras para
o charco, e esta retirada s as ter atrasado. Mas, se voc bater a gua
nos copos, e as agitar, ento as molculas voltaro, no ao lugar em que
estavam quando se pegou a gua, mas ao lugar onde deveriam estar, no
A Geografia Humana
Os Animais
fora de servio. O terceiro, diz: Oh! Pobre animal, eu posso muito bem
cuidar dele at a morte, e p-lo no seu estbulo; Deus certamente far
crescer mais alguma coisa no seu campo. Vocs no pensam que este
ltimo, quando voltar, poder ter toda a famlia dos animais a seu
servio? Sim, ele ter quantos cavalos ele desejar; e isso se estende
muito alm, sobre todas as coisas.
Eu lamento aquele que faz mal a um animal, pois, voc pensa que
este animal no est tambm animado por outra coisa, a no ser pela
matria? Saibam bem e lembrem-se que, num outro planeta mais
elevado, seremos ns, por nossa vez, os animais deste planeta, com a
diferena, em relao aos animais de nosso planeta, que ns teremos o
uso da palavra. (6-5-1897).
Se vocs maltratam um touro que quer lhes matar, eu lhes
declaro que no iro para o Cu antes de terem sido mortos por um
touro. Nunca se deve matar os animais, nem os animais com fama de
serem perigosos, nem os outros. Pode-se afastar uma cobra de seu
caminho e do caminho de uma criana que estaria ameaada, mas no
se deve mat-la. Em geral a cobra no lhe far mal; e se ela o fizer, ser
a ltima vez; nunca mais teremos de temer, o que for que seja, das
cobras. Est escrito, muito antes da criao (eu no falo deste mundo):
Aquele que est marcado pelo Cu no ser dilacerado pelos animais
selvagens. (27-11-1894). No se deve destruir as vboras, elas so muito
apreciadoras de insetos venenosos, de toda a espciede insetos, e de
animais malsos. Um agricultor pode matar uma vbora, a qual cinco
minutos antes salvou-lhe a vida comendo um inseto venenoso que o iria
picar. (13-5-1896).
Misso dos animais - o sapo.
O sapo paciente. Ele no se mexe e deseja somente que uma mosca
venha at ele para com-la. Ele espera, e por uma espcie de
magnetismo atrai tudo que est em sua volta: as ms influncias, as
doenas, sobretudo o veneno, mas tambm as moscas. Em
consequncia, ele contm todas as impurezas e venenos possveis. Ele
come tudo o que h de mais venenoso; a vbora o come, e seu veneno
formado desta maneira. O sapo pode servir a muita coisa; seu leo cura
o eczema. Ele no poderia atrair as boas influncias, o rgo lhe falta;
isso no est em sua natureza. O homem, psiquicamente, faz o mesmo;
ele tem este rgo receptor e este desejo ativo: do mesmo modo que o
sapo, ele acaba por atrair o mal. O que se deve conhecer no homem
este rgo, para poder ser possvel cura-lo e purifica-lo.
As Plantas
O HOMEM
O homem foi criado sobre a Terra e sobre muitas outras Terras.
Pois, no se deve acreditar que s haja uma, da mesma forma que h
muitos Cus, e isso antes da Criao. (21-11-1894). Depois da chegada
dos diversos vegetais, animais etc que foram colocados sobre nosso
planeta em estado embrionrio, o homem foi colocado na Terra. Ele
vinha de um outro planeta, muito prximo, cuja existncia ignorvamos,
visto que nossos olhos no foram feitos para atravessar a cortina que a
ns veda. O homem foi colocado na Terra quando tudo foi preparado
para ele. (30-1-1900). Quando o homem veio sobre a Terra uma cortina
abriu-se, e ele achou-se aqui como por encantamento.
O homem foi criado como ele ; nunca poder ser-lhe dito o
caminho que ele tem que fazer, visto que ele ficaria desanimado, e no
desejaria mais se mover. Deus criou o homem perfeito em aparncia,
mas ele tinha em si os sete pecados capitais. (4-2-1902).
Estamos sobre a Terra por um espao de tempo muito curto, pois,
temos muitas casas para morarmos. A vida sobre cada planeta
proporcional ao tamanho do planeta. Se o Planeta grande, vive-se mais
tempo. Ento o corpo mais forte, quer dizer que est melhor
organizado a fim de resistir mais tempo. Sendo o planeta pequeno, a vida
mais curta. (5-11-1889).
O ESPRITO
A ALMA
O CORAO
O corao, sendo o rgo mais sensvel do nosso ser, deve tornarse o seu templo. Para isso, ele deve ser martelado e forjado, e esta a
razo pela qual devemos suportar as misrias. Ele deve, tambm, tornarse o templo de Deus, o que ento a verdadeira alegria, a verdadeira
felicidade. (4-2-1895). Nosso corao como uma pequena palhoa
sobre um terreno ruim. Devemos, por meio de transformaes, de
embelezamentos sucessivos, fazer dela um palcio. Devemos melhorar o
terreno que est ao seu redor, a fim de que ele seja digno das matrias
que serviro a edificar este palcio no qual o Senhor vir habitar. (5-51902).
O corao pertence ao Esprito. Temos dentro de ns o Cu; e
depende de ns desenvolv-lo. (3-1-1897). dentro deste corao
espiritual que est depositada a centelha de Deus, a que devemos
recorrer e fazer crescer. (11-2-1902). O Cu est no teu corao. Tambm
est escrito: Tu construirs teu templo para que o Senhor possa entrar.
Pois que h em ns uma centelha da Alma que a Luz, e esta Luz Deus.
Para que esta Luz nos ilumine completamente, devemos abandonar o
nosso eu mesmo. (2-5-1895).
A LUZ
AS TREVAS
O CONHECIMENTO
As Condies do Conhecimento
A Advinhao
O Corpo Humano
O corpo o manto do Esprito, ele serve para ocult-lo. (7-81900). Tudo est marcado sobre nossas fisionomias. Temos a marca do
que somos. (6-3-1902). Cada pecado corresponde especialmente a um
O Sono
AS FAMLIAS
a que temos agora, uma famlia que no nos ser desconhecida, mas que
ser nova para ns. (4-6-1896).
Saibamos bem o seguinte: existem vrias fazendas dentro da
mesma fazenda, e esta grande fazenda se estende ao infinito. Esta inclui
tudo o que ns vemos e que tambm no vemos, pois ela comandada
pelo mesmo Mestre. Cada pessoa classificada no lugar que lhe
prprio.
As famlias so mais ou menos avanadas e, igualmente, mais ou
menos numerosas. Ao avanarem, diminui o nmero de seus membros:
existem os que desaparecem e outros tomam o seu lugar.
necessrio que, pouco a pouco, devido busca de caminhos
difceis, os membros da sua famlia lhes abandonem e sigam outros
caminhos. Existem aqueles que vo mais rpido, e outros que seguem
mais lentamente.
Quanto mais avanamos, mais nossa famlia se retrai. Existem
aqueles que esto ss em sua famlia.
Em certas famlias, trs geraes representam uma (famlia), em
outras famlias, duas geraes incluem trs (famlias). Se algum abusou
de seu prprio corpo e morre aos sessenta anos, quando deveria ter
vivido at os oitenta; estes anos que eram para ser vividos, fazem parte
da mesma existncia (27-03-1895).
Vrios seres de uma mesma famlia, ou todos os seres de uma
mesma famlia, podero estar, em determinado momento, de um
mesmo lado. Em todo caso, frequentemente vrios seres de uma mesma
famlia se encontram reunidos de um mesmo lado.
Quando exitem muitas pessoas em uma famlia, cada uma paga
por si, ou paga um pouco pelos demais. Se existem poucas pessoas, os
sofrimentos e os esforos a suportar so mais numerosos e maiores. Os
benefcios se estendem sobre os membros de sua famlia e os membros
de famlias inferiores. Se a pessoa for s em sua famlia, pagar por todos.
(Nosso Senhor Jesus Cristo)
Um pai tem trs filhos: ele ama muito o primognito e este se
beneficia fazendo seu pai lhe dar mais do que a seus dois irmos, dizendo
ao pai: se eles necessitarem, eu lhes darei mais tarde. O pai morre, e o
primognito se encontra, por esta doao, parte da famlia do pai. Neste
momento, o segundo filho pode dizer Isto no justo. No momento
em que diz isto, ele julga e, em consequncia, da famlia do pai. O
terceiro no diz nada, o pensamento lhe ocorre com frequncia, mas ele
o abafa. Ele no faz parte dessa famlia, ele desligado, enquanto que o
pai e os dois primeiros filhos so da mesma famlia. (5-11-1894)
OS CAMINHOS
MORTE
No se deve ter medo da morte; mas tambm no se deve desejala. Aquele que no tem medo da morte saber tudo que ir lhe acontecer
no dia de amanh. (29-1-1902)
melhor permanecer nesta existncia atual o maior perodo de
tempo. Um minuto precioso.
O que suprimido ser refeito. (1899)
O Suicdio
A REENCARNAO
frequentemente o seu filho quando ele se casa, e sua esposa tem uma
criana, a me se reencarna de maneira involuntria e sem perceber, e
ela que vem como filha de seu filho.
para realizar obras meritrias que algumas pessoas se acham
sobre a terra. (20-2-1895)
A alma, quer dizer, a poro mais elevada de ns mesmos, a
prpria Luz, j sabe, cinco ou seis anos antes de sua encarnao, o local
onde ela ir habitar e o tempo que ela ter de passar sobre a terra. Ele
se rene ao corpo lentamente. Ela inicia a se unir ao corpo na sua
primeira inspirao; depois, no momento em que ele abre os olhos. A
unio no perfeita at os sete, oito ou nove anos de idade. Mas a
personalidade, o prprio eu, j est l muito tempo antes da concepo.
O clich da casa, do quarto, as molculas materiais, vm se reunir;
esta a causa da decrepitude.
Desde que um ser vem ao mundo, o seu alimento est pronto j
h bastante tempo. Tudo dimensionado, contado, e a Natureza
coloca em seu caminho tudo aquilo que lhe necessrio. (24-2-1902)
Ao nascimento o vu se mantm estendido pela metade, at uns
trs ou quatro anos. Depois disso, ele se fecha. (maio, 1904)
O esprito no percebe a sua encarnao; ele est em uma
espcie de perturbao e se encontra ao lado do corpo que ele mesmo
preparou por um bom tempo. Existe apenas um vu que lhes separa e,
de imediato, ele se liga matria. Eis ento a criana; e este ser cr ser
uma grande pessoa.
O nascimento idntico morte, que , apenas, uma simples
aparncia; mas ele pode ser talvez mais doloroso. A alma vem sem
perceber, sem saber. O beb existe inconsciente em aparncia, mas
sente tudo espiritualmente. Tambm os sofrimentos que ele
experimenta so mal compreendidos, mal cuidados, e so muito
grandes. Ele se cr grande.
Ao passo e a medida que o corpo se desenvolve o esprito se
obscurece.
Um ser que vem ao mundo tem aproximadamente a inteligncia
de uma criana de doze anos; ele no ouve, no se exprime porque o seu
crebro ainda no possui a fora de dar a seus membros aquilo que
necessrio, mas as funes intelectuais correspondem quela idade.
Para que esta inteligncia se manifeste, preciso esperar que o esprito
esteja em harmonia com as leis da terra; ento, o ser poder gozar da
plenitude de suas lembranas. No diz o provrbio que tudo vem a
contento para aquele que sabe esperar? Isto nos explica porque um
O TRABALHO
O Trabalho Redentor
Desde que Deus colocou o homem sobre a terra, ele lhe disse: V
e trabalhe, o progresso se estende ao infinito. (24-1-1896)
Ns estamos na terra para trabalhar e sermos trabalhados pelas
provaes, pelas adversidades. necessrio que lancemos terra o
orgulho, a inveja e o egosmo. (5-12-1902)
Deus nos deu um reino que nos pertence. Ns trabalhamos,
portanto, para ns mesmos, e certamente tambm para Ele.
Se voc realiza um trabalho para Deus por um centavo, voc
receber o triplo, porque (1) o mrito do trabalho seu; (2) voc
receber em dobro, dois centavos. O Cu d um passo em sua direo
quando voc d um passo na direo Dele.
Partam uns aps os outros para trabalhar, todos ns chegaremos
ao mesmo tempo meta final.
A Utilidade da Ao
preciso caminhar sem olhar para trs, agir mesmo quando nos
tentam persuadir que iremos falhar, ou que aquilo que fazemos intil.
(12-9-1893)
Graas quele que muito trabalha procura de descobrir algo,
mas que no atinge este objetivo, que outra pessoa ir descobrir
rapidamente sem precisar procurar demais. (8-3-1896)
Inspirao na Profisso
A FAMLIA
O Amor Filial
O Celibato
O Casamento
Os Filhos
O Divrcio
A VIDA SOCIAL
A GUERRA
A Responsabilidade
A Boa Vontade
A Inteno
A Tentao
Os Julgamentos Humanos
A Maledicncia
A Indulgncia
Quando o Pai nos enviou aqui, Ele nos deu o desejo de adquirir;
da que vem os sete pecados capitais (21-1-1901)
Ns vivemos na iluso de que as coisas pertencem a ns,
enquanto que nada nos pertence.
