Fecundidade Tema CPM
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Fecundidade Tema CPM
No 1 dia verificmos que o amor existe, algo que se constri no dia-a-dia, numa
ateno contnua ao outro, com base num dilogo que em todos os momentos se
deseja mais profundo e sem o qual a comunidade conjugal se desmorona.
E consciencializmos melhor que o amor consiste num ato de vontade por meio do
qual cada um sai de si prprio, aceita o outro tal qual para o fazer feliz.
Amar no ser, pois, esperar as atenes do outro mas querer e realizar o bem do
outro.
No 2 dia constatamos que quando dois seres se amam, tentando viver cada dia
mais profundamente o seu amor fazem dele sacramento.
No 3 dia analisou-se um dos dilogos fundamentais do amor o dilogo carnal.
Hoje iremos abordar o caminho de realizao do casal, havia que este ter de
prosseguir para a consecuo da sua prpria felicidade a fecundidade.
Cada um de ns desde que inserido numa sociedade pode ser fecundo bastando
para tal estar atento aos outros, aos problemas que o rodeiam.
A fecundidade de que iremos falar no ser a de cada um de ns em separado, mas
a da comunidade que formamos. Mantendo embora, cada um de ns a sua
personalidade, a sua originalidade, formando casal entra-se num plano de realizao
mtua que tornar diferente todo um campo de ao.
Posto isto o que para ns fecundidade, fecundidade de casal?
Como catlicos que somos vivemos tentando responder vontade do Senhor e Ele
manda-nos dar bons frutos.
o testemunho da nossa curta experincia que vamos procurar transmitir-vos agora.
Casamos j com conscincia de que tnhamos uma misso a cumprir como casal.
Conscincia essa de certo modo intuitiva e a que faltava a perspetiva que s a vida
d.
O dilogo aberto, que houve nesta matria durante o namoro, capacitou-nos da
tridimenso da nossa misso:
1) A de nos amarmos, empenhando-nos na realizao mtua;
2) A de termos filhos, exigncia de esforo numa educao contnua e
objetivao de um dos fins do casamento;
3) A da contnua ajuda aos outros, familiares ou no, procurando dar resposta
s solicitaes sociais a que fossemos sensveis.
No temos filhos e embora subsista uma esperana, tal facto exige de ns humildade
e certa fora moral. No assunto tabu entre ns, alis dialogamos em todos os
campos, o que j acontecia enquanto noivos.
J ento tnhamos posto a hiptese de no termos descendncia. Com quanto num
tivssemos aprofundado tal tema tnhamos conscincia de que haveria sempre um
modo de frutificarmos como casal.
Alis temos testemunho de outro casal presente que durante o noivado encarou
essa hiptese muito seriamente, e que desde logo a perspetivou num caminho de
servio aos outros, isto num caminho de fecundidade: compartilhando a vida de
um proco de freguesia vasta e difcil consciencializou logo a um largussimo campo
para exercer a ao apostlica.
O facto de no termos filhos no para ns motivo de frustrao uma vez que
estamos cientes de que o Senhor nos exige que sejamos fecundos procurando estar
atentos a todos os apelos que Ele por ventura nos viera fazer.
Um deles diz-nos no tanto ter filhos, mas antes dar filhos ao mundo e
simultaneamente construir o mundo para os filhos. No se trata de os fazer, mas de
os gerar, isto entendido como constitui-los seres humanos autnticos, plenamente
responsveis e integrados numa comunidade consciente.
Encarada assim a misso d procriar, ela prpria caminho para maior amor e mais
fecundidade.
Refere-nos a este respeito um outro casal: Todos os sacrifcios que os filhos tm
exigido foram para ns motivo de valorizao e amadurecimento espiritual que nos
tem permitido uma maior abertura aos problemas dos outros. E continuam a
referir: os filhos obrigam-nos a uma vida conjugal cada vez mais perfeita, pois
reconhecemos que toda a educao precisa de ser apoiada no testemunho de uma
perfeita harmonia conjugal.
Posto isto parece-nos poder concluir que o nosso amor tem fora expansiva (alis a
fora expansiva condio e efeito do verdadeiro amor) com capacidade para se
manifestar neste mundo, isto , para se transmitir aos outros e para frutificar- e
istopara alm dos defeitos de cada um de ns, o que inculca que algo que nos
ultrapassa.
Daqui se conclui que a fecundidade do casal necessita da harmonia conjugal,
depende da profundidade do seu amor.
Para ns, catlicos, a fecundidade nasce quando ambos damos as mos para cumprir
a vontade do Senhor
(data?)
XXXXXXX
Alguns anos depois...
Fecundidade
Apresentao
J vimos que dois seres diferentes, unidos pelo amor, procuram construir uma
comunidade conjugal, atravs de uma descoberta recproca, fundada no dilogo,
que leva progressivamente a uma unidade cada vez mais profunda nos aspetos
psicolgico, espiritual e carnal.
Como nos diz a Familiaris Consortio do Beato Joo Paulo II (cap.XIV) : na sua
realidade mais profunda, o amor essencialmente dom e o amor conjugal enquanto
conduz os esposos ao conhecimento recproco que os torna uma s carne, no se
esgota no interior do prprio casal, j que os habilita para a mxima doao
possvel...
Verifica-se que a construo da comunidade conjugal s ter sentido se desabrochar
em frutos, por outras palavras, o amor verdadeiro, o amor autntico necessita ser
fecundo, necessita produzir frutos.
Antes de continuar temos de vos alertar: