Nivel Narrativo
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Nivel Narrativo
Conteudista
Prof.Dra. BRUNA LONGO BIASIOLI
1. Campanhas
2. Propaganda
3. Sermo religioso
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Vemos, neste excerto, que o pregador age pela tentao, ou seja, com o
objetivo de fazer com que os fieis queiram fazer (dar o dzimo), a fim de
receberem o que lhes prometido. Seu intuito persuadir os ouvintes a darem
o dzimo; para isso, ento, ele utiliza argumentos que provem que todo aquele
que o fizer receber bnos, felicidade, paz, etc.
A modalizao do sujeito
O termo modalizao designa a modificao da relao do sujeito com
os valores (modalizao do ser) ou que qualifica a relao do sujeito com o seu
fazer (modalizao do fazer).
S capaz de realizar uma ao o sujeito que quer e/ou deve, sabe e
pode faz-la. a isso que se d o nome de competncia modal do sujeito.
Essas instncias (querer, dever, poder e saber) so separadas em dois tipos
de modalizao, como j citado: a do fazer e a do ser. A modalizao do fazer
responsvel pela competncia modal do sujeito do fazer, por sua qualificao
para a ao. Na organizao modal da competncia do sujeito, combinam-se
dois tipos de modalidades: as virtualizantes, que instauram o sujeito (deverfazer, querer-fazer) e as atualizantes, que qualificam o sujeito para a ao
(saber-fazer, poder-fazer). H, ainda, a modalidade da realizao, atribuda ao
sujeito que realiza, de fato, a ao. Ao reconhecer isso, a Semitica comea a
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realizar uma tipologia muito mais especfica dos sujeitos. possvel haver
sujeitos coagidos, que devem, mas no querem realizar uma ao; sujeitos que
vo contra o sistema (heris que agem sozinhos), que querem, mas no
devem; sujeitos impotentes, que querem e/ou devem, mas no podem e assim
por diante.
Nessa fase, o estudo das modalizaes est ainda muito ligado ao,
pois o que se investiga so as condies necessrias para sua realizao. No
entanto, isso representou um salto muito grande, pois, se se pensar no
apenas no sujeito que tem sua competncia modal alterada, mas naquele que
realiza essa alterao, passa-se do estudo da ao ao da manipulao, ou
seja, do fazer ao do fazer-fazer. Assim, no se procura mais apenas explicar as
relaes entre sujeito e objeto, mas entre sujeitos, o que leva a uma concepo
de narrativa como uma sucesso de estabelecimentos e rupturas de contratos
(BARROS, 1988, p. 86).
O outro tipo de modalizao a modalizao do ser, que atribui
existncia modal ao sujeito de estado. Segundo Barros (1989, p. 45):
podem
ser
sobredeterminados
pelas
modalidades
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Referncias Bibliogrficas
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