Tudo pertence a Deus. Por que, ento, querer manter para ns
seja o que seja?
Ningum proprietrio de nada; na verdade, a matria por ela
mesma no existe. A pessoa no possui nem ao menos suas vestimentas.
Tudo nos foi emprestado. (22-11-1900)
Vocs acreditam que a riqueza um grande bem, mas,
geralmente, Deus a envia como uma provao (22-5-1902)
o que deseja, e ainda mais, mesmo que ao final fique com nada.
Certamente sua famlia o considerar insensato e, mais tarde, seus filhos
se revoltaro por ele t-los deixado sem nada; mas isso no quer dizer
nada, assim que ele pode me seguir, deixando os seus; e, como tudo
retorna, os bens que ele abandonou retornaro, um dia, aos filhos
daquele que abriu mo de tudo. (7-11-1893)
Eu tenho muita fome, e vejo uma pessoa que no tem fome, mas
que tem inveja da minha refeio; eu devo dar a ela. Isto no me ser
reconhecido, mas o que importa? Isto ser um exemplo para esta alma.
E ainda, como esta alma poder ser ingrata se ela um raio de Deus?
Pode ser que Deus me tenha dado esta refeio para que eu a desse a
ela. Ento, quando ns tivermos eliminado toda a cupidez, este eumesmo que existe em ns, quando estivermos convencidos que devemos
ser todos solidrios uns com os outros, ento poderemos ir para o Cu e
ns estaremos to bem que no iremos querer ficar ali. Mesmo tendo de
pagar o preo de provaes ainda mais duras do que aquelas que j
atravessamos, ns desejaremos avanar ainda mais. (maio, 1895)
A Inveja
Quando o seu vizinho recebe alguma coisa boa que lhe faz feliz,
voc bem que gostaria de estar em seu lugar. No devemos ter inveja,
porque a inveja no entra no Cu. (22-1-1894)
Quando os espritos tm inveja ao redor de voc que voc
mesmo ainda tem inveja em seu corao.
A Cleptomania
A Mentira
As Promessas
A Clera
A Embriaguez
A Curiosidade
Sombra e Luz
Os Pensamentos
As Palavras
Os Escritos
Os Segredos
O Inferno
O Livro da Vida
quero dizer que viveremos sempre sobre esta Terra, mas os que
acreditam em Deus so marcados sobre o Livro da Vida. (26-2-1894).
Quando se acredita que seu nome est inscrito no Cu, h possibilidades
de que ele no esteja l. E, todavia, pode-se sentir isso em si, quando a
pessoa muito humilde. (10-5-1904).
As pessoas que, achando-se num lugar, acreditam j ter passado
por ali so seres marcados no Livro da Vida. Elas no devem mais perder
sua Luz, seu esprito que viu anteriormente o caminho que ele devia
seguir, e guardou a lembrana do mesmo. O Livro da Vida est fechado,
mas se algum tem merecimento eu o abrirei para colocar o seu nome.
(7-8-1900).
O homem no nada por ele mesmo at que tenha adquirido sua
liberdade. (13-1-1897).
Ele pode, ento, comandar o seu corpo e dar ordens a todo o
Universo. Ele colocado direita do Cristo, na chefia de um plano, e ele
pode fazer o que quiser; mas ele s faz a vontade do Pai. O que faz o
homem livre no est escrito, eis porque ele pode escrever o Livro da
Vida.
O Amor Prprio
O EU
O Orgulho
O ESFACELAMENTO DO EU
A PRECE
A cerca de dois mil anos Nosso Senhor Jesus Cristo disse aos que
o cercavam: Vigiai e Orai. Hoje eu lhes digo a mesma coisa: Vigiai e
Orai, o tempo da colheita est prximo.
(Para explicar o Thessaloniciens, V.2) - Uma macieira num pomar
tem mas; umas so mais maduras, outras so verdes, outras
estragadas. As que esto mais maduras deveriam ficar, e as ms, partir.
Mas no; as mais maduras (eu quero dizer os espritos que tem um
sentimento mais religioso) dizem para si: Vamos partir e deixar as outras.
Depois vem um vento. Acreditam vocs que ele vem por acaso? No. Ele
necessrio. Ele faz cair algumas no cho. Por fim, chega o proprietrio;
o que ele vai apanhar? As mas maduras, visto que dito: Ningum
conhece a sua hora. Vigiai e Orai. E isso deve ser dito trs vezes,
porque se deve vigiar a sua Alma, o seu esprito e o seu corpo.
Foi dito que o Cristo vir como um ladro.
Na rvore, todas as mas se acham boas; mas as primeiras
sacrificam-se pelas outras, porque so da famlia do proprietrio.
Quando a tristeza procurar se apoderar de voc, voc deve fazer esforos
para vencer, pois a tristeza no outra coisa seno o orgulho, a preguia
e a maldade (6-9-1900). o orgulho e a preguia, a grande indulgncia
que temos para conosco, o que nos impede de fazer o bem. Faramos
bem certa coisa, mas estamos cansados, ns a faremos amanh. Durante
este tempo, o mal se apodera de nossos rgos, ele se torna Mestre na
nossa casa e espanta o bem. por isso que Jesus disse: Vigiai e Orai, a
fim de que o demnio no entre em voc. (3-6-1897).
Quando o homem v os obstculos se multiplicarem a sua volta
que ele est entregue a si mesmo. Mas, que ele reze; ele achar a fora
e a consolao na prece. Deus nunca abandona os seus filhos. Ele s pede
que faamos esforos para ficarmos melhores e, mesmo assim, Ele no
abandona aquele que se recusa a ficar melhor. As preces dos homens so
ouvidas e ultrapassam a matria desde que o Verbo se fez carne (27-91901), pois o Cristo veio para que possamos nos dirigir ao Pai. (5-3-1902).
Rezar no pronunciar muitas palavras, mas focalizar todos os
sentidos em Deus. Em primeiro lugar, a pessoa deve se recolher de
maneira que todo o seu ser, todo o seu esprito reze com ela, de maneira
bem consciente. indispensvel que a fasca Divina reze em ns. Devese rezar para aprender a rezar.
Ensina-se a uma pequena criana a sua prece; quando esta for um
homem idoso, ele se lembrar, ainda, desta prece que seus pais lhe
ensinaram quando ele tinha de dois a trs anos de idade, e pode ser que
esta seja a nica coisa que ele se lembrar de sua juventude. E esta prece,
cada vez que a criana a recitar, ser contabilizada no crdito de seus
pais. (13-12-1894).
Aquele que recita o Pai Nosso est ainda no caminho, visto que
ele mostra um gesto de humildade matria, a humildade necessria
para que nossa prece seja atendida. Deve-se pedir primeiro a Deus,
depois ao seu anjo da guarda. No se dirigir a um Esprito, dirigir-se a
Deus. Rezem a Deus. Pouco importa se um antigo apstolo, ou um santo
que se ache do outro lado lhe ajude a fazer chegar a Ele a sua prece, voc
no tem que se ocupar disso. (21-4-1903).
A prece sozinha no pode nos salvar, mas ela ajuda nosso anjo da
guarda a nos conduzir. necessrio rezar muitas vezes, antes do sono,
ao despertar, enfim, elevar sem cessar nossa alma a Deus. (23-2-1895).
Quanto mais caminhamos, mais somos frgeis, e mais devemos rezar,
porque os ataques dos inimigos so muito mais numerosos. til rezar,
no para aliviar nossas penas, nossos sofrimentos, mas para pedir a
fora, a coragem. Nossa prece no atendida sempre, felizmente, pois
se Deus atendesse nossa prece ela muitas vezes O ofenderia. Mas til
rezar, visto que isso no nos deixa descansar. Parar de rezar no mais
poder rezar um dia. Faamos a prece do fundo do corao, visto que h
em ns seres insaciveis que se satisfazem na prece. (5-5-1902).
Se do fundo do corao sai uma prece, seres a ouvem. o Sol
para eles, para todo o organismo. Se um mau pensamento nos impede
de rezar, isto um escndalo para esses seres. (11-2-1902).
A prece eleva a Alma e deve-se rezar no somente para ns, mas
para os que no podem rezar, para os que esto nas sombras (21-111894). Deve-se rezar para os que no sabem ou no podem faz-lo.
No h necessidade de rezar para os mortos; deixemo-los onde
esto e fiquemos onde estamos. Eu lhes afirmo que, pedindo para os que
no podem faz-lo, pedindo para suportar suas provaes, vocs lhes
O SOFRIMENTO
As Provaes
devem passar pelos caminhos difceis, por pontes que tem tbuas
podres, e no tero o direito de recusar, nem mesmo de falar esta tbua
est podre, visto que devem contar com Deus, que lhes diz para passar,
e, se vocs tm confiana, passaro. No devem falar que esta tbua est
podre, porque insultariam sua antigidade; voc teve que passar ou voc
passar. Deve-se pedir provaes no caso de no as ter, pois mais tarde
elas viro mais fortes; quando estivermos acostumados s pequenas
provas e surgirem as maiores, as suportaremos com um pouco mais de
coragem.
Ningum entrar no Cu se no conhecer tudo, se no aprender
tudo com o tempo e s suas custas. (5-11-1889).
Suas Causas
AS DOENAS
Sua Durao
A Hereditariedade
A Loucura
O Exorcismo
A Medicina Divina
Os Remdios
seu doente e ele sara. Um mdico nunca pode curar, ele somente o
instrumento da cura.
No se deve combater logo a febre de um doente, visto que ela o
alimenta, e ele pode ficar, assim, muito tempo fora de perigo. Cortando
a febre muito depressa, pode-se impedir a doena de se declarar, e,
assim, se desenvolver; o doente pode morrer ou, muitas vezes, um rgo
atingido para o resto de sua existncia. (9-6-1895). A febre uma
defensora do doente. Em volta do doente existem trs combatentes: o
doente, os espritos da febre e o mdico. Se o mdico for um mdico
comum que cumpre materialmente sua funo, os espritos no o vem,
ou vem um servidor, um amigo do doente que traz gua ou gazes; eles
no acham nada demais nisso. Se, ao contrrio, o mdico conjura o mal
a se afastar e eles vem, ento duas coisas podem acontecer: o mdico
ser o mais forte e ser obedecido, porque lhe ser reconhecido o poder
de conjurar. Ou, ento, acontecer o que poderia acontecer a um
sapateiro que se atirasse sobre o doente com uma machadinha
querendo afugentar os mdicos que esto em volta ao doente: ele ser
preso.
Um medicamento, para produzir todos seus efeitos, deve ser
desejado e pedido pelo rgo doente. Os mdicos acreditam que eles s
tm que escrever sempre a mesma frmula. Eles esquecem que, num
sculo, estaes, doenas, temperatura, remdios, vida terrestre,
essncias vegetais mudam nos animais e nas plantas. (30-4-1903). Nada
est morto, tudo inteligente. o que os sbios no sabem, e o que os
derrota.
Assim, um inventor descobre as propriedades de um
medicamento. Ele o administra durante cinco ou seis meses e os doentes
aos quais ele administra este medicamento so curados. Isso vem do fato
de que a Natureza ama a simplicidade e detesta o orgulho. Mas a virtude
do remdio pode desaparecer diante da avidez do farmacutico ou do
fabricante, que tiram, sem autorizao do Cu e para sua prpria glria
ou satisfao, um proveito despropositado do remdio. (5-2-1902).
As Plantas
A CORAGEM
nos sentimos bastante fortes, roguemos a Deus e Ele nos dar o que
necessitamos. (14-11-1894).
Nunca deveramos nos queixar quando surgem as adversidades,
visto que tudo foi criado por Deus, e Ele sabe melhor do que ns o que
precisamos; nunca temos mais do que podemos suportar; nunca iramos
nos queixar se soubssemos a tristeza que causamos ao anjo que est
encarregado de nos conduzir, quando dizemos: Oh! demais, pesado
demais, eu no agento mais. (19-1-1894). Quando vocs encontrarem
uma pessoa conhecida, em vez de lhe dizer isso, se vocs lhe disserem:
Eu bem que tive aborrecimentos, mas agora no os tenho mais, isso
faria bem a esta pessoa, visto que ela pensaria: Se os aborrecimentos
passaram para ele, passaro tambm para mim, eles no duraro para
sempre. Com essas palavras, voc reconforta esta pessoa. Seu anjo de
guarda e o dele ficariam felizes.
No se ouvir a si mesmo, no se deixar desanimar, andar para
frente mesmo quando se tem o mal. O desnimo um passo em falso,
no o transforme numa queda. O que nos impede de andar o orgulho,
o egosmo e a dvida. Agora, somente temos que fazer esforos para
amar o nosso prximo como a ns mesmos. Se pudssemos fazer isso,
poderamos avanar com passos de gigante.
A PACINCIA
A SUBMISSO
O SENTIMENTO DA F
O Medo
medo, assim como ns, que o amanh no lhes traga o necessrio para
sua existncia. Todos ns duvidamos. (2-7-1896). Se refletssemos sobre
a existncia, veramos que se vive dia-a-dia; por que nos inquietar sobre
os dias de vida que temos de passar aqui, se uma doena pode
interromper tudo de repente? Deus manda sempre o necessrio.
Todo dia voc diz: O que vamos fazer no prximo ano? E dentro
de dez anos? E se o Cu casse, que seria de ns?. Por que pensam em
tudo isso? Alguns dizem: que no temos f. Sim, e se algum entre
vocs tivesse a F, tudo lhe seria possvel: fazer chover em tempo de
seca, parar o vento que sopra, e isso trs horas depois de o ter pedido,
ou mesmo imediatamente, se fornecessrio. (20-9-1894).
Sabem se vo acordar amanh? Ento para que se preocuparem
sobre o que faro amanh ou dentro de dez anos? Que falta de confiana
em Deus! No tm visto Deus os proteger at hoje? Sabem onde vo, o
que querem? No, nada sabem, nem mesmo sabem o que querem;
deixem, ento, Deus lhes dar o que precisam. No tm necessidade de
saber o que quer que seja. Faam a vontade de Deus. No procurem
conhecer os que os ameaam, os acidentes que a natureza a sua volta
poderia provocar. Se Deus permite que algum possa padecer desse fato,
que bom que isso lhe acontea. O Cu no pede tanto quanto voc
pensa. Ele indulgente. Deus sabe muito bem que nos criou simples, e
como avanamos s apalpadelas, muito ser creditado para aquele que
acreditou sem nada saber. (21-11-1894).
Prometam-me nunca dizer: Como fez mau tempo ontem!. Visto
que no devemos insultar o tempo. Se hoje ou amanh ouvissem como
falamos de ontem, isso os faria ficar penalizados. No sabemos o que
necessitamos, e o mau tempo pode ser mais til que o bom, por um
momento. Portanto, no julguemos. No falemos mal de ontem,
tampouco de hoje como de amanh. E, sobretudo, tenhamos confiana
no amanh. Tudo tem sua razo de ser, mesmo a chuva e a seca. Se
chove, h seres que nascem e que vivem. Quando temos a seca, outros
seres nascem. Aps uma seca, vocs vero sempre as florestas e as
plantas tornarem a vicejar muito rapidamente. Com exceo das plantas
que esto aos cuidados do homem, pois que ele tem o dever de as regar.
Vocs tm muita f quando nada os entristece; mas no sobra nem
sombra dela quando algo vem perturbar a sua doce quietude. (21-11895)
A Dvida
A Confiana em Deus
A F, Filha da Caridade
O Poder da F
O Amor ao Prximo
Qualquer que seja o caminho que voc toma, nunca poder sair
deste crculo de ferro: Ama seu prximo como a si mesmo; e, todavia,
isto fcil: Amem-se menos a vocs mesmos. (18-16-1894). Faam o que
o Evangelho lhes recomenda sempre: Pratiquem a caridade. Ela no
consiste somente em dar seus bens. Impedir que os pecados de uma
pessoa sejam revelados, isso caridade; suportar os que no so de sua
simpatia ainda caridade; prestar um servio qualquer, antecipar o
desejo de um necessitado, ser caridoso. (14-3-1895).
Nunca ridicularize seu irmo se quiser que o Cu lhe conceda seus
favores. (24-2-1902). Para no se enganar, deve-se amar ao prximo
como a si mesmo. Deve-se am-lo com completo desinteresse. (11-31902). O amor ao prximo consiste, para ser completo, em amar todo
mundo, os seus como os estrangeiros, sem distino. No sabemos se
esta famlia, que acreditamos estrangeira, no a nossa. (30-4-1895).
Voc deve ser uma Providncia para todos os que vm a voc. (31-31903).
Acreditem bem que, quando fazem o bem a algum ou lhe
prestam um servio, pode ser que seja a essa pessoa que o presta, mas
o servio prestado especialmente a voc mesmo, visto que lhe ser
devolvido ao cntuplo o que tiver feito. (9-12-1895). A fora que vem de
Deus dada aos que praticam a caridade. (13-2-1904).
A Solidariedade Humana
A Simpatia Fraternal
A Compaixo A Piedade
A Bondade Compassiva
A Economia Benfazeja
animais, uma outra ainda mais adiantada dir: Ah! Eis uma pessoa que
conhece o peso e o valor do que ela faz. (23-12-1896).
A Prodigalidade Esclarecida
A Esmola Espontnea
tem necessidade; ela nos pede, isso deve bastar. Se ela no faz um bom
uso do que lhe damos, ela se apropria do bem de outros, pois que toma
o po de um infeliz, quer dizer, de algum que teria necessidade, e, mais
tarde, ela passar pelo mesmo caminho. (20-3-1895).
O mendigo que emprega mal a esmola responsvel pelo dano
que ele faz ao verdadeiro pobre, que no pode pagar. J o que deu a
esmola, estar livre. (21-4-1903).
A Benevolncia Oculta
O Bom Exemplo
A Mansido
A Abnegao
O Sacrifcio
Igreja Universal
A CARIDADE
O BEM
O Esforo Constante na Direo do Bem
A Perseverana Vitoriosa
A Sabedoria
Se tiver um irmo que anda mal, ame-o, vai com ele, e se voc
sucumbir, pacincia, voc ter a recompensa mais tarde. Como poderia
progredir o mal se este no afetasse ningum? Pois que o mal no deve
ser destrudo, mas, sim, transformado no bem. (30-7-1903).
O Caminho da Perfeio
ser, por isso que melhor cortar seu brao se este tiver a inteno de
fazer o mal, do que a ele ceder.
Deve-se procurar sempre a maior provao. (11-2-1902). No se
deve fugir do perigo; ao contrrio, devemos estar no lugar onde as
dificuldades so grandes, de modo que, se a ocasio se apresentar, se
possa agir com presena de esprito, ou somente por algumas palavras,
e assim, s vezes, impedir que aconteam grandes desgraas (fevereiro,
1903). medida que subimos, aprendemos a amar o sofrimento at
chegarmos, muitas vezes, a reclam-lo como descanso. (3-1-1897).
Chegamos ao fim das nossas dificuldades quando ficamos felizes
com nossas dificuldades. (13-3-1897). Quando as adversidades passarem
sobre ns sem deixar marcas, o Cu no mais nos colocar prova (5-31893). Enquanto um ato de virtude nos custar sinal que no possumos,
ainda, esta virtude. S quando ela for parte integrante de ns mesmos
que seu exerccio ser sem esforo e espontneo.
Ser como uma criana que acaba de nascer fazer o bem sem
esforo, inconscientemente, no enxergar o mal em parte alguma. Os
pobres de esprito so os que aprenderam tudo, souberam tudo e
esqueceram tudo (no praticando nada), mesmo que tenham
sofrido.Todos os preceitos se resolvem num s: ningum entrar no Cu
a no ser no dia em que nada lhe for difcil. Enquanto um ato a cumprir
puder lhe ocasionar alguma pena, voc no estar pronto.
O Desprendimento
OS FILHOS DE DEUS
H os filhos de Deus nascidos da vontade de Deus sem o auxlio
da carne, quer dizer, sem que nenhum jardineiro tenha tido a
POSFCIO
O autor se esforou para reunir neste livro uma documentao
diversificada sobre o MESTRE PHILIPPE, e se pe disposio de toda
pessoa estudiosa e interessada por estas questes e que deseje
esclarecimentos sobre pontos que possam parecer obscuros, talvez
contraditrios. Sugere, ento, que lhe escrevam diretamente e, a
respeito, lhe exponham com preciso o assunto que motiva uma dvida
qualquer. Ele cumprir, assim, o dever de submeter tal pedido a alguns
Amigos de M. Philippe, que se esforaro para trazer luz o Esprito do
texto citado, do qual a letra apenas, no final das contas, o pedestal.
J. D.
OBSERVAO IMPORTANTE: Parte da traduo em portugus deste livro
foi realizada pela AMO (Associao Mstica Ocidental), com base em
texto publicado no site da amopax sem a especificao do tradutor. A
outra parte foi traduzida por Angela Maria Cristina Ucha de Abreu
Branco, no Brasil, que fez tambm a reviso da traduo.
Informaes sobre a AMO retiradas do site